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Quid juris?
TÓPICOS DE CORREÇÃO
(estes tópicos são indicativos. Serão aceites outras respostas que partam de
pressupostos diferentes, desde que a letra do caso prático o permitisse e estejam
devidamente justificados)
Quanto a Carlos,
1
Seria admissível que defendessem que A deixou de perceber frutos devido à utilização da bicicleta por
C, porque deixou de a alugar a outra pessoa, caso em que deveria ser responsável em 80€. Mas o caso
não indica que A tivesse intenção de alugar a bicicleta a ninguém.
Logo, a diferença entre os dois patrimónios seria de 40.
Quanto a A,
B realizou uma benfeitoria útil à bicicleta: 216.º/3. Como a benfeitoria não pode
ser levantada, aplicam-se as regras do ESC (1273.º/2). A enriqueceu, B empobreceu.
Obrigação de restituir? Recorremos ao triplo limite:
1.º Enriquecimento em concreto: 0
Património atual de A: bicicleta que vale 220.
Património atual hipotética de A, se B não tivesse reparado a bicicleta: bicicleta
no valor de 220 e não teria gasto nada para arranjar a bicicleta porque Rodinhas a ia
arranjar de graça.
Logo, a diferença entre os dois patrimónios é de 0.
2.º Empobrecimento em abstrato: 150
Valor de mercado do arranjo da bicicleta.
3.º Empobrecimento em concreto: 150 + juros de ter o dinheiro a render no
banco.
Se B não tivesse arranjado a bicicleta teria 150 euros no seu património e
eventualmente teria recebido juros por ter o dinheiro a render no banco.