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Edvan Lopes

(Detetive Particular)

A ESPIONAGEM E A CONTRA-ESPIONAGEM AO LONGO DOS


SÉCULOS.

DISSERTAÇÃO.

- OBJETIVO:
Definir o que é a espionagem e a contra-espionagem,
sua evolução e descrever as técnicas e metodologias
mais comuns ao longo dos séculos, como exemplo:
o emprego da vigilância dissimulada.
Além de despertar em você, detetive particular,
uma postura defensiva e de alerta constante contra
estes métodos. Uma vez que um simples gesto, feito
por uma pessoa na rua, pode significar algo muito
além de uma atitude banal e corriqueira.

Rio de Janeiro, 2018.


- PREFÁCIO:
Este trabalho é voltado para todos os profissionais da área de investigação particular e demais
interessados neste assunto. Aquele que não acredita que as atividades de inteligência, a
vigilância dissimulada e principalmente a espionagem não acontecem sob nossas vistas, está
cego. Pessoas ao celular ou paradas em locais suspeitos, sinais de pisca alerta entre veículos
espalhados ao longo de uma via e gestos fora de lógica entre pessoas, têm o potencial de serem
comunicação entre agentes, exercendo vigilância dissimulada ou espionagem propriamente
dita. Apesar de serem métodos de décadas ou até séculos atrás, a espionagem, com emprego de
veículos, pessoas e meios técnicos, acontecem diariamente e você pode facilmente ser um alvo.
Você há de se questionar por qual motivo seria espionado. No entanto, em razão de sua
profissão, você pode ser uma ameaça para quem pratica o mal ou pode falhar na sua atividade
de cobertura e ser descoberto. O que eles ganham fazendo isso ? A resposta é: a informação e
a sensação de poder e audácia de ter o controle da rotina de uma pessoa, norteando as decisões
de ações encobertas.
De organizações clandestinas às forças de segurança locais, a vigilância dissimulada como
meio de espionagem é a forma mais tradicional de se obter informes e nunca deixará de ser
usada. Sendo que as forças de segurança, a desempenham com objetivo e finalidade de elucidar
ou evitar crimes. Já as organizações clandestinas a utilizam como método de espionagem para
seus interesses clandestinos e fora da lei, podendo ser: sequestros, roubos e até homicídios.
Quanto mais o criminoso espreita sua vítima, mais ele saberá de sua rotina e maiores serão
as chances de executar o delito, encobrindo rastros que possam ser deixados.

- RESUMO:
A atividade de inteligência, desde os primórdios tem o objetivo de obter os informes negados.
Tais informações são coletadas, processadas e sintetizadas na forma de conhecimento para
auxílio das tomadas de decisões.
Já a espionagem, tendo o mesmo objetivo da atividade de inteligência, obtém os informes
negados de maneira suja e clandestina. Para este tipo de ação, existe a contra-espionagem. Que
é um conjunto de medidas que visam defender-se dessa ação clandestina estando sempre pronto
e alerta para qualquer situação de perigo.
Todos os países possui sua unidade de contra-espionagem, inclusive o Brasil. A contra-
espionagem brasileira desenvolveu um importante durante a guerra-fria junto com serviços
secretos de outros países.
A metodologia e as técnicas de obtenção de informes utilizadas por essas unidades, por mais
antigas que sejam, são empregadas até hoje.
- ABSTRACT:
Intelligence activity from the very beginning has the purpose of obtaining the denied
reports. Such information is collected, processed and synthesized in the form of knowledge to
aid decision making.
Spying, having the same objective of intelligence activity, obtains the denied reports in a
dirty and clandestine way. For this type of action, there is counter-espionage. What is a set of
measures that aim to defend themselves against this clandestine action being always ready and
alert to any situation of danger.
All countries have their counterintelligence unit, including Brazil. The Brazilian counter-
espionage developed an important during the cold war along with secret services of other
countries.
The methodology and reporting techniques used by these units, however old, are employed
to date.

- DEFINIÇÕES:
ESPIONAGEM: Consiste na obtenção de dados e informações protegidas, de maneira
criminosa, violando pessoas, grupos ou organizações públicas e privadas.

INFILTRAÇÃO DE AMBIENTE: Inserção de um ou mais agentes em determinado local, no


qual conviverão com as pessoas deste meio para coletar informações necessárias a uma missão.

PENETRAÇÃO DE AMBIENTE: Inserção de um ou mais agentes em determinado local sem


que sua presença seja percebida.

INFORME: Qualquer dado de conhecimento importante para a operação. Seja foto, relatório,
arquivos digitais ou físicos, rascunhos em papel e etc.

CONTRA-ESPIONAGEM: Consiste nas ações e medidas de proteção que visam combater a


espionagem inimiga. Como exemplo: contra-reconhecimento, contra-informações, sistemas de
vigilância e etc.

CONTRA-INFORMAÇÃO: Conjunto de medidas que visam proteger informações,


enganando e combatendo a inteligência do inimigo.

VIGILÂNCIA DISSIMULADA: Vigilância discreta e sigilosa de determinado alvo, com


objetivo de coletar informações sobre sua rotina, vínculos pessoais e natureza de suas
atividades.
MÉTODO ABC: Sistema usado pelas equipes de vigilância, com uso de três ou mais agentes,
cujo objetivo é seguir um alvo. Podendo ser a pé, com uso de veículos, paradas ou em
deslocamento, com ou sem uso de equipamentos técnicos como: escuta, câmeras disfarçadas,
gravadores e etc.

ESPIA, ESPIÃO OU AGENTE: Recurso humano recrutado para executar as operações


secretas.

COLABORADOR: Informante.

QUEIMAR: Ter o disfarce descoberto.

CONTRA-RECONHECIMENTO: Manobra que pertence ao conjunto da contra-


espionagem, que consiste em detectar equipes de reconhecimento inimiga em seu território.

RECONHECIMENTO: Manobra que consiste na observação de determinado ambiente, para


depois o descrever com todos os detalhes observados.

AÇÕES ENCOBERTAS: Conjunto de ações tomadas sem o consentimento de terceiros, seja


de uma nação ou uma pessoa qualquer, direcionadas a um determinado alvo. Podendo ser ações
de sabotagem como exemplo a disseminação de boatos, a ação de vigilância e a ação de eliminar
e destruir (assassinato), determinado alvo de interesse.

- INTRODUÇÃO:
Na Bíblia Sagrada, exatamente no livro de Josué, capítulo 2, é descrita a primeira operação
de espionagem. Mais especificamente, a penetração de ambiente. Diferente da infiltração, a
penetração consiste na entrada de um ou mais agentes em determinado ambiente, sem ser
percebido. Na infiltração o agente entra em determinado local, mas convive com as pessoas
daquele meio.
“1a. De Sitim enviou Josué, filho de Num, dois homens, secretamente, como espias, dizendo:
Andai e observai a terra e Jericó [...]”. (JOSUÉ, Bíblia Sagrada, cap. 2, vers. 1a).
Os nomes dos espiões que realizaram a missão, são desconhecidos até hoje. O plano de
Josué, ao recrutá-los, era coletar informes da cidade de Jericó, terra que Deus prometera dar
como herança à sua descendência. Ou seja, a ordem era penetrar no ambiente e fazer um
reconhecimento.
Durante a façanha desses dois agentes, eles se esconderam na casa de uma prostituta
chamada Raabe, que mentiu para o rei sobre o paradeiro dos espiões. Pois logo chegou até o
imperador, que dois desconhecidos “filhos de Israel”, circulavam pela cidade, desencadeando
uma busca para captura.
“[...] 1b. Então, se deu notícia ao rei de Jericó, dizendo: Eis que, esta noite, vieram aqui uns
homens dos filhos de Israel para espiar a terra.” (JOSUÉ, Bíblia Sagrada, cap. 2, vers. 1b).
Em troca do esconderijo, Raabe pediu para que sua família fosse poupada na futura invasão
que o povo de Israel faria.
“Os espias”, como são chamados na Bíblia, escaparam por uma corda jogada pela janela, da
casa daquela mulher que os protegera. Já que a sua casa, era situada sobre as muralhas que
cercavam a cidade. Se ela os revelasse, quebraria o acordo de ter sua família poupada durante
a tomada de Jericó.
“[...] 14. Então lhe disseram os homens: a nossa vida responderá pela vossa se não
denunciardes esta nossa missão; e será, pois, que dando-nos o Senhor esta terra, usaremos
contigo de misericórdia e fidelidade.”
15. Ela, então, os fez descer por uma corda pela janela, porque a casa em que residia
estava sobre o muro da cidade [...]” (JOSUÉ, Bíblia Sagrada, cap. 2, vers. 14 e 15).
Os espias tiveram seus disfarces “queimados”, - (descoberto) - devido ao serviço de
contra-espionagem do rei de Jericó. Pois o rei soube que haviam desconhecidos, espiando a
terra. Essa manobra de detectar espiões em seu território, chama-se contra-reconhecimento. É
uma das ações de um conjunto, que consiste a contraespionagem. No caso de Jericó, a manobra
não fora suficiente, para impedir que Israel conquistasse a terra prometida. Porque mesmo
sendo procurados pelo rei, os agentes escaparam com a ajuda de Raabe e entregaram seus
relatórios para Josué.
O estrategista Sun Tzu, foi o autor de um dos tratados militares mais antigo da
humanidade, escritos no livro A Arte da Guerra. Nesta obra, Sun Tzu diz que devemos conhecer
ao inimigo e a nós mesmo. E a forma de conhecer o inimigo é infiltrando espiões em sua rede.
A infiltração de espiões, contribui para a fase de coleta das informações sobre o inimigo.
Quanto mais se conhece o inimigo e a nós mesmo, maiores são as chances de vitória. O
estrategista enfatiza descobrir todos os vínculos do inimigo e numa época tão antiga, já ensinava
o que é mais usados nas redes de inteligência no mundo inteiro: a compartimentação de
informes, ou seja, a organização das informações que é feita na fase de processamento.
A técnica usada por Sun Tzu, na coleta de informações, é a infiltração. É na qual o agente
convive com as pessoas do ambiente inimigo, mas passa para seu superior tudo o que acontece
no meio em que está inserido. Diferente dos espias da Bíblia Sagrada, cujo objetivo era se
inserir sem ser percebido. Nesta tática o estrategista divide os espiões em cinco categorias: o
espião nativo, que são os moradores da localidade inimiga; o espião interno, que são os que
pertencem à rede de colaboradores do inimigo; o espião flutuante, aquele que pertence a sua
rede, mas que está inserido no meio inimigo e volta periodicamente para seu território, trazendo
informes; o espião duplo, que é o próprio espião inimigo e mediante recompensa, decide
contribuir com informações para o exército adversário; por fim, o espião liquidável, que é o
espião que dissemina falsas informações dentro do meio inimigo, chamadas de contra-
informações.

- O SERVIÇO SECRETO BRASILEIRO SNI:


O SNI (Serviço Nacional de Informações), antigo SFCI (Serviço Federal de Informações e
Contra Informações), fora criado no governo militar, quando o Brasil viu-se frente à extrema
necessidade de aprimoramento e especialização dos seus agentes nas técnicas de obtenção de
informações, contraespionagem e contraterrorismo, tendo em vista a ameaça comunista. Foi
quando em meados do governo Médici, criou-se o decreto para construção da Escola Nacional
de Informações, que após diversos aprimoramentos e um intercâmbio com o FBI e a CIA,
conseguiram definir uma doutrina de inteligência com um rico plano pedagógico de ensino. No
final do governo militar, o SNI fora extinto e dado lugar a atual ABIN (Agência Brasileira de
Inteligência).

- A CONTRA-ESPIONAGEM NO BRASIL:
O Brasil durante a guerra-fria desenvolveu medidas contra a entrada de espiões em nosso
território, em especial, os espiões de países da extinta União Soviética, cujo seu serviço secreto
era o temível KGB.
Entre as medidas estava a limitação da entrada de soviéticos com cargos diplomáticos e o
intercâmbio com outros países sobre agentes do KGB em atividade. O que fez os soviéticos
adotar como medida, a infiltração de residentes ilegais. Consistia na entrada de estrangeiros
com identidades falsas em determinado país de interesse.
O Brasil, mesmo com poucos recursos e menor contingente, desenvolvia arduamente a
vigilância de estrangeiros suspeitos de atividade de espionagem. Foi necessário um intercâmbio
de conhecimentos com outros países, para aprimoramento das técnicas de inteligência, que
ocasionou a criação de uma doutrina e um modelo de escola de formação de agentes,
reconhecidos internacionalmente. (contraespionagem brasileira na guerra fria, como eles agiam
e conspiração contra o estado novo).

- METODOLOGIA, TÉCNICAS DE OBTENÇÃO DE INFORMES E O EMPREGO DA


VIGILÂNCIA DISSIMULADA:
A metodologia de obtenção de informes, tanto das redes de inteligência quanto das redes
clandestinas, são basicamente: a coleta, processamento e síntese das informações. Para essas
redes se manterem, possuem: um patrocinador que gera fundos para seu funcionamento,
podendo ser recursos do governo, no caso das redes de inteligência governamentais e nas redes
clandestinas, empresas legalizadas, mercado negro e até fontes ilegais de renda como: moto-
táxi clandestinos, contribuição extorquida de comerciantes, jogo do bicho, tráfico de drogas e
etc. Possuem também uma rede de colaboradores, compartimentada em células que podem ser
desfeitas facilmente, evitando a descoberta de seu mentor principal. Nas redes clandestinas,
seus colaboradores podem ser das mais variadas classes sociais. Podendo ser até das esferas do
serviço público e do poder judiciário, dando margem para impunidade. Mantendo o fluxo
constante de informações para o mentor, está o sistema de comunicações. A comunicação é
feita de maneira cifrada, ou seja, em códigos previamente combinados. Os informes vão
subindo dos subalternos até seus supervisores e por fim, no mentor da rede. Todos estes
componentes são direcionados para um alvo, no qual deseja se obter informes. No caso das
redes governamentais, um país estrangeiro e nas redes clandestinas, uma vítima em potencial
ou um rival.
Na fase de coleta é que as técnicas de obtenção de informes são usadas. Podendo citar como
uma das principais, a vigilância dissimulada. Independente do agente penetrar ou infiltrar-se no
território inimigo, o objetivo é sempre o de vigiar para coletar informações e se divide, de
acordo com sua natureza em: vigilância a pé, vigilância motorizada e vigilância estática. A
vigilância a pé, como o próprio nome diz, consiste na vigilância de determinado alvo, com
agentes seguindo-o a pé utilizando o método ABC, onde: o agente A segue o alvo; B segue o
agente A e o agente C segue os outros dois pelo outro lado de uma via, observando se o alvo
faz contato ou sinais visuais para alguém.
A vigilância motorizada, segue o mesmo princípio da vigilância a pé, sendo recomendado
no mínimo três e no máximo cinco veículos. Seguindo um alvo a pé ou com uso de veículos,
pode ser usado a técnica de surgir de determinados pontos ao longo do trajeto, uma vez
previamente conhecido seu destino. Isso evita que o alvo perceba que está sendo seguido. Já a
vigilância estática, consiste na observação de um alvo através de uma posição fixa. Podendo
ser: um vendedor ambulante, com uma barraca de doces disfarçado nas imediações do alvo,
uma pessoa parada num ponto de ônibus ou lanchonete, um mendigo, uma van ou carro
estacionado com uma câmera escondida e até um imóvel alugado com vista para a casa do alvo.
Em todas as modalidades de vigilância dissimulada, pode existir ou não, o emprego de meios
técnicos como: escutas, câmeras comuns ou disfarçadas em botões de camisa e até óculos.
Quando não há o uso de meios técnicos o agente aplica a técnica OMD (Observar, memorizar
e descrever). Consiste em fazer um reconhecimento geral de determinada situação, por
exemplo: o encontro do suspeito e seu parceiro. Em seguida, o agente memoriza todos os
detalhes possíveis deste encontro, inclusive o que acontecia à sua volta, para depois descrevê-
los fielmente tudo o que viu para seu superior.

- CONCLUSÃO:
De um modo geral, assim como as ações de inteligência, as ações clandestinas de espionagem
com emprego da vigilância dissimulada, mediante infiltração ou penetração de ambiente,
seguem a metodologia da coleta, processamento e síntese dos informes desde os tempos
primórdios. E assim como as grandes agências de Inteligência, as organizações clandestinas
que realizam essas ações, possuem um patrocinador, sua rede de agentes, um sistema de
comunicações e seus objetivos para onde direcionarão suas ações. A contraespionagem tem o
objetivo de neutralizar e defender-se dessas ações, induzindo ao erro todas as ações inimigas.

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