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307
COMITÊ BRASILEIRO DE BARRAGENS
Barragens de Rejeitos no Brasil
EDIÇÃO:
COMITÊ BRASILEIRO DE BARRAGENS
PIMENTA DE AVILA CONSULTORIA LTDA
1
Barragens de Rejeitos no Brasil
NO BRASIL ALUNORTE
EDITORES: ALUMAR
COORDENAÇÃO GERAL:
ANGLO GOLD
Joaquim Pimenta de Avila
CBA
REVISÃO E EDIÇÃO:
KINROSS
Marta Aparecida Sawaya Miranda
MPSA
COORDENAÇÃO DE TEXTOS:
MRN
Marcos de Avila Pimenta Filho
SAMARCO
PROJETO GRÁFICO E DIAGRAMAÇÃO:
VALE
Marina Hochman
VALE FERTILIZANTES
FOTO DA CAPA:
VOTORANTIM
Marcelo Rosa
Arquivo vale_ae865496 - junho 2011 YAMANA GOLD
CIP-BRASIL. CATALOGAÇÃO-NA-FONTE
SINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS, RJ
B25
2
Barragens de Rejeitos no Brasil
CONTEÚDO
PRIMEIRA PARTE:
AS BARRAGENS DE REJEITOS NO BRASIL:
SUA EVOLUÇÃO NOS ÚLTIMOS ANOS
SEGUNDA PARTE:
DOCUMENTÁRIO SOBRE
BARRAGENS DE REJEITOS NO BRASIL
TERCEIRA PARTE:
RELATO DE ACIDENTE E
FECHAMENTO DE BARRAGEM
EDIÇÃO:
COMITÊ BRASILEIRO DE BARRAGENS
PIMENTA DE AVILA CONSULTORIA LTDA
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Barragens de Rejeitos no Brasil
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Barragens de Rejeitos no Brasil
PREFÁCIO
Erton Carvalho
PRESIDENTE DO CBDB
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Barragens de Rejeitos no Brasil
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Barragens de Rejeitos no Brasil
Parte I
AS BARRAGENS DE REJEITOS NO BRASIL:
SUA EVOLUÇÃO NOS ÚLTIMOS ANOS
Por: Joaquim Pimenta de Ávila
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Barragens de Rejeitos no Brasil
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Barragens de Rejeitos no Brasil
SUMÁRIO Parte I
1 - INTRODUÇÃO 6
de Segurança de Barragens 12
4 - REFERÊNCIAS 25
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Barragens de Rejeitos no Brasil
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Barragens de Rejeitos no Brasil
1 - INTRODUÇÃO
Este texto apresenta um sumário da Até esta época, a exploração do ouro
experiência brasileira em barragens de contenção utilizava técnicas e ferramentas rudimentares
de resíduos de mineração e de indústria. na lavagem e beneficiamento do minério.
Descreve, de forma sintética, a evolução histórica Eschwege aplicou técnicas modernas para a
das barragens de rejeitos no Brasil, com foco em época, dando inicio a uma profunda galeria para
seu desenvolvimento de tecnologias de esgotamento de água e elaborou o primeiro
disposição e na aplicação das técnicas da plano de lavra subterrânea em Passagem. Em
engenharia de barragens ao projeto e construção 1821, Eschwege deixou o Brasil e desta época
de barragens de rejeitos. em diante a propriedade passou pelas mãos de
vários mineradores, ficando a exploração
As barragens de rejeitos no Brasil surgiram
paralisada em alguns momentos devido à
das atividades de mineração, as quais tiveram seu
conjuntura econômica do Brasil e à baixa
início no Brasil, em épocas que remontam há
cotação do ouro no mercado. Atualmente, a
cerca de 300 anos atrás. Antes até da corrida do
Mina de Passagem foi transformada num
ouro no oeste americano, a atividade de
complexo turístico onde os equipamentos
mineração de ouro no Brasil já havia se iniciado
desativados foram requalificados. Há alguns
com a Mina da Passagem, em Mariana, conforme
anos a mina também passou a ser utilizada para
é descrito adiante neste capítulo. Esta mina é
mergulho nas galerias e túneis inundados pelas
descrita a seguir, pela importância histórica que
águas do lençol freático. O acesso é feito por
tem na mineração brasileira.
meio de um trolley e a estrutura é a mesma
A Mina de Passagem está localizada na Vila utilizada na época de Eschwege. A Mina de
de Passagem, lugar da passagem da estrada entre Passagem é um bom exemplo de iniciativa de
Ouro Preto e Mariana sobre o Ribeirão do valorização e utilização de minas antigas para
Carmo, a sudeste de Belo Horizonte. geoturismo, o que já é bastante difundido na
A mineralização está inserida no Supergrupo Europa. [Ref. 1]
Minas, entre a Formação Cauê, no topo, e o Grupo Em relação aos rejeitos de mineração, as
Caraça (Formação Moeda e Batatal) ou Grupo atividades de mineração, por muito tempo
Nova Lima (Supergrupo Rio das Velhas). descartaram seus resíduos na natureza, em
De acordo com Ruchkys e Renger [Ref. 1], cursos d’água ou lançando-os em terrenos
o ouro primário foi descoberto na região no início adjacentes, formando depósitos sem nenhuma
do século XVIII, sendo que uma lavra rudimentar preocupação de ordenação e sistematização. A
foi iniciada em 1729. Entre 1729 a 1819, vários situação no Brasil, não foi diferente do resto
mineiros obtiveram concessões para explorar a do mundo e a evolução deste assunto no
propriedade mineral de Passagem até que em panorama mundial pode ser percebida por um
1819 ela foi adquirida, junto com algumas levantamento feito pelo USCOLD, em 2004
concessões vizinhas, pelo Barão de Eschwege, que [Ref.2], como a seguir.
criou a primeira companhia mineradora do País Antes do século XV, a geração de rejeitos
de capital privado, com o nome de Sociedade pelas empresas de mineração e os impactos
Mineralógica da Passagem, e instalou um engenho decorrentes de sua disposição no meio ambiente
com nove pilões e moinhos para pedras — até eram considerados desprezíveis. No entanto, com
então não usados no Brasil. a introdução da força a vapor e com o aumento
11
Barragens de Rejeitos no Brasil
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Barragens de Rejeitos no Brasil
Assim, a construção de barragens de rejeitos barragens estão descritas no livro sobre barragens
no Brasil teve por muitos anos aplicada a prática de rejeitos no Brasil editado pelo CBDB.
de utilizar os equipamentos de lavra, com A partir da década de 80, os aspectos
orientação técnica dos engenheiros de minas,
ambientais também cresceram em importância. A
especializados nas técnicas de lavra, construindo
atenção foi amplamente voltada para estabilidade
aterros com o material estéril removidos da mina
física e econômica das barragens, considerando o
e lançados em forma de aterros, transversalmente
potencial de dano ambiental e os mecanismos de
aos vales, para criar volumes de retenção dos
transporte de contaminantes. Aspectos de
rejeitos do beneficiamento do minério, o qual se
estabilidade física têm permanecido na vanguarda,
resumia a operações de britagem e peneiramento
por causa de recentes acidentes com barragens de
com lavagem, resultando em volumes de lama a
rejeitos que ganharam amplo espaço na mídia, com
serem represados nas barragens de rejeitos.
implicações financeiras severas em muitos casos.
Enquanto estas barragens rudimentares se
Numa primeira fase, o controle da segurança
resumiam a estruturas baixas e de menores
das barragens era basicamente orientado para a
volumes de represamento, as atividades eram bem
segurança estrutural e hidráulico-operacional, em
sucedidas, sem grandes acidentes.
que a característica básica era investir na causa
Entretanto, com o progresso das atividades potencial da ruptura da barragem. A regra era
de mineração e aumento da escala de operações, optar pelo controle rigoroso do projeto,
os problemas estruturais destas barragens construção e operação como forma de garantir à
passaram a representar riscos maiores e rupturas sociedade, em geral, e às populações residentes
significativas começaram a ocorrer. nos vales a jusante, uma segurança satisfatória,
O progresso das tecnologias de implantação compatível com probabilidade de ruptura
de barragens de rejeitos foi sempre entremeado adequadamente baixa.
pelos acidentes com rupturas de barragens, os Posteriormente, as técnicas de observação
quais sempre foram catalisadores do progresso do comportamento das barragens durante a
tecnológico da engenharia de barragens, pela operação vieram reforçar o controle da segurança
exigência da sociedade de eliminação destes em longo prazo. Com o passar do tempo, a
desastres. produção de rejeitos aumentou e as áreas para
Assim, na década de 50, muitos dos princípios disposição se tornaram cada vez mais escassas,
fundamentais de geotecnia já eram compreendidos culminando no desenvolvimento dos projetos de
e aplicados em barragens de contenção de rejeitos. engenharia permitindo a construção de barragens
Em 1965, um terremoto causou rompimento de com alturas cada vez maiores. Esses projetos se
muitas barragens no Chile, recebendo considerável tornaram possíveis com a ampliação contínua do
atenção e tornou-se um fator chave na pesquisa conhecimento e controle dos aspectos de
sobre as causas das rupturas. segurança, tais como melhor compreensão do
comportamento dos materiais, novos
Na década de 70, a maioria dos aspectos
desenvolvimentos na ciência de mecânica do solo,
técnicos (por exemplo, infiltração, liquefação e
introdução de equipamentos cada vez mais
estabilidade da fundação) já eram bem entendidos
robustos para movimentação de terra.
e controlados pelos projetistas. Exemplos desta
aplicação são as barragens de: Pontal da Vale em Entretanto, as falhas ocorrem, muitas vezes
Itabira;Aguas Claras da então MBR em Nova Lima devido à falta de aplicação adequada dos métodos
e Germano da Samarco em Mariana. Estas conhecidos, de projetos mal elaborados, de
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Barragens de Rejeitos no Brasil
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Barragens de Rejeitos no Brasil
Observa-se que o Brasil comparece na tabela dos rejeitos, sem qualquer engenharia de barragem.
com dois casos: Fernandinho e Rio Verde. Stava foi uma barragem projetada segundo a prática
As duas maiores catástrofes ocorridas: Stava, corrente da engenharia, porém em uma situação
na Itália e Búfalo Creek, nos USA, representaram, de ocorrência de uma geologia complexa, e
à época dois extremos, em termos de aplicação de materiais de fundação com comportamento de
engenharia: Bufallo Creek era uma pilha de estéril difícil análise, atingindo, portanto, o limite do
que estava operando como dique de contenção “estado da arte” vigente à época.
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Barragens de Rejeitos no Brasil
A segunda tabela mostra os acidentes, sem mortes, porém com degradação ambiental significativa.
Observa-se que o Brasil comparece nova- da não aplicação de ações voltadas a garantir a
mente na tabela, com três casos. segurança de estruturas.
Os acidentes em barragens de rejeitos Esta situação não é exclusiva do Brasil e,
continuam insistentemente a ocorrer no Brasil, com outros países já identificaram as mesmas de-
conseqüências indesejáveis para a sociedade e para ficiências de proprietários e operadores, que
o setor de mineração e indústria, como um todo.Além falham na sua responsabilidade de adotar
destes acidentes ocorrem incidentes, estes mais procedimentos gerenciais de segurança, para
numerosos, onde não ocorre a ruptura, mas ocorre redução de riscos
o vazamento de sólidos para jusante com Várias entidades internacionais têm trabalhado
conseqüências variáveis. Existem ainda numerosos para a conscientização dos proprietários e tem
incidentes que, infelizmente não são informados, produzido excelentes contribuições sobre a
porque os proprietários não os revelam, tirando a segurança das barragens de rejeitos. Alguns são
chance de aprendizado com suas causas. citados a seguir:
As causas destes acidentes incluem, na grande O ICOLD, composto de especialistas de
maioria dos casos, situações já resolvidas pela diversos países, produziu nos últimos anos 10
tecnologia disponível e as deficiências decorrem boletins, em forma de recomendações de boa
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Barragens de Rejeitos no Brasil
prática para projeto, construção e operação de riscos. Nos países mais desenvolvidos, como USA,
barragens de rejeitos: Canadá, diversos países da Europa,Austrália, África
Dentre os 10 boletins, em 2001, a comissão do sul estas ações resultaram em regulamenta-
de barragens de rejeitos do ICOLD publicou o ções sobre a segurança de barragens e estes
boletim 121, já mencionado, onde são países contam com legislação sobre o assunto.
apresentados e analisados os acidentes e No Brasil, entretanto, as tentativas que vem
incidentes com barragens de rejeitos nos últimos sendo feitas há mais 30 anos somente agora em
anos, com recomendações sobre a melhor prática 2010, resultaram em uma legislação federal sobre
para a segurança. segurança de barragens.
O Banco Mundial através do IFC, que financia Embora as ações para implantação de uma
o setor privado, estabeleceu requisitos mínimos legislação federal de segurança de barragens
de segurança, que as barragens de rejeitos devem tenham já cerca de 30 anos no Brasil (basicamente,
atender, para receberem empréstimos daquela ações do CBDB junto ao governo) somente em
instituição. 2010 foi criada uma lei federal de segurança de
A MAC (Mining Association of Canada) barragens (Lei 12.334/2010)
produziu vários trabalhos de interesse aos No Estado de Minas Gerais, constata-se um
procedimentos de segurança de barragens para maior progresso na regulamentação, concentrada
uso de seus associados. nas barragens de rejeitos, com forte influência da
O ICMM (International Counsil on Mining ocorrência de acidentes e da atuação dos órgãos
Metals) criou, com a colaboração do ICOLD, um reguladores e fiscalizadores como o Ministério
website de boas práticas para a engenharia de Público Estadual e a Fundação Estadual do Meio
barragens de rejeitos. (goodpracticemi- Ambiente - FEAM.
ning.com/tailings). Após o acidente com a barragem de
No Brasil, a situação não é diferente. Embora rejeitos da Mineração Rio Verde em 2001, a
existam algumas empresas de grande desempe- FEAM coordenou a elaboração de regulamen-
nho, que conhecem a necessidade de uma boa tação específica, que foi discutida com
gestão da segurança, algumas empresas de menor representantes das empresas mineradoras, do
porte, infelizmente ainda desconhecem os corpo docente de Universidades e de empresas
aspectos principais da técnica de segurança de de engenharia e contou com consultoria
barragens. especializada.
O Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM) As regulamentações resultantes deste
tem incentivado debates sobre o tema de processo estão hoje nas Deliberações
segurança de barragens, promovendo seminários Normativas, DN 62/2002, DN 65/2003, 87/2005
e workshops específicos e instituiu cursos de e 124/2008 que podem ser consultadas através
treinamento para empresas de mineração em do site da FEAM: www.feam.br.
todas as esferas hierárquicas desde diretores até As barragens de rejeitos em MG somente
operadores de barragens de rejeitos. são licenciadas se atenderem aos requisitos das
regulamentações.
2.2 - Implementação de Legislação e
Regulamentação de Segurança de 2.3 - A Lei Federal 12.334/2010, sobre a
Barragens segurança de barragens
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Barragens de Rejeitos no Brasil
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Barragens de Rejeitos no Brasil
3 - DESENVOLVIMENTO DE TECNOLOGIA
ESPECÍFICA SOBRE BARRAGENS DE REJEITOS
Vários trabalhos têm sido publicados sobre de disposição, tem resultado em significativa
a tecnologia de projeto, construção, operação e evolução das práticas de engenharia de barragens
fechamento de barragens de rejeitos. Os principais de rejeitos.
estão listados a seguir: Na área da pesquisa as universidades : PUC-
• Tailing Disposal Today (1972). Volume 1: Rio, UFOP, UNB e UFV, já produziram dezenas
de teses sobre o comportamento de rejeitos, com
Proceedings of the First International
importantes contribuições ao conhecimento
Symposium. Edited by C.L.Aplin and George
deste comportamento e possibilitando a
O. Argall, Jr;
implantação de projetos de novos métodos de
• Tailing Disposal Today (1978). Volume 2: disposição.
Proceedings of the Second International Na área de novos métodos de disposição, a
Symposium. Volume 1. Edited by George O. de rejeitos finos com secagem e a aplicação de
Argall, Jr; empilhamento drenado, merecem destaque pelas
• Proceddings: “Tailings and Mine Wastes” características de economia, baixo potencial de
Colorado Univesrsity, vários anos a partir de dano e benefícios ambientais que estes métodos
1978, de início como Uranium Mill Tailings proporcionam.
Management; A disposição de rejeitos em pasta ainda não
conseguiu superar os problemas do seu custo
• ICOLD Committee on Tailings Dams and exagerado, embora tecnicamente este método
Waste Lagoons, 10 boletins a partir de 1982; seja uma solução muito favorável.
• Vick, S. G. ( 1983 ) “Planning, Design and
Analysis of Tailings Dams”; 3.1 - Comportamento Geotécnico
dos Rejeitos
• AMBS, REGEO e COBRAMSEG´s; (1987 e
seguintes); Nos anos anteriores à década de 70, a
disposição de rejeitos era feita sem uma
• Proceedings of an International Bauxite
abordagem de engenharia adequada. Alguns
Tailings Workshop (1992);
projetos simplesmente lançavam os rejeitos nos
• ICMM site: goodpracticemining.com/tailings cursos de água existentes, ou armazenavam os
rejeitos em reservatórios criados por aterros de
Recentemente, a Comissão de barragens de estéril de lavra. Conforme já mencionado, após a
Rejeitos do ICOLD, concluiu o boletim: ocorrência de grandes rupturas com mortes e
“Improving Tailings Dams Safety”, que aborda os grandes impactos ambientais, passou-se a
aspectos relevantes relacionados ao projeto, considerar e, em um número crescente de casos,
construção, operação e fechamento de barragens a aplicação da tecnologia disponível de engenharia
de rejeitos, indicando as principais referências de barragens ao problema.
bibliográficas sobre cada um destes estágios. No Brasil, algumas universidades passaram a
A partir dos anos 80, trabalhos de pesquisa dar atenção à geotecnia de disposição de rejeitos,
nas universidades brasileiras passaram a enfocar elaborando projetos de pesquisas em
o comportamento dos rejeitos, em todos os colaboração com empresas de mineração e
aspectos de seu comportamento geotécnico e indústria. Vários aspectos importantes têm sido
vários projetos com aplicação de novos métodos pesquisados.
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Figura 1 - Empilhamento Drenado Após Drenagem Figura 2 - Aspecto do Rejeito Após a Drenagem
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Figura 6 - Lançamento de Lama de Bauxita no Reservatório Figura 7 - Lama Lançada, em Processo Inicial de Secagem
Figura 8 - Lama em Estágio Final de Secagem Figura 9 - Aterro Construído sobre Lama Após a Secagem
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Barragens de Rejeitos no Brasil
4 - AGRADECIMENTOS 5 - REFERÊNCIAS
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Parte II
DOCUMENTÁRIO SOBRE BARRAGENS
DE REJEITOS NO BRASIL
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SUMÁRIO Parte II
1- ALCOA - UNIDADE POÇOS DE CALDAS 33
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ram instalados dispositivos para drenagem da gem a percussão SP-01, cujas leituras são execu-
água pluvial. tadas periodicamente.
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Barragens de Rejeitos no Brasil
superficiais instalados na crista do dique, 20 O controle das precipitações locais é feito por
pontos instalados na galeria e também 30 pontos meio de um sistema superficial.
de controle de recalque em pontos internos da O valor da precipitação usado para dimens-
ARB 4. ionamento da drenagem superficial foi
Foram executadas sondagens no resíduo em determinado a partir dos dados disponíveis para
o período 1967/1996 na própria fábrica da Alcoa
2005 pela Sondosolo para obtenção de parâme-
e pelos dados referentes à Caxambu no livro
tros geotécnicos do resíduo e nível d’água.
“Chuvas Intensas no Brasil”, de Otto Pfafstetter.
1.6.5 - Sistema Extravasor 1.6.6 - Ficha Técnica
Não existe um sistema convencional de
extravasão, uma vez que o reservatório se Os principais dados de interesse da ARB 4
encontra completamente ocupado por resíduos. estão resumidos na tabela a seguir.
1.7- Área de Resíduo de Bauxita – ARB 5 Construída em duas fases (em 1993 e 1995),
a ARB 5 operou entre 1994 e 1998 com uma
1.7.1 - Dados Gerais
capacidade para cerca de 1.080.000 m 3 de
A ARB 5 encontra-se a oeste da ARB 3. resíduo. Em 2001 e 2002 o resíduo removido
Formada por cinco diques de solo compactado, a da ARB 2 foi depositado na superfície da ARB 5
ARB 5 apresenta sistema de impermeabilização que, posteriormente, foi reabilitada com o
composto por uma camada interna de argila emprego de solo argiloso compactado,
compactada, geomembrana de PVC e sistema de drenagem superficial e regevetação da
drenagem de fundo com camada de areia. superfície.
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Barragens de Rejeitos no Brasil
DADOS GERAIS
Etapa Construtiva Duas Etapas
Finalidade Contenção e armazenamento dos resíduos de processamento de bauxita.
Empresas Projetistas LPS Consultoria e Engenharia LTDA
Data Conclusão 1995
Cota da Crista 1.300,50 m
Altura Máxima 17,0 m
Comprimento da Crista 1.325 m
Área do Reservatório 132.000 m2
Volume do Reservatório 1.060.000 m3
Tipos de Seção Solo compactado
Drenagem Interna Camada de areia no fundo com 50 cm e tubos perfurados
Instrumentação Marcos superficiais
ESTUDOS GEOTÉCNICOS
Sondagens Foram realizadas na fase de projeto, antes da reabilitação e quando
do estudo da PUC-RJ
Parâmetros da Fundação Silte argiloso: c’ = 28,73 kPa / φ’ = 29,00
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Barragens de Rejeitos no Brasil
encontra completamente ocupado por resíduos. Alcoa e pelos dados referentes à Caxambu no
O controle das precipitações locais é conduzido livro “Chuvas Intensas no Brasil”, de Otto
por meio de um sistema superficial. Pfafstetter.
O valor da precipitação usado para
1.9.6 - Ficha Técnica
dimensionamento da drenagem superficial foi
determinado a partir dos dados disponíveis para Os principais dados de interesse da ARB 6A
o período 1967/1996 na própria fábrica da estão resumidos na tabela 1-8.
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Barragens de Rejeitos no Brasil
1.11- Área de Resíduo de Bauxita – ARB 8 areia. Em sua porção noroeste, parte da
1.11.1- Dados Gerais drenagem de fundo, de areia, foi substituída por
uma seção com geocomposto drenante. Nos
A ARB 8 situa-se a oeste da ARB 6A, na sua últimos 5 m do talude externo, foi executado
parte baixa. Constituída por diques de solo solo reforçado.
compactado, apresenta camada interna de argila
compactada e geomembrana de PVC em seu 1.11.2 - Etapas de Construção
sistema de impermeabilização, bem como um A ARB 8 foi construída inicialmente em etapa
sistema de drenagem de fundo com camada de única, passando por um alteamento (dique Oeste) em
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Barragens de Rejeitos no Brasil
2008, com a área já em operação.As cotas de fundo e metros do tipo Casagrande, 11 poços de
da crista encontram-se nas elevações 1.268,70 e monitoramento, sendo 2 de câmara dupla, 10
1.287,40 m, respectivamente (Enviro-Tec, 2001). marcos superficiais e 8 inclinômetros.
Os piezômetros elétricos de corda
1.11.3 - Geologia e Fundações vibrante estão instalados no interior da camada
A fundação é constituída por variada drenante de fundo. Já os demais instrumentos
tipologia de materiais, que variam entre zonas localizam-se principalmente no talude leste e
com presença de rocha sã, zonas de rocha nordeste da ARB 8.
alterada, solo residual jovem e solo residual
maduro, além de zonas com colúvio. 1.11.5 - Sistema Extravasor
É interessante destacar que em parte da Diferentemente das demais ARB´s, a ARB 8 não
fundação foram identificadas superficialmente possui estrutura de extravasão por meio de
zonas com presença de solo aluvionar orgânico vertedouro tipo flauta. Como se trata de uma ARB
mole. Estes, bem como as zonas de solo vegetal e cuja posição geométrica não favorece a drenagem
saprolito mole, foram devidamente escavados e por gravidade pelo fundo (galeria de fundo), foi
removidos para assentamento da ARB 8. disposto, para estrutura de drenagem de fundo, uma
Ainda nesses locais, visando a captação das galeria inclinada na face do talude (com bombe-
nascentes, foram executadas trincheiras drenantes amento na base) e, para a estrutura de extravasão, um
em toda a área de assentamento da ARB 8. sistema de captação do sobrenadante em rampa.
1.11.4- Monitoramento 1.11.6 - Ficha Técnica
A instrumentação geotécnica da ARB 8 é Os principais dados de interesse da ARB 8
constituída por 5 piezômetros elétricos, 8 piezô- estão resumidos na tabela 1-10.
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ARB 3 ARB 1
ARB 4 ARB 2
ARB 5
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ARB 1: 13 poços;
ARB 2: 12 poços;
ARB 3: 13 poços;
ARB 4: 14 poços;
ARB 5: 18 poços.
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Barragens de Rejeitos no Brasil
O início de operação desta estrutura ocorreu camadas de proteção da geomembrana (solo local
em outubro de 2005, a partir da disposição dos e laterita) nos taludes internos.
resíduos por método convencional (“wet
disposal”). A ARB 4 se encontra em fase final de 2.5 - Plano de Fechamento
operação por disposição convencional. Está ARB 1:
previsto iniciar operação por “upstream stacking” O processo de reabilitação da ARB 1 iniciou
em outubro de 2012. em 1996, recobrindo a área com uma camada de
A ARB 4 saiu de operação em julho de 2011 40 a 50 cm de cinza proveniente da queima de
e a o sistema de disposição por “upstream carvão nas caldeiras da refinaria. Destaca-se que
stacking” encontra-se em fase de projeto não foi executada uma camada impermeabilizante
detalhado, com previsão para inicio de operação sobre a superfície dos resíduos.
para julho de 2012. A área (reservatório e taludes) se encontra
Já com relação à captação de água, cabe com vegetação bastante densa e árvores de
mencionar que o sistema de drenagem de fundo pequeno e médio porte. Foram plantadas mudas
é composto por camada de areia com 0,5 m de de espécies nativas e algumas espécies exóticas.
espessura, espalhada sobre a geomembrana e por
um conjunto de tubos de drenagem em formato ARB 2:
de espinha de peixe, de forma a cobrir toda a área Conforme mencionado anteriormente, a ARB
do fundo do reservatório. 2 se encontra reabilitada. A reabilitação consistiu
A base do reservatório, onde está posicionado na revegetação da área e impermeabilização da
o dreno de fundo, possui uma declividade de 0,5% superfície dos resíduos com geomembrana
de forma a proporcionar um escoamento no (envelopamento), com o objetivo de eliminar o
sentido da galeria. O sistema de coleta é composto contato das águas de chuva com o resíduo,
por dois tubos coletores principais de 12" de obtendo assim run-off livre de contaminação e
diâmetro, com cerca de 580 m de comprimento, pronto para descarte direto no meio ambiente.
aos quais são conectados tubos perfurados de 4" Resumidamente, o projeto de reabilitação da
ARB 2 envolveu os serviços principais:
de diâmetro, em ramificações de 45º, de forma
alternada a cada 8,85 m. – Sistema de infiltração para recuperação de soda;
A água captada segue para o tanque de coleta – Impermeabilização;
das ARB’s por meio de tubo coletor único de aço – Camadas de conformação (solo local, cinzas
carbono de 12" de diâmetro, que fica localizado oriundas das caldeiras da refinaria e solo vegetal);
no interior da galeria de drenagem, que é cons- – Drenagem Superficial.
tituída por tubo tipo ARMCO-MPIS2, com diâ-
metro de 2,15 m. A água coletada é bombeada Na ARB 2 foi projetado e implantado um
para o reservatório da ARB 4, de onde segue sistema para o reaproveitamento da soda cáustica
juntamente com o sobrenadante para a refinaria. existente no resíduo, utilizando injeção
Complementando a drenagem de fundo, controlada de água, por um sistema de infiltração
existe a Rede Coletora de Drenagem Periférica, implantado abaixo da impermeabilização que
a qual é constituída por tubulação em PEAD permite a recuperação da soda pela drenagem de
corrugado, com diâmetro de 4", perfurada, fundo ao longo de todo o ano.
envelopada com geotêxtil disposta aos pés dos ARB 3:
taludes internos (por sobre o selo de argila Conforme mencionado anteriormente,
compactada, na interseção com o talude), envolta encontra-se em fase de implantação as obras de
em areia. A rede coletora tem como principal reabilitação do depósito. A reabilitação prevê a
objetivo a drenagem do licor infiltrado nas revegetação da área e impermeabilização da
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Barragens de Rejeitos no Brasil
superfície dos resíduos com geomembrana – Camadas de conformação (solo local e solo vegetal);
(envelopamento), com o objetivo de eliminar o – Drenagem Superficial.
contato das águas de chuva com o resíduo, Como no caso da ARB 2, na ARB 3 foi
obtendo assim run-off livre de contaminação e projetado e está sendo implantado um sistema para
pronto para descarte direto no meio ambiente. o reaproveitamento da soda cáustica existente no
Resumidamente, o projeto de reabilitação da ARB resíduo, utilizando injeção controlada de água, por
3 prevê os seguintes itens: um sistema de infiltração localizado abaixo da
– Sistema de infiltração para recuperação de soda; impermeabilização, que permite a recuperação da
– Impermeabilização; soda pela drenagem de fundo.
2.6 - Ficha Técnica
DADOS GERAIS
Etapa Construtiva Única
Finalidade Disposição de resíduos.
Empresas Projetistas NATRON, ENGERIO e LPS
Data Conclusão 1990
Cota da Crista 51,5 m
Altura Máxima 17 m
Comprimento da Crista 2.350 m
Área do Reservatório 320.000 m²
Volume Reservatório – Etapa 1 4.045.000 m³
Volume Reservatório – Etapa 2 1.138.000 m³
Tipos de Seção Solo Compactado e empilhamento “Upstream Stacking”.
Drenagem Interna Camada de areia de 50 cm de espessura e tubos perfurados
Instrumentação Medidores de recalque, marcos e medidor de vazão.
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Barragens de Rejeitos no Brasil
DADOS GERAIS
Etapa Construtiva Duas etapas
Finalidade Disposição dos resíduos.
Empresas Projetistas LPS Consultoria e Engenharia LTDA
Data Conclusão 1ª Etapa em 1997 e 2ª etapa em 2000 (construção)
Cota da Crista 51,5 m
Altura Máxima 23,5 m
Comprimento da Crista 2.350 m
Área do Reservatório 360.000 m²
Volume do Reservatório 6.400.000 m³
Tipos de Seção Solo Compactado
Drenagem Interna Camada de areia no fundo com 50 cm e tubos perfurados
Instrumentação Marcos superficiais, placas de recalque e medidor de vazão.
HIDROLOGIA / HIDRÁULICA
Área da Bacia 343.000 m²
Tempo de Concentração 0,331 h
Precipitação (TR=100 anos) 101,72 mm
Vazão Máxima Afluente 10,55 m³/s
Vazão de Projeto 1,654 m3/s
NA Máximo Operacional 50,50 m
Borda Livre (NA máx Max) 0,13 m
ESTRUTURAS VERTENTES
Vertedouro de Operação Tipo calha da ARB 3 p/ ARB 4 – extravasor em desativação.
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Barragens de Rejeitos no Brasil
HIDROLOGIA / HIDRÁULICA
Área da Bacia 393.000,00 m²
Tempo de Concentração 0,250 horas
Precipitação (TR=100 anos) -
Vazão Máxima Afluente 15,82 m³/s
Vazão de Projeto 0,59 m³/s
Borda Livre (NA máx Max) 0,49 m
ESTRUTURAS VERTENTES
Vertedouro de Operação Tipo calha
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Barragens de Rejeitos no Brasil
das paredes. Estas frentes passam por um rodízio
O DRS é contornado por diques construídos de modo a garantir um período mínimo sem
em solo compactado, com altura média de 14 m. lançamento num mesmo ponto, com o objetivo
O método de disposição de rejeitos de aumentar o teor de sólidos e o ganho de
praticado na Alunorte, dry stacking, foi concebido resistência do material e, desta forma, possibilitar
tendo como principais condicionantes a o avanço da plataforma.
otimização da área de armazenamento e a menor
quantidade de água presente no resíduo. 3.3.2 - Etapas de Construção
Pode-se afirmar que, dentre os métodos de
disposição “a seco”, este é o comumente aplicado Ao todo, o DRS já passou por nove das dez
à lama vermelha (red mud), no qual o lançamento expansões previstas até então. No DRS em
e a disposição do resíduo se dão de forma operação houve sete expansões, correspondentes
planejada, com a formação de uma pilha de rejeito. à implantação das células 1 a 7 (CL1 à CL7). Em
Na Alunorte, o rejeito sofre uma filtragem 2009, foi construída a CL1; em 2010 a CL2.A CL3
com a finalidade de reduzir sua umidade, processo será construída em duas etapas, a primeira em
conduzido pela operação de vinte “filtros tambor”. 2011 e a segunda em 2012. Considerando-se as
Após tal processo, a lama vermelha é transportada referidas expansões, o sistema têm previsão de
por caminhões até a plataforma de lançamento, vida útil para disposição de rejeito até 2016.Após
posicionada a 40 m do fundo do depósito. esta data uma nova área, que já encontra-se em
Os pontos de lançamento de lama são fase de estudo conceitual, deverá ser implantada
delimitados de acordo com a necessidade de para a disposição do rejeito.
avanço da plataforma, distribuição homogênea da A Figura 3.4 apresenta um panorama das
pilha de rejeito e disponibilidade de borda livre expansões do DRS.
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Barragens de Rejeitos no Brasil
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Barragens de Rejeitos no Brasil
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Barragens de Rejeitos no Brasil
INFORMAÇÕES GERAIS
Localização Barcarena, Pará Altura máxima 12,00m (EL 21,00 m)
Coordenadas 89.828.500 Norte Parede Leste
e 754.000 Leste Comprimento 985,00 m
Início de construção 1995 Altura máxima 8,00 m (EL 18,00 m)
Previsão de vida útil 2016 Parede Oeste Coincidente com a parede
Área 256,40 hectares leste do DRS atual
Temperatura média anual 26° C CÉLULA LESTE CL2
Precipitação média anual 1.950 mm Parede Norte
RESERVATÓRIO Comprimento 640,00 m
Capacidade de Altura máxima 12,00 m (EL 21,00 m)
armazenamento 21.951.738 m3 Parede Sul
DIQUES Comprimento 420,00 m
DRS ATUAL Altura máxima 13,50 m (EL 23/22,00 m)
Parede Norte Parede Leste
Comprimento 1.270 m Comprimento 600,00 m
Altura máxima 13,00 m (EL 21,00 m) Altura máxima 13,00 m (EL 22,00 m)
Parede Sul Parede Oeste Coincidente com a parede
Comprimento 945,00 m leste da CL1
Altura máxima 17,00m (EL 25,00 m) CÉLULA LESTE CL3
Parede Leste Parede Norte
Comprimento 1.170,00 m Comprimento 1.200,00 m
Altura máxima 15,00 m (EL 25/21,00 m) Altura máxima 13,50 m (EL 21,00 m)
Parede Oeste Parede Sul Coincidente com a parede
Comprimento 800,00 m norte da CL1/2
Altura máxima 14,00 m (EL 23/21,00 m) Parede Leste
CÉLULA LESTE CL1 Comprimento 560,00 m
Parede Norte Altura máxima 13,50 m (EL 21,00 m)
Comprimento 480,00 m Parede Oeste
Altura máxima 10,50 m (EL 25/23,00 m) Comprimento 400,00 m
Parede Sul Altura máxima 13,50 m (EL 21,00 m)
Comprimento 400,00 m
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Barragens de Rejeitos no Brasil
minério da Mina de Cuiabá, através das etapas de conjunto de valas de deposição de arsenato
ustulação (que corresponde à oxidação ou férrico (lama de gesso).
queima do minério na presença de oxigênio e O rejeito gerado no processo de
temperatura elevada) e a hidrometalurgia beneficiamento do minério é conduzido para
(responsável pela extração do ouro contido no tanques na unidade industrial e então bombeado
minério). O produto final obtido são os metais para as barragens por meio de tubulações em
ouro e prata, e o ácido sulfúrico.A produção média PEAD ou aço carbono, suportadas por estruturas
mensal (2010) é de 800 Kg de ouro, 60 Kg de metálicas, por caminhamento sempre em nível
prata e 17.500 toneladas de ácido sulfúrico. ascendente.
No Circuito de Cuiabá, para a recuperação Na barragem do Rapaunha, que abriga os
do ouro no processo industrial, foi necessário rejeitos inertes, esses são lançados na posição
introduzir a tecnologia de ustulação. Uma vez que mais a montante possível, de tal maneira que a
o processo de ustulação retém os gases de SO2, formação da praia ocorra no sentido de extremo
foi viabilizada a construção de uma fábrica de ácido montante para o barramento, onde está
sulfúrico. Parte do material resultante da ustulação posicionado o lago e o sistema de captação de
volta para receber o processo de cianetação, e os água para recirculação e aproveitamento nas
resíduos são encaminhados para a Barragem de operações industriais.
Calcinados e para valas de lama arsenical. Na barragem de Calcinados, que abriga
rejeitos não inertes, esses são lançados por meio
4.3 - Descrição do Sistema de espigotes posicionados sobre o barramento,
O sistema de deposição de rejeitos formando a praia no sentido montante-jusante.
industriais processados pela AngloGold Ashanti Na posição de montante, próximo à ombreira
Brasil Mineração, na sua Instalação de esquerda, um lago protegido por dique é formado,
Beneficiamento localizada no Queiroz, é contido e o sobrenadante é bombeado para uma estação
em três reservatórios e mais um sistema de valas de tratamento de efluentes.
fechadas, todos eles localizados no vale do A barragem do Cocuruto, não vem
Queiroz, que se situa na mesma bacia hidrográfica recebendo rejeitos por estar com sua capacidade
da Planta Industrial do Queiroz.A operação deste volumétrica tomada. Quando de sua operação, os
sistema foi iniciada no ano de 1944 com a rejeitos eram conduzidos por gravidade por meio
primitiva barragem ali existente. Nos tempos atais, de canaletas construídas em concreto e lançadas
contempla as seguintes barragens de rejeitos: de tal como em Rapaunha, na posição mais a
Cocuruto; de Rapaunha; de Calcinados; e o montante possível.
Figura 4.3 -
Seção
esquemática
da Barragem
do Rapaunha
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Barragens de Rejeitos no Brasil
4.3.1 - Barragem do Rapaunha El. 853,50 m. O final de sua vida útil está prevista
A barragem de rejeitos de Rapaunha, para ocorer até o ano de 2025, mantidas as taxas
construída a montante e simultaneamente com a de produção previstas até então. Após este
Barragem de Cocuruto, encontra-se sem receber período, prevê-se disponibilizar a Barragem do
aporte de rejeitos, servindo apenas como Queiroz, como abordado anteriormente.
reservatório de água para suprimento à planta
metalúrgica. O aporte de rejeitos foi interrom- 4.3.2 - Barragem do Cocuruto
pido desde a entrada em operação da Planta A barragem de Cocuruto, que consiste em
Metalúrgica de Cuiabá. um alteamento da antiga barragem da MMV, que
A barragem de rejeitos de Rapaunha situa- veio a operar até o ano de 1957, teve sua
se no vale Queiroz, e foi concebida para que sua construção e início de operação em meados de
construção ocorresse em fases, de acordo com a 1983, havendo sido utilizada até o final do ano de
necessidade de enchimento do reservatório. A 1985, quando teve esgotada a sua capacidade
capacidade total de deposição em seu reserva- adicional do alteamento, sendo que a disposição
tório é de cerca de 17 milhões de toneladas de desses rejeitos passou a ser feita no reservatório
rejeitos, aproximadamente 10 milhões de metros da barragem Rapaunha.
cúbicos. A barragem do Cocuruto tem previsão de
Sua crista encontra-se na El. 856,50 m (topo ser alteada futuramente, a partir de quando terá
do muro de concreto posicionado sobre a crista sua capacidade acrescida em aproximadamente
da barragem), e o nível d’água do reservatório na 12 milhões de metros cúbicos, em decorrência
da elevação de sua crista em mais 20 metros.
70
Barragens de Rejeitos no Brasil
71
Barragens de Rejeitos no Brasil
basicamente uma camada superficial de argila auxiliares, como as “cartas de risco”, entre
siltosa mole, marrom ou amarela, com espessura outras, no conhecimento teórico e na
média de 2 metros. Sobrejacente ao solo residual experiência acumulada, tanto com as atuais
de xisto, constituído inicialmente por uma camada estruturas quanto com estruturas semelhantes;
de silte argiloso de consistência média, sem d) Aplicação de medidas de controle, quando
estrutura preservada, passando gradativamente a for o caso.
rijo e duro com xistosidade preservada, sendo que
o índice de resistência à penetração SPT cresce As estruturas seguintes são objeto de
com a profundidade, até ser alcançado o monitoramento e controle. Cada uma delas
impenetrável, representado pela superfície de abordada de forma conveniente, em destacado,
rocha alterada. na sequência do Manual de Operação:
A calha do rio apresenta material impene- - Barragens;
trável a percussão em profundidades de 5 a 15 - Vertedouro de Emergência;
metros – xisto alterado. Sobre esse material, - Tubulação de Rejeitos;
ocorrem solos silto argilosos de consistência rija - Bombas Flutuantes;
a média, aparecendo ainda uma camada superficial - Tubulação de Recirculação de Água;
descontínua de argila siltosa mole. De uma - Estação de Tratamento de Efluentes;
maneira geral, o coeficiente de permeabilidade - Corta-rio;
dos solos varia de 3 x 10-5 cm/s a 2 x 10-4 cm/s. - Sistema de Coleta e Bombeamento de
A margem esquerda apresenta inclinação Água Percolada;
acentuada, com trechos bastante íngremes. Existe - Reservatórios das Barragens.
uma camada superficial de argila, que se apresenta O monitoramento da segurança da barragem
descontínua em face de escavações anteriormente é feito utilizando-se dos seguintes tipos de
realizadas na área, com espessura média de 2 m. instrumentos:
Sob essa camada, ocorrem solos residuais de xisto, - marcos superficiais;
constituídos de silte argiloso de consistência - edidor de vazão;
média a rija, apresentando índice de resistência à - régua graduada e pluviômetro;
penetração crescente com a profundidade, até a - piezômetros e medidores de nível d’água;
superfície da rocha alterada. O coeficiente de
permeabilidade é da ordem de 10-5 cm/s. Com as informações obtidas nas inspeções
periódicas e na leitura dos instrumentos, e de
posse de outros parâmetros determinados, pode-
se avaliar a segurança da barragem para as
4.5 - Monitoramento e Controle do
condições de ruptura por: erosão interna,
Sistema
cisalhamento ou ao galgamento.
O monitoramento e o controle do sistema Diante das dificuldades de detecção de
de contenção de rejeitos são realizados na problemas pela simples inspeção visual foi
seguinte sequência: preparada uma carta de risco, para avaliação do
a) Inspeções periódicas de campo, onde são potencial de ruptura, seja por erosão interna,
feitas observações superficiais nas várias cisalhamento ou galgamento.
estruturas que constituem o sistema de
contenção de rejeitos; 4.6 - Sistema de Vertimento
b) Leituras sistemáticas dos instrumentos;
c) Avaliação das condições de funcionamento O sistema de disposição de rejeitos do
e/ou de segurança da estrutura, feita com base Queiroz, constituído pelas três barragens e mais
nas inspeções periódicas, nas leituras dos seis valas de lama, tem seu sistema extravasor
instrumentos, na utilização de ferramentas conforme descrito adiante.
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Barragens de Rejeitos no Brasil
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Barragens de Rejeitos no Brasil
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Barragens de Rejeitos no Brasil
5 - ANGLOGOLD ASHANTI -
BARRAGEM DE CÓRREGO DO SÍTIO II
Figura 5.1 – Vista lateral da Barragem de Córrego do Sítio II e parte de seu reservatório
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Barragens de Rejeitos no Brasil
extravasor em superfície, cuja obra é prevista para 1 medidor de vazão; 5 marcos superficiais; 15
ser finalizada em novembro de 2012. placas de recalque; e 12 inclinômetros.
A barragem possui instrumentos de
monitoramento instalados, quais sejam: 30 6.4 - Ficha Técnica
piezômetros de tubo; 42 piezômetros elétricos; As principais informações referentes à Barragem
Santo Antônio estão resumidas na tabela a seguir.
83
Barragens de Rejeitos no Brasil
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Barragens de Rejeitos no Brasil
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Barragens de Rejeitos no Brasil
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Barragens de Rejeitos no Brasil
• Crista na El. 62,0m, com 8,0m de largura e Em função dos diversos alteamentos
372,0m de extensão; sucessivos ainda não foi implantado um sistema
de drenagem superficial definitivo no talude de
• Talude de jusante com inclinação 2H:1V e jusante da barragem. Sendo assim, o fluxo das
berma com 8,0m de largura na El. 57,0m - base águas pluviais tem sido controlado por caimentos
para 9,9MTPA com 34,0m na El. 56m. apropriados na crista e nas bermas. A implan-
• Talude de montante com inclinação 1,5H:1V tação do sistema de drenagem superficial
até a crista da ensecadeira, que compõe uma definitivo está prevista para a ocasião do 4º, e
berma de 3,0m de largura na El. 56m. último, alteamento desta barragem.
• 87
Barragens de Rejeitos no Brasil
88
Barragens de Rejeitos no Brasil
IDENTIFICAÇÃO
Barragem B1 Proprietário: HYDRO
Finalidade: Contenção de rejeito
Empresa Projetista: Pimenta de Ávila Consultoria
Etapa Atual de Construção: Construção do 3º alteamento
Classificação de acordo com a DN COPAM 87/2005: Classe III
Classificação quanto ao Risco e Dano Potencial Associado: Classe C
LOCALIZAÇÃO
Coordenadas UTM: N: 9.638.791,43 E: 194.181,98 Datum SAD69
INFORMAÇÕES GERAIS DO MACIÇO PRINCIPAL
Cota Atual da Crista: 75,50m Altura Atual da Barragem: 26,00m Comprimento da crista: 1260,00m
Tipo de Seção: Homogênea
Drenagem Interna: Filtro vertical associado a tapete drenante e dreno de pé.
INFORMAÇÕES GERAIS DO RESERVATÓRIO
Área do reservatório: 721.294 m²
Volume do reservatório: 7.000.000 m³
INSTRUMENTAÇÃO
Possui 11 Piezômetros tipo Casagrande e 7 medidores de nível d’água
HIDROLOGIA / HIDRÁULICA
Área da Bacia: 2,86 km²
Tempo de Concentração: 77 min
Tempo de retorno: 10.000 anos
Duração crítica: 10 dias
Precipitação de Projeto: 505 mm
Vazão Máxima Afluente: 17,77 m³/s
NA Máximo Operacional: 74,50 m
Borda Livre: 1,00 m
SISTEMA EXTRAVASOR
Tipo: Galeria de concreto interligada à galeria tulipa, com vertimento em todas as faces (com stop-logs).
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Barragens de Rejeitos no Brasil
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Barragens de Rejeitos no Brasil
- Crista na El. 64,50m com 8,0m de largura e Os aterros dos diques de alteamento
426,0m de extensão; ficarão assentados parte no aterro do dique
- Talude de jusante com inclinação 2H:1V e anterior e parte no rejeito com secagem.
berma com 31,0m de largura na El. 59,50m -
base para 9,9MTPA; 7.5.1 - Dados Gerais
91
Barragens de Rejeitos no Brasil
IDENTIFICAÇÃO
Barragem B2 Proprietário: HYDRO
Finalidade: Contenção de rejeito
Empresa Projetista: Pimenta de Ávila Consultoria
Etapa Atual de Construção: Construção do 3º alteamento
Classificação de acordo com a DN COPAM 87/2005: Classe III
Classificação quanto ao Risco e Dano Potencial Associado: Classe C
LOCALIZAÇÃO
Coordenadas UTM: N: 9.638.552,79 E: 194.657,79 Datum SAD69
INFORMAÇÕES GERAIS DO MACIÇO PRINCIPAL
Cota Atual da Crista: 79,01/77,02 Altura Atual da Barragem: 27,00m Comprimento da crista: 919,00m
Tipo de Seção: Homogênea
Drenagem Interna:
INFORMAÇÕES GERAIS DO RESERVATÓRIO
Área do reservatório: 775.589 m²
Volume do reservatório: 7.230.105 m³
INSTRUMENTAÇÃO
Inexistente
HIDROLOGIA / HIDRÁULICA
Área da Bacia: 2,1 km²
Tempo de Concentração: 65 min
Tempo de retorno: - anos
Duração crítica: 30 dias
Precipitação de Projeto: 1.062 mm
Vazão Máxima Afluente: - m³/s
NA Máximo Operacional: 76,00 m
Borda Livre: 1,00 m
SISTEMA EXTRAVASOR
Tipo: Trechos com seção em canal e galeria em concreto com stop-logs.
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Barragens de Rejeitos no Brasil
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Barragens de Rejeitos no Brasil
IDENTIFICAÇÃO
Barragem B3 Proprietário: HYDRO
Finalidade: Contenção de rejeito
Empresa Projetista: Pimenta de Ávila Consultoria
Etapa Atual de Construção: Construção do 3º alteamento
Classificação de acordo com a DN COPAM 87/2005: Classe III
Classificação quanto ao Risco e Dano Potencial Associado: Classe C
LOCALIZAÇÃO
Coordenadas UTM: N: 9.638.367,66 E: 195.224,89 Datum SAD69
INFORMAÇÕES GERAIS DO MACIÇO PRINCIPAL
Cota Atual da Crista: 81,51/79,52 Altura Atual da Barragem: 26,50m Comprimento da crista: 842,00m
Tipo de Seção: Homogênea
Drenagem Interna:
INFORMAÇÕES GERAIS DO RESERVATÓRIO
Área do reservatório: 604.166 m²
Volume do reservatório: 6.773.606 m³
INSTRUMENTAÇÃO
Inexistente
HIDROLOGIA / HIDRÁULICA
Área da Bacia: 1,31 km²
Tempo de Concentração: 52 min
Tempo de retorno: 10.000 anos
Duração crítica: 20 dias
Precipitação de Projeto: 803 mm
Vazão Máxima Afluente: 1,21 m³/s
NA Máximo Operacional: 78,5 m
Borda Livre: 1,00 m
SISTEMA EXTRAVASOR
Tipo: Trechos com seção em canal e galeria em concreto com stop-logs.
1
Elevação na ombreira direita
2
7.6.3 - Etapas de Construção
Elevação na ombreira esquerda
Atualmente está em execução o 4º
alteamento (2011/2012) da Barragem B3 e em
elaboração o projeto para o 5º alteamento
(2013/2014).
94
Barragens de Rejeitos no Brasil
95
Barragens de Rejeitos no Brasil
IDENTIFICAÇÃO
Barragem B4 Proprietário: HYDRO
Finalidade: Contenção de rejeito
Empresa Projetista: Pimenta de Ávila Consultoria
Etapa Atual de Construção: Construção do 3º alteamento
Classificação de acordo com a DN COPAM 87/2005: Classe III
Classificação quanto ao Risco e Dano Potencial Associado: Classe C
LOCALIZAÇÃO
Coordenadas UTM: N: 9.638.066,50 E: 195.588,47 Datum SAD69
INFORMAÇÕES GERAIS DO MACIÇO PRINCIPAL
Cota Atual da Crista: 83,51/81,52 Altura Atual da Barragem: 15,00m Comprimento da crista: 912,00m
Tipo de Seção: Homogênea
Drenagem Interna:
INFORMAÇÕES GERAIS DO RESERVATÓRIO
Área do reservatório: 664.332 m²
Volume do reservatório: 7.019.151 m³
INSTRUMENTAÇÃO
Inexistente
HIDROLOGIA / HIDRÁULICA
Área da Bacia: 0,66 km²
Tempo de Concentração: 38 min
Tempo de retorno: - anos
Duração crítica: 20 dias
Precipitação de Projeto: 803 mm
Vazão Máxima Afluente: - m³/s
NA Máximo Operacional: 80,50 m
Borda Livre: 1,00 m
SISTEMA EXTRAVASOR
Tipo: Trechos com seção em canal e galeria em concreto com stop-logs.
1
Elevação na ombreira direita
2
Elevação na ombreira esquerda
96
Barragens de Rejeitos no Brasil
Figura 7.8 -
Seção Típica da
Barragem B5
97
Barragens de Rejeitos no Brasil
IDENTIFICAÇÃO
Barragem B5 Proprietário: HYDRO
Finalidade: Barrar/proteger as nascentes situadas a montante das barragens de rejeitos,
com desvio dos fluxos para jusante
Empresa Projetista: Pimenta de Ávila Consultoria
Etapa Atual de Construção: Construção da etapa 1
Classificação de acordo com a DN COPAM 87/2005: Classe III
Classificação quanto ao Risco e Dano Potencial Associado: Classe C
LOCALIZAÇÃO
Coordenadas UTM: N: 9.637.642,65 E: 195.988,72 Datum SAD69
INFORMAÇÕES GERAIS DO MACIÇO PRINCIPAL
Cota Atual da Crista: 86,00m Altura Atual da Barragem: 32,00m Comprimento da crista: 1020,00m
Tipo de Seção: Homogênea
Drenagem Interna: Na presente etapa a drenagem interna está desativada em função do confinamento
INFORMAÇÕES GERAIS DO RESERVATÓRIO
Área do reservatório: 2.368.902 m²
Volume do reservatório: 19.845.469 m³
INSTRUMENTAÇÃO
Possui 16 Piezômetros tipo Casagrande e 8 medidores de nível d’água.
HIDROLOGIA / HIDRÁULICA
Área da Bacia: 14,76 km²
Tempo de Concentração: 66,7 min
Tempo de retorno: 10.000 anos
Duração crítica: 20 dias
Precipitação de Projeto: 936 mm
Vazão Máxima Afluente: 17,42 m³/s
Vazão Máxima Efluente: 7,73 m³/s
NA Máximo Operacional: 83,00 m
NA Máximo Maximorum: 85,00 m
Borda Livre Remanescente: 1,00 m
SISTEMA EXTRAVASOR
Tipo: Canal escavado em solo (margem esquerda).
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Barragens de Rejeitos no Brasil
99
Barragens de Rejeitos no Brasil
IDENTIFICAÇÃO
Barragem B6 Proprietário: HYDRO
Finalidade: Regular, clarificar e permitir a recuperação da água proveniente das barragens
B1 a B4 para reutilização no processo.
Empresa Projetista: Pimenta de Ávila Consultoria
Etapa Atual de Construção: Etapa Única
Classificação de acordo com a DN COPAM 87/2005: Classe III
Classificação quanto ao Risco e Dano Potencial Associado: Classe C
LOCALIZAÇÃO
Coordenadas UTM: N: 9.639.332,69 E: 193.537,38 Datum SAD69
INFORMAÇÕES GERAIS DO MACIÇO PRINCIPAL
Cota Atual da Crista: 61,00m Altura Atual da Barragem: 13,00m Comprimento da crista: 568,00m
Tipo de Seção: Homogênea
Drenagem Interna: Filtro vertical e tapete drenante de areia associado a um dreno de pé de areia e brita.
INFORMAÇÕES GERAIS DO RESERVATÓRIO
Área do reservatório: 287.935 m²
Volume do reservatório: 1.494,006 m³
INSTRUMENTAÇÃO
Possui 7 Piezômetros tipo Casagrande e 6 medidores de nível d’água.
HIDROLOGIA / HIDRÁULICA
Área da Bacia: 1,15 km²
Tempo de Concentração: 25 min
Tempo de retorno: 100 anos
Duração crítica: 7 dias
Precipitação de Projeto: 568 mm
Vazão Máxima Efluente: 1,59 m³/s
NA Máximo Operacional: 55,00 m
NA Máximo Maximorum: 59,50 m
Borda Livre Remanescente: 1,50 m
SISTEMA EXTRAVASOR
Tipo: O sistema extravasor da barragem é do tipo canal, em concreto armado, associado a uma estrutura de
amortecimento.
100
Barragens de Rejeitos no Brasil
101
Barragens de Rejeitos no Brasil
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Barragens de Rejeitos no Brasil
Figura 8.1 - Foto aérea do TP 2 entre as demais estruturas do Sistema de Rejeitos da MRN.
(Fonte: QC5-DEG-00-04-001-RT, DeltaGeo)
103
Barragens de Rejeitos no Brasil
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Barragens de Rejeitos no Brasil
tulipa, por meio do qual a água é vertida, para ser piezômetros elétricos (corda vibrante) e 3
reaproveitada no processo, na planta de piezômetros Casagrande, distribuídos em 6 seções
beneficiamento. instrumentadas, instalados desde 2005 nas
paredes norte e sul do reservatório.
8.3.2 - Geologia e Fundações A leitura dos instrumentos é feita com
A fundação é constituída, basicamente, por freqüência semanal, bem como inspeções sobre
material argiloso amarelado, característico da os taludes e estruturas auxiliares.
camada de estéril que recobre o minério, 8.3.4 - Ficha Técnica
sobrejacente a uma camada de argila variegada.
Os principais dados do TP2 estão resumidos
8.3.3 - Monitoramento na tabela 8.1 a seguir.
O sistema de monitoramento geotécnico do
TP2 e do lago L2 adjacente é composto por 26
105
Barragens de Rejeitos no Brasil
8.4 - Referências
- QC5-JPA-09-20-002-RT-02. Balanço Hídrico
e de Massa do Sistema de Beneficiamento e
Disposição de Rejeitos no Platô Saracá para o
Período de 2009 a 2014. Elaborado pela
Pimenta de Avila Consultoria em abril 2004.
- QB5-JPA-00-54-014-MO-00. Plano de Gestão
de Águas - Área Beneficiamento (TB) Manual
de Operação – Versão 2009. Elaborado pela
Pimenta de Avila Consultoria em agosto de
2010.
- QD5-JPA-26-20-003-MC-00. Determinação
de Parâmetros de Resistência Totais e Efetivos
dos Materiais de Construção – Diques dos
Reservatórios de Rejeito – Mineração Rio do
Norte – Memória de Cálculo. Elaborado pela
Pimenta de Avila Consultoria em outubro de
2010.
- QC5-DEG-00-04-001-RT. Análise Técnica da
Piezometria de Corda Vibrante Instalada nas
Barragens de Rejeito do Complexo de Bauxita
de Porto Trombetas. Elaborado pela DeltaGeo
em maio de 2009.
8.5 - Agradecimentos
À Mineração Rio do Norte (MRN), pela
autorização concedida na divulgação dos dados
do Depósito de Rejeitos TP2.
À Pimenta de Avila Consultoria, pela
disponibilização dos documentos consultados.
Ao Eng. Leonardo José Leite, pela redação
deste texto.
106
Barragens de Rejeitos no Brasil
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Barragens de Rejeitos no Brasil
DADOS GERAIS
Finalidade Contenção de rejeitos e clarificação de água
Empresa Projetista Promom / Pimenta de Avila Consultoria
Etapa 5º alteamento (elev. 1191,00m), incluindo implantação.
Método de alteamento Jusante
Conclusão do último alteamento 2007
Altura 58,0 m (elevações 1191,00 – 1133,00m)
Elevação da crista 1191,00 m
Comprimento da Crista 145,0 m
Largura da crista 5,0 m
Talude jusante 1V: 2H, com bermas nas elevações, 1186,00; 1181,00; 1169,00; 1159,00; 1149,00 e
1139,00 m, protegido com grama em placas.
Talude de montante 1V: 2H, protegido com enrocamento.
Área do Reservatório na elevação (1188,00m) 350.000 m2
Volume do Reservatório (elevação 1188,00m) 3,87 x 106 m3
Tipos de Seção Homogênea de solo compactado.
Drenagem Interna Drenos no fundo do vale e nas ombreiras, filtro vertical de areia. Na saída do dreno
de fundo existe muro de concreto com medidor de vazão triangular.
Drenagem superficial Canaletas meia-cana de diâmetro igual a 0,40 m nas bermas, canaletas
trapezoidais e escada d’ água nas ombreiras.
ESTUDOS GEOTÉCNICOS
Sondagens/Batimetrias Ensaios realizados nas áreas de empréstimo em julho de 2000 indicadas no relatório
TLF – 1687-00 elaborados pela Geolabor.
Parâmetros de Resistência
ao Cisalhamento Indicados no Anexo II deste documento.
HIDROLOGIA / HIDRÁULICA
Área da Bacia 3,10 km2
Tempo de Concentração 30 minutos
Precipitação Máxima Provável 288,00 mm (PMP de 24h)
Cheia de Projeto 12,10 m3/s
Vazão Máxima Afluente 12,10 m3/s
Vazão de Projeto 12,10 m3/s
NA Máximo Operacional 1.188,00 m
NA Máximo Maximorum 1.190,00 m
Borda Livre (NA máx) 1,00 m
ESTRUTURAS VERTENTES
Vertedouro de Operação Galeria sub horizontal em concreto estrutural, com 1,70 m de diâmetro e 220 m de
comprimento, descarregando suas vazões em escada d’água de concreto armado.
Soleira controlada por stop logs.
Vertedouro de Abandono -
110
Barragens de Rejeitos no Brasil
NA Máx D crit NA Máx Dcrit NA Máx Dcrit NA Máx Dcrit NA Máx Dcrit
(m) (dia) (m) (dia) (m) (dia) (m) (dia) (m) (dia)
111
Barragens de Rejeitos no Brasil
NA Máx Borda livre NA Máx Borda livre NA Máx Borda livre NA Máx Borda livre NA Máx Borda livre
(m) (m) (m) (m) (m) (m) (m) (m) (m) (m)
1188,0 1.189,13 1,67 1.189,25 1,75 1.189,36 1,64 1.189,73 1,17 1.190,20 0,80
1189,0 1.190,08 0,92 1.190,21 0,69 1.190,33 0,67 1.190,72 0,28 (*)
Pelo exposto e pelas análises subseqüentes por martelos, seguindo a uma moagem úmida, até
realizadas, verificou-se que o sistema pode a obtenção de um material com a totalidade dos
absorver precipitações com tempo de retorno diâmetros menores que 2,00 mm, permitindo uma
superior a 10.000 anos. Tal condição atende às condição adequada para o processo químico
recomendações da Norma Brasileira ABNT NBR subsequente.
13028 – “Mineração – Elaboração e Apresentação Ao minério moído, é adicionada uma solução
de Projeto de Barragens para Disposição de de soda cáustica. No estágio final do processo, é
Rejeitos, Contenção de Sedimentos e Reservação obtida uma polpa constituída por uma fase líquida
de Água”, a qual recomenda que a barragem - solução de aluminato de sódio - e uma fase
opere em condições nas quais a mesma é capaz sólida, resíduo insolúvel da digestão denominado
de abservoer vazões com tempo mínimo de lama vermelha (red mud).
recorrência de 500 anos (e verificado para 1000 Do processo de decantação em espessador,
anos, sem borda livre). o resíduo insolúvel da digestão é separado da
solução útil do aluminato de sódio. Neste
9.3.7 - Aspectos Operacionais processo, normalmente é adicionado um
floculante para aceleração da sedimentação. A
O material lançado na barragem do Marzagão lama decantada é submetida à nova lavagem e a
é gerado no processo de beneficiamento de bauxita uma filtração final a vácuo.
para extração do óxido de alumínio. Este material Após esta lavagem e filtragem, realizadas em
é disposto nessa barragem, que se encontra em tambores rotativos a vácuo, a lama é descartada
operação desde meados da década 70, utilizando sob a forma de pasta (cake), com teor de sólidos
o método de lançamento contínuo de lama. de 55 a 60%. No processo de disposição atual, a
O processo produtivo de alumina utilizado pasta é submetida a um processo de neutralização
pela Novelis, na Unidade Ouro Preto, é o processo do pH. A lama vermelha gerada no filtro a vácuo
denominado Bayer. Nesse processo, o minério de com teor de sólidos entre 55 e 60% recebe a
bauxita é recebido com uma granulometria adição de água, até atingir uma concentração final
variada, sendo então submetido a uma britagem de sólidos em torno de 20%.
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No final de 2010 os dois diques foram apenas para dar suporte para a construção do
alteados a partir da El. 910,0m pelo método de alteamento.
montante, com crista na EL.913,0m. Na Nas Figuras 10.8 e 10.9, a seguir, estão
fundação dos alteamentos dos dois diques foi apresentadas as seções transversais típicas do Dique
implantada uma base constituída de material da Sela e do Dique da Tulipa, respectivamente, após
tipo enrocamento, denominado “blocos sujos”, o alteamento para a elevação 913 m.
121
Barragens de Rejeitos no Brasil
Nas Tabelas 10.2 e 10.3, a seguir, estão apresentadas as principais características do Dique da Sela e
do Dique da Tulipa, respectivamente.
122
Barragens de Rejeitos no Brasil
No final de 2010 a crista do Dique da Selinha sujos”, sendo que a sua drenagem interna foi
foi alteada pelo método de montante para a prolongada nesse trecho. Similar à construção
EL.913,0m. Os materiais de construção dos diques Sela e Tulipa, na fundação do
disponíveis para a implantação do maciço de alteamento do dique foi implantada uma base
alteamento do dique conduziu a uma geometria constituída de “blocos sujos”, apenas como
com uma faixa impermeável de material argiloso suporte ao alteamento.
a montante, e um espaldar de jusante em Nas Figuras 10.10 e 10.11, a seguir, estão
enrocamento denominado “blocos sujos”. Afim apresentadas a vista e a seção transversal típica
de aumentar a estabilidade do dique foi do Dique da Selinha, respectivamente, após o
implantada uma berma de equilíbrio em “blocos alteamento para a elevação 913 m.
123
Barragens de Rejeitos no Brasil
Figura 10.12 -
Vista da Cava do
Germano
124
Barragens de Rejeitos no Brasil
Figura 10.13 –
Seção Transversal
Típica da Cava do
Germano
125
Barragens de Rejeitos no Brasil
10.6.3 - Monitoramento
O monitoramento da Cava do Germano
consiste nas inspeções periódicas e na leitura dos
10 (dez) piezômetros tipo Casagrande (ou tipo
Tubo Aberto) e 2 indicadores de nível de água
instalados.
10.7 - Agradecimentos
O texto apresentado neste capítulo foi
elaborado com base nas referências indicadas no
item seguinte.
O CBDB agradece à Samarco, pela auto-
rização concedida na divulgação dos dados, à
Pimenta de Avila Consultoria, pela disponibi-
lização dos recursos, à Engª. Naycie Sirdene
Andrade, pela elaboração do texto, e aos Engos
Germano Lopes e Daviély Rodrigues, pela revisão
do mesmo.
10.8 - Referências
- SA-410-LT-22349-00 - Laudo Técnico de
Segurança de Barragem – Barragem do
Germano. Elaborado pela Pimenta de Avila
Consultoria em setembro de 2010;
- SA-901-RL-4596-0C – Sistema de Rejeitos
– Rejeito Arenoso – “Manual de Operação da
Barragem do Germano”. Elaborado pela
Pimenta de Avila em dezembro de 2003.
- SA-410-RL-22801-0C – Avaliação do
Trânsito de Cheias nos Reservatórios da
Barragem do Germano – Atualização Base
Topográfica. Elaborado pela Pimenta de Avila
Consultoria em março de 2011.
126
Barragens de Rejeitos no Brasil
Figura 11.1 - Foto aérea da fase final da 2ª etapa de construção da Barragem do Pontal
- setembro de 1981
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Barragens de Rejeitos no Brasil
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Barragens de Rejeitos no Brasil
Figura 11.5 -
Seção Típica da
Barragem do
Pontal.
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Barragens de Rejeitos no Brasil
131
Barragens de Rejeitos no Brasil
Esta estrutura foi tamponada por concretagem de espelho de água com aproximadamente 100 m
toda a tulipa e de trecho da galeria. de raio e volume de 4.000.000 m³.
O extravasor que está em operação na O sistema extravasor implantado no 4º
Barragem do Pontal é de superfície, implantado alteamento foi concebido para evento de cheia
na ombreira direita da barragem, apresentando de PMP, para durações inferiores a 24 horas, ou
os seguintes componentes: canal de aproximação, do quantil de 10.000 anos de período de retorno,
canal de transição, soleira vertente, canal de para durações maiores ou iguais a 2 dias.
escoamento, caixa de transição, rápido e dissi-
pador de energia. 11.4 - Dique 01 – Dique do Minervino
A área da bacia de drenagem da barragem é
de 16,30 km², desprezando-se os efeitos de O reservatório do Braço 1 recebe as
amortecimento nos Diques 5 e 6.A vazão máxima descargas da Usina do Cauê e ainda, em menor
afluente é de 85,00 m³/s e a capacidade vertente escala, sedimentos provenientes da Mina do Cauê,
do canal vertedouro para escoamento das cheias da britagem, da lavagem de pátios e demais
igual a 46,30 m³/s, com sobrelevação do nível instalações do complexo. No reservatório do
d’água até a elevação 786,91 m. Braço 1, encontram-se três estruturas, deno-
A operação simulada de trânsito de cheias minadas Dique do Braço 1, Dique do Minervino
pelo reservatório foi feita mediante aplicação do e Cordão Nova Vista, sendo os dois últimos
Método de Puls Modificado, utilizando os citados aqui como Diques auxiliares do Braço 1.
hidrogramas das cheias de projeto, as curvas cota- O reservatório do Dique do Braço 1 encontra-
volume previstas para a etapa de desativação e a se totalmente assoreado.
respectiva curva de descarga do sistema O Dique do Minervino destina-se à
extravasor, em um processo iterativo de fixação contenção de rejeitos, sendo a maior parte
das dimensões da estrutura e avaliação da proveniente das descargas da usina e, pequena
sobrelevação do nível de água. As curvas cota- parte, da lavagem do pátio, etc. Os rejeitos são
área e cota-volume do reservatório foram conduzidos da Usina até a cabeceira do
determinadas para a situação de final de vida útil reservatório do Minervino, na maior parte, por
do sistema de disposição de rejeitos, prevendo- tubulação de aço, sendo um pequeno trecho em
se a manutenção de um volume mínimo para galeria. A figura a seguir apresenta vista de satélite
amortecimento de cheias, garantido por um do Dique do Minervino.
132
Barragens de Rejeitos no Brasil
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Barragens de Rejeitos no Brasil
DADOS GERAIS
Finalidade Contenção de rejeitos provenientes das atividades de mineração e
impedimento do fluxo de rejeitos em direção a vila residencial Nova Vista.
Empresas Projetistas Dique inicial: sem ref. - projeto de reforço: ECAD.
Construção – Etapa Reforço do Aterro.
Data de construção Aterro de reforço: 2005
Cota da Crista Variável - 788,0 m a 796,0m
Altura da Estrutura Variável - Altura máxima = 7,5 m
Comprimento da Crista 1280,0 m
Largura da Crista -
Área do Reservatório 0,29 km²
Volume do Reservatório -
Tipo de Seção Mista.
Drenagem Interna Dique inicial: Inexistente Aterro de reforço: Filtro Inclinado e
Tapete Drenante.
Instrumentação Piezômetros e marcos superficiais.
ESTUDOS GEOTÉCNICOS
Sondagens Realizadas na fase de projeto do reforço.
Parâmetros dos Materiais Fundação: γ = 22 kn/m3; c’ = 0,0 kPa; φ’ = 32º
Aterro existente: γ = 19 kN/m3; c’ = 10,0 kPa; φ’ = 28º
Aterro de reforço: γ = 20 kN/m3; c’ = 20,0 kPa; φ’ = 31º
136
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11.7 - Dique 03
O Dique do Braço 3 se encontra com seu
reservatório assoreado e não recebe mais rejei-
tos – em situações especiais, pode receber
eventualmente determinada quantidade a ser
disposta. A figura a seguir apresenta vista de saté- Figura 11.10 – Vista aérea do
lite do Dique 03 do Sistema Pontal. Dique 3 – Sistema Pontal
(Fonte: Google Earth)
140
Barragens de Rejeitos no Brasil
141
Barragens de Rejeitos no Brasil
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Barragens de Rejeitos no Brasil
implantação de um novo extravasor, na ombreira Sobre a base de partida, foi executado aterro
direita, com 10 m de largura e 96,7 m de compri- compactado (GC > 95% PN) utilizando solo
mento, dimensionado para uma cheia de coluvionar argiloso e solo residual silte arenoso
recorrência decamilenar. de áreas de empréstimo localizadas nas ombreiras.
A crista apresenta largura de 6,0 m e os taludes
11.8 - Dique 4 de jusante e montante apresentam inclinação de
O Dique do Braço 4 tem a finalidade de 1V:2H 1V:1,5H, respectivamente.
conter rejeitos ciclonados, visando otimizar a O sistema de drenagem interno é constituído
ocupação dos braços do reservatório da por filtro vertical em JIG e tapete drenante
Barragem do Pontal e aumentar a vida útil do lago constituído por duas camadas de JIG envelopando
remanescente junto à barragem principal. O uma camada de brita 1 e 2. A saída da drenagem
lançamento do rejeito proveniente da Usina de interna foi protegida por camadas de brita 1, 2 e
Cauê é feito na cabeceira do reservatório do pedra de mão.
Dique 4. As figuras 11.11 e 11.12 apresentam fotos O dique encontra-se na elevação 795,0 m, e
do Dique 4 do Sistema Pontal. apresenta reservatório praticamente assoreado,
atingindo a conformação final prevista até o
11.8.1 - Dados Gerais momento.
A implantação do dique consistiu no
lançamento de uma base em solo arenoso, 11.8.2 - Ficha Técnica
constituído de itabirito, sobre a praia de rejeitos, Os principais dados de interesse do
sendo sua compactação feita pelo tráfego de empreendimento em questão estão resumidos na
equipamentos de lançamento e espalhamento. tabela a seguir.
143
Barragens de Rejeitos no Brasil
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Barragens de Rejeitos no Brasil
Figura 11.13 –
Vista aérea do
Dique 5 –
Sistema Pontal
(Fonte:
Google Earth)
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DADOS GERAIS
Finalidade Retenção de água.
Empresas Projetistas RDIZ.
Construção - Etapa 2ª etapa (maciço inicial e 1º alteamento)
Data de Construção -
Cota da Crista 788,0 m
Altura do Dique 11,0 m
Comprimento da Crista 460,0 m
Área do Reservatório -
Volume do Reservatório 4.000.000,0 m3
Tipo de Seção Mista.
Drenagem Interna Filtro vertical e tapete drenante.
Instrumentação 3 piezômetros
HIDROLOGIA / HIDRÁULICA
Área da Bacia 1,84 km2
Tempo de Concentração 0,35 h
Precipitação Máxima Provável 288,0 mm
Cheia de Projeto PMP com duração de 24 horas
Vazão Máxima Afluente 16,1 m3/s
Vazão de Projeto 7,42 m3/s
NA Máximo Operacional 786,0 m
NA Máximo Maximorum 786,85 m
Borda Livre (NA máx Max) 1,15 m
ESTRUTURAS VERTENTES
Vertedouro de Operação Canal trapezoidal com soleira na El. 786,0 m
(extravasor ainda não implantado).
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Barragens de Rejeitos no Brasil
Os itens seguintes apresentam as principais Mina Conceição e teve sua primeira etapa
característiscas referentes ao Sistema Conceição implantada em 1976/ 1977, atingindo a elevação
e suas barragens de rejeitos. 943,00 m. Sua segunda etapa foi construída no
Os Diques 1A e 1B, bem como o Dique Rio período de 1980/ 1981, quando a crista foi alteada
do Peixe, fazem parte do sistema de rejeitos em para a elevação 972,00 m.
questão, embora não sejam abordados com Em virtude das condições topográficas locais,
detalhes neste capítulo. fez-se necessária a construção de dois diques.
Os aspectos operacionais do sistema são Tratam-se do Dique 1A e do Dique 1B,
abordados de uma forma sucinta e geral para todo construídos com solos silto - argilosos
o sistema, ao final do presente capítulo. compactados, com 6,00 m de largura de crista e
taludes de jusante e montante com inclinação
12.3 - Barragem Conceição 1V:2,5H.
A Barragem Conceição tem a finalidade de As figuras a seguir mostram a Barragem
conter rejeitos e armazenar água proveniente da Conceição e os Diques 1A e 1B.
154
Barragens de Rejeitos no Brasil
155
Barragens de Rejeitos no Brasil
O sistema de drenagem interno da barragem Os taludes de jusante são protegidos com grama
é constituído por filtro vertical e tapete drenante. e a face de montante com rip-rap.
Com relação à drenagem superficial, a mesma é As figuras a seguir apresentam planta e seção
composta por canaletas de concreto implantadas típica da Barragem Conceição.
nas bermas, nos taludes de jusante e ombreiras.
156
Barragens de Rejeitos no Brasil
DADOS GERAIS
Finalidade Contenção de rejeitos e reservação de água
Empresas Projetistas 1ª Etapa:M. Kaiser / 2ª Etapa: Geotécnica
Construção – Etapa Maciço final construído em 2 etapas (crista na El. 972,00 m)
Data de construção 2ª Etapa: 1981
Cota Atual da Crista 972,00 m
Altura Atual da Barragem 60,00 m
Comprimento Atual da Crista 390,00 m
Área Atual do Reservatório 1.850.000 m2
Volume Atual do Reservatório 40.600.000 m3
Tipo de Seção Homogênea / Zonada
Drenagem Interna Chaminé / Tapete
Instrumentação 14 piezômetros, 3 INAs, 3 medidores de vazão, 11 marcos
superficiais e 1 régua limnimétrica.
ESTUDOS GEOTÉCNICOS
Sondagens Realizadas na fase de projeto.
Parâmetros dos Materiais Rejeitos: c’ = 0 kPa; φ’ = 31º;
Fundação (solo residual): c’ = 10 kPa; φ’ = 30º;
Aterro da Barragem: c’ = 20 kPa; φ’ = 30º.
HIDROLOGIA / HIDRÁULICA
Área da Bacia 7,00 km2
Tempo de Concentração -
Precipitação Máxima Provável -
Cheia de Projeto TR = 10.000 anos
Vazão Máxima Afluente 112,53 m³/s
Vazão de Projeto 6,00 m3/s
NA Máximo Operacional 969,00 m
NA Máximo Maximorum 970,25 m
Borda Livre 1,75 m
ESTRUTURAS VERTENTES
Extravasor Atual Vertedouro “creager”, seguido por galeria e canal aberto
com soleira na El. 969,00 m.
157
Barragens de Rejeitos no Brasil
sondagens mistas, com ensaios SPT e de capacidade de suporte, sendo que na ombreira
permeabilidade. esquerda, verifica-se uma maior permeabilidade.
De maneira geral, ocorre espessa camada de
solo residual de xisto, capeada por delgada camada 12.3.5 - Monitoramento
de colúvio, especialmente na ombreira esquerda. O monitoramento da barragem é realizado
No leito do córrego Conceição, ocorrem solos por meio de inspeções de campo e da realização
aluvionares. Existe uma camada de rocha alterada, de leituras mensais de 14 piezômetros, 3
de espessura varável (1 a 10 m), entre os horizontes indicadores de nível d’água, 11 marcos superficiais,
de solo e rocha sã, estando o topo desta última em 3 medidores de vazão e 1 régua limnimétrica.
profundidades superiores a 30,00 m.
As estruturas principais dispõem-se quase 12.3.6 - Sistema Extravasor
paralelamente ao eixo da barragem, com
O sistema extravasor, implantado na
mergulhos de 50º a 60º para jusante, cor-
ombreira esquerda, é constituído por uma
respondendo a uma situação favorável com estrutura em perfil “Creager” com soleira na El.
relação à percolação da água pela fundação da 969,0 m, com 2,00 m de largura, 1,00 m de altura
barragem. e 2,70 m de comprimento e uma galeria sob a
Após as escavações, a fundação da crista, seguido de um canal aberto em escada. O
barragem ficou assentada predominantemente canal possui 1,50 m de largura, 2,00 m de altura e
sobre solos residuais de xistos, tanto nas om- comprimento total de 252,00 m.
breiras quanto no fundo do vale. O colúvio e o O sistema extravasor foi dimensionado para
solo aluvionar foram totalmente removidos do uma chuva de recorrência decamilenar,
fundo do vale. correspondente a vazão de projeto de 6,0 m3/s e
A fundação da barragem apresenta carac- sobrelevação do N.A do reservatório de 1,25 m
terísticas adequadas quanto à estanqueidade e (El. máxima 970,25 m).
158
Barragens de Rejeitos no Brasil
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Barragens de Rejeitos no Brasil
DADOS GERAIS
Finalidade Contenção de Rejeitos
Empresas Projetistas Milder Kaiser/Eletroprojetos/Engecorps
Construção - Etapa 4ª Etapa - El. 833,0 m
Data de construção 1ª Etapa: 1980 a 1981 / 2ª Etapa: 2003 / 3ª Etapa: 2005 /
4ª Etapa: 2008
Cota da Crista El. 833,0 m
Altura da Barragem 68,0 m
Comprimento da Crista 758,0 m
Área do Reservatório -
Volume do Reservatório Atual = 230.000.000 m³
Tipo de Seção Mista
Drenagem Interna 1ª Etapa: Filtro Vertical / Tapete Horizontal
3ª Etapa: Filtro Inclinado / Tapete de Contato
Instrumentação Os instrumentos foram parcialmente instalados.
ESTUDOS GEOTÉCNICOS
Fundação Realizadas durante as fases de projeto.
Parâmetros dos materiais Aterro: c’ = 25 kPa; φ’ = 30º;
Solo residual: c’ = 20 kPa; φ’ = 28º;
Saprolito: c’ = 5 kPa; φ’ = 32º;
Rejeito: c’ = 0 kPa; φ’ = 25º.
HIDROLOGIA / HIDRÁULICA
Área da Bacia 20 km²
Duração da Chuva Crítica -
Tempo de Retorno 10.000 anos
Vazão Máxima Afluente 408 m³/s
Vazão Máxima Efluente 175 m³/s
NA Máximo Operacional 828,0 m
NA Máximo Maximorum 830,71 m
Borda Livre (NA máx Max) 2,29 m
ESTRUTURAS VERTENTES
Vertedouro de Operação Vertedouro tipo tulipa.
Vertedouro de Abandono Vertedouro de superfície.
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Barragens de Rejeitos no Brasil
DADOS GERAIS
Finalidade Armazenamento de água, contenção de sedimentos e de rejeitos
Empresas Projetistas Milder kaiser
Construção - Etapa Única
Data de construção 1977
Cota Atual da Crista El. 757,00 m
Altura Atual da Barragem 31,00 m
Comprimento Atual da Crista 205,00 m
Área Atual do Reservatório -
Volume Atual do Reservatório 13.110.000,00 m3
Tipo de Seção Homogênea
Drenagem Interna Chaminé / Tapete
Instrumentação 3 medidores de nível de água, 20 piezômetros de tubo aberto,
16 piezômetros elétricos, marcos superficiais e medidor de vazão
ESTUDOS GEOTÉCNICOS
Sondagens Sondagens executadas na fase de projeto
Parâmetros dos Materiais Aterro: γ = 20 kN/m3 ; c’ = 20 kPa; φ’ = 30º
Fundação: γ = 20 kN/m3 ; c’ = 10 kPa; φ’ = 30º
HIDROLOGIA / HIDRÁULICA
Área da Bacia 41 km2
Tempo de Concentração -
Precipitação Máxima Provável -
Cheia de Projeto TR = 10000 anos
Vazão Máxima Afluente -
Vazão de Projeto -
NA Máximo Operacional El. 754,00 m
NA Máximo Maximorum El. 755,80 m
Borda Livre (NA máx Max) 1,20 m
ESTRUTURAS VERTENTES
Vertedouro de Operação Torre de tomada d’água e vertedouro de superfície
Vertedouro de Abandono -
165
Barragens de Rejeitos no Brasil
margem direita, tendendo a aumentar em direção bombeados por um dos dois conjuntos de bombas,
a margem esquerda, chegando a atingir 30,0 m. CB1, por meio de uma tubulação de diâmetro
Capeando o maciço rochoso, desenvolve-se 0,4064 m (16") por uma extensão de 678,00 m, até
uma camada de solo coluvionar/ residual, com chegar na estação de bombeamento intermediária
espessura média de cerca de 3,0 m. CB2. Essa estação possui dois conjuntos de bombas,
sendo que cada conjunto possui duas bombas em
12.5.5 - Monitoramento série e recalca os rejeitos por meio de uma
O monitoramento da Barragem Rio do Peixe tubulação de diâmetro 0,4064 m (16") por uma
é feito por meio de 20 piezômetros de tubo extensão de 2.472,00 m, até chegar nas instalações
aberto, sendo 9 instalados no maciço, 7 na fundação da ciclonagem 8030, situada no divisor de águas
e 4 nas ombreiras.A barragem ainda é dotada de 3 do Itabiruçu e Conceição.
indicadores de nível d’água, marcos superficiais e A partir daí o underflow segue para o
um medidor de vazão do dreno de fundo. Além reservatório da Barragem Itabiruçu por gravidade,
dos piezômetros de tubo aberto, estão instalados por meio de calhas. O “overflow” vai para um sump,
na barragem 16 piezômetros elétricos. de onde é bombeado para uma calha, escoando
por gravidade até a margem direita do
12.5.6 - Sistema Extravasor reservatório da Barragem Conceição. O
transbordo do sump de “overflow” escoa por
O sistema extravasor é composto de uma gravidade em uma canaleta até o reservatório da
torre de tomada de d’água e vertedouro de Barragem Itabiruçu.
superfície. Quando da parada do sistema de ciclonagem,
A torre de tomada d’água é composta por uma é aberto um “by pass”, e o rejeito total é
torre de captação (tipo tulipa), associada a uma direcionado para o reservatório da Barragem
galeria com alimentação da estação de Itabiruçu.
bombeamento.A tomada d’água é feita na El. 754,00 As descargas da usina são dispostas em duas
m e o N.A máximo maximorum é El. 755,80 m. caixas de resíduos e, em caso de transbordo destas
O vertedouro de superfície em concreto caixas, o material seguirá rumo ao reservatório
armado implantado na ombreira esquerda da Barragem Rio do Peixe.
apresenta as seguintes características: soleira com
Existe um sistema de captação de água
18,00 m de largura; canal com 12,00 m de largura
situado na margem direita do reservatório da
e 2,00 m de altura; ogiva na El. 754,00 m. O sistema
Barragem Conceição. O mesmo é montado sobre
extravasor implantado foi dimensionado para uma
uma plataforma flutuante e composto de duas
chuva de recorrência decamilenar.
bombas 8021 e 8022, com capacidade real de
vazão de 1.500,00 m³/h, com uma bomba
12.6 - Aspectos Operacionais
operando, e 2.300 m³/h, com as duas bombas
Conforme abordado nos itens anteriores, o operando.A água é recalcada em uma única linha,
sistema de rejeitos da Mina Conceição é de diâmetro 24", para uma caixa d’água situada
composto por três barragens para contenção de logo acima desta plataforma e, a partir daí, segue
rejeitos: barragens Conceição, Itabiruçu e Rio do por gravidade até o reservatório 9095 RS, que
Peixe. O transporte de rejeitos da usina até a distribui para a usina de concentração.
barragem se dá por meio de bombeamento e Para alimentar a usina de concentração existe
adução dos rejeitos até a estação de ciclonagem, também uma captação fixa, situada a jusante da
situada no divisor de água das bacias das barragens Barragem do Rio de Peixe. Neste sistema, a água
Conceição e Itabiruçu. é aduzida por meio de uma tubulação associada à
Os rejeitos gerados na Usina de Conceição tulipa instalada no reservatório da barragem, e
são direcionados para o Sump – SU 8082 – e recalcada em uma linha única de tubulação de 24",
166
Barragens de Rejeitos no Brasil
12.7 - Agradecimentos
O texto apresentado neste capítulo foi Pimenta de Avila Consultoria em novembro
elaborado com base nas referências indicadas no de 2011;
item seguinte.
O CBDB agradece à Vale, pela autorização - Manual de Operação – Barragem
concedida na divulgação dos dados, à Pimenta de Conceição. Elaborado pela Pimenta de Avila
Avila Consultoria, pela disponibilização dos Consultoria em agosto de 2008;
recursos, e ao Engº. Marcos de Ávila Pimenta - Manual de Operação – Barragem Itabiruçu.
Filho, pela elaboração do texto. Elaborado pela Pimenta de Avila Consultoria
em agosto de 2008;
12.8 - Referências
- Manual de Operação – Barragem Rio do
- Laudo Técnico de Segurança de Barragem – Peixe. Elaborado pela Pimenta de Avila
Barragem Conceição. Elaborado pela Pimenta Consultoria em agosto de 2008;
de Avila Consultoria em setembro de 2011;
- Desenho RD-701-DS-13031-00. Elaborado
- Laudo Técnico de Segurança de Barragem pela Pimenta de Avila consultoria em agosto
– Barragem Itabiruçu. Elaborado pela Pimenta de 2008;
de Avila Consultoria em setembro de 2011;
- Desenho RD-701-DS-13045-00. Elaborado
- Laudo Técnico de Segurança de Barragem pela Pimenta de Avila consultoria em agosto
– Barragem Rio do Peixe. Elaborado pela de 2008.
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Barragens de Rejeitos no Brasil
DADOS GERAIS
Finalidade Captação de água recirculada, recebimento de descargas da usina e
contenção de sedimentos provenientes das pilhas de estéril.
Empresas Projetistas Eletroprojetos (projeto original), JM Souto (projeto vertedouro de
desativação), Solosconsult (projeto prolongamento do canal do
vertedouro de desativação) e Draconsult (projeto de dragagem)
Construção – Etapa Construída em etapa única.
Data de construção 1982
Cota da Crista 815,00 m
Altura da Barragem 64,30 m
Comprimento da Crista 580,00 m
Área do Reservatório 252.729,00 m2 (Batimetria 2006)
Volume do Reservatório 1.399.251,00 m3 (Batimetria 2006)
Tipo de Seção Mista de Solo Compactado e Enrocamento.
Drenagem Interna Filtro Vertical com continuidade em Tapete Horizontal
Instrumentação Piezômetros, marcos de superfície e medidor de vazão
ESTUDOS GEOTÉCNICOS
Sondagens Realizadas na fase de projeto.
Parâmetros dos Materiais Filito: c’ = 1,65 kg/cm² / φ’ = 22º
Quartzo-micaxisto: c’ = 0,10 kg/cm² / φ’ = 43º
Itabirito: c’ = 0,10 kg/cm² / φ’ = 37º
HIDROLOGIA / HIDRÁULICA*
Área da Bacia 18,70 km2
Tempo de Concentração 1,50 horas
Precipitação Máxima Provável 288,0 mm, com duração crítica de 24 horas
Cheia de Projeto PMP
Vazão Máxima Afluente 158,0 m3/s
Vazão de Projeto 158,0 m3/s
NA Máximo Operacional 812,50 m
NA Máximo Maximorum 814,39 m
Borda Livre (NA máx Max) 0,61 m
ESTRUTURAS VERTENTES
Vertedouro de Operação Tipo Tulipa, com diâmetro de 4,0 m, passando a 1,50 m.
Vertedouro de Abandono Tipo soleira livre em canal na ombreira direita.
* Dados referentes ao projeto do vertedouro para desativação.
172
Barragens de Rejeitos no Brasil
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Barragens de Rejeitos no Brasil
m e comprimento de 320,00 m. No centro da barragem conta com drenos tipo “sanduiche”. Nas
seção do dique de partida, cuja altura máxima é ombreiras, foram previstos drenos no apoio do
de 25,00 m, foi previsto um cut-off de cinco metros espaldar de jusante, visando captar eventuais
de profundidade. fluxos pela fundação e manter a zona de jusante
A drenagem interna do dique de partida é não saturada.
constituída por um tapete drenante sob o espaldar As figuras a seguir apresentam a planta geral
de jusante do dique. Para as saídas da drenagem, a e a seção típica da Barragem do Doutor.
177
Barragens de Rejeitos no Brasil
DADOS GERAIS
Finalidade Contenção e armazenamento dos rejeitos e lamas resultantes da
concentração de minério de ferro.
Empresas Projetistas Geoconsultoria.
Construção – Etapa Intermediária.
Data de construção 2001
Cota da Crista 795,68 a 798,75 m
Altura da Barragem 55,00 a 58,00 m
Comprimento da Crista 830,00 m
Área do Reservatório 1.280.000,00 m²
Volume do Reservatório 12.000.000,00 m³
Tipo de Seção Aterro hidráulico, com dique de partida de solo compactado.
Drenagem Interna Tapete horizontal do eixo do dique de partida para jusante.
Instrumentação Piezômetros, medidores de nível d’água e medidores de vazão
ESTUDOS GEOTÉCNICOS
Sondagens Realizadas na fase de projeto.
Parâmetros dos Materiais Fundação: c = 25,00 kPa ; φ = 31,5º
c = 0,00 kPa ; φ = 22,0º
Aterro: c = 25,00 kPa ; φ = 31,5º
HIDROLOGIA / HIDRÁULICA
Área da Bacia 7,50 km2
Tempo de Concentração 1,20 horas
Precipitação Máxima Provável 288,00 mm com duração de 24 horas
Cheia de Projeto TR igual a 1.000 anos *
Vazão Máxima Afluente 45,00 m3/s
Vazão de Projeto 8,00 m3/s
NA Máximo Operacional 785,00 m (Atual)
NA Máximo Maximorum Variável (2,00 m acima do Nível Máximo Operacional)
Borda Livre 5,00 m acima da soleira do extravasor em operação
ESTRUTURAS VERTENTES
Vertedouro de Operação Galeria de encosta, galeria de fundo, canal de ligação e vertedouro
tipo rápido.
* Para crista da barragem até a El. 800,00 m. Entre as elevações 800,00 e 830,00 m, correspondente ao
vertedouro da 2ª etapa, o dimensionamento foi feito para a cheia resultante da PMP.
178
Barragens de Rejeitos no Brasil
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Barragens de Rejeitos no Brasil
Os resultados dos estudos sobre amor- segundo os testes de ciclonagem feitos previa-
tecimento indicaram um alto potencial de mente à construção.
amortecimento do reservatório, reduzindo os A figura a seguir apresenta, de forma sucinta,
picos das vazões afluentes, de 45,00 m³/s, para o fluxograma do sistema de disposição de rejeito
descargas vertidas máximas da ordem de 8,00 m³/ e captação de água da Mina Timbopeba.
s. Em todas as operações de amortecimento
analisadas, a sobrelevação do nível d’água do 14.4 - Agradecimentos
reservatório foi inferior a 2,00 m. O texto apresentado neste capítulo foi
elaborado com base nas referências indicadas no
14.3.7 - Aspectos Operacionais item seguinte.
A Barragem do Doutor foi implantada para O CBDB agradece à Vale, pela autorização
conter os rejeitos e lamas resultantes da concedida na divulgação dos dados, à Pimenta de
concentração de minério de ferro das minas de Avila Consultoria, pela disponibilização dos
Capanema e Timbopeba. Tem previsão de recursos, e ao Engº. Marcos de Ávila Pimenta
comportar volumes, ao final de sua vida útil, de Filho, pela elaboração do texto.
cerca de 50x106 m³. Os rejeitos possuem grãos
de dimensões inferiores a materiais passantes na 14.5 - Referências
peneira #200. Quanto à concentração de sólidos - Laudo Técnico de Segurança de Barragem
resultantes da ciclonagem dos rejeitos, o underflow – Barragem do Doutor. Elaborado pela Pimenta
apresenta teor de cerca de 12%, e o overflow 42%, de Avila Consultoria em novembro de 2008.
180
Barragens de Rejeitos no Brasil
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Barragens de Rejeitos no Brasil
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Barragens de Rejeitos no Brasil
Figura 15.4 -
Seção típica da
Barragem do
Campo Grande em
Setembro de 2007
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Barragens de Rejeitos no Brasil
185
Barragens de Rejeitos no Brasil
¾ Overflow (OF) da ciclonagem é disposto a usina são de 12" de diâmetro e passa em paralelo
montante do maciço da Barragem do Campo à tubulação de rejeitos da IBI e IBII.
Grande, formando uma praia com Nos casos de ocorrência de paralização na
comprimento mínimo de 100,00 m; operação da usina, é necessário fazer a descarga
¾ Underflow (UF) da ciclonagem é disposto a dos rejeitos no reservatório, por uma tubulação
jusante do maciço da Barragem do Campo de emergência.
Grande. O maciço é formado pelo rejeito UF Toda a água captada na Barragem do Campo
lançado e semi-compactado com trator; Grande é recirculada para o processo, sendo que
no reservatório da barragem é captada uma vazão
¾ As descargas da usina são direcionadas para de 1.160,00 m³/h, por meio de um sistema de
o tanque 19, a partir do qual são bombeadas bombas montado sobre uma balsa. A partir daí, a
de volta para a caixa 55. Se houver um água é bombeada até o Reservatório de
transbordo deste tanque, os rejeitos vão para Distribuição Elevado.
a baia. Esta baia para transbordo recebe os A água percolada pelo sistema de drena-
rejeitos do tanque 19, do tanque 01 e a água gem interna da barragem é captada e bombeada
da pilha de minério. Como parte do processo, por meio de uma estação fixa localizada no pé
a água da baia é bombeada para a Barragem da barragem até o Reservatório de Distribuição
do Campo Grande, sendo o material do de Água de Processo Xingu, com vazão de
transbordo removido em seguida. 180,00 m³/h.
Os rejeitos da IBI e IBII são conduzidos na A vazão residual demandada para jusante da
mesma tubulação, para a barragem através de barragem é de 12,00 m³/h.
tubulação de 8" de diâmetro. O rejeito da IBIII é Na figura a seguir estão apresentados os
transportado separadamentede em tubulação de pontos de captação de água na Mina de Alegria e
10" de diâmetro.A tubulação de água das baias da os pontos de controle ambiental.
186
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Barragens de Rejeitos no Brasil
Figura 16.5 –
Seção Típica da
Barragem Vargem
Grande
192
Barragens de Rejeitos no Brasil
DADOS GERAIS
Finalidade Contenção de rejeitos.
Empresas Projetistas DFConsultoria e DAM Projetos
Construção – Etapa 3º Alteamento
Data de construção 2006
Cota da Crista 1.307,00 m
Altura da Barragem 45,00 m
Comprimento da Crista 750,00 m
Área do Reservatório 667500 m2
Volume do Reservatório 9,5 x 106 m3
Tipo de Seção Maciço inicial de materiais estéreis heterogêneos e alteamentos
com solos plásticos compactados.
Drenagem Interna Filtro vertical e tapete horizontal do eixo da barragem para jusante,
de forma independente para cada alteamento.
Instrumentação Barragem: Piezômetros (10), Indicador de NA (17), Marco Superficial
(20) e medidor de recalque (04).
Dique: Piezômetros (13), Indicador de NA (05) e Marco superficial (13)
ESTUDOS GEOTÉCNICOS
Sondagens Realizadas na fase de projeto.
Parâmetros dos Materiais Fundação Solo Coluvionar: c’ = 25,00 kPa; φ’ = 28,0º
Fundação Solo Residual: c’ = 30,00 kPa; φ’ = 29,5º
Aterro: c’ = 15,00 kPa; φ’ = 40,0º
HIDROLOGIA / HIDRÁULICA
Área da Bacia 2,50 km2
Tempo de Concentração -
Precipitação Máxima Provável -
Cheia de Projeto TR igual a 10.000 anos
Vazão Máxima Afluente 58,50 m3/s
Vazão de Projeto 5,92 m3/s
NA Máximo Operacional 1.304,00 m
NA Máximo Maximorum 1.305,10 m
Borda Livre 1,90 m
ESTRUTURAS VERTENTES
Vertedouro de Operação O vertedouro de serviço possui um canal de adução de seção
trapezoidal e uma tubulação de aço com Æ 0,60 m. e Q = 0,659 m³/s.
Vertedouro de Abandono O vertedouro de emergência é composto por um canal emissário
de seção trapezoidal, pelo canal do vertedouro da primeira etapa,
com seção trapezoidal e revestida com concreto projetado e pela
bacia de dissipação com viga de impacto. Q = 5,92 m³/s.
193
Barragens de Rejeitos no Brasil
194
Barragens de Rejeitos no Brasil
195
Barragens de Rejeitos no Brasil
de dois “decks”), de onde a fração grossa (retida A filtragem é realizada em filtros de discos,
no primeiro e segundo “deck”) é encaminhada gerando o quarto produto desta instalação: o
como produto final para pátio de estocagem de “pellet feed fines” (PFF).
“lump ore”. O undersize (material passante) do Para a recuperação do overflow da desla-
peneiramento primário segue para o peneira- magem secundária, foi implantada a separação
mento secundário. magnética, de onde o rejeito é encaminhado para
No peneiramento secundário, obtêm-se o espessador de lamas e o concentrado,
outros dois produtos desta instalação. A encaminhado para o espessador de concentrado.
hematitinha é a fração retida nos primeiros O segundo rejeito gerado, rejeito da flotação, é
“decks” das peneiras. Já o “sinter feed” grosso é a bombeado para a barragem de rejeitos, onde se
fração retida nos segundos “decks” das peneiras. junta à lama. A etapa de recuperação de finos
As frações finas, passantes nos segundos “decks”, resulta em uma recuperação mássica do processo
também são encaminhadas para os hidro-ciclones de beneficiamento mineral da planta de Vargem
classificadores. Grande de aproximadamente 82%.
Para evitar a contaminação, por granulome- Posteriormente, os produtos são retomados
tria, da hematitinha, ela é repeneirada. O produto e transportados por correias transportadoras até
desse peneiramento é a própria hematitinha e o o Terminal de Embarque Ferroviário do Andaime.
“sinter feed” grosso. No terminal, os materiais são empilhados,
Os hidrociclones classificadores recebem as retomados e embarcados em composições
frações finas da etapa de peneira-mento ferroviárias.
secundário. Esta etapa gera dois fluxos de polpa,
o underflow, composto por partículas menores que Sistema de Transporte e
1 mm e maiores que 0,15 mm, que constituirá a Disposição de Rejeitos
alimentação das espirais concentradoras, e o
overflow. Composto por partículas abaixo de 0,15 O sistema é constituído de uma planta de
mm, que será bombeado para a ciclonagem. Nas tratamento de minérios, de transportador de
espirais concentradoras, obtém-se um concen- correia de longa distância e de elementos
trado, chamado de fino, que irá compor o produto acessórios, tais como o sistema de disposição dos
final “sinter feed”, e um rejeito que é enviado para rejeitos provenientes do tratamento dos minérios.
a barragem de rejeito. O material que chega à Barragem Vargem
A ciclonagem deslamadora é constituída de Grande é proveniente de limpeza de pisos,
duas etapas, primária e secundária, e tem como transbordos eventuais das caixas de processo e
finalidade deslamar o overflow dos classificadores drenagem pluvial. A Usina de Vargem Grande gera
espirais, preparando o material para a flotação. O dois rejeitos (lamas e rejeito de flotação) que são
underflow, nas etapas de ciclonagem, irá compor a direcionados a Cava de Andaime e Cava de
alimentação da flotação, e as lamas serão Fernandinho (informações referentes ao mês de
encaminhadas para o espessador de lamas, onde agosto do ano de 2008).
se recupera parte da água e se descartam as lamas O rejeito da flotação é direcionado à Cava
que são enviadas para a barragem de rejeitos. de Fernandinho por dois conjuntos de bombas 6
O underflow das etapas de ciclonagem é x 4" em tubulações de PEAD de 6" de diâmetro,
transferido para o espessador de alimentação da apresentando a distribuição granulométrica
flotação, onde é adequado às necessidades do conforme mostrado na Tabela 10-3 e as seguintes
processo de concentração por flotação em características:
colunas. O processo de concentração é realizado ¾ Vazão mássica (base seca): 116,00 t/h.
em seis colunas, de onde a polpa com o ¾ Vazão de polpa (35% sólidos): 246,00 m3/h
concentrado final é encaminhada à filtragem, após ¾ % sólidos em massa: 30 a 35%
regulação de parâmetros como o pH. ¾ Densidade do sólido: 3,80 t/m³
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DADOS GERAIS
Finalidade Contenção de rejeitos, retenção dos sedimentos e acumulação e
clarificação de água industrial
Empresas Projetistas DFConsultoria e DAM Projetos
Construção – Etapa 5º Alteamento
Data de construção Em andamento
Altura da Barragem 71,00 m
Comprimento da Crista 550,00 m
Área do Reservatório 147,00 hec
Volume do Reservatório 52.600.000,00 m3
Tipo de Seção Terra homogênea
Drenagem Interna Filtro vertical e tapete horizontal do eixo da barragem para jusante.
Instrumentação Barragem = 08 Piezômetros, 06 Indicadores de NA e 15 Marcos Superficiais
e 01 medidor de vazão.
ESTUDOS GEOTÉCNICOS
Sondagens Realizadas na fase de projeto.
Parâmetros dos Materiais Fundação Solo Coluvionar: c’ = 10,00 kPa; φ’ = 29,0º
Fundação Solo Residual: c’ = 0,00 kPa; φ’ = 34,0º
Aterro Argiloso: c’ = 13,00 kPa; φ’ =28,0º
Aterro Siltoso: c’ = 15,00 kPa; φ’ = 30,0º
HIDROLOGIA / HIDRÁULICA
Área da Bacia 15,75 km2
Tempo de Concentração 1,67 horas
Cheia de Projeto TR igual a 10.000 anos
Vazão Máxima Afluente 93,40 m3/s
Vazão de Projeto 55,20 m3/s
NA Máximo Operacional 1.276,50 m
NA Máximo Maximorum 1.278,80 m
Borda Livre 1,20 m para TR 10.000 anos
ESTRUTURAS VERTENTES
Vertedouro de Operação O extravasor é composto por um canal emissário trapezoidal, revestido
com concreto e geossintético, com base menor de 6,00 m, altura revestida
de 2,20 m e taludes de 1H/1V, desaguando no canal principal, em calha em
degraus de concreto armado, Q = 55,20 m³/seg.
203
Barragens de Rejeitos no Brasil
204
Barragens de Rejeitos no Brasil
205
Barragens de Rejeitos no Brasil
O espessador da flotação tem por objetivo A/B. O overflow dos espessadores de concentrado
adequar o percentual de sólidos da etapa e o overflow dos espessadores da alimentação da
subseqüente à de flotação, complementar a flotação também alimentam o espessador de
deslamagem através da dispersão das lamas que lamas. Outros fluxos provenientes de bombas
ocorre em função do aumento do pH da polpa verticais também alimentam este espessador. O
e recuperar água de processo. O aumento do underflow do espessador é bombeado para a
pH é proporcionado pela adição do amido barragem Maravilhas II por meio de
gelatizado (100 a 150 g/t) e pela adição de soda bombeamento. Existe também a possibilidade do
cáustica a 50%. underflow ser bombeado para a Barragem
O espessador da flotação recebe como Maravilhas II através de tubulação independente.
alimentação o underflow dos dois estágios de A água recuperada do espessador de lamas é
ciclonagem e direciona o underflow para o tanque direcionada para dois reservatórios e distribuída
de polpa através de bombas. O tanque direciona para vários pontos da usina.
o material para o condicionador, que alimenta a O processo, na planta E, se dá por meio de
flotação por meio de outra bomba. O overflow do peneiramento.
espessador da flotação é direcionado para o
espessador de lama.
17.4 - Agradecimentos
O espessador de concentrado tem por
objetivo adequar o percentual de sólidos da etapa O texto apresentado neste capítulo foi
subseqüente de filtragem e recuperar água de elaborado com base nas referências indicadas no
processo. item seguinte.
O espessador de alimentação da filtragem O CBDB agradece à Vale, pela autorização
(concentrado) recebe como alimentação o concedida na divulgação dos dados, à Pimenta de
concentrado das colunas de flotação recleaner (a Avila Consultoria, pela disponibilização dos
alimentação é feita por gravidade). O underflow recursos, e ao Engº. Marcos de Ávila Pimenta
do espessador é direcionado para o tanque de Filho, pela elaboração do texto.
polpa por meio de bombas de polpa e este
direciona o material para a filtragem por meio de
outras bombas. O overflow do espessador é 17.5 - Referências
direcionado para o espessador de lama por - Laudo Técnico de Segurança de Barragem –
gravidade. Barragem Maravilhas II. Elaborado pela Pimenta
O espessador de lama tem por objetivo de Avila Consultoria em setembro de 2010;
adequar o percentual de sólidos para o - Manual de Operação – Barragem Maravilhas
bombeamento para a barragem de contenção de II. Elaborado pela Pimenta de Avila Consultoria
rejeitos e recuperar água de processo. Este em agosto de 2008;
espessador recebe como alimentação o overflow - Desenho RD-701-DS-13051-00. Elaborado
da bateria de ciclonagem secundária (duas pela Pimenta de Avila consultoria em agosto
baterias) do circuito de deslamagem da ITM D e de 2008;
o overflow da bateria de ciclonagem secundária
do circuito de deslamagem do circuito das ITM - Google Earth (dezembro de 2008).
206
Barragens de Rejeitos no Brasil
207
Barragens de Rejeitos no Brasil
208
Barragens de Rejeitos no Brasil
209
Barragens de Rejeitos no Brasil
DADOS GERAIS
Finalidade Contenção de rejeitos, com reaproveitamento da água
Empresas Projetistas Tecnosolo/Golder Associates/ Geoconsultoria
Construção – Etapa 5º Alteamento (cota 1.151,00m)
Data de construção 2009
Cota da Crista 1.152,80 a 1.151,00m
Altura da Barragem 72,00m
Comprimento da Crista 700,00m
Área do Reservatório 812.785,12m2
Volume Total do Reservatório 14.000.000m3
Tipo de Seção Solo compactado
Drenagem Interna Drenos verticais e horizontais, além de drenos horizontais em
tubos de PVC
Instrumentação 12 Marcos Superficiais, 12 Piezômetros Elétricos, 89 Piezômetros
Casagrande, 4 Indicadores de Nível d’Água e 5 Inclinômetros.
ESTUDOS GEOTÉCNICOS
Sondagens Realizadas nas fases de projeto
Parâmetros dos Materiais Fundação: c’ = 0,5 t/m² / φ’ = 30º
Rejeito: c’ = 0,5 t/m² / φ’ = 25º
HIDROLOGIA / HIDRÁULICA
Área da Bacia 1,97 km2
Tempo de Concentração 22 minutos
Precipitação Máxima Provável 340 mm (PMP de 24 horas)
Cheia de Projeto TR= 100 anos e 7 dias de duração
Vazão Máxima Afluente 2,97 m3/s
Vazão de Projeto 1,80 m3/s (vazão máxima efluente)
ESTRUTURAS VERTENTES
Vertedouro de Operação Torres de soleira variável operadas com stop-logs, conectadas a
uma galeria de encosta, a qual descarrega numa galeria de fundo e,
em seguida, no antigo extravasor em canal.
Vertedouro de Abandono Há projeto conceitual
210
Barragens de Rejeitos no Brasil
Tomando como base uma razão de alteamento de ¾ Cota 1.123,00 m 1º alteamento - 2002;
6,00 a 7,00 m/ano, considerada elevada para o tipo ¾ Cota 1.113,00 m dique inicial - 2000.
de rejeito (fino) que se opera, e o método de
alteamento por montante, o programa de produção No estabelecimento destas cotas foram
da Vale e a batimetria realizada em Forquilha III, consideradas as seguintes premissas:
em fevereiro de 2008, foram definidas as seguintes a) Cada alteamento deverá ser executado de
cotas de alteamento, prevendo-se preliminarmente modo a ser concluído até o dia 31 de outubro
a diferença de 2,00 m entre a soleira do extravasor de cada ano;
e a crista da barragem. b) O prazo máximo de construção deve ser
¾ Cota 1.154,00 m (final) 6º alteamento - 2009/2010; de seis meses, de maio a outubro de cada ano.
¾ Cota 1.151,00 m 5º alteamento - 2008; O ideal é que se iniciem a partir de março de
¾ Cota 1.144,00 m 4º alteamento - 2007; cada ano;
¾ Cota 1.137,00 m 3º alteamento - 2005; As figuras seguintes mostram a Barragem
¾ Cota 1.130,00 m 2º alteamento - 2003; Forquilha III, vista de uma de suas ombreiras.
211
Barragens de Rejeitos no Brasil
212
Barragens de Rejeitos no Brasil
213
Barragens de Rejeitos no Brasil
18.5 - Referências
- Laudo Técnico de Segurança de Barragem –
Barragem Forquilha III. Elaborado pela Pimenta
de Avila Consultoria em setembro de 2010;
- Manual de Operação – Barragem Forquilha
III. Elaborado pela Pimenta de Avila Consultoria
em agosto de 2008;
- Desenhos RD-701-DS-11298-00 e RD-701-
DS-13055-00, elaborados pela Pimenta de Avila
Consultoria em agosto de 2008.
214
Barragens de Rejeitos no Brasil
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Barragens de Rejeitos no Brasil
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Barragens de Rejeitos no Brasil
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Barragens de Rejeitos no Brasil
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Barragens de Rejeitos no Brasil
DADOS GERAIS
Finalidade Contenção de rejeitos, com reaproveitamento da água no
processo industrial.
Empresas Projetistas 8ª Etapa: Tecnosolo , 9ª Etapa: Geoconsultoria
Construção – Etapa Início 9ª Etapa: 2007
Cota da Crista 937,00 m
Altura da Barragem 81,00 m
Comprimento da Crista 610,00 m
Área do Reservatório 0,24 km²
Volume Atual do Reservatório 10.000.000,0 m³
Tipo de Seção Homogênea
Drenagem Interna Filtro vertical associado a tapete drenante.
ESTUDOS GEOTÉCNICOS
Sondagens Realizadas nas fases de projeto.
Parâmetros dos Materiais Aterro (Rejeito Compactado): c’ = 5,00 kPa / φ’ = 37°
HIDROLOGIA / HIDRÁULICA*
Área da Bacia 0,88 km2
Tempo de Concentração 22,9 minutos
Cheia de Projeto 10.000 anos de tempo de retorno
Vazão Máxima Afluente 2,61 m³/s
Vazão de Projeto 1,77 m³/s
NA Máximo Operacional 935,00 m
NA Máximo Maximorum 935,69 m
Borda Livre (NA máx Max) 1,31 m
ESTRUTURAS VERTENTES
Vertedouro de Operação Estrutura em torre, com galeria de fundo e canal a jusante
que deságua na Barragem VI
219
Barragens de Rejeitos no Brasil
220
Barragens de Rejeitos no Brasil
Figura 19.6 –
Vista aérea da
Barragem VI
221
Barragens de Rejeitos no Brasil
compactado, com dique de partida a jusante, em O tapete drenante, tipo “sanduíche”, apresenta
enrocamento de rochas sã e alterada. O dique dois tipos de seções: a das ombreiras – constituída
de partida tem crista na elevação 866,00 m e por duas camadas de sinter feed, com espessura de
taludes de montante e jusante com inclinação 0,20 m cada, envolvendo camada de 0,30 m de
1V:1,5H. “hematitinha” – e a do fundo do talvegue,
O maciço principal foi construído com crista constituída por duas camadas de areia com 0,20 m
na elevação 894,50 m, atingindo a elevação 895,00 de espessura envolvendo camada de brita 1, com
m após regularização, o que corresponde a uma 0,80 m de espessura.
altura máxima de cerca de 40,00 m. A inclinação O sistema de drenagem superficial é
dos taludes de jusante é de 1V:2,3H, com bermas composto por canaletas de concreto e descidas
de 3,00 m de largura nas elevações 866,00 m, d’água em degraus nas bermas e nos taludes.
876,00 m e 886,00 m. O talude de jusante foi protegido com grama,
O sistema de drenagem interna é composto e o talude de montante e a crista, por material
por um filtro vertical associado a um tapete laterítico e canga.
drenante tipo sanduíche. O filtro vertical é de As Figuras seguintes apresentam a planta
sinter feed, com 0,80 m de largura. geral e a seção típica da Barragem VI.
Figura 19.8 -
Seção típica da
Barragem VI
222
Barragens de Rejeitos no Brasil
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Barragens de Rejeitos no Brasil
230
Barragens de Rejeitos no Brasil
DADOS GERAIS
Finalidade Contenção de rejeitos e sedimentos, acúmulo de água
Empresas Projetistas Dam Projetos de Engenharia
Construção – Etapa 1ª Etapa
Data de construção 1991
Cota da Crista 660,00 m
Altura da Barragem 25,00 m
Comprimento da Crista 83,00 m
Área do Reservatório 435.000,00 m²
Volume do Reservatório 2.400.000,00 m³
Tipo de Seção Maciço homogêneo de solo argiloso compactado
Drenagem Interna Filtro vertical de rejeito fino e tapete drenante de rejeito grosso.
Instrumentação 3 piezômetros e 1 indicador de nível d’água
ESTUDOS GEOTÉCNICOS
Fundação Estudos foram realizados na época do projeto da barragem.
HIDROLOGIA / HIDRÁULICA *
Área da Bacia 21,20 km2
Tempo de Concentração 2,10 horas
Cheia de Projeto 100 anos
Vazão Máxima Afluente 149,00 m³/s
NA Máximo Operacional 657,00 m
ESTRUTURAS VERTENTES
Vertedouro de Operação Canal lateral com soleira livre, escavado em rocha, com largura
de 7,00 m e muro guia de concreto no trecho final. Crista do
vertedouro na El. 657,00 m.
231
Barragens de Rejeitos no Brasil
232
Barragens de Rejeitos no Brasil
233
Barragens de Rejeitos no Brasil
21.3 - Aspectos Operacionais do Sistema sentada a seguir, são encaminhados para a Barra-
Gongo Soco gem Sul Superior os efluentes (underflow) do
hidrociclone e dos espessadores.
A Barragem Sul Superior, antiga Canta Galo, está
O volume de água utilizado no processo de
em operação há vários anos, e a estrutura inicial, beneficiamento do minério de ferro é obtido de
destina-se à contenção de rejeitos do beneficiamento duas fontes: captação do volume proveniente do
do minério de ferro da Mina de Gongo Soco. rebaixamento do N.A no interior da cava e
Conforme pode ser observado na Erro: captação no reservatório da Barragem Sul Inferior.
Origem da referência não encontrada figura apre- Caso ocorra paralisação no sistema de bombea-
234
Barragens de Rejeitos no Brasil
mento da barragem ou da cava, existe uma captação de beneficiamento de minério da planta atual de
no córrego doVieira, também chamada de captação Gongo Soco, com vazão média de 397,00 m³/h.
Fazendinha. Esta captação é a fio d’água, existindo A água proveniente dos rejeitos dispostos
apenas uma pequena soleira para elevação do nível no reservatório da Barragem Sul Superior é
de água, no local da tomada de água. Atualmente, extravasada para o da Sul Inferior, onde é captada
essa captação encontra-se desativada. para recuperação e reaproveitamento. Além da
A água para recirculação é captada na água reaproveitada dos rejeitos é captada água
Barragem Sul Inferior, próximo à ombreira direita nova dos poços instalados na mina. Nas figuras
da barragem, onde existe uma estação flutuante seguintes estão apresentadas as características do
de captação de água que realimenta as instalações sistema de reaproveitamento de água.
Figura 21.4 -
Captações da
Unidade de Gongo
Sogo – Água Nova
235
Barragens de Rejeitos no Brasil
Figura 21.6 -
Balanço Hídrico
da Unidade
Insdustrial
Figura 21.7 -
Fluxograma do
Balanço Hídrico
236
Barragens de Rejeitos no Brasil
237
Barragens de Rejeitos no Brasil
238
Barragens de Rejeitos no Brasil
Notas:
(1) Dados obtidos do documento RDIZ (2003);
(2) Vazão máxima defluente pelo sistema extravasor, decorrente da propagação da cheia de projeto ao
longo do reservatório.
239
Barragens de Rejeitos no Brasil
240
Barragens de Rejeitos no Brasil
Figura 21.11 -
Esquema do
Vertedouro Torre
241
Barragens de Rejeitos no Brasil
21.5 - Barragem Sul Inferior Para o controle das percolações foi con-
21.5.1 - Dados Gerais cebido um sistema de drenagem interna,
constituído por um filtro inclinado (areia média
A Barragem Sul Inferior apresenta crista na lavada) de 1,00 m de espessura no contato com o
El. 881,0m (nov/08) e foi implantada pela maciço inicial e, junto ao pé da atual barragem,
Socoimex. Em 2001 foi adquirida pela Vale e um tapete drenante tipo sanduíche com areia
passou por um processo de avaliação de segurança média lavada envelopando uma camada de 0,2 m
(Pimenta de Ávila Consultoria, 2002). A adequação de brita 1 e 2.
obedeceu ao projeto elaborado pela RDIZ Projetos. As figuras seguintes apresentam a planta geral
Nessa ocasião foram executados reforço de e seção típica com detalhes com instrumentação
jusante e novo extravasor. da Barragem Sul Inferior.
242
Barragens de Rejeitos no Brasil
DADOS GERAIS
Finalidade Captação de água e retenção de sedimentos
Empresas Projetistas Reforço Jusante: Rdiz Projetos
Construção – Etapa Reforço Jusante: 2004
Cota da Crista 881,0 m
Altura da Barragem 35,0 m
Comprimento da Crista 200,0 m
Área do Reservatório 46.000 m²
Volume do Reservatório 170.000 m³
Tipo de Seção Heterogênea
Drenagem Interna Filtro inclinado / Tapete Drenante / Dreno de Pé
Instrumentação 8 (oito) piezômetros; 3 (três) marcos superficiais
ESTUDOS GEOTÉCNICOS
Sondagens Realizadas em 2002 na avaliação de desempenho e em 2003
para o projeto do reforço.
Ensaios Realizados ensaios de infiltração em 2003
HIDROLOGIA / HIDRÁULICA (1)
Área da Bacia 2,0 km2
Tempo de Concentração 0,33 h
Precipitação de Projeto 128,2 mm, com duração de 1 hora
Cheia de Projeto PMP
Vazão Máxima Afluente 86,0 m³/s
Vazão de Projeto 86,0 m³/s
NA Máximo Operacional 877,00 m
NA Máximo Maximorum 880,93 m
Borda Livre (NA máx Max) 0m
ESTRUTURAS VERTENTES
Vertedouro de Operação Vertedouro de superfície livre em concreto armado, com calha
em degraus e bacia de dissipação a jusante.
243
Barragens de Rejeitos no Brasil
244
Barragens de Rejeitos no Brasil
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Barragens de Rejeitos no Brasil
Figura 22.3 –
Localização da
Barragem. Fonte:
Google Earth.
246
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Barragens de Rejeitos no Brasil
24.1 - Apresentação
A Barragem do Azul é de propriedade da
empresa VALE e tem como finalidade a disposição
dos rejeitos provenientes do processo de
beneficiamento do minério de manganês, bem
como reservação de água para abastecimento da
planta. Esta barragem foi prevista para ser
executada em três etapas: um dique inicial e dois
alteamentos pelo método de jusante. O projeto
da referida barragem foi desenvolvido pela
empresa EPC.
254
Barragens de Rejeitos no Brasil
Figura 24.3 –
Arranjo Geral da
Barragem do Azul
(2ª etapa de
implantação).
Figura 24.4 –
Seção Típica da
Barragem da
Barragem do Azul
(seção típica da 3ª
etapa de
implantação).
consistiu na elevação da crista em 5 m (crista com existente de argila orgânica de cor preta e areia
coroamento na El. 501 m) a partir do método de média a grossa;
jusante. Para a terceira etapa foi previsto um - Embasamento local: formado pelo solo
coroamento da crista na EL. 506 m. residual/saprolítico que ocorre na pro-
fundidade de 10 a 20 m na ombreira esquerda
24.3.3 - Geologia e Fundações e mais superficialmente na direita.
Basicamente, a fundação da barragem é
composta por três tipos de solos sobrejacentes 24.3.4 - Monitoramento
ao embasamento local, conforme indicado a O monitoramento da Barragem do Azul é
seguir: realizado através de 17 piezômetros, 7 marcos
- Solos colúvio-lateríticos: natureza silto- superficiais e 1 medidor de vazão.
argilosa com fragmentos lateríticos que
recobrem os solos residuais; 24.3.5 - Sistema Extravasor
- Solos colúvio-aluvionares: em geral areno- O sistema extravasor encontra-se implan-
siltosos podendo ocorrer com características tado na ombreira direita e é constituído
argilosas; basicamente pelos seguintes elementos:
- Solos aluvionares: possuem espessura · Vertedouro do tipo superfície livre com 5,0
máxima de 6,0 m, sobreposta por camada m de largura, soleira na El. 498,0 m, escavado
255
Barragens de Rejeitos no Brasil
24.4 - Agradecimentos
O texto apresentado neste capítulo foi
elaborado com base nas referências indicadas no
item seguinte.
O CBDB agradece à Vale, pela autorização
concedida na divulgação dos dados, à Pimenta de
Avila Consultoria, pela disponibilização dos
recursos, e ao Engº. Daniel Claudino Ramos
Penna, pela elaboração do texto, e ao Engo.
Ednelson Presotti, pela revisão do mesmo.
24.5 - Referências
- RD-431-LT-13643. Complexo Carajás –
Mina do Azul – Barragem do Azul – Laudo
Técnico de Segurança de Barragem / 2008.
Elaborado pela Pimenta de Avila Consultoria,
em dezembro de 2008;
- RT-0210R1/04. Barragem de Rejeito do Azul
– Análise de Comportamento da Barragem e
“AS BUILT” – Relatório Técnico Final.
Elaborado pela GEOLABOR, em Dezembro
de 2004;
- MD-583M-00-6200. Complexo Minerador
de Carajás – Barragem de Rejeitos: Manganês
Azul – 1º Alteamento – Memorial Descritivo.
Elaborado pela ISMAR FERRARI, em Março
de 2005.
256
Barragens de Rejeitos no Brasil
257
Barragens de Rejeitos no Brasil
fechamento do maciço e com deslocamento do sucessivos, nas respectivas elevações: 608; 610,50;
eixo para jusante. Os alteamentos posteriores, 613; 615,50; 618; 620,50 e 625 que é a cota final
cota 615,50, 618,0 e 620,50m também foram prevista no projeto.
realizados com rejeito ciclonado.
O sistema de drenagem interna é 25.3.3 - Geologia e Fundações
constituído por filtro vertical de areia e tapete Segundo o relatório projeto executivo
drenante de areia e brita. elaborado pela Geoconsultoria foram realizadas
investigações para subsidiar o projeto da barragem,
25.3.2. Etapas de Construção sendo realizadas nos horizontes mais superficiais
A barragem foi projetada para ser (sondagem mais profunda atingiu 20,78m),
construída por um dique de partida e alteamentos penetrando apenas no solo residual, com algumas
258
Barragens de Rejeitos no Brasil
259
Barragens de Rejeitos no Brasil
DADOS GERAIS
Finalidade Contenção de rejeitos e clarificação e recirculação de água
Empresa Projetista Geoconsultoria
Construção Penúltima etapa de alteamento
Cota atual da Crista 620,50 m
Altura atual 45,0 m
Drenagem Interna Filtro vertical de areia associado a tapete drenate
Instrumentação PZs, INAs, marcos superficiais e medidor de vazão
ESTUDOS GEOTÉCNICOS
Sondagens Realizadas na fase de projeto executivo
Ensaios de Laboratório Realizada na fase de projeto executivo
Parâmetros da Barragem Principal Rejeitos: γ = 20,0 kN/m³; c’ = 0 kPa; φ’ = 35º;
Aterro Não Saturado: γ = 20 kN/m³; c’ = 14kPa; φ’ = 30,6º;
Aterro Saturado: γ’= 21 kN/m³; c’ = 0 kPa; φ’ = 26º;
Fundação: γ’= 20 kN/m³; c’ = 20 kPa; φ’ = 30º.
HIDROLOGIA/HIDRÁULICA
Área da Bacia 3,3 km2
Tempo de retorno 100 anos para as etapas intermediárias, e 1.000 anos para
etapa final.
ESTRUTURAS VERTENTES
Vertedouro de Operação Tomada d’água tipo flauta, com galeria e trecho em canal aberto.
25.6 - Agradecimentos
O texto apresentado neste capítulo foi - CM08-RT-01 – Relatório Técnico de
elaborado com base nas referências indicadas no Projeto Executivo de Alteamento para a cota
item seguinte. 610,50m. Elaborado pela Geoconsultoria de
O CBDB agradece à Votorantim Metais, pela Novembro de 2003.
autorização concedida na divulgação dos dados, - CM08-RV-14 – Relatório de Visita de
à Pimenta de Avila Consultoria, pela disponi- Alteamento para a cota 615,5m, Assessoria
bilização dos recursos, e à Engª. Giani Aparecida Técnica. Elaborado pela Geoconsultoria de
Santana Aragão, pela elaboração do texto. Novembro de 2006.
25.7 - Referências - CM36-RT-01 – Relatório Técnico de
- CM01-RT-04 - Relatório Projeto Executivo Projeto Executivo do Alteamento para a cota
da Nova Barragem de Rejeitos, Obras Iniciais. 618,0m. Elaborado pela Geoconsultoria em
Elaborado pela Geoconsultoria em julho de Outubro de 2006.
2000. - IB-101-RV-22922-0A - Relatório de Visita
- CM05-RT-03 – Relatório Técnico de Técnica a Barragem Aroeira, Unidade
Avaliação de Segurança. Elaborado pela Votorantim Vazante. Elaborado pela Pimenta
Geoconsultoria em fevereiro de 2002. de Ávila Consultoria em janeiro/2011.
260
Barragens de Rejeitos no Brasil
261
Barragens de Rejeitos no Brasil
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Barragens de Rejeitos no Brasil
de largura a cada 10,0 m de desnível. O talude de aterro e corte, localizadas a meia encosta das
jusante apresenta inclinação de 1V:2,0H com ombreiras da barragem, além de descidas d’água em
bermas também de 3,0 m de largura e com degraus localizadas nos taludes de montante e
desnível de 10,0 m. jusante.A condução de toda a água de origem pluvial
O maciço da barragem principal foi captada pelas estruturas descritas acima converge
desenvolvido utilizando solo de características para um bueiro à jusante do dreno de pé.
silto-argiloso, conforme previsto em projeto.Além O Dique 1 é formado por um aterro de solo
disso, foram também utilizados materiais de executado para preenchimento de uma sela
características diferentes, tanto a montante, como topográfica existente na área do reservatório com
a jusante do eixo. A barragem encontra-se com aproximadamente 10m de profundidade abaixo
coroamento na cota 690,00m. da cota da crista da barramento principal. O dique
A barragem é dotada de um sistema de é constituído de sistema de drenagem interna
drenagem interna que é constituído por um filtro composto por filtro vertical de areia e de um
de areia tipo “chaminé”, posicionado a jusante tapete drenante horizontal.
do eixo da barragem, com continuidade através O Dique 2 é formado por um aterro em
de tapete horizontal, também de areia, dotado de solo executado para preenchimento de uma sela
dreno de pé em enrocamento na extremidade de topográfica existente na área do reservatório com
jusante e de duas trincheiras drenantes implan- aproximadamente 15m de profundidade abaixo
tadas respectivamente em cada ombreira. da cota da crista do barramento principal. O dique
O sistema de drenagem superficial é dotado é constituído de sistema de drenagem interna
de canaletas de concreto posicionadas ao longo das composto por filtro vertical de areia, de um tapete
bermas. Existem também valetas de proteção de drenante horizontal e de um dreno de pé.
Figura 26.3 -
Localização do
Empreendimento
(Fonte:
MIRAÍ-B-20-402-RE-0)
263
Barragens de Rejeitos no Brasil
264
Barragens de Rejeitos no Brasil
Os piezômetros, indicadores de nível d’água Ø1000 mm, e de duas alas laterais, para arremate
e marcos superficiais foram instalados do aterro.
recentemente. A jusante da parede da caixa de transição 1
Os dados de chuva são obtidos a partir de se inicia uma galeria de concreto armado, de
uma estação meteorológica instalada na unidade dimensões internas de 2,0 x 2,0 m, destinada a
da CBA/Votorantim. Segundo informação local, proteger a tubulação do vertedouro no trecho
está prevista a instalação de um evaporímetro o em que esta se encontra sob a ombreira da
qual terá leituras diárias. barragem, além de permitir visitas de inspeção a
As inspeções de rotina são realizadas este trecho da tubulação.
semanalmente pela empresa terceirizada Brascon. Ao final da tubulação, logo após outra
As observações das inspeções são assinaladas na deflexão horizontal, foi executada a caixa de
Ficha de Inspeção de Barragens de Rejeito as quais transição 2. Esta caixa se destina a recolher o fluxo
são entregues à supervisão para análise e da tubulação e lançá-lo no trecho do vertedouro
programação das medidas corretivas que se em degraus.
fizerem necessárias. O trecho do vertedouro em degraus, nesta
etapa, possui 228,0 m de extensão e foi executado
26.3.5 - Sistema Extravasor em concreto armado moldado no local, com
seção retangular de 4,0 m de largura e 2,0 m de
O vertedouro é constituído por uma galeria altura. Posteriormente será complementado para
em concreto armado para abrigar uma tubulação montante, até a cota de implantação da soleira da
de aço. No início da galeria há uma pequena barragem na 2ª Etapa na cota 705,00 m.
bacia de aproximação e uma caixa para captação Este vertedouro está projetado em 8 trechos,
da água. Após percorrer a tubulação, a água é com aproximadamente 30,0 m de extensão cada
lançada numa estrutura em degraus de concreto um, e com juntas de dilatação entre eles. No
armado, passando a bacia de dissipação. trecho inicial desta estrutura, aproximadamente
Finalmente, há um canal de restituição trape- até 50,0 m a jusante da caixa de transição 2, o
zoidal, revestido em Colchão Reno que repõe a terreno apresenta uma declividade acentuada,
água em seu curso natural. diminuindo para jusante até a bacia de dissipação.
O trecho em canal fechado é constituído por A bacia de dissipação está na cota 643,60 m e
uma tubulação de aço Ø1000 mm, com 151,0 m terá 20,0 m de laje nivelada, terminando em uma
de extensão e declividade de 0,03 m/m, envolvida parede de 1,0 m de altura, de maneira a criar um
nos seus 85,0 m iniciais por uma galeria de colchão de água para o amortecimento final da
concreto armado. O fluxo extravasor se inicia energia do fluxo.
numa bacia de aproximação de forma trapezoidal Após a bacia de dissipação existe um canal
(em planta), com fundo em gabião tipo colchão de restituição de 20,0 m de extensão, de seção
Reno, com 30,0 cm de espessura, na cota 687,50 trapezoidal, com fundo de 4,0 m de largura, com
m, e taludes sem revestimento. Na face menor 2,0 m de altura e taludes com declividade 1V:1.5H,
deste trapézio, a jusante da bacia, existe uma revestidos, fundo e taludes, com colchão Reno
estrutura de concreto armado moldado no local, de 30,0 cm de espessura. Ao final deste canal há
denominada Caixa de Transição 1, composta de um enrocamento de pedras de mão para
uma caixa retangular, destinada a fazer a captação proteção dos taludes do canal e do terreno no
de água e seu encaminhamento à tubulação de entorno, incluindo a calha do córrego existente.
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DADOS GERAIS
Finalidade Contenção de rejeitos de bauxita.
Empresa Projetista GEOTÉCNICA S/A
Empresa Construtora Minas Sul - CMS
Construção – Etapa Única
Ano de construção 1991
Data de Início Operação 01/02/1992
Cota da Crista 395,00 m
Altura da Barragem 38,00 m
Comprimento da Crista 412,50 m
Área do Reservatório 646.000 m2
Capacidade Final do Reservatório 13.820.000 m3
Tipo de Seção Homogênea de Aterro Argiloso Compactado
Drenagem Interna Filtro vertical e tapete horizontal de areia.
Instrumentação Piezômetros Casagrande (5), Indicador de NA (1), Marcos Superficiais (3).
ESTUDOS GEOTÉCNICOS
Sondagens Realizadas na fase de projeto.
Parâmetros dos Materiais Fundação:-
− Solo Coluvionar: γ = 18 KN/m3 ; c’ = 3 kPa; φ’ = 25º
− Solo Saprolítico: γ = 18 KN/m3 ; c’ = 0; φ’ = 30º
Aterro: γ = 20 KN/m3 ; c’ = 13 kPa; φ’ = 28º
HIDROLOGIA / HIDRÁULICA
Área da Bacia 16.250.000 km2
Cheia de Projeto TR igual a 1.000 anos; verificado para 10.000 anos
NA Máximo Operacional 390,00 m
NA Máximo Maximorum 392,50 m
Borda Livre 2,50 m
ESTRUTURAS VERTENTES
Vertedouro de Operação ECN (Estrutura de Controle de Nível
Vertedouro de Operação /
Fechamento Soleira Livre na El. 390,00 m; canal de restituição escavado em rocha.
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Barragens de Rejeitos no Brasil
Apresenta-se a seguir uma descrição destes de isolar o lago desestratificado e de atender aos
componentes, definindo suas funções. parâmetros de quantidade e qualidade de descarte
da água, estabelecidos na legislação ambiental.
A. ESTRUTURA DE CONTROLE O Sistema de Desvio foi construído em
DE NÍVEIS conduto forçado pela ombreira direita,
constituído por tubos PEAD de diâmetro externo
A estrutura de controle de níveis tem a
de 355 mm e diâmetro interno de 332,8 mm, numa
função de controlar a concentração de sólidos
extensão de 2550 m.
das descargas liberadas pelo sistema para jusante
Como Sistema de Recirculação, foi
da barragem.
construída uma estação de bombeamento
A estrutura em concreto armado é
flutuante com 3 bombas horizontais, atingindo
composta por uma torre de 35 m de altura e
uma demanda total de 504 m3/h. Este sistema foi
galeria de 190 m de comprimento sob o aterro
complementado por uma linha adutora com
da barragem de terra, fundadas em rocha sã.
extensão de 2016m, constituída por tubos PEAD
com diâmetro externo de 355 mm e interno de
B. SISTEMAS DE RECIRCULAÇÃO
302 mm.
E DE DESVIO
A construção dos Sistemas de Recirculação
No ano de 1999, na época mais fria (junho e Desvio resultou num conjunto de benefícios
a setembro), a água do reservatório apresentou operacionais, que cabem ser explicitados a seguir:
muitas variações em relação ao aspecto de
- Respeito às determinações do IGAM e em
turbidez, ocorrendo repentinamente valores da
especial a outorga concedida de 110 l/s, Potaria
turbidez fora dos padrões.Tratava-se do fenômeno
02058/2009;
de “desestratificação” ou de destruição da
estratificação, cujo aparecimento relaciona-se - Atendimento com prioridade, na qualidade
com o aspecto climático e com a mudança na e quantidade requeridas, a demanda total de
granulometria do rejeito, devido à recuperação jusante;
das partículas até #42 para o minério gnáissico e - Atendimento integral à demanda hídrica da
até # 250 para o minério anfibolítico.As partículas Planta de Beneficiamento, atual e futura, em
sedimentadas passaram a sere atingidas por boas condições operacionais.
correntes ascendentes, que acontecem na época
fria decorrente da inversão do perfil térmico e
da densidade do lago antes estratificado. C. ESTAÇÃO DE TRATAMENTO
Diante deste fato, a CBA foi obrigada a DE ÁGUA
fechar a estrutura de controle de nível para evitar No período de estiagem de 2004, entre os
que esta água com excessiva turbidez fluísse para meses de abril a setembro, ocorreram preci-
jusante, onde passa a ser utilizada pelos pitações pluviométricas bem acima das médias
proprietários rurais e/ou moradores ribeirinhos. registradas, juntamente com o fenômeno da
No ano de 1999 a estrutura de controle de desestratificação, gerando a necessidade de
nível ficou fechada durante três meses, quando fechamento da Estrutura de Controle de Níveis
então, a água do reservatório de rejeitos começou em função dos altos níveis de turbidez de até 1600
a clarear e voltou a atender aos padrões de UNT, verificados na água do reservatório.
turbidez exigidos pela legislação ambiental. Para solucionar o problema, foi implantada
A partir de então, o fenômeno passou a se a Estação de Tratamento de Efluente com
repetir anualmente. Diante do fato, a CBA capacidade de tratar vazões superiores a MLT
implantou o “Sistema de Recirculação e de (vazão média de longo termo).
Desvio”, que pode ser visto como upgrade do O sistema de tratamento é composto das
sistema global, que assim passou a ter condições seguintes unidades:
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1
Nomenclatura baseada na cartografia do IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, em escala 1:100.000.
Folhas de Jacobina e Caldeirão Grande
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Barragens de Rejeitos no Brasil
Figura 28.3 -
Croqui de
localização
das Barragens
Atual e Nova
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Barragens de Rejeitos no Brasil
IDENTIFICAÇÃO
Barragem de Rejeitos de Jacobina Proprietário: YAMANA GOLD INC.
Finalidade: Contenção de Rejeitos
Empresas Projetistas: Milder Kaiser (1982) / Pimenta de Avila (alteamento, 2007)
Ano de Elaboração do Projeto: 1982
LOCALIZAÇÃO
Coordenadas UTM: N: 8.756.643 E: 333.438 Datum SAD69
INFORMAÇÕES GERAIS DA BARRAGEM PRINCIPAL
Cota Média da Crista: 654,55m Altura Máxima do Maciço: 61,00m Comprimento da crista: 606,76m
Cota da Soleira do Sistema Extravasor – Dique Norte: 645,80m
NA Máximo: 645,00m
Tipo de Seção: Heterogênea
Drenagem Interna: Drenos lineares ligados a drenos coletores
Etapa Atual de Construção: Concluída
DIQUE NORTE
Comprimento da Crista do Dique: 120,66m
Altura do Maciço: 12,00m
Cota da Crista do Dique: 647,9m
NA Máximo: 645,00m
Cota da Soleira do Sistema Extravasor: 645,80m
DIQUE SUL
Comprimento da Crista do Dique: 53,65m
Altura do Maciço: 6,00m
Cota da Crista do Dique: 647,6m
NA Máximo: 645,00m
INFORMAÇÕES GERAIS DO RESERVATÓRIO
Área do Reservatório para a Elevação 647,00: 290.259m²
Volume Útil até o NA Máximo : 868.842m3
INSTRUMENTAÇÃO
Seis medidores de nível de água, dez piezômetros e dez poços de monitoramento
HIDROLOGIA / HIDRÁULICA
Área da Bacia: 0,525km2 (com corta rio) / 1,345km2 (sem corta rio)
Tempo de Concentração: 24 horas
Tempo de retorno: 10.000 anos
Precipitação de Projeto: 285mm
Vazão Máxima Afluente: 3,39m3/s
Vazão de Projeto: 1,11m3/s
NA Máximo Operacional: 646,00m
NA Máximo Maximorum: 646,49m
Borda Livre (NA máx Max): 0,51m
SISTEMA EXTRAVASOR
Tipo: Canal retangular associado à descida d’água em canal trapezoidal.
280
Barragens de Rejeitos no Brasil
281
Barragens de Rejeitos no Brasil
28.7 - Agradecimentos
O texto apresentado neste capítulo foi - JM-100-EP-9435 - Programa de Monitora-
elaborado com base nas referências indicadas no mento de Água na Área de Influência da
item seguinte. Barragem de Contenção de Rejeitos. Pimenta
O CBDB agradece à Yamana Gold Inc., pela de Avila Consultoria, 2006.
autorização concedida na divulgação dos dados, - JM-111-RL-16214-0A – Nota Técnica,
à Pimenta de Avila Consultoria, pela disponibi-
Procedimentos e Recomendações Operacio-
lização dos recursos, ao Engº. Rafael Jabur Bittar,
nais para a Barragem de Rejeitos. Pimenta de
pela elaboração do texto, e ao Engº Edvaldo
Amaral, pela revisão do mesmo. Avila Consultoria, 2009.
- JM-112-RL-18256-0A – Plano Conceitual de
28.8 - Referências Fechamento da Barragem de Rejeitos de
Jacobina. Pimenta de Avila Consultoria, 2009.
- BLH-E-J3-MA-001-0 JMC02-390-C-MO-
- JM-100-NT-15127-0A - Barragem de
0001 Manual de Operação e Construção da
Rejeito - Relatório de Visita de Inspeção,
Barragem 2
- JM-100-MD-11841 - Projeto Executivo do Pimenta de Avila Consultoria, 2008.
Alteamento da Barragem Principal até a EL. - JM-113-RL-18506-0A– Manual de
650,00 m, Memorial Descritivo da Obra. Operação – Barragem de Rejeitos 1 - Pimenta
Pimenta de Avila Consultoria, 2007. de Avila Consultoria, 2009.
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Barragens de Rejeitos no Brasil
Parte I I I
RELATO DE ACIDENTE E
FECHAMENTO DE BARRAGEM
Por: Marta Sawaya
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Barragens de Rejeitos no Brasil
do novo vertedouro de superfície, que foi de jusante foram revestidas com placas de
construído em concreto. concreto pré-moldado.
Fazendo parte do sistema extravasor, existia
também um vertedouro, situado na margem 1.3.4 - Etapas de Construção
direita na junção da barragem com a ombreira, O barramento foi construído em três etapas
denominado “vertedouro de emergência”. Este distintas de alteamento, atingindo uma altura de
vertedouro foi construído com o objetivo de 30 metros.
aumentar a segurança para passagem do fluxo, no Em 2005, a barragem encontrava-se na fase
caso de cheias excepcionais. final de operação, com previsão de desativação da
O vertedouro de emergência (Figura 1.5) foi estrutura até o final do referido ano. Devido ao atraso
construído por escavação de um canal em solo, no licenciamento de outra área para a implantação
parcialmente revestido com concreto sem de uma nova barragem, a empresa decidiu pelo
armadura, no piso. As paredes laterais não foram prolongamento da vida útil da barragem, alteando-a
revestidas no trecho de montante e, no trecho em cerca de 2m (Figuras 1.6 e 1.7).
290
Barragens de Rejeitos no Brasil
291
Barragens de Rejeitos no Brasil
A Figura 1.8 apresenta uma vista da unidade Figura 1.8 - Vista geral da
de tratamento da Fazenda São Francisco. planta de beneficiamento da
Fazenda São Francisco
Fonte: Ministério Público, 2005
O rejeito era lançado por bombeamento último alteamento, quando ocorreu rotação de
diretamente no reservatório, sendo então adicionada uma placa do vertedouro “tulipa”, posicionada
a cal (para corrigir o pH), o sulfato de alumínio (como cerca de 10m de profundidade.A abertura de uma
coagulante) e o polímero (como floculante).Após um brecha entre placas já submersas, situadas na base
tempo de retenção na barragem, ocorria a decantação da torre inclinada, deixou vazar lama para o
das partículas. córrego Bom Jardim e cursos d’água subsequentes
Parte da água era bombeada para a planta de (Figura 1.9).
beneficiamento, sendo reutilizada no processo. Outra Os principais danos ambientais observados
parte da água era lançada no leito do córrego, dando foram (Figuras 1.10 e 1.11):
continuidade ao curso d’água a jusante do local. - Destruição dos ecossistemas ribeirinhos;
- Eliminação da fauna aquática devido à falta
1.4 Acidentes de oxigenação da água;
- Inundação de áreas com utilização antrópica
1.4.1- Acidente de 2006 (pastagem e cultivos) e dessedentação bovina;
A barragem São Francisco passou por dois - Alteração da qualidade das águas dos
acidentes em menos de um ano. O primeiro recursos hídricos locais com elevados índices
ocorreu em março de 2006, dois meses após o de turbidez.
292
Barragens de Rejeitos no Brasil
Figuras 1.10 e 1.11 - Fotos mostrando impactos ambientais decorrentes do vazamento de lama em março de 2006
Fonte: FEAM, 2006
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Barragens de Rejeitos no Brasil
mento das placas (Figura 1.12). Em seguida, a Gerais, no qual foi prevista a contratação de um
abertura foi preenchida com areia, com exceção especialista para avaliação completa das condições
dos tubos por onde a água passava livremente de segurança da barragem e implantação das
(Figura 1.13). medidas necessárias à melhoria destas condições
Em decorrência desse acidente, foi firmado de segurança, além de medidas emergenciais de
um Termo de Ajustamento de Conduta –TAC entre atendimento às populações afetadas e recuperação
MRP e Ministério Público do Estado de Minas dos danos ambientais ocorridos.
294
Barragens de Rejeitos no Brasil
Figura 1.14 -
Vertedouro de
superfície construído
após o acidente de
2006
Fonte: Ministério
Público, 2007
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Barragens de Rejeitos no Brasil
O sinistro envolveu dois estados, Minas Gerais para manter a produção de sulfato de alumínio.Além
e Rio de Janeiro e teve uma grande repercussão na disso, foi multada em 75 milhões de Reais, pelo órgão
imprensa.A empresa proprietária da barragem teve ambiental.
a licença ambiental da Fazenda São Francisco Os danos ambientais decorridos da
cassada definitivamente e foi impedida de lavrar nos ruptura da barragem prolongaram-se a jusante
outros locais por vários meses.Com essa medida, a da mesma, ultrapassando as fronteiras do
empresa precisou recorrer a outras mineradoras Estado de Minas Gerais.
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Barragens de Rejeitos no Brasil
Figura 1.19 -
Inundação de áreas
ribeirinhas, atingindo
casas isoladas
Fonte: Ministério
Público, 2007
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Figura 1.20 -
Inundação de áreas
ribeirinhas, atingindo
casas isoladas.
Fonte: Ministério
Público, 2007
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Legenda:
A- Planta de beneficiamento
B e C- Reservatório
Figura 1.28 - Vista
D1- Ombreira direita
aérea da área de
D2- Barramento remanescente beneficiamento, da
barragem e do
reservatório, logo
após o rompimento
da barragem.
Fonte: Ministério
Público, 2008
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1.6 Agradecimentos
O CBDB agradece à Pimenta de Avila
Consultoria, pela disponibilização dos recursos
e à Geóloga Marta Sawaya, pela elaboração do
texto.
1.7 Referências
- Consórcio Mineiro de Engenheiros
Consultores – CMEC. Medidas Emergenciais:
Relatório Técnico, março de 2006.
- Fundação Estadual de Meio Ambiente –
FEAM. Autos de Fiscalização (período de 2006
e 2007), Belo Horizonte.
- Ministério Público do Estado de Minas
Gerais. Laudo de Vistoria No 321798. Belo
Horizonte, setembro de 2005.
- Ministério Público do Estado de Minas
Gerais. Laudo de Vistoria No 453354. Belo
Horizonte, fevereiro de 2006.
- Ministério Público do Estado de Minas
Gerais. Laudo de Vistoria No 700045. Belo
Horizonte, janeiro de 2007.
- Ministério Público do Estado de Minas
Gerais. Laudo de Vistoria No 885830. Belo
Horizonte, novembro 2007.
- Ministério Público do Estado de Minas
Gerais. Laudo de Vistoria No 1.028.203. Belo
Horizonte, junho 2008.
- Pimenta de Avila Consultoria. Relatório
Sobre a Ruptura da Barragem São Francisco.
Belo Horizonte, março de 2007.
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dados da gráfica
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