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3 Introdução
22 Conclusão
Boa leitura :)
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Capitulo 1
O que é um Projeto Político Pedagógico (PPP)?
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Mas, cuidado: não é por ser obrigatório que deve ser encarado
como mera formalidade a ser cumprida. Afinal, o documento é um
instrumento para refletir os sonhos da escola e como pretende con-
cretizá-los. Uma vantagem competitiva em relação aos concorren-
tes, pois o documento mostra não são apenas aonde pretende ir, mas
como fazer para chegar lá. Por tamanha relevância, é recomendado,
inclusive, vale elaborar uma versão resumida para entregar aos pais
no ato da matrícula.
Por isso, a dica é não seguir modelos prontos ou confiar sua criação
a consultores externos, mas realizar pesquisas para entender o real
contexto da sua instituição educacional e elaborar essa importante
ferramenta.
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E se engana quem pensa que o Projeto Político Pedagógico deva
abranger somente gestores e professores. O documento precisa
ainda abarcar também funcionários, alunos e famílias. Sua cons-
trução deve envolver toda a comunidade, que assim compartilha a
responsabilidade de definir os rumos do colégio. Mas mais do que
atender às demandas da população, colocar sua visão de a partir de
quais lentes os alunos deverão ser capazes de enxergar, interpretar
e agir sobre o mundo.
Em resumo, trata-se de ferramenta de planejamento e avaliação
que todos os membros da comunidade escolar devem consultar
a cada tomada de decisão. Tendo sido bem estruturado, o docu-
mento representa de forma clara a identidade escolar da instituição
e vai além da teoria, dizendo como colocará cada passo em prática.
O PPP irá orientar os projetos institucionais, desde a formação con-
tinuada dos professores até o planejamento pedagógico. Deve ser
bastante sólido, mas, ao mesmo tempo, flexível para constantes
atualizações a fim de se adaptar às necessidades de aprendizagem
dos alunos.
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Capítulo 2 -
O que não pode faltar em um PPP?
1 Histórico da escola
2 Localização
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Planos de ação
Baseada em indicadores e monitoramentos internos e externos, da-
dos sobre aprendizagem e diretrizes pedagógicas, registro das ava-
liações, SARESP, Prova Brasil, índices de reprovação, taxas de evasão
e abandono, entre outros, a escola poderá chegar às seguintes ações:
✓✓ Planejamento e realização de diagnóstico
✓✓ Análise dos dados obtidos
✓✓ Planejamento das atividades
✓✓ Indicadores de fluxo e rendimentos
✓✓ Disciplinas críticas
✓✓ Critérios de escolha dos professores e de formação de classe
✓✓ Determinação da didática das aulas
✓✓ Reuniões com professores e de formação do corpo docente
✓✓ Processo de ensino e aprendizagem
✓✓ Ações estratégicas e metas
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✓✓ Base Nacional Comum Curricular (BNCC)
✓✓ Diretrizes curriculares e operacionais de nível nacional
✓✓ Normas do Conselho Estadual ou Municipal
✓✓ Currículo Municipal
Quadro de responsabilidades
Irá conter o nome dos envolvidos que podem fazer parte da Direção,
Coordenação, Corpo Docente, Corpo Discente, Família dos Alunos,
Secretaria da Rede, com a descrição da tarefa que devem realizar e o
prazo para sua conclusão.
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não deve ser relegada a terceiros nem se valer de mode-
los engessados.
-- Enviar à Secretaria de Educação todos os anos o mes-
mo documento. A escola é um organismo vivo, que a
cada ano se modifica a partir das experiências vividas. A
escola ensina, mas também aprende. Portanto, é um erro
usar o mesmo documento ano após ano. É preciso revi-
sitar o material, analisá-lo e debater com a comunidade
quais as mudanças necessárias frente aos novos desafios
da instituição escolar, o que pode ser feito anualmente
ou antes, se houver necessidade. Também é importante
fazer uma avaliação periódica das metas e dos prazos e,
se for o caso, ajustá-los.
-- Deixar de convidar a comunidade para participar de
sua criação. O PPP deve ser debatido e suas decisões vota-
das democraticamente. Afinal, não se trata simplesmente
de um mero relatório burocrático. Ele determinará como
serão tratadas e trabalhadas questões da comunidade
escolar como, por exemplo, assuntos controversos como
racismo e desigualdade social. Portanto, a participação
de todos serve para se definir os critérios adotados a se-
rem utilizados e, claro, se beneficiar de visões diferentes.
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para constar na ata de reunião, mas efetivamente reali-
zá-las.
-- Usar linguagem excessivamente técnica. O PPP deve
ser um documento claro para a comunidade como um
todo, portanto, deve ser de fácil entendimento e compre-
ensão.
-- Criar uma missão que não é clara ou que não trans-
mite os valores da instituição. Os princípios e valores da
escola nortearão todo o documento. Então é imprescin-
dível que essa parte da redação esteja bem redigida e não
se perca no restante do PPP.
-- Desvincular o PPP das diretrizes oficiais. Não adian-
ta produzir o PPP sem levar em conta esses parâmetros.
Caso contrário, será considerado um documento inválido
diante do governo.
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Capítulo 3
PPP e BNCC: como alinhar o documento à Base?
O que é BNCC?
O Art. 210 da Constituição de 1988 prevê conteúdos mínimos no cur-
rículo do ensino fundamental, de forma a assegurar uma formação
básica, o que garante a uniformização do ensino. Em 2015 é lançada
a primeira versão da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e ho-
mologada sua versão final em 2017, pelo então ministro da Educação.
No ano passado, o documento passou a compreender também o En-
sino Médio, além da Educação Infantil e o Ensino Fundamental. É um
documento que define o conjunto de aprendizagens essenciais que
todos os alunos devem desenvolver ao longo das etapas e modalida-
des do ensino.
Estrutura da BNCC
Textos introdutórios (geral, por etapa e por área)
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Competências específicas de cada área do conhecimento e dos
componentes curriculares
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a BNCC ao currículo de sua escola. A partir daí, você saberá quais
adequações serão necessárias para compreender as competências
e habilidades a serem desenvolvidas nos alunos. Entre elas, desta-
cam-se emocionais, ligadas à tecnologia e autonomia.
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Capítulo 4
Passo a passo para construir o PPP da sua escola
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✓✓ Existem outras partes da sociedade que podem se envolver
nesse processo de reconstrução? (empresas, comércio, clu-
bes...)
✓✓ O que é para nossa escola educação e qualidade de ensino?
✓✓ Analisando o ano anterior e o que havia sido planejado, o que
deu certo e o que falhou?
✓✓ Quanto ao nível de aprendizagem dos alunos, está adequa-
do? Deve-se ser elevado, o que fazer para melhorar a apren-
dizagem dos alunos?
2) Diagnóstico
Depois de se delimitar onde se quer chegar, há a necessidade do le-
vantamento de informações que irão nortear os próximos passos.
Aconselha-se, nesse caso, não se basear em “achismos”, mas a cole-
tar os dados. Caso não existam, a saída é criar pesquisas para levantar
os conteúdos. Lembre-se também de escolher um responsável por
inserir as informações no PPP e de garantir que tudo está baseado
nos planos Municipal ou Estadual de Educação.
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ção, e também nos relatórios de avaliações externas e internas. Os
dados podem constar no Projeto Político Pedagógico no formato de
tabela.
Comunidade
Deve conter um breve histórico da comunidade e da fundação da
escola, mais um levantamento detalhado sobre as condições social,
econômica e cultural das famílias. As fichas de matrícula já contêm
algumas dessas informações, mas o ideal é que seja criado um ques-
tionário a ser submetido por meio de entrevistas com os pais. Os re-
sultados podem ser apresentados por tabelas ou gráficos no PPP,
que ajudam sua visualização.
Recursos da escola
Descreva a estrutura física da escola (prédios, salas, equipamentos,
mobiliários e espaços livres), de recursos humanos (composição da
equipe, qualificação e horas de trabalho), financeiros e pedagógicos.
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Para tanto, você pode recorrer aos inventários, que descrevem as
condições do espaço que a escola dispõe para desenvolver os pro-
jetos. A secretaria da escola também é uma importante aliada, com
dados sobre os funcionários (quantos são, o que fazem e a forma-
ção). Informações de extrema importância na hora de pensar os pro-
jetos para a escola.
3) Diretrizes pedagógicas
Formam o currículo da escola e descrevem os conteúdos e os obje-
tivos de ensino, as metas de aprendizagem e a forma de avaliação,
por série ou ciclo, e por disciplina. É a partir desses parâmetros que a
equipe formula planos para adoção de programas e projetos, produ-
zindo indicadores sobre o impacto das ações (avaliações escolares,
pesquisa de satisfação e outras métricas).
Esses dados podem ser coletados na própria instituição e nos re-
ferenciais curriculares de Secretarias estaduais e municipais. Ainda
é possível se basear nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs),
no Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE) e a Base Nacional
Curricular Comum (BNCC). Aqui, os resultados podem ser apresen-
tados no formato de planilha, com dados divididos por série ou ciclo
e por disciplina.
4) Plano de ação
De posse de todas as informações coletadas, agora é a hora de des-
crever como os sonhos da escola serão colocados em prática duran-
te o ano letivo, inclusive seus projetos institucionais.
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A pergunta que deve ser respondida neste tópico é: “O que faremos
para atingir os objetivos definidos inicialmente?”. Cada um dos proje-
tos deve conter: objetivos, duração, profissionais responsáveis, par-
ceiros, encaminhamentos, etapas e avaliação.
A lista de ações deve ser pensada a curto, médio e longo prazo. Im-
portante lembrar, também, que essas ações precisarm ser coerentes
e alinhadas à missão com que a escola está comprometida.
Como inspiração, pode-se revisitar projetos que deram certo nos
anos anteriores ou em outras unidades, por exemplo. Essa fase do
projeto deve, necessariamente, ser debatida com a equipe de gesto-
res e professores.
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Capítulo 5
Dicas para apresentar o PPP à equipe pedagógica
Práticas formativas
Novos conteúdos permitem novos olhares sobre o que já havia sido
construído, o que permite alterar e atualizar o material. Inserir o PPP
como tema de discussão nas práticas formativas estimula o olhar
estratégico dos professores, colaborando para a implementação de
projetos didáticos eficientes.
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Além disso, todos são convidados a refletir sobre as metas e ações
estratégicas necessárias para atingir os objetivos desejados. Outros
pontos a serem levantados são a eficácia das estratégias traçadas,
custos que podem ser cortados e a prioridade dos investimentos, as-
sim como a definição dos indicadores a serem utilizados.
Dessa forma, a equipe toda se engaja na criação do projeto, o que
desenvolve um sentimento de dono coletivo, focado na missão
da escola.
Questionário
Uma pesquisa que permita levantar dados e colher a percepção de
pontos essenciais do PPP também pode ser realizada com a equipe
pedagógica. Um simples formulário do Google Forms, por exemplo, já
é um meio para fazer esse levantamento. Nele, você pode colocar per-
guntas qualitativas (campo aberto) e quantitativas (campo fechado)
referentes ao Projeto. Isso dará uma percepção da equipe em relação
ao documento e ajudará a nortear a revisão/manutenção do mesmo.
Rodas de conversa
Outro formato que pode ser utilizado são as rodas de conversas. Elas
consistem em reuniões com pequenos grupos conduzidas pela equi-
pe gestora. Pode ocorrer a cada 15 dias, por exemplo, pelo período de
uma hora. No encontro, são feitas conversas intercaladas, que per-
mitem uma dinâmica mais informal e integradora.
A ideia é fomentar discussões sobre as práticas desenvolvidas por
diferentes segmentos e, assim, tornar o documento mais completo e
abrangente. Textos, trechos de filmes e fotos podem trazer ganchos
que possibilitem conversas e reflexões.
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Capítulo 6
Conclusão
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Que tal
fortalecer seu PPP
com o maior projeto de
incentivo à leitura
do Brasil?
A Estante Mágica é o maior projeto de incentivo à leitura do
Brasil e, em parceria gratuita com escolas, já transformou
mais de 400 mil alunos em autores do próprio livro.
www.estantemagica.com.br