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Espécie: Tomate

Equipe: Amanda Souza, Eduardo Feniman, Leonardo, Nicole Araszewski, Victor, Thiago.

O tomate é uma das principais culturas de valor econômico, desenvolvimento tecnológico e em


pesquisa no mundo. Por haver grandes áreas de produção, alto potencial genético produtivo, dentre todas as
variedades existentes. Tendo em vista todos esses fatores, explique os efeitos morfológicos e fisiológicos, em
relação a temperatura, danos ao produto e ao uso de coberturas comestíveis.

O tomate (Lycoperscon esculentum Mill.), por se tratar de um fruto climatérico bastante sensível, necessita
de cuidados pós colheita em todas as partes da cadeia produtiva para garantir que os frutos cheguem ao consumidor
final com qualidade. O transporte e armazenamento inadequado podem causar injúrias e estresse, influenciando
fatores de qualidade como perda de massa, peso específico, sólidos solúveis, pH, acidez, açúcares solúveis e
vitamina C (FERREIRA, 2004).
A temperatura ambiente é um fator de grande relevância na conservação pós-colheita do tomate. Sanino Et
al (2003) observaram que em frutos da cultivar de mesa Santa Clara submetidos à temperatura ambiente (24ºC)
tiveram uma vida-de-prateleira (considerando o critério aparência) de cinco dias, enquanto que os frutos
acondicionados em câmara frigorífica à temperatura de 12ºC obtiveram uma longevidade de 17 dias. Em baixas
temperaturas, a velocidade da respiração diminui e consequentemente as reações químicas e enzimáticas são
retardadas, aumentando a conservação do fruto. Em temperatura ambiente (entre 22ºC e 26ºC), a respiração é
intensa e os processos fisiológicos de maturação fazem com que o fruto se torne mais macio, aumentando as
chances de injúrias, e de coloração mais intensa por conta da degradação da clorofila. Já temperatura acima dos
30ºC desnaturam as enzimas e reduzem a turgidez dos frutos.
Injúrias provocadas nos frutos de tomate afetam diretamente sua qualidade. A pressão na parede do fruto
pode provocar lesões internas e externas que estimularão a produção de etileno, hormônio que estimula a
maturação. Moretti et al. (2002) observaram que injúrias em tomate acarretaram num aumento da atividade
enzimática e redução do teor de vitamina C total, além de modificar a textura e sabor. Quando a injúria acarreta a
abertura do fruto, além dos efeitos fisiológicos citados este ainda fica sujeito à contaminação de fungos e bactérias,
acelerando sua degradação. As injúrias são causadas principalmente durante o acondicionamento dos frutos nas
caixas de transporte, fazendo com que estes sejam pressionados uns contra os outros e contra as paredes. Um
método utilizado para reduzir perdas é o uso de inibidores no transporte, como o 1-metil-ciclopropeno (1-MCP) e
aminoetoxi-vinil-glicina (AVG), ou troca gasosa em câmaras refrigeradas.
Uma das maneiras de retardar os efeitos da maturação de frutos é com o uso de biofilmes comestíveis. Este
método cria uma barreira entre o fruto e o exterior, reduzindo as trocas com o meio pela respiração e transpiração,
aumentando a vida-de-prateleira. Embora alguns estudos indiquem o benefício do biofilme na conservação de
algumas frutas como manga e goiaba (Santos et al., 2011), Damasceno et al. (2003) Não encontraram diferenças
significativas no uso de biofilme de fécula de mandioca em tomate. Justifica-se o uso somente por questões
estéticas, por conferir maior brilho à casca.

Referências:

FERREIRA SMR. 2004. Características de qualidade do tomate de mesa (Lycopersicon esculentum) cultivado nos sistemas
convencional e orgânico comercializado na região metropolitana de Curitiba. Curitiba: UFPR. 231p. (Tese doutorado).
Acessado em 06/10/2019. Disponível em <https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/handle/1884/659/FERREIRA-2004-
DEF.pdf;jsessionid=73398B917DF0DFAB14022BC91752EC6D?sequence=1>.

SANINO, A; CORTEZ, L. B.; MEDERO, B. T. Vida-de-prateleira do tomate (Lycopersicon esculentum), variedade “Débora”,
submetido a diferentes condições de resfriamento. In: WORKSSHOP DE TOMATE PERSPECTIVAS E PESQUISAS, 2003,
Campinas, mai. 6p. Acessado em 06/10/2019. Disponível em
<https://www.researchgate.net/publication/242417832_VIDA_DE_PRATELEIRA_DO_TOMATE_Lycopersicum_esculentu
m_VARIEDADE_DEBORA_SUBMETIDO_A_DIFERENTES_CONDICOES_DE_RESFRIAMENTO>.

MORETTI, C.L.; SARGENT, S.A.; HUBER, D.J.; PUSCHMANN, R. Armazenamento sob atmosfera controlada de tomates
com injúria interna de impacto. Horticultura Brasileira, Brasília, v. 20, n. 3, p. 465-469, setembro 2002. Acessado em
06/10/2019. Disponível em <http://www.scielo.br/pdf/hb/v20n3/14470.pdf>.

SANTOS, A. E. O. et al. Influência de biofilmes de fécula de mandioca e amido de milho na qualidade pós-colheita de mangas
‘Tommy Atkins’. Revista Brasileira de Ciências Agrárias, Recife, v. 6, n. 3, p. 508-513, 2011a. Acessado em 06/10/2019.
Disponível em <https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/42601/1/Producao-Cientifica-Joston.pdf>.

DAMASCENO, S; OLIVEIRA, P. V. S.; MORO, E.; MACEDO JR, E. K.; LOPES, M. C.;VICENTINI, N. M. Efeito da
aplicaçaõ de película de fécula de mandioca na conservação pós-colheita de tomate. Ciênc. Tecnol. Aliment. vol.23 no.3
Campinas Sept./Dec. 2003. Acessado em 06/10/2019. Disponível em
<https://repositorio.unesp.br/bitstream/handle/11449/28112/S0101-20612003000300014.pdf?sequence=1&isAllowed=y>.

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