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Pró-Reitoria Acadêmica

Escola de Saúde
Curso de Psicologia
Trabalho de Conclusão de Curso

O AUTISMO E O ACOMPANHAMENTO TERAPÊUTICO:


DESAFIOS E REFLEXÕES

Autora: Layara Fonseca de Oliveira Pinheiro

Orientadora: Profª. Msc. Danielle Sousa da Silva

Brasília - DF
2016
Layara Fonseca de Oliveira Pinheiro

O AUTISMO E O ACOMPANHAMENTO
TERAPÊUTICO: DESAFIOS E REFLEXÕES

Monografia apresentada ao curso de


graduação em Psicologia da Universidade
Católica de Brasília, como requisito
parcial para obtenção do Título de
Bacharel em Psicologia.

Orientadora: Msc. Danielle Sousa da


Silva.

Brasília

2016
UNIVERSIDADE DE CATÓLICA DE BRASÍLIA
Pró-Reitoria Acadêmica
Escola de Saúde
Curso de Psicologia
Trabalho de Conclusão de Curso

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO APROVADO PELA SEGUINTE BANCA


EXAMINADORA:

_______________________________________________________

Prof.ª Msc. Adriane Maria Moreira Reis


Banca Interna – UCB

_______________________________________________________

Prof.ª Msc. Danielle Sousa da Silva


Orientador(a)
DEDICATÓRIA

Este trabalho é dedicado aos meus


pais, irmãos e amigos que batalharam contra
todos os obstáculos da vida para que eu
chegasse até aqui, me motivando sempre
com afeto e compreensão.
RESUMO

FONSECA, Layara. “O AUTISMO E O ACOMPANHAMENTO TERAPÊUTICO:

DESAFIOS E REFLEXÕES”. 2016. 38 folhas. Trabalho de Conclusão do Curso de

Psicologia. Universidade Católica de Brasilia, Brasilia – DF, 2016.

O Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) é considerado um transtorno invasivo


do desenvolvimento e, em face disto e da crescente quantidade de crianças
diagnosticadas com este transtorno há uma emergência de estudos sobre esta
temática também no âmbito da ciência Psicológica. O presente trabalho busca
refletir sobre as estratégias e desafios vivenciados por profissionais psicólogos (as)
no processo de acompanhamento terapêutico de uma criança autista a partir do
olhar da Análise do Comportamental e da abordagem Histórico-Cultural. Este
trabalho tem como base os fundamentos teórico-metodológicos destas duas
perspectivas teóricas, buscando assim realizar um trabalho investigativo sobre as
estratégias de acompanhamento terapêutico nestas perspectivas teóricas a crianças
diagnosticadas com TEA. Este trabalho compreende um estudo de metodologia
qualitativa, do tipo exploratório. Os resultados apresentam semelhanças na
intencionalidade das duas perspectivas teóricas em prol do desenvolvimento
potencial da criança com TEA, mas, também delimitaram diferenças em faça das
abordagens em face das estratégias interventivas para chegar a este fim.

Palavras-chaves: Transtorno do Espectro Autista (TEA). Análise do Comportamento.

Histórico Cultural.
ABSTRACT

FONSECA, Layara ."AUTISM AND THERAPEUTIC MONITORING : CHALLENGES


AND REFLECTIONS" . 2016. 38 leaves. Completion of Work Psychology Course .
Catholic University of Brasilia , Brasilia - DF , 2016.

The Autism Spectrum Disorder (ASD) is considered a pervasive developmental


disorder, and the face of it and the increasing number of children diagnosed with this
disorder there is an emergency studies on this issue also in the context of
Psychological Science. This study aims to reflect on the strategies and challenges
experienced by professional psychologists (as) in the therapeutic follow-up process
of an autistic child from the look of Analysis of Behavioral and historical-cultural
approach. This work is based on the theoretical and methodological foundations of
these two theoretical perspectives, thus seeking to carry out investigative work on the
therapeutic management strategies in these theoretical perspectives to children
diagnosed with ASD. This work includes a study of qualitative methodology,
exploratory type. The results were similar in the intentionality of the two theoretical
perspectives towards the potential of children with ASD development, but also delimit
differences make the approaches in the face of interventional strategies to reach this
end.

Keywords : Disorder Autistic Spectrum (ASD ) . Analysis of Behavior . Cultural


history.
Sumário

INTRODUÇÃO ........................................................................................................... 7
2 REFERENCIAL TEÓRICO .................................................................................... 11
2.1 Compreendendo o Transtorno do Espectro Autista ............................................ 11
2.2 O Transtorno do Espectro Autista e o acompanhamento terapêutico a partir da
Análise do Comportamento ...................................................................................... 14
2.3 O Transtorno do Espectro Autista e o acompanhamento terapêutico a partir da
Teoria Histórico-Cultural ........................................................................................... 17
3 OBJETIVOS .......................................................................................................... 21
4 METODOLOGIA .................................................................................................... 22
4.1 Procedimentos de elaboração das informações ................................................. 22
4.1.2 Recursos para elaboração dos dados ............................................................. 23
5 RESULTADOS,ANÁLISE E DISCUSSÃO DAS INFORMAÇÕES ....................... 24
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................................. 31
REFERÊNCIAS ........................................................................................................ 33
APÊNDICE ................................................................... Erro! Indicador não definido.
Apêndice A: Questionário ......................................................................................... 37
Apêndice B: Termo de Consentimento Livre e Esclarecido ...................................... 37
Apêndice C: Termo de Autorização para Utilização de Som de Voz ........................ 40
Apêndice D: Termo de Concordância ....................................................................... 41
7

INTRODUÇÃO

O interesse em realizar este trabalho surgiu a partir de uma oportunidade de


estágio remunerado, no qual por meio desta vivência, realizou-se o
acompanhamento terapêutico no contexto escolar com uma criança autista
diagnosticada com Transtorno do Espectro Autista (TEA); e assim, surgiram
inquietações vinculadas ao tema do presente projeto. O desejo de conhecer melhor,
de estudar afundo, despertou a curiosidade para mergulhar e compreender outras
perspectivas teóricas acerca do acompanhamento terapêutico1 realizado no âmbito
da Psicologia para com as pessoas com Transtorno do Espectro Autista.
Conforme dito no parágrafo anterior as pessoas com TEA neste trabalho
serão incluídas na categoria de pessoas com necessidades especiais em função das
políticas de inclusão existentes no Brasil, a saber: Política Nacional para Integração
da Pessoa Portadora de Deficiência (Brasil, 1999); Assim, cabe ressaltar que o
Estatuto da Pessoa com Deficiência (EPD), por inúmeras vezes passa por
modificações, no qual gera proteção para as pessoas com deficiências mentais,
intelectuais e sensoriais.
De acordo com o §2º, do art. 1º da Lei nº 12.764/2012, a pessoa com
transtorno do espectro autista é considerada pessoa com deficiência, no qual
equipara os direitos para essa pessoa com TEA. Conforme a Convenção sobre os
Direitos das Pessoas com Deficiência - CDPD (ONU/2006, p. 1):

Pessoas com deficiência são aquelas que têm impedimentos de longo prazo
de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, os quais, em interação
com diversas barreiras, podem obstruir sua participação plena e efetiva na
sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas.

1
Neste trabalho delimita-se o termo ´acompanhamento terapêutico´ referindo-se ao auxílio
com as crianças com dificuldades relacionadas ao Transtorno Do Espectro do Autismo (TEA). O
acompanhante terapêutico visa atuar como mediador e facilitador do processo de inclusão da criança
com TEA. Segundo os autores Fráguas e Berlinck (2001, apud NASCIMENTO et al, 2015)
descrevem que o trabalho do acompanhante consiste em estar com a criança dentro e fora da sala de
aula, sempre buscando integrá-la ao grupo e levá-la a um envolvimento com as atividades propostas
pelo professor, observando e respeitando seus limites e suas potencialidades. (NASCIMENTO et al,
2015). Neste caso entende-se o psicólogo como um dos sujeitos que podem se caracterizar como
acompanhante terapêutico.
8

Além das Políticas Educacionais, como Declaração Universal dos Direitos


Humanos (1948), a Declaração de Salamanca (1994), e a Lei n. 9394 de Diretrizes e
Bases da Educação (1996).
O autismo, de acordo com Orrú (2010, p.4), entende-se como,
Uma palavra de origem grega que significa por si mesmo; além de ser um
termo usado, dentro da psiquiatria, para denominar comportamentos
humanos que se centralizam em ‘si mesmos’, voltados para o próprio
indivíduo.

Orrú (2010, p.4) ainda complementa dizendo,

É comum, também, a utilização de adjetivos para se denominar o autismo,


tais como, autismo puro, núcleo autístico, autismo (primário no caso de não-
associação com outras patologias), autismo secundário, autismo de alto
funcionamento, autismo de baixo funcionamento, entre outros.

Mesmo diante das nomenclaturas supracitada, atualmente, quando se fala em


autismo, admite-se este como um Transtorno do Espectro Autista (TEA) (MEC,
2008), em função da variação das manifestações do autismo no sujeito.

A palavra autismo foi criada inicialmente por Bleuler, para descrever a


perda do contato com a realidade, com o mundo ao redor, e foi observado
em adultos com esquizofrenia comportamentos típicos de isolamento.
(Assumpção Júnior; Kuczynski, 2007, p. 17).

Sobre a constituição histórica do autismo é importante destacar as obras


organizadas por Kanner (1943) e Asperger (1944); que segundo Santos e Sousa
(2005) revelam os aspectos observados por estes dois percussores nos estudos
sobre crianças com autismo, como contato visual limitado; estereotipias (verbais e
comportamentais) e resistência à mudança.
No que tange as perspectivas teóricas que desenvolvem um trabalho focado
nas dimensões comportamentais e psíquicas temos de acordo com Orrú, (2008, p.2)
a abordagem Analítico Comportamental.
Tal abordagem atua com crianças com TEA (Transtorno do Espectro Autista)
a partir da avaliação comportamental, treino de repertórios de apoio, verbal e
perceptivo-motor; treino em interação social, comportamento verbal e
comportamentos acadêmicos, tendo como objetivo o ajuste comportamental, a
redução de comportamentos excessivos bem como ampliação do repertório
comportamental.
9

Diante disso, a Análise do Comportamento, compreende-se que, embora seja


necessário ensinar novas habilidades para ampliar o repertório comportamental do
indivíduo com TEA, é de grande valia reduzir os comportamentos inadequados e
minimizar os comportamentos desajustados. Essas mediações são possíveis de
ocorrer por intervenções de um acompanhamento psicológico, utilizando técnicas
comportamentais. Ainda sob a luz da Análise do Comportamento, podemos
mencionar que a abordagem busca ensinar novas habilidades no repertório
comportamental, visando à independência do indivíduo com TEA e favorecendo uma
melhoria na qualidade de vida das pessoas com autismo.
Além disso, é pertinente apresentar alguns conceitos básicos da tal
perspectiva teórica. Compreende-se que para a Análise do Comportamento e para
possibilitar um melhor entendimento sobre o Transtorno do Espectro Autista, torna-
se necessário considerar as relações que esse sujeito desenvolve com o contexto
ambiental, os estímulos antecedentes, e as consequências da resposta alvo. Estes
conceitos se relacionam para tecer uma linha argumentativa sobre a relação entre
os comportamentos e entre os eventos ambientais, assim, são caracterizados pelo
estímulo antecedentes tendo como consequência a resposta do comportamento
alvo, no qual mantêm uma relação funcional.
Por outro lado, na abordagem Histórico-Cultural observa-se que a interação
social é responsável pelo desenvolvimento humano, sendo assim, segundo
Mosquera e Teixeira (2010), a respectiva abordagem teórica, ressalta algumas
questões acerca do desenvolvimento da criança autista ao considerá-lo integrado ao
seu contexto, a partir do qual todas as relações e interações se desenvolvem.
Assim, observa-se que, o sujeito se transforma através do meio que está implicado,
além de transformar este ambiente, tendo como eixo de análise o papel da
linguagem; tal como posiciona Orrú (2008, p. 04) ao dizer que o homem é “um ser
social e cultural numa história de desenvolvimento, que parte do interpessoal para o
intrapessoal, tendo a linguagem como mediadora de todas suas relações”.
A referência ao significado da palavra ‘linguagem’ utilizada, em geral, por
Vigotski na Psicologia Histórico-Cultural, identifica a inadequação do termo a uma
simples estrutura semântica composta por códigos sem função interativa; mas, deve-
se contemplar uma compreensão da linguagem enquanto uma estrutura funcional e
10

instrumental que possibilita aos sujeitos interagirem entre sim. Além disso, destaca-
se a importância da linguagem na estruturação do psiquismo, por meio das funções
psicológicas superiores. Logo, considera-se a linguagem como uma “atividade
instrumental” e essencialmente humana. (Bernardes, 2008, p. 158).
A partir destas reflexões teóricas, que emergem algumas questões sobre a
atuação do profissional de psicologia diante do acompanhamento terapêutico de
crianças autistas, como: Quais são as estratégias de atendimento junto a uma
criança autista? O profissional da psicologia enfrenta desafios ao realizar um
acompanhamento terapêutico de uma criança autista? Se sim, quais os desafios e
limitações enfrentados do acompanhamento terapêutico? Existem diferenças
teóricas e práticas no processo de acompanhamento de uma criança autista entre a
abordagem Análise do Comportamental e a abordagem Histórico-Cultural?
Pretende-se responder algumas destas questões, sobretudo as que estejam
conectadas com os objetivos desta pesquisa, uma vez que as demais questões
demandariam mais outros recursos metodológicos e maior tempo de análise. Para
tanto, ressalta-se a necessidade de levar em consideração as particularidades do
sujeito com TEA diante das diferenças analíticas vinculadas as perspectivas
teóricas.
A partir das perguntas problemas realizadas objetiva-se, neste estudo, refletir
sobre as estratégias e desafios vivenciados por profissionais psicólogos (as) no
processo de acompanhamento terapêutico de uma criança autista a partir do olhar
da abordagem Análise do Comportamental e da abordagem Histórico-Cultural.
E, os objetivos específicos são: 1) Investigar junto aos psicólogos a
compreensão sobre o TEA; 2) Identificar juntos aos psicólogos que elementos
devem contemplar o acompanhamento terapêutico para uma criança com TEA; 3)
Caracterizar a partir da perspectiva teórica do profissional da psicologia quais as
estratégias e recursos utilizados para realizar o acompanhamento terapêutico da
criança autista; 4) Verificar junto ao profissional da psicologia a existência de
desafios para realizar o acompanhamento terapêutico de crianças autistas e por fim;
5) Compartilhar a co-relação das contribuições teóricas e práticas dos psicólogos
frente ao acompanhamento terapêutico de crianças com TEA.
11

Este estudo foi caracterizado por um delineamento de pesquisa qualitativa


(Gil, 2010). No que se refere à classificação deste estudo em termos de
procedimentos utilizados, compreende-se, assim, um estudo de caso (Gil, 2010). Os
participantes que constituiu o presente projeto foram, 1 (um) acompanhante
terapêutico, psicólogo (a) da abordagem Histórico-Cultural; bem como 1 (um)
acompanhante terapêutico, psicólogo (a) da abordagem Análise do Comportamento.
Ambos profissionais deveriam atender e/ou já ter atendido uma criança com
Transtorno do Espectro Autista (TEA), nos últimos 5 (anos) de atuação enquanto
profissional da área psicologia.
Enquanto a análise de dados optou por fazer a análise de conteúdo (Bardin,
1977), estabelecendo uma análise das contradições e contribuições entre a
abordagem Histórico-Cultural e a abordagem da Análise do Comportamento.

2 REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 Compreendendo o Transtorno do Espectro Autista

O autismo começou a ser descrito em 1943 por Leo Kanner, de acordo com
Santos e Sousa (2005, p. 2), sendo este um psiquiatra americano, que iniciou os
estudos a respeito da dimensão citada. Foi possível analisar as características
comportamentais em um grupo de crianças, através da vivência do autor por meio
dos padrões típico do TEA, tais como, o isolamento extremo, obsessividade,
estereotipias e ecolalia, os quais possibilitaram identificar o que era o autismo.
Cabe ressaltar que quase na mesma época que Kanner, em 1944, um
pediatra austríaco, Hans Asperger desenvolveu um trabalho com a temática
“psicopatologia autista”. Este autor enfatiza que o isolamento social na criança
autista é de origem inata. (Santos e Sousa, 2005, p. 7).
Sobre esse assunto, observa-se que esta visão inicial sobre o TEA, tem sido
bastante questionada, sobretudo em função das análises de outras dimensões,
como: emocional, social, físico e cultural dos indivíduos. Desta maneira e de acordo
com Orrú (2010), há uma necessidade de ofertar possibilidades de inserção, de
inclusão para as pessoas com TEA, bem como aos seus familiares; para viabilizar
12

um olhar não apenas para as demandas individuais, mas para favorecer a


constituição de um conjunto que busquem medidas de proteção social para os
sujeitos com TEA.
Fruto de demandas sociais houve a emergência de uma delimitação sobre o
que é o TEA. A Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com
Transtorno do Espectro Autista (MEC/2008, p. 1), teve esta incumbência ao definir
como:

I - deficiência persistente e clinicamente significativa da comunicação e da


interação sociais, manifestada por deficiência marcada de comunicação
verbal e não verbal usada para interação social; ausência de reciprocidade
social; falência em desenvolver e manter relações apropriadas ao seu nível
de desenvolvimento;

II - padrões restritivos e repetitivos de comportamentos, interesses e


atividades, manifestados por comportamentos motores ou verbais
estereotipados ou por comportamentos sensoriais incomuns; excessiva
aderência a rotinas e padrões de comportamento ritualizados; interesses
restritos e fixos.

Outras referências sobre o conceito e classificação do Autismo utilizado de


maneira recorrente, refere-se ao Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos
Mentais – DSM , que encontra-se na sua 5° (quinta) edição. De acordo com o DSM-
5, o autismo apresenta duas categorias: 1°) Transtorno Autista (autismo grave
clássico) e; 2°) o Transtorno de Asperger.
Além disso, apesar do DSM-V apresentar duas categorias distintas, o mesmo
refere-se a crianças autistas como Transtorno do Espectro do Autista (TEA); que
refere-se a um grupo de pessoas que não adentram de modo específico em uma
destas categorias, sendo necessário observar a existência de problemáticas comuns
associadas ou não, como: “comunicação não-verbal peculiar; excentricidade nos
interesses e nos maneirismos; comportamentos ritualísticos, repetitivos e restritos;
sensibilidade sensorial forte e preferências inflexíveis; falta de intimidade
interpessoal, reciprocidade e prazer; e isolamento/ estranhamento social grave”.
(Frances, 2015, p. 51).
Segue as delimitações das categorias estabelecidas pelo DSM-V
(Frances,2015, p. 50):
13

1°) Transtorno Autista (Autismo Grave Clássico): O autismo grave


clássico é inconfundível. Os problemas surgem no início da infância e
empobrecem gravemente a interação social, o desenvolvimento linguístico e
o repertório comportamental da criança. Ela não tem uma habilidade
inerente e automática de compreender e responder a situações e interações
sociais. O contato visual comum, sorrisos, abraços e expressões de emoção
que enriquecem nossas vidas interpessoais são ausentes. A linguagem
demora a se desenvolver, é extremamente limitada, peculiar, estereotipada
e não-comunicativa. Os comportamentos são ritualísticos, inflexivelmente
repetitivos, preocupantes e dispersos.
2°) Transtorno de Asperger: O Transtorno de Asperger é uma forma
moderada de autismo que não requer a presença de deficiência de
linguagem. Foi acrescentado como um diagnóstico separado pelo DSM-IV,
mas abandonado como termo pelo DSM-5. Em vez disso, o que se
chamava de Asperger foi incluído como parte do Espectro Autista no DSM-
5.

Além destas classificações e características apresentadas sobre o Autismo,


podemos entender então de acordo com o DSM-V (2015), que outros estudos
descrito no trabalho de autores como, por exemplo Leo Kanner, Hans Asperger,
Orrú, também apresentam as características clássicas de um sujeito com TEA. Em
suma, o autismo não é um transtorno simples, o mesmo apresenta características
peculiares, a saber: estereotipias comportamentais, maneirismo, dificuldade na
comunicação verbal, prejuízo na interação social.
As principais características do TEA, segundo Orrú (2010, p.5), aparecem
muito cedo, antes dos 3 (três) anos de idade é possível diagnosticar. Há uma
predominância do TEA em crianças do sexo masculino do que em crianças do sexo
feminino. Orrú (2010, p. 5) enfatiza que a cada 4 (quatro) casos confirmados 3 (três)
casos correspondem ao sexo masculino e 1 (um) caso para o sexo feminino. Além
disso, é importante destacar que pela causa ainda não ser especificamente
determinada, é pertinente investigar a dimensão do autismo, levando em conta que
o mesmo não se restringe a raça, etnia ou grupo social.
Diante de todo este cenário sobre a pessoa com TEA, é importante elucidar
que os sujeitos autistas são incluídos na classificação de pessoa com deficiência e
detêm de leis favoráveis ao seu desenvolvimento social (Brasil, 2008; Lei nª
12.764/2012; Estatuto da Pessoa com Deficiência, 2015; Brasil, 2009), conforme a
previsão na Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno
do Espectro Autista (MEC/2008, p. 1), parágrafo §2º “pessoa com transtorno do
14

espectro autista é considerada pessoa com deficiência, para todos os efeitos


legais2”.
Em síntese compreendemos que a pessoa com TEA também é um sujeito de
direitos, sendo primordial a inserção do mesmo em um contexto social, para
proporcionar uma interação através do contato social com outras crianças da mesma
faixa etária com o intuito de fortalece as relações sociais bem como desenvolver
novas habilidades e minimizar o isolamento da criança com Transtorno do Espectro
Autista.

2.2 O Transtorno do Espectro Autista e o Acompanhamento Terapêutico a


partir da Análise do Comportamento

Tendo em vista que a Análise do Comportamento visa compreender o


conjunto do repertório comportamental bem como as características de uma criança
com TEA. Nesta mesma perspectiva teórica, Goulart e Assis (2002) tal abordagem
considera o processo de aquisição do repertório comportamental, o contexto social
em que ocorre o comportamento, assim como, as características comportamentais
típicas do autismo, no qual apresentam limitações e dificuldades particulares, sendo
que é necessário avaliar a funcionalidade do comportamento apresentado em cada
sujeito.
Sendo a avaliação da funcionalidade comportamental um princípio primário
nesta perspectiva teórica, segundo Orrú (2010, p. 109) há uma prioridade no campo
da Análise do Comportamento em realizar uma avaliação clínica para se adequar às
particularidades do sujeito diagnosticado com TEA através do desempenho de
tarefas considerando as principais características que devem ser remediadas, com a
finalidade de minimizar determinadas restrições comportamentais.
As primeiras pesquisas laboratoriais comportamentais, enfocando a criança
com autismo foram descritas por Ferster (1961) e Ferster e Demyer (1961,1962),
assim, compreende-se:

2
Os sujeitos com TEA são incluídos na mesma categoria de pessoas com deficiência e pessoas com
necessidades especiais em função das peculiaridades do seu desenvolvimento e necessidades
efetivas de proteção social no âmbito social, educacional, saúde, etc.
15

As contribuição foi explicitar, de forma concreta, a aplicabilidade dos


princípios de aprendizagem ao estudo de crianças com distúrbios de
desenvolvimento a partir de adequações ambientais que provocavam
alterações no comportamento dessas crianças. (Orrú, 2008, p. 2)

Nota-se, através deste posicionamento de Orrú (2008) que o objeto de estudo


da Análise do Comportamento voltado para o Transtorno do Espectro Autista (TEA)
compreende o desenvolvimento de habilidade sociais, por meio da eliminação ou
redução do repertório comportamental inadequado (maneirismo, movimentos
repetitivos sem significados, etc..); através da identificação das variáveis ambientais
que influenciam o conjunto de comportamentos apresentados pelo indivíduo com
TEA.
Para realizar o processo de acompanhamento terapêutico de um sujeito com
TEA com o foco na Análise do Comportamento, no espaço clínico, para Orrú (2008)
há uma demanda de realizar atendimento, essencialmente, na modalidade individual
com a finalidade de ensinar um novo comportamento para o sujeito; a fim de
favorecer a reinserção social, ampliando o repertório comportamento e possibilitando
o desenvolvimento desse sujeito.
Ainda para Orrú (2008, p.3)

Os profissionais que atuam com a abordagem Análise do Comportamento


buscam estabelecer um tratamento abrangente e estruturado para crianças
autistas, sendo focado no ensino e aprendizagem em conjunto com terapias
médicas, seguindo os critérios funcionais e sociais, a fim de superar rótulos,
diagnósticos ou resultados psicométricos que podem evidenciar imprecisão.

Quanto ao foco no processo de ensino e aprendizagem, incluem-se:


habilidades sociais, cognitivas, culturais, educacionais, etc.
As estratégias de intervenção com crianças com TEA norteada pela Análise
do Comportamento se dividem em fases: 1°) avaliação comportamental, 2°) seleção
de metas e objetivos, 3°) elaboração de programas de tratamento e 4) intervenção
(ORRÚ, 2008, p. 3).
Já no âmbito educacional o acompanhamento das crianças com TEA,
compreende o convívio com os seus pares e professores na sala de aula, tendo
sempre como referência social seus próprios colegas com ou sem autismo e o
professor como um regulador de seu comportamento; buscando consolidar um
16

espaço estruturado e a tentativa máxima de se evitar o erro; como mecanismo de


mediar situações de frustração. (ORRÚ, 2010, p.3).
Para viabilizar as estratégias mediacionais junto as pessoas com TEA, na
contemporaneidade, usualmente tem-se utilizado da presença de um acompanhante
terapêutico. Segundo Silva (2006) o acompanhamento terapêutico caracteriza-se por
uma modalidade terapêutica, que busca viabilizar intervenções conectadas a
superação das dificuldades apresentadas pelo indivíduo; independente do local em
que emerge as dificuldades, por exemplo, hospital, consultório ou escola.
As estratégias terapêuticas nesta abordagem visam prioritariamente
estabelecer um plano de tratamento individualizado por meio de diferentes recursos,
como o ABA3 (Applied Behavioral Analysis, na sigla em inglês), que colabora no
reforço de novas habilidades sociais e pessoais; amenizando a rigidez do
comportamento inicialmente apresentado pela criança antes do acompanhamento; a
criança administrada a partir de um cronograma de atividades.
Além destas das estratégias utilizadas pela Análise do Comportamento,
destaca-se a necessidade de explorar a história do desenvolvimento do sujeito como
meio de conhecer mais a demanda apresentada (Thompson, 2014, p.175). A
intencionalidade desta investigação compreende desde a necessidade de coletar
informações a respeito da história de vida da criança, bem como, questões
ambientais e, sobre o contexto em que a mesma vive. Mediante estas informações
propõe-se a elaboração de um plano de intervenção com o objetivo de minimizar
características comportamentais particulares ao TEA. E, em conformidade com
Goulart e Assis (2002), ainda visa identificar e compreender as variáveis que afetam
o repertório de indivíduos autistas para viabilizar estratégias interventivas.
(GOULART E ASSIS, 2002).
Além dos aspectos mencionados sobre o acompanhamento terapêutico na
Análise do Comportamento: objeto, estratégias de intervenção, caracterização do
atendimento clínico e institucional (escolar); verifica-se a necessidade de discutir
como esta perspectiva teórica compreende a relação entre o processo de
aprendizagem e o desenvolvimento, já que um dos caminhos na qual esta

3ABA (análise aplicada do comportamento) “é baseada na abordagem comportamental. O objetivo de


sua utilização com crianças com TEA é reforçar ou implantar os comportamentos adequados à
convivência social e eliminar os indesejáveis”. (SERRA, 2010, p.170).
17

abordagem trabalha com os indivíduos com TEA e, a inclusão de novos sistemas de


aprendizagem para modelar o comportamento do sujeito.
Assim, de acordo com a abordagem da Análise do Comportamento, o
desenvolvimento e a aprendizagem compreende-se como sendo, um processo
semelhante que se relaciona com o meio-ambiente. Segundo Orrú (2008, p.1), nesta
perspectiva metodológica a aprendizagem é “concebida como uma mudança
observável nos comportamentos do indivíduo”, ou “pode ser diretamente observável
pelas respostas emitidas pelo aluno”. (Orrú, 2008, p. 1). Quanto ao desenvolvimento,
Orrú (2008) destaca que trata-se de “uma resposta pessoal do organismo do sujeito
frente aos estímulos do meio ambiente”.
Assim,

A aprendizagem e o desenvolvimento são resultados do condicionamento do


meio e a educação é como um programa de formação de hábitos em alunos
passivos, com a finalidade de tratar os comportamentos inadaptados por meio
de conteúdos, hábitos, comportamentos e ações desejáveis que são
treinadas. (ORRÚ, 2008, p. 2)

2.3 O Transtorno do Espectro Autista e o Acompanhamento Terapêutico a


partir da Teoria Histórico-Cultural

Considerando a relação da perspectiva Histórico-Cultural para crianças de


autistas, temos de acordo com Orrú (2010) a interação do sujeito que perpassa a
esfera do contexto simbólico e do sujeito enquanto agente social. Assim, tendo em
vista que o processo histórico está enraizado na cultura e no contexto social, para a
mesma autora (Orrú, 2010) e ao encontro da abordagem Histórico-Cultural, destaca
que a partir das relações sociais é possível que uma criança autista inserida no meio
(contexto social) se relacione com outras crianças para melhor obter um
desenvolvimento social humano.
Ainda nesse tocante, é importante salientar que de acordo com a abordagem
Histórico-Cultural alguns autores compreendem a pessoa com autismo sendo um
sujeito social, no qual se constitui através das relações sociais, culturais e históricas,
sendo indispensável à mediação de outro sujeito. (Orrú, 2010, p. 14)
A necessidade do outro mais capaz na perspectiva Histórico-Cultural é
fundamental para favorecer o processo de desenvolvimento e, consequentemente
18

de aprendizagem do indivíduo. Isto se faz necessário em função das interações


estabelecidas, que favorecem os processos mediatórios, principio que rege está
perspectiva teórica por compreender que o desenvolvimento está ancorado no plano
das interações sociais, culturais e verbais.
Costa (2006) posiciona que os pressupostos vigotskiano compreende o
indivíduo, como um sujeito constituído no cerne das relações sociais; o que
pressupoe que todas as funções psicológicas tem origem social, assim, suas
interações com o meio são construídas a partir de suas inserção em um universo
histórico-cultural.
Pensando nisto, no que se refere ao acompanhamento terapêutico com ênfase
na abordagem Histórico Cultural, é possível observar que há uma distinção do que é
proposto pela teoria da Análise do Comportamento. Assim, nesta abordagem o
acompanhamento terapêutico, segundo Orrú (2008) é priorizado de forma coletiva,
no qual o sujeito autista está inserido no meio físico e cultural, sendo esse um sujeito
social, relacionando-se com outras crianças que não possui prognóstico, sendo
assim, a devida abordagem não faz distinção do sujeito.
Segundo Orrú (2008, p. 11), nesta perspectiva compreende-se que:

A constituição do sujeito não é determinada somente por fatores biológicos.


Igualmente, não concebemos a pessoa com autismo como a representação
de uma máquina, nem tão somente como um organismo, mas sim como um
sujeito social que se constrói nas relações sociais, culturais e históricas por
meio da mediação de outro sujeito e dos signos existentes nessa mediação.

Assim, na perspectiva vigotskiana a mediação, em termos genéricos, é o


processo de intervenção de um elemento intermediário numa relação; a relação
deixa, então, de ser direta e passa a ser mediada por esse elemento, que podem ser
os instrumentos e os signos. (OLIVEIRA, 2003, p. 26). O instrumento, de acordo
com Joenk (2002), corresponde a um elemento que subsidia a relação entre o
homem e o contexto de seu trabalho, permitindo aumentar as estratégias de ação
sobre a natureza com a finalidade de carregar à função para a qual foi desenvolvido
e o modo de utilização que lhe foi atribuído por meio do trabalho coletivo. Já os
signos, conforme Oliveira (2003, p.30) “podem ser definidos como elementos que
representam ou expressam outros objetos, eventos, situações. Ou seja, são alguma
coisa que significa outra”.
19

Ainda sobre o acompanhamento terapêutico, Orrú (2010, p. 3) complementa


afirmando que:
São privilegiadas as relações sociais e o próprio ambiente para que o aluno
autista se desenvolva tendo como referencial social a outros colegas sem o
autismo e seu professor como um mediador, enquanto agente de
transformações.

Levando em consideração a influência das relações sociais sendo


compreendida como um elemento essencial, tal como menciona Orrú (2008) é a
partir daí que emerge as estratégias de intervenção no processo terapêutico com
crianças autista de acordo com a abordagem Histórico-Cultural. Desta maneira, no
contexto educacional, sendo que o professor desenvolve um papel de agente
mediador para o processo de transformação tanto no desenvolvimento pessoal e
vivência social da criança autista. Assim, compreende-se que a prática pedagógica e
as relações estabelecidas no contexto institucional e social são maneiras de
intervenção terapêutica para crianças com TEA, pois proporciona aquisição de
conhecimento, bem como visa ampliar as potencialidades e desenvolver as
habilidades desse sujeito.
Segundo Orrú, (2010, p, 10) a autora endossa que:

O trabalho desenvolvido com autistas na perspectiva da abordagem Histórico-


Cultural, permeia o processo de ensino e aprendizagem, no qual deve
contemplar, necessariamente, um criteriosa relação entre mediação
pedagógica, cotidiano e formação de conceitos, possibilitando o
encontro/confronto das experiências cotidianas no contextos em que elas
ocorrem para a formação de conceitos, quer sejam acadêmicos ou não, numa
maior internalização consciente do que esta sendo vivenciado e concebido.

Na perspectiva Histórico-Cultural pode-se elucidar algumas questões acerca


das estratégias utilizadas em face do acompanhamento terapêutico com crianças
autistas, visto que o professor é um profissional aliado ao desenvolvimento do
autista, contribuindo para o processo através da relação de mediação enquanto
agente de transformação. A partir dessas considerações, Orrú (2010, p. 3) menciona
embasado na perspectiva Histórico-Cultural que:
O professor contribui como um mediador na reconstituição e na melhora da
vivencia emocional de seu aluno para que seu ser, muitas vezes revelado
em suas ações, transcenda as reações afetivas e imediatas para outras
mais duradouras.
20

Nesse tocante, a autora compreende como, “[...]essencial à atuação de um


educador que mantenha diálogo e ação mediadora constante com seus alunos. [...]”
(Orrú, 2010, p.8)
Desta maneira, nota-se que a figura do professor e/ou educador na
perspectiva Histórico-Cultural é fundamental para a promoção do desenvolvimento
do sujeito, pois o mesmo desenvolve um papel muito importante no processo de
aprendizagem do estudante; pelo fato de ser um agente de construção de
conhecimento, de mediações e de interações. Assim, também pressupõe que o (a)
psicólogo (a) que realize o acompanhamento terapêutico da criança diagnosticada
com Transtorno do Espectro Autista (TEA) possa desenvolver intervenções
terapêuticas voltada aos aspectos subjetivos e particulares do indivíduo,
considerando as limitações e dificuldades vinculadas as características do TEA, para
então promover processos mediatórios em diversos contextos.
No que tange o processo de desenvolvimento e aprendizagem da criança
autista, a abordagem Histórico Cultural compreende que o sujeito é ativo no
processo e no desenvolvimento, sendo pertinente desenvolver um trabalho
educativo para melhor alcançar o desenvolvimento da criança com TEA. Para Orrú
(2008, p.11) “o aluno com autismo é um ser humano que deve ser respeitado em
seus limites”.
Levando em consideração que as crianças diagnosticada com TEA são
diferentes umas das outras, é primordial destacar que o sujeito com TEA não está
apático ao seu processo de aprendizagem e desenvolvimento, assim, torna-se
necessário respeitar as limitações da pessoa com autismo, as dificuldades, as
particularidades, e também suas resistências. Além disso, segundo (Santos e
Oliveira, 2015, p. 49) enfatiza que “as relações sociais e a mediação pedagógica
podem promover as condições necessárias ao desenvolvimento das funções
psíquicas superiores em sujeitos com desenvolvimento atípico”.
Isto considera que mediante o contato com o social o ser humano, vai
relacionando-se com o mundo e a coletividade onde vive, vai construindo suas
particularidades e o seu conhecimento através de uma interação calcada por
diversas relações pessoais. Assim, segundo (OLIVEIRA, 2003) pode-se afirmar que
21

a escola e a educação ocupam um espaço fundamental no desenvolvimento dos


sujeitos inseridos nas sociedades escolarizada.
Diante do exposto, esta abordagem privilegia o desenvolvimento e a
aprendizagem para crianças autistas em espaços que promova a inclusão social.
Assim, tal metodologia assemelha-se e vai de encontro com Orrú (2008, p.6), que
diz que a aprendizagem ocorre mediante a transformação construtiva de
pensamentos, sentimentos e ações, envolvendo uma interação entre conhecimentos
preliminares e conhecimentos novos que constroem outros significados psicológicos,
resultantes em outras ações, pensamento e linguagem.

Com relação à aprendizagem, esta ocorre mediante a transformação


construtiva de pensamentos, sentimentos e ações, envolvendo uma interação
entre conhecimentos preliminares e conhecimentos novos que constroem
outros significados psicológicos, resultantes em outras ações, pensamentos e
linguagem. (Orrú, 2008 p. 6)

Sobre desenvolvimento e aprendizagem, Orrú (2008 p. 6),compreende que a


mesma é motivada pelos escritos de Vigotski; posiciona que são processos
distintos e, ao mesmo tempo relacionados, sendo preciso considerar o nível
de desenvolvimento já conquistado e, também, o nível de desenvolvimento
proximal ligado a capacidade de resolução de problemas, a partir do auxílio
de outras pessoas que se encontram mais possibilitadas, indicando que a
mesma poderá ser autônoma no porvir quando o nível de desenvolvimento da
mesma permitir.

3 OBJETIVOS

Pretende-se, neste estudo, enquanto objetivo geral:


Refletir sobre as estratégias e desafios vivenciados por psicólogos no
processo de acompanhamento terapêutico de uma criança autista a partir do olhar
da abordagem Análise do Comportamental e da abordagem Histórico-Cultural.
E, os objetivos específicos:
1) Identificar o que os psicólogos entendem por Transtorno do Espectro
Autista.
2) Identificar junto aos psicólogos que elementos devem contemplar o
acompanhamento terapêutico, no âmbito da psicologia, para uma criança
com TEA.
22

3) Caracterizar a partir da perspectiva teórica do(a) psicólogo(a) quais as


estratégias e recursos utilizados para realizar o acompanhamento
terapêutico da criança com TEA.
4) Verificar a existência de desafios para realizar o acompanhamento
terapêutico de crianças autistas, conectados a perspectiva teórica do(a)
psicólogo(a).
5) Compartilhar a co-relação das contribuições teóricas e práticas sinalizadas
pelos psicólogos diante do acompanhamento terapêutico de crianças com
TEA.

4 METODOLOGIA

Diante do delineamento metodológico desta pesquisa, enquanto qualitativa


(Minayo, 2001, p. 22), entende-se que este tipo de pesquisa:

Responde a questões muito particulares, pois trabalha com o universo de


significados, motivos, aspirações, crenças, valores e atitudes, o que
corresponde a um espaço mais profundo das relações, dos processos e dos
fenômenos que não podem ser reduzidos à operacionalização de variáveis.

Dentro da classificação de pesquisa qualitativa utilizar-se-á a pesquisa do


tipo, estudo de caso, que de acordo com Gil (2010, p. 37) compreende-se: “[...] um
estudo profundo de maneira que permita seu amplo e detalhado conhecimento”. Gil
(2010) ainda reforça a intencionalidade do estudo de caso não é de precisão nos
resultados da pesquisa, mas de analisar o caso estudado e, posicionar os fatores
que podem vir a influenciar ou não os sujeitos pesquisados.
A análise de dados foi realizada por subsidio da Análise de Contéudo,
(Bardin, 1977), estabelecendo uma análise das contradições e contribuições entre a
abordagem Histórico-Cultural e a abordagem da Análise do Comportamento.

4.1 Procedimentos de elaboração das informações

4.1.1 Participantes
23

Neste estudo os participantes foram 1 (um) acompanhante terapêutico,


psicólogo (a) da abordagem Histórico-Cultural; bem como 1 (um) acompanhante
terapêutico, psicólogo (a) da abordagem Análise do Comportamento. Ambos
profissionais deveriam atender e/ou já ter atendido uma criança diagnósticada com
Transtorno do Espectro Autista (TEA), nos últimos 5 (anos) de atuação enquanto
profissional da área da psicologia. Reforça-se que em face da intervenção mediante
a perspectiva teórica não necessariamente estes profissionais devem atuar no
âmbito clínico, podendo ser no ambiente escolar, por exemplo.
O critério de seleção dos participantes foi realizado por proximidade da
pesquisadora com os acompanhantes terapêuticos, psicólogos (as). Assim, destaca-
se que não foi critério de inclusão e tampouco de debate a questão de gênero, uma
vez que, as duas profissionais psicólogas são do sexo feminino.

4.1.2 Recursos para elaboração dos dados

“O estudo de caso para ser bem conduzido, requer uma coleta de dados
sendo realizada mediante uma entrevista, observações e análise de documentos”.
(Gil, 2010, p. 120). Assim, neste trabalho foram utilizado do recurso de entrevista
junto aos profissionais psicólogos(as) que realizam e/ou realizou o acompanhamento
terapêutico com crianças autistas.
Por entrevista, entende-se, de acordo com Gil (2010, p.109)
Como a técnica em que o investigador se apresenta frente ao investigado e
lhe formulam perguntas, com o objetivo de obtenção dos dados que
interessam à investigação.

Neste presente trabalho utilizou-se da entrevista semi-estruturada, que de


acordo com Boni e Quaresma (2005, p.75) corresponde a: “perguntas abertas e
fechadas, onde o informante tem a possibilidade de discorrer sobre o tema
proposto”.
Este trabalho foi realizado em conformidade com os princípios da pesquisa
com seres humanos, conforme definido na Resolução n° 466/2012, Parágrafo II,
inciso 23 (Conselho Nacional de Saúde, 2012), na qual consta a livre adesão do
24

sujeito à pesquisa, a partir da pleno conhecimento por parte dos participantes das
etapas realizadas neste estudo por meio do Termo de Consentimento Livre e
Esclarecido (TCLE), e, como meio de viabilizar concretamente a participação na
pesquisa.

5 RESULTADOS, ANÁLISE E DISCUSSÃO DAS INFORMAÇÕES

As entrevistas (Apêndice A) foram realizadas em locais, datas e horários


previamente agendados e estabelecidos, conforme a disponibilidade das
entrevistadas. Após explicar os objetivos do presente projeto e apresentar o Termo
de Livre Consentimento e Esclarecimento (Apêndice B), apresentou-se informações
sobre o Termo de Autorização para Utilização de Som de Voz (Apêndice C)
referente à temática do presente projeto de pesquisa.
Dessa forma, as entrevistas realizadas foram gravadas após a autorização das
entrevistadas, e transcritas posteriormente, com o objetivo de fazer a análise dos
dados, no qual foram transcritas, classificadas e categorizadas as respostas para
serem trabalhadas por meio da análise de contéudo.(Bardin, 1977). Neste sentido, a
autora (Bardin, 1977) compreende, que, pode ser definida como uma técnica
metodológica que descreve e interpreta o conteúdo presente em documento, textos
e mensagens.
Assim, optou-se por fazer a análise de conteúdo (Bardin, 1977), estabelecendo
uma análise das contradições e contribuições entre a abordagem Histórico-Cultural e
a abordagem da Análise do Comportamento. Tendo em vista que, através da
frequência de resposta emitida pelas psicólogas entrevistadas e daquilo que mais
predominou na fala das entrevistadas, foi possível elencar os aspectos e eleger
categorias que se aproximassem dos objetivos específicos do presente projeto.
Em suma, a análise de contéudo pode ser uma análise dos “significados”,
podendo ser também uma análise dos “significantes” (Bardin, 2011, p.41).
Após transcrever a entrevista e agrupar as falas da psicólogas entrevistadas, foi
possível averiguar e extrair informações indispensáveis, no qual estiveram
conectados com os objetivos específicos; A entrevista foi organizada em quatro
eixos temáticos, a saber: caracterização da pessoa com TEA; atuação do psicólogo
25

como acompanhante terapêutico de crianças com TEA; estratégias de atendimento


de acordo com a perspectiva teórica das psicólogas entrevistadas; percepção das
psicólogas entrevistadas sobre os desafios do acompanhamento terapêutico de
crianças com TEA.
Nas tabelas abaixo podemos constatar contribuições e semelhanças na
intencionalidade da abordagem Histórico-Cultural e da abordagem Análise do
Comportamento referente à categoria citada.

5.1 Caracterização da pessoa com TEA pelas psicólogas.


O objetivo da respectiva categoria foi identificar como as psicólogas
entrevistadas caracterizam a pessoa com Transtorno do Espectro do Autismo (TEA).
Assim, na tabela abaixo são apresentado às percepções teóricas e metodológicas
vinculado às profissionais entrevistadas.

Quadro 1. Caracterização da pessoa com TEA pelas psicólogas.


Psicólogo (a) com base teórica da Análise Psicólogo (a) com base teórica da
do Comportamento Perspectiva Histórico-Cultural
“[...] também tem suas potencialidades, que
“Eu acredito que pessoas autistas são capazes podem ser desenvolvidas, independente da
de se desenvolver, de ser autônomo, de ser maneira como é mediado, do contexto cultural
independente, eu sempre tento passar isso no qual ela está inserida, das relações sociais
para as famílias”. que são estabelecidas nesses contextos, das
estimulações que ela recebe em vários
aspectos”.
Fonte: Autoria Própria.

De acordo com a atuação da profissional da abordagem Análise do


Comportamento, compreende-se como sendo características da pessoa com
Transtorno do Espectro Autista as suas próprias peculiaridades, que dão não
extingue a possibilidade de desenvolvimento, mas requer um novo repertório
comportamental, visando uma melhoria na(s) área(s) deficitária(s).
O posicionamento da profissional da Análise do Comportamento coaduna com a
visão de Thompson (2014) sobre a viabilidade do desenvolvimento e autonomia da
pessoa com TEA, sobretudo diante das intervenções em prol no ensino de novas
habilidades para o indivíduo.
Quanto à atuação da profissional da teoria Histórico-Cultural, nota-se diante da
fala da profissional entrevistada que, o indivíduo também contempla possibilidades
26

de desenvolver-se; além de dar ênfase da possibilidade de desenvolvimento


independente do ambiente. Este olhar para o desenvolvimento da pessoa com TEA
por meio desta perspectiva dá ênfase à relação que o sujeito exerce no ambiente
que o circunda por meio dos recursos mediatórios, bem como a participação de
outra pessoa, não sendo uma participação e mediação restrita a nenhuma cultura,
mas inerente a cultura tal como discute Orrú (2010).
Diante do posicionamento das duas profissionais observa-se uma aproximação
entre as duas perspectivas teóricas em reconhecer as possibilidades de
desenvolvimento da pessoa com TEA, mas observa-se visões distintas para
viabilizar estratégias de desenvolvimento. Enquanto, a Análise do Comportamento
visa desenvolver um sistema de comportamento social a partir do ensino de novas
habilidades; a perspectiva Histórico-Cultural propõe a partir das relações sociais e
recursos mediatórios localizados na cultura elaborar estratégias conjuntas em prol
do desenvolvimento.

5.2 A atuação do psicólogo (a) como acompanhante terapêutico de crianças com


TEA.

Segue abaixo (Quadro 2) as ponderações sobre a atuação do psicólogo


enquanto acompanhante terapêutico da pessoa com Transtorno do Espectro Autista
(TEA): .
Quadro 2. A atuação do psicólogo (a) como acompanhante terapêutico de crianças com TEA.
Psicólogo (a) com base teórica da Análise Psicólogo (a) com base teórica da
do Comportamento Perspectiva Histórico-Cultural
“Pessoa que vai mediar à pessoa (com TEA) “Tentar avaliar de que forma ela (criança
para o mundo [...], que utiliza os princípios com TEA) possa ser inserida naquele
básicos da análise do comportamento, [...], contexto, para que ela possa realmente se
sabe quais são as dificuldades daquela desenvolver. No caso da escola [...] é
pessoa. Também, sabe [...] identificar as garantir que ela (criança com TEA) tenha os
limitações e os objetivos. É deve [...] mediar apoios necessários, que a gente acredita que
criando oportunidades para a criança exibir na ela (criança com TEA) vai se desenvolver a
rua aquilo que foi trabalhado no contexto mais partir desses apoios que irá receber [...].
limitado (clínica). Assim, [...] o bom trabalho é Cabe assim, [...] oferecer possibilidades
aquele em que o profissional no futuro se torna para a criança chegar ao bom
dispensado”. desenvolvimento, sem comparar o
desenvolvimento dela com outras crianças
[...]”.
Fonte: Autoria Própria.
27

Para a Análise do Comportamento, conforme o relato da psicóloga


representante desta perspectiva teórica, compreender as dificuldades da pessoa
com TEA é essencial para desenvolver uma boa intervenção terapêutica,
considerando, as peculiaridades e as características gerais do autismo. É importante
também salientar a necessidade de oportunizar para a pessoa com autismo o
desempenho de suas habilidades em outros contextos, visando um melhor
desenvolvimento em áreas em que ocorrem limitações, com a finalidade de
promover a independência e autonomia dessa criança. Verifica-se que a visão
apresentada pela Psicóloga da Análise do Comportamento relacionada à definição
de objetivos e identificação das dificuldades da pessoa com TEA está ao encontro
das reflexões de Thompson (2014) quando destaca a experiência, que viabiliza a
capacidade de profissionais para diagnosticar crianças com Transtorno do Espectro
do Autismo (TEA) de formar segura, em criança, a partir de dois anos. (p. 48)
Do ponto de vista da teoria Histórico Cultural, compreende-se que é preciso
incluir a criança com Transtorno do Espectro Autista (TEA) no contexto social, neste
caso a profissional entrevistada dar destaque a instituição escolar. A ênfase neste
espaço refere-se à figuração de mediação dos educadores e demais membros da
escola, constituindo um suporte especializado, que assume o lugar de constituir o
meio social e cultural em prol de um melhor desenvolvimento pessoal para a criança
autista; além de minimizar as comparações comportamentais com outras crianças
não diagnosticadas e/ou sem deficiência. Neste sentido, segundo Mosquera e
Teixeira (2010), ocorre o compromisso social em prol do desenvolvimento humano
integrado das crianças com TEA, sobretudo o desenvolvimento social e cultural.
Compreende-se como semelhanças metodológicas a mediação da pessoa
com Transtorno do Espectro Autista para o mundo através da inserção no contexto
social, levando em consideração as particularidades do sujeito, reconhecendo as
dificuldades e limitações. Observa-se, a relevância do desenvolvimento em prol das
de habilidades pessoais e sociais, mediada por meio do trabalho ofertado no
contexto escolar; sobretudo na perspectiva Histórico-Cultural.
A percepção das duas profissionais sobre a atuação do psicólogo que realiza
um acompanhamento terapêutico com crianças com TEA corrobora com Orrú
(2008), ao dizer que o estudante com autismo “é um ser humano que deve ser
28

respeitado em seus limites”. Logo, observa-se um olhar mais humanizado e,


mobilizador em prol de estratégias que viabilize o desenvolvimento e aprendizagem
com a pessoa com TEA, diferenciando as práticas metodológicas para chegar a este
fim.

5.3 Estratégias de atendimento diante da perspectiva teórica.

As estratégias e recursos destinados ao acompanhamento terapêutico


vinculadas aos princípios das perspectivas teóricas da Análise do Comportamento e
da teoria da abordagem Histórico-Cultural foram caracterizado por técnicas e/ou
procedimentos terapêuticos. Seguem, abaixo, as discussões apresentada pelas
psicólogas entrevistadas:

Quadro 3. Estratégias de atendimento de acordo com a perspectiva teórica das psicólogas


entrevistadas.
Psicólogo (a) com base teórica da Análise do Psicólogo (a) com base teórica da
Comportamento Perspectiva Histórico-Cultural
“[...] Primeiro, busca-se uma análise funcional “O principal é [...] trazer essa criança para o
para saber qual a função do comportamento e, desenvolvimento. Uma das estratégias do
assim elaborar uma estratégia para poder psicólogo é [...] mediar o trabalho com a
trabalhar a extinção do comportamento. [...] são professora, [...]. [...] é fundamental trabalhar
três os objetivos básicos (da Análise do o processo de simbolização da criança, [...] a
Comportamento) ensinar comportamentos linguagem, a forma como ela nomeia e,
adequados; retirar comportamentos inadequados significa o mundo, para [...] conseguir
ou problemáticos; e, fazer com que a criança desenvolver adequadamente a suas funções
generalize o aprendizado dela, além do ambiente superiores [...]”.
do consultório”.
Fonte: Autoria Própria.

De acordo com a base metodológica da Análise do Comportamento, existem


princípios básicos subjacentes ao comportamento humano, sendo importante
ensinar comportamentos adequados, minimizar ou reduzir comportamentos
inapropriados e expor a criança autista em ambientes para generalizar o
comportamento, levando em consideração que todo comportamento é aprendido.
Assim, entende-se que a análise funcional é um instrumento da Análise do
Comportamento no qual vai subsidiar as intervenções terapêuticas, quanto à
identificação do comportamento a ser modificado.
Para a teoria Histórico-Cultural, as estratégias e recursos utilizadas estão
voltadas para o desenvolvimento e aprendizagem da criança autista, no qual deve
29

ocorre em espaços sociais, por exemplo a escola; e, sendo a escola deve ter o
auxilio de uma equipe multidisciplinar, com a finalidade de explorar os diversos
campos de desenvolvimento da pessoa com TEA, levando, sempre, em conta o
processo de simbolização da criança. Para viabilizar estas estratégias, é necessário
como confirma (Mosquera e Teixeira, 2010), a necessidade de adequação do
currículo escolar as especificidades da criança com TEA.
Entende-se como diferença sobre as percepções metodológicas entre as
teorias investigadas os procedimentos técnicos utilizados para proporcionar um
desenvolvimento potencial para a criança com TEA. Enquanto no discurso da
psicóloga da Perspectiva Histórico-Cultural há uma continua referência sobre a
atuação do professor como agente mediador com pessoas autistas, explorando o
desenvolvimento e sensibilidade, sobretudo com a finalidade de investigar os
significados elaborados por seus estudantes e, com vias a elaborar estratégias
mediatórias mais elementares ou complexos. (Orrú, 2010).
Observa-se ainda, que há uma aproximação das percepções das psicólogas
entrevistadas, sobre “as habilidades que o aluno apresenta e quais as que precisa
aprender” Braga e Miguel (2005), diferenciando as bases epistemológicas e os
caminhos teórico-metodológico utilizados para chegar a este fim.

5.4 Desafios do Acompanhamento Terapêutico para crianças com TEA.

Acerca dos desafios vivenciados no acompanhamento terapêutico com a pessoa


diagnosticada com TEA, segundo a percepção das psicólogas entrevistadas houve
uma unanimidade em relação a participação da família; a saber no quadro abaixo:

Quadro 4. Percepção das psicólogas entrevistadas sobre os desafios do acompanhamento


terapêutico de crianças com TEA.
Psicólogo (a) com base teórica da Análise do Psicólogo (a) com base teórica da
Comportamento Perspectiva Histórico-Cultural
“O autismo é um transtorno muito desafiador. E, “[...] vamos encontrar diversos tipos de
neste sentido, mesmo diante do“[...] estresse da crianças com autismo. [...] temos que fazer,
família, a nossa prática depende muito do com, que essas crianças vão entrando no
envolvimento familiar. Assim, convencer a família mundo simbólico, que ela vá tornando o
a engajar no tratamento é muito difícil porque pensar mais abstrato (simbólico); [...] não só
geralmente a família quer alguém faça milagre. na linguagem falada, mas na gestual
[...] eu não acredito no trabalho onde a família também. Contudo, [...] quando a família não
não se envolve [...]. [...] outro desafio da Análise responde o trabalho; não faz o trabalho em
do Comportamento é porque os modelos são conjunto, em parceria, [...] algumas questões
30

americanos, e no Brasil tem poucas pesquisas na não adianta serem trabalhadas apenas em
área”. um espaço”.
Fonte: Autoria Própria.

Levando em consideração os aspectos da teoria da Análise do


Comportamento, compreende-se que o Transtorno do Espectro do Autismo (TEA)
necessita de profissionais compromissados para desenvolver e instaurar no
repertório comportamental das crianças autistas habilidades de interação,
habilidades de socialização, habilidades de auto cuidados. E, para desenvolver um
melhor trabalho é importante a colaboração da família e o envolvimento da mesma.
Segundo (Braga e Miguel, 2005) o envolvimento dos pais e de todas as pessoas que
participam da vida da criança é fundamental durante todo processo interventivo.
Assim, compreende-se que no Brasil carece de pesquisa bibliográficas voltada para
a área da Análise do Comportamento referente ao Transtorno do Espectro do
Autismo (TEA) quando comparado aos modelos americanos.
Na perspectiva Histórico-Cultural, observa-se que um dos desafios ao fazer o
acompanhamento terapêutico é fazer com que a criança autista tenha acesso ao
mundo simbólico, sendo pertinente considerar a particularidade de cada criança
autista, pelo fato do universo ser único e intrasferível. E fazendo um paralelo com a
teoria da Análise do Comportamento, percebe-se que fazer um trabalho com a
família também é considerado um desafio, quando a mesma não corresponde às
expectativas da escola e vice e versa.
Porém, é necessário levar em consideração que cada pessoa autista
apresenta suas particularidades ao modo de se desenvolver e aprender
cognitivamente, se faz necessário nesses casos, possibilitar caminhos para
favorecer a aprendizagem, o ajustamento familiar e social, criando meios para essa
criança se sentirem acolhidas e pertencentes ao contexto em que está inserida.
(Mosquera e Teixeira, 2010, p 114).
Sobre o processo de simbolização referente à teoria Histórico Cultural,
observa-se como uma oposição em relação à outra abordagem, neste caso a
Análise do Comportamento. Em síntese, podemos considerar as contribuições da
linguagem, uma vez que esta proporciona transformações e constitui o psiquismo;
desde o campo da atenção, até ferramentas internas para agregar as informações
necessárias no âmbito do sujeito. (Orrú, 2010, p. 13).
31

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Diante da emergência de refletir sobre as estratégias e desafios vivenciados


por psicólogos no processo de acompanhamento terapêutico de uma criança autista
a partir do olhar da abordagem Análise do Comportamental e da abordagem
Histórico-Cultural. Observou-se que os objetivos delimitados foram alcançados, uma
vez que os resultados das análises possibilitaram identificar, compreender e refletir
sobre a atuação do acompanhamento terapêutico diante das duas perspectivas
teóricas, que apresenta bases teóricas e metodológicas distintas, mas, ambas
objetivam o pleno desenvolvimento das crianças com autismo, apesar de fazerem
uso de estratégias metodológicas distintas.
Os resultados encontrados no presente trabalho após a entrevistas junto às
profissionais psicólogas que realizaram acompanhamento terapêutico com crianças
autistas confirmaram algumas contribuições relacionadas aos estudos teóricos
encontrados na literatura sobre a temática destinada ao presente trabalho. É
importante salientar que outra questão relevante foram as aproximações
perceptivas das psicólogas entrevistadas referente ao desafio do acompanhamento
terapêutico com crianças autistas, relacionado ao envolvimento familiar.
Sugere-se em desdobramentos deste presente estudo um olhar prático e
teórico sobre o engajamento de familiares de pessoas com TEA, buscando discutir
os desafios vivenciados, no qual a família necessita de uma escuta clínica onde
possa ressignificar a sua relação com o filho autista, possibilitando uma orientação
para esse pais e elaborando estratégias de intervenção para atuar com este público,
para então promover modificações na interação dos familiares.
Observamos também algumas contradições e percepções distintas das
participantes entrevistadas, como por exemplo, o contexto de intervenção, ou seja,
das estratégias interventivas destinadas ao acompanhamento terapêutico com as
crianças autistas.
Conclui-se, que os resultados revelaram contribuições significativas para
responder as questões apresentadas no início deste trabalho; observando as
diferenças nas estratégias de atendimento fruto das diferenças teóricas e
32

metodológicas. Além, da proximidade dos desafios vivenciados frente à necessidade


de engajamento familiar no acompanhamento terapêutico da criança com TEA.
Para tanto, observa-se que este presente trabalho não rompe com as
demandas e necessidade de investigar as contribuições de diferentes perspectivas
teóricas-metodológicas sobre o autismo; logo, sugere-se a ampliação deste estudo
incluindo o diálogo com outras perspectivas teóricas, considerando que há outros
campos metodológicos, não restringindo-se apenas para a abordagem da Análise do
Comportamento e para a Abordagem Histórico Cultural, mas para identificar e
compreender as diferentes estratégias utilizadas para intervir juntos as crianças com
TEA.
33

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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APÊNDICE

Apêndice A: Entrevista

1) Como você defini uma pessoa com Transtorno do Espectro Autista (TEA)
(Objetivo 1)

2) Como você compreende a o acompanhamento terapêutico para uma pessoa


com TEA ancorado na sua perspectiva teórica? (Objetivo 2)

3) Tendo em vista os princípios da sua perspectiva teórica, quais as estratégias


e recursos devem ser utilizados no acompanhamento terapêutico de um
indivíduo com TEA? E, qual a intencionalidade da utilização destes recursos?
(Objetivo 3)

4) Em face da sua perspectiva teórica existe desafios para realizar o


acompanhamento terapêutico das crianças com TEA?: Se sim, enumere
estes desafios. (Objetivo 4)

5) Cite uma vivência/experiência na qual você pode observar a co-relação entre


a perspectiva teórica e prática profissional desenvolvida diante do
acompanhamento terapêutico da/de criança(s) com TEA. (Objetivo 5)
38

Apêndice B

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

O (a) Senhor (a) está sendo convidado (a) a participar do projeto: “O autismo
e o acompanhamento terapêutico: desafios e reflexões”, sob responsabilidade da
Profª. MS.c., Danielle Sousa da Silva e estudante do curso de graduação de
Psicologia, Layara Fonseca de Oliveira Pinheiro.
O objetivo desta pesquisa é refletir sobre as estratégias e desafios
vivenciados por psicólogos no processo de acompanhamento terapêutico de uma
criança autista a partir do olhar da abordagem Análise do Comportamento e da
abordagem Histórico Cultural, esta pesquisa justifica-se, como possibilidade de
compreender e explanar sobre as diferentes estratégias e perspectivas teóricas que
visam favores uma terapêutica ao sujeito com Transtorno do Espectro Autista (TEA).
O (a) Senhor (a) receberá todos os esclarecimentos necessário antes e no
decorrer da pesquisa e lhe asseguramos que seu nome não aparecerá sendo
mantido o mais rigoroso sigilo através da omissão total de quaisquer informações
que permitam identificá-los (a). Senhor (a) pode se recusar a responder qualquer
questão (no caso da aplicação de questionário) que lhe traga constrangimento,
podendo desistir de participar da pesquisa em qualquer momento Sem nenhum
prejuízo para o (a) senhor (a).
A sua participação será da seguinte maneira: será realizado um contato inicial
para apresentar os objetivos da pesquisa e, posteriormente, diante do aceite em
participar da pesquisa será realizado uma entrevista semi estruturada individual com
o profissional da psicologia que realiza/realizou acompanhamento terapêutico com
um criança com TEA. O tempo estimado para realização desta compreende
aproximadamente 40 (quarenta) minutos.
Os resultados da pesquisa serão divulgados na Universidade Católica de
Brasília (UCB), podendo ser publicados posteriormente. Os dados e materiais
utilizados na pesquisa ficarão sobre a guarda da pesquisadora.
Este projeto possui os seguintes benefícios: possibilitar uma melhor
compreensão sobre a diferença do processo de acompanhamento terapêutico junto
com a criança com Transtorno do Espectro Autista (TEA), focado no campo da
39

Psicologia, diante da diferença teórica - metodológica da Análise do Comportamento


e da Perspectiva Histórico Cultura; bem como compreender os desafios vivenciados
diante deste acompanhamento terapêutico. Sobre os riscos que possam emergir
diante desta pesquisa destaca-se: a possível da indisponibilidade dos participantes
para a entrevista em relação ao horário, data e local; bem como, desconforto em
responder algumas questões a ser realizada na ocasião da entrevista. Nesses casos
serão utilizadas enquanto mediadas de segurança e, consequentemente para
melhor condução da pesquisa agendamento quanto horário, data e local que melhor
convier ao (a) entrevistado (a); quanto à possibilidade de desconforto em responder
alguma questão a entrevista poderá ser prontamente ou mesma suprimida, se assim
for demandada pela entrevistadora.
Se o (a) Senhor (a) tiver qualquer dúvida em relação à pesquisa, por favor,
entre em contato com: Profa. MS.c. Danielle Sousa da Silva, na instituição de ensino
Universidade Católica de Brasília, pelo telefone: (61) 3356-9270, em horário
comercial. As dúvidas com relação á assinatura do Termo de Consentimento Livre e
Esclarecido (TCLE) ou os direitos do sujeito da pesquisa podem ser obtidos também
pele telefone: (61) 3356-9784.
Este documento foi elaborado em duas vias, uma ficará com o pesquisador
responsável e a outra com o (a) voluntário (a) da pesquisa.

Nome/ Assinatura ___________________


Pesquisadora responsável/ Assinatura ___________________
40

Apêndice C

TERMO DE AUTORIZAÇÃO PARA UTILIZAÇÃO DE SOM DE VOZ

Eu, ________________________________, autorizo a utilização da minha


imagem e som de voz, na qualidade de participante/ entrevistado (a) no projeto de
pesquisa intitulado: “O autismo e o acompanhamento terapêutico: desafios e
reflexões”, sob responsabilidade da Profª. MS.c., Danielle Sousa da Silva e
estudante do curso de graduação de Psicologia, Layara Fonseca de Oliveira
Pinheiro, vinculado a graduação do curso de psicologia da Universidade Católica de
Brasília (UCB).
O meu som de voz pode ser utilizado apenas para explicitar o objetivo geral
proposto nesta pesquisa e, como meio de favorecer a análise por parte da
pesquisadora desta pesquisa, apresentações em conferências profissionais e/ou
acadêmicas, atividade educacionais;
Tenho ciência de que não haverá divulgação do meu som de voz por qualquer
meio de comunicação, sejam elas televisão, rádio ou internet, exceto nas atividades
vinculadas ao ensino e pesquisa explicitadas acima. Tenho ciência também de que a
guarda e demais procedimentos de segurança com relação aos sons de voz são de
responsabilidades da pesquisadora responsável.
Deste modo, declaro que autorizo, livre e espontaneamente, o uso para fins
de pesquisa nos termos acima descrito do meu som de voz. Este documento foi
elaborado em duas vias, uma ficará com o pesquisador responsável e a outra com o
(a) voluntário (a) da pesquisa.
Se o (a) Senhor (a) tiver qualquer dúvida em relação à pesquisa, por favor,
entre em contato com: Profa. MS.c. Danielle Sousa da Silva, na instituição de ensino
Universidade Católica de Brasília, pelo telefone: (61) 3356-9270, em horário
comercial. As dúvidas com relação á assinatura do Termo de Autorização para
Utilização de Som de voz ou os direitos do sujeito da pesquisa podem ser obtidos
também pele telefone: (61) 3356-9784.

Nome/ Assinatura ___________________


Pesquisadora responsável/ Assinatura ___________________
41

Apêndice D

TERMO DE CONCORDÂNCIA

O (a) Senhor (a), ______________________________________, psicólogo


(a), CRP ___/_______ está de acordo com a realização, da pesquisa: “O autismo e
o acompanhamento terapêutico: desafios e reflexões”, sob responsabilidade da
Profª. MS.c., Danielle Sousa da Silva e estudante do curso de graduação de
Psicologia, Layara Fonseca de Oliveira Pinheiro, vinculado à Graduação do curso de
Psicologia da Universidade Católica de Brasília (UCB) para investigar as estratégias
e desafios vivenciados por psicólogos no processo de acompanhamento terapêutico
de uma criança autista a partir do olhar da abordagem Análise do Comportamento e
da abordagem Histórico Cultural, após aprovação pelo Comitê de Ética em Pesquisa
da Universidade Católica de Brasília – CEP/UCB.
O estudo envolve entrevista junto aos profissionais, psicólogos (a) que
realizam acompanhamento terapêutico com crianças diagnósticas com Transtorno
do Espectro Autista. O estudo tem duração de dois meses, com previsão de início
para o mês de Abril e/ou Maio de 2016.

Nome/ Assinatura ___________________


Pesquisadora responsável/ Assinatura ___________________

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