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UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE

FREDERICO BONFIM MOREIRA DA SILVA


TIA 41934067

FICHAMENTO TEORIA DO ORDENAMENTO JURÍDICO


PROFESSORA MÁRCIA ALVIM

SÃO PAULO
2019
Capítulo I – Novidade do problema do ordenamento

A tese central deste capítulo sustenta que a especificidade do direito reside


não na norma jurídica considerada isoladamente, mas no ordenamento jurídico como
um todo.

Isto significa dizer que não é possível encontrar o DNA do direito em alguma
característica endógena da norma jurídica, como exaustivamente demonstrado no
livro Teoria da Norma Jurídica. Quanto à norma, a sua característica primordial reside
apenas no plano da lógica e da linguística, ao se afirmar que sua estrutura básica é a
de uma proposição prescritiva.

Ao se operar o deslocamento do estudo da norma jurídica para a esfera do


ordenamento, suscitar-se-ão 1) novos problemas e também 2) novos ângulos sobre
um mesmo problema jurídico. Partindo do ponto “2)”, temos, por exemplo:

[...] desse modo o problema deixa de ser aquele [...]: “Qual é o caráter distintivo de
uma norma jurídica consuetudinária em relação a uma regra do costume?” e passa a
ser outro: “Quais são os procedimentos por meio dos quais uma norma
consuetudinária passa a integrar um ordenamento jurídico?”.

Outro exemplo sobre o ponto “2)”: se, diante do problema “o que define o
Direito?” buscávamos encontrar a resposta na estrutura da norma jurídica singular, a
partir do fracasso – segundo Bobbio – dessa investida teórica, é possível tentar
respondê-lo dentro de uma perspectiva sistêmica, qual seja das normas jurídicas
consideradas como um todo, como um ordenamento.
Quanto ao ponto “1)”, i. e. quanto aos novos problemas surgidos com a
mudança no objeto do estudo, Bobbio dedica a seção 5 deste capítulo para citar esses
problemas, que serão devidamente estudados nos capítulos subsequentes:

Os problemas do ordenamento jurídico

“Se um ordenamento jurídico é composto de várias normas, isso significa


que os principais problemas vinculados à existência de um ordenamento são os
problemas que nascem das relações das diversas normas entre si.

Em primeiro lugar, trata-se de saber se essas normas constituem uma


unidade, e em que modo a constituem. O problema fundamental que deve ser
discutido a esse respeito é o da hierarquia das normas. À teoria da unidade do
ordenamento jurídico é dedicado o segundo capítulo.

Em segundo lugar, trata-se de saber se o ordenamento jurídico constitui,


além de uma unidade, também um sistema. O problema fundamental que se discute
a esse respeito é o das antinomias jurídicas. À teoria do sistema jurídico será dedicado
o terceiro capítulo.

Todo ordenamento jurídico, unitário e tendencialmente (se não


efetivamente) sistemático também pretende ser completo. O problema fundamental
que aqui se discute é o das chamadas lacunas do direito. À teoria da completude do
ordenamento jurídico será dedicado o quarto capítulo.

Por fim, não existe entre os homens um único ordenamento, mas existem
muitos e diversos tipos. Os vários ordenamentos têm relação entre si e de que tipo
são essas relações? O problema fundamental que aqui deverá ser examinado é o do
reenvio de um ordenamento ao outro. À teoria das relações entre ordenamentos será
dedicado o quinto e último capítulo.”
Capítulo II – A unidade do ordenamento jurídico

Fontes reconhecidas e fontes delegadas

Sabe-se que um ordenamento jurídico é formado por normas oriundas de


inúmeras fontes distintas. Sendo assim, “a imagem de um ordenamento composto
apenas de dois personagens, o legislador [...] e os súditos [...] é puramente didática”.

Usando as estruturas familiares como uma metáfora simplificada sobre o


direito, o que se tem é uma figura central (o pai) como legislador principal, e que,
mesmo assim, não é capaz de definir sozinho as regras do seu núcleo familiar. Assim,
eventualmente ele recebe regras criadas por seus antepassados – a tradição familiar-
, eventualmente delega à mulher ou ao primogênito o pátrio poder.

Com essa metáfora, o importante é perceber que, mesmo num grupo pequeno
e pouco institucionalizado como uma família, observa-se uma pluralidade de fontes
normativas. Repare que o mesmo se observa nas organizadas religiões monoteístas,
em que Deus delega aos homens a produção de certos conteúdos normativos.

Quanto aos ordenamentos jurídicos, temos, além das suas fontes diretas, suas
fontes indiretas. Quando às fontes indiretas, o legislador recorre a dois expedientes
principais:

1. Recepção de normas preexistentes ao ordenamento:


A fonte dessas normas posteriormente recepcionadas é chamada de fonte
reconhecida, já que a recepção nada mais é do que o reconhecimento do valor jurídico
de determinada lei.

2. Delegação do poder normativo:


Exemplo: o poder normativo conferido aos poderes Executivo e Judiciário,
através de regulamentos, decretos, portarias etc. São as fontes delegadas, que vão
produzir normas após o legislador delegar essa tarefa.

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