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2022

18.11.2018
Lisboa | CÓNEGO JOÃO SEABRA HOMENAGEADO EM LIVRO Na Tua Palavra
Salvador de almas Não nos separemos
d’Ele!
por D. Nuno Brás

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É “um pai que fala e guia para Cristo”, uma “personalidade marcante”. Há até quem diga que é A OPINIÃO DE
“o mais brilhante, criativo e, certamente, dos mais zelosos padres que a Igreja de Lisboa gerou
no pós-concílio”. O cónego João Seabra celebrou 40 anos de ordenação e os amigos
publicaram um livro com “histórias da vida” do sacerdote, que o Presidente da República vai Os maiores feitos da
condecorar em Belém. Igreja em Portugal
Pe. Alexandre Palma
Quais serão as realizações da Igreja
“Um grande pai para milhares de pessoas. Um pai que nos fala e nos guia para Cristo”. É desta em Portugal, fruto do seu empenho e
forma que o Presidente da República se refere ao cónego João Seabra, seu amigo de longa compromisso, minimamente
data que, no passado dia 12 de novembro, celebrou 40 anos de ordenação. Antes de entrar no nacionais?...
auditório da Paróquia de Santa Joana, Princesa, em Lisboa, Marcelo Rebelo de Sousa ver [+]
lembrava, aos jornalistas, precisamente a amizade que o une ao sacerdote. “Venho
testemunhar 58 anos de amizade fraternal. E venho, como Presidente da República, agradecer
uma carreira muito marcante quer na universidade, onde foi capelão, quer em movimentos Natalidade e ambiente
juvenis, quer no lançamento do Comunhão e Libertação, que foram contributos importantes do Pedro Vaz Patto
ponto de vista cultural, educativo, pedagógico, social e cívico para a sociedade portuguesa”, O príncipe Harry e a esposa,
recordou. Meghan Markle, declararam que não
pretendem ter mais do que dois
Na sessão onde foi apresentado o livro ‘Não sou dono da verdade, mas sou possuído por ela’,
filhos,...
publicado pela Lucerna, o chefe de Estado lembrou que ele e o padre João viveram “décadas
ver [+]
na casa um do outro”. Conheceram-se no Liceu Pedro Nunes e, desde então, até à saída da
faculdade, viram-se todos os dias. “Vivemos em conjunto tudo o que Portugal viveu desde 1960
até praticamente 1974, dia a dia”, recordou o Presidente, na sua intervenção. “Tem uma
inteligência excecional, é rapidíssimo, brilhantíssimo, com um coração riquíssimo”, elogiou. Visite a página online
do Patriarcado de Lisboa
Marcelo Rebelo de Sousa agradeceu ainda “uma carreira muito marcante” do cónego João
Seabra e anunciou a intenção de condecorar o sacerdote, no Palácio de Belém, “com a
presença do Cardeal-Patriarca D. Manuel Clemente e dos Bispos Auxiliares”. “Quero ter o
prazer de ver uma invasão de católicos no Palácio de Belém”, frisou o Presidente da República. Galeria de Vídeos
Voz da Verdade

Uma personalidade marcante


EDIÇÕES ANTERIORES
O Cardeal-Patriarca conheceu o cónego João Seabra em 1973, e, no prefácio do livro ‘Não sou
dono da verdade, mas sou possuído por ela’, caracteriza o sacerdote como “uma
personalidade marcante”. No texto, D. Manuel Clemente lembrou que entraram “no seminário Edição n° 4365
na mesma altura” e referiu-se “à marca sacerdotal” que o padre João imprimiu. “O seu modo ao 06 de Outubro de 2019
mesmo tempo convicto e desempoeirado de estar como padre fosse onde fosse e com quem Ver todos os temas
fosse; a sua sensibilidade e piedade; a disponibilidade para acolher ou procurar os colegas, desta edição
convivendo, escutando e aconselhando – tudo isto nos marcou, marca e estimula. Foi e
continua a ser determinante no percurso de muitas vocações sacerdotais, como também
religiosas e laicais”, escreveu o Cardeal-Patriarca, no início da obra que assinala os 40 anos da
ordenação sacerdotal do cónego João Seabra.

Paternidade na fé

José Maria Seabra Duque é sobrinho do padre João Seabra – sua mãe é irmã do sacerdote – e
é um dos coordenadores do livro ‘Não sou dono da verdade, mas sou possuído por ela’, que
reúne testemunhos de alguns amigos do padre João, entre os quais Marcelo Rebelo de Sousa,
mas também Manuel Braga da Cruz, Dom Duarte de Bragança, João César das Neves,
monsenhor Duarte da Cunha, Henrique Leitão, Aura Miguel, José Milhazes, Jaime Nogueira
Pinto, Isilda Pegado, Pedro Santana Lopes ou Zita Seabra, entre outros. “No ano passado,
lembrámo-nos de fazer algo para assinalar os 40 anos de sacerdócio do padre João para
mostrar, por um lado, a nossa gratidão, e também para dar a conhecer a sua vida e obra. E a
melhor forma de falar desta data era colocar a falar as pessoas com quem, de alguma maneira,
ele se cruzou, e que, com o seu ministério, marcou as suas vidas”, explica José Maria, ao
Jornal VOZ DA VERDADE, sublinhando que esta obra procura “dar a conhecer a obra do padre
João, nos diversos âmbitos pastorais por onde passou”.

Sobre o seu tio, este jovem de 33 anos salienta que “uma das suas facetas mais interessantes
é ser padre em tudo”. “É sempre padre. A sua relação é sempre marcada por esta paternidade
de ser sacerdote, porque vive constantemente à procura de salvar as almas”, aponta,
sublinhando que a sua “gratidão por esta paternidade na fé é total”.

A confissão é uma das marcas do padre João Seabra. Isso mesmo é recordado por José Maria
Seabra Duque. “Na Jornada Mundial da Juventude de Colónia, em 2005, fomos um grupo de
50 jovens, com o movimento Comunhão e Libertação, e, durante as catequeses, o padre João
encostava-se a uma parede e começava a confessar. E eram filas e filas e filas de jovens
italianos a quererem confessar-se. Enquanto houver uma pessoa para confessar, tudo resto
está em segundo lugar para o padre João, porque o mais importante é mesmo a pessoa que
está ali”, garante, reforçando: “Sempre me impressionou nele que, estivesse o que estivesse a
acontecer, perante as palavras de alguém a perguntar ‘Padre João, pode-me confessar?’, tudo
parava, nem que fosse uma Missa que estivesse para começar com 300 pessoas”.

Amor a Cristo e à Igreja

António Maria Pinheiro Torres coordenou também o livro de homenagem ao cónego João
Seabra, um sacerdote que conheceu em 1982, na primeira peregrinação a Fátima da
Universidade Católica, tinha então 20 anos. “Foi no impacto com o padre João que me converti,
no sentido de que comecei a querer estar na Igreja. Eu desejava ter uma vida que valesse a
pena em todos os segundos e aquele homem falava da Igreja e de Cristo como a coisa mais
apaixonante que um homem podia encontrar na sua vida”, recorda António, ao Jornal VOZ DA
VERDADE.

Sobre ‘Não sou dono da verdade, mas sou possuído por ela’, este leigo sublinha ser uma obra
“onde as pessoas falam da sua relação com Cristo e como a amizade com o padre João lhes
proporcionou uma intensidade de relação com Deus”. “É um livro que faz bem à alma. Não é
apenas uma coisa de amigos, a dizer que gostam muito dele, mas é sobretudo o testemunho
do que é a ação de Jesus na vida de cada um”, refere.

São quase 40 os anos de amizade que unem António Pinheiro Torres ao cónego João Seabra.
“Marca-me o amor que ele tem a Cristo e à Igreja, a intensidade da certeza que ele transmite e
a forma como nos ajuda a verificar essa certeza. É uma paternidade que é a própria ternura de
Jesus pela nossa vida, que se manifesta através da amizade dele”, testemunha.

Salvar as almas

Amigo de longa data, o cónego Armando Duarte assina o posfácio do livro de homenagem ao
cónego João Seabra. “O João sempre foi mestre e eu discípulo, cada vez mais extasiado e
agradecido pelo seu saber, pelo seu carisma, pelo seu inquebrantável amor à Igreja e
«devoção» ao sacerdócio, praticada no amor, na solicitude e na ajuda a cada irmão sacerdote.
Convivo, há quase 50 anos, com o mais brilhante, criativo e, certamente, dos mais zelosos
padres que a Igreja de Lisboa gerou no pós-concílio. Por isso, não me canso de dar graças a
Deus!”, escreve o sacerdote, destacando “a grande prioridade do padre João”: “Salvar as
almas”. “Quanto a Igreja lhe deve! As peregrinações a pé de universitários a Fátima, as
Equipas de Jovens de Nossa Senhora, os Cursos de Preparação para o Matrimónio, o São
Tomás… Porém, mais importantes que a visibilidade dessa ação pastoral são as horas e horas
de acompanhamento pessoal, na Confissão e na direção espiritual, contributo inestimável para
a redescoberta do sacramento da Penitência”.

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Perfil

O cónego João Seabra nasceu em Lisboa, em 1949. Licenciou-se pela Faculdade de Direito de
Lisboa e entrou para o Seminário dos Olivais em 1973. Fez a licenciatura em Teologia, na
Universidade Católica Portuguesa, e a licenciatura em Direito Canónico, na Universidade de
Salamanca. Foi ordenado sacerdote a 5 de novembro de 1978, pelo cardeal D. António Ribeiro,
e celebrou Missa Nova no dia 12 de novembro desse ano, na Igreja de Santa Isabel, a sua
paróquia.

Doutor em Direito Canónico pela Pontifícia Universidade Urbaniana, é cónego da Sé Patriarcal


de Lisboa e diretor do Instituto Superior de Direito Canónico, da UCP. Foi capelão da
Universidade Católica, pároco em Santos-o-Velho e na igreja de Nossa Senhora da
Encarnação, no Chiado. Foi, ainda, defensor do vínculo do Patriarcado, assistente nacional do
movimento Comunhão e Libertação e acompanhou as Equipas de Casais e de Jovens de
Nossa Senhora. Foi fundador e é presidente da associação educativa que possuiu o Colégio de
São Tomás, em Lisboa, e o Colégio São José do Ramalhão, em Sintra.

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“Dar-me todo à obra da Igreja”

O cónego João Seabra celebrou, a 12 de novembro, os 40 anos da sua Missa Nova. “A minha
vida consistiu só nisto: dar-me todo à obra da Igreja”, referiu o sacerdote, de 69 anos, na
homilia da celebração, na igreja de Santa Joana, Princesa, em Lisboa. Considerando-se “um
servo da Verdade”, o cónego João Seabra sublinhou que “a Igreja não existe para si própria”.
“A Igreja existe para que Cristo se possa encontrar com cada homem, para que cada homem
se possa encontrar com Cristo. Existe para isso, e nada mais. A Igreja não existe para si
própria. A Igreja existe para que o homem e Cristo possam caminhar juntos na vida de cada
um. O caminho da Igreja é o coração do homem. E o caminho do homem é Cristo”, sublinhou.
Para o cónego João Seabra, “a Igreja está construída sobre a misericórdia de Deus”. “Fui
tratado com muita misericórdia por Deus e espero ter sido, ao longo da minha vida, ministro da
sua misericórdia para muitos”, referiu. “Peço a Nosso Senhor que me guarde juízo. Mas
sobretudo que me dê misericórdia, que me perdoe, que me permita recomeçar cada dia”,
acrescentou.

Nesta celebração, onde participaram muitos amigos do padre João, incluindo o Presidente da
República, Marcelo Rebelo de Sousa, o sacerdote revelou ainda que a homilia da sua Missa
Nova foi “a única” que escreveu nestes 40 anos de sacerdócio. “Meditei e rezei cada uma das
palavras daquela homilia, e li-a com uma comoção e uma certeza, com uma gratidão e uma
humildade profunda, de coração, diante de Deus”, recordou.

No final da Missa, o novo pároco de Santa Joana, Princesa, padre Duarte da Cunha – que
tinha tomado posse na véspera –, agradeceu “ao padre João que honra, com a sua presença”,
esta paróquia da cidade. “Queria testemunhar a minha alegria de agora podermos viver juntos”,
salientou o sacerdote.

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“Gostar das pessoas é uma missão”

O padre João Seabra agradeceu “a todos os autores das histórias” publicadas no livro ‘Não sou
dono da verdade, mas sou possuído por ela’, da Lucerna, que celebra os 40 anos da sua
ordenação e reúne testemunhos de alguns dos seus amigos. “Deus deu-me a graça de gostar
das pessoas. E deu-me a graça de perceber que essa graça era uma missão. Gostar das
pessoas é uma missão. É uma missão para levar as pessoas a gostar d’Aquele que gosta de
mim, para levar as pessoas a gostar de Cristo, para que O conheçam, O amem, O sigam e se
deixem amar por Ele”, desejou o sacerdote, no lançamento da obra.

Foi uma apresentação que “juntou os amigos do padre João”. “Aqueles que se tornaram
amigos de Jesus por causa do seu sacerdócio”, salientava, no início da sessão, o pároco de
Santa Joana, Princesa, padre Duarte da Cunha. No auditório paroquial, após a Eucaristia, José
Maria Seabra Duque, em nome dos coordenadores da obra, referiu que o livro, “com tantas
histórias de graça e misericórdia”, é “fruto da paternidade do padre João”. Madalena Fontoura
considerou que o livro “faz um percurso pela vida, para descobrir o padre João Seabra”,
enquanto João César das Neves frisou que esta é uma obra “sobre uma pessoa fascinante”.
“Este não é um livro de homenagem, conta histórias do padre João. São 72 histórias muito
interessantes, curtinhas, divertidas, sentidas, comoventes”, observou. Por sua vez, o editor,
Henrique Mota, da Princípia Editora, salientou que o padre João “sempre foi um testemunho da
verdade”.

texto e fotos por Diogo Paiva Brandão

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