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Revolução Industrial

As máquinas foram inventadas, com o propósito de poupar o tempo do trabalho


humano. Uma delas era a máquina a vapor que foi construída na Inglaterra durante o
século XVIII. Graças a essas máquinas, a produção de mercadorias ficou maior e os
lucros também cresceram. Vários empresários; então, começaram a investir nas
indústrias.

Com tanto avanço, as fábricas começaram a se espalhar pela Inglaterra trazendo várias
mudanças. Esse período é chamado pelos historiadores de Revolução Industrial e ela
começou na Inglaterra.
A burguesia inglesa era muito rica e durante muitos anos continuou ampliando seus
negócios de várias maneiras:

 financiando ataques piratas (corsários)


 traficando escravos
 emprestando dinheiro a juros
 pagando baixos salários aos artesãos que trabalhavam nas manufaturas
 vencendo guerras
 comerciando
 impondo tratados a países mais fracos

Os ingleses davam muita importância ao comércio (quanto mais comércio havia, maior
era a concorrência).

Quando se existe comércio, existe concorrência e para acabar com ela, era preciso
baixar os preços. Logo, a burguesia inglesa começou a aperfeiçoar suas máquinas e a
investir nas indústrias.

Vários camponeses foram trabalhar nas fábricas e formaram uma nova classe social:
o proletariado.

O desenvolvimento industrial arruinou os artesãos, pois os produtos eram


confeccionados com mais rapidez nas fábricas. A valorização da ciência, a liberdade
individual e a crença no progresso incentivaram o homem a inventar máquinas.

O governo inglês dava muita importância à educação e aos estudos científicos e isso
também favoreceu as descobertas tecnológicas.

Graças à Marinha Inglesa (que era a maior do mundo e estava em quase todos os
continentes) a Inglaterra podia vender seus produtos em quase todos os lugares do
planeta.

No século XIX a Revolução Industrial chegou até a França e com o desenvolvimento


das ferrovias cresceu ainda mais.

Em 1850, chegou até a Alemanha e só no final do século XIX; na Itália e na Rússia, já


nos EUA, o desenvolvimento industrial só se deu na segunda metade do século XIX.
No Japão, só nas últimas décadas do século XIX, quando o Estado se ligou à burguesia
(o governo emprestava dinheiro para os empresários que quisessem ampliar seus
negócios, além de montar e vender indústrias para as famílias ricas), é que
a industrialização começou a crescer. O Estado japonês esforçava-se ao máximo para
incentivar o desenvolvimento capitalista e industrial.

Adam Smith (pensador escocês) escreveu em 1776 o livro “A Riqueza das Nações”,
nessa obra (que é considerada a obra fundadora da ciência econômica), Smith afirma
que o individualismo é bom para toda a sociedade.

Para ele, o Estado deveria interferir o mínimo possível na economia. Adam Smith
também considerava que as atividades que envolvem o trabalho humano são
importantes e que a indústria amplia a divisão do trabalho aumentando a produtividade,
ou seja, cada um deve se especializar em uma só tarefa para que o trabalho renda mais.

A Revolução Industrial trouxe riqueza para os burgueses; porém, os trabalhadores


viviam na miséria.

Muitas mulheres e crianças faziam o trabalho pesado e ganhavam muito pouco, a


jornada de trabalho variava de 14 a 16 horas diárias para as mulheres, e de 10 a 12 horas
por dia para as crianças.

Enquanto os burgueses se reuniam em grandes festas para comemorar os lucros, os


trabalhadores chegavam à conclusão que teriam que começar a lutar pelos seus direitos.

O chamado Ludismo foi uma das primeiras formas de luta dos trabalhadores. O
movimento ludita era formado por grupos de trabalhadores que invadiam as fábricas e
quebravam as máquinas.

Os ludistas conseguiram algumas vitórias, por exemplo, alguns patrões não reduziram
os salários com medo de uma rebelião.

Além do ludismo , surgiram outras organizações operárias, além dos sindicatos e


das greves.

Em 1830, formou-se na Inglaterra o movimento cartista. Os cartistas redigiram um


documento chamado “Carta do Povo” e o enviaram ao parlamento inglês. A principal
reivindicação era o direito do voto para todos os homens (sufrágio universal masculino),
mas somente em 1867 esse direito foi conquistado.

Thomas Malthus foi um economista inglês que afirmava que o crescimento da


população era culpa dos pobres que tinham muitos filhos e não tinham como alimentá-
los. Para ele, as catástrofes naturais e as causadas pelos homens tinham o papel de
reduzir a população, equilibrando, assim, a quantidade de pessoas e a de comida.

Além disso, Malthus criticava a distribuição de renda. O seu raciocínio era muito
simples: os responsáveis pelo desenvolvimento cultural eram os ricos e cobrar impostos
deles para ajudar os pobres era errado, afinal de contas era a classe rica que patrocinava
a cultura.
O Parlamento inglês (que aparentemente pensava como Malthus) adotou, em 1834, uma
lei que abolia qualquer tipo de ajuda do governo aos pobres. A desculpa usada foi a que
ajudando os pobres, a preguiça seria estimulada. O desamparo serviria como um
estímulo para que eles procurassem emprego.

A revolução Industrial mudou a vida da humanidade.

A vida nas cidades se tornou mais importante que a vida no campo e isso trouxe muitas
consequências: nas cidades os habitantes e trabalhadores moravam em condições
precárias e conviviam diariamente com a falta de higiene, isso sem contar com o
constante medo do desemprego e da miséria.

Por um outro lado, a Revolução Industrial estimulou os pesquisadores, engenheiros e


inventores a aperfeiçoar a indústria. Isso fez com que surgisse novas tecnologias:
locomotivas a vapor, barcos a vapor, telégrafo e a fotografia.

Leia mais sobre as Consequências da Revolução Industrial.

Mobilidade Urbana no Brasil


Mobilidade urbana é a forma e os meios utilizados pela população para se deslocar
dentro do espaço urbano.
Para avaliar a mobilidade urbana é preciso levar em conta fatores como:
 a organização do território;
 fluxo de transporte de pessoas e mercadorias;
 os meios de transportes utilizados.
História
Devido ao grande índice populacional, em algumas cidades brasileiras a mobilidade
urbana é considerada um dos principais desafios de gestão das cidades na atualidade.
O tema é alvo de debates e críticas devido à opção pelo transporte motorizado
individual, que os especialistas chamam de "paradigma do automóvel".
O paradigma do automóvel influenciou diretamente o traçado das cidades que surgiram
nas décadas de 50 e 60. O exemplo mais notório, no país, é a construção de
Brasília cujo deslocamento foi inteiramente pensado para ser feito em automóvel.
Entre os fatores que demonstram o fracasso do privilégio ao transporte motorizado
individual estão os engarrafamentos e a poluição do meio ambiente. Hoje, esses fatores
são comuns nas principais cidades brasileiras.
A frota de automóveis brasileira cresceu 400% em dez anos, conforme dados da FGV
(Fundação Getúlio Vargas), numa pesquisa realizada em 2016.
Já a construção de transportes alternativos e coletivos, como o metrô de superfície, não
apresentou o mesmo índice de aumento no mesmo período.

Dados da mobilidade urbana no Brasil


Atualmente, as cidades que mais sofrem com o inchaço no trânsito são,
respectivamente, São Paulo, Rio de Janeiro e Curitiba.
Na cidade de São Paulo, 5 milhões de pessoas viajam diariamente em ônibus,
enquanto 4 milhões utilizam o metrô. A cidade conta com uma frota de quase 7
milhões de veículos privados.
Uma das soluções encontradas foi o estabelecimento do rodízio entre carros
determinados pelo número da placa do veículo.
No entanto, a lei não se revelou eficaz. Isso porque algumas pessoas compraram um
segundo automóvel com número distinto a fim de continuarem a usar o veículo privado.
A cidade continua investindo na expansão da rede de metrô para minorar os efeitos do
trânsito caótico.
No Rio de Janeiro, 3 milhões de pessoas dependem do ônibus e 780 mil do metrô.
No entanto, com a Copa do Mundo (2010) e os Jogos Olímpicos (2014) muitos projetos
de mobilidade urbana saíram do papel e beneficiaram o cidadão.
Um deles foi a construção dos metrôs de superfície no centro da cidade e também em
zonas mais afastadas do centro a fim de proporcionar maior rapidez no deslocamento
diário.
O desafio principal do Rio de Janeiro segue sendo a integração com os municípios que
fazem parte do chamado "Grande Rio".
O transporte fluvial é usado abaixo da sua capacidade por conta dos interesses políticos
e comerciais das distintas prefeituras que circundam o Rio de Janeiro.
Em Curitiba, onde não há metrô, 2 milhões de pessoas necessitam se deslocar utilizando
ônibus.
Nos anos 90, a cidade foi pioneira:
 construção de corredores exclusivos para ônibus;
 plataformas onde o usuários pagava a tarifa antes de entrar;
 uso de coletivos capacidade para transportar mais de cem passageiros.

Problemas da mobilidade urbana


Tendo em conta a opção pelo transporte motorizado individual no nosso país, os
principais problemas encontrados são:
 Sobrecarregamento do espaço;
 Limitação do fluxo;
 Aumento do índice de acidentes, tendo como consequência mutilações graves ou mortes;
 Pequena oferta de alternativa de mobilidade para atender o excesso de passageiros que
dependem de transportes públicos;
 Poluição do ambiente.
A ausência de políticas específicas para aumentar a oferta de meios de transporte
viáveis e eficientes resulta diretamente na busca pelo transporte individual.
A situação é impulsionada pela pressão da indústria automobilística que, além de
dividendos, gera empregos no Brasil.
Mais automóveis nas ruas, porém, elevam a quantidade de acidentes de trânsito, onde a
maioria das vítimas está em plena capacidade produtiva. Há, ainda, o aumento da
pressão sobre a Previdência, em casos de mortes ou invalidez permanente.
Quanto ao meio ambiente, o aumento de gás carbônico na atmosfera é a consequência
mais visível devido aos resíduos dos combustíveis fósseis.
Igualmente devemos levar em conta a poluição sonora gerada pelo barulho dos motores
dos carros. O ruído provoca estresse no corpo, irritabilidade e cansaço.
Além disso, há os materiais que não são mais utilizados. Todos os anos, o Brasil
descarta milhares de pneus e peças em desuso, poluindo rios e áreas de preservação.
A prática da mobilidade urbana sustentável já é comum, mesmo no Brasil.
Esse conceito depende de vontade política para a implantação dos chamados veículos
sobre trilhos, como metrôs e trens de superfície. Integra, ainda, os chamados ônibus
limpos – que usam combustível alternativo – ciclovias e esteiras rolantes.
Para cidades que não são planas podem ser construídos teleféricos, elevadores e escadas
rolantes que permitem o rápido deslocamento sem poluir o meio ambiente.
Igualmente, o estímulo ao carro elétrico seria uma alternativa. Afinal, ele é movido
através de energia renovável e nem produz ruído.
Além do transporte motor, a mobilidade urbana sustentável deve atentar ao conforto de
quem prefere mover-se a pé.
Por isso, as calçadas devem estar em boas condições de circulação para pedestres,
cadeirantes, deficientes visuais e pessoas com mobilidade reduzida temporária ou
permanente.
Leia também Cidade Sustentável.
Lei de mobilidade urbana
Em 2012 foi sancionada a Lei de Mobilidade Urbana que deve ser aplicada em
municípios de mais de 20.000 habitantes.
A lei obriga aos municípios a elaborar um plano de mobilidade urbana que tenha como
objetivos:
O prazo era até janeiro de 2015 e até esta data somente 5% das prefeituras tinha
entregue o plano. Assim, foi estabelecido que as cidades poderiam apresentar seus
projetos até abril de 2018.
Mesmo assim, a lei foi saudada por especialistas como um avanço entre o poder político
e a sociedade civil. Além disso, obriga os municípios a trabalhar com planejamento e
questões a longo prazo.

Desafios da mobilidade urbana


Os desafios para a melhora da mobilidade urbana são diversos e atendem à
especificidades locais. No entanto, podemos citar alguns pontos em comum:
 melhoria dos transportes públicos;
 substituição da energia fóssil pela limpa;
 construção de ciclovias e ciclofaixas;
 diminuição de impostos para quem deseja adquirir um carro elétrico;
 integração dos meios de transporte através de bilhetes únicos e complementários.

Património cultural
Património (português europeu) ou patrimônio (português brasileiro) cultural é o conjunto de todos
os bens, manifestações populares, cultos, tradições tanto materiais
quanto imateriais (intangíveis), que reconhecidos de acordo com sua ancestralidade,
importância histórica e culturalde uma região (país, localidade ou comunidade)
adquirem um valor único e de durabilidade representativa simbólica/material. Assim, de
acordo com sua particularidade e significativa forma de expressão cultural, é
classificada como patrimônio cultural, determinando-se sua salva-guarda (proteção),
para garantir a continuidade e preservação. Com a intenção de assegurar, para as
gerações futuras conhecer seu passado, suas tradições, sua história, os costumes,
a cultura, a identidade de seu povo.[1][2]
Patrimônio é tudo aquilo que pertence a uma região. É a herança do passado e o que o
povo cria hoje. É obrigação de todas as pessoas, preservar, transmitir e deixar todo esse
legado às gerações vindouras.[3]
Do patrimônio cultural fazem parte bens imóveis tais como castelos, igrejas, casas, praças,
conjuntos urbanos, e ainda locais dotados de expressivo valor para a história,
a arqueologia, a paleontologia e a ciência em geral. Nos bens móveis incluem-se, por
exemplo, pinturas, esculturas e artesanato. Nos bens imateriais considera-se a literatura,
a música, o folclore, a linguagem e os costumes.[4]
Um local denominado patrimônio mundial é reconhecido pela Organização das Nações
Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) como tendo importância mundial
para a preservação dos patrimônios históricos e naturais de diversos países. Até à 30.ª
sessão do Comité do Patrimônio Mundial, em julho de 2006, eram 13 os sítios ou
conjuntos de sítios considerados patrimônio mundial em Portugal e 19 no Brasil.[5]
Portugal é um dos países com maior número de monumentos no mundo classificados
como patrimônio da humanidade[carece de fontes], o que demonstra a amplitude da sua atuação
mundial. Os monumentos portugueses podem ser encontrados por todo o mundo, o que
mostra bem a dimensão e influência da presença portuguesa a uma escala global.[carece de
fontes]

Do Brasil à Tanzânia, do Paraguai ao Sri Lanka, os portugueses deixaram marcas culturais


e de enorme valor, classificadas oficialmente pela UNESCO em três continentes
diferentes.[carece de fontes]

A proteção do património cultural


As entidades que procedem à identificação e classificação de certos bens como relevantes
para a cultura de um povo, de uma região ou mesmo de toda a humanidade, visam
também a salvaguarda e a protecção desses bens, de forma a que cheguem devidamente
preservados às gerações vindouras, e que possam ser objecto de estudo e fonte de
experiências emocionais para todos aqueles que os visitem ou deles usufruam.

No mundo

Bandeira da UNESCO

Ver artigo principal: Património Mundial


A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO)
promoveu em 1972 um tratado internacional denominado Convenção sobre a proteção
do patrimônio mundial, cultural e natural visando promover a identificação, a proteção e
a preservação do patrimônio cultural e natural de todo o mundo, considerado
especialmente valioso para a humanidade. [6]
Como complemento desse tratado foi aprovada em 2003 uma nova convenção, desta
vez especificamente sobre o patrimônio cultural imaterial.
Na Europa
O Conselho da Europa, organização que engloba 46 países num total de 800 milhões de
habitantes, considerando que o patrimônio constitui também um elemento de identidade e
diferenciação dos povos europeus no contexto mundial, desenvolveu um programa de
cooperação no domínio do patrimônio cultural e natural que visa essencialmente a
definição de políticas e nomenclaturas comuns, bem como o desenvolvimento de redes de
cooperação transnacionais, apoio técnico aos países membros e iniciativas de
sensibilização dos valores e do patrimônio.[7]
Atualidade

A Constituição de 1976 determina no seu Artº 78 que "incumbe ao Estado, em


colaboração com todos os agentes culturais promover a salva-guarda e a valorização do
patrimônio cultural, tornando-o elemento vivificador da identidade cultural comum."
Compete ao IPPAR-Instituto Português do Patrimônio Arquitetônico e ao IPA-Instituto
Português de Arquelogia - atribuições que serão assumidas pelo IGESPAR-Instituto de
Gestão do Patrimônio Arquitetônico e Arqueológico, no âmbito da nova lei orgânica
do Ministério da Cultura - proceder à inventariação e classificação dos bens culturais
portugueses.[9]
De acordo com a lei, os organismos competentes definem os critérios de seleção dos
locais, quer numa óptica histórico-cultural, estético-social ou técnico-científica, quer
ainda na perspectiva da integridade, autenticidade e exemplaridade do bem.
A evolução destes critérios ao longo dos anos leva a que, por exemplo, se incluam hoje
em dia no patrimônio cultural obras de arquitetura modernista ou de arquitetura
industria que antes não eram sequer consideradas.
A inventariação e classificação dos bens culturais leva a que sejam desencadeados
mecanismos de proteção a esses mesmos bens, quer no que diz respeito à sua
manutenção e conservação, quer à sua eventual alienação ou alteração.
A Constituição de 1946 contempla no seu texto a proteção do patrimônio dizendo no
seu artigo 175: "As obras, monumentos e documentos de valor histórico e artístico, bem
como os monumentos naturais, as paisagens e os locais dotados de particular beleza
ficam sob a proteção do Poder Público." [10]
A Constituição de 1988 estabelece no seu Artº 216 que "Constituem patrimônio cultural
brasileiro os bens de natureza material e imaterial, tomados individualmente ou em
conjunto, portadores de referência à identidade, à ação, à memória dos diferentes grupos
formadores da sociedade brasileira, nos quais se incluem: I - as formas de expressão; II -
os modos de criar, fazer e viver; III - as criações científicas, artísticas e tecnológicas; IV
- as obras, objetos, documentos, edificações e demais espaços destinados às
manifestações artístico-culturais; V - os conjuntos urbanos e sítios de valor histórico,
paisagístico, artístico, arqueológico, paleontológico, ecológico e científico.[11]
Para além de signatário da Convenção sobre a proteção do patrimônio mundial, cultural
e natural e da Convenção sobre o patrimônio cultural imaterial, a proteção dos bens
culturais em território brasileiro está garantida pela Lei Federal nº 25, de 30 de
Novembro de 1937[12] a qual define as regras do "tombamento" (inventariação) dos bens
pertencentes ao "Patrimônio Histórico e Artístico Nacional", bem como a protecção a
que esses bens ficam sujeitos no sentido da sua preservação e conservação.
No sentido do apoio ao patrimônio cultural é ainda "facultado aos Estados e ao Distrito
Federal vincular a fundo estadual de fomento à cultura até cinco décimos por cento de
sua receita tributária líquida, para o financiamento de programas e projetos
culturais"(artº 216-V-§6) [11]
O órgão nacional encarregado de promover a proteção patrimonial é o IPHAN -
Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, criado em 1937 (tendo, ao longo
da história, recebido outras denominações e sofrido diversas alterações em seu status
administrativo), contando em sua origem com a participação direta do escritor Mário de
Andrade.[13]
Segundo estudo da Universidade Federal de Viçosa, 100% das edificações brasileiras de
relevância histórica, principalmente igrejas e casarões, estão ameaçadas
pelos cupins, carunchos, traças, brocas e outros insetos xilófagos. Segundo o professor e
engenheiro florestal Norivaldo dos Anjos, "se não forem tomadas medidas urgentes e
eficazes, o país perderá, no máximo em 50 anos, os acervos dos séculos 17, 18 e 19, que
guardam a memória e atraem turismo".[14]
A luta por direitos e a importância da mobilização e das lutas sociais
A luta por direitos a nível internacional tem avançado muito nas últimas décadas.
Muitos países já reconhecem uma série de direitos econômicos, sociais, culturais e
ambientais. Populações e povos que dependem das florestas, sobretudo os indígenas, já
têm ganhado mais reconhecimento em termos de direitos a seus territórios
tradicionalmente ocupadas a nível internacional. Mesmo assim, apesar destes avanços,
muitas violações de direitos continuam ocorrendo e aumentando, como podemos ver
neste boletim com artigos e depoimentos de Nigéria, Sierra Leone, Indonésia e Chile.
O que chama a atenção é que nas histórias contadas neste boletim, de comunidades que
buscam defender seus direitos, que as empresas que se apropriam de suas terras,
também se acham no direito de fazer isso, se consideram também portadores de direitos.
E no jogo de poder desigual, os estados tendem a privilegiar os direitos individuais de
empresas e os direitos dos mercados livres, sobre os direitos coletivos de comunidades
indígenas, camponesas e outras afetadas pelas ações dessas empresas.
Para avançar nas lutas por direitos, continua fundamental, sem dúvida, a luta por
garantir e manter os direitos das comunidades que, cada vez mais, são afetadas por
grandes projetos empresariais que querem se apropriar dos seus territórios, até mesmo
da natureza como toda (veja nosso boletim de janeiro 2014 sobre “serviços
ambientais”). Além disso, a luta por direitos coletivos como as lutas da Via Campesina
pelo direito a soberania alimentar e pelos direitos das camponesas e camponeses em
geral, têm uma importância grande, exatamente por serem direitos coletivos e não
individuais, quer dizer, são direitos que mexem na lógica da privatização e da
apropriação individual/empresarial do capitalismo; mexem na lógica do neoliberalismo,
a partir do qual as transnacionais se acham no direito – individualizado – de se apropriar
de e mercantilizar absolutamente tudo: territórios de povos e comunidades, as águas, até
mesmo o carbono e a biodiversidade das florestas são vendidos para garantir grandes
empresas exercer seu “direito de poluir”.
Mas parece ser fundamental também que a luta por direitos não pode ser dissociada da
luta que visa organizar e mobilizar as comunidades para defender aquilo que é mais
sagrada para elas: seus territórios.
Esses são mais ameaçados como nunca antes, se olhamos para as previsões e planos das
transnacionais de extração de minério, de petróleo, de construção de hidrelétricas e
planos de expansão do agronegócio. Por isso, as histórias de comunidades que lutam por
seu território, na maioria das vezes de forma muito isolada, mostra a importância da
necessidade da organização e da mobilização, de buscar ampliar sempre o leque de
alianças com movimentos sociais e outros segmentos da sociedade civil que
compartilham o compromisso com a luta contra as injustiças e pela transformação
social. Isso não só parece ser crucial para fazer avançar a luta por direitos, mas também
para questionar mais efetivamente as relações de poder injustas e desiguais que regem o
mundo, o que resulta numa falta constante de efetivar direitos fundamentais para a
maioria do povo e concede muitos direitos a uma minoria que representa os interesses
do grande capital produtivo e financeiro-especulativo.

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