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O MOVIMENTO HIGIENISTA EM FOCO: PERSPECTIVAS DO SANITARISMO

EM JUIZ DE FORA NA PRIMEIRA REPÚBLICA.

NARCISO, Anderson J.A.*


andersonajan@hotmail.com

RESUMO
Este trabalho é um levantamento inicial sobre o os impactos de uma política higienista na
cidade de Juiz de Fora durante a Primeira República. A partir de indícios que a cidade
apresentava sobre o controle de doenças e saneamento básico, pretende-se abordar alguns
pontos sobre como se davam estas iniciativas e seus prováveis resultados nos primeiros anos
do século XX. Para isso, foram consultados relatórios da Inspetoria de Higiene disponíveis no
Arquivo da Prefeitura de Juiz de Fora. Além deste material, os Boletins da Sociedade de
Medicina e Cirurgia de Juiz de Fora, que se encontram no Arquivo Histórico da Universidade
Federal de Juiz de Fora, também foram analisados, a fim de se fazer um levantamento inicial
sobre o sanitarismo na cidade.
Palavras-Chave: Sanitarismo, Juiz de Fora, Primeira República.

ABSTRACT
This essay is an initial survey on the impacts of a hygienist policy in the city of Juiz de Fora
during the First Republic period in Brazil. From the evidences that the city showed on disease
control and sanitation, it is intended to address some points about how these initiatives
occurred and their likely outcomes in the early years of the twentieth century. Thus, we found
reports of the Inspectorate for Hygiene available in the Archive of the Municipality of Juiz de
Fora. In this material, the Bulletins of the Society of Physicians and Surgeons of Juiz de Fora,
which are in the Historical Archive of the Federal University of Juiz de Fora, were also
analyzed in order to make an initial research about sanitation in the city.
Keywords: Sanitation, Juiz de Fora, First Republic.

INTRODUÇÃO

Proferida em 1916, a célebre frase “O Brasil é um hospital” 1 tende a caracterizar uma


visão predominante na historiografia de como o país se encontrava em tempos da primeira

*
Graduando em História pela Universidade Federal de Juiz de Fora.
república. Circunstância que se estende a todo o território nacional, principalmente para
aquelas áreas conhecidas como os sertões, em que a miséria e a doença andavam sempre
juntas. O estado de Minas Gerais não apresentava diferenciação nestes aspectos, inclusive se
falarmos da cidade de Juiz de Fora, a mais urbanizada no período. Mas, colocando em análise
todo este movimento de higienismo, até que ponto, poderíamos enfatizar a doença como
característica do país?
Mantendo o foco do estudo na cidade de Juiz de Fora, este trabalho resulta de um
levantamento inicial de pesquisas sobre a documentação da Sociedade de Medicina e Cirurgia
e da Diretoria de Higiene perpassando alguns anos das primeiras e segundas décadas do
século XX. De modo assim a ajudar na compreensão do impacto deste movimento na
sociedade, os relatórios da Diretoria de Higiene tendem a direcionar os estudos sobre
saneamento básico, à moral cívica e também a um sentimento de conscientização aos
cidadãos juizforanos. Portanto, este levantamento inicial, busca apresentar alguns resultados e
levantar algumas hipóteses sobre todo o processo higienista da cidade. É a partir deste ponto
que as discussões sobre a campanha de higienização na cidade de Juiz de Fora começam a
tomar corpo, em uma época em que a consciência de nação ainda se formava e um sentimento
nacional precisava urgentemente se firmar.

HIGIENE E NAÇÃO – QUESTÕES PRELIMINARES

Primeiramente, trabalhar a questão higienista no Brasil representa uma tendência


historiográfica interessante sobre o processo de nacionalidade. O Movimento Higienista ou
Sanitarista representa durante as primeiras décadas da República uma forma de tentar instalar
um sentimento de nação na população, algo que, na visão de autoridades, se encontrava
perdido. Lima e Hochman (1996) destacam a ideia de que há vários caminhos para se
recuperar, ou mesmo fundar, o sentimento da nacionalidade através de recrutamento militar,
alfabetização, culto ao civismo, ampliação do colégio eleitoral e a ênfase na saúde, entre
outros. Portanto, criar um sujeito higienizado, era percorrer o caminho para a construção de
uma nação.
Este assunto chegou a ser bastante discutido no final da década de 1910 e início da
década de 1920, quando a higienização dos setores rurais não podia mais ser evitada – eram

1
A frase, em forma de denúncia, é do professor da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, Miguel Pereira, em
1916, e pretendia a denunciar o desleixo com o sanitarismo, e foi uma das iniciadoras da Campanha de
Saneamento Rural realizada no fim da década de 1910.
2
suplicadas melhores condições em muitos locais. Havia uma necessidade imprescindível para
esta tarefa, que passou a ser tema de diversas campanhas pelo país. Destaca-se, inclusive, o
desempenho do influente escritor brasileiro Monteiro Lobato, com seu Jeca Tatu2 e a frase:
“O Jeca não é assim: está assim”, que refletia o sentimento que precisava ser difundido
nacionalmente. No período em questão, as doenças que afligiam o país eram consideradas seu
principal problema e um obstáculo para a sua civilização. A pergunta de como se deu a
civilização através da higiene está constantemente no imaginário de muitos pesquisadores e
curiosos. A forma como a higiene possibilitou a civilização ainda hoje é uma constante entre
os pesquisadores e curiosos.
Mas é certo que, desde a criação dos Departamentos de Saúde, no fim do século XIX,
instaurava-se uma busca por maiores esforços no que tangia ao controle de doenças de alto
contágio. A medicina começava a se destacar com alguns avanços e descobertas de micro-
organismos, que viriam a contribuir e muito para que houvesse uma compreensão de como
agir em determinados casos. Este era o plano de fundo ideal para aquele momento, em que a
urbanização figurava uma importante característica do republicanismo que dava seus
primeiros passos. Este era o momento ideal para se por em prática as normas higienistas. O
momento em que a urbanização representava uma importanta característica do republicanismo
que dava importantes passos.
No entanto, uma hipótese que sempre vem à tona diz respeito ao mascaramento da
situação de diversos cantos do país. Muito se falava em higiene, mas pouco se via. Se a
República via nas cidades urbanizadas uma necessidade tão grande de mostrar o avanço de
uma cultura higienizada, acabou por esquecer-se de localidades que concentravam uma boa
parte da população: os sertões. E algumas questões preliminares surgem para instigar a
pesquisa. Dentre elas: como se deu esta organização de mudar uma cultura entrelaçada na
nação brasileira de uma hora para outra? Como se efetivou de fato o processo higienista? O
que a nação temia quanto a isso? São perguntas que por muitas vezes ficam sem respostas.
Perceber esta atuação como um todo é entender como o Brasil se organizava frente ao
republicanismo. Era deste modo que o país tentava instaurar um modo de vida que nunca
antes fora permitido entre os que viviam por aqui. O país neste momento começava a importar
da Europa um cientificismo, impulsionados, principalmente, por uma atmosfera industrial.
Este cientificismo terá destaque na cidade do Rio de Janeiro, que começará a absorver aos

2
O Jeca-Tatu foi um personagem criado por Monteiro Lobato, inserido no livro de contos Urupês (contos
baseados na vida do trabalhador rural paulista), o personagem serviu como exemplo da situação do país,
enfatizando o caboclo brasileiro, o abandono dos poderes públicos às devidas doenças e o seu atraso de vida.
3
poucos diversos modelos de hábitos e costumes médicos, importados essencialmente da
França ou Inglaterra3. Porém, hábitos e costumes não mudam instantaneamente. Uma vez na
tentativa de instalar um projeto de sanitarismo e, consequentemente, uma mudança na vida
rotineira daquele cidadão do fim do século XIX no Brasil, o processo teve as mais variadas
respostas. Entre elas, até mesmo uma revolta contra a vacinação4, em que o Brasil se viu
frente a um sanitarismo lento e gradual, e encontrando, assim, diversas dificuldades para
poder se efetivar de fato.
Carlos Fidelis Pontes (2007) aponta que a imagem transmitida pelo Brasil durante os
primeiros anos do século XX será exatamente a de um povo analfabeto, abandonado pelo
Estado e entregue à própria sorte5. Deste modo, questiona-se sobre até que ponto as medidas
sanitárias conseguiram mudar culturalmente a vida do brasileiro. De algum modo, surgem
diversas indagações sobre quais foram as medidas que realmente deram certo e quais falharam
e o porquê de muitas vezes a população clamar por algumas ajudas que eram simplesmente
ignoradas pelo Estado. É a partir deste caminho que se desperta um interesse em traçar uma
linha sobre como se efetivou o Movimento Higienista em Juiz de Fora, e quais foram os
impactos e as respostas da sociedade frente a estas iniciativas.

IMPRESSÕES DO SANITARISMO EM JUIZ DE FORA NOS PRIMEIROS ANOS


DO SÉCULO XX.

Em algumas localidades do país via-se um crescimento significativo de movimentos


que ansiavam por uma mudança no convívio e nos modos dos brasileiros. Como dito, efetivar
esta prática era firmar um sentimento republicano. Minas Gerais se destacaria nessas práticas
de uma forma bem interessante, e um dos exemplos a se trabalhar é como isso se efetivou de
fato na cidade de Juiz de Fora. A cidade, que desde o século XIX já era considerada um dos

3
Na Inglaterra, a partir de 1845, o governo passa a regulamentar as ações de sanitarismo, aceitando, assim, uma
responsabilidade pública. Laier (2008) ressalta que, a partir deste momento, a saúde pública tornava-se algo
político, cabendo a governos locais, programar essas medidas reformadoras.
4
Conhecida hoje como a Revolta da Vacina, ocorreu na cidade do Rio de Janeiro entre os dias 10 e 16 de
novembro de 1904 e sempre vêm à tona, quando tratado este assunto. É um dos mais famosos exemplos de
reação do povo brasileiro frente à campanha sanitarista. Entretanto, diversos fatores contribuíram para a
exaltação deste sentimento, como a derrubada de casas para o saneamento e a Lei da Vacina Obrigatória – que,
por muitas vezes, permitia que brigadas sanitárias entrassem nas casas da população e aplicasse a vacina à força.
(SEVCENKO, 2001, p.46)
5
Pontes (2007, p.75-76) em seu trabalho destaca que, em meados da década de 1910, os sanitaristas em
expedições por todo o Brasil, constataram que a característica “sertaneja” ainda predominava em muitos
municípios. Isso acabou por chocar-se com a visão romântica e ufanista, que prevalecera até então, de que o país
estava se tornando de fato um país higienizado.
4
mais importantes centros urbanos do Império, por conta de sua economia baseada na
cafeicultura, teve seu pioneirismo enfatizado, segundo Laier (2008), a partir da construção da
rodovia União Indústria em 1861, além da edificação da Estrada de Ferro Central e da
primeira usina hidrelétrica da América do Sul em 1889.
A cidade vinha ganhando os olhos da República, a partir do momento em que se
tornou uma das maiores cidades de Minas Gerais, neste período cafeeiro. Deste modo, Juiz de
Fora procurava se inserir nos rumos para a modernidade, a partir do preceito que ficou
subentendido no início da República de que se pretendia esquecer o passado colonial e
imperial do país. Para isso, medidas começaram a ser tomadas, principalmente no início do
século XX, para que a população pudesse perceber a imagem que o Brasil República queria
mostrar. Estas medidas são analisadas ainda hoje como um artifício estrategista. A nação
precisava se constituir fosse através da melhoria dos espaços públicos, de escolas bem
construídas ou mesmo de uma nova cultura para se viver. Deste modo, o sanitarismo se torna
um dos primeiros passos em Juiz de Fora em que se intencionava constituir um
aprimoramento da “raça” e da “condição de vida” do juiz-forano a fim de alavancar o
progresso de nação.
Uma das primeiras referências quando tratamos deste assunto em Juiz de Fora é a
constituição da Sociedade de Medicina e Cirurgia de Juiz de Fora – uma das iniciativas que se
pretende explorar na presente pesquisa. Esta sociedade teve sua inauguração em 20 de
Outubro de 1889, presidida pelo ilustre médico da cidade Dr. João Penido. Basicamente,
reuniam-se médicos importantes da cidade e região para discutirem doenças que estivessem
proliferando, tratamentos e precauções que pudessem ser difundidas pela cidade. Propunham
também a investigação da causa de insalubridade e protestavam contra o descaso com a saúde.
Esta sociedade teve sua primeira gestão até 1902, dirigida pelo mesmo médico, e enfrentou
um período conturbado no início do século XX por pensar em higienismo em uma época em
que não se efetuavam tais práticas.
Ainda em fase inicial, a pesquisa vem explorando um pouco os boletins emitidos pela
Sociedade de Medicina e Cirurgia, baseados em atas de reuniões da sociedade. Não se sabe
até que ponto eram expostos os dados destes boletins. Mas, em uma análise preliminar,
notamos um empenho por parte dos integrantes da Sociedade e uma conscientização de que a
mudança de cultura era necessária para se criarum sujeito higienizado. Participantes como o
Dr. Ambrósio Braga e o Dr. Duarte de Abreu são figuras reconhecidas nestes relatórios. Em
uma passagem do boletim de 1904, os médicos discutiam a abrangência da febre amarela e

5
outras moléstias na cidade, além do uso de novas ferramentas, como o termômetro, que seria
um meio eficaz para ajudar a combater e diagnosticar determinadas doenças (RANGEL;
NAVA. 1904, p.8).
Outras passagens destacam a preocupação dos médicos com a resposta da população,
que via aquilo como uma interrupção nos costumes, os quais achavam normais ou adequados.
Esta interrupção é, sem dúvida, um dos maiores problemas a se enfrentar e, por isso, merece
um estudo mais aprofundado. As dificuldades para esta Sociedade foram imensas. Entretanto,
deve-se reconhecer que, mesmo com dificuldades, o higienismo conseguiu se instaurar na
cidade, mesmo que em seus anos iniciais não tenha atingido extremas mudanças (assim como
todas as tentativas higienistas). Ainda pretende-se analisar mais profundamente na atual
pesquisa o que a Sociedade de Medicina e Cirurgia de Juiz de Fora fez para a questão
higienista ao longo dos anos seguintes, em especial no fim da década de 1910 e na década de
19206.
Diante da “modernidade” que a Sociedade tentava significar para a cidade, traçava-se
uma diretriz que deveria seguir para que se chegasse finalmente no sujeito higienizado. Sobre
este momento, a cidade passou a contar também com um órgão instituído especialmente para
verificar os problemas do sanitarismo. Em 1892, foi instalada a Inspetoria de Higiene,
firmando uma imagem higienista para a elite que lá residia. Dentre os sinais que deveriam
mostrar um novo conceito higienista, esta Inspetoria trouxe algumas mudanças, tentou aplicar
outras e, assim, enfrentou algumas dificuldades ao longo de muitos anos.
A Inspetoria de Higiene, que chegou à cidade defendendo mudanças no que dizia
respeito aos locais públicos, foi de extrema utilidade para os moradores da região. Casos
como a limpeza de praças, ruas e outros locais de acesso aos cidadãos começaram, a partir de
então, a receber maior atenção. E, quando não eram atendidos esses cidadãos se mobilizavam
a fim de conseguir suas metas, como é o caso da coleta de lixo, que durante muitos anos foi
um recorrente pedido da população. A partir da Inspetoria de Higiene, passou-se a ter um
controle melhor das carroças que iriam recolher o lixo. Este foi, sem dúvida, um esforço que
levou alguns anos para ser conseguido.

6
É neste período que em Juiz de Fora a cultura higienista começa ter um efeito mais promissor. Nos Grupos
Escolares, por exemplo, já começam a serem mais frequentes as visitas de médicos para inspeção nos alunos. No
ano de 1920, foi instalado nos Grupos “José Rangel” e “Delfim Moreira” (Grupo Central) que funcionavam no
mesmo prédio, uma sala com um consultório odontológico onde diariamente eram atendidas alunos. Observa-se
que, nesta década, a consciência de criar um sujeito higienizado em Juiz de Fora adquire um caráter mais sólido.
(NARCISO, 2011, p.8)
6
Mas, em se tratando do início do século XX e da salubridade em Juiz de Fora,
podemos nos deparar com um imenso paradoxo: afinal, se por um lado se avançava a
modernidade com estes movimentos higienizadores, ao mesmo tempo, havia novos e
complicados problemas. Problemas estes que atrasavam, de certa forma, o caminhar da
Manchester Mineira. Juiz de Fora foi marcada por problemas que acabaram fugindo do
alcance da Inspetoria. Alguns relatórios apontam, por exemplo, a falta de água, encanamento
e esgoto em diversos bairros da cidade. Obviamente, isso poderia significar uma qualidade de
vida comprometida. Dentre os locais que mais se destacam estavam a Rua Marechal Deodoro
e as ruas do Morro do Santo Antônio7. Mas até mesmo as ruas próximas ao centro da cidade
não escapavam do mal-estar e da falta de encanamento.
Estes mesmos relatórios realizados pelos inspetores de higiene apontam para outros
problemas que interferiam diretamente na cultura da população, este se dava quando os
inspetores realizavam suas visitas para inspecionarem a salubridade das casas, já que, em
grande parte das vezes, recebiam um “não” como resposta. Muitas das passagens relatam
grosseria de moradores que se recusavam a abrir suas portas para que a Inspetoria de Higiene
tentasse identificar os problemas e, assim, buscasse uma solução para a imundice. O mesmo
pode se dizer do sistema de vacinação, que será bastante priorizado pela Inspetoria de
Higiene. Estão disponíveis no Arquivo da Prefeitura de Juiz de Fora diversos relatórios sobre
as medidas de vacinação e puericultura.
Esta tentativa de implantação de uma melhor higiene inclusive tentará ser imposta
através dos filhos e atingir, assim, os pais, uma vez que, cabe ressaltar aqui, que a cultura
escolar estava sendo mudada também com a tentativa de instalar prédios higienizados para os
grupos escolares8. Mas o que se nota é que também houve, por parte da população, uma
resistência à vacinação. A principal causa disso foi a oposição para a rápida mudança de
cultura que a Inspetoria tentava instalar. O que acarretava, consequentemente, em uma maior
proliferação de doenças que, durante a década de 1910, voltaria a aparecer com bastante força
na cidade de Juiz de Fora.

CONSIDERAÇÕES FINAIS
A partir do trabalho proposto, colocam-se em questão alguns dados iniciais. Ao que
parecia, a população de Juiz de Fora estava voltada a conseguir uma melhor salubridade em

7
Relatório da Inspetoria de Higiene do dia 11 de Abril de 1900.
8
Esta cultura passou a ser disseminada pela cidade principalmente depois da criação dos Grupos Escolares
Centrais (José Rangel e Delfim Moreira) em 1906, através da Lei João Pinheiro (NARCISO. 2011, p.3)
7
espaços públicos – vide a luta pelo recolhimento de lixo ou limpeza de praças. Mas, uma vez
que a cultura sanitarista voltasse para dentro de suas casas, havia uma enorme resistência por
parte da população. Com isso, pretende-se investigar nas próximas oportunidades até que
ponto foi esta resistência e como a Inspetoria de Higiene conseguiu avançar em seus
trabalhos. São perguntas que ficam em aberto e sustentam a continuidade a pesquisa em
questão.

FONTES:
Arquivo Histórico da Cidade de Juiz de Fora
V – Órgãos e Funcionários da Câmara
Parte 3: Inspetoria/Serviço/Diretoria de Higiene

Série Documentos
143 Correspondência do Inspetor Municipal de Higiene com o presidente da Câmara.
144 Correspondências expedidas e recebidas pelo Diretor de Higiene (1900-1918)
147 Documentos referentes à Limpeza Pública (1890-1918)
148 Documentos referentes às Multas lavradas pela Inspetoria/Serviço de Higiene (1893-
1918)
149 Relatórios relativos Inspetoria/Serviço/Diretoria de Higiene (1901-1918)
149/1 Relatórios Anuais da Diretoria de Higiene (1901-1907)
150 Documentos referentes Liga Mineira contra a Tuberculose (1905-1920)
151 Documentos referentes à Vacinação e Saúde (1898- 1918)

Arquivo da Universidade Federal de Juiz de Fora


Série Documento
SMC1B04 Boletins da Sociedade de Medicina e Cirurgia de Juiz de Fora

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRAGA, Marina F. Arquitetura e espaço escolar na “Atenas Mineira”: Os grupos


escolares de Juiz de Fora (1907-1927). Dissertação (Mestrado em Educação). Programa de
Pós-Graduação em Educação, Universidade Federal do Paraná.

8
LIMA, Nísia Trindade, HOCHMAN, Gilberto. Condenado pela raça, absolvido pela
medicina: O Brasil descoberto pelo movimento sanitarista da Primeira República. In: MAIO,
Marcos Chor, SANTOS, Ricardo Ventura (Orgs.). Raça, ciência e sociedade. Rio de Janeiro:
Fiocruz, Centro Cultural Banco do Brasil, 1996. 252p.

PONTE, Carlos Fidelis; LIMA, Nísia Trindade; KROPF, Simone Petraglia. O sanitarismo
redescobre o Brasil. Disponível em: http://www.ebookscenter.co.uk/download/O-
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ROCHA, S.M.M. O Processo de Trabalho em Saúde e a Enfermagem Pediátrica:


socialidade e historicidade do conhecimento. Tese apresentada a Esc. Enf.-USP para
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SEVCENKO, Nicolau. A Revolta da vacina: Mentes insanas em corpos rebeldes. São Paulo:
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BARROSO, Elaine Aparecida Laier. Modernização e Higienismo: controle sanitário e


gestão político-científica na Manchester Mineira (1891-1906). Disponível em:
http://www.ufjf.br/ppghistoria/files/2009/12/Elaine-Laier1.pdf Acesso em: 23 de maio de
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SANTOS, Luiz Antonio de Castro. O pensamento sanitarista na Primeira República: Uma


ideologia de construção da nacionalidade. Dados – Revista de Ciências Sociais, Rio de
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NARCISO, Anderson J. A.. A Higiene Escolar nos Grupos Centrais de Juiz de Fora. In:
Congresso de Pesquisa e Ensino de História da Educação em Minas Gerais, 6, 2011, Viçosa.
Anais... Viçosa: Universidade Federal de Viçosa, 2011, 1 CD.

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