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ACADEMIA DO PRODUTOR MUSICAL

Aula 11

PLANEJAMENTO DA PRODUÇÃO
Video aula abaixo (Clicar)

Índice alfabético
Ambiente de Gravação...................................................7
Estudo de Timbres........................................................ 9
Orçamento..................................................................2
Separando a Gravação da Mixagem...............................10
Testes de Gravação....................................................... 5

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Orçamento
Estimar o orçamento para uma produção não é tão difícil quanto parece.
O segredo está em sermos REALISTAS!
Por exemplo, frequentemente o artista acredita que pode gravar 4 ou 5
músicas por dia, enquanto na prática é muito difícil gravar mais do que 1 ou 2
faixas por sessão, por diversos motivos:
– Erros de interpretação
– Tempo para setup de equipamentos
– Tempo para testes de posicionamento e acústica
– Quantidade de takes
– Pausas para descanso
De uma maneira geral, os custos de uma produção dividem-se em:
1) Pré-Produção: horas de produtor, ensaios, eventualmente aluguel de
estúdio e compra de equipamentos e instrumentos.
2) Gravação: aluguel de estúdio, horas de técnico, horas de produtor,
equipamentos, instrumentos e acessórios, transporte, estacionamento,
alimentação, mídias, músicos adicionais.
3) Edição / Mixagem: horas de técnico, horas de produtor, estúdio de
mixagem.
4) Masterização: local e engenheiro, por número de faixas.
A partir desse ponto, as atividades já não envolvem necessariamente o
produtor, mas ainda assim é MUITO IMPORTANTE que o artista se organize
para ter orçamento para as próximas etapas, genericamente chamadas de Pós-
Produção, que podem incluir:
– Turnê de shows
– Equipamentos para apresentação ao vivo
– Prensagem de CDs
– Websites
– Mailing
– Anúncios, publicidade
– Envio de cópias e arquivos digitais
– Contatos com potenciais interessados
– Jabá para rádios
– Produtor executivo / agente / empresário

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– Arte gráfica

O custo de pós-produção é muito mais difícil de ser estimado porque


depende totalmente do alcance de público que se deseja atingir, velocidade e
agressividade de marketing. Como regra geral, seria interessante o artista
planejar algo como 50% do orçamento para a produção das músicas e 50%
para a pós-produção.
Sendo realista, é muito improvável alguém conseguir produzir um bom
álbum e ainda divulgar com eficiência por menos de R$20.000. Estamos
falando de uma produção profissional com chances reais de retorno moral e
financeiro.
O artista que não conseguiu um orçamento desta ordem não deve
esperar ser bem sucedido simplesmente porque acredita em sua música,
enxerga algum nicho ou pensa que é uma revelação. Se isso fosse verdade,
provavelmente alguém já teria investido nele muito mais do que R$20.000.
A carreira de um artista é longa, precisa de consistência, planejamento,
seriedade. Com raríssimas exceções, um artista começa a ter reconhecimento
somente após anos de estrada, com 2 ou 3 discos bem produzidos lançados no
mercado. Assim funciona o mercado, não porque é injusto, mas porque
existem muitos artistas promissores concorrendo por atenção e apenas alguns
que realmente se dedicam com a intensidade necessária.
Este orçamento de referência inclui o custo de todas as fases, os gastos
durante produção e divulgação. Naturalmente, muitos artistas independentes
(que atuam também como seus próprios produtores e técnicos) não utilizam
estúdios profissionais e conseguem lançar discos com orçamentos bem
menores, contando com uma divulgação limitada pela Internet e esperando a
sorte bater na porta.
Infelizmente, poucos são bem sucedidos, pois tanto a produção quanto
o marketing são deficientes. Estatisticamente, estes discos não possuem uma
sonoridade comercial, as canções não estão lapidadas e o interesse do público
após o lançamento é baixo. A frustração pode ser o maior custo de todos!
No outro extremo, muitas grandes produções custam centenas de
milhares de reais e dependem de uma grande vendagem – de discos,
ingressos, licenciamento, etc. - para se tornarem lucrativas, ou ao menos
justificáveis. Seria arriscado preparar um orçamento de R$50.000 para o
primeiro disco, sem ainda ter conhecimentos sobre o perfil do público, histórico
em rádios, experiência de mercado ou contratos com selos.
Nesse sentido, procure estimar cerca de R$10.000 para que pelo menos
uma produção (somente produção) com boas chances de sucesso seja
desenvolvida. Evite passar de R$20.000 quando ainda não há um modelo de
negócios bem claro e testado. A sugestão aqui é ser realista, não gastar mais e
nem menos do que o necessário, dar tempo ao tempo.

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Na figura do produtor, é importante orientar o cliente que ele não


esperar ter sucesso com um orçamento de R$5.000, o qual provavelmente
nem pagaria a sua participação (cachê) como produtor durante os vários
meses de produção, quanto mais os outros custos de produção.

ESTIMATIVAS
Um álbum com apenas 8 músicas pode facilmente utilizar 100 horas de
produção. Dependendo do ritmo estabelecido ou viável, pode ser finalizado em
menos de um mês ou em mais de um ano, tornando o prazo do projeto um
assunto bastante maleável e negociável entre as partes.
Estas 100 horas poderiam ser divididas, a título de planejamento, da
seguinte maneira:
exemplo
% tempo % orçamento exemplo (100 horas)
(R$10.000)

Pré-Produção 40% 30% 40hs (em 10 semanas) R$3.000

Gravação 20% 30% 20hs (em 1 semana) R$3.000

Mixagem 35% 30% 35hs (em 4 semanas) R$3.000

Masterização 5% 10% 5hs (em 1 semana) R$1.000

100 horas (em 16


total 100% 100% R$10.000
semanas = 4 meses)

Na produção musical, costumamos organizar o tempo por semanas


(totalizando meses de produção), ao contrário da produção cinematográfica,
que utiliza uma referência de meses, ou uma produção visual, que se orienta
por dias.
Procure dividir as etapas por semanas, mesmo porque isto facilita o
setup de equipamentos, reserva de estúdios e agendamento de músicos e
reuniões.
Repare como as 3 primeiras etapas utilizam praticamente o mesmo
orçamento. Se a utilização de recursos fugir muito desta proporção, é sinal de
que algo deve estar errado no planejamento.
Obviamente, o tempo de gravação e o custo de estúdio podem variar
muito de projeto para projeto, mas como regra geral, se há utilização
excessiva de estúdio de gravação, então provavelmente a pré-produção deixou
a desejar.
Utilizando o mesmo orçamento, uma produção poderia usar menos
tempo de pré-produção e mais tempo de estúdio, mas provavelmente o

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resultado musical não seria o mesmo.


No caso de uma banda com 4 integrantes e um projeto de 4 meses,
estamos falando de um investimento equivalente a R$625/mês para cada
integrante, o que é perfeitamente esperado para quem deseja realizar uma
produção profissional. No caso de orçamentos apertados, o produtor pode
escolher diminuir o seu custo de hora-trabalho, estender o prazo de produção
ou diminuir o número de faixas. Hoje em dia é raro o produtor participar das
vendas com “pontos", porque quase nunca se espera vendas diretas de discos,
e assim depende totalmente do cachê, bem como de adiantamentos para
contratar todos os recursos e profissionais. É importante que o produtor saiba
administrar muito bem os fundos, prestando contas com relatórios regulares.
Muitos artistas esperam que o produtor "aposte" no projeto,
trabalhando de graça ou a custos bem baixos. É importante lembrar que, por
mais que o produtor aposte no trabalho (e certamente um produtor sério está
apostando, uma vez que seu nome também está em jogo), dificilmente ele
terá participação expressiva na vendagem de discos ou outras rendas da banda
após a produção. Além disso, o produtor musical normalmente só exerce esta
atividade, não faz outros bicos e depende do seu cachê de produção como
fonte de renda.
Também é importante ressaltar que dificilmente uma gravadora ou selo
irá financiar uma produção sem ter claras expectativas de retorno financeiro,
com um contrato extremamente favorável para seu lado (no caso da banda
não conseguir retorno sobre o disco lançado). Selos são investidores e
esperam receber mais do que despenderam, como qualquer investidor. Eles
possuem know-how, profissionais, departamentos de marketing e contatos
importantes na Indústria. Isso vale dinheiro e o artista, de uma forma ou de
outra, precisa valorizar e pagar por isso, nada mais justo.
A história da música é repleta de casos de bandas e artistas famosos
que precisaram retornar o dinheiro investido pela gravadora durante anos e
anos após o lançamento do primeiro disco, sendo obrigados a gravar mais
discos, contraindo novas dívidas e repetindo o ciclo vicioso.
Muitas vezes, é melhor financiar o próprio projeto e não depender de
contratos, obrigações e nem exclusividades que podem limitar a flexibilidade
do artista em mudar de rumo, buscar novos contatos e mercados, atrair outros
investidores, ter mais liberdade criativa. Hoje em dia até os fãs montam
cooperativas para financiar discos!

Testes de Gravação
Existe um mundo completamente diferente dos ensaios e da pré-
produção, chamado GRAVAÇÃO.

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Quando o artista está sob o foco das atenções, pressão de tempo e


auto-cobrança, as coisas são bem diferentes. A grande maioria dos iniciantes
(pra não dizer 100%) não se sente nada confortável durante etapa de
gravação, por motivos bem conhecidos:
– Falta de experiência com o ambiente de estúdio: local, procedimentos,
profissionais
– Dificuldade para gravar com metrônomo
– Não gosta de gravar só, prefere em grupo, com os outros membros
– Não gosta de ouvir sua própria voz (ou instrumento) em destaque
– Está inseguro, sente-se observado e julgado a todo instante
– Não consegue visualizar o resultado final quando escuta os takes
isolados
– Fica ansioso quanto à utilização de horas de estúdio e o perigo de
estourar o orçamento

Como resultado, a performance do artista é bem diferente do que ele


normalmente consegue desempenhar nos ensaios, inclusive com notáveis
alterações de afinação, interpretação e andamento.
Para evitar estes problemas, é recomendável que o produtor crie uma
situação de "transição" entre o ambiente familiar da pré-produção e o estúdio
profissional. Por exemplo, frequentando os ensaios da banda para:
– Gravar a performance para que todos possam escutar juntos. Ela servirá
como referência, provando que o artista é capaz, quando ele tiver
dúvidas.
– Identificar e compartilhar com todos as dificuldades e qualidades de cada
membro: conflitos com outros integrantes, tendências de andamento e
tonalidade, função psicológica de cada integrante na banda.
– Familiarizar os músicos com a presença de um produtor e de um
gravador (que pode ser portátil), acostumando-os com processo de
gravação.
– Fazer anotações sobre as sessões mais difíceis de serem executadas. Por
que são problemáticas? Merecem ser gravadas como um loop de vários
takes sucessivos, independentemente do resto da música?
– Identificar pontos fortes da interpretação e problemas notáveis
– Estudar como cada músico regula o som do seu instrumento, se altera
timbres e regulagens durante a performance e como o cantor se coloca e
se movimenta diante do microfone.

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– Reparar na "curva de performance" de cada músico. Muitas pessoas


começam muito bem e se cansam durante o ensaio, diminuindo a
performance gradualmente. Outras têm um desempenho estável e
regular. Algumas precisam de um aquecimento para atingir um ponto
máximo. Isso será importante na definição da ordem das gravações e
quantidade de takes por dia.
– Microfonar com cuidado (veremos técnicas no próximo módulo) de
maneira que o som do ensaio soe como uma mixagem ao vivo. Muitas
vezes, a sonoridade fica tão boa que passa a ser uma referência
(gravação-guia) para as fases de gravação e mixagem. Há casos onde a
gravação ao vivo, com ótima sonoridade e naturalidade do conjunto, não
consegue ser superada pela mixagem final, principalmente nos primeiros
projetos de um produtor ou técnico.
– Experimentar o metrônomo, visualmente ou nos fones de ouvido, para
ver como todos se comportam. Ao mínimo, o baterista deveria ser capaz
de tocar bem com metrônomo. Lembre-se, é um processo de
aprendizado e se necessário, faça exercícios em todos os ensaios ou
reuniões de pré-produção até que ele se sinta confortável.
– Pedir para os músicos gravarem em casa alguns experimentos
específicos ou o que puderem, com e sem metrônomo, para todos
escutarem juntos na sala de pré-produção. Isto também os ajudará a
perceber que o ato de gravar não é tão rápido e fácil quanto se imagina,
facilitando as futuras comunicações entre produtor e artistas.

Ambiente de Gravação

Em alguns casos, as vantagens de uma gravação em estúdio


profissional não justificam as perdas. Pense comigo: por que alugamos um
estúdio de gravação?
1) Isolamento acústico: não podemos gravar ruídos e vazamentos,
não queremos incomodar os vizinhos.
2) Tratamento acústico: os instrumentos precisam soar bem e a sala
deve viabilizar o posicionamento de microfones para uma boa
captação.
3) Energia elétrica (tomadas, vias, aterramento): estável, segura e de
boa qualidade para não prejudicar os equipamentos e nem a
qualidade de áudio, facilitando conexões e fluxo de cabos.
4) Equipamentos e Instrumentos: muitos deles raros e pesados,
difíceis de serem transportados ou desejáveis pela banda /

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produtor para o projeto.


5) Sala de controle: para monitorar com precisão o som do estúdio e
as gravações, além de permitir ajustes na cadeia de áudio sem
atrapalhar o músico. Mesa de som, técnico treinado, bons sistemas
e hardwares.

Mas também sabemos que o desempenho do artista pode ser


comprometido neste ambiente “sério” e profissional. Portanto, na prática, é
preferível abrir mão de algumas dessas vantagens - correr o risco de captar
ruídos nas gravações, aumentar o número de takes e o tempo de setup – e
pelo menos conseguir uma boa performance, do que gastar recursos e não
captar boas interpretações.
Se existir uma sala, garagem, galpão etc., que seja relativamente
grande e confortável, em um local silencioso, com uma rede elétrica decente e
houver a possibilidade de se levar e instalar equipamentos e instrumentos,
então provavelmente não precisaremos alugar um estúdio!
De fato, isto já aconteceu diversas vezes comigo e juntamente com o
cliente, optamos por gravar em locais alternativos - no meu próprio estúdio de
pré-produção, até mesmo viajar por 3 ou 4 dias para um outro loca residencial
e tranquilo que pudesse ser usado como sala de gravação.
Para facilitar a decisão, tenha em mente o seguinte:
– Alguns instrumentos (incluindo o vocal principal) podem ser gravados
como overdubs DEPOIS que as bases já estiverem gravadas. Estes
overdubs normalmente poderão ser gravados secos (não precisam de
reverberação natural), em outro local, ou em linha, diretamente no
gravador.
– As sessões de gravação podem ser divididas em várias fases: bases,
coberturas, overdubs. Elas não precisam ocorrer no mesmo local e nem
na mesma época.
– Instrumentos mais raros e críticos (ou que demandam equipamentos
específicos) podem ser gravados em um estúdio profissional, em poucas
horas, sem interferir nas demais gravações.
– Durante a gravação, somente os equipamentos essenciais são
necessários. Na maioria das vezes, podemos descartar um console
(mesa) e processadores de efeitos. Via de regra, costumamos gravar
sinais limpos e naturais, diretamente do microfone para o gravador.
– A monitoração pode ser feita por fones de ouvido ou improvisada em
uma outra sala próxima. Tenha sempre cabos longos!
Você ficaria surpreso em saber que MUITAS das gravações comerciais e
famosas que conhecemos foram feitas em quartos de hotéis, cozinhas, salas

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de estar, ao vivo em bares ou em locais totalmente inusitados, como


escadarias de incêndio e casarões antigos!
Nunca é demais pensar em conforto e praticidade. Procure transformar
o ambiente de gravação em um local tão agradável quanto possível. Isso
significa pensar em iluminação, locais de lazer/descanso, sofás, cadeiras,
livros, discos, jogos, comida, bebida e banheiros. Durante as fases anteriores
de ensaios, que acessórios utilizaram os músicos que agora podem ser
importantes nas sessões de gravação? Leve-os para lá.

Estudo de Timbres
Uma atividade importante que costuma ser esquecida até o dia da
gravação. Embora vários instrumentos virtuais e timbres tenham sido testados
durante a pré-produção (no computador), alguns deles serão gravados por
instrumentos reais, com os quais a equipe pode ainda não ter tido contato.
Além disso, os artistas costumam ensaiar sempre com os mesmos
equipamentos e processadores de efeitos, sempre nas mesmas configurações.
É bem provável que não estejam na melhor configuração para cada música, ou
então nem serão utilizados nas sessões de gravação, pois um timbre que
funciona nos ensaios pode soar “amador” na gravações.
Um som diferente durante as sessões poderá impactar diretamente nas
performances. Seria como ensaiar meses para uma peça de teatro na sala de
casa e de repente ter que se apresentar para o público, no palco de teatro, sob
os holofotes, maquiado e vestindo um figurino. Muita novidade de uma vez
só...
Reserve um ensaio, ou uma reunião de pré-produção, somente para o
teste de timbres – efeitos, configurações, instrumentos.
Na ocasião, traga todos os instrumentos que serão gravados (incluindo
aqueles do estúdio de gravação que será alugado). Melhor ainda, faça um
ensaio no próprio estúdio de gravação antes da primeira sessão!
Experimente timbres, regulagens dos equipamentos, amplificadores,
pedais, posicionamentos dentro na sala. Teste todas as músicas. É muito
provável que várias descobertas aconteçam, forçando todos a tomarem
decisões importantes com relação à dinâmica de cada sessão e instrumento,
tonalidade, exageros, problemas finais no arranjo e conflitos que ainda não
eram percebidos nos ensaios. Claro, por que não gravar e aproveitar para
testar outras coisas, como sala de controle, técnico, microfones? Todos
poderão escutar depois e fazer um exercício de auto-crítica. Como se fosse um
dia de estúdio adicional para experiências, sem pressão - mesmo que tenham
que pagar por isso, vale a pena.
Anote as configurações dos equipamentos e anexe eventuais

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desenhos/fotos nas folhas de sessão. Em particular, repare na interação entre


bumbo e baixo, guitarra e voz, patches de teclados. Quando gravar com
efeitos, certifique-se de que são mesmo necessários, talvez só sejam
importantes para o retorno do músico. Escute atenciosamente a sonoridade
dos pratos e a afinação dos tambores da bateria. Existem pedais
desnecessários que só adicionam ruídos na cadeia de áudio das guitarras?
Amplificadores com excesso de reverb ou EQ?
Veja se algum instrumento está prejudicando a produção ou se é
necessário comprar / alugar outros. O baterista prefere usar sua própria
bateria ou não vê problemas em usar o kit do estúdio? Alguns instrumentos
desafinam durante as primeiras horas de ensaio?
Lembra-se das referências? Pode ser um bom momento para pedir
referências de timbre para a banda. Ao menos, peça para eles gravarem em
casa 2 ou 3 opções de timbres, a serem analisadas na reunião de pré-
produção.

Separando a Gravação da Mixagem


Um dos grandes problemas da produção musical em computadores é a
falta de "fronteiras" entre as etapas.
Um mesmo pacote de produção pode ser utilizado para gravação,
edição, mixagem, masterização, overdubs, instrumentos virtuais etc. Mas isto
não significa que as etapas devam ser realizadas ao mesmo tempo (espero que
isto já esteja claro a esta altura do curso!)
Em particular, costumamos confundir ou sobrepor as fases de
GRAVAÇÃO e MIXAGEM, enquanto que existem vantagens e mantê-las bem
separadas, tanto no cronograma, quanto dentro do software.
– As trilhas gravadas contém o áudio mais “cru” possível e a todo
momento precisam ser acessadas durante a produção. São a matéria-
prima da mixagem e podem dar origem a novas versões e produções no
futuro. Não é recomendável alterar estes arquivos, nem mesmo
convertê-los para outro formato ou sample rate. Mantenha uma cópia
bem arquivada.
– Uma sessão de gravação requer poucos ajustes de níveis e, na verdade,
dispensa o uso de faders ou processamentos no software. O áudio
deveria chegar do pré-amplificador pela entrada da interface diretamente
para o disco rígido. Para evitar dropouts (falhas de áudio durante a
gravação), maximizar o número de pistas simultâneas e utilizar
monitoração em tempo real através do software, quanto menos CPU for
utilizada (plugins), melhor.

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– Durante a gravação, o técnico (e muitas vezes o produtor) precisa se


concentrar em nomes, numerações, níveis, takes, loops, punch-in etc..
Quanto menos informação existir na tela, melhor - não precisamos de
um mixer, de efeitos ou medidores complexos. O software de gravação
deve ser simples de operar e realizar com perfeição uma única e simples
tarefa: gravar!
– Uma eventual edição, ou processamento, pode mascarar um defeito e
criar outros. Deixe edições e mixagens para depois. No máximo, crie um
rápido mix de retorno para o artista que está gravando, usando as trilhas
pré-gravadas ou a gravação-guia previamente importada no software de
gravação.
– Traga para a sessão de gravação todas as trilhas da gravação-guia como
arquivos WAV isolados, de maneira que possam ser reproduzidos por
qualquer software de gravação. Se tiver uma trilha para cada
instrumento, será fácil fazer qualquer submix de retorno com precisão.
Encare a gravação digital como se usasse um gravador tradicional,
capturando áudio em suas trilhas, e nada mais. Falaremos mais sobre isto no
próximo módulo, mas para os dias de gravação, planeje levar somente o
essencial necessário para gravar. Isso pode significar apenas um notebook,
uma interface, um par de fones, alguns cabos e microfones.
Esta separação entre gravação e edição/mixagem também ajuda na
organização e no foco da produção: rapidez, gerenciamento de arquivos,
backups de segurança, produtividade, preparação, auto-confiança etc.
Prepare o software de gravação com antecedência. Teste em casa, faça
gravações experimentais como se estivesse no estúdio, tenha certeza de estar
bastante confortável com o software antes do dia da sessão. Melhor ainda se
puder contar com um técnico de gravação que esteja a par do projeto e do que
será feito em cada sessão.
– Nomenclatura das trilhas
– Roteamento dos canais de entrada e saída da interface
– Esquema de monitoração (via interface, mesa ou software)
– Numeração de cabos, canais, etiquetas coloridas para rápida
identificação de vias e microfones
(mais sobre isso nas folhas de sessão)
Não é essencial gravar todos os takes em uma mesma sessão (ou
arquivo) dentro do software, desde que todas estejam bem identificadas –
data, músico, faixas, trechos etc.. Na mixagem, provavelmente os arquivos do
software serão separados e re-organizados em novas sessões, veremos
recursos e técnicas de organização no próximo módulo. Esteja preparado para
rapidamente mudar a ordem das gravações e começar outra faixa, se isso se

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mostrar necessário durante o dia.


Todos os checklists e folhas de sessão devem estar preenchidos e
revisados (veja a vídeo-aula e o material suplementar).

A GRANDE PERGUNTA da fase final de pré-produção é:

SE AS GRAVAÇÕES FOSSEM COMEÇAR AMANHÃ,


ESTARÍAMOS TODOS PRONTOS?

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