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O PLANO DE DEUS PARA MISSÕES NA ERA PATRIARCAL E MOSAICA

Gênesis 12.1-3

Após cada crise e falhas sucessivas da queda, do dilúvio e o fiasco da Torre


de Babel, nosso Senhor havia também dado três palavras de graça e
promessa: em Gênesis 3.15; novamente em Gênesis 9.27; e agora em
Gênesis 12.1-3. E enquanto Deus repetidamente abençoara sua criação
com sua palavra de benção em cada um desses tempos de necessidade,
agora quando Ele apresenta esta nova palavra de promessa em Gênesis
12.1-3, Ele repete cinco vezes sua determinação de "abençoar" Abraão, sua
semente e todas as famílias da terra — a palavra e conceito teológicos
dominantes de "bênção" (ou "abençoar") que havia aparecido na era pré-
patriarcal reaparecem uma vez mais.

A despeito dessa oferta repetida no passado, começando com a palavra a


Adão e Eva, com a qual Ele os abençoa, dizendo: "Sejam fecundos e
multiplicai" (Gn 1.28), a humanidade insistiu em buscar significado nos
seus próprios termos, buscando um "nome". Eis a razão pela qual o
anúncio ousado em Gênesis 12.2, no qual Deus declarou que daria
gratuitamente um "nome" a Abrão, foi tão inesperado. Ao invés de ser uma
realização humana, que viria por meio do próprio esforço de Abrão, ela
viria como um presente da graça livre de Deus.

Como e por quê Deus escolheu Abrão como o conduto por meio de
quem esta promessa viria a todos os povos da terra não é discutido no
texto; o fato é que Ele o fez! Este filho de Terá recebeu a ordem de Deus
para deixar sua cidade, Ur dos caldeus, e viajar com seu gado e rebanhos
cerca de 1.770km até uma terra que Deus posteriormente lhe mostraria.
Espantosamente Abrão pegou tudo o que tinha e partiu, indo pela fé e
confiando no fato de que Deus iria lhe dizer o que deveria fazer depois. Ele
não discute com Deus ou faz uma porção de perguntas como alguns dos
líderes em Israel insistirão em fazer.

Deus deu a Abrão uma aliança naquele tempo. Que dizia:

De ti farei uma grande nação E te abençoarei, Farei grande o teu nome, Para
que Tu sejas uma bênção! Abençoarei os que te abençoarem E qualquer que
te amaldiçoar, eu amaldiçoarei; A fim de que todos os povos da terra sejam
abençoados através de ti. (Gênesis 12.2,3).
Três promessas foram feitas a Abrão: (1) Que ele seria uma grande nação,
(2) Que Deus pessoalmente o abençoaria, e (3) Que seu "nome" seria
grande. Mas por que Deus buscaria fazer isto por um indivíduo isolado? A
resposta veio na quarta frase, que traduzi aqui como uma oração de
propósito: "Afim de que tu possas ser uma bênção". Portanto, este homem
não era para ser destacado como um dos favoritos de Deus, a quem este
mimaria com presentes supérfluos! Tudo o que foi dado a Abrão foi um
presente a ser compartilhado para o enriquecimento de outros.
Entretanto, isso ainda não é específico o bastante. Como se processaria
tudo isso e com quem deveria ser compartilhado?

Duas promessas a mais são dadas nas frases que seguem. Elas falam
de duas classes inteiras da humanidade que darão respostas contrárias a
Abrão e ao Deus de Abrão, alguns abençoando e outras amaldiçoando. A
oração de propósito final muda para o tempo perfeito no hebraico para
resumir o propósito chave de toda a aliança da promessa, tão
surpreendentemente oferecida a Abrão. Este propósito era "que todos os
povos da terra possam ser abençoados através de ti" (Gn 12.3).
Esta promessa de uma bênção universal aos "povos" ou às "famílias"
da terra é repetida em Gênesis 18.18; 22.18; 26.4 e 28.14. Em Gênesis 12.3
e 28.14, a expressão hebraica para "todos os povos/famílias" é kôl
mis'pelyôt, uma expressão que é dada na tradução grega do Antigo
Testamento como pasai hai phulai, significando "todas as tribos" na
maioria dos contextos, mas que poderia também representar os lares,
como em Josué 7.14.6 Portanto, a bênção de Deus dada a Abraão teve a
intenção de alcançar grupos menores de pessoas, bem como
agrupamentos políticos maiores das nações. Este último ponto torna-se
claro no fato de que em Gênesis 18.18; 22.18 e 26.4, a expressão hebraica
idêntica é kôl gôyê, "todas as nações", que o grego traduziu como panta ta
ethné, "todas as nações". Uma pátria é um grupo de pessoas, um subgrupo
de uma tribo ou um clã. (Pode ser também congruente com uma tribo ou
clã em sua inteireza). Mas a inclinação de toda a evidência torna muito
claro que o presente de Deus, de uma bênção através da instrumentalidade
de Abraão, deveria ser experimentado pelas nações, clãs, tribos, grupos de
pessoas, e indivíduos. Este presente se destinaria a todos os grupos, do
menor deles, considerando pessoas, até o maior, considerado ,toda uma
nação.
Um dos pontos mais fortemente contestados em Gênesis 12.3, entretanto,
é se o verbo abençoar deve ser traduzido como um passivo ("todas as
pessoas da terra serão abençoadas") ou como um reflexivo ("se
abençoarão"). A maioria dos comentaristas atuais permanece cética sobre
a tradução passiva desta forma nifal hebraica do verbo abençoar. Porém o
que eles falham em observar é a oração de propósito prévia, depois que as
três promessas em Gênesis 12.2 já haviam sido declaradas sem especificar
exatamente para quem Abrão deveria ser uma bênção. Além disso,
ninguém assumiu o desafio lançado em 1927 por Oswald T Anis sobre a
necessidade de traduzir o nifal como um passivo e não como um reflexivo.'
Não é sem propósito que todas as cinco passagens de Gênesis relatando a
promessa abraâmica sejam traduzidas como passivas na Versão
Samaritana, no Targum Babilônico (Onkelos) e no Targum de Jerusalém
(Pseudo-Jônatas), e que todas as citações destas referências na literatura
intertestamentária, bem como no Novo Testamento (c£ At 3.25),
empreguem a forma passiva do verbo. A promessa da bênção que há de vir
da mão de Deus (portanto a forma passiva do verbo) se opõe à maldição.
Enquanto, toda a ordem criada havia sido colocada sob maldição, por
causa do pecado de Adão e Eva, a bênção de Deus seria potencialmente
assim tão universal e extensiva em sua aplicação. Não seria o caso de as
nações olharem além da cerca para ver o que Israel havia feito e então,
numa maneira imitativa, abençoarem a si mesmas, mas seria somente pela
graça, como um presente de Deus — não por obras. Esta seria a base para
Deus abençoar a humanidade como a salvação pessoal quando a fé fosse
exercitada.
O apóstolo Paulo nomeou Abraão (a forma mudada de seu nome
original, Abrão) como "herdeiro do mundo" (Rm 4.13) e posteriormente,
em Gálatas, como o pai de todos os que creem em Cristo (G13.29). De fato,
a palavra dada em Gênesis 12.3 de que, na semente de Abraão, todas as
nações da terra seriam abençoadas é igualada à soma e substância do
"evangelho" em Gl 3.8. Portanto, sem dúvida, estamos no núcleo do
evangelho e a missão de Deus em ambos os testamentos.
As nações iriam ser abençoadas na "semente" deste homem. Por
conseguinte, a "semente" da mulher (Gn 3.15), a "semente" de Sem em
cujas tendas Deus iria "habitar" (Gn 9.27), e a "semente" de Abraão
formavam um todo coletivo. Essa "semente" foi condensada através de sua
sucessão de representantes, na qual cada um agiu como penhor ou sinal
até que o próprio Cristo viesse naquela mesma linhagem de
representantes, como parte dessa sucessão e consumação final daquilo
para o qual todos apontaram. Além disso, todos os que creram, em todas as
eras, foram da mesma maneira parte dos "muitos" dos quais "Aquele",
Cristo, abrangeu no todo coletivo. A palavra a Abraão teve a intenção de
causar um grande impacto em todas as famílias na face da terra em todas
as eras: um ensino missionário elevado e excelente ao mundo; como
jamais haveria.
Todo o propósito de Deus era abençoar um povo para que ele
pudesse ser canal através do qual todas as nações da terra viessem receber
uma bênção. Israel deveria ser missionário de Deus ao mundo — e assim,
da mesma forma, todos os que creram no mesmo evangelho.
Enquanto isso, a busca por um nome, uma reputação e fama,
prossegue em Israel hoje, como em todo o mundo. Esta busca
frequentemente subestima a oferta de Deus de um "nome" especial para
todos os que vão crer e se tornar parte da família de Abraão e de Deus.
Mesmo que se concorde com todo o argumento acima, em nossos
dias, muitos ainda afirmarão que Abraão e seus sucessores nada têm a ver
com o mandado missionário, ou seja, com o envolvimento ativo no anúncio
das boas novas. O pensamento é que Deus foi o único agente na cena, e que
os santos do Antigo Testamento receberam uma função na ordem cósmica,
que deveria ser apenas ser passiva. Isso nos leva ao nosso próximo texto,
que refuta explicitamente essa afirmação.

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