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ANÁLISE SEMÂNTICA
Lucas 11.37-44
Verso 37:
UL – Então, quando este falar, um fariseu pediu a ele que se alimentasse
com ele. Entrando então tomava seu lugar.
JR - Enquanto falava, um fariseu convidou-o para almoçar em sua casa.
Entrou e pôs-se à mesa.
RA - Ao falar Jesus estas palavras, um fariseu o convidou para ir comer com
ele; então, entrando, tomou lugar à mesa.
RC - E, estando ele ainda falando, rogou-lhe um fariseu que fosse jantar
com ele; e, entrando, assentou-se à mesa.
NTLH - Quando Jesus acabou de falar, um fariseu o convidou para jantar na
casa dele. Jesus foi e sentou-se à mesa.
NVI - Tendo terminado de falar, um fariseu o convidou para comer com ele.
Então Jesus foi, e reclinou-se à mesa;
COC – No original a palavra traduzida está “alimentasse” semelhante a que a
RA e NVI utiliza “comer”, mas na JR ela está traduzida por “almoçar” já na RC e
NTLH está traduzida por “jantar”, existe então uma contradição de qual refeição
estava sendo servida.
Verso 38:
UL – Mas o fariseu tendo olhado admirava-se que primeiramente não lavara
as mãos antes da refeição.
JR – O fariseu, vendo isso, ficou admirado de que ele não fizesse primeiro as
abluções antes do almoço.
RA - O fariseu, porém, admirou-se ao ver que Jesus não se lavara primeiro,
antes de comer.
RC - Mas o fariseu admirou-se, vendo que se não lavara antes do jantar.
NTLH - O fariseu ficou admirado quando viu que Jesus não tinha se lavado
antes de comer.
NVI - mas o fariseu, notando que Jesus não se lavara cerimonialmente antes
da refeição, ficou surpreso.
COC – De forma geral, é refletida a questão de “lavar as mãos”, a JR traduz
por “abluções” (ritual de purificação), mostrando que não era uma simples higiene,
mas era uma prática cerimonial que estava em questão, como também a NVI traduz
por “lavara cerimonialmente”. Mesmo que no original a tradução ficaria somente por
“lavar as mãos”, a JR e NVI trazem juntamente uma interpretação para que o
significado do texto fique mais claro ao leitor que está distante da realidade da
situação.
Verso 39:
UL - Então o Senhor disse para ele: Já vocês, os Fariseus limpam o externo
do copo e do prato, mas interior de vocês está cheio de rapina e iniquidade.
JR – O Senhor, porém, lhe disse: “Agora vós, ó fariseus! Purificais o exterior
do copo e do prato, e por dentro estais cheios de rapina e perversidade!
RA - O Senhor, porém, lhe disse: Vós, fariseus, limpais o exterior do copo e
do prato; mas o vosso interior está cheio de rapina e perversidade.
RC - E o Senhor lhe disse: Agora, vós, fariseus, limpais o exterior do copo e
do prato, mas o vosso interior está cheio de rapina e maldade.
NTLH - Então o Senhor disse a ele: — Vocês, fariseus, lavam o copo e o
prato por fora, mas por dentro vocês estão cheios de violência e de maldade.
NVI- Então o Senhor lhe disse: "Vocês, fariseus, limpam o exterior do copo e
do prato, mas interiormente estão cheios de ganância e da maldade.
COC – Traduções muito semelhantes, existem somente sinônimos.
Verso 40:
UL – Oh Tolos! Não é o aquele que fez o exterior da mesma forma o interior
o fez?
JR – Insensatos! Quem fez o exterior não fez também o interior?
RA - Insensatos! Quem fez o exterior não é o mesmo que fez o interior?
RC - Loucos! O que fez o exterior não fez também o interior?
NTLH - Seus tolos! Quem fez o lado de fora não é o mesmo que fez o lado
de dentro?
NVI - Insensatos! Quem fez o exterior não fez também o interior?
COC – Traduções semelhantes.
Verso 41:
UL – Mas o conteúdo daí (como) escola e eis que todas as coisas limpas é a
vocês.
JR – Antes, daí o que tendes de esmola e tudo ficará puro para vós!
RA - Antes, dai esmola do que tiverdes, e tudo vos será limpo.
RC - Dai, antes, esmola do que tiverdes, e eis que tudo vos será limpo.
NTLH - Portanto, dêem aos pobres o que está dentro dos seus copos e
pratos, e assim tudo ficará limpo para vocês.
NVI - Mas dêem o que está dentro do prato como esmola, e verão que tudo
lhes ficará limpo.
COC – Nesse texto aponta-se que os fariseus deviam dar esmola do que
eles tem, a NTLH e a NVI se referem especificamente do que eles tem dentro do
pratos e copos, na original não existem essas palavras, o texto pode se referir ao
interior deles mesmos, esse texto possui dificuldades de interpretação.
Verso 42:
UL – Mas Ai de vocês os Fariseus, que dizimam da menta e da arruda e de
todos os tipos hortaliça e negligenciam a justiça e o amor de Deus. Estas mesmas
coisas pois também esteve preso a fazer e aquelas não negligenciar.
JR – Mas ai de vós, fariseus, que pagais o dízimo da hortelã, da arruda e de
todas as hortaliças, mas deixais de lado a justiça e o amor de Deus! Importa praticar
estas coisas sem deixar de lado aquelas.
RA - Mas ai de vós, fariseus! Porque dais o dízimo da hortelã, da arruda e de
todas as hortaliças e desprezais a justiça e o amor de Deus; devíeis, porém, fazer
estas coisas, sem omitir aquelas.
RC - Mas ai de vós, fariseus, que dizimais a hortelã, e a arruda, e toda
hortaliça e desprezais o Juízo e o amor de Deus! Importava fazer essas coisas e não
deixar as outras.
NTLH - Ai de vocês, fariseus! Pois dão para Deus a décima parte até mesmo
da hortelã, da arruda e de todas as verduras, mas não são justos com os outros e
não amam a Deus. E são exatamente essas coisas que vocês devem fazer sem
deixar de lado as outras.
NVI - "Ai de vocês, fariseus, porque dão a Deus o dízimo da hortelã, da
arruda e de toda a sorte de hortaliças, mas desprezam a justiça e o amor de Deus!
Vocês deviam praticar estas coisas, sem deixar de fazer aquelas.
COC – Há alterações em tempos verbais, “importava” (RC), “importa” (JR),
“devíeis” (RA), “devem” (NTLH), “deviam” (NVI).
Verso 43:
UL – Ai de vós os Fariseus, que gostam do lugar de honra em as sinagogas
e dos cumprimentos nos mercados.
JR – Ai de vós, fariseus, que apreciais o primeiro lugar nas sinagogas e as
saudações nas praças públicas!
RA - Ai de vós, fariseus! Porque gostais da primeira cadeira nas sinagogas e
das saudações nas praças.
RC - Ai de vós, fariseus, que amais os primeiros assentos nas sinagogas e
as saudações nas praças!
NTLH - Ai de vocês, fariseus! Pois gostam demais dos lugares de honra nas
sinagogas e gostam de ser cumprimentados com respeito nas praças.
NVI - "Ai de vocês, fariseus, porque amam os lugares de honra nas
sinagogas e as saudações em público!
COC – A UL traduz por “mercados” enquanto as outras já trazem uma
tradução mais interpretada lugar “públicos” ou “praças”.
Verso 44:
UL – Ai de vocês que são como os túmulos invisíveis, e os homens os quais
andam acima não reconhecem.
JR – Ai de vós, porque sois como esses túmulos disfarçados, sobre os quais
se pode transitar, sem o saber!
RA - Ai de vós que sois como as sepulturas invisíveis, sobre as quais os
homens passam sem o saber!
RC - Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas, que sois como as sepulturas
que não aparecem, e os homens que sobre elas andam não o sabem!
NTLH - Ai de vocês! Pois são como sepulturas que não se vêem, sepulturas
que as pessoas pisam sem perceber.
NVI - "Ai de vocês, porque são como túmulos que não se vêem, por sobre os
quais os homens andam sem o saber! "
COC – A RC acrescenta: “escribas e fariseus hipócritas” que não está no
original de Lucas, mas em um texto paralelo em Mateus 23.23, que no original se
refere aos dois grupos, fariseus e escribas.
3.2 Análise das Frases ou Palavras importantes
Os fariseus estavam surpreendidos porque Jesus não lavava as mãos antes de comer. Não
era uma questão de higiene, mas sim da lei cerimonial. A lei dizia que antes de comer era
preciso lavar as mãos de uma maneira determinada, e que também deviam ser lavadas
entre um prato e outro. Como sempre, descrevia-se cada detalhe. Havia grandes vasilhas
de pedra especiais para esse fim, porque se temia que a água comum fosse impura; a
quantidade de água que devia utilizar-se devia ser pelo menos um log (ao redor do meio
litro). Primeiro, a água devia entornar-se sobre as mãos começando pela ponta dos dedos e
correndo até o punho. Depois, era preciso limpar a palma de cada mão esfregando cada
uma com o outro punho. Finalmente, voltava-se a jogar água sobre a mão, esta vez do
punho para a ponta dos dedos. Para um fariseu era pecado omitir o menor destes detalhes.
O comentário de Jesus foi que se tivessem tanta preocupação em limpar seus corações
como o faziam ao lavar as mãos, seriam melhores homens. Havia certas obrigações que
um ortodoxo meticuloso não devia omitir nunca.1
Verso 41: “mas dêem como esmola o que está dentro do prato”, existe uma
dificuldade de tradução deste texto. Algumas possibilidades seriam “Dê ao pobre o
que está dentro dos seus copos e pratos”, não entendendo que seria o roubo e a
injustiça, mas podendo ser coisas boas de uma forma geral. Outra interpretação
seria: “Dê verdadeiramente, de todo o seu coração”, se referindo ao aquilo que
estava em seu interior.2
1
BARCLAY, W. 1955, p. 134-135.
2
STERN, D. H. Comentário Judaico do Novo Testamento. Belo Horizonte - MG: Atos, 2007. Pag.
147.
3
CHAMPLIN, R. N.; BENTES, J. M. Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia. Vol. 4. 5ª Ed. São
Paulo: Candeia, 1995. Pag. 202.
O texto em estudo mostra que os fariseus tinham um cuidado rigoroso com o dízimo,
e acabavam dando até aquilo que a Lei mesmo dizia que não era necessário, as
hortaliças.
No verso 43: “mercado” vem da palavra grega agóra que aparece onze
vezes no Novo Testamento. Para os gregos esse mercado era uma importante
instituição social, um lugar de negócios, de funções sócias e políticas, servia
também de tribunal. Funções religiosas populares também aconteciam nesse local,
ali também existia centros de ritos religiosos. Havia edifícios públicos, também era
4
usado para assembléias gerais. Ao que tudo indica era um lugar público, onde até
as crianças brincavam (Mt 11.16), por esse motivos é traduzido como “lugares
públicos” ou “praças”.
Deus que detesta hipocrisia (v. 39-40) - nesse texto observamos a rejeição
de Deus a uma prática religiosa carente de virtudes. Existe uma crítica contra a
hipocrisia, o cuidado com as coisas externas, mas a negligencia com a pureza
interior. Em momento algum é condenado o zelo dos fariseus, mas sim a devoção
que omite o principal, amor e justiça de Deus.
4
CHAMPLIN, R. N.; BENTES, J. M. Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia. Vol. 4. 5ª Ed. São
Paulo: Candeia, 1995. p. 230.
5
MORRIS, L L. Lucas: Introdução e Comentário. São Paulo: Vida Nova, 1996. p. 193.