Вы находитесь на странице: 1из 37

Diário da República, 1.ª série — N.

º 167 — 30 de agosto de 2013 5389

c) Atividade COV; 4. Para o cloro, no caso de instalações que utilizem o


d) Nome da empresa/instalação; processo pelo cloro:
e) Localização da empresa/instalação; a) 5 mg/Nm3 em valor médio diário;
f) Responsável; b) 40 mg/Nm3 em qualquer momento.
g) Data de início de laboração;
h) Consumo(s) anual(is) de solventes (1); Parte 3
i) Caudal mássico total das substâncias perigosas utili-
zadas e respetiva identificação (1); Monitorização das emissões, prevista no artigo 105.º
j) Abrangência da(s) atividade(s) em causa pelo capí-
A monitorização das emissões para a atmosfera inclui
tulo II deste diploma.
pelo menos a monitorização em contínuo de:
(1) Não aplicável às lavandarias. a) Dióxido e trióxido de enxofre na forma gasosa des-
carregado da digestão e calcinação das instalações para
ANEXO VIII monitorização da concentração de resíduos ácidos nas
instalações que utilizam o processo pelo sulfato;
Disposições técnicas para as instalações que produzem b) Cloro das principais fontes situadas nas instalações
dióxido de titânio, a que se refere o capítulo VI que utilizam o processo pelo cloro;
c) Poeiras, nas fontes mais importantes.
Parte 1

VLE para a água, previstos no artigo 103.º

1. No caso das instalações que utilizem o processo pelo


REGIÃO AUTÓNOMA DOS AÇORES
sulfato (em média anual):
Assembleia Legislativa
550 kg de sulfato por tonelada de dióxido de titânio
produzido; Decreto Legislativo Regional n.º 13/2013/A
2. No caso das instalações que utilizem o processo pelo Terceira alteração ao regime de criação, autonomia e gestão das
cloro (em média anual): unidades orgânicas do sistema educativo regional, aprovado pelo
a) 130 kg de cloro por tonelada de dióxido de titânio Decreto Legislativo Regional n.º 12/2005/A, de 16 de junho, alterado
e republicado pelos Decretos Legislativos Regionais n.os 35/2006/A
produzida, quando se utilize rútilo natural; e 17/2010/A, respetivamente, de 6 de setembro e de 13 de abril.
b) 228 kg de cloro por tonelada de dióxido de titânio
produzida, quando se utilize rútilo sintético; A necessidade das alterações agora introduzidas ao regime
c) 330 kg de cloro por tonelada de dióxido de titânio de criação, autonomia e gestão das unidades orgânicas do
produzida, quando se utilize slag; sistema educativo regional, aprovado pelo Decreto Legisla-
tivo Regional n.º 12/2005/A, de 16 de junho, alterado e repu-
As instalações que façam descargas para águas salgadas blicado pelos Decretos Legislativos Regionais n.os 35/2006/A
(estuarinas, costeiras ou de alto mar) podem ser sujeitas e 17/2010/A, respetivamente, de 6 de setembro e de 13 de
abril, resulta, designadamente, da imprescindibilidade de
a um VLE de 450 kg de cloro por tonelada de dióxido de
implementação de estratégias para que as lideranças das
titânio produzida quando se utilizem escórias. unidades orgânicas do sistema educativo regional sejam
3. Para as instalações que utilizem o processo por cloro fortes, responsáveis pelos seus desempenhos e determi-
e mais de um tipo de minério, os VLE do ponto 2 são nadas a assegurar níveis de sucesso dos nossos alunos.
aplicados proporcionalmente à quantidade de minérios São também criadas condições que permitem às nossas
utilizada. escolas constituírem-se como entidades formadoras por
excelência e promotoras da partilha de boas práticas.
Parte 2 Reforça-se, ainda, o papel das estruturas de gestão inter-
média das unidades orgânicas e de responsabilização, quer
VLE para a atmosfera, previstos no artigo 104.º dos alunos, quer dos encarregados de educação.
1.Os valores limite expressos em termos de concentra- As restantes alterações visam, sobretudo, precisar con-
ções mássicas por metro cúbico (Nm3) são calculados à ceitos e melhorar o funcionamento dos diversos órgãos
temperatura de 273,15 K e à pressão de 101,3 kPa. das unidades orgânicas ou, até, corrigir algumas incon-
gruências.
2. Para as poeiras: 50 mg/Nm3, em média horária,
Assim, a Assembleia Legislativa da Região Autónoma
quando provenientes de fontes importantes, e 150 mg/ dos Açores decreta, nos termos da alínea a) do n.º 1 do
Nm3, em média horária, quando provenientes de qualquer artigo 227.º da Constituição da República Portuguesa e
outra fonte. do n.º 1 do artigo 37.º e do artigo 62.º do Estatuto Político-
3. Para o dióxido e trióxido de enxofre na forma gasosa -Administrativo da Região Autónoma dos Açores, o
descarregado da digestão e calcinação, nomeadamente sob seguinte:
a forma de gotículas, expressos em equivalente SO2:
Artigo 1.º
a) 6 kg por tonelada de dióxido de titânio produzido,
Alteração e renumeração
em média anual;
b) 500 mg/Nm3, em média horária, para as instalações 1 — Os artigos 1.º, 3.º, 4.º, 23.º, 27.º, 30.º, 31.º, 36.º,
de concentração de resíduos ácidos; 38.º, 42.º, 43.º, 47.º, 51.º, 54.º, 55.º 56.º, 57.º, 80.º, 83.º,
5390 Diário da República, 1.ª série — N.º 167 — 30 de agosto de 2013

88.º ao 90.º, 102.º ao 104.º, 130.º, 131.º, 139.º e 142.º Artigo 4.º
do regime de criação, autonomia e gestão das unidades Criação de unidades orgânicas
orgânicas do sistema educativo regional aprovado pelo
Decreto Legislativo Regional n.º 12/2005/A, de 16 de 1 — [...]
junho, alterado e republicado pelos Decretos Legislativos 2 — [...]
Regionais n.os 35/2006/A e 17/2010/A, respetivamente, 3 — [...]
de 6 de setembro e de 13 de abril, passam a ter a redação
abaixo referida. a) [...]
2 — Os artigos 74.º, 75.º, 63.º, 66.º, 68.º, 70.º e 71.º do b) [...]
mesmo regime são alterados e renumerados, respetiva- c) O número de pessoal não docente a afetar.
mente como artigos 62.º, 63.º, 68.º, 71.º, 73.º, 75.º e 76.º
3 — Os artigos 73.º, 76.º, 77.º, 61.º, 62.º, 64.º, 65.º, 67.º, 4 — O quadro de pessoal docente é objeto de reajus-
69.º e 72.º do mesmo regime são renumerados, respetiva- tamento nos termos da lei.
mente como artigos 61.º, 64.º, 65.º, 66.º, 67.º, 69.º, 70.º, 5 — Os quadros de pessoal docente e o número de
72.º, 74.º e 77.º, mantendo a respetiva redação. trabalhadores não docentes afetos às unidades orgânicas,
mesmo quando estas sejam agrupamentos de estabele-
«Artigo 1.º cimentos de educação e de ensino, são globais, abran-
gendo a totalidade do pessoal docente e não docente
Objeto que preste serviço na unidade orgânica.
O presente diploma estabelece:
a) [...] Artigo 23.º
b) [...] Animação sociocultural
c) O regime jurídico do desporto escolar, do Conse-
lho Local de Educação e do Conselho Coordenador do [...]
Sistema Educativo. a) [...]
b) [...]
Artigo 3.º c) [...]
Conceitos d) [...]
e) [...]
Para os efeitos do presente diploma entende-se por: f) [...]
a) [...] g) [...]
b) [...] h) [...]
c) [...] i) [...]
d) [...] j) [...]
e) [...] l) Promover o reconhecimento e a validação de
f) [...] competências, realizando ações visando o preenchi-
g) [...] mento dos requisitos de formação que sejam estabe-
h) «Ano letivo» o período compreendido entre o lecidos.
início e o termo das atividades letivas;
i) [Anterior alínea h).] Artigo 27.º
j) [Anterior alínea i).]
l) [Anterior alínea j).] Avaliação dos alunos
m) [Anterior alínea l).] [...]
n) [Anterior alínea m).]
o) [Anterior alínea n).] a) [...]
p) [Anterior alínea o).] b) [...]
q) [Anterior alínea p).] c) [...]
r) [Anterior alínea q).] d) [...]
s) [Anterior alínea r).] e) Organizar, coordenar e proceder à aplicação das
t) «Atividades culturais escolares» o conjunto de provas de avaliação final e exames a seu cargo;
atividades culturais e de formação desenvolvidas como f) Organizar, coordenar e proceder à aplicação das
complemento curricular e ocupação de tempos livres provas que lhe sejam solicitadas pela administração
dos alunos, devendo este assentar num regime de par- educativa.
ticipação voluntário, integrado no plano de atividades
da unidade orgânica e coordenado no âmbito do sistema Artigo 30.º
educativo;
u) «Projeto curricular de turma» o documento que Gestão dos tempos escolares
estabelece a estratégia de concretização e desen- [...]
volvimento do currículo e do projeto curricular de
escola, adaptados às características de cada sala de a) [Revogada.]
atividades ou turma, através de programas próprios, b) [...]
a desenvolver pelos educadores de infância, profes- c) [...]
sores titulares de turma ou pelos conselhos de turma, d) [...]
consoante os ciclos, os níveis ou as modalidades de e) [...]
ensino. f) [...]
Diário da República, 1.ª série — N.º 167 — 30 de agosto de 2013 5391

Artigo 31.º l) [...]


Formação e gestão do pessoal docente e não docente
m) [...]
n) [...]
[...] o) Contratar serviços de limpeza e de manutenção de
instalações e equipamentos, incluindo os de assistência
a) Preparar e administrar a formação e atualização
técnica que se mostrem necessários à segurança e ope-
dos seus docentes, em cooperação com outras entidades
ração das instalações elétricas, de telecomunicações e
formativas, sem prejuízo e no respeito pela liberdade
dos docentes estabelecerem o seu próprio percurso de de informática, nos termos da legislação aplicável.
formação individual;
b) [...] Artigo 42.º
c) [...] Receitas do fundo escolar
d) [...]
e) [...] 1 — [...]
f) [...] a) [...]
g) [...] b) [...]
h) [...] c) As transferências destinadas a assegurar a forma-
i) [...] ção do pessoal docente e não docente;
j) [...] d) [Anterior alínea c).]
l) [...] e) [Anterior alínea d).]
m) Avaliar o desempenho do pessoal docente e não f) [Anterior alínea e).]
docente nos termos da lei; g) [Anterior alínea f).]
n) [...] h) [Anterior alínea g).]
o) [...] i) [Anterior alínea h).]
p) Estabelecer o período de férias do pessoal docente
e não docente e aprovar os respetivos mapas de férias, 2 — [...]
sem prejuízo do legalmente fixado.
Artigo 43.º
Artigo 36.º
Gestão do fundo escolar
Gestão do pessoal não docente
1 — [...]
[...] 2 — [...]
a) [...] 3 — [...]
b) [...] 4 — [...]
c) [...] 5 — O conselho administrativo prestará contas da
d) Preparar e administrar a formação e atualização do gestão do fundo escolar, elaborando a respetiva conta
pessoal não docente que nela presta serviço, em coopera- de gerência da unidade orgânica, nos termos da lei.
ção com outras entidades formativas, sem prejuízo e no 6 — [...]
respeito pela liberdade dos trabalhadores estabelecerem
o seu próprio percurso de formação individual; Artigo 47.º
e) [...] Processo de candidatura
f) Estabelecer critérios para a seleção de pessoal a
contratar a termo resolutivo, incluindo casos de subs- 1 — As unidades orgânicas que se candidatem ao
tituição temporária, e proceder à sua contratação, após desenvolvimento da sua autonomia, através dos seus
as necessárias autorizações; conselhos executivos, apresentam à direção regional
g) [...] competente em matéria de educação uma proposta de
h) [...] contrato, aprovada pelo conselho pedagógico e pela
i) Dar parecer sobre os pedidos de colocação do pes- assembleia e acompanhada dos seguintes elementos:
soal não docente; a) [...]
j) [Revogada.] b) [...]
c) [...]
Artigo 38.º d) [...]
e) [...]
Gestão das instalações e equipamentos
[...] 2 — [...]
a) [...]
Artigo 51.º
b) [...]
c) [...] Órgãos
d) [...] 1 — [...]
e) [...] 2 — [...]
f) [...]
g) [...] a) [...]
h) [...] b) Conselho pedagógico;
i) [...] c) Conselho executivo;
j) [...] d) [...]
5392 Diário da República, 1.ª série — N.º 167 — 30 de agosto de 2013

Artigo 54.º 3 — As comissões podem ser permanentes ou criadas


Composição
em função dos temas a tratar.
4 — As propostas ou deliberações das comissões são
1 — Sem prejuízo do disposto nos números seguin- sempre aprovadas pelo plenário da assembleia.
tes, a definição do número de elementos que compõe
a assembleia é da responsabilidade de cada unidade Artigo 57.º
orgânica, nos termos do respetivo regulamento interno,
Designação de representantes
não podendo ser superior a 24 o número total dos seus
membros. 1 — [...]
2 — [...] 2 — [...]
3 — [...] 3 — Os representantes da autarquia local são desig-
4 — [...] nados pelo presidente da câmara municipal ou das
5 — [...] câmaras municipais, nas situações em que a unidade
6 — A participação dos alunos circunscreve-se ao orgânica abrange território educativo de mais do que
ensino secundário e quando for o caso, aos trabalhadores- um município.
-estudantes que frequentam o ensino básico recor- 4 — [...]
rente.
7 — [...] Artigo 61.º
8 — [...]
9 — A assembleia inclui um representante por cada Definição
uma das câmaras municipais onde se integra o território [Anterior artigo 73.º.]
educativo da unidade orgânica
10 — [Anterior n.º 9.] Artigo 62.º
11 — [Anterior n.º 10.]
Composição
Artigo 55.º [Anterior artigo 74.º.]
Competências 1 — [...]
1 — [...] 2 — [...]
3 — [...]
a) Eleger o respetivo presidente, de entre os seus
membros, à exceção dos representantes dos alunos e a) [...]
das câmaras municipais; b) [...]
b) [...] c) [...]
c) [...] d) [...]
d) [...] e) [...]
e) [...] f) [...]
f) [...] g) Um representante dos pais e encarregados de
g) [...] educação nas unidades orgânicas de pequena e média
h) [...] dimensão e dois nas unidades orgânicas de grande
i) [...] dimensão;
j) [...] h) [Anterior alínea g).]
l) [...]
m) [...] 4 — [...]
n) [...] 5 — O regulamento interno pode ainda determinar
o) [...] a inclusão no conselho pedagógico de outros membros
p) [...] da comunidade educativa com relevo para o seu projeto
q) [...] educativo, até ao máximo de dois elementos.
6 — [...]
2 — [...]
3 — [...] Artigo 63.º
4 — [...] Competências
5 — [...]
6 — [...] [Anterior artigo 75.º.]
1 — [...]:
Artigo 56.º
a) [...]
Funcionamento
b) Elaborar a proposta de projeto educativo e de pro-
1 — A assembleia reúne ordinariamente uma vez jeto curricular e acompanhar e avaliar a sua execução;
por trimestre e extraordinariamente sempre que seja c) [...]
convocada pelo respetivo presidente, por sua iniciativa, d) [...]
a requerimento de um terço dos seus membros em efe- e) [...]
tividade de funções ou por solicitação dos presidentes f) Elaborar o plano de formação e de atualização do
dos conselhos pedagógico e executivo. pessoal docente e não docente, e acompanhar a respetiva
2 — A assembleia pode funcionar em comissões nos execução;
termos que forem definidos no seu regimento. g) [...]
Diário da República, 1.ª série — N.º 167 — 30 de agosto de 2013 5393

h) [...] n) Fomentar o intercâmbio e a divulgação de experi-


i) [...] ências pedagógicas ouvido o conselho pedagógico;
j) [...] o) [Anterior alínea m).]
l) [...] p) [Anterior alínea n).]
m) [...] q) [Anterior alínea o).]
n) [...]
o) Coordenar a elaboração e produção de materiais 4 — [...]
pedagógicos e de ensino destinados à unidade orgâ-
nica; Artigo 69.º
p) [...] Presidente do conselho executivo
q) [...]
r) [...] [Anterior artigo 64.º.]
s) [...]
Artigo 70.º
2 — [...] Assembleia eleitoral e recrutamento
3 — [...]
[Anterior artigo 65.º.]
Artigo 64.º
Artigo 71.º
Funcionamento
Eleição
[Anterior artigo 76.º.]
[Anterior artigo 66.º.]
Artigo 65.º 1 — [...]
Gratificação do presidente 2 — [...]
3 — [...]
[Anterior artigo 77.º.] 4 — Quando nenhuma lista se apresente à eleição, a
assembleia, no prazo máximo de dez dias úteis após a
Artigo 66.º verificação do facto, por escrutínio secreto, escolhe, de
Definição entre os docentes da unidade orgânica que satisfaçam os
requisitos estabelecidos no artigo anterior, o presidente
[Anterior artigo 61.º.] da comissão executiva provisória e comunica ao diretor
regional competente em matéria de educação.
Artigo 67.º 5 — [...]
Composição 6 — [...]
7 — [...]
[Anterior artigo 62.º.]
Artigo 72.º
Artigo 68.º
Provimento
Competências
[Anterior artigo 67.º.]
[Anterior artigo 63.º.]
1 — [...] Artigo 73.º
2 — [...] Mandato
3 — [...]
[Anterior artigo 68.º.]
a) [...]
b) Elaborar o projeto de orçamento, de acordo com 1 — [...]
o disposto na legislação aplicável e tendo em conta as 2 — Não é permitida a eleição para um quarto man-
propostas apresentadas e as linhas orientadoras definidas dato consecutivo durante o triénio imediatamente sub-
pela assembleia; sequente ao termo do terceiro mandato.
c) Elaborar e submeter à aprovação da assembleia o 3 — [Anterior n.º 2:]
plano anual de atividades, verificando da sua confor- a) No final do ano escolar, quando assim for delibe-
midade com o projeto educativo; rado por mais de dois terços dos membros da assembleia
d) [...] em efetividade de funções, em caso de comprovada
e) [...] desadequação da respetiva gestão, fundada em factos
f) [...] provados e informações fundamentadas apresentados
g) [...] por qualquer membro da assembleia;
h) [...] b) [...]
i) [...] c) [...]
j) Autorizar a cedência de instalações e equipamentos
escolares; 4 — [Anterior n.º 3.]
l) [Anterior alínea j).] 5 — A cessação do mandato do presidente ou dos dois
m) Identificar as necessidades de formação contínua vice-presidentes eleitos do conselho executivo deter-
do seu pessoal docente e não docente, aprovar e executar mina a abertura de um novo processo eleitoral para este
o plano de formação da unidade orgânica; órgão, no prazo máximo de trinta dias.
5394 Diário da República, 1.ª série — N.º 167 — 30 de agosto de 2013

Artigo 74.º regulamento interno, cada núcleo escolar poderá reunir


Comissão executiva provisória
separadamente, por ano de escolaridade, quando se trate
de reuniões de avaliação de alunos.
[Anterior artigo 69.º.]
Artigo 88.º
Artigo 75.º
Departamentos curriculares
Assessoria do conselho executivo
1 — Os departamentos curriculares promovem a
[Anterior artigo 70.º.] articulação, gestão curricular e cooperação entre os
docentes da unidade orgânica, procurando adequar o
1 — Para apoio à atividade do conselho executivo,
currículo às necessidades específicas dos alunos.
o regulamento interno pode prever a constituição de
2 — Nos departamentos curriculares encontram-se
assessorias técnico-pedagógicas, no máximo de duas,
representados os agrupamentos de disciplinas e áreas
para as quais serão designados docentes do quadro em
disciplinares, de acordo com os cursos lecionados,
exercício de funções na unidade orgânica.
o número de docentes por nível, ciclo ou disciplina,
2 — [...]
cabendo a estes a promoção das dinâmicas a desenvolver
3 — [...]
pela unidade orgânica.
3 — Os departamentos curriculares são coordenados
Artigo 76.º
por docentes profissionalizados, preferencialmente do
Regime de exercício de funções quadro de vínculo definitivo da unidade orgânica, e que
exerçam funções na mesma, eleitos de entre aqueles
[Anterior artigo 71.º.]
que os integram, sendo os respetivos mandatos de três
1 — [...] anos.
2 — [...] 4 — [...]
3 — [...] 5 — [...]
4 — Nas unidades orgânicas de pequena dimensão em
que seja ministrado conjuntamente o ensino secundário Artigo 89.º
regular com outros níveis de ensino, os vice-presidentes,
Projeto curricular de turma
mediante autorização do diretor regional competente em
matéria de educação, poderão beneficiar igualmente de Em cada unidade orgânica, a organização, o acom-
dispensa da componente letiva até 50 %. panhamento e a avaliação das atividades a desenvolver
5 — [...] com os alunos pressupõem a elaboração de um projeto
6 — [...] curricular de turma, o qual deve integrar estratégias de
7 — [...]. diferenciação pedagógica e de adequação curricular para
o contexto da sala de atividades ou da turma, destinadas
Artigo 77.º a promover a melhoria das condições de aprendizagem
Gratificações
e a articulação entre a escola e a família, sendo da res-
ponsabilidade:
[Anterior artigo 72.º.]
a) [...]
b) [...]
Artigo 80.º
c) [...]
Competências
1 — [...] Artigo 90.º
Conselho de turma
a) Aprovar o projeto de orçamento anual, de acordo
com o disposto na legislação aplicável e em conformi- 1 — [...]
dade com as linhas orientadoras definidas pela assem- 2 — [...]
bleia; 3 — [...]
b) Elaborar o relatório de contas de gerência, de 4 — [...]
acordo com o disposto na legislação aplicável; 5 — O diretor de turma dispõe de voto de qualidade
c) [...] nas decisões e deliberações do conselho de turma.
d) [...] 6 — A lecionação da área curricular não disciplinar
e) [...] é sempre atribuída ao diretor de turma, exceto quando
ponderosas razões, ouvido o conselho pedagógico, obri-
2 — [...] guem a diferente distribuição de serviço.
3 — [...] 7 — [...]

Artigo 83.º Artigo 102.º


Conselho e coordenador de núcleo Processo eleitoral
1 — [...] 1 — [...]
2 — [...] 2 — [...]
3 — [...] 3 — [...]
4 — Sem prejuízo do disposto na alínea b) do n.º 1 4 — Os resultados dos processos eleitorais para a
do presente artigo e de acordo com o estipulado no assembleia, para o conselho executivo e para o coor-
Diário da República, 1.ª série — N.º 167 — 30 de agosto de 2013 5395

denador de estabelecimento produzem efeitos no dia Artigo 126.º


seguinte ao da tomada de posse dos mesmos. Diretor do centro de formação

Artigo 103.º [Revogado.]


Mandatos de substituição Artigo 127.º
Os titulares dos órgãos e estruturas previstos no pre- Exercício de funções pelo diretor do centro de formação
sente regime jurídico, em substituição de anteriores titu-
[Revogado.]
lares, terminam os seus mandatos na data prevista para
a conclusão do mandato dos membros substituídos. Artigo 128.º
Artigo 104.º Apoio técnico

Impedimentos
[Revogado.]

1 — [...] Artigo 130.º


2 — [...] Composição

Artigo 117.º 1 — [...]


Constituição e extinção a) [...]
b) O diretor regional competente em matéria de edu-
[Revogado.] cação;
c) [...]
Artigo 118.º d) [...]
e) [...]
Adesão e abandono
f) [...]
[Revogado.] g) [...]
h) [...]
Artigo 119.º i) [Revogada.]
j) [...]
Centros de formação das associações de escolas l) [...]
[Revogado.] m) Um representante do sindicato dos Inspetores da
Educação e do Ensino;
n) [Anterior alínea m).]
Artigo 120.º
Objetivos dos centros de formação 2 — Podem ainda participar no Conselho, sem direito
a voto, representantes das direções regionais com com-
[Revogado.] petências em matéria da juventude, do desporto e do
emprego, bem como os técnicos e pessoal não docente
Artigo 121.º que o presidente considere necessários em função das
Competências dos centros de formação matérias a debater e o coordenador da pastoral escolar
de qualquer confissão religiosa da qual exista em fun-
[Revogado.] cionamento a disciplina de Educação Moral e Religiosa
nas escolas públicas.
Artigo 122.º
Artigo 131.º
Gestão financeira
Funcionamento
[Revogado.]
1 — [...]
Artigo 123.º 2 — [...]
3 — [Revogado.]
Estruturas de direção e gestão

[Revogado.] Artigo 139.º


Condições de exercício de funções
Artigo 124.º 1 — [...]
Assembleia geral 2 — [...]
3 — [...]
[Revogado.] 4 — [...]
5 — [...]
Artigo 125.º 6 — As gratificações previstas no artigo 84.º e no
Comissão pedagógica
n.º 4 do presente artigo são acumuláveis com a gratifi-
cação a que se refere a alínea b) do n.º 5.
[Revogado.] 7 — [...]
5396 Diário da República, 1.ª série — N.º 167 — 30 de agosto de 2013

8 — Nas situações em que se verifique o impedi- 17/2010/A, respetivamente, de 6 de setembro e de 13 de


mento do titular para o exercício de cargos a que se abril, com efeitos à data da entrada em vigor do presente
refere o número anterior por períodos que se prevejam diploma.
superiores a trinta dias, pode o presidente do conselho
executivo designar um substituto que reúna os requisitos Artigo 5.º
para o exercício do cargo.
Republicação
9 — A substituição cessará na data em que o titular
retorne funções, tendo o substituto direito à gratificação O regime de criação, autonomia e gestão das unidades
atribuída ao cargo que desempenha. orgânicas do sistema educativo regional aprovado pelo
Decreto Legislativo Regional n.º 12/2005/A, de 16 de
Artigo 142.º junho, alterado e republicado pelos Decretos Legislativos
Revisão do regulamento interno Regionais n.os 35/2006/A e 17/2010/A, respetivamente, de
6 de setembro e de 13 de abril, é republicado em anexo,
Na inexistência de alterações legislativas que impo- com as alterações introduzidas pelo presente diploma.
nham a sua revisão antecipada, o regulamento interno
pode ser revisto quatro anos após a sua aprovação e Artigo 6.ª
extraordinariamente, a todo o tempo, por deliberação da
assembleia, aprovada por maioria absoluta dos membros Entrada em vigor
em efetividade de funções.» O presente diploma entra em vigor no dia seguinte ao
da sua publicação.
Artigo 2.º
Aprovado pela Assembleia Legislativa da Região Autó-
Alteração de denominação noma dos Açores, na Horta, em 12 de julho de 2013.
1 — Na sequência da entrada em vigor da orgânica do A Presidente da Assembleia Legislativa, Ana Luísa
XI Governo Regional dos Açores, aprovada pelo Decreto Luís.
Regulamentar Regional n.º 24/2012/A, de 27 de novem-
bro, torna-se necessário atualizar as referências feitas a Assinado em Angra do Heroísmo em 7 de agosto de
membro do Governo Regional competente em matéria 2013.
de administração escolar, ao diretor regional competente
Publique-se.
em matéria de administração escolar e à direção regional
competente em matéria de administração escolar, que pas- O Representante da República para a Região Autónoma
sam a designar-se, respetivamente, membro do Governo dos Açores, Pedro Manuel dos Reis Alves Catarino.
Regional competente em matéria de educação, diretor
regional competente em matéria de educação e direção ANEXO
regional competente em matéria de educação.
2 — A concretização da alteração a que se refere o Republicação do regime jurídico da criação, autonomia
número anterior é efetuada na republicação do regime de e gestão das unidades orgânicas do sistema educativo
criação, autonomia e gestão das unidades orgânicas do
sistema educativo regional, anexo ao presente diploma.
CAPÍTULO I
Artigo 3.º Disposições gerais
Norma transitória
Artigo 1.º
1 — Para o efeito do disposto no n.º 2 do artigo 73.º
do regime anexo ao presente diploma, são considerados Objeto
todos os mandatos sucessivos já cumpridos ou a cumprir O presente diploma estabelece:
à data da entrada em vigor deste diploma, que perfaçam
um total de nove anos. a) O regime jurídico de autonomia e gestão das unida-
2 — Os membros dos órgãos de administração e gestão des orgânicas do sistema educativo da Região Autónoma
em exercício de funções, à data da entrada em vigor do dos Açores;
presente diploma, completam os mandatos para que foram b) As normas aplicáveis à criação, tipologia e denomi-
eleitos ou nomeados nos termos do diploma em vigor à nação dos estabelecimentos de educação e de ensino não
data da respetiva eleição, podendo ainda ser eleitos para superior, bem como à adoção dos respetivos símbolos
um novo mandato no triénio subsequente. identificativos;
c) O regime jurídico do desporto escolar, do Conselho
Artigo 4.º Local de Educação e do Conselho Coordenador do Sistema
Educativo.
Revogação
São revogados a alínea a) do artigo 30.º, a alínea j) do Artigo 2.º
artigo 36.º, os artigos 117.º ao 128.º, a alínea i) do n.º 1 do Âmbito
artigo 130.º e o n.º 3 do artigo 131.º do regime de criação,
autonomia e gestão das unidades orgânicas do sistema edu- 1 — O presente regime jurídico aplica-se aos estabele-
cativo regional aprovado pelo Decreto Legislativo Regio- cimentos públicos da educação pré-escolar e dos ensinos
nal n.º 12/2005/A, de 16 de junho, alterado e republicado básico e secundário, regular e especializado, bem como
pelos Decretos Legislativos Regionais n.os 35/2006/A e aos seus agrupamentos.
Diário da República, 1.ª série — N.º 167 — 30 de agosto de 2013 5397

2 — As referências a escolas constantes do presente realizadas pela unidade orgânica e à avaliação da sua orga-
diploma reportam-se aos estabelecimentos referidos no nização e gestão, designadamente no que diz respeito aos
número anterior, bem como aos seus agrupamentos, salvo resultados escolares e à prestação do serviço educativo;
se resultar diversamente da letra ou do sentido geral da r) «Projeto curricular» o documento que estabelece as
disposição. orientações a seguir pela unidade orgânica em matéria de
desenvolvimento curricular, avaliação e gestão pedagógica
Artigo 3.º dos alunos;
Conceitos s) «Desporto escolar» o conjunto de práticas lúdico
desportivas e de formação desenvolvidas como comple-
Para os efeitos do presente diploma entende-se por: mento curricular e ocupação de tempos livres dos alunos,
a) «Sistema educativo regional» o conjunto de meios devendo este assentar num regime de participação voluntá-
existentes na Região pelo qual se concretiza o direito à rio, integrado no plano de atividades da unidade orgânica e
educação; coordenado no âmbito do sistema educativo em articulação
b) «Unidade orgânica» a escola ou agrupamento de esco- com o sistema desportivo;
las dotado de órgãos de administração e gestão próprios e t) «Atividades culturais escolares» o conjunto de ati-
de quadros de pessoal docente e não docente; vidades culturais e de formação desenvolvidas como
c) «Estabelecimento de educação e de ensino» o edi- complemento curricular e ocupação de tempos livres dos
fício, ou conjunto de edifícios, funcionando integrados alunos, devendo este assentar num regime de participação
numa unidade orgânica do sistema educativo onde seja voluntário, integrado no plano de atividades da unidade
ministrada a educação pré-escolar ou qualquer nível ou orgânica e coordenado no âmbito do sistema educativo;
ciclo de ensino; u) «Projeto curricular de turma» o documento que esta-
d) [Revogada.]
e) «Órgão de administração e gestão» o órgão respon- belece a estratégia de concretização e desenvolvimento do
sável pela administração e gestão de cada unidade orgâ- currículo e do projeto curricular de escola, adaptados às
nica; características de cada sala de atividades ou turma, através
f) «Estruturas pedagógicas» as estruturas de coordenação de programas próprios, a desenvolver pelos educadores de
e apoio de cada unidade orgânica do sistema educativo; infância, professores titulares de turma ou pelos conselhos
g) «Ano escolar» o período compreendido entre 1 de de turma, consoante os ciclos, os níveis ou as modalidades
setembro de cada ano e 31 de agosto do ano seguinte; de ensino.
h) «Ano letivo» o período compreendido entre o início
e o termo das atividades letivas;
i) «Docente» o educador de infância ou professor de CAPÍTULO II
qualquer nível ou grau de ensino; Unidades orgânicas
j) «Projeto educativo» o documento que consagra a
orientação educativa da unidade orgânica, elaborado e
aprovado pelos seus órgãos de administração e gestão SECÇÃO I
para um horizonte de três anos, no qual se explicitam os Criação e tipologia
princípios, os valores, as metas e as estratégias segundo os
quais a unidade orgânica se propõe cumprir a sua função Artigo 4.º
educativa;
l) «Regulamento interno» o documento que define o Criação de unidades orgânicas
regime de funcionamento da unidade orgânica, de cada 1 — As unidades orgânicas do sistema educativo são
um dos seus órgãos de administração e gestão, das estru-
organismos dotados de autonomia pedagógica, admi-
turas de orientação e dos serviços de apoio educativo, bem
como os direitos e os deveres dos membros da comunidade nistrativa e financeira, nos termos da lei e do presente
escolar; diploma.
m) «Plano anual de atividades» o documento de planea- 2 — A criação de unidades orgânicas do sistema edu-
mento, elaborado e aprovado pelos órgãos de administração cativo público e a alteração da sua tipologia faz-se por
e gestão da unidade orgânica, que define, em função do decreto regulamentar regional.
projeto educativo, os objetivos, as formas de organização 3 — O decreto regulamentar regional a que se refere o
e de programação das atividades e que procede à identifi- número anterior fixa:
cação dos recursos envolvidos; a) A tipologia da unidade orgânica e a área geográfica
n) «Orçamento» o documento em que se preveem, de a servir;
forma discriminada, as receitas a obter e as despesas a
b) O quadro de pessoal docente;
realizar pela unidade orgânica;
o) «Relatório anual de atividades» o documento que c) O número de pessoal não docente a afetar.
relaciona as atividades efetivamente realizadas na uni-
dade orgânica e identifica os recursos utilizados nessa 4 — O quadro de pessoal docente é objeto de reajusta-
realização; mento nos termos da lei.
p) «Conta de gerência» o documento que relaciona 5 — Os quadros de pessoal docente e o número de traba-
as receitas obtidas e as despesas realizadas pela unidade lhadores não docentes afetos às unidades orgânicas, mesmo
orgânica; quando estas sejam agrupamentos de estabelecimentos de
q) «Relatório de autoavaliação» o documento que pro- educação e de ensino, são globais, abrangendo a totalidade
cede à identificação do grau de concretização dos objetivos do pessoal docente e não docente que preste serviço na
fixados no projeto educativo, à avaliação das atividades unidade orgânica.
5398 Diário da República, 1.ª série — N.º 167 — 30 de agosto de 2013

Artigo 5.º de educação escolar, de ensino profissional, de ensino


Tipologia de unidades orgânicas
artístico, de ensino recorrente ou de educação extraescolar,
sem alteração da designação do estabelecimento.
As unidades orgânicas do sistema educativo regional 2 — As estruturas de ensino artístico, mesmo quando
assumem a seguinte tipologia: integradas em unidades orgânicas do ensino regular, têm
a) «Escola básica integrada» a unidade orgânica em a designação de «conservatório», denominando-se «con-
cujos estabelecimentos de educação e de ensino seja minis- servatório regional» no caso de ser ministrado o ensino
trado qualquer dos ciclos do ensino básico, podendo ainda artístico vocacional de nível secundário.
ser ministrada a educação pré-escolar;
b) «Escola básica e secundária» a unidade orgânica Artigo 8.º
em cujos estabelecimentos de educação e de ensino seja
Agrupamento de escolas
ministrado qualquer dos ciclos do ensino básico e o ensino
secundário, podendo ainda ser ministrada a educação pré- O agrupamento de escolas é uma unidade organizacio-
-escolar; nal, dotado de órgãos próprios de administração e gestão,
c) «Escola secundária» a unidade orgânica prioritaria- constituído por estabelecimentos de educação pré-escolar
mente vocacionada para ministrar o ensino secundário; e de um ou mais níveis e ciclos de ensino, a partir de um
d) «Escola profissional» a unidade orgânica prioritaria- projeto educativo comum, com vista à realização, nome-
mente vocacionada para ministrar o ensino profissional em
adamente, das seguintes finalidades:
qualquer das suas modalidades.
a) Favorecer um percurso sequencial e articulado dos
Artigo 6.º alunos abrangidos pela escolaridade obrigatória numa dada
Tipologia de estabelecimentos área geográfica;
b) Superar situações de isolamento de estabelecimentos
1 — Os estabelecimentos de educação e de ensino da e prevenir a exclusão social;
rede pública são designados em função do nível de educa- c) Reforçar a capacidade pedagógica dos estabeleci-
ção e de ensino que prioritariamente ministram, podendo mentos que o integram e o aproveitamento racional dos
esta designação abranger diversos níveis, ciclos e moda-
recursos;
lidades, de acordo com a tipologia constante do número
seguinte. d) Garantir a aplicação de um regime de autonomia,
2 — Os estabelecimentos de educação e de ensino assu- administração e gestão, nos termos do presente diploma;
mem uma das seguintes tipologias: e) Valorizar e enquadrar experiências em curso.
a) «Creche» o estabelecimento de educação destinado Artigo 9.º
a crianças com idades compreendidas entre o termo da
licença de maternidade ou parental e a idade de ingresso Princípios gerais dos agrupamentos de escolas
na educação pré-escolar; 1 — A constituição de agrupamentos de escolas con-
b) «Jardim de infância» o estabelecimento de educação sidera, entre outros, critérios relativos à existência de
destinado a ministrar a educação pré-escolar;
projetos pedagógicos comuns, à construção de percursos
c) «Infantário» o estabelecimento de educação onde
funcionem conjuntamente as valências de creche e de escolares integrados, à articulação curricular entre níveis
educação pré-escolar; e ciclos educativos, à proximidade geográfica, e à reorga-
d) «Escola básica» o estabelecimento de educação e de nização da rede educativa dos ensinos básico e secundário
ensino onde funcione qualquer dos ciclos do ensino básico, e da educação pré-escolar.
com ou sem educação pré-escolar; 2 — Cada um dos estabelecimentos que integra o agru-
e) «Escola básica e secundária» o estabelecimento de pamento de escolas mantém a sua identidade e denominação
educação e de ensino onde funcione qualquer dos ciclos próprias, recebendo o agrupamento uma designação que o
do ensino básico, com ou sem educação pré-escolar, e o identifique, nos termos do presente regime jurídico.
ensino secundário; 3 — No processo de constituição de um agrupamento
f) «Escola secundária» o estabelecimento de ensino de escolas deve garantir-se que nenhum estabelecimento
prioritariamente vocacionado para o ensino secundário, fique em condições de isolamento que dificultem uma
ainda que nele funcionem outros níveis ou modalidades prática pedagógica de qualidade.
de ensino;
g) «Escola profissional» o estabelecimento de ensino Artigo 10.º
vocacionado para o ensino profissionalizante e profissio-
nal, de qualquer tipo ou modalidade; Criação e extinção de estabelecimentos
h) «Conservatório» o estabelecimento de ensino, ou 1 — A criação e extinção de estabelecimentos de edu-
secção de uma unidade orgânica do sistema educativo,
destinado ao ensino vocacional das artes. cação e de ensino integrados em unidades orgânicas faz-se
por despacho do membro do Governo Regional competente
Artigo 7.º em matéria de educação, ouvidos os órgãos de administra-
ção e gestão das unidades em causa.
Outras modalidades de ensino 2 — Só podem ser criados estabelecimentos dos ensinos
1 — Nos estabelecimentos de educação e de ensino, e básico ou secundário onde previsivelmente funcione pelo
nas unidades orgânicas a que se referem os artigos ante- menos uma turma por cada ano de escolaridade, exceto
riores, podem também realizar-se modalidades especiais quando seja o único estabelecimento no concelho.
Diário da República, 1.ª série — N.º 167 — 30 de agosto de 2013 5399

SECÇÃO II ser proposta pela junta de freguesia em cujo território se


situem, ouvida a assembleia de freguesia.
Regime de instalação de unidades orgânicas
4 — As propostas de denominação dos estabelecimentos
de educação e de ensino, devidamente fundamentadas, são
Artigo 11.º
apresentadas à direção regional competente em matéria
Instalação de educação.
1 — As unidades orgânicas do sistema educativo 5 — Nos casos em que a proposta de denominação seja
consideram-se em regime de instalação durante os dois apresentada apenas por uma das entidades referidas nos
anos escolares subsequentes à entrada em vigor do diploma n.os 2, 3 e 6 é solicitado parecer às outras entidades referidas
que procede à sua criação. nos n.os 2, 3 e 6 do presente artigo.
2 — Durante o período de instalação a gestão e adminis- 6 — Sempre que um estabelecimento de educação e de
tração da unidade orgânica cabe a uma comissão executiva ensino sirva mais de um concelho, qualquer das câmaras
instaladora. municipais pode ser entidade proponente, nos termos do
n.º 2 do presente artigo.
Artigo 12.º
Artigo 14.º
Comissão executiva instaladora
Instrução do processo
1 — A comissão executiva instaladora, constituída por
um presidente e dois vice-presidentes, é nomeada por 1 — A instrução do processo de denominação dos esta-
despacho do diretor regional competente em matéria de belecimentos de educação e de ensino públicos cabe à
educação, com respeito pelo disposto no artigo 65.º do pre- direção regional competente em matéria de educação.
sente regime jurídico e com um mandato correspondente 2 — Para efeitos do disposto no artigo 16.º do presente
ao período de instalação. diploma, cabe à direção regional competente em matéria
2 — Ao presidente indigitado compete indicar ao diretor de educação:
regional competente em matéria de educação os docentes a) Receber e analisar as propostas de denominação dos
a nomear para vice-presidentes da comissão executiva estabelecimentos de educação e de ensino públicos;
instaladora. b) Obter o parecer da associação de pais e encarregados
3 — A comissão executiva instaladora tem como pro- de educação, bem como da associação de estudantes do
grama a instalação dos órgãos de administração e ges- estabelecimento de educação e de ensino respetivo, caso
tão de acordo com o estabelecido no presente diploma, existam;
competindo-lhe, designadamente: c) Solicitar a entidades especializadas os estudos neces-
a) Promover a elaboração do primeiro regulamento sários à autorização do uso de símbolos representativos da
interno a aprovar até ao termo do primeiro período do unidade orgânica.
segundo ano letivo do seu mandato;
b) Assegurar o processo eleitoral e a instalação dos Artigo 15.º
órgãos previstos no presente diploma; Elementos identificativos
c) Nomear, nos termos da lei, o coordenador técnico,
quando não exista, de entre os assistentes técnicos a exercer 1 — A denominação dos estabelecimentos de educa-
funções na unidade orgânica. ção e de ensino públicos é constituída pelos seguintes
elementos:
SECÇÃO III a) Designação, fixada de acordo com a tipologia dos
estabelecimentos de educação e de ensino, constante do
Denominação artigo 6.º do presente regime jurídico;
b) Outro nome alusivo ao território onde a escola cultural
Artigo 13.º e geograficamente se insere ou o nome de um patrono;
Processo c) Nome da localidade onde se situa o estabelecimento,
seguido do nome do concelho.
1 — A denominação dos estabelecimentos de educação
e de ensino públicos é fixada por despacho do membro do 2 — A inclusão do elemento referido na alínea b) do
Governo Regional competente em matéria de educação, número anterior na denominação do estabelecimento é
sob proposta fundamentada das entidades a que se refere facultativa, exceto nas localidades onde exista mais de um
o número seguinte. estabelecimento de educação e de ensino com a mesma
2 — Sem prejuízo do disposto no n.º 2 do artigo 16.º, tipologia.
do presente diploma, são entidades proponentes da deno-
minação dos estabelecimentos de educação e de ensino
Artigo 16.º
públicos:
Escolha de denominação
a) A assembleia da unidade orgânica onde o estabele-
cimento se insere; 1 — As propostas de denominação devem fundamentar-
b) A câmara municipal respetiva; -se no reconhecido valor de personalidade, já falecida há
c) A direção regional competente em matéria de edu- pelo menos cinco anos, que se tenha distinguido, nomeada-
cação. mente no âmbito da cultura, ciência ou educação, podendo
ainda ser alusivas à história, à antiga toponímia ou a carac-
3 — A denominação dos estabelecimentos de educação terísticas geográficas ou históricas do local onde se situam
pré-escolar e do 1.º ciclo do ensino básico pode ainda os estabelecimentos de educação e de ensino.
5400 Diário da República, 1.ª série — N.º 167 — 30 de agosto de 2013

2 — Podem propor nome de patrono ou de denomina- 2 — A autonomia tem como principal objetivo a pro-
ção do estabelecimento de educação e de ensino, pessoas moção do sucesso educativo dos alunos, a melhoria dos
singulares ou coletivas que, nos termos do artigo 44.º do resultados escolares e a prevenção do abandono escolar.
presente diploma, tenham doado as respetivas instalações 3 — O projeto educativo, o regulamento interno, o plano
ou para elas tenham contribuído significativamente. anual de atividades e os projetos curriculares constituem
instrumentos do processo de autonomia das unidades orgâ-
Artigo 17.º nicas.
Símbolos nacionais, regionais e das escolas
Artigo 20.º
1 — Todos os estabelecimentos de educação e de ensino
Princípios orientadores
devem dispor de, pelo menos, um conjunto composto pelas
Bandeiras Nacional, Regional e da União Europeia. A autonomia das unidades orgânicas rege-se pelos
2 — Cabe ao órgão executivo providenciar para que seguintes princípios orientadores:
as Bandeiras sejam colocadas no lugar de maior destaque
do interior da escola, tendo em conta a honra e o respeito a) Defesa dos valores regionais, nacionais e europeus,
que lhes são devidos. num contexto de solidariedade intergeracional;
3 — Os professores do ensino básico devem ensinar os b) Participação nas orientações políticas e pedagógicas
seus alunos a cantar os Hinos Nacional e Regional e dar- do sistema educativo regional;
-lhes a conhecer e a compreender as suas letras. c) Defesa da liberdade de aprender e ensinar, no respeito
4 — A utilização dos símbolos nacionais e regionais pela pluralidade de métodos;
deve respeitar o legalmente fixado quanto ao seu uso. d) Democraticidade na organização e participação de
5 — Sempre que disponíveis devem igualmente ser uti- todos os interessados no processo educativo e na sua vida;
lizados os símbolos autárquicos, devendo, caso a unidade e) Capacidade de iniciativa própria na regulamentação
orgânica sirva alunos residentes em mais de um concelho, do funcionamento e atividades;
utilizar os símbolos de todos os concelhos servidos. f) Inserção da unidade orgânica no desenvolvimento
6 — Os estabelecimentos de educação e de ensino públi- conjunto de projetos educativos, desportivos e culturais em
cos podem usar estandarte, brasão ou símbolo próprios nos resposta às solicitações da comunidade onde cada estabe-
seus documentos e afixados ou hasteados nos respetivos lecimento de educação e de ensino se insere;
edifícios, desde que respeitem as regras heráldicas e sejam g) Instrumentalidade dos meios administrativos e finan-
aprovados pela respetiva assembleia e incluídos no seu ceiros face a objetivos educativos e pedagógicos.
regulamento interno.
SECÇÃO II
Artigo 18.º
Autonomia cultural
Códigos identificativos
1 — Para efeitos administrativos e de concursos para Artigo 21.º
pessoal docente é atribuída a cada unidade orgânica e a Âmbito
cada estabelecimento de educação e de ensino nelas inte-
grado um código identificativo. 1 — A autonomia cultural manifesta-se na iniciativa
2 — Por portaria do membro do Governo Regional com- própria ou em colaboração com entidades locais, desig-
petente em matéria de educação é definida a metodologia nadamente as autarquias e as associações culturais, recre-
de criação dos códigos a que se refere o número anterior. ativas e desportivas, e exerce-se através da competência
3 — A listagem dos estabelecimentos de educação e de para apoiar, organizar ou participar em ações de educação
ensino, agrupados por unidade orgânica, com os respeti- ao longo da vida, difusão e animação sociocultural e pro-
vos códigos identificativos, é publicada anualmente por moção desportiva.
despacho do membro do Governo Regional competente 2 — Com o objetivo de exercer a sua autonomia cultural
em matéria de educação. e propiciar aos seus alunos oportunidades de aprendiza-
gem e participação na vida cívica, as unidades orgânicas
podem, nos termos do artigo 106.º e seguintes do presente
CAPÍTULO III regime jurídico, organizar clubes de natureza cultural ou
desportiva sendo ambos abertos à participação dos seus
Regimes de autonomia alunos e de toda a comunidade educativa.
3 — O exercício da autonomia cultural rege-se pela
SECÇÃO I rigorosa obediência a princípios pluralistas e de tolerância
cultural, sendo expressamente vedada a sua subordinação
Autonomia das unidades orgânicas
a quaisquer objetivos de natureza religiosa, partidária ou
de propaganda ideológica.
Artigo 19.º
Autonomia Artigo 22.º
1 — Autonomia é o poder reconhecido à unidade orgâ- Difusão cultural
nica pela administração educativa de tomar decisões nos 1 — No âmbito cultural são designadamente atribuições
domínios estratégico, organizacional, cultural, pedagógico,
da unidade orgânica:
administrativo, patrimonial e financeiro, no quadro do seu
projeto educativo e em função das competências e dos a) Promover exposições, conferências, debates e semi-
meios que lhe estão consignados. nários;
Diário da República, 1.ª série — N.º 167 — 30 de agosto de 2013 5401

b) Manter uma presença atualizada na Internet e pro- l) Promover o reconhecimento e a validação de com-
duzir conteúdos multimédia destinados a divulgação petências, realizando ações visando o preenchimento dos
pública; requisitos de formação que sejam estabelecidos.
c) Produzir conteúdos e colaborar nos meios de comu-
nicação social, incluindo a criação de órgãos de difusão Artigo 24.º
próprios; Promoção desportiva
d) Promover realizações e iniciativas de apoio aos
valores culturais, participando na valorização e defesa do São atribuições da unidade orgânica, no âmbito da pro-
património cultural e artístico; moção desportiva, designadamente:
e) Incrementar a divulgação do folclore e do artesanato a) Contribuir para a promoção de estilos de vida ativa
e o intercâmbio de outras manifestações culturais; e saudável na comunidade onde se insere;
f) Promover atividades de animação musical e de expres- b) Manter clubes desportivos escolares como forma de
são artística; envolver a comunidade educativa nas áreas do desporto e
g) Promover a sua imagem externa através da atividade da atividade física;
de grupos de teatro, filarmónicas, grupos folclóricos e c) Promover e incentivar a participação de representa-
outros constituídos por membros da comunidade educa- ções em competições e outros eventos desportivos como
tiva; forma de melhorar a sua ligação à comunidade;
h) Apoiar as entidades que na comunidade se dedicam d) Criar oportunidades de participação da comunidade
às correspondentes atividades culturais, quando disponha em eventos de natureza desportiva e recreativa;
de ensino artístico; e) Disponibilizar as instalações desportivas à comuni-
i) Promover a valorização dos saberes e artes tradicio- dade nos termos regulamentares aplicáveis;
nais na comunidade em que se insere. f) Utilizar o desporto como forma de promoção da sua
imagem junto da comunidade onde se insere.
2 — Aos conservatórios e conservatórios regionais
incumbe em especial o apoio às filarmónicas e bandas
existentes nas comunidades em que se inserem. SECÇÃO III
Autonomia pedagógica
Artigo 23.º
Animação sociocultural Artigo 25.º
São atribuições da unidade orgânica, no âmbito da ani- Âmbito
mação sociocultural, designadamente: 1 — A autonomia pedagógica da unidade orgânica
a) Promover o relacionamento intergeracional e os valo- exerce-se através de competências próprias nos domínios
res éticos da comunidade; da organização e funcionamento pedagógicos, designada-
b) Promover a educação em áreas que se considerem mente da gestão de currículos, programas e atividades edu-
relevantes para a formação integral do cidadão, nomea- cativas, da avaliação, orientação e acompanhamento dos
damente defesa do consumidor, proteção civil, educação alunos, da constituição de turmas, da gestão dos espaços
ambiental e educação para a saúde, incluindo a educação e dos tempos escolares, da formação e gestão do pessoal
afetivo-sexual; docente e não docente.
c) Realizar e colaborar em ações de prevenção das 2 — As normas regulamentares do regime da autonomia
dependências no âmbito da comunidade onde se insere; pedagógica são fixadas no regulamento de gestão admi-
d) Manter clubes de cultura escolares como forma de nistrativa e pedagógica dos alunos, a aprovar por portaria
envolver a comunidade educativa nas áreas da promoção do membro do Governo Regional competente em matéria
ambiental, da música, do folclore, da dança, das artes de educação.
plásticas e de outras atividades de natureza cultural e
recreativa; Artigo 26.º
e) Apoiar atividades de agrupamentos e associações Gestão de currículos, programas e atividades educativas
juvenis;
f) Participar na rede de informação juvenil e disponi- No âmbito da sua autonomia pedagógica, em matéria de
bilizar informação específica sobre oportunidades pro- gestão de currículos, programas e atividades educativas,
fissionais; compete à unidade orgânica:
g) Realizar atividades de orientação vocacional abertas a) Coordenar e gerir a operacionalização dos projetos
a toda a comunidade; curriculares e programas definidos a nível nacional e regio-
h) Facilitar a integração de imigrantes realizando, nal, no respeito pelas normas orientadoras estabelecidas e
quando necessário, cursos de língua portuguesa e desen- mediante a produção e seleção de modelos pedagógicos,
volvendo programas escolares específicos para alunos cuja métodos de ensino e de avaliação, materiais de ensino-
língua materna não seja a portuguesa; -aprendizagem e manuais e outros materiais escolares
i) Colaborar em iniciativas de solidariedade social, par- coerentes com o projeto educativo e adequados à variedade
ticularmente nas que visem a melhoria da empregabilidade dos interesses e capacidades dos alunos;
através do acréscimo da formação académica; b) Participar, em conjunto com outras unidades orgâni-
j) Desenvolver e colaborar em iniciativas que visem a cas, na determinação de componentes curriculares locais
promoção da segurança rodoviária, incluindo a aprendi- que traduzam a sua inserção no meio e elaborar um plano
zagem das regras de trânsito e da condução; integrado de distribuição de tais componentes pelos dife-
5402 Diário da República, 1.ª série — N.º 167 — 30 de agosto de 2013

rentes estabelecimentos de educação e de ensino, de acordo cionamento das atividades escolares e de aplicação de
com as características próprias de cada um; sanções a infrações cometidas;
c) Organizar atividades de complemento curricular e f) Encaminhar os alunos com problemas de comporta-
outras atividades educativas, de acordo com os interesses mento para serviços especializados, desde que esgotada a
dos alunos e os recursos disponíveis; sua capacidade de resposta, informando os encarregados
d) Planificar e gerir formas de complemento pedagógico de educação;
e de compensação educativa, no que respeita à diversifica- g) Estabelecer os mecanismos de avaliação das infrações
ção de currículos e programas, bem como à organização de e de aplicação das sanções correspondentes, exercendo a
grupos de alunos e à individualização do ensino; ação disciplinar nos termos da lei e do regulamento interno
e) Estabelecer protocolos com entidades exteriores para e subordinando-a a critérios educativos;
a concretização de componentes curriculares específicas, h) Estabelecer formas de atuação expeditas, ouvidos os
designadamente as de caráter vocacional ou profissiona- encarregados de educação, em casos de comportamentos
lizante; anómalos ou infrações disciplinares graves.
f) Conceber e implementar experiências e inovações
pedagógicas próprias, sem prejuízo de orientações genéri- Artigo 29.º
cas definidas pelos serviços competentes da administração
Gestão dos espaços escolares
regional autónoma.
No âmbito da gestão dos espaços e infraestruturas que
Artigo 27.º lhe estejam atribuídos, compete à unidade orgânica:
Avaliação dos alunos a) Definir critérios e regras de utilização dos espaços e
No âmbito da avaliação das aprendizagens dos alunos, instalações escolares;
compete à unidade orgânica: b) Planificar a utilização diária e semanal dos espaços,
tendo em conta as atividades curriculares, de compensação
a) Estabelecer, no respeito pelos regulamentos de ava- educativa, de complemento curricular e de ocupação de
liação aplicáveis, requisitos e critérios de progressão do tempos livres, bem como o trabalho de equipas de profes-
aluno e de transição de ano de escolaridade e de ciclo ou sores e as atividades de orientação de alunos e de relação
nível de ensino; com encarregados de educação;
b) Proceder à aferição dos critérios de avaliação dos c) Determinar, em articulação com a administração
alunos, garantindo a sua coerência e equidade; educativa e as outras unidades orgânicas, o número total
c) Desenvolver métodos específicos de avaliação dos de turmas, o número de alunos por turma ou grupo e a
alunos, sem prejuízo da aplicação dos normativos gerais; hierarquia de prioridades na utilização de espaços, sem
d) Apreciar e decidir sobre reclamações de encarregados prejuízo do que estiver fixado no regulamento de gestão
de educação relativas ao processo de avaliação dos seus administrativa e pedagógica de alunos;
educandos; d) Autorizar, mediante condições definidas no regu-
e) Organizar, coordenar e proceder à aplicação das pro- lamento respetivo, a utilização de espaços e instalações
vas de avaliação final e exames a seu cargo; escolares pela comunidade local.
f) Organizar, coordenar e proceder à aplicação das provas
que lhe sejam solicitadas pela administração educativa. Artigo 30.º
Artigo 28.º Gestão dos tempos escolares

Orientação e acompanhamento dos alunos No âmbito da gestão dos tempos escolares, compete à
unidade orgânica:
Em matéria de acompanhamento e orientação dos alu-
nos, compete à unidade orgânica: a) [Revogada];
b) Determinar o horário e regime de funcionamento;
a) Promover atividades de informação e orientação c) Definir critérios para a elaboração de horários de
escolar e vocacional dos alunos; professores e alunos e proceder à execução dessa tarefa;
b) Esclarecer os alunos e os encarregados de educação d) Organizar as cargas horárias semanais das diferentes
quanto às opções curriculares oferecidas pelas escolas da disciplinas, incluindo as do currículo nacional e regio-
área, incluindo as escolas profissionais, e às suas conse- nal, segundo agrupamentos flexíveis de tempos letivos
quências quanto ao prosseguimento de estudos ou inserção semanais;
na vida ativa; e) [Revogada];
c) Desenvolver mecanismos que permitam detetar, até f) Estabelecer e organizar os tempos escolares destinados
ao termo do primeiro período letivo, dificuldades de base, a atividades de complemento curricular, de compensação
diferentes ritmos de aprendizagem ou outras necessidades pedagógica e de outras atividades educativas.
dos alunos que exijam medidas de compensação ou formas
de apoio adequadas nos domínios psicológico, pedagógico Artigo 31.º
e socioeducativo;
d) Organizar e gerir modalidades de apoio educativo Formação e gestão do pessoal docente e não docente
e de educação especial em resposta a necessidades iden- No âmbito da formação e gestão do pessoal docente e
tificadas, ao longo do ano letivo, que afetem o sucesso não docente, compete à unidade orgânica:
escolar dos alunos;
e) Incluir, no regulamento interno, as regras de convi- a) Preparar e administrar a formação e atualização dos
vência na comunidade escolar, de resolução de conflitos, seus docentes, em cooperação com outras entidades for-
de prevenção de situações perturbadoras do regular fun- mativas, sem prejuízo e no respeito pela liberdade dos
Diário da República, 1.ª série — N.º 167 — 30 de agosto de 2013 5403

docentes estabelecerem o seu próprio percurso de formação c) Definir, em colaboração com as outras unidades orgâ-
individual; nicas da área pedagógica, os critérios para a admissão dos
b) Cooperar com as instituições de ensino superior e alunos e sua distribuição;
com as escolas profissionais na realização de estágios e d) Aprovar os impressos e outros suportes de informação
noutras tarefas de formação inicial de pessoal docente e a utilizar na gestão administrativa dos alunos;
não docente; e) Autorizar a transferência e a anulação de matrículas
c) Inventariar carências respeitantes à formação profis- e inscrições.
sional dos docentes no plano das componentes científica
e pedagógico-didática; Artigo 34.º
d) Inventariar as carências respeitantes à formação pro-
fissional do pessoal não docente; Realização de provas e exames
e) Elaborar o plano de formação e atualização do pessoal Em matéria de realização de provas e exames, compete
docente e não docente; à unidade orgânica:
f) Mobilizar os recursos necessários à formação contínua,
através do intercâmbio com unidades orgânicas da sua área a) Proporcionar, sempre que possível, a realização de
e da colaboração com entidades ou instituições competentes; exames a candidatos residentes na área em que está implan-
g) Emitir parecer sobre os programas de formação dos tada e que o requeiram;
docentes a quem sejam atribuídos períodos especialmente b) Colaborar com entidades, de qualquer nível ou grau
destinados à formação contínua; de ensino, que ofereçam o ensino mediatizado e a distância
h) Determinar a formação de equipas de docentes que na realização local de provas e exames;
possam orientar tarefas de inovação educativa; c) Decidir da aceitação de inscrições fora de prazo, com
i) Participar na seleção e recrutamento do pessoal base na justificação apresentada;
docente, de acordo com regulamentação a definir e em d) Colaborar com outras unidades orgânicas próximas e
cumprimento da legislação aplicável, de forma a favorecer afins na definição de um esquema de realização do serviço
a fixação local dos respetivos docentes; de exames, em termos de maior eficiência e de economia
j) Atribuir o serviço docente, segundo critérios previa- de recursos;
mente definidos, respeitantes às diferentes áreas discipli- e) Fornecer os serviços logísticos necessários à realiza-
nares, disciplinas e respetivos níveis de ensino; ção de provas e exames de âmbito local, regional e nacional
l) Atribuir os diferentes cargos pedagógicos, segundo e colaborar na sua correção e avaliação;
critérios previamente definidos, dando a posse para o seu f) Apoiar as entidades que tenham de coordenar a distri-
exercício; buição, correção e classificação de provas e exames;
m) Avaliar o desempenho do pessoal docente e não
g) Resolver, de modo expedito, situações especiais que
docente nos termos da lei;
n) Decidir sobre os pedidos de resignação de cargos; ocorram durante a realização dos exames.
o) Dar parecer sobre pedidos de colocação de pessoal
docente em regime especial; Artigo 35.º
p) Estabelecer o período de férias do pessoal docente e Concessão de equivalências
não docente e aprovar os respetivos mapas de férias, sem
prejuízo do legalmente fixado. Em matéria de equivalências e de reconhecimento e
validação de competências compete à unidade orgânica:
SECÇÃO IV a) Conceder equivalências de estudos nacionais ou rea-
lizados no estrangeiro, desde que verificados os requisitos
Autonomia administrativa legais e regulamentares;
b) Autorizar transferências de alunos para cursos, áreas
Artigo 32.º ou componentes vocacionais diferentes dos que frequen-
Âmbito tam, verificados os respetivos requisitos curriculares ou
outros;
A autonomia administrativa da unidade orgânica exerce-
c) Assegurar o funcionamento dos centros de reconhe-
-se através de competências próprias nos serviços de admis-
são de alunos, de exames e de equivalências e nos domínios cimento e validação de competências, quando, para tal,
da gestão dos apoios socioeducativos e das instalações e for selecionada;
equipamentos, adotando procedimentos administrativos d) Receber a documentação e proceder ao seu encami-
que sejam coerentes com os objetivos pedagógicos cons- nhamento para os centros de reconhecimento e validação de
tantes do projeto educativo e do regulamento interno. competências das matérias que a estes digam respeito.

Artigo 33.º Artigo 36.º


Admissão de alunos Gestão do pessoal não docente

Com respeito pelo que estiver fixado no regulamento Em matéria de gestão do pessoal não docente, compete
de gestão administrativa e pedagógica de alunos, compete à unidade orgânica:
à unidade orgânica: a) Inventariar as necessidades quanto ao número e qua-
a) Organizar o serviço de matrículas e inscrições; lificação do pessoal técnico superior, assistente técnico e
b) Elaborar, de acordo com as outras unidades orgânicas operacional;
da área pedagógica, o calendário de matrículas, dentro dos b) Definir critérios de distribuição de serviço ao pessoal
limites legalmente fixados; não docente;
5404 Diário da República, 1.ª série — N.º 167 — 30 de agosto de 2013

c) Distribuir o pessoal não docente pelos estabelecimen- d) Proceder, nas escolas propriedade da Região, a obras
tos de educação e de ensino que a integram, no respeito de beneficiação de pequeno e médio alcance, reparações e
pelas normas legais e regulamentares aplicáveis; trabalhos de embelezamento, com a eventual participação
d) Preparar e administrar a formação e atualização do das entidades representativas da comunidade;
pessoal não docente que nela presta serviço, em coopera- e) Acompanhar a realização e colaborar na fiscalização
ção com outras entidades formativas, sem prejuízo e no de empreitadas;
respeito pela liberdade dos trabalhadores estabelecerem o f) Emitir pareceres antes da receção provisória das ins-
seu próprio percurso de formação individual; talações;
e) Promover a formação do pessoal não docente, podendo g) Adquirir o equipamento e material escolar neces-
estabelecer protocolos com diferentes entidades e institui- sários;
ções para esse efeito, e conceder a dispensa total ou parcial h) Manter funcional o equipamento, utilizando o seu
de serviço para frequência de ações de formação; pessoal ou, se necessário, contratando pessoal adequado
f) Estabelecer critérios para a seleção de pessoal a con- em regime de prestação de serviços;
tratar a termo resolutivo, incluindo casos de substituição i) Proceder à substituição de material irrecuperável ou
temporária, e proceder à sua contratação, após as neces- obsoleto;
sárias autorizações; j) Alienar, em condições especiais e de acordo com a
g) Gerir, de acordo com as suas necessidades, o pessoal lei, bens que se tornem desnecessários;
não docente no que respeita à atribuição de funções e horá- l) Manter atualizado, nos moldes legalmente fixados,
rios, tendo sempre em conta as suas qualificações; o inventário;
h) Proceder à avaliação do desempenho; m) Responsabilizar os utentes, a nível individual e/ou
i) Dar parecer sobre os pedidos de colocação do pessoal coletivo, pela conservação de instalações e de material
não docente; utilizado;
j) [Revogada.] n) Ceder, em termos a regulamentar por portaria do
membro do Governo Regional competente em matéria
Artigo 37.º de educação, a título gratuito ou oneroso, a utilização dos
edifícios e equipamentos escolares por entidades terceiras
Gestão dos apoios socioeducativos e cobrar as contrapartidas que forem estabelecidas;
Em matéria de gestão dos apoios socioeducativos, com- o) Contratar serviços de limpeza e de manutenção de
pete à unidade orgânica: instalações e equipamentos, incluindo os de assistência
técnica que se mostrem necessários à segurança e ope-
a) Inventariar as carências e os recursos necessários no ração das instalações elétricas, de telecomunicações e de
domínio do apoio socioeducativo aos alunos, submetendo informática, nos termos da legislação aplicável.
o respetivo plano de ação aos serviços competentes;
b) Executar os planos de ação social escolar nos termos SECÇÃO V
legais e regulamentares aplicáveis;
c) Administrar as receitas da ação social escolar; Autonomia financeira
d) Estabelecer protocolos com outras entidades que pos-
sam prestar apoio socioeducativo em diferentes domínios, Artigo 39.º
designadamente na solução de problemas de transportes, Princípios gerais
alimentação e apoio na realização de tarefas de prolonga- 1 — Na gestão financeira da unidade orgânica serão
mento de horário e de realização de tarefas de complemento tidos em consideração os princípios da gestão por objeti-
educativo; vos, devendo o conselho executivo apresentar anualmente
e) Mobilizar recursos locais e suscitar a solidariedade o seu plano de atividades, que inclui o programa de for-
da comunidade para ações de apoio socioeducativo; mação do pessoal e o relatório de resultados que, uma vez
f) Informar os alunos e os encarregados de educação apreciado e aprovado pelos órgãos da unidade orgânica,
da existência de serviços de apoio socioeducativo, do seu nos termos do presente regime jurídico, é comunicado à
âmbito e forma de funcionamento. direção regional competente em matéria de educação.
2 — A gestão financeira deve respeitar as regras do
Artigo 38.º orçamento por atividades e orienta-se pelos seguintes ins-
Gestão das instalações e equipamentos trumentos de previsão económica:
Em matéria de gestão das instalações e equipamentos a) Plano financeiro anual;
que lhe estejam atribuídos, compete à unidade orgânica: b) Orçamento privativo.
a) Participar na definição da rede escolar, fornecendo 3 — Compete ao conselho executivo administrativo, nos
anualmente aos serviços da administração educativa os termos do presente regime jurídico, a elaboração da pro-
dados necessários, nomeadamente alterações de capacidade posta de orçamento e do relatório de contas de gerência.
em relação ao ano anterior; 4 — Tendo em conta a necessidade de assegurar uma
b) Zelar pela conservação dos edifícios escolares sob gestão unificada e coerente dos orçamentos afetos às
gestão da administração regional autónoma e proceder unidades orgânicas do sistema educativo, os conselhos
neles às obras de conservação e beneficiação que se mos- administrativos enviam aos serviços da direção regional
trem necessárias; competente em matéria de educação informação regular
c) Fornecer às autarquias a informação necessária para sobre a execução do respetivo orçamento.
que estas mantenham e beneficiem os edifícios escolares 5 — A periodicidade e as normas a seguir no envio da
que sejam sua propriedade e colaborar na orientação das informação a que se refere o número anterior são fixadas
intervenções a realizar; pelo diretor regional competente em matéria de educação.
Diário da República, 1.ª série — N.º 167 — 30 de agosto de 2013 5405

Artigo 40.º e outras valências similares, celebrando para tal os con-


Âmbito
tratos a que haja lugar.
3 — Os fundos escolares podem, ainda, assumir o
1 — A autonomia financeira das escolas exerce-se atra- processamento das despesas com pessoal docente e não
vés do seu fundo escolar. docente, nos termos de regulamento a aprovar por decreto
2 — Para os efeitos do disposto no número anterior cada regulamentar regional.
unidade orgânica do sistema educativo é dotada de um
fundo escolar com autonomia administrativa e financeira, Artigo 42.º
nos termos da lei e do presente regime jurídico. Receitas do fundo escolar
3 — Sem prejuízo do disposto no presente regime jurí-
dico, ao funcionamento dos fundos escolares aplicam-se 1 — Constituem receitas do fundo escolar:
as normas que regulam os fundos autónomos dependentes a) As dotações que para tal forem inscritas no orça-
da administração regional autónoma. mento da Região ou de outra qualquer entidade pública
ou privada;
Artigo 41.º b) As transferências destinadas a assegurar os auxílios
Objetivos do fundo escolar económicos diretos e a prossecução das políticas de ação
social junto dos alunos;
1 — O fundo escolar destina-se a gerir e fazer face aos c) As transferências destinadas a assegurar a formação
encargos com: do pessoal docente e não docente;
a) O funcionamento de refeitórios, bufetes, papelarias, d) As receitas provenientes da utilização das instalações
reprografias e serviços similares; ou equipamentos escolares;
b) A execução das políticas de ação social escolar e a e) As receitas provenientes da gestão dos refeitórios,
aplicação do regime de auxílios económicos diretos; bufetes, papelarias, reprografias e serviços similares;
c) A aquisição de bens e serviços necessários ao fun- f) As propinas, taxas e multas referentes à prática de atos
cionamento da unidade orgânica; administrativos próprios da unidade orgânica;
d) O pagamento aos alunos deslocados da compartici- g) As receitas derivadas da prestação de serviços, da
pação para alojamento a que, nos termos legais e regula- venda de publicações e outros bens e do rendimento de
mentares, tenham direito; bens afetos à unidade orgânica;
e) O pagamento das despesas com transporte escolar h) As comparticipações de qualquer origem a que a
que, nos termos legais e regulamentares, caibam à admi- unidade orgânica tenha direito pela realização de ações
nistração regional autónoma; de formação ou outras atividades similares;
f) A aquisição de livros e outro material escolar destinado i) Outras receitas que à unidade orgânica sejam atri-
buídas por lei e os juros, doações, subsídios, subvenções,
à realização do projeto educativo da unidade orgânica;
comparticipações, heranças e legados que eventualmente
g) A realização de pequenas e médias obras de amplia-
caibam à unidade orgânica ou a qualquer dos seus estabe-
ção, conservação e beneficiação das infraestruturas esco-
lecimentos integrantes.
lares propriedade da Região que estejam afetas à unidade
orgânica;
2 — A aceitação de quaisquer liberalidades que envol-
h) A aquisição de equipamentos, mobiliário e outros vam encargos fica sujeita a aprovação prévia da entidade
materiais; competente em razão do quantitativo estimado desses
i) O pagamento das despesas com telecomunicações e encargos.
informática destinados à realização de projetos pedagógi-
cos e de vulgarização do uso das tecnologias de informação Artigo 43.º
e comunicação;
j) A realização de atividades de formação profissional Gestão do fundo escolar
e profissionalizante incluídas no projeto educativo da uni- 1 — No uso da autonomia administrativa e financeira
dade orgânica; na gestão das receitas que integram o fundo escolar com-
l) A realização das ações de formação contínua neces- pete às unidades orgânicas autorizar e efetuar diretamente
sárias ao aperfeiçoamento profissional do pessoal docente o pagamento das despesas resultantes da realização dos
e não docente que preste serviço na unidade orgânica, objetivos daquele fundo.
incluindo o pagamento das ajudas de custo e das despesas 2 — A administração do fundo escolar compete ao
com deslocações e alojamento a que haja lugar; conselho administrativo, a qual se fará de acordo com os
m) O pagamento de despesas com pessoal da unidade princípios vigentes em matéria de contabilidade pública
orgânica ou outro contratado nos termos legalmente apli- regional.
cáveis, realizadas no âmbito de projetos específicos auto- 3 — Em condição alguma pode o fundo escolar assu-
rizados para a unidade orgânica ou da utilização das ins- mir responsabilidades sem que disponha das necessárias
talações escolares por entidades exteriores à comunidade dotações orçamentais.
educativa; 4 — Quando a despesa a autorizar exceda a compe-
n) Outras despesas que por lei ou regulamento venham tência legalmente fixada para os responsáveis por fundos
a ser atribuídas aos fundos escolares, desde que salvaguar- autónomos, mediante proposta do conselho administrativo,
dadas as devidas contrapartidas financeiras. a despesa será autorizada pela entidade competente em
razão do montante.
2 — Os fundos escolares podem, cumpridas as forma- 5 — O conselho administrativo prestará contas da gestão
lidades legais aplicáveis, conceder a entidades terceiras a do fundo escolar, elaborando a respetiva conta de gerência
exploração de refeitórios, bufetes, papelarias, reprografias da unidade orgânica, nos termos da lei.
5406 Diário da República, 1.ª série — N.º 167 — 30 de agosto de 2013

6 — Os fundos escolares estão isentos do dever de repo- parceiros interessados, através do qual se definem objetivos
sição anual das verbas no que respeita aos fundos prove- e se fixam as condições que viabilizam o desenvolvimento
nientes de receitas próprias e dos destinados à manutenção do projeto educativo apresentado pelos respetivos órgãos
de imóveis, à aquisição de materiais e equipamentos e à de administração e gestão.
ação social escolar. 2 — Do contrato devem constar as atribuições e compe-
tências a transferir, os projetos a executar e os meios que
Artigo 44.º serão especificamente afetos à realização dos seus fins.
Doações à unidade orgânica 3 — Constituem princípios orientadores da celebração
e desenvolvimento dos contratos de autonomia:
1 — Sempre que, nos termos da alínea h) do n.º 1 e
do n.º 2 do artigo 42.º do presente regime jurídico, uma a) Subordinação da autonomia aos objetivos do serviço
unidade orgânica aceite donativos, heranças ou legados de público de educação e à qualidade da aprendizagem das
terrenos, instalações, edifícios, equipamentos educativos e crianças, dos jovens e dos adultos;
outros bens destinados à criação ou manutenção de estabe- b) Compromisso da administração regional autónoma e
lecimentos de ensino, de sistemas de apoio e complemento dos órgãos de administração e gestão da unidade orgânica
educativos, bem como ao exercício de quaisquer atividades na execução do projeto educativo e respetivos planos de
com aqueles conexas, à entidade que proceda à doação é atividades;
reconhecido o direito de: c) Consagração de mecanismos de participação do pes-
soal docente e não docente, dos alunos no ensino secundá-
a) Propor a denominação das instalações ou dos edifí- rio, dos pais e de representantes da comunidade;
cios oferecidos para exercício de atividades escolares ou d) Reforço da responsabilização dos órgãos de admi-
de quaisquer outras com elas relacionadas;
nistração e gestão, designadamente através do desenvol-
b) Quando possível, colocar, em condições e local a
vimento de instrumentos de avaliação do desempenho da
acordar com os órgãos responsáveis pela gestão e admi-
nistração da unidade orgânica, busto representativo do unidade orgânica que permitam acompanhar a melhoria
benemérito ou outro memento evocativo; do serviço público de educação;
c) Publicitar a cedência gratuita dos bens, móveis ou e) Adequação dos recursos atribuídos às condições
imóveis, mediante placa de inscrição afixada junto dos específicas da unidade orgânica e ao projeto que pretende
mesmos. desenvolver;
f) Garantia de que o alargamento da autonomia respeita
2 — A cedência gratuita de equipamentos ou a prestação a coerência do sistema educativo e a equidade do serviço
gratuita de serviços a estabelecimentos de educação e de prestado.
ensino confere à entidade disponente o direito de efetuar
publicidade por período, meios e em local a acordar com 4 — Constitui requisito para a apresentação de proposta
o conselho executivo da respetiva unidade orgânica. de contrato de autonomia:
3 — Pode constituir objeto da transmissão gratuita refe- a) No primeiro contrato, o funcionamento de órgãos de
rida nos números anteriores o direito de propriedade ou administração e gestão, de acordo com o regime definido
qualquer outro direito real. no presente regime jurídico;
b) Nos contratos subsequentes, uma avaliação favorável
SECÇÃO VI realizada pela administração educativa, no final do contrato
de autonomia precedente, bem como o funcionamento de
Desenvolvimento da autonomia
serviços adequados às finalidades visadas.
Artigo 45.º
5 — A avaliação referida na alínea b) do número anterior
Âmbito toma em consideração:
1 — Sem prejuízo do disposto no presente regime jurí- a) O modo como estão a ser prosseguidos os objetivos
dico, a autonomia da unidade orgânica desenvolve-se e constantes do projeto educativo;
aprofunda-se com base na iniciativa desta e segundo um b) O grau de cumprimento do plano de atividades e dos
processo dinâmico em que lhe serão conferidos níveis de objetivos correspondentes aos contratos de autonomia que
competência e de responsabilidade acrescidos, de acordo tenham sido celebrados.
com a capacidade demonstrada para assegurar o respetivo
exercício. Artigo 47.º
2 — Os níveis de competência e de responsabilidade
a atribuir em cada momento do processo de desenvolvi- Processo de candidatura
mento da autonomia são objeto de negociação prévia entre 1 — As unidades orgânicas que se candidatem ao desen-
a unidade orgânica e a direção regional competente em volvimento da sua autonomia, através dos seus conselhos
matéria de educação, podendo conduzir à celebração de um executivos, apresentam à direção regional competente em
contrato de autonomia, nos termos dos artigos seguintes. matéria de educação uma proposta de contrato, aprovada
pelo conselho pedagógico e pela assembleia e acompa-
Artigo 46.º nhada dos seguintes elementos:
Contratos de autonomia
a) Projetos e atividades educativas e formativas a rea-
1 — Por contrato de autonomia entende-se o acordo lizar;
celebrado entre a unidade orgânica, a direção regional com- b) Alterações a introduzir na sua atividade nos domínios
petente em matéria de educação e, eventualmente, outros referidos no artigo anterior;
Diário da República, 1.ª série — N.º 167 — 30 de agosto de 2013 5407

c) Atribuições e competências a transferir e órgãos a características específicas dos vários níveis de educação
que incumbem; e de ensino;
d) Parcerias a estabelecer e responsabilidades dos diver- b) Primado de critérios de natureza pedagógica e cien-
sos parceiros envolvidos; tífica sobre critérios de natureza administrativa;
e) Recursos humanos e financeiros a afetar a cada pro- c) Representatividade dos órgãos de administração e
jeto. gestão, garantida pela eleição democrática de represen-
tantes da comunidade educativa;
2 — A análise global do mérito das propostas e da exis- d) Responsabilização dos órgãos e serviços da adminis-
tência das condições para a sua concretização é feita com tração regional autónoma e dos diversos intervenientes no
base nos seguintes critérios: processo educativo;
a) Adequação da proposta ao projeto educativo; e) Estabilidade e eficiência da gestão escolar, garantindo
b) Capacidade de mobilização de agentes e recursos a existência de mecanismos de comunicação e informa-
locais; ção;
c) Contribuição para a qualidade educativa das crianças, f) Transparência dos atos de administração e gestão.
jovens e adultos da comunidade abrangida e para o desen-
volvimento social e integração comunitária; 2 — No quadro dos princípios referidos no número
d) Comprometimento dos órgãos e dos parceiros envol- anterior e no desenvolvimento da autonomia da unidade
vidos na execução dos planos de atividades; orgânica deve considerar-se:
e) Adequação dos recursos a afetar à prossecução dos
objetivos da proposta e às suas condições específicas e do a) A integração comunitária, através da qual se insere
meio em que se insere; numa realidade social concreta da comunidade que serve,
f) Mecanismos e instrumentos que possibilitem a sua com características e recursos específicos;
realização. b) A iniciativa dos membros da comunidade educa-
tiva, na dupla perspetiva de satisfação dos objetivos do
sistema educativo e da realidade social e cultural em que
Artigo 48.º se insere;
Celebração do contrato c) A diversidade e a flexibilidade de soluções suscetí-
veis de legitimarem opções organizativas diferenciadas
1 — Com base na análise efetuada sobre a viabilidade em função do grau de desenvolvimento das realidades
da proposta, e caso a mesma seja favorável, é elaborado o escolares;
instrumento do acordo, do qual constam as obrigações a d) O gradualismo no processo de transferência de com-
que as partes reciprocamente ficam vinculadas e onde se petências da administração educativa;
deve proceder à delimitação e articulação das competências e) A qualidade do serviço público de educação pres-
da unidade orgânica, dos restantes níveis da administração
tado;
e dos demais parceiros.
f) A sustentabilidade dos processos de desenvolvimento
2 — O contrato de autonomia é subscrito pelo diretor
regional competente em matéria de educação, pelo presi- da autonomia;
dente do conselho executivo e pelos restantes parceiros g) A equidade, visando a concretização da igualdade
envolvidos. de oportunidades.

Artigo 49.º Artigo 51.º


Coordenação, acompanhamento e avaliação Órgãos

O desenvolvimento do processo de contratualização 1 — A administração e a gestão da unidade orgânica são


da autonomia é coordenado, acompanhado e avaliado asseguradas por órgãos próprios, que se orientam segundo
pela direção regional competente em matéria de edu- os princípios referidos no artigo anterior.
cação, ouvido o Conselho Coordenador do Sistema 2 — São órgãos de administração e gestão das unidades
Educativo. orgânicas os seguintes:
a) Assembleia;
CAPÍTULO IV b) Conselho pedagógico;
c) Conselho executivo;
Gestão e administração d) Conselho administrativo.

SECÇÃO I Artigo 52.º


Princípios orientadores e órgãos Incompatibilidades

1 — Sem prejuízo do disposto no número seguinte


Artigo 50.º e na alínea a) do n.º 3 do artigo 62.º, é incompatível o
Princípios orientadores da gestão das unidades orgânicas desempenho cumulativo de funções no conselho execu-
tivo como membro eleito da assembleia ou do conselho
1 — A administração da unidade orgânica subordina-se pedagógico.
aos seguintes princípios orientadores:
2 — O disposto no número anterior não se aplica nas
a) Democraticidade e participação de todos os inter- unidades orgânicas em que seja inferior a 25 o número total
venientes no processo educativo, de modo adequado às de docentes em exercício de funções letivas.
5408 Diário da República, 1.ª série — N.º 167 — 30 de agosto de 2013

SECÇÃO II Artigo 55.º


Assembleia Competências
1 — À assembleia compete:
Artigo 53.º
a) Eleger o respetivo presidente, de entre os seus mem-
Definição
bros, à exceção dos representantes dos alunos e das câmaras
1 — A assembleia é o órgão responsável pela definição municipais;
das linhas orientadoras da atividade da unidade orgânica, b) Aprovar o projeto educativo, acompanhar e avaliar
com respeito pelos princípios consagrados no presente a sua execução;
regime jurídico e na lei. c) Aprovar o regulamento interno;
2 — A assembleia é o órgão de participação e represen- d) Aprovar o plano anual de atividades e o projeto cur-
tação da comunidade educativa, devendo estar salvaguar- ricular, verificando da sua conformidade com o projeto
dada na sua composição a participação de representantes educativo;
dos docentes, dos pais e encarregados de educação, dos e) Apreciar os relatórios periódicos e o relatório final
alunos, do pessoal não docente e da autarquia local. de execução do plano anual de atividades;
f) Aprovar as propostas de contratos de autonomia,
Artigo 54.º ouvido o conselho pedagógico;
Composição
g) Definir as linhas orientadoras para a elaboração do
orçamento e para a gestão do fundo escolar;
1 — Sem prejuízo do disposto nos números seguintes, h) Apreciar o relatório da conta de gerência, bem como
a definição do número de elementos que compõe a assem- o parecer que sobre ele tenha sido emitido pelo Tribunal
bleia é da responsabilidade de cada unidade orgânica, nos de Contas e pela administração educativa;
termos do respetivo regulamento interno, não podendo ser i) Apreciar os resultados do processo de avaliação
superior a 24 o número total dos seus membros. interna e externa;
2 — O número total de representantes do corpo docente j) Apreciar os relatórios produzidos pelos órgãos inspeti-
não pode ser superior a 50 % da totalidade dos membros vos do sistema educativo e outros sobre a unidade orgânica
da assembleia, devendo, nas unidades orgânicas em que ou sobre matéria que a ela respeite;
funcione mais de um ciclo ou nível de ensino, integrar pelo l) Promover e incentivar o relacionamento com a comu-
menos um docente de cada um deles. nidade educativa;
3 — Nas unidades orgânicas em que funcione o ensino m) Instituir e aprovar regulamentos de atribuição de
artístico vocacional, pelo menos um dos membros é docente prémios escolares;
daquela modalidade de ensino. n) Acompanhar a realização do processo eleitoral para
4 — A assembleia integra pelo menos um representante o conselho executivo;
do pessoal não docente, eleito de entre todos os funcio- o) Designar, nos termos do n.º 4 do artigo 71.º do pre-
nários e agentes que estejam em exercício de funções na sente regime jurídico, o presidente da comissão executiva
unidade orgânica. provisória;
5 — A representação dos pais e encarregados de educa- p) Apreciar as recomendações e pareceres que sobre a
ção, incluindo os representantes da respetiva associação, unidade orgânica ou qualquer aspeto do seu funcionamento
não deve ser inferior a 20 % da totalidade dos membros sejam emitidos pelo conselho local de educação ou qual-
da assembleia. quer outra entidade em matérias da sua competência;
6 — A participação dos alunos circunscreve-se ao q) Exercer as demais competências que lhe forem atri-
ensino secundário e, quando for o caso, aos trabalhadores- buídas por lei ou regulamento e no regulamento interno.
-estudantes que frequentam o ensino básico recor-
rente. 2 — No desempenho das suas competências, a assem-
7 — O presidente da direção da associação de pais e bleia tem a faculdade de requerer aos restantes órgãos as
encarregados de educação e o presidente da direção da informações necessárias para realizar eficazmente o acom-
associação de estudantes, quando aluno do ensino secun- panhamento e a avaliação do funcionamento da unidade
dário, têm assento na assembleia. orgânica e de lhes dirigir recomendações, com vista ao
8 — Nas unidades orgânicas onde não haja lugar à repre- desenvolvimento do projeto educativo e ao cumprimento
sentação dos alunos, nos termos dos números anteriores, o do plano anual de atividades.
regulamento interno pode estabelecer a forma de participa- 3 — Para efeitos do disposto na alínea n) do n.º 1, a
ção dos alunos sem direito a voto, nomeadamente através assembleia designa uma comissão de três dos seus mem-
das respetivas associações de estudantes. bros encarregada de proceder à verificação dos requisitos
9 — A assembleia inclui um representante por cada relativos aos candidatos e à constituição das listas, bem
uma das câmaras municipais onde se integra o território como do apuramento final dos resultados da eleição.
educativo da unidade orgânica. 4 — As deliberações da comissão nas matérias referidas
10 — Por opção da unidade orgânica, a inserir no no número anterior são publicitadas nos termos a definir
respetivo regulamento interno, a assembleia pode ainda no regulamento interno, delas cabendo recurso, com efeito
integrar representantes das atividades de caráter cultural, suspensivo, a interpor no prazo de cinco dias para o diretor
desportivo, artístico, científico, ambiental e económico da regional competente em matéria de educação, que decidirá
respetiva área, com relevo para o seu projeto educativo. no prazo de cinco dias.
11 — O presidente do conselho executivo e o presidente 5 — As competências previstas nas alíneas b), c), d) e
conselho pedagógico participam nas reuniões da assem- f) do n.º 1 exercem-se sem prejuízo do disposto no n.º 2
bleia, sem direito a voto. do artigo 63.º do presente diploma.
Diário da República, 1.ª série — N.º 167 — 30 de agosto de 2013 5409

6 — Quando a assembleia delibere rejeitar a proposta de tantes na assembleia são eleitos em assembleias eleitorais
qualquer dos documentos previstos nas alíneas b), c), d) e distintas convocadas para o efeito.
f) do n.º 1, são aqueles devolvidos ao conselho executivo
com a devida fundamentação, que reiniciará o processo Artigo 59.º
de aprovação.
Mandato

Artigo 56.º 1 — O mandato dos membros da assembleia tem a dura-


ção de três anos, sem prejuízo do disposto nos números
Funcionamento
seguintes.
1 — A assembleia reúne ordinariamente uma vez por 2 — Caso não haja apresentação de listas de pessoal
trimestre e extraordinariamente sempre que seja convocada docente para a assembleia o mandato dos seus membros
pelo respetivo presidente, por sua iniciativa, a requeri- tem a duração de um ano letivo.
mento de um terço dos seus membros em efetividade de 3 — Salvo quando o regulamento interno fixar diver-
funções ou por solicitação dos presidentes dos conselhos samente, e dentro do limite referido no número anterior,
pedagógico e executivo. o mandato dos representantes dos pais e encarregados de
2 — A assembleia pode funcionar em comissões nos educação e dos alunos tem a duração de um ano escolar.
termos que forem definidos no seu regimento. 4 — Os membros da assembleia são substituídos no
3 — As comissões podem ser permanentes ou criadas exercício do cargo se, entretanto, perderem a qualidade
em função dos temas a tratar. que determinou a respetiva eleição ou designação ou por
4 — As propostas ou deliberações das comissões são outros motivos devidamente fundamentados e aceites pela
sempre aprovadas pelo plenário da assembleia. assembleia.
5 — As vagas resultantes da cessação do mandato dos
Artigo 57.º membros eleitos são preenchidas pelo primeiro candidato
Designação de representantes
não eleito, segundo a respetiva ordem de precedência na
lista a que pertencia o titular do mandato, com respeito pelo
1 — Os representantes dos alunos, do pessoal docente e disposto no n.º 2 do artigo 54.º do presente regime.
do pessoal não docente na assembleia são eleitos por dis-
tintos corpos eleitorais constituídos, respetivamente, pelos Artigo 60.º
alunos, pelo pessoal docente e pelo pessoal não docente em
Gratificação do presidente
exercício efetivo de funções na unidade orgânica.
2 — Os representantes dos pais e encarregados de edu- O exercício do cargo de presidente da assembleia con-
cação são indicados em assembleia geral de pais e encar- fere o direito a um suplemento remuneratório correspon-
regados de educação da unidade orgânica, nos termos a dente a 10 % do índice 108 da escala indiciária da carreira
definir no regulamento interno. dos educadores de infância e dos professores dos ensinos
3 — Os representantes da autarquia local são designados básico e secundário.
pelo presidente da câmara municipal ou das câmaras muni-
cipais, nas situações em que a unidade orgânica abrange SECÇÃO III
território educativo de mais do que um município.
4 — Na situação prevista no n.º 9 do artigo 54.º do pre- Conselho pedagógico
sente regime jurídico, os representantes das atividades de
caráter cultural, desportivo, artístico, científico, ambiental Artigo 61.º
e económico são cooptados pelos restantes membros. Definição

Artigo 58.º O conselho pedagógico é o órgão de coordenação, super-


visão pedagógica e orientação educativa da unidade orgâ-
Eleições
nica, nomeadamente nos domínios pedagógico-didático, da
1 — Os representantes referidos no n.º 1 do artigo orientação e acompanhamento dos alunos e da formação
anterior candidatam-se à eleição, constituídos em listas inicial e contínua do pessoal docente e não docente.
separadas.
2 — As listas devem conter a indicação dos candidatos Artigo 62.º
a membros efetivos, em número igual ao dos respetivos
Composição
representantes na assembleia, bem como dos candidatos
a membros suplentes, em igual número. 1 — A composição do conselho pedagógico, num
3 — A conversão dos votos em mandatos faz-se de máximo de vinte membros, é da responsabilidade de
acordo com o método de representação proporcional da cada unidade orgânica, a definir no respetivo regulamento
média mais alta de Hondt. interno.
4 — Sempre que nas escolas onde funcione mais de 2 — Na definição do número de elementos do conselho
um ciclo de ensino se, por aplicação do método referido pedagógico deve ser tida em consideração a necessidade
no número anterior, não resultar apurado um docente da de conferir eficácia a este órgão no desempenho das suas
educação pré-escolar ou do 1.º ciclo do ensino básico, o competências, designadamente assegurando a articulação
último mandato é atribuído ao primeiro candidato da lista curricular, através de uma representação multidiscipli-
mais votada que preencha tal requisito. nar.
5 — Sem prejuízo do que vier a ser estabelecido no 3 — Na composição do conselho pedagógico deve estar
regulamento interno, na ausência de lista candidata de salvaguardada a participação de representantes das estrutu-
pessoal docente, não docente ou de alunos, os represen- ras de orientação educativa e dos serviços especializados de
5410 Diário da República, 1.ª série — N.º 167 — 30 de agosto de 2013

apoio educativo, das associações de pais e encarregados de l) Propor o desenvolvimento de experiências de ino-
educação e de estudantes, dos alunos do ensino secundário, vação pedagógica e de formação, no âmbito da unidade
do pessoal não docente e dos projetos de desenvolvimento orgânica e em articulação com instituições ou estabeleci-
educativo, devendo integrar, nomeadamente: mentos do ensino superior vocacionados para a formação
e a investigação;
a) O presidente do conselho executivo; m) Incentivar e apoiar iniciativas de índole formativa,
b) Pelo menos um representante dos coordenadores de cultural e desportiva;
núcleo, eleito em assembleia eleitoral composta por todos n) Definir os critérios gerais a que deve obedecer a
os coordenadores de núcleo; elaboração dos horários;
c) Um docente da educação pré-escolar ou do 1.º ciclo, o) Coordenar a elaboração e produção de materiais
eleito pelos respetivos docentes, quando não houver depar- pedagógicos e de ensino destinados à unidade orgânica;
tamentos específicos; p) Intervir, nos termos da lei, no processo de avaliação
d) O coordenador de núcleo de educação especial; do desempenho dos docentes;
e) Os coordenadores de departamento curricular; q) Promover práticas continuadas de autoavaliação da
f) Um docente do ensino artístico, eleito pelos respetivos escola e refletir as suas conclusões nos documentos orien-
docentes, quando não houver um departamento específico; tadores relevantes;
g) Um representante dos pais e encarregados de educa- r) Proceder ao acompanhamento e avaliação da execu-
ção nas unidades orgânicas de pequena e média dimensão ção das suas deliberações e recomendações;
e dois nas unidades orgânicas de grande dimensão; s) Exercer as demais competências que lhe forem atri-
h) Quando a unidade orgânica inclua ensino secundário, buídas pela lei e pelo regulamento interno.
pelo menos um representante dos estudantes, por eles eleito
nos termos que forem fixados no regulamento interno, e 2 — Quando o parecer previsto nas alíneas c), d) e e)
um representante da associação de estudantes, designado do número anterior seja negativo, deve o conselho execu-
pela respetiva direção. tivo rever o documento e voltar a submetê-lo a parecer do
conselho pedagógico no prazo máximo de trinta dias.
4 — Quando não exista associação de pais e encarregados 3 — Quando, após o procedimento previsto no número
de educação, o regulamento interno fixa a forma de designa- anterior, persistam objeções à aprovação, deve a proposta,
ção dos representantes dos pais e encarregados de educação. acompanhada de parecer fundamentado do conselho peda-
5 — O regulamento interno pode ainda determinar a gógico, ser submetida à assembleia.
inclusão no conselho pedagógico de outros membros da
comunidade educativa com relevo para o seu projeto edu-
cativo, até ao máximo de dois elementos. Artigo 64.º
6 — Nas reuniões em que sejam tratados assuntos que Funcionamento
envolvam sigilo, designadamente provas de exame, avalia-
O conselho pedagógico reúne ordinariamente uma vez
ção global dos alunos, e avaliação do desempenho do pes- por mês e extraordinariamente sempre que seja convocado
soal docente, apenas participam os membros docentes. pelo respetivo presidente, por sua iniciativa, a requerimento
de um terço dos seus membros em efetividade de funções
Artigo 63.º ou sempre que um pedido de parecer da assembleia ou do
Competências conselho executivo o justifique.
1 — Ao conselho pedagógico compete:
Artigo 65.º
a) Eleger o respetivo presidente de entre os seus mem-
bros docentes, cujo mandato terá a duração de três anos; Gratificação do presidente
b) Elaborar a proposta de projeto educativo e de projeto 1 — O presidente do conselho pedagógico beneficia
curricular e acompanhar e avaliar a sua execução; de um suplemento remuneratório equivalente a 15 % do
c) Apresentar propostas para elaboração do plano anual índice 108 da escala indiciária da carreira dos educadores
de atividades e pronunciar-se sobre o respetivo projeto; de infância e dos professores dos ensinos básico e secun-
d) Pronunciar-se sobre a proposta de regulamento dário.
interno; 2 — Sem prejuízo do disposto no artigo 52.º do pre-
e) Pronunciar-se sobre as propostas de celebração de sente diploma, quando o cargo de presidente do conselho
contratos de autonomia; pedagógico for exercido por um membro do conselho
f) Elaborar o plano de formação e de atualização do executivo não há lugar à atribuição da gratificação prevista
pessoal docente e não docente, e acompanhar a respetiva no número anterior.
execução;
g) Definir critérios gerais nos domínios da informação
e da orientação escolar e vocacional, do acompanhamento SECÇÃO IV
pedagógico e da avaliação dos alunos;
h) Propor aos órgãos competentes a criação de áreas Conselho executivo
disciplinares ou disciplinas de conteúdo regional e local,
bem como as respetivas estruturas programáticas; Artigo 66.º
i) Definir princípios gerais nos domínios da articulação e
Definição
diversificação curricular, dos apoios e complementos edu-
cativos e das modalidades especiais de educação escolar; O conselho executivo é o órgão de administração e
j) Adotar os manuais escolares, ouvidos os departamen- gestão da unidade orgânica nas áreas pedagógica, cultural,
tos curriculares e os conselhos de docentes; administrativa, patrimonial e financeira.
Diário da República, 1.ª série — N.º 167 — 30 de agosto de 2013 5411

Artigo 67.º tências que lhes sejam delegadas e as áreas de intervenção


e competências dos assessores técnico-pedagógicos.
Composição
1 — O conselho executivo é constituído por um presi- Artigo 69.º
dente e dois vice-presidentes. Presidente do conselho executivo
2 — [Revogado.]
1 — Compete ao presidente do conselho executivo nos
Artigo 68.º termos da legislação em vigor:
Competências a) Representar a unidade orgânica;
b) Coordenar as atividades decorrentes das competên-
1 — Ouvido o conselho pedagógico, compete ao conse- cias próprias do conselho executivo;
lho executivo elaborar e submeter à aprovação da assem- c) Exercer o poder hierárquico, designadamente em
bleia: matéria disciplinar, em relação ao pessoal docente e não
a) O regulamento interno; docente;
b) As propostas de celebração de contratos de autono- d) Exercer o poder disciplinar em relação aos alunos;
mia. e) Proceder à avaliação do desempenho do pessoal
docente e não docente.
2 — Compete ainda ao conselho executivo emitir pare-
cer sobre as propostas de projeto educativo e projeto cur- 2 — O presidente do conselho executivo é substituído
ricular emanadas do conselho pedagógico e submetê-las nas suas faltas e impedimentos pelo vice-presidente que
à aprovação da assembleia. estiver indicado no respetivo regimento e, na ausência
3 — No plano da gestão pedagógica, cultural, admi- deste, pelo vice-presidente por si indicado.
nistrativa, financeira e patrimonial, compete ao conselho 3 — O presidente do conselho executivo pode delegar
competências nos vice-presidentes.
executivo, em especial:
a) Definir o regime de funcionamento; Artigo 70.º
b) Elaborar o projeto de orçamento, de acordo com Assembleia eleitoral e recrutamento
o disposto na legislação aplicável e tendo em conta as
propostas apresentadas e as linhas orientadoras definidas 1 — Os membros do conselho executivo são eleitos
pela assembleia; em assembleia eleitoral, a constituir para o efeito, inte-
c) Elaborar e submeter à aprovação da assembleia o grada pela totalidade do pessoal docente e não docente
plano anual de atividades, verificando da sua conformidade em exercício efetivo de funções na unidade orgânica, por
com o projeto educativo; representantes dos alunos do ensino secundário, bem como
d) Elaborar os relatórios periódicos e o relatório final por representantes dos pais e encarregados de educação.
de execução do plano anual de atividades; 2 — A forma de designação dos representantes dos alu-
e) Superintender a constituição de turmas e a elaboração nos e dos pais e encarregados de educação será fixada no
de horários; regulamento interno, não podendo exceder o número total
f) Distribuir o serviço docente e não docente; de docentes representados e, salvaguardando, no mínimo:
g) Designar os diretores de turma; a) O direito à participação dos pais e encarregados de
h) Planear e assegurar a execução das atividades no educação em número igual ou superior a um representante
domínio da ação social escolar; por cada 25 crianças e alunos inscritos, ou fração, qualquer
i) Gerir as instalações, espaços e equipamentos, bem que seja a modalidade frequentada;
como os outros recursos educativos; b) No ensino secundário, o direito à participação
j) Autorizar a cedência de instalações e equipamentos de 1 aluno por cada 25 alunos inscritos nos 10.º, 11.º e
escolares; 12.º anos de escolaridade, ou fração, qualquer que seja a
l) Estabelecer protocolos e celebrar acordos de coope- modalidade de ensino;
ração ou de associação com outras unidades orgânicas e c) No ensino recorrente o direito à participação de pelo
instituições de formação, autarquias e coletividades; menos 1 aluno por cada 25 alunos inscritos, ou fração.
m) Identificar as necessidades de formação contínua do
seu pessoal docente e não docente, aprovar e executar o 3 — Os candidatos a presidente do conselho executivo
plano de formação da unidade orgânica; são obrigatoriamente docentes dos quadros de nomeação
n) Fomentar o intercâmbio e a divulgação de experiên- definitiva da unidade orgânica a que se candidatam, em
cias pedagógicas ouvido o conselho pedagógico; exercício de funções na mesma, com pelo menos cinco anos
o) Apreciar as recomendações e pareceres que sobre a de serviço e qualificação para o exercício de funções de admi-
unidade orgânica ou qualquer aspeto do seu funcionamento nistração e gestão escolar, nos termos do número seguinte.
sejam emitidos pelo conselho local de educação ou qual- 4 — Consideram-se qualificados para o exercício de
quer outra entidade em matéria da sua competência; funções de administração e gestão escolar os docentes que
p) Assegurar o planeamento, proteção e segurança das preencham uma das seguintes condições:
instalações escolares; a) Sejam detentores de habilitação específica para o
q) Exercer as demais competências que lhe forem atri- efeito, nos termos legalmente fixados;
buídas pela lei e pelo regulamento interno. b) Possuam experiência correspondente a um mandato
completo no exercício de cargos de administração e ges-
4 — O regimento do conselho executivo fixa a distri- tão escolar previstos no artigo 51.º do presente regime
buição de funções a cada um dos seus membros, as compe- jurídico.
5412 Diário da República, 1.ª série — N.º 167 — 30 de agosto de 2013

5 — Os candidatos a vice-presidente são obrigatoria- 3 — O mandato dos membros do conselho executivo


mente docentes do quadro de nomeação definitiva da uni- pode cessar:
dade orgânica a que se candidatam, em exercício de fun- a) No final do ano escolar, quando assim for deliberado
ções na mesma, com pelo menos três anos de serviço. por mais de dois terços dos membros da assembleia em
6 — Quando numa unidade orgânica não existam pelo efetividade de funções, em caso de comprovada desade-
menos seis docentes que satisfaçam as condições estabe- quação da respetiva gestão, fundada em factos provados
lecidas nos n.os 3 e 5 do presente artigo, são elegíveis para e informações fundamentadas apresentados por qualquer
os cargos de presidente ou vice-presidente os docentes membro da assembleia;
profissionalizados em exercício de funções na unidade b) A todo o momento, por despacho fundamentado do
orgânica, qualquer que seja o quadro a que pertençam e o diretor regional competente em matéria de educação, na
tempo de serviço de que sejam detentores. sequência de processo disciplinar que tenha concluído pela
aplicação de sanção disciplinar;
Artigo 71.º c) A requerimento do interessado dirigido ao presidente da
Eleição
assembleia, com a antecedência mínima de quarenta e cinco
dias, fundamentado em motivos devidamente justificados.
1 — Os candidatos constituem-se em lista e apresentam
um programa de ação. 4 — A cessação do mandato de um dos vice-presidentes
2 — Considera-se eleita a lista que obtenha a maioria do conselho executivo determina a sua substituição por um
absoluta dos votos entrados nas urnas. docente que reúna as condições dos n.os 5 e 6 do artigo 70.º
3 — Quando nos termos do número anterior nenhuma do presente regime jurídico, o qual será cooptado pelos
lista sair vencedora, realiza-se um segundo escrutínio entre restantes membros.
as duas listas mais votadas, no prazo máximo de dez dias 5 — A cessação do mandato do presidente ou dos dois
úteis, sendo então considerada eleita a lista que reunir vice-presidentes eleitos do conselho executivo determina
maior número de votos entrados nas urnas. a abertura de um novo processo eleitoral para este órgão,
4 — Quando nenhuma lista se apresente à eleição, a no prazo máximo de trinta dias.
assembleia, no prazo máximo de dez dias úteis após a
verificação do facto, por escrutínio secreto, escolhe, de Artigo 74.º
entre os docentes da unidade orgânica que satisfaçam os Comissão executiva provisória
requisitos estabelecidos no artigo anterior, o presidente
da comissão executiva provisória e comunica ao diretor 1 — Nos casos em que se verifique a situação prevista
regional competente em matéria de educação. nos n.os 4 e 5 do artigo 71.º do presente regime jurídico,
5 — Quando se verifiquem as condições estabelecidas o conselho executivo da unidade orgânica é assegurado
no número anterior cabe ao docente escolhido indicar, de por uma comissão executiva provisória, homologada pelo
entre os docentes que satisfaçam as condições estabelecidas diretor regional competente em matéria de educação, pelo
para tal no artigo anterior, os vice-presidentes. período de um ano.
6 — Exceto quando a escusa se baseie em razões devi- 2 — Compete à comissão executiva provisória referida no
damente fundamentadas e aceites pelo diretor regional número anterior desenvolver as ações necessárias à realização
competente em matéria de educação, os cargos de presi- da eleição do conselho executivo até ao termo do ano letivo
dente e vice-presidente são de aceitação obrigatória. subsequente.
Artigo 75.º
7 — Quando a escusa seja aceite, no prazo máximo de
cinco dias úteis após o conhecimento do facto, será repetida Assessoria do conselho executivo
a tramitação prevista nos n.os 4 e 5 do presente artigo. 1 — Para apoio à atividade do conselho executivo, o
regulamento interno pode prever a constituição de asses-
Artigo 72.º sorias técnico-pedagógicas, no máximo de duas, para as
Provimento quais serão designados docentes do quadro em exercício
de funções na unidade orgânica.
1 — O presidente da assembleia, após confirmação da 2 — Os critérios para a constituição e dotação das asses-
regularidade do processo eleitoral, procede à homologação sorias referidas no número anterior são definidos de acordo
dos respetivos resultados, conferindo posse aos membros com a população escolar:
do conselho executivo nos dez dias subsequentes à elei-
ção. a) De 501 a 1500, um assessor;
2 — Após a homologação, o presidente da assembleia, b) Mais de 1500, dois assessores.
dentro do prazo referido no número anterior, comunica
ao diretor regional competente em matéria de educação 3 — Nas unidades orgânicas em que funcione integrado
os resultados da eleição e a composição do conselho exe- um Conservatório Regional pode ser designado ainda um
cutivo. assessor para o ensino artístico.

Artigo 73.º Artigo 76.º


Regime de exercício de funções
Mandato
1 — O mandato dos membros do conselho executivo 1 — Para efeitos de determinação do regime aplicável
ao exercício de funções no conselho executivo, as unidades
tem a duração de três anos.
orgânicas são classificadas em:
2 — Não é permitida a eleição para um quarto mandato
consecutivo durante o triénio imediatamente subsequente a) Pequena dimensão — até 500 alunos inscritos nos
ao termo do terceiro mandato. ensinos regular, especial, profissionalizante e profissional;
Diário da República, 1.ª série — N.º 167 — 30 de agosto de 2013 5413

b) Média dimensão — de 501 a 1500 alunos inscritos indiciária da carreira dos educadores de infância e dos
nos ensinos regular, especial, profissionalizante e profis- professores dos ensinos básico e secundário;
sional; c) Nas escolas de grande dimensão — uma gratifica-
c) Grande dimensão — mais de 1500 alunos inscritos ção de valor equivalente a 40 % do índice 218 da escala
nos ensinos regular, especial, profissionalizante e profis- indiciária da carreira dos educadores de infância e dos
sional. professores dos ensinos básico e secundário.

2 — O presidente do conselho executivo goza de dis-


pensa total da componente letiva, sem prejuízo de, que- SECÇÃO V
rendo, poder assumir a lecionação de qualquer disciplina
Conselho administrativo
ou área disciplinar para a qual detenha habilitação pro-
fissional.
3 — Nas unidades orgânicas de média e de grande Artigo 78.º
dimensão os vice-presidentes do conselho executivo bene- Definição
ficiam igualmente de dispensa total da componente letiva,
sem prejuízo de, querendo, poderem assumir a lecionação O conselho administrativo é o órgão deliberativo em
de qualquer disciplina ou área disciplinar para a qual dete- matéria administrativa, patrimonial e financeira da unidade
nham habilitação profissional. orgânica, nos termos da legislação em vigor.
4 — Nas unidades orgânicas de pequena dimensão em
que seja ministrado conjuntamente o ensino secundário Artigo 79.º
regular com outros níveis de ensino, os vice-presidentes,
mediante autorização do diretor regional competente em Composição
matéria de educação, poderão beneficiar igualmente de 1 — O conselho administrativo é composto pelo presi-
dispensa da componente letiva até 50 %. dente do conselho executivo, que preside, pelo coordenador
5 — Quando não estejam dispensados totalmente da técnico ou chefe dos serviços de administração escolar e
componente letiva, os vice-presidentes do conselho exe- por um dos vice-presidentes do conselho executivo, para
cutivo, a seu pedido, terão serviço distribuído no estabe- o efeito designado pelo seu presidente.
lecimento onde esteja instalado o conselho executivo, ou 2 — Nas unidades orgânicas em que o lugar de coor-
no mais próximo em que se verifique disponibilidade de denador técnico ou de chefe de serviços de administra-
turmas.
ção escolar não se encontre provido ou quando estes se
6 — O exercício dos cargos de presidente ou vice-
encontrem impedidos, por períodos superiores a trinta
-presidente do conselho executivo por educador de infância
dias, o presidente pode designar um substituto de entre
ou professor do 1.º ciclo do ensino básico é considerado
os restantes assistentes técnicos que exercem funções na
para todos os efeitos como serviço docente em regime de
monodocência. área administrativa.
7 — Cada assessor beneficia de 50 % de redução da 3 — O substituto referido no número anterior tem direito
componente letiva. a uma gratificação correspondente a 25 % da posição
remuneratória 1, nível 14, da categoria de coordenador
Artigo 77.º técnico.
Gratificações
Artigo 80.º
1 — O presidente do conselho executivo beneficia de
uma gratificação mensal calculada do seguinte modo: Competências

a) Nas escolas de pequena dimensão — uma gratifica- 1 — Ao conselho administrativo compete, nomeada-
ção de valor equivalente a 40 % do índice 218 da escala mente:
indiciária da carreira dos educadores de infância e dos a) Aprovar o projeto de orçamento anual, de acordo com
professores dos ensinos básico e secundário; o disposto na legislação aplicável e em conformidade com
b) Nas escolas de média dimensão — uma gratifica- as linhas orientadoras definidas pela assembleia;
ção de valor equivalente a 50 % do índice 218 da escala b) Elaborar o relatório de contas de gerência, de acordo
indiciária da carreira dos educadores de infância e dos com o disposto na legislação aplicável;
professores dos ensinos básico e secundário; c) Autorizar a realização de despesas e o respetivo
c) Nas escolas de grande dimensão — uma gratifica- pagamento, fiscalizar a cobrança de receitas e verificar a
ção de valor equivalente a 60 % do índice 218 da escala legalidade da gestão financeira;
indiciária da carreira dos educadores de infância e dos d) Zelar pela atualização do cadastro patrimonial;
professores dos ensinos básico e secundário. e) Exercer as demais competências que lhe sejam legal-
mente cometidas.
2 — Os vice-presidentes do conselho executivo gozam
de uma gratificação mensal calculada do seguinte modo: 2 — O conselho administrativo pode delegar no respe-
a) Nas escolas de pequena dimensão — uma gratifica- tivo presidente a competência para autorizar despesas até a
ção de valor equivalente a 25 % do índice 218 da escala um montante que não ultrapasse 20 % da sua competência
indiciária da carreira dos educadores de infância e dos própria.
professores dos ensinos básico e secundário; 3 — O conselho administrativo pode delegar em qual-
b) Nas escolas de média dimensão — uma gratifica- quer dos seus membros a autorização de pagamento de
ção de valor equivalente a 30 % do índice 218 da escala qualquer despesa.
5414 Diário da República, 1.ª série — N.º 167 — 30 de agosto de 2013

Artigo 81.º c) Promover a colaboração dos interesses locais e dos


Funcionamento
pais e encarregados de educação para a realização de ati-
vidades educativas;
O conselho administrativo reúne ordinariamente uma d) Promover a divulgação e troca de informação sobre
vez por mês e extraordinariamente sempre que o presi- os assuntos de interesse para o núcleo;
dente o convoque, por sua iniciativa ou a requerimento e) Submeter ao órgão executivo os resultados da ava-
de qualquer dos restantes membros. liação das aprendizagens dos alunos;
f) Exercer as demais competências que lhe forem atribuí-
das pelo conselho executivo, bem como as fixadas no regu-
SECÇÃO VI
lamento interno ou no regimento do conselho executivo.
Estruturas de gestão intermédia
3 — Ao encarregado de estabelecimento compete a
Artigo 82.º gestão diária do estabelecimento e as demais competências
que lhe forem atribuídas pelo coordenador de núcleo e as
Núcleos escolares
fixadas no regulamento interno.
1 — Cada estabelecimento de educação e de ensino 4 — Sem prejuízo do disposto na alínea b) do n.º 1 do
situado em infraestrutura escolar diferente daquela onde presente artigo e de acordo com o estipulado no regula-
estejam sedeados os órgãos de administração e gestão da mento interno, cada núcleo escolar poderá reunir sepa-
unidade orgânica e na qual funcionem quatro ou mais tur- radamente, por ano de escolaridade, quando se trate de
mas do ensino básico e da educação pré-escolar constitui reuniões de avaliação de alunos.
um núcleo escolar.
2 — Sempre que o número de turmas não permita a Artigo 84.º
constituição de um núcleo escolar, nos termos previstos Gratificação do coordenador e do encarregado
no número anterior, o estabelecimento de educação pré-
-escolar e ou do 1.º ciclo do ensino básico é agrupado com O coordenador de núcleo e o encarregado de estabeleci-
outros estabelecimentos existentes na mesma freguesia e ou mento têm direito a uma gratificação de, respetivamente,
estabelecimento mais próximo, por forma a constituir um 10 % e 7,5 % do valor correspondente ao índice 108 da
novo núcleo escolar ou agrupando-se a um já existente. escala indiciária da carreira dos educadores de infância e
3 — Quando a distância entre os estabelecimentos for dos professores dos ensinos básico e secundário.
superior a 10 km, pode o regulamento interno prever a
constituição de núcleos escolares com um número de tur- Artigo 85.º
mas inferior ao estabelecido no n.º 1 do presente artigo. Comissão pedagógica para o ensino artístico
4 — A coordenação de cada núcleo escolar é assegurada
por um conselho presidido por um coordenador, tendo o [Revogado.]
mandato deste a duração de três anos.
5 — Nos estabelecimentos a que não pertence o coor- Artigo 86.º
denador de núcleo haverá um encarregado de estabeleci- Competências da comissão pedagógica para o ensino artístico
mento, eleito de entre o pessoal docente que nele preste
serviço, por um mandato coincidente com o de coordena- [Revogado.]
dor de núcleo, devendo ambos os mandatos terminar na
mesma data. Artigo 87.º
Estruturas de orientação educativa
Artigo 83.º
1 — Com vista ao desenvolvimento do projeto educativo
Conselho e coordenador de núcleo da unidade orgânica são fixadas no regulamento interno
1 — O conselho de núcleo é formado por todos os as estruturas que colaboram com o conselho pedagógico
docentes em exercício de funções no núcleo e exerce as e com o conselho executivo, no sentido de assegurar o
acompanhamento eficaz do percurso escolar dos alunos
suas competências no âmbito do que estiver definido pelos
na perspetiva da promoção da qualidade educativa.
respetivos órgãos de administração e gestão, competindo-
2 — A constituição de estruturas de orientação educativa
-lhe:
visa nomeadamente:
a) Eleger de entre os seus membros o respetivo coor- a) O reforço da articulação curricular na aplicação dos
denador; planos de estudo definidos a nível nacional e regional, bem
b) Coordenar a avaliação dos alunos, garantindo o seu como o desenvolvimento de componentes curriculares por
caráter globalizante e integrador; iniciativa da unidade orgânica;
c) Planificar, no respeito pelo projeto educativo da uni- b) A organização, o acompanhamento e a avaliação das
dade orgânica, as atividades educativas do núcleo; atividades de turma ou grupo de alunos;
d) Apresentar propostas aos órgãos de administração c) A coordenação pedagógica de cada ano, ciclo ou
e gestão. curso.
2 — Ao coordenador de núcleo compete: Artigo 88.º
a) Presidir às reuniões do conselho de núcleo e repre- Departamentos curriculares
sentar o núcleo;
b) Cumprir e fazer cumprir as deliberações dos órgãos 1 — Os departamentos curriculares promovem a arti-
de administração e gestão; culação, gestão curricular e cooperação entre os docentes
Diário da República, 1.ª série — N.º 167 — 30 de agosto de 2013 5415

da unidade orgânica, procurando adequar o currículo às melhoria das condições de aprendizagem e a articulação
necessidades específicas dos alunos. entre a escola e a família, sendo da responsabilidade:
2 — Nos departamentos curriculares encontram-se
representados os agrupamentos de disciplinas e áreas dis- a) Dos educadores de infância, na educação pré-
ciplinares, de acordo com os cursos lecionados, o número -escolar;
de docentes por nível, ciclo ou disciplina, cabendo a estes b) Dos professores titulares das turmas, no 1.º ciclo do
a promoção das dinâmicas a desenvolver pela unidade ensino básico;
orgânica. c) Do conselho de turma, nos restantes ciclos e níveis
3 — Os departamentos curriculares são coordenados de ensino.
por docentes profissionalizados, preferencialmente do
quadro de vínculo definitivo da unidade orgânica, e que Artigo 90.º
exerçam funções na mesma, eleitos de entre aqueles Conselho de turma
que os integram, sendo os respetivos mandatos de três
anos. 1 — O conselho de turma é constituído pelos profes-
4 — O regulamento interno determina o número e a sores da turma, por um delegado dos alunos e por um
composição dos departamentos curriculares, não podendo, representante dos pais e encarregados de educação.
contudo, estabelecer um número superior a oito. 2 — Para coordenar o desenvolvimento do plano de
5 — Sem prejuízo de outras competências a fixar no trabalho referido no artigo anterior, o conselho executivo
regulamento interno cabe ao departamento curricular: designa um diretor de turma de entre os professores pro-
fissionalizados da mesma.
a) Executar as tarefas de articulação curricular, nome- 3 — Sem prejuízo de outras competências fixadas na
adamente promovendo a cooperação entre os docentes lei e no regulamento interno, em matéria de coordenação
que integram o departamento e deste com os restantes pedagógica, compete ao conselho de turma:
departamentos da unidade orgânica;
b) Adequar o currículo aos interesses e necessidades a) Coordenar a atividade dos diversos docentes da turma,
específicas dos alunos, desenvolvendo as necessárias medi- de forma a maximizar o sucesso educativo dos alunos e a
das de diversificação curricular e de adaptação às condições qualidade das aprendizagens;
específicas da unidade orgânica; b) Analisar a situação da turma e identificar caracterís-
c) Planificar e adequar à realidade da unidade orgânica ticas específicas dos alunos, a ter em conta no processo
a aplicação dos planos de estudo estabelecidos a nível de ensino e aprendizagem;
regional e nacional; c) Assegurar o processo de avaliação dos alunos, deci-
d) Elaborar e aplicar medidas de reforço das didáticas dindo sobre a sua calendarização, tipo de elementos a
específicas das disciplinas ou áreas curriculares integradas recolher e sua ponderação;
no departamento; d) Proceder à avaliação sumativa das aprendizagens dos
e) Assegurar, de forma articulada com as outras entida- alunos e decidir sobre a sua progressão ou retenção;
des de orientação educativa da unidade orgânica, a adoção e) Apreciar as ocorrências disciplinares na turma e deci-
de metodologias específicas destinadas ao desenvolvi- dir sobre as medidas a adotar nesse âmbito;
mento dos planos de estudo e das componentes locais do f) Planificar o desenvolvimento das atividades a realizar
currículo; com os alunos em contexto de sala de aula e fora dele;
f) Analisar a oportunidade de adotar medidas destinadas g) Identificar diferentes ritmos de aprendizagem e neces-
a melhorar as aprendizagens e prevenir a exclusão; sidades educativas especiais dos alunos, promovendo a
g) Elaborar propostas de diversificação curricular em articulação com os respetivos serviços especializados de
função das necessidades dos alunos; apoio educativo, em ordem à sua superação;
h) Assegurar a coordenação de procedimentos e formas h) Assegurar a adequação do currículo às características
de atuação nos domínios pedagógico e de avaliação dos específicas dos alunos, estabelecendo prioridades, níveis
alunos; de aprofundamento e sequências adequadas;
i) Identificar as necessidades de formação dos docentes i) Adotar estratégias de diferenciação pedagógica que
e promover as ações de formação contínua, internas à uni- favoreçam as aprendizagens dos alunos;
dade orgânica, que sejam consideradas adequadas; j) Conceber e delinear atividades em complemento do
j) Organizar conferências, debates, atividades de enri- currículo proposto;
quecimento curricular e outras atividades curriculares, l) Preparar informação adequada, a disponibilizar aos
no âmbito das disciplinas e áreas curriculares do depar- pais e encarregados de educação, relativa ao processo de
tamento; aprendizagem e avaliação dos alunos;
l) Acompanhar o funcionamento de clubes e o desenvol- m) Executar todas as outras tarefas que por lei, regu-
vimento de outras atividades de enriquecimento curricular lamento ou pelo regulamento interno da escola lhe sejam
nas áreas disciplinares do departamento e afins. cometidas.

4 — Sem prejuízo de outras competências fixadas na lei


Artigo 89.º e no regulamento interno, compete ao diretor de turma:
Projeto curricular de turma
a) Coordenar o funcionamento do conselho de turma,
Em cada unidade orgânica, a organização, o acompanha- convocando e presidindo às suas reuniões;
mento e a avaliação das atividades a desenvolver com os b) Coordenar o funcionamento da equipa pedagógica
alunos pressupõem a elaboração de um projeto curricular que serve a turma e estabelecer a ligação entre esta, os
de turma, o qual deve integrar estratégias de diferenciação alunos e os pais e encarregados de educação;
pedagógica e de adequação curricular para o contexto da c) Promover a comunicação e formas de trabalho coo-
sala de atividades ou da turma, destinadas a promover a perativo entre professores e alunos;
5416 Diário da República, 1.ª série — N.º 167 — 30 de agosto de 2013

d) Coordenar o processo de avaliação dos alunos, garan- turmas, sendo assegurada por estruturas próprias, nos
tindo o seu caráter globalizante e integrador, e submeter seguintes termos:
à homologação do conselho executivo os resultados da
avaliação sumativa das aprendizagens dos alunos; a) Pelo conselho do núcleo e pelo departamento curri-
e) Conhecer as questões de natureza disciplinar que cular respetivo na educação pré-escolar e no 1.º ciclo do
envolvam direta ou indiretamente os alunos da turma e ensino básico;
proceder à sua triagem e encaminhamento; b) Por conselhos de diretores de turma nos restantes
f) Coordenar, em colaboração com os docentes da turma, ciclos e níveis de ensino.
a adequação de atividades, conteúdos, estratégias e méto-
dos de trabalho à situação concreta do grupo e à especifi- 2 — No sentido de assegurar a coordenação pedagógica
cidade de cada aluno; dos vários cursos do ensino secundário, a unidade orgânica
g) Contactar com os pais e encarregados de educação, pode, ainda, encontrar formas alternativas ao disposto no
mantendo-os constantemente informados do processo edu- número anterior, a consagrar no regulamento interno.
cativo do aluno e fomentando o seu envolvimento na escola; 3 — O mandato dos coordenadores de cada uma das
h) Proceder ao controlo periódico da assiduidade dos estruturas de orientação educativa pode cessar a todo o
alunos e comunicar os seus resultados aos pais e encarre- tempo por decisão fundamentada do presidente do conselho
gados de educação; executivo, ouvido o conselho pedagógico, ou a pedido do
i) Coordenar com o conselho executivo o desenvol- interessado no termo do ano letivo.
vimento e a ocupação da atividade letiva dos alunos, a
substituição dos docentes nas suas faltas e impedimentos Artigo 93.º
e a execução do programa de apoio educativo à turma; Conselho de diretores de turma
j) Executar todas as outras atividades que por lei, regu-
lamento ou pelo regulamento interno da escola lhe sejam 1 — A coordenação pedagógica de ano, ciclo, nível ou
cometidas. curso cabe ao conselho de diretores de turma.
2 — O conselho de diretores de turma é composto por
5 — O diretor de turma dispõe de voto de qualidade nas todos os diretores de turma e coordenadores de núcleo.
decisões e deliberações do conselho de turma. 3 — Quando o conselho de diretores de turma tenha
6 — A lecionação da área curricular não disciplinar é mais de trinta membros pode funcionar em secções orga-
sempre atribuída ao diretor de turma, exceto quando pon- nizadas de acordo com os ciclos, níveis ou modalidades
derosas razões, ouvido o conselho pedagógico, obriguem de ensino existentes na escola.
a diferente distribuição de serviço. 4 — Os trabalhos do conselho de diretores de turma
7 — Nas reuniões do conselho de turma previstas na ou, nos termos do número anterior, de cada uma das suas
alínea c) do artigo anterior, quando destinadas à avalia- secções, são dirigidos por um coordenador, nomeado pelo
ção sumativa dos alunos, apenas participam os membros conselho executivo de entre os membros do conselho ou
docentes. secção que sejam professores de nomeação definitiva.
5 — A duração do mandato do coordenador, as con-
Artigo 91.º dições para o exercício do cargo e as restantes normas
Professor tutor regulamentares do funcionamento do conselho são fixadas
no regulamento interno da escola.
1 — A unidade orgânica pode prever a existência de
professores tutores a quem compete: Artigo 94.º
a) Desenvolver medidas de apoio aos alunos, mesmo Serviços especializados de apoio educativo
que com eles não tenham contacto letivo direto, designa-
damente o aconselhamento e a orientação no estudo e nas 1 — Os serviços especializados de apoio educativo pro-
tarefas escolares; movem a existência de condições que assegurem a plena
b) Acompanhar o processo educativo de grupos especí- integração escolar dos alunos, devendo conjugar a sua
ficos de alunos, no sentido do desenvolvimento de com- atividade com as estruturas de orientação educativa.
petências pessoais e sociais, da prevenção do abandono, 2 — Constituem serviços especializados de apoio edu-
da indisciplina e do insucesso escolares; cativo:
c) Promover a articulação das atividades escolares dos a) O serviço de psicologia e orientação da unidade
alunos com outras tarefas formativas, nomeadamente no orgânica;
âmbito da formação profissional e profissionalizante. b) O núcleo de educação especial;
c) A equipa multidisciplinar de apoio socioeducativo;
2 — As atividades a que refere o número anterior devem d) Outros serviços organizados pela unidade orgânica,
ser desenvolvidas na componente não letiva de estabeleci- nomeadamente no âmbito da ação social escolar, da orga-
mento do professor tutor, sem direito a gratificação. nização de salas de estudo e de atividades de complemento
3 — [Revogado.] curricular.
4 — [Revogado.]
5 — [Revogado.] Artigo 95.º
6 — [Revogado.] Serviço de psicologia e orientação
1 — O serviço de psicologia e orientação da escola é
Artigo 92.º
o serviço especializado de apoio educativo ao qual com-
Coordenação de ano, de ciclo ou de curso pete:
1 — A coordenação pedagógica de cada ano, ciclo ou a) Promover a orientação e o aconselhamento vocacio-
curso tem por finalidade a articulação das atividades das nal dos alunos, mantendo documentação atualizada sobre
Diário da República, 1.ª série — N.º 167 — 30 de agosto de 2013 5417

saídas profissionais, acesso ao ensino superior e outras b) Proceder à avaliação pedagógica das crianças e jovens
matérias relevantes nesse âmbito; com necessidades específicas de educação;
b) Apoiar o desenvolvimento de métodos e hábitos c) Planear programas de intervenção, com base nos
de estudo, promovendo o autoconhecimento dos alunos, planos individuais, executá-los e proceder à sua ava-
nomeadamente ao nível das suas competências e da exi- liação, de acordo com as modalidades de atendimento
gência que a realização de tarefas coloca, dos objetivos que previstas;
pretende alcançar e do conhecimento de procedimentos d) Promover a participação ativa dos docentes do ensino
para a execução da estratégia; regular e dos pais na elaboração, execução e avaliação dos
c) Realizar ações de apoio psicopedagógico, nomeada- programas individuais;
mente na deteção precoce de fatores de risco educativo e e) Fazer o levantamento das necessidades e valências
na operacionalização de medidas preventivas; locais e manter organizados e atualizados os processos dos
d) Conduzir a avaliação psicológica dos alunos e a ava- alunos, bem como o registo de dados estatísticos, relativos
liação especializada para efeitos de despiste e determinação às crianças e jovens apoiados, ou a apoiar, e dos recursos
da existência de necessidades educativas especiais; humanos e materiais disponíveis;
e) Colaborar com o núcleo de educação especial no f) Prestar serviços de aconselhamento a pais, a edu-
despiste, avaliação e acompanhamento dos alunos com cadores e à comunidade em geral sobre a problemática
necessidades educativas especiais; da educação especial e cooperar com outros serviços
f) Apoiar a unidade orgânica e a comunidade educativa locais, designadamente da saúde, da segurança social, do
em matérias de psicologia e de orientação vocacional; emprego, autarquias e instituições particulares de solida-
g) Colaborar com os restantes órgãos, estruturas e ser- riedade social;
viços da unidade orgânica em matérias de natureza psico- g) Implementar as orientações recebidas, dar parecer
pedagógica e de orientação vocacional; sobre matérias relativas ao âmbito da sua atividade e propor
h) Exercer outras funções que por lei, regulamento ou ações de formação contínua;
regulamento interno lhe sejam atribuídas. h) Participar nos conselhos de núcleo, conselhos de
turma e outras reuniões escolares, no sentido de contribuir
2 — Integram o serviço de psicologia e orientação da para o esclarecimento e para a solução de problemas rela-
unidade orgânica: tivos a alunos com necessidades educativas especiais;
a) Os psicólogos que prestem serviço na unidade orgâ- i) Organizar e executar programas de pré-
nica; -profissionalização e formação profissional, bem como
b) O pessoal docente e não docente que, por decisão do promover a integração familiar, social e profissional das
conselho executivo, seja afeto a esse serviço. crianças e jovens com necessidades educativas espe-
ciais.
3 — Quando exista pessoal docente afeto total ou par-
cialmente ao serviço de psicologia e orientação, as horas 3 — O núcleo de educação especial integra:
que lhe estejam atribuídas são consideradas como serviço
a) Os psicólogos que prestem serviço na escola;
não letivo integrado no regime de apoio educativo aos
alunos da escola, não relevando para qualquer dos efeitos b) Os docentes especializados colocados nos lugares
do presente diploma. afetos ao núcleo de educação especial;
4 — O pessoal afeto ao serviço de psicologia e orien- c) Outros docentes afetos pelo conselho executivo, total
tação participa, sempre que solicitado pelo conselho exe- ou parcialmente, ao apoio dos alunos com necessidades
cutivo ou pelo presidente do conselho pedagógico, nas educativas especiais;
reuniões do conselho pedagógico, do conselho de turma d) Os técnicos e o restante pessoal não docente que lhe
ou do conselho de núcleo. seja afeto pelo conselho executivo.
5 — Quando na escola exista um psicólogo, compete-
-lhe coordenar o serviço de psicologia e orientação. 4 — O núcleo de educação especial é coordenado
6 — Quando na escola preste serviço mais do que um por um dos docentes ou técnicos superiores que o inte-
psicólogo, cabe ao conselho executivo designar, de entre gram, para tal nomeado pelo presidente do conselho
eles, o coordenador. executivo.
5 — O coordenador de núcleo de educação especial
Artigo 96.º tem direito a uma gratificação de 10 % do valor corres-
Núcleo de educação especial pondente ao índice 108 da escala indiciária da carreira
dos educadores de infância e dos professores dos ensinos
1 — O núcleo de educação especial é um serviço espe- básico e secundário como compensação da itinerância
cializado de apoio educativo da escola ao qual cabe con- efetuada, não lhes sendo devido abono de ajudas de custo
tribuir para o despiste, o apoio e o encaminhamento das para o efeito.
crianças e jovens com necessidades educativas especiais, 6 — Quando o coordenador de núcleo de educação
desenvolvendo a sua ação nos domínios do apoio psicope- especial não seja docente tem direito à gratificação mensal
dagógico a alunos e docentes, tendo em vista a promoção que, nos termos do número anterior, lhe corresponderia
do sucesso escolar e da igualdade de oportunidades para caso fosse docente.
os alunos com necessidades educativas especiais. 7 — O pessoal que integra o núcleo de educação espe-
2 — São atribuições do núcleo de educação especial, cial participa nas reuniões do conselho de núcleo dos esta-
entre outras: belecimentos onde presta serviço, devendo, sempre que
a) Assegurar o cumprimento da escolaridade obriga- solicitado pelo conselho executivo ou pelo presidente do
tória das crianças e jovens com necessidades educativas conselho pedagógico, participar, sem direito a voto, nas
especiais; reuniões do conselho pedagógico.
5418 Diário da República, 1.ª série — N.º 167 — 30 de agosto de 2013

Artigo 97.º cionamento dos serviços especializados de apoio educativo


Equipa multidisciplinar de apoio socioeducativo
consta do regulamento interno, no qual se estabelece a
sua articulação com outros serviços locais que prossigam
1 — A equipa multidisciplinar de apoio socioeduca- idênticas finalidades.
tivo é apoiada diretamente pelo núcleo de ação social da 2 — Para a organização, acompanhamento e avaliação
unidade orgânica e tem por objetivo executar as políticas das suas atividades, a unidade orgânica pode fazer intervir
de combate à exclusão social e de apoio socioeducativo outros parceiros ou especialistas em domínios que consi-
aos alunos. dere relevantes para o processo de desenvolvimento e de
2 — Compete à equipa multidisciplinar de apoio socio- formação dos alunos, designadamente no âmbito da saúde
educativo, nomeadamente: e da segurança social.
a) Elaborar o plano integrado de combate à exclusão
social e de prevenção do abandono escolar e coordenar a Artigo 99.º
sua execução; Bibliotecas escolares
b) Apreciar as candidaturas aos benefícios de ação social
escolar e zelar pela correta atribuição e uso dos recursos 1 — A gestão das bibliotecas escolares cabe ao conselho
para esse fim postos à sua disposição; executivo.
c) Criar mecanismos destinados a apoiar os alunos e 2 — A biblioteca escolar de cada unidade orgânica é
os seus agregados familiares com vista à diminuição da constituída por todos os fundos, incluindo fonogramas,
exclusão social e à promoção do sucesso escolar; videogramas e software educacional existente nos esta-
d) Acompanhar e dirigir a aplicação das medidas de belecimentos de educação e de ensino que nela estejam
ação social escolar; integrados, podendo os mesmos estar distribuídos pelas
e) Sugerir ao conselho executivo as medidas que enten- diferentes bibliotecas ou mediatecas neles existentes.
der necessárias para uma melhor utilização dos meios de 3 — São os seguintes os tipos de bibliotecas escola-
ação social escolar; res:
f) Propor às secretarias regionais competentes em matéria a) Bibliotecas gerais — biblioteca/mediateca existente
de educação e de ação social as medidas que entender neces- no edifício sede da unidade orgânica, onde são disponi-
sárias à melhoria dos apoios socioeducativos aos alunos. bilizadas as obras de interesse geral e onde é mantido
o catálogo geral das obras disponíveis, no conjunto dos
3 — A equipa tem a seguinte composição: fundos existentes;
a) O membro do conselho executivo, responsável pela b) Bibliotecas especializadas — biblioteca/mediateca
gestão dos apoios socioeducativos, que presidirá; contendo fundos destinados, prioritariamente, ao uso de
b) Um dos psicólogos que preste apoio à escola; grupos específicos da comunidade escolar ou contendo
c) Um técnico superior de serviço social, designado pela obras que, pela sua raridade ou tipo, devam integrar um
coordenação local do Instituto de Ação Social; fundo reservado que, apesar de incluído no catálogo geral,
d) Um enfermeiro ou outro técnico de saúde, designado pode o seu uso ser objeto de restrição a fixar pelo conselho
pelo centro de saúde do concelho onde se situe a escola; executivo;
e) Um representante de cada instituição particular de c) Biblioteca/mediateca de núcleo — fundo destinado a
solidariedade social ou da Santa Casa da Misericórdia que atender às necessidades específicas de um núcleo escolar
participe em projetos da unidade orgânica ou tenha com ou de uma área especializada que, apesar de incluído no
ela celebrado protocolo; catálogo geral, pode estar localizado noutro estabeleci-
f) Um representante da associação de pais ou encarre- mento ou entregue à guarda de responsável pelo departa-
gados de educação; mento ou núcleo escolar respetivo.
g) O técnico de ação social escolar e os docentes afetos
ao núcleo de ação social escolar; 4 — As escolas básicas integradas devem criar meca-
h) Até três membros a designar pela assembleia da uni- nismos de circulação dos seus fundos de forma a permitir,
dade orgânica. em condições de igualdade, o acesso aos mesmos pelos
alunos e docentes de todos os seus estabelecimentos de
4 — O núcleo de ação social escolar integra o técnico educação e de ensino.
de ação social da unidade orgânica e o pessoal docente e 5 — Para efeitos do disposto no número anterior deve
não docente que lhe seja afeto pelo conselho executivo. existir um registo centralizado de todas as obras dispo-
5 — Compete ao coordenador da equipa superintender níveis, nos diversos estabelecimentos de educação e de
o funcionamento do núcleo de ação social escolar. ensino, procedendo-se periodicamente à sua permuta entre
6 — O regulamento interno estabelece as normas neces- eles, por forma a maximizar o acesso às obras, indepen-
sárias ao funcionamento da equipa e a duração do mandato dentemente da sua origem.
dos seus membros. 6 — O acesso às bibliotecas escolares é garantido a
7 — Quando exista pessoal docente afeto total ou par- todos os leitores que o pretendam fazer, estejam ou não
cialmente ao núcleo de ação social escolar, as horas que integrados na comunidade escolar, ficando estes apenas
lhe estejam atribuídas são consideradas como serviço não sujeitos às regras de identificação e de horário que sejam
letivo, integrado no regime de apoio educativo aos alunos. fixadas.
7 — Sem prejuízo do disposto no número anterior,
Artigo 98.º exceto em casos excecionais a autorizar pelo presidente
Funcionamento dos serviços especializados
do conselho executivo, o serviço de empréstimo, quando
exista, é restrito aos membros da comunidade educativa.
1 — Sem prejuízo das atribuições genéricas que lhe 8 — Quando uma obra não esteja disponível numa
estão legalmente cometidas, o modo de organização e fun- biblioteca escolar, pode a mesma ser requisitada para
Diário da República, 1.ª série — N.º 167 — 30 de agosto de 2013 5419

empréstimo entre bibliotecas a outra biblioteca escolar Artigo 104.º


ou a qualquer das bibliotecas públicas regionais. Impedimentos
9 — A definição da política de aquisições de cada biblio-
teca escolar é competência do conselho executivo da uni- 1 — O pessoal docente e não docente a quem tenha
dade orgânica, o qual as autoriza através do fundo escolar sido aplicada pena disciplinar superior a repreensão não
e das verbas para tal incluídas no orçamento corrente. pode ser eleito ou designado para os órgãos e estruturas
previstos no presente regime jurídico nos dois, três ou cinco
Artigo 100.º anos posteriores ao cumprimento da pena ou ao termo do
Gestão de instalações específicas
prazo de suspensão da mesma, consoante lhe tenha sido
aplicada, respetivamente, pena de multa, de suspensão ou
1 — A gestão das instalações específicas da unidade de inatividade, exceto se tiver sido reabilitado nos termos
orgânica, incluindo as desportivas e as laboratoriais, as legais.
bibliotecas escolares, as mediatecas e outras estruturas 2 — Os alunos a quem tenha sido aplicada sanção dis-
similares, é assegurada diretamente pelo conselho exe- ciplinar igual ou superior à da exclusiva competência do
cutivo, podendo este delegar tais funções num dos seus presidente do conselho executivo não podem ser eleitos
assessores ou num funcionário não docente com perfil ou designados para os órgãos e estruturas previstos no
adequado. presente regime jurídico nos dois anos seguintes ao termo
2 — Apenas quando a gestão de uma instalação espe- do cumprimento da sanção.
cífica assuma uma forte componente técnico-pedagógica
pode ser entregue a um docente. Artigo 105.º
Regimento
SECÇÃO VII
1 — Os órgãos colegiais de administração e gestão e as
Disposições comuns estruturas de orientação educativa previstos no presente
regime jurídico elaboram os seus próprios regimentos,
Artigo 101.º nos termos fixados na lei e no presente regime jurídico e
Responsabilidade em conformidade com o regulamento interno da unidade
orgânica, definindo as respetivas regras de organização e
1 — No exercício das respetivas funções, os membros de funcionamento, incluindo formas de votação.
dos órgãos, estruturas e serviços previstos no presente 2 — O regimento é elaborado ou revisto nos trinta dias
regime jurídico respondem perante a administração edu- úteis posteriores à constituição do órgão ou estrutura,
cativa nos termos gerais de direito. devendo ser entregue ao conselho executivo junto com
2 — Os presidentes e coordenadores dos órgãos, estru- cópia da ata de onde conste a sua aprovação.
turas e serviços previstos no presente regime jurídico dis-
3 — Sempre que o regulamento interno o preveja, o
põem de voto de qualidade.
conselho pedagógico pode consagrar no seu regimento
3 — Nas deliberações não é permitida a abstenção,
as regras de organização e funcionamento das estruturas
podendo ser lavradas declarações de voto.
de orientação educativa e dos serviços especializados de
4 — De todas as reuniões será lavrada ata, a qual é
apoio.
assinada no fim de cada reunião.

Artigo 102.º CAPÍTULO V


Processo eleitoral Clubes escolares
1 — Sem prejuízo do disposto no presente regime jurí-
dico, as disposições referentes aos processos eleitorais para Artigo 106.º
os órgãos de administração e gestão, para a coordenação Criação e âmbito
de estabelecimento e, quando for caso disso, para as estru-
turas de orientação educativa, constam do regulamento 1 — Com o objetivo de propiciar aos alunos oportu-
interno. nidades de desenvolver atividades extracurriculares e de
2 — As assembleias eleitorais são convocadas pelo pre- complemento curricular de natureza cultural, artística
sidente, em exercício de funções, do órgão a que respeitam ou desportiva, podem as unidades orgânicas criar clubes
ou por quem legalmente o substitua. escolares.
3 — Os processos eleitorais realizam-se por sufrágio 2 — Os clubes escolares são criados mediante a apro-
direto, secreto e presencial. vação dos respetivos estatutos pela assembleia, ouvido o
4 — Os resultados dos processos eleitorais para a assem- conselho pedagógico.
bleia, para o conselho executivo e para o coordenador de 3 — Quando a unidade orgânica pretenda a participação
estabelecimento produzem efeitos no dia seguinte ao da dos clubes escolares em enquadramentos associativos ou
tomada de posse dos mesmos. outros que exijam a posse de personalidade jurídica pró-
pria, devem aqueles proceder à sua obtenção nos termos
Artigo 103.º legais aplicáveis.
4 — Apenas podem ser considerados clubes escolares
Mandatos de substituição
aqueles que aceitem sem restrições a inscrição de alunos
Os titulares dos órgãos e estruturas previstos no presente da unidade orgânica e tenham como dirigentes alunos,
regime jurídico, em substituição de anteriores titulares, ter- docentes e outros membros da comunidade educativa.
minam os seus mandatos na data prevista para a conclusão 5 — Sem prejuízo dos apoios específicos que lhe
do mandato dos membros substituídos. sejam concedidos pela unidade orgânica e pela adminis-
5420 Diário da República, 1.ª série — N.º 167 — 30 de agosto de 2013

tração regional autónoma, os clubes escolares, quando 5 — Para aceder ao regime de apoios específicos a que
regularmente constituídos, beneficiam, em igualdade de se refere o número anterior, o clube desportivo escolar deve
circunstâncias com as restantes entidades associativas, satisfazer, cumulativamente, os seguintes requisitos:
do regime de apoio por parte da administração regional
autónoma fixado para as áreas da cultura, do desporto e a) Estar sedeado na unidade orgânica;
da juventude. b) Desenvolver atividades preferencialmente orientadas
6 — Os clubes escolares são agrupados em: por docentes;
c) Os seus associados serem maioritariamente alunos,
a) Clubes culturais escolares; docentes, pessoal não docente e pais ou encarregados de
b) Clubes desportivos escolares. educação.

7 — O conselho executivo garante que as atividades


desenvolvidas pelos coordenadores de cada clube esco- CAPÍTULO VI
lar integram a componente não letiva de estabelecimento
dos docentes, decorrendo designadamente nas duas horas Desporto escolar
destinadas ao acompanhamento de alunos, sem direito a
gratificação. Artigo 109.º
8 — [Revogado.] Âmbito
Artigo 107.º O desporto escolar desenvolve-se em todas as unidades
Clubes culturais escolares orgânicas e deve abranger todos os ciclos, níveis e moda-
lidades de ensino.
São clubes culturais escolares aqueles que se destinam
ao desenvolvimento de atividades de âmbito cultural e
recreativo, nomeadamente o desenvolvimento das seguin- Artigo 110.º
tes atividades: Desenvolvimento
a) Funcionamento de filarmónicas, bandas e outros 1 — O desporto escolar desenvolve-se em quatro níveis
agrupamentos musicais; de participação:
b) Teatro, folclore e outras formas de dança;
c) Artes plásticas; a) No primeiro nível, nas atividades desportivas esco-
d) Atividades disciplinares ou a elas conexas, designa- lares;
damente as línguas; b) No segundo nível, nos jogos desportivos escolares;
e) O jornalismo, a escrita, a leitura, o debate cívico, a c) No terceiro nível, em atividades físicas e desportivas
produção radiofónica e televisiva, a produção multimédia com ou sem enquadramento federado;
e atividades similares; d) No quarto nível, a participação nas atividades de
f) A astronomia, o radioamadorismo, o colecionismo, a desporto escolar nacional e internacional.
informática, as tecnologias da informação e comunicação
e outras atividades de caráter tecnológico e científico. 2 — As formas de participação e as atividades a desen-
volver devem ser adequadas ao nível etário, às compe-
Artigo 108.º tências físicas e desportivas e às características dos par-
Clubes desportivos escolares ticipantes.
3 — A participação dos alunos e o desenvolvimento
1 — São clubes desportivos escolares aqueles que se das atividades desportivas é feito sob a direta supervisão
dedicam à promoção de atividades físicas e desportivas, técnico-pedagógica de docentes habilitados.
nomeadamente: 4 — A articulação das atividades a nível regional, nacio-
a) Atividades competitivas com enquadramento nas nal e internacional cabe aos serviços competentes em maté-
federações dotadas de estatuto de utilidade pública des- ria de desporto da administração regional autónoma e às
portiva; respetivas associações e federações de modalidade.
b) O xadrez e jogos similares;
c) Atividades de exploração da natureza e de aven- Artigo 111.º
tura; Atividades desportivas escolares
d) Atividades rítmicas e expressivas.
1 — As atividades desportivas escolares organizam-se
2 — Os clubes desportivos escolares optam pelo modelo e desenvolvem-se em cada estabelecimento de educação e
de organização que mais se ajuste à sua realidade e à da de ensino, ou agrupamentos de estabelecimentos de edu-
unidade orgânica onde se insiram e que melhor promova cação e de ensino de uma mesma unidade orgânica, sob
os seus objetivos. a responsabilidade direta dos seus órgãos de administra-
3 — As suas atividades são da responsabilidade dos seus ção e gestão, de acordo com as normas aplicáveis e com
dirigentes e podem desenvolver-se com ou sem enquadra- um projeto específico a aprovar pelo conselho executivo,
mento federativo. ouvido o conselho pedagógico.
4 — Sem prejuízo dos apoios específicos que lhe sejam 2 — Na preparação dos respetivos horários de funciona-
concedidos pela unidade orgânica, os clubes desportivos mento, as unidades orgânicas do sistema educativo devem
escolares beneficiam por parte da administração regional prever os tempos necessários ao desenvolvimento das
autónoma de um regime de apoios específico a aprovar por atividades desportivas escolares, coordenando-as com a
portaria do membro do Governo Regional competente em disponibilidade de instalações desportivas, dos transportes
matéria de desporto. escolares e dos horários escolares.
Diário da República, 1.ª série — N.º 167 — 30 de agosto de 2013 5421

3 — Para os efeitos do disposto no número anterior, 3 — O Conselho Regional do Desporto Escolar tem a
sempre que possível devem ser considerados períodos de seguinte composição:
tempo específicos, coordenando a sua existência com os
a) O diretor regional competente em matéria de des-
estabelecimentos vizinhos, de forma a facilitar a atividade
porto, que preside;
e o intercâmbio desportivo.
4 — As atividades de primeiro nível são desenvolvi- b) O representante da Região no Conselho Nacional do
das de modo a assegurar a participação dos alunos que Desporto Escolar;
o desejem, devendo ser promovido o desporto adaptado c) Um representante do diretor regional competente em
quando existam na unidade orgânica alunos portadores matéria de educação;
de deficiência. d) O coordenador do desporto escolar de cada unidade
orgânica do sistema educativo ou, quando não exista, o
presidente do conselho executivo ou quem o represente;
Artigo 112.º e) Um representante de cada estabelecimento de ensino
Jogos desportivos escolares que funcione com paralelismo pedagógico;
f) Um representante de cada escola profissional onde
Os jogos desportivos escolares desenvolvem-se com esteja em funcionamento um programa de desporto esco-
a participação de toda a comunidade educativa, segundo lar.
os modelos organizativos e competitivos para tal fixados.
Estes têm o objetivo de proporcionar a participação dos 4 — O Conselho Regional do Desporto Escolar reúne
jovens em competição formal e de contribuir para a apro- pelo menos uma vez por ano escolar e sempre que convo-
ximação às comunidades onde as unidades orgânicas se cado pelo seu presidente, por sua iniciativa ou a pedido
inserem. de pelo menos metade dos seus membros em efetividade
de funções.
Artigo 113.º 5 — O Conselho Regional do Desporto Escolar aprova
Inserção do desporto escolar na unidade orgânica o seu regimento, podendo este contemplar a existência
de comissões especializadas, sendo os relatórios dessas
1 — O desporto escolar organiza-se na unidade orgânica comissões apreciados na reunião plenária subsequente à
sob a responsabilidade do conselho executivo, sendo opera- sua conclusão.
cionalizado diretamente pelo estabelecimento de educação 6 — Os membros do Conselho Regional do Desporto
e de ensino através do departamento curricular onde se Escolar que não sejam funcionários ou agentes da admi-
insira a educação física, no que se refere aos primeiros nistração regional autónoma beneficiam do mesmo regime
dois níveis de desenvolvimento, e através dos seus clubes de fornecimento de transporte, alojamento e ajudas de
desportivos escolares, nos restantes níveis. custo fixado para aqueles funcionários, no escalão mais
2 — Para os efeitos do disposto no número anterior, o elevado.
regulamento interno da unidade orgânica pode prever a
existência de um coordenador do desporto escolar, eleito
de entre os docentes de educação física, estabelecendo o CAPÍTULO VII
processo para a sua eleição.
3 — Quando exista, compete ao coordenador do des- Participação dos pais e alunos
porto escolar coordenar as atividades desportivas nos
estabelecimentos de educação e de ensino e estabelecer Artigo 115.º
a ligação entre estes, as diversas entidades do sistema Princípio geral
desportivo e as demais unidades orgânicas.
4 — Quando o coordenador do desporto escolar não Aos pais e alunos é reconhecido o direito de participação
exista, as tarefas referidas no número anterior cabem a um na vida da escola, nos termos do presente regime e demais
dos membros do órgão executivo ou assessor, a designar legislação aplicável.
pelo presidente do conselho executivo.
Artigo 116.º
Artigo 114.º Representação

Conselho Regional do Desporto Escolar 1 — O direito de participação dos pais na vida da escola
processa-se de acordo com o disposto no Decreto-Lei
1 — O desporto escolar tem como estrutura consultiva n.º 372/90, de 27 de novembro, com as alterações intro-
o Conselho Regional do Desporto Escolar. duzidas pelo Decreto-Lei n.º 80/99, de 16 de março, Lei
2 — Compete ao Conselho Regional do Desporto Esco- n.º 29/2006, de 4 de julho, e Lei n.º 40/2007, de 24 de
lar:
agosto, e concretiza-se através da organização e da cola-
a) Participar na definição das orientações gerais para o boração em iniciativas visando a promoção da melhoria
desenvolvimento do desporto escolar; da qualidade e da humanização das escolas, em ações
b) Propor iniciativas, ações e projetos que possam con- motivadoras de aprendizagens e da assiduidade dos alunos
tribuir para o desenvolvimento do desporto escolar; e em projetos de desenvolvimento socioeducativo.
c) Emitir parecer sobre o plano anual de atividades na 2 — O direito à participação dos alunos na vida da
área do desporto escolar e correspondente orçamento; escola concretiza-se, para além do disposto no presente
d) Emitir parecer sobre os relatórios de atividades no regime jurídico e demais legislação aplicável, designa-
âmbito do desporto escolar; damente através dos delegados de turma, da assembleia
e) Pronunciar-se sobre as matérias que lhe sejam pro- de delegados de turma e das assembleias de alunos, em
postas pelo seu presidente. termos a definir no regulamento interno.
5422 Diário da República, 1.ª série — N.º 167 — 30 de agosto de 2013

3 — A definição dos períodos em que os encarrega- Artigo 127.º


dos de educação ou os seus representantes participam Exercício de funções pelo diretor do centro de formação
na vida da escola deve ser precedida de audição dos
mesmos. [Revogado.]
4 — Para efeitos de participação nas atividades da
escola o presidente da direção das associações de pais Artigo 128.º
e encarregados de educação goza do mesmo estatuto, Apoio técnico
quanto a dispensa da atividade laboral, que os presidentes
da direção das instituições particulares de solidariedade [Revogado.]
social.
CAPÍTULO IX
CAPÍTULO VIII Conselho Coordenador do Sistema Educativo
Associações de escolas
Artigo 129.º
Artigo 117.º Competências
Constituição e extinção Com o objetivo de acompanhar e coordenar o funcio-
[Revogado.] namento do sistema educativo e de acompanhar o desen-
volvimento da política educativa funciona o Conselho
Artigo 118.º Coordenador do Sistema Educativo, ao qual compete:

Adesão e abandono
a) Coordenar o funcionamento do sistema educativo,
criando condições para a coerência e uniformidade de
[Revogado.] critérios pedagógicos e administrativos entre as suas uni-
dades orgânicas;
Artigo 119.º b) Acompanhar e avaliar o funcionamento do regime de
Centros de formação das associações de escolas
autonomia, administração e gestão das unidades orgânicas
do sistema educativo;
[Revogado.] c) Acompanhar o processo de avaliação interna e externa
das unidades orgânicas e a realização de provas aferidas e
Artigo 120.º instrumentos de avaliação similares;
d) Aprovar as normas orientadoras da elaboração anual
Objetivos dos centros de formação
dos calendários escolares, no respeito pelo legal e regula-
[Revogado.] mentarmente fixado;
e) Pronunciar-se sobre a carta escolar e outros docu-
Artigo 121.º mentos orientadores do desenvolvimento do sistema edu-
cativo;
Competências dos centros de formação f) Apreciar o regulamento de gestão administrativa e
[Revogado.] pedagógica de alunos e os regulamentos de avaliação dos
alunos e de funcionamento pedagógico das escolas;
Artigo 122.º g) Avaliar as necessidades de pessoal docente e não
docente das escolas e propor as medidas que considere
Gestão financeira necessárias;
[Revogado.] h) Apreciar os orçamentos das unidades orgânicas e as
normas a seguir na sua preparação;
Artigo 123.º i) Analisar as necessidades globais de formação contínua
do sistema educativo e acompanhar a realização das ações
Estruturas de direção e gestão que se mostrem necessárias;
[Revogado.] j) Apreciar as matérias referentes ao funcionamento da
ação social escolar, nomeadamente o funcionamento das
Artigo 124.º redes de transporte escolar;
l) Apreciar outras matérias que lhe sejam propostas pelo
Assembleia geral seu presidente ou por qualquer dos seus membros.
[Revogado.]
Artigo 130.º
Artigo 125.º Composição
Comissão pedagógica 1 — O Conselho Coordenador do Sistema Educativo
[Revogado.] é composto por:
a) O membro do Governo Regional competente em
Artigo 126.º matéria de educação, que preside;
Diretor do centro de formação
b) O diretor regional competente em matéria de edu-
cação;
[Revogado.] c) O inspetor regional de Educação;
Diário da República, 1.ª série — N.º 167 — 30 de agosto de 2013 5423

d) O representante da Região no Conselho Nacional sociais com vista à articulação da política educativa com
de Educação; outras políticas sociais, nomeadamente em matéria de
e) Os diretores de serviços da direção regional compe- apoio socioeducativo, de organização de atividades de
tente em matéria de educação; complemento curricular e de horário e rede dos transportes
f) Os presidentes do conselho executivo de todas as escolares.
unidades orgânicas do sistema educativo público, incluindo Artigo 134.º
as escolas profissionais públicas;
g) Um representante de cada uma das escolas profissio- Iniciativa
nais que mantenham cursos de formação inicial; 1 — A constituição dos conselhos locais de educação
h) Um representante de cada instituição de ensino do terá como base territorial os municípios, podendo, por
setor particular e cooperativo que funcione em regime de decisão das autarquias envolvidas, abranger agrupamen-
paralelismo pedagógico; tos de conselhos que partilhem uma estrutura educativa
i) [Revogada.] comum.
j) Um representante das associações de pais e encar- 2 — A iniciativa de implementação de cada conselho
regados de educação, por elas designado de entre os seus local de educação compete à câmara municipal respetiva,
dirigentes; ouvida a assembleia municipal.
l) Um representante de cada uma das associações sin- 3 — Nos casos previstos no n.º 1 do presente artigo a
dicais do pessoal docente e não docente que detenha mais iniciativa de implementação do conselho local de edu-
de cem associados a prestar serviço no sistema educativo cação compete ao município onde se localiza a estrutura
regional; educativa comum.
m) Um representante do sindicato dos Inspetores da Artigo 135.º
Educação e do Ensino;
n) O presidente da federação das associações de estu- Constituição
dantes dos Açores. 1 — Por cada município abrangido, os conselhos locais
de educação terão a seguinte constituição:
2 — Podem ainda participar no Conselho, sem direito a
voto, representantes das direções regionais com competên- a) O presidente da câmara municipal, ou um seu repre-
cias em matéria da juventude, do desporto e do emprego, sentante;
bem como os técnicos e pessoal não docente que o pre- b) Três membros da assembleia municipal, eleitos
sidente considere necessários em função das matérias a segundo o método da média mais alta de Hondt;
debater e o coordenador da pastoral escolar de qualquer c) Um presidente de junta de freguesia, por cada dez
confissão religiosa da qual exista em funcionamento a freguesias, ou fração, a designar pela assembleia muni-
disciplina de Educação Moral e Religiosa nas escolas cipal;
públicas. d) Um representante de cada uma das santas casas da
misericórdia existentes no concelho;
Artigo 131.º e) Um representante das instituições particulares de
solidariedade social que exerçam atividade no concelho;
Funcionamento f) O presidente do conselho executivo de cada unidade
1 — O Conselho Coordenador reúne pelo menos uma orgânica do sistema educativo que sirva o concelho;
vez por ano escolar e sempre que convocado pelo seu g) O responsável por cada uma das escolas profissionais
presidente. existentes no concelho;
2 — O Conselho Coordenador aprova o seu regi- h) Os presidentes das associações de pais das escolas
mento. que sirvam o concelho;
3 — [Revogado.] i) Os presidentes das associações de estudantes das
escolas que sirvam o concelho;
Artigo 132.º j) Um representante do movimento associativo despor-
tivo existente no concelho;
Comissões l) Até cinco personalidades de reconhecida competência
1 — O Conselho Coordenador do Sistema Educativo e empenhamento na área da educação, cooptadas pelos
pode funcionar em comissões, nos termos que forem defi- restantes membros do conselho.
nidos no regimento.
2 — As comissões podem ser permanentes ou criadas 2 — O mandato dos membros do conselho local de
em função dos temas a tratar. educação expira com o termo do mandato da câmara muni-
3 — Os relatórios das comissões são debatidos e apro- cipal respetiva.
vados pelo plenário do Conselho. 3 — Quando um conselho local de educação abranger
mais do que um concelho, o seu mandato termina com o
termo do mandato de uma qualquer das câmaras municipais
CAPÍTULO X que o integrem.
Conselhos locais de educação Artigo 136.º
Competências
Artigo 133.º Ao conselho local de educação compete designada-
Criação e âmbito mente:
Com base na iniciativa do município, são criadas estru- a) Eleger, de entre os seus membros, um presidente, o
turas de participação dos diversos agentes e parceiros qual dispõe de voto de qualidade;
5424 Diário da República, 1.ª série — N.º 167 — 30 de agosto de 2013

b) Promover o envolvimento comunitário nas tarefas Artigo 139.º


de educação e promover um maior entrosamento entre as Condições de exercício de funções
escolas e a sociedade civil;
c) Apreciar, por iniciativa própria ou a solicitação dos 1 — Sem prejuízo do disposto no presente diploma,
órgãos de tutela do setor educativo, quaisquer matérias o regulamento interno fixa, para todos os cargos em que
atinentes ao funcionamento local do setor educativo; não esteja fixada a gratificação, o número de horas de
d) Pronunciar-se sobre as características das infraes- serviço semanal, da respetiva componente não letiva, a
truturas escolares, planos de investimento e carta esco- atribuir a cada cargo de coordenação existente na unidade
lar; orgânica.
e) Colaborar na elaboração dos sistemas de apoio socio- 2 — As horas de serviço semanal, a que se refere o
educativo, organização de atividades de complemento número anterior, integram a componente não letiva do
curricular e da rede e horários do transporte escolar; horário do docente e destinam-se exclusivamente a permitir
f) Pronunciar-se sobre o horário de funcionamento das a coordenação do funcionamento das estruturas de orien-
escolas, nomeadamente sobre o prolongamento de horário tação educativa e dos serviços de apoio educativo.
na educação pré-escolar e sobre a tipologia e horário dos 3 — O exercício das funções de diretor de turma confere
ao docente o direito a uma gratificação ou, em alternativa, a
centros de atividades de tempos livres;
uma redução de duas horas na sua componente letiva semanal.
g) Pronunciar-se sobre a criação e extinção de escolas 4 — A gratificação referida no número anterior é fixada
profissionais e sobre a criação e funcionamento de cursos em 5 % do valor correspondente ao índice 108 da escala
de formação profissional; indiciária da carreira dos educadores de infância e dos
h) Pronunciar-se sobre a distribuição de alunos entre professores dos ensinos básico e secundário por cada dez
unidades orgânicas e sobre as áreas servidas por cada alunos ou fração.
uma; 5 — Beneficiam de uma gratificação de 10 % do valor
i) Pronunciar-se sobre a rede de creches e seu funcio- correspondente ao índice 108 da escala indiciária da car-
namento; reira dos educadores de infância e dos professores dos
j) Aprovar o seu regimento. ensinos básico e secundário, a pagar nos meses de setembro
a julho, inclusive, os docentes que exerçam qualquer dos
Artigo 137.º seguintes cargos:
Periodicidade a) [Revogada.]
b) Coordenador de departamento curricular, a que se
1 — O conselho local de educação reúne ordinariamente refere o artigo 88.º;
uma vez por ano escolar e, extraordinariamente, sempre c) Coordenador de conselhos de diretores de turma, a
que convocado pelo respetivo presidente, por sua iniciativa, que se refere o artigo 93.º
a requerimento de um terço dos membros ou a solicitação
dos presidentes de câmara municipal. 6 — As gratificações previstas no artigo 84.º e no n.º 4
2 — O conselho reúne em plenário ou por comissões, do presente artigo são acumuláveis com a gratificação a
nos moldes a definir no seu regimento. que se refere a alínea b) do n.º 5.
7 — O abono das gratificações previstas pelo exer-
cício de cargos nos órgãos de gestão e administração e
nas estruturas de gestão intermédia depende do exercício
CAPÍTULO XI efetivo de funções.
Disposições finais e transitórias 8 — Nas situações em que se verifique o impedimento
do titular para o exercício de cargos a que se refere o
Artigo 138.º número anterior por períodos que se prevejam superiores
a trinta dias, pode o presidente do conselho executivo
Estruturas de apoio ao sistema educativo designar um substituto que reúna os requisitos para o exer-
1 — Para além dos órgãos e serviços de âmbito esco- cício do cargo.
lar previstos nos artigos 82.º a 100.º do presente regime 9 — A substituição cessará na data em que o titular
retorne funções, tendo o substituto direito à gratificação
jurídico podem, por decreto regulamentar regional, ser
atribuída ao cargo que desempenha.
criadas outras estruturas de apoio de âmbito regional ou
sub-regional, integradas ou não em unidades orgânicas do Artigo 140.º
sistema educativo, destinadas a servir o sistema educativo
Regime subsidiário
em áreas especializadas da sua atividade e na formação do
pessoal docente e não docente. Em matéria de processo aplica-se, subsidiariamente,
2 — As estruturas previstas no número anterior podem, o disposto no Código do Procedimento Administrativo,
entre outras, revestir a forma de: naquilo que não se encontre especialmente regulado no
presente regime jurídico.
a) Centros de recursos especializados no apoio tecno-
lógico à educação; Artigo 141.º
b) Centros de recursos especializados na educação
Aplicação
especial;
c) Centros de formação e inovação na área educativa; 1 — Sem prejuízo do disposto nos números seguin-
d) Centros de apoio ao setor educativo na área da infor- tes, o regime constante do presente diploma aplica-se a
mática, telecomunicações, edição eletrónica e ensino partir do início do ano letivo escolar seguinte ao da sua
mediatizado. publicação.
Diário da República, 1.ª série — N.º 167 — 30 de agosto de 2013 5425

2 — Os membros dos órgãos de administração e gestão se mostre mais conveniente, ouvidos os órgãos de admi-
completam os mandatos para que foram eleitos ou nome- nistração e gestão respetivos.
ados, nos termos do presente diploma. 3 — Até que seja dado cumprimento ao disposto no
3 — Quando por força do presente diploma haja alte- número anterior, o presente diploma aplica-se aos con-
ração da composição de qualquer órgão de administração servatórios regionais.
e gestão, a transição para o regime nele previsto faz-se 4 — As áreas escolares criadas na sequência do Decreto
com o termo do mandato dos titulares em funções à data Legislativo Regional n.º 2/98/A, de 28 de janeiro, são,
da sua entrada em vigor. até à sua extinção e para todos os efeitos do presente
diploma, consideradas agrupamentos de escolas, assu-
Artigo 142.º mindo as características de unidades orgânicas do sistema
educativo.
Revisão do regulamento interno
5 — O pagamento dos subsídios de invalidez e velhice
Na inexistência de alterações legislativas que imponham que foram assegurados pelo extinto Fundo Regional de
a sua revisão antecipada, o regulamento interno pode ser Ação Social Escolar são suportados pelo orçamento regio-
revisto quatro anos após a sua aprovação e extraordina- nal, através das verbas afetas à direção regional competente
riamente, a todo o tempo, por deliberação da assembleia, em matéria de educação.
aprovada por maioria absoluta dos membros em efetividade
de funções. Artigo 145.º
Norma revogatória
Artigo 143.º
Sem prejuízo da sua aplicação transitória, nos termos
Aplicação de legislação
do artigo 141.º do presente diploma, são revogados os
A aplicação à Região Autónoma dos Açores do Regime seguintes diplomas:
Jurídico da Formação Contínua de Professores, aprovado
a) Decreto Legislativo Regional n.º 13/91/A, de 15 de
pelo Decreto-Lei n.º 249/92, de 9 de novembro, com as
novembro;
adaptações que lhe foram introduzidas pela Lei n.º 60/93,
b) Decreto Legislativo Regional n.º 1/98/A, de 24 de
de 20 de agosto, e pelos Decretos-Leis n.os 274/94, de 28
janeiro;
de outubro, 207/96, de 2 de novembro, 155/99, de 10 de
c) Decreto Legislativo Regional n.º 2/98/A, de 28 de
maio, e 15/2007, de 19 de janeiro, faz-se com as seguintes
janeiro;
adaptações:
d) Decreto Legislativo Regional n.º 15/98/A, de 20 de
a) As competências e atribuições do Ministério da agosto;
Educação e do Ministro da Educação são exercidas pelo e) Decreto Legislativo Regional n.º 18/99/A, de 21 de
departamento da administração regional autónoma com- maio;
petente em matéria de educação e pelo respetivo membro f) Decreto Legislativo Regional n.º 11/2003/A, de 27
do Governo Regional; de março;
b) Não são aplicáveis na Região Autónoma dos Açores g) Decreto Regulamentar Regional n.º 16/99/A, de 30
os artigos 18.º a 27.º-B daquele regime jurídico. de novembro;
h) Decreto Regulamentar Regional n.º 23/2002/A, de
Artigo 144.º 30 de agosto;
i) Decreto Regulamentar Regional n.º 26/2002/A, de
Normas transitórias
11 de setembro;
1 — São mantidos o patrono e a denominação dos esta- j) Portaria n.º 8/92, de 27 de fevereiro;
belecimentos de educação e de ensino atribuídos à data de l) Portaria n.º 31/2002, de 20 de março;
entrada em vigor do presente diploma, mesmo quando não m) Portaria n.º 22/2003, de 3 de abril;
respeitem o regime ora criado. n) Portaria n.º 70/2004, de 19 de agosto;
2 — Por decreto regulamentar regional os atuais conser- o) Despacho Normativo n.º 47/94, de 27 de janeiro;
vatórios regionais serão integrados nas escolas em que tal p) Despacho Normativo n.º 163/99, de 29 de julho.

Вам также может понравиться