Вы находитесь на странице: 1из 5

João Batista Vilanova Artigas (Curitiba, 23 de junho de 1915 — São Paulo, 12

de janeiro de 1985) foi um arquiteto brasileiro cuja obra é associada ao


movimento arquitetônico conhecido como Escola paulista.
Embora tenha nascido na cidade de Curitiba, Artigas é considerado um dos
principais nomes da história da arquitetura de São Paulo, seja pelo conjunto de
sua obra aí realizada, seja pela importância que teve na formação de toda uma
geração de arquitetos.

Graduando-se engenheiro-arquiteto pela Escola Politécnica da Universidade de


São Paulo, Artigas se envolveu ainda estudante com um grupo de artistas de
vanguarda (dentre os quais destacar-se-ia mais tarde o pintor Alfredo Volpi)
conhecido como Grupo Santa Helena, devido ao seu constante interesse pela
atividade do desenho — tema cujo estudo viria a se tornar um dos elementos
mais presentes em sua obra.[4]

Tendo se tornado professor da Escola Politécnica, Artigas fez parte do grupo de


professores que deu origem à Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da
Universidade de São Paulo (FAU).[4] Tornou-se um dos professores mais
envolvidos com os rumos desta nova escola: é de sua autoria o projeto de
reforma curricular implantado na década de 1960 que redefiniria o perfil de
profissional formado por aquela escola e foi responsável, junto ao
arquiteto Carlos Cascaldi, pelo projeto da nova sede da Faculdade: um edifício
localizado na Cidade Universitária Armando de Salles Oliveira que leva seu
nome e sintetiza seu pensamento arquitetônico. A reforma curricular desenhada
por Artigas foi também importante ao definir uma séria de novas possibilidades
de prática e atuação profissional aos novos arquitetos, associando a eles áreas
como o desenho industrial e a programação visual, a partir da crença de que tal
profissional deveria participar ativamente no desenvolvimento de todos os
processos industriais requeridos pelo projeto nacional-desenvolvimentista então
em voga no país.[4]

Em 1969, por determinação do regime militar vigente no país, foi afastado da


FAU e obrigado a se exilar brevemente no Uruguai, devido à sua ligação com
o Partido Comunista Brasileiro (PCB).[5] Embora tenha vivido no Brasil
na década de 1970, foi impedido de atuar plenamente pelo regime. Seu retorno
à faculdade se deu em 1979 - fruto do processo de anistia instaurado no país a
partir daquele ano - e foi celebrado pelos alunos.[5] Continuaria a lecionar na
FAUUSP até sua morte, em 1985, ano em que lhe é atribuído o cargo de
professor titular. Ironicamente, neste período de redemocratização, foi professor
da disciplina Estudos de Problemas Brasileiros, criada pela ditadura militar e
imposta pelo regime às faculdades brasileiras como instrumento de controle
ideológico. Durante este curso, subverteu o programa clássico da disciplina e
levou à FAU diversas personalidades do mundo artístico, político e cultural,
intelectuais de esquerda que também haviam sido perseguidos pelo regime,
entre eles o pintor Aldemir Martins, o ator Juca de Oliveira e o então cardeal-
arcebispo de São Paulo D. Paulo Evaristo Arns.

JOÃO BATISTA VILANOVA ARTIGAS

João Batista Vilanova Artigas nascido em Curitiba, no estado do Paraná, em


1915, ficou conhecido popularmente como Vilanova Artigas somente. É um
ícone, um grande nome na Arquitetura Moderna Brasileira no século XX.

JOÃO BATISTA VILANOVA ARTIGAS

Artigas foi fundador da FAU (escola de arquitetura e urbanismo da USP).Estudou


e se formou na escola politécnica da USP.Arquiteto que tem por característica
principal a arte Brutalista.Ligado ao mundo da política considerado, comunista.

JOÃO BATISTA VILANOVA ARTIGAS

Um de seus principais inspiradores foi Frank Lloyd Wright, arquiteto norte


americano. Para Artigas a melhor alternativa para o trabalho de uma obra, seria
lidar e utilizar o que o próprio local podia oferecer, utilizando materiais simples
como madeira, tijolos e telhas cerâmicas, sendo que nada impedia que com
materiais de origem simples pudesse realizar preciosidades arquitetônicas.
Nascido em Curitiba, em junho de 1915, João Batista Vilanova Artigas mudou-
se para São Paulo e se formou arquiteto pela Escola Politécnica da USP, em
1937. Foi fundador da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade
de São Paulo, em 1948, na qual liderou, mais tarde em 1962, um movimento
para a reforma de ensino que influenciou outras faculdades de arquitetura no
Brasil. Foi bolsista da John Simon Guggenheim Foundation em 1947. Militante
dos movimentos populares no Brasil, foi perseguido pela ditadura militar, tendo
sido expulso da Universidade em 1969, juntamente com outros professores
brasileiros. Sua obra foi duas vezes premiada internacionalmente pela União
Internacional de Arquitetos – UIA (Prêmio Jean Tschumi, em 1972; e Prêmio
Auguste Perret, em 1985, este póstumo). Dentre os 700 projetos que produziu
durante sua carreira, destacam-se: Edifício da Faculdade de Arquitetura e
Urbanismo da Universidade de São Paulo; Conjunto Habitacional Zezinho
Magalhães Prado, em Guarulhos; Passarelas Urbanas; Estádio de Futebol do
Morumbi; clubes; sindicatos e várias casas. Sua obra já mereceu exposições,
publicações, pesquisas e teses no Brasil no Brasil e no exterior.
O arquiteto se tornou nome dos mais respeitados na arquitetura brasileira do
século 20. De sua prancheta, saíram mais de 500 projetos numa profícua
carreira. Paralelamente à atividade do seu escritório, aliou o canteiro de obras à
teoria nas suas aulas, sempre concorridas pelos alunos, inicialmente na
Politécnica de São Paulo, mais tarde, no curso de Arquitetura da USP, que
ajudou a fundar.
Professor eloqüente, articulado e carismático, conquistou admiradores e exerceu
uma vasta influência na arquitetura do país. Foi referência para várias gerações
de profissionais e o mestre que, durante décadas, iniciou jovens na carreira de
arquiteto e nas lides de planejar espaços. Para o professor, desenho era
emancipação e projeto, demonstração de soberania. Seguindo essa linha,
norteou o ensino da arquitetura nas instituições onde lecionou.
Admirado, Artigas não foi esquecido ou abandonado pelos antigos alunos e
colegas de profissão, mesmo depois de ter sido afastado do magistério durante
o regime militar, em 1969. Sua casa, nesse período, permaneceu de portas
abertas, recebendo a todos que o procuravam. O costume de reunir-se para
discussões, debates e serões vinha de longa data, quando recém-chegado a
São Paulo, na década de 1930, freqüentava ateliês de artistas como Rebolo e
Volpi, na chamada “família artística paulista”.
Artigas concebeu grandes obras, públicas ou privadas. Do seu traço, saíram
hospitais, clubes, escolas, cinemas, rodoviárias e prédios comerciais e
residenciais. Mas foi, sobretudo, um construtor de moradas. Fazia casas para
serem usufruídas na acepção mais pura da palavra morar. Talvez por esse
motivo simples, mas essencial, os lares que projetou são perenes e mantêm
felizes os seus proprietários originais, ainda que décadas tenham se passado
desde a construção.
Muito embora no campo da arquitetura tenha sido um dos paranaenses de maior
renome nacional, ainda é pouco lembrado em sua terra natal, não obstante, entre
projetos, estudos e anteprojetos, ter deixado cerca de trinta obras espalhadas
pelo Paraná, principalmente na capital e em Londrina. No auge da expansão do
plantio do café, quando Londrina, transformou-se numa das cidades de maior
crescimento econômico da região sul, os projetos de Artigas deram o tom de
modernidade e contemporaneidade à sua paisagem. O conjunto formado pelo
Cine Ouro Verde e o Edifício Autoln, a Santa Casa, a Rodoviária e a Casa da
Criança são marcos da arquitetura londrinense e testemunhas do progresso
material que a cidade viveu na passagem da década de 1940 para a de 1950.

Em Curitiba, ao lado de Frederico Kirchgässner e Lolô Cornelsen, é responsável


pelas manifestações iniciais do modernismo na arquitetura da capital. Suas
primeiras obras na cidade datam dos anos de 1940, quando, recém-formado pela
Politécnica de São Paulo, era fortemente influenciado pelo arquiteto Frank Lloyd
Wright. Mais tarde, Artigas assumiu a influência de Le Corbusier, visível, em
Curitiba, na residência de João Luiz Bettega (1949), hoje denominada Casa
Vilanova Artigas.

O contato com sua cidade de origem foi sempre permanente. Seja em reuniões
com os parentes, nas temporadas que aqui passou, ou no campo profissional.
Projetou para particulares, casas para a família e os amigos, além do Hospital
São Lucas, no bairro Juvevê. Em meio a essas atividades e passeios familiares,
dedicou parte de seu tempo às primeiras turmas do curso de arquitetura da
Universidade Federal do Paraná. Em 1962, quando foi implantado o curso na
UFPR, Artigas foi convidado para integrar o corpo docente, mas, com a vida já
estabelecida em São Paulo, declinou o convite. No entanto, apesar da recusa,
proferiu inúmeras palestras e sua obra influenciou algumas gerações de
arquitetos formados na UFPR.

Levou para São Paulo sua ligação com a terra natal. A casa paranaense de sua
infância, como ele mesmo dizia, foi referência para algumas residências que o
arquiteto projetou na capital paulista. As recorrentes memórias familiares, a
infância e a adolescência passadas em Curitiba transportaram interpretações
pessoais das paredes de madeira e de lambrequins paranaenses para a capital
paulista. Um reconhecimento do valor e uma identidade inicialmente pouco
valorizada em Curitiba, que Artigas, com sensibilidade, apresentou ao resto do
país.

Nos mais de 500 projetos realizados e no contato com profissionais de várias


nacionalidades, João Batista Vilanova Artigas conquistou reconhecimento
internacional e seu nome, três décadas após seu falecimento, ocorrido em 12 de
janeiro de 1985, continua um dos mais respeitados entre os arquitetos
brasileiros. Dada a importância e influência da obra de Artigas para a história da
arquitetura, seu acervo, composto por estudos e projetos, é atualmente
preservado nos arquivos da FAU-USP e acessível aos pesquisadores.

Вам также может понравиться