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PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA PRIMEIRA REGIÃO
SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
PROCESSO: 0006972-83.2012.4.01.3400
AUTOR: DEFENSORIA PUBLICA DA UNIAO
RÉU: INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS, UNIAO FEDERAL
SENTENÇA
I Relatório
Alegou basicamente que, do ponto de vista constitucional, o estrangeiro não pode ser
discriminado arbitrariamente, bem como que os direitos previstos no art. 5º da CF/88 são garantidos
aos brasileiros e estrangeiros residentes no Brasil. Além disso, asseverou que, conforme dicção do art.
203 da CF, a assistência social será prestada a todos que dela necessitarem.
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feito, sem resolução do mérito, sob pena de usurpação da competência do STF; ii) no mérito, requer o
total indeferimento dos pedidos da autora.
É, em síntese, o relatório.
II – Fundamentação
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No mesmo trilhar, o Supremo Tribunal Federal reconhece ser cabível a ação civil
pública como instrumento de controle difuso de constitucionalidade, senão vejamos:
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Desse modo, verifica-se que não há que se falar em inadequação da via eleita e na
conseguinte usurpação da competência do STF, motivo pelo qual REJEITO a preliminar arguida
pelo INSS e pela UNIÃO.
II.2 Mérito
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Nesse contexto, considerando que o direito à assistência social tem por objetivo
proteger o indivíduo e colima, em última análise, garantir a dignidade humana, faz-se necessário analisar
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na Lei 11.419 de 19/12/2006.
A autenticidade deste poderá ser verificada em http://www.trf1.jus.br/autenticidade, mediante código 56027853400277.
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De outra banda, o art. 3°, inciso IV, da Carta Maior estabelece que: “Constituem
objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil [...] promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça,
sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação”.
Por sua vez, o artigo 5º da Carta Magna, ao dispor sobre os direitos e garantias
fundamentais, assim estabelece:
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza,
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a
inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à
propriedade, nos termos seguintes: (...)
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(...) aos direitos sociais se aplica o disposto no art. 5º, § 1º, da CF, de tal sorte que, a
exemplo das demais normas de direitos fundamentais, as normas consagradoras de
direitos sociais possuem aplicabilidade direta e eficácia imediata, ainda que o alcance
desta eficácia deva ser avaliado sempre no cotesto de cada direito social e à luz de
outros direitos e princípios. Assim, ainda que no caso de alguns direitos sociais se
deva reconhecer uma relativamente baixa densidade normativa, pelo menos no que
diz com os contornos do direito tal qual positivado no texto constitucional, essa
peculiaridade não afasta o dever de se atribuir também às normas de direitos sociais
uma máxima eficácia e efetividade, obrigação cometida a todos os órgãos estatais, no
âmbito de suas respectivas competências. A carência ou insuficiência de conformação
da norma jusfundamental que alberga direitos sociais não poderá consistir, portanto,
em obstáculo à sua aplicação imediata e exigibilidade judicial. (...)
De modo geral, vige o princípio da universalidade, pelo qual se funda a extensão dos
direitos fundamentais a todas as pessoas, na condição de ser humanos que são.
(J.J. Gomes Canotilho, Gilmar Ferreira Mendes, Ingo Sarlet e Lenio Streck (coords) –
São Paulo: Saraiva/Almedina, 2013. 1ª edição. 2ª tiragem (2014), p.541, 542 e 1960)
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Além disso, é inegável que o art. 1º da Lei n. 8.742/93, ao definir que a assistência
social é um direito restrito ao cidadão, não só está em evidente desafino com o art. 203, V da CF, como
gerou uma situação concreta de inconstitucionalidade. Isso porque a aplicação da regra acarreta
deficiência nos deveres estatais de concretizar os direitos fundamentais, bem como de proteger a
velhice e os deficientes. Inclusive, cumpre ressaltar que a realização desses deveres é imprescindível à
concretização de uma sociedade livre, justa e solidária, que promove o bem de todos, sem preconceitos
de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação.
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concretizam a pretensão protetiva do constituinte em sua exata extensão, limitando-a aos cidadãos.
Ao mesmo tempo, imperioso admitir que a reserva do possível não pode implicar
inteiro sacrifício dos direitos fundamentais e do mínimo existencial, como vem decidindo o Supremo
Tribunal Federal, in verbis:
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Importa ainda anotar que a questão ora analisada tem sua abrangência restrita aos
estrangeiros que ingressarem no país regularmente e que, além disso, comprovem i) ser pessoa
portadora de deficiência ou idoso e ii) não possuir meios de prover à própria manutenção ou de tê-la
provida por sua família. Portanto, não representa, em nenhuma medida, estimulo à imigração ilegal, a
qual deverá ser controlada e combatida nos termos da Lei n. 6.815/90, que define a situação jurídica do
estrangeiro no Brasil.
1 No mesmo sentido: ARE 727864 AgR, Relator(a): Min. CELSO DE MELLO, Segunda Turma, julgado em 04/11/2014,
ACÓRDÃO ELETRÔNICO DJe-223 DIVULG 12-11-2014 PUBLIC 13-11-2014; AI 598212 ED, Relator(a): Min.
CELSO DE MELLO, Segunda Turma, julgado em 25/03/2014, ACÓRDÃO ELETRÔNICO DJe-077 DIVULG 23-04-
2014 PUBLIC 24-04-2014; RE 763667 AgR, Relator(a): Min. CELSO DE MELLO, Segunda Turma, julgado em
22/10/2013, PROCESSO ELETRÔNICO DJe-246 DIVULG 12-12-2013 PUBLIC 13-12-2013
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a renda familiar per capita de R$264,14, o que não atende o critério objetivo
constante do §3º do art. 20 da Lei nº 8.742/93, segundo o qual “considera-se
incapaz de prover a manutenção da pessoa portadora de deficiência ou idosa a
família cuja renda mensal per capita seja inferior a 1/4 (um quarto) do salário
mínimo”. 5. É cediço que a jurisprudência do STJ pacificou entendimento no
sentido de que "A limitação do valor da renda per capita familiar não deve ser
considerada a única forma de se comprovar que a pessoa não possui outros
meios para prover a própria manutenção ou de tê-la provida por sua família,
pois é apenas um elemento objetivo para se aferir a necessidade, ou seja,
presume-se absolutamente a miserabilidade quando comprovada a renda per
capita inferior a 1/4 do salário mínimo." (REsp 1.112.557/MG, Rel. Min.
NAPOLEÃO NUNES MAIA FILHO, 3ª Seção, DJe 20/11/2009). Todavia,
em que pese o baixo padrão financeiro para enfrentar o custeio das despesas da
família, não há nos autos outros meios de prova aptos a embasar a
hipossuficiência, nem mesmo atestados médicos que comprovem o diagnóstico
das doenças declaradas ou estudo social para levantamento das reais condições
de todos os integrantes do núcleo familiar, o que nesta fase de cognição
inviabiliza a concessão da tutela antecipada. 6. Agravo de Instrumento provido.
(AG 201302010074640, Desembargadora Federal SIMONE SCHREIBER,
TRF2 - SEGUNDA TURMA ESPECIALIZADA, E-DJF2R -
Data::05/05/2014.)
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unanimidade.)
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A DPU pugna que o provimento final abranja os “estrangeiros, em situação regular, idosos
ou com deficiência, hipossuficientes economicamente e residentes no país”.
A teor do artigo 16 da Lei de Ação Civil Pública “A sentença civil fará coisa julgada erga
omnes, nos limites da competência territorial do órgão prolator, exceto se o pedido for julgado improcedente por
insuficiência de provas, hipótese em que qualquer legitimado poderá intentar outra ação com idêntico fundamento, valendo-
se de nova prova. (Redação dada pela Lei nº 9.494, de 10.9.1997)”.
Art. 81. A defesa dos interesses e direitos dos consumidores e das vítimas poderá ser
exercida em juízo individualmente, ou a título coletivo.
Parágrafo único. A defesa coletiva será exercida quando se tratar de:
I - interesses ou direitos difusos, assim entendidos, para efeitos deste código, os
transindividuais, de natureza indivisível, de que sejam titulares pessoas
indeterminadas e ligadas por circunstâncias de fato;
II - interesses ou direitos coletivos, assim entendidos, para efeitos deste código, os
transindividuais, de natureza indivisível de que seja titular grupo, categoria ou classe
de pessoas ligadas entre si ou com a parte contrária por uma relação jurídica base;
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Confira-se:
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não comporta atribuição de sua parcela a cada um dos indivíduos que compõem
aquela categoria.
4. A cláusula erga omnes a que alude o art. 16 da Lei 7.347/85 apenas estende os
efeitos da coisa julgada a quem não participou diretamente da relação processual; as
partes originárias, ou seja, aqueles que já compuseram a relação processual, não são
abrangidos pelo efeito erga omnes, mas sim pela imutabilidade decorrente da simples
preclusão ou da própria coisa julgada, cujos limites subjetivos já os abrangem direta e
imediatamente.
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De tal orientação pretoriana não se afasta a Corte Regional da Primeira Região, como
se infere da seguinte ementa:
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Nos termos do art. 273 do Código de Processo Civil, a antecipação dos efeitos da
tutela pode ser deferida desde que haja prova inequívoca que conduza à verossimilhança das alegações e
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In casu, o fumus boni iuris exsurge da fundamentação acima, na qual se concluiu que
pela inconstitucionalidade de se limitar a concessão do benefício de prestação continuada apenas aos
cidadãos, razão pela qual não pode o INSS obstar a concessão da benesse unicamente em razão da
condição de estrangeiro.
III Dispositivo
Sem custas, nos termos da Lei n. 9.289, art. 4º, IV, e honorários, com fundamento na
Súmula n. 421/STJ e no RESP 1.102.459-RJ, STJ. 5ª Turma.Rel. Min. Adilson Vieira Macabu, julgado
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em 22/5/2012.
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