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NOÇÕES DE METROLOGIA
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NOÇÕES DE METROLOGIA
1
© PETROBRAS – Petróleo Brasileiro S.A.
Todos os direitos reservados e protegidos pela Lei 9.610, de 19.2.1998.
É proibida a reprodução total ou parcial, por quaisquer meios, bem como a produção de apostilas, sem
autorização prévia, por escrito, da Petróleo Brasileiro S.A. – PETROBRAS.
72 p.:9il.
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ÍNDICE
1 Metrologia ................................................................................................................................7
1.1 Noções de metrologia..............................................................................................................7
1.1.1 Medição ...................................................................................................................................7
1.1.2 Medir versus colecionar números ...........................................................................................8
1.1.3 A necessidade de medir ..........................................................................................................9
1.1.4 O processo de medição.........................................................................................................10
2 O papel da metrologia no sistema de qualidade ...................................................................11
2.1 NBR ISO 9001:2000. Histórico..............................................................................................11
2.2 Etapas para obtenção do certificado.....................................................................................13
2.3 Terminologia na metrologia ( segundo portaria Inmetro No 029 de 10/03/1995 ) ...............13
2.4 NBR ISO 9001:2000 e metrologia.........................................................................................15
2.5 ABNT NBR ISO 10012:2004 .................................................................................................17
2.5.1 Objetivos................................................................................................................................17
2.5.2 Escolha inicial dos intervalos de comprovação.....................................................................19
2.5.3 Métodos para análise crítica dos intervalos de comprovação ..............................................19
3 Algarismos significativos .......................................................................................................21
3.1 Regras básicas de arredondamento (NBR-5891) .................................................................22
4 Sistema de medição ..............................................................................................................24
4.1 Sistema generalizado de medição ........................................................................................24
4.2 Parâmetros característicos de sistemas de medição............................................................26
5 Erro de medição ....................................................................................................................35
5.1 A Convivência com o erro .....................................................................................................35
5.2 Tipos de erros........................................................................................................................36
5.2.1 O erro sistemático .................................................................................................................36
5.2.2 O erro aleatório......................................................................................................................36
5.2.3 O erro grosseiro.....................................................................................................................37
5.2.4 Estimação dos erros de medição ..........................................................................................37
5.2.5 Erro aleatório .........................................................................................................................39
5.2.6 Erro máximo do sistema de medição ....................................................................................40
5.3 Incerteza ................................................................................................................................40
5.4 Fontes de erros .....................................................................................................................41
5.5 Minimização do erro de medição ..........................................................................................44
5.5.1 Seleção correta do SM ..........................................................................................................44
5.5.2 Modelação correta do processo de medição ........................................................................44
5.5.3 Adequação do erro máximo do sistema de medição ............................................................45
5.5.4 Calibração do sistema de medição .......................................................................................45
5.5.5 Avaliação das influências das condições de operação do SM .............................................45
5.5.6 Calibração “in loco” do sistema de medição .........................................................................45
6 Estatística aplicada à metrologia...........................................................................................46
6.1 Conceitos básicos .................................................................................................................46
6.2 Caracterização da amostra ...................................................................................................47
6.2.1 Média .....................................................................................................................................47
6.2.2 Medida de dispersão .............................................................................................................48
6.3 Distribuições ..........................................................................................................................49
6.3.1 Distribuição normal................................................................................................................49
6.3.2 Distribuição normal padronizada...........................................................................................50
6.3.3 Intervalo de confiança ...........................................................................................................53
6.3.4 Distribuição de Student ( tv ) .................................................................................................53
6.4 Cálculo de incerteza ..............................................................................................................56
6.4.1 Avaliação da incerteza de medição.......................................................................................56
6.5 Declaração de resultados de medição ..................................................................................61
7 Sistemas de calibração e ajuste............................................................................................62
3
7.1 Conceitos do sistema de calibração/ajuste ...........................................................................62
7.2 Escolha dos instrumentos do processo.................................................................................63
7.2.1 Pontos críticos de controle ....................................................................................................63
7.2.2 Componentes da malha ........................................................................................................64
7.3 Rastreabilidade......................................................................................................................65
7.4 Capacitação da mão de obra ................................................................................................66
7.5 Documentação ......................................................................................................................66
7.6 Sistema de medição ..............................................................................................................66
7.6.1 Propagação de erros .............................................................................................................66
7.7 Condicionamento dos padrões..............................................................................................67
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LISTA DE FIGURAS
Figura 4.1: Sistema de medição .............................................................................................................25
Figura 4.2 Exemplos de dinamômetros..................................................................................................26
Figura 4.3 Característica de resposta e curva de calibração .................................................................29
Figura 4.4 Conceito de sensiblidade ......................................................................................................31
Figura 4.5 Histerese ...............................................................................................................................32
Figura 4.6 Faixa de medição e erro de linearidade ................................................................................34
Figura 5.1 Fontes de erros de medição..................................................................................................41
Figura 5.2 Erro de retroação do sistema de medição sobre o mensurando ..........................................42
Figura 5.3 Influência da temperatura sobre os efeitos sistemáticos e aleatórios ..................................43
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APRESENTAÇÃO
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I-METROLOGIA
1 Metrologia
Metrologia é ciência que estuda a medição. Ela trata do estudo e aplicação dos meios
adequados à quantificação de magnitudes tais como: comprimento, ângulo, massa, tempo,
velocidade, temperatura, etc.
1.1.1 Medição
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teoria é aquela que se verifica na prática. A descrição das quantidades envolvidas em cada fenômeno
se dá através da medição.
A medição continua presente no desenvolvimento tecnológico. É através da medição do
desempenho de um sistema que se avalia e realimenta o seu aperfeiçoamento. A qualidade, a
segurança, o controle de um elemento ou processo é sempre assegurada através de uma operação
de medição. Há quem afirme que "medir é fácil". Afirma-se aqui que "cometer erros de medição é
ainda mais fácil".
De fato, existe uma quantidade elevada de fatores que podem gerar estes erros, conhece-los
e controlá-los nem sempre é uma tarefa fácil. Como o valor a medir é sempre desconhecido, não
existe uma forma mágica de checar e afirmar que o número obtido de um sistema de medição
representa a grandeza sob medição (mensurando). Porém, existem alguns procedimentos com os
quais se pode caracterizar e delimitar o quanto os erros podem afetar os resultados.
8
g em uma balança de uso culinário, porém estes erros não podem ser aceitos caso deseje-se medir a
massa de pepitas de ouro. Medir com mínimos erros custa caro. À medida que se desejam erros cada
vez menores, os custos se elevam exponencialmente. A seleção do SM a empregar é, portanto, uma
ação de elevada importância que deve equilibrar as necessidades técnicas com os custos envolvidos.
9
1.1.4 O processo de medição
Medir é o procedimento experimental pelo qual o valor momentâneo de uma grandeza física
(mensurando) é determinado como um múltiplo e/ou uma fração de uma unidade, estabelecida por um
padrão, e reconhecida internacionalmente.
A operação de medição é realizada por um instrumento de medição ou, de uma forma mais
genérica, por um sistema de medição (SM), podendo este último ser composto por vários módulos.
Obtém-se desta operação instrumentada a chamada indicação direta, que é o número lido pelo
operador diretamente no dispositivo mostrador, acompanhado da respectiva unidade indicada neste
dispositivo.
Para que a medição tenha sentido, é necessário determinar a chamada indicação. A indicação
corresponde ao valor momentâneo do mensurando no instante da medição, e é composta de um
número acompanhado da mesma unidade do mensurando.
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II-METROLOGIA E QUALIDADE
Em 1979 um grupo de trabalho foi criado pela ISO (lnternational Organization for
Standardzation) - Organização internacional para Normalização, com a tarefa de elaborar um conjunto
de normas, cuja finalidade principal era a de estabelecer padrões mínimos de aceitação referentes ao
sistema da qualidade das empresas, talvez não se imagine que tal conjunto de normas seria tão
divulgado e aplicado ao redor do mundo.
Em 1987, quando a primeira edição destas normas foi publicada, iniciava-se uma era que
marcou uma mudança profunda em termos de conceitos de trabalho e qualidade nas empresas. O
conjunto de normas de sistema da qualidade recebeu a denominação de ISO Série 9000.
Atualmente, cada vez mais empresas buscam a certificação pelas normas ISO 9001:2000 em
todo mundo. As últimas estatísticas apresentam o Brasil como o primeiro da América do Sul, com
7900 empresas certificadas, de acordo com dados de 31/12/2003 do INMETRO.
A tendência é que o número de empresas aumente a cada dia, já que, neste momento, o
conceito ISO 9001:2000 começa a atingir empresas de pequeno e médio porte. No final de 1995, o
Brasil tinha mais de 1.000 empresas certificadas, conforme requisitos especificados pelas normas ISO
9001:2000.
O objetivo de tais normas é garantir o estabelecimento de critérios para as relações de
clientes e fornecedoras, em um processo de venda e compra, sendo as únicas que podem ser
utilizadas para efeito de auditorias. As outras normas existentes podem ser consideradas como guias
de apoio à implementação do Sistema da Qualidade adotado.
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O que significa ISO?
Consiste em uma avaliação geral do sistema da qualidade das empresas por uma entidade
especializada e independente.
Após as visitas de auditoria (normalmente três a cinco dias) os auditores informarão à
empresa se esta atende às exigências dos requisitos ISO 9001:2000.
Os seguintes documentos compõem a família ISO 9001:2000 :
NBR ISO 9004:2000 : Sistemas de gestão da qualidade – Diretrizes para melhorias de desempenho
NBR ISO 19011:2002 : Diretrizes para auditorias de sistema de gestão da qualidade e/ou ambiental
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2.2 Etapas para obtenção do certificado
Uma vez conseguida a certificação, reconhecida internacionalmente e com validade para três
anos, o órgão certificador executará auditorias periódicas em intervalos de seis meses. Ao final do
período de três anos, o sistema da qualidade é reavaliado, inclusive considerando-se os resultados
das visitas semestrais, que podem determinar até na redução do número de dias de avaliação
requerido em comparação ao da avaliação inicial.
AJUSTE - Operação destinada a fazer com que um instrumento de medição tenha desempenho
compatível com seu uso.
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ERRO - Resultado de uma medição menos o valor verdadeiro do mensurando.
GRANDEZA DE INFLUÊNCIA - Grandeza que não é o mensurando, mas que afeta o resultado da
medição deste.
PADRÃO PRIMÁRIO - Padrão que é designado ou amplamente reconhecido como tendo as mais
altas qualidades metrológicas e cujo valor é aceito sem referência a outros padrões de mesma
grandeza.
PADRÃO SECUNDÁRIO - Padrão cujo valor é estabelecido por comparação com padrão primário da
mesma grandeza.
PADRÃO DE REFERÊNCIA - Padrão, geralmente tendo a mais alta qualidade metrológica disponível
em um dado local ou em uma dada organização, a partir do qual as medições lá executadas são
derivadas.
14
PADRÃO DE TRANSFERÊNCIA - Padrão utilizado como intermediário para comparar padrões.
RESOLUÇÃO - Menor diferença entre indicações de um dispositivo mostrador que pode ser
significativamente percebida.
TEMPO DE REPOSTA - Intervalo de tempo entre o instante em que um estímulo é submetido a uma
variação brusca e o instante em que a resposta atinge e permanece dentro de limites especificados
em torno do seu valor final estável.
As empresas que pretendem se qualificar conforme a NBR ISSO 9001:2000 tem que
demonstrar proficiência em metrologia, atendendo aos requisitos do item 4.11.
O item 4.11 é subdividido em 2 sub-itens:
Generalidades
15
Procedimento de controle
O fornecedor deve:
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2.5 ABNT NBR ISO 10012:2004
2.5.1 Objetivos
Obs: ABNT NBR ISO 10012:2004 não se abrange extensivamente outros elementos que
possam afetar resultados de medições, como: métodos de medição, competência do pessoal, etc...
• Laboratórios de ensaio.
• Prestadores de serviço de aferição.
• Laboratórios possuidores de um sistema da qualidade em conformidade com o ISO
Guide 25
• Fornecedores de produtos serviços possuidores de um sistema da qualidade no qual
resultados de medição são utilizados para demonstrar conformidade com requisitos
especificados nas normas ISO 9001:2000.
• Outras organizações.
Os requisitos da ABNT NBR ISO 10012:2004 estão descritos nos seguintes itens da norma:
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6.1 – Recursos humanos
6.2 – Recursos de informação
6.3 – Recursos materiais
6.4 – Fornecedores externos
7 – Comprovação metrológica e realização do processo de medição
7.1 – Comprovação metrológica
7.2 – Processo de medição
7.3 – Incerteza de medição e rastreabilidade
8 – Análise e melhoria do sistema de gestão de medição
8.1 – Generalidades
8.2 – Auditoria e monitoramento
8.3 – Controle de não-conformidades
8.4 – Melhoria
De acordo com a Norma NBR ISO 10012:2004, um grande número de fatores influência a
freqüência de calibração. Os mais importantes, são:
• Tipo de equipamento
• Recomendações do fabricante
• Dados de tendência conseguidos por registros de aferições anteriores
• Registro histórico de manutenção e assistência técnica
• Extensão e severidade de uso
• Tendência a desgaste e derivação
• Freqüência de verificação cruzada com outros equipamentos de medição, em
especial, padrões de medição
• Freqüência e formalismo das aferições em uso
• Condições ambientais (temperatura, umidade , vibração e etc)
• Exatidão pretendida da medição
• Conseqüências de um valor medido incorretamente ser aceito como correto devido a
defeito do equipamento
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Existem dois critérios básicos e opostos que precisam estar em equilíbrio quando da decisão
sobe os intervalos de comprovação para cada equipamento de medição. São eles:
Um sistema que mantém intervalos de comprovação sem análise crítica, determinada tão
somente pela intuição técnica, não é considerado suficientemente confiável.
Uma vez que a comprovação esteja estabelecida de forma rotineira, deve ser possível um
ajuste nos intervalos, a fim de se otimizar o equilíbrio entre riscos e custos, como já foi mencionado.
Existe uma gama de métodos disponíveis para análise crítica dos intervalos de comprovação.
Não existe um método ideal adequado a toda a gama de equipamentos existentes.
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2.5.3.2 Método do gráfico de controle
Este método é uma variação dos métodos anteriores. O método básico permanece inalterado,
mas o intervalo de comprovação é expresso em horas de uso em vez de meses decorridos.
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III-ALGARISMOS SIGNIFICATIVOS
3 Algarismos significativos
Segmento AB
A B
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14
Fração de u não
14 unidades completas, pode ser medida,
portanto , exata . mas pode ser
avaliada pelo
observador dentro
dos seus limites de
percepção
algarismo duvidoso
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A aderência da medição ao fenômeno físico associado deve ser indicada pela quantidade de
algarismos significativos do resultado da medição.
Os algarismos significativos de um número contam-se da esquerda para a direita, a partir do
primeiro não nulo. Exemplos:
0,002500 4 a.s.
83 2 a.s.
78,0 3 a.s.
0,18 2 a.s.
134,5 4 a.s.
26,10 4 a.s.
28,1 3 a.s.
0,0105 3 a.s.
REGRA 1 - Quando o algarismo imediatamente seguinte ao último algarismo por conservar é menor
que 5, ele permanecerá conservado sem modificações.
REGRA 2 - Quando o algarismo imediatamente seguinte ao último algarismo por conservar é superior
a 5, ele deverá ser aumentado uma unidade.
REGRA 3 - Quando o algarismo imediatamente seguinte ao último algarismo por conservar é igual a
5, e for seguido de no mínimo um algarismo diferente de zero, o último algarismo por conservar
deverá ser aumentado de uma unidade.
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REGRA 4 - Quando o algarismo imediatamente seguinte ao último algarismo por conservar é um 5
seguidos de zeros, por exemplo:
REGRA 4.1 - Quando o último algarismo por conservar é ímpar, arredonda-se para o algarismo par
mais próximo, ou seja, aumenta-se de uma unidade o último algarismo por conservar. Exemplo:
REGRA 4.2 - Quando o último algarismo por conservar for par, ele permanecerá conservado sem
modificação. Exemplo:
23
IV-SISTEMA DE MEDIÇÃO
4 Sistema de medição
24
Figura 4.1: Sistema de medição
A figura 4.2 exemplifica alguns SM's, onde são identificados estes elementos funcionais. A
mola é o transdutor do dinamômetro da figura 4.2a: transforma a força em deslocamento da sua
extremidade, que é diretamente indicado através de um ponteiro sobre a escala. Neste caso não há a
unidade de tratamento de sinais. Já o exemplo da figura 4.2b incorpora uma unidade deste tipo,
composta pelo mecanismo de alavancas: o pequeno deslocamento da extremidade da mola é
mecanicamente amplificado por meio da alavanca que, contra a escala, torna cômoda a indicação do
valor da força.
Na figura 4.2c, representa-se um outro dinamômetro: o transdutor é composto de vários
módulos: a força é transformada em deslocamento por meio da mola, em cuja extremidade está fixado
um núcleo de material ferroso que, ao se mover, provoca variação da indutância de uma bobina, que
provoca um desbalanceamento elétrico em um circuito, provocando uma variação de tensão elétrica
proporcional. Este sinal é amplificado pela UTS, composta de circuitos elétricos, e indicado através de
um dispositivo mostrador digital.
25
Figura 4.2 Exemplos de dinamômetros
Alguns parâmetros metrológicos são aqui definidos para melhor caracterizar o comportamento
metrológico de sistemas de medição. Estes parâmetros podem ser expressos na forma de um simples
número (que define o valor máximo assumido pelo SM em toda a sua faixa de medição), uma faixa de
valores, uma tabela ou na forma de um gráfico. A apresentação do parâmetro na forma de um simples
número, também chamado de parâmetro reduzido, traz menos informações sobre o comportamento
do
SM, porém é uma forma simplificada de representar o parâmetro e é facilmente aplicável em
uma comparação.
A faixa de indicação (FI) é o intervalo entre o menor e maior valor que o dispositivo mostrador
do SM teria condições de apresentar como indicação direta (ou indicação). Nos medidores de
indicação analógica a FI corresponde ao intervalo limitado pelos valores extremos da escala. É
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comum especificar a capacidade dos indicadores digitais como sendo, por exemplo, de 3 ½ dígitos
quando o valor máximo é ± 1999 ou 4 dígitos quando valor máximo é ± 9999.
Exemplos de faixas de indicação:
- Manômetro : 0 a 20 bar
- Termômetro : 700 a 1200 °C
- Contador : 5 dígitos (isto é, 99999 pulsos)
- Voltímetro : ± 1,999 V (isto é, ± 3 ½ dígitos)
Quando o mesmo sistema de medição permite que várias faixas de medição sejam
selecionadas através da ação de controles do SM, isto é, em seu mostrador estão presentes várias
escalas, sendo que apenas uma é selecionada ativa a cada momento, cada uma destas faixas é
denominada de faixa nominal.
A faixa de medição é menor ou, no máximo, igual a faixa de indicação. O valor da FM é obtido
através:
- Do manual de utilização do SM
- De sinais gravados sobre a escala
- Das especificações de normas técnicas
- Dos relatórios de calibração.
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4. Incremento digital (ID)
Nos instrumentos com mostradores digitais, corresponde à menor variação da indicação direta
possível de ser apresentada. Deve-se atentar o fato que nos mostradores digitais a variação do último
dígito não é sempre unitária. Com freqüência a variação é de 5 em 5 unidades e algumas vezes de 2
em 2 unidades.
5. Resolução (R)
Resolução é a menor diferença entre indicações que pode ser significativamente percebida. A
avaliação da resolução é feita em função do tipo de instrumento:
a) Nos sistemas com mostradores digitais, a resolução corresponde ao incremento digital;
b) Nos sistemas com mostradores analógicos, a resolução teórica é zero. No entanto, em
função das limitações do operador, da qualidade do dispositivo indicador e da própria necessidade de
leituras mais ou menos criteriosas, a resolução a adotar poderá ser:
R = VD quando o mensurando apresenta flutuações superiores ao próprio VD, ou no caso de
tratar-se de uma escala grosseira, de má qualidade;
R = VD/2 quando tratar-se de SM de qualidade regular ou inferior e/ou o mensurando
apresentar flutuações significativas e/ou quando o erro de indicação direta não for crítico;
R = VD/5 quando tratar-se de SM de boa qualidade (traços e ponteiros finos, etc.) e a medição
em questão tiver de ser feita criteriosamente;
R = VD/10 quando o SM for de qualidade, o mensurando estável a medição for altamente
crítica quanto a erros de indicação direta e a incerteza do SM foi inferior ao VD.
É a parcela do erro que se repete quando uma série de medições é efetuada nas mesmas
condições. Numericamente corresponde à média de um número infinito de medições do mesmo
mensurando, efetuadas sobre condições de repetitividade, menos o valor verdadeiro do mensurando.
Em termos práticos, adota-se a tendência como estimativa do erro sistemático.
7. Repetitividade (Re) de um SM
Especifica a faixa de valores dentro da qual, com uma probabilidade estatística definida, se
situará o valor do erro aleatório da indicação de um SM, para as condições em que a medição é
efetuada. Normalmente especifica-se a Re com confiabilidade de 95%. A utilização de outros níveis de
confiabilidade 99% (± 3s) depende da aplicação e obedece tradições, determinações de norma ou
desejo do usuário.
28
8. Característica de resposta nominal (CRn)
Todo sistema de medição tem o seu comportamento ideal (nominal) regido por um princípio
físico bem definido. A equação que exprime o relacionamento ideal entre o estímulo (grandeza de
entrada no SM) e a sua resposta (saída) é denominada de Característica de Resposta Nominal (CRn),
como mostra a figura 4.3. Esta relação, na maioria dos casos, é linear, constituída de uma constante
multiplicativa e/ou aditiva. Embora mais raras, funções polinomiais e exponenciais podem também ser
adotadas como CRn.
29
A característica de resposta real difere da nominal, em função do SM apresentar erros
sistemáticos e erros aleatórios, sendo portanto melhor caracterizada por uma linha média (indicação
média) e uma faixa de dispersão associada, geralmente estimada pela repetitividade. Normalmente
não é fácil prever o como e o quanto a CRr se afastará da CRn. A forma construtiva, as características
individuais de cada elemento, o grau de desgaste, as propriedades dos materiais, influenciam esta
diferença.
A correção corresponde à tendência com sinal trocado. Este termo é às vezes empregado em
substituição à Td quando é efetuada a sua compensação. Seu uso é predominante nos certificados de
calibração em lugar da tendência. A correção deve ser somada ao valor das indicações para "corrigir"
os erros sistemáticos.
O Erro Máximo (Emáx) expressa a faixa onde espera-se esteja contido o erro máximo (em
termos absolutos) do SM, considerando toda a sua faixa de medição e as condições operacionais
fixadas pelo seu fabricante. O termo precisão, embora não recomendado, tem sido usado como
sinônimo de incerteza do sistema de medição. O erro máximo define uma faixa simétrica em relação
ao zero que inscreve totalmente a curva de erros de um SM. O erro máximo de um SM é o parâmetro
reduzido que melhor descreve a qualidade do instrumento.
30
13. Sensibilidade (Sb)
31
15. Estabilidade do zero(Ez)
Podem ocorrer, em função dos mesmos fatores mencionados no item anterior, instabilidades
no comportamento de um SM que se manifestam como alteração do valor inicial da escala (zero). O
parâmetro estabilidade do zero (Ez) é empregado para descrever os limites máximos para esta
instabilidade em função de uma grandeza de influência (tempo, temperatura, etc). Correspondem a
deslocamentos paralelos da CRr. Exemplo: Um milivoltímetro pode apresentar tensões superpostas
ao sinal de medição em função da temperatura (tensões termelétricas). Isto pode ser caracterizado
por:
Ez = ± 0,08 mV/K , ou seja, pode ocorrer um deslocamento paralelo da CRr (erro de zero) de
até ± 0.08 mV por cada kelvin de variação da temperatura.
32
17. Erro de linearidade (EL)
A grande maioria dos SM apresenta um CRn linear, isto é, seu gráfico é uma reta. Entretanto,
o CRr pode afastar-se deste comportamento ideal. O erro de linearidade é um parâmetro que exprime
o quanto o CRr afasta-se de uma reta. Não existe um procedimento único para a determinação do
erro de linearidade. Embora estes erros sejam sempre expressos em relação a uma reta de
referência, os critérios para a eleição desta reta de referência, não é único.
Na figura 4.6 são apresentadas três formas de determinação do erro de linearidade:
• terminal (ELt): a reta de referência é estabelecida pela reta que une o ponto inicial e o final
da linha média da característica de resposta real;
• independente (ELi): à curva de erros sistemáticos são ajustadas duas retas paralelas, de
forma que a faixa definida pelas retas contenha todos os pontos da curva e que a
distância entre as mesmas seja mínima. O erro de linearidade corresponde à metade do
valor correspondente à distância entre estas retas.
• método dos mínimos quadrados (ELq): a posição da reta de referência é calculada pelo
método dos mínimos quadrados. O maior afastamento da curva de erros sistemáticos à
reta de regressão estabelece o erro de linearidade. Os coeficientes da reta de regressão y
= ax + b são calculados pelas equações abaixo:
•
onde n é o número de pontos coordenados (xi, yi), sendo que em cada somatório i varia de 1
a n.
O erro de linearidade usando o método dos mínimos quadrados tem sido muito empregado
em função de sua determinação poder ser efetuada de forma automática por algoritmos de
programação relativamente simples.
33
Figura 4.6 Faixa de medição e erro de linearidade
34
V-ERRO DE MEDIÇÃO
5 Erro de medição
E = I - VV (5.1)
onde
E = erro de medição
I = indicação
VV = valor verdadeiro
E = I - VVC (5.2)
onde
VVC = valor verdadeiro convencional
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5.2 Tipos de erros
Para fins de melhor entendimento, o erro de medição pode ser considerado como composto
de três parcelas aditivas:
E = Es + Ea + Eg (5.3)
sendo
E = erro de medição
Es = erro sistemático
Ea = erro aleatório
Eg = erro grosseiro
O erro sistemático (Es): é a parcela de erro sempre presente nas medições realizadas em
idênticas condições de operação. Um dispositivo mostrador com seu ponteiro "torto" é um exemplo
clássico de erro sistemático, que sempre se repetirá enquanto o ponteiro estiver torto. Pode tanto ser
causado por um problema de ajuste ou desgaste do sistema de medição, quanto por fatores
construtivos.
Pode estar associado ao próprio princípio de medição empregado ou ainda ser influenciado
por grandezas ou fatores externos, como as condições ambientais. A estimativa do erro sistemático da
indicação de um instrumento de medição é também denominado Tendência (Td). O erro sistemático,
embora se repita se a medição for realizada em idênticas condições, geralmente não é constante ao
longo de toda a faixa em que o SM pode medir.
Para cada valor distinto do mensurando é possível ter um valor diferente para o erro
sistemático. A forma como este varia ao longo da faixa de medição depende de cada SM, sendo de
difícil previsão.
Quando uma medição é repetida diversas vezes, nas mesmas condições, observam-se
variações nos valores obtidos. Em relação ao valor médio, nota-se que estas variações ocorrem de
forma imprevisível, tanto para valores acima do valor médio, quanto para abaixo. Este efeito é
provocado pelo erro aleatório (Ea). Diversos fatores contribuem para o surgimento do erro aleatório.
A existência de folgas, atrito, vibrações, flutuações de tensão elétrica, instabilidades internas,
das condições ambientais ou outras grandezas de influência, contribui para o aparecimento deste tipo
de erro. A intensidade do erro aleatório de um mesmo SM pode variar ao longo da sua faixa de
medição, com o tempo, com as variações das grandezas de influência, dentre outros fatores. A forma
36
como o erro aleatório se manifesta ao longo da faixa de medição depende de cada SM, sendo de
difícil previsão.
O erro grosseiro (Eg) é, geralmente, decorrente de mau uso ou mau funcionamento do SM.
Pode, por exemplo, ocorrer em função de leitura errônea, operação indevida ou dano do SM. Seu
valor é totalmente imprevisível, porém geralmente sua existência é facilmente detectável. Sua
aparição pode ser resumida a casos muito exporádicos, desde que o trabalho de medição seja feito
com consciência.
Se o erro de medição fosse perfeitamente conhecido, este poderia ser corrigido e sua
influência completamente anulada da medição. A componente sistemática do erro de medição pode
ser suficientemente bem estimada, porém não a componente aleatória. Assim, não é possível
compensar totalmente o erro. O conhecimento aproximado do erro sistemático e a caracterização da
parcela aleatória é sempre desejável, pois isto torna possível sua correção parcial e a delimitação da
faixa de incerteza ainda presente no resultado de uma medição. A forma de estimação destes erros é
apresentada a seguir:
37
Desconsiderando o erro grosseiro, e assumindo que um número suficientemente grande de
medições foi efetuado, a influência do erro aleatório no valor médio das medições tende a ser
desprezível. Sendo assim, o valor médio de um número grande de medidas efetuadas repetidamente
estará predominantemente afetado pelo erro sistemático. Logo, para um dado valor do mensurando, o
Es poderia ser determinado pela equação a seguir, se fosse considerando um número infinito de
medições:
Es = MI – VVC (5.4)
onde
Es = erro sistemático
MI = média de infinitas indicações do SM
VVC = valor verdadeiro convencional
Na prática não se dispõe de infinitas medições para determinar o erro sistemático de um SM,
porém sim um número restrito de medições, geralmente obtidas na calibração do instrumento. Ainda
assim, a equação (5.4) pode ser usada para obter uma estimativa do erro sistemático. Define-se então
o parâmetro Tendência (Td), como sendo a estimativa do erro sistemático, obtida a partir de um
número finito de medições, ou seja:
Td = MI - VVC (5.4a)
C = - Td (5.4b)
38
5.2.5 Erro aleatório
O erro aleatório distribui-se em torno do valor médio das indicações. É possível isolar seu
valor individual para uma determinada medição através da seguinte equação:
Eai = Ii – MI (5.5)
onde
Eai = erro aleatório da i-ésima indicação
Ii = valor da i-ésima indicação individual
MI = média de infinitas indicações
Esta expressão pode ser obtida por substituição da equação (5.4) na (5.3) se o erro grosseiro
for desconsiderado. Este erro varia a cada medição de forma totalmente imprevisível. O valor
instantâneo do erro aleatório tem pouco ou nenhum sentido prático, uma vez que é sempre variável e
imprevisível.
A caracterização do erro aleatório é efetuada através de procedimentos estatísticos. Sobre um
conjunto finito de valores de indicações obtidas nas mesmas condições e do mesmo mensurando,
determina-se o desvio padrão experimental, que, de certa forma, está associado à dispersão
provocada pelo erro aleatório. É comum exprimir de forma quantitativa o erro aleatório através da
repetitividade (Re). A repetitividade de um instrumento de medição expressa uma faixa simétrica de
valores dentro da qual, com uma probabilidade estatisticamente definida, se situa o erro aleatório da
indicação.
Para estimar este parâmetro, é necessário multiplicar o desvio padrão experimental pelo
correspondente coeficiente “t” de Student, levando em conta a probabilidade de enquadramento
desejada e o número de dados envolvidos.
Re = ± t . s (5.6)
onde:
Re = faixa de dispersão dentro da qual se situa o erro aleatório (normalmente para
probabilidade de 95%)
t = é o coeficiente “t” de Student
s = desvio padrão experimental da amostra de n medidas
39
5.2.6 Erro máximo do sistema de medição
5.3 Incerteza
40
combinada (uc) de um processo de medição é estimada considerando a ação simultânea de todas as
fontes de incerteza e ainda corresponde a um desvio padrão da distribuição resultante.
A incerteza expandida (U) associada a um processo de medição é estimada a partir da
incerteza combinada multiplicada pelo coeficiente t-Student apropriado e reflete a faixa de dúvidas
ainda presente nesta medição para uma probabilidade de enquadramento definida, geralmente de
95%.
Toda medição está afetada por erros. Estes erros são provocados pela ação isolada ou
combinada de vários fatores que influenciam sobre o processo de medição, envolvendo o sistema de
medição, o procedimento de medição, a ação de grandezas de influência e o operador. O
comportamento metrológico do SM depende fortemente de fatores conceituais e aspectos
construtivos. Suas características tendem a se degradar com o uso, especialmente em condições de
utilização muito severas.
O comportamento do SM pode ser fortemente influenciado por perturbações externas e
internas, bem como pela influência do operador, ou mesmo do SM, modificar indevidamente o
mensurando. O procedimento de medição adotado deve ser compatível com as características do
mensurando. O número e posição das medições efetuadas, o modelo de cálculo adotado, a
interpretação dos esultados obtidos podem também introduzir componentes de incerteza relevantes
no resultado da edição.
41
As grandezas de influência externas podem provocar erros alterando diretamente o
comportamento do SM ou agindo sobre o mensurando. O elemento perturbador mais crítico, de modo
geral, é a variação da temperatura ambiente, embora outras grandezas como vibrações mecânicas,
variações de pressão atmosférica, umidade ou tensão da rede elétrica, também possam trazer alguma
influência.
A variação da temperatura provoca dilatação das escalas dos instrumentos de medição de
comprimentos, da mesma forma como age sobre o mensurando, por exemplo, modificando o
comprimento a medir de uma peça. A variação da temperatura pode também ser uma perturbação
interna. Exemplo típico é a instabilidade dos sistemas elétricos de medição, por determinado espaço
de tempo, após terem sido ligados.
Em função da liberação de calor nos circuitos elétrico/eletrônicos há uma variação das
características elétricas de alguns componentes e assim do SM. Há necessidade de aguardar
estabilização térmica, o que minimizará os efeitos da temperatura. A existência de atrito, folgas,
imperfeições construtivas e o comportamento não ideal de elementos físicos são outros exemplos e
perturbação interna. A modificação indevida do mensurando pela ação do sistema de medição, ou do
operador, pode ter diversas causas. Por exemplo, na metrologia dimensional, a dimensão da peça
modifica-se em função da força de medição aplicada.
A figura 5.2 ilustra uma situação onde pretende-se medir a temperatura de um cafezinho. Para
tal é empregado um termômetro de bulbo.
42
Ao ser inserido no copo, há um fluxo de energia do café para o termômetro: o bulbo esquenta
enquanto o café esfria, até que a temperatura de equilíbrio seja atingida. É esta temperatura, inferior a
temperatura inicial do cafezinho, que será indicada pelo termômetro. Este é outro exemplo onde o
mensurando é modificado pelo SM.
A modificação do mensurando por outros módulos da cadeia de medição, acontece, por
exemplo, na conexão indevida de dispositivos registradores. Um exemplo onde o operador modifica o
mensurando é quando se instala um termômetro para medir a temperatura no interior de uma câmara
frigorífica e, por alguma razão, torna-se necessário entrar nesta câmara para fazer a leitura da
temperatura. A presença do operador pode modificar o mensurando, no caso, a temperatura da
câmara. A figura 5.3 exemplifica a ocorrência de erros numa operação de medição de massa.
43
de referência, envolvendo diferentes momentos, instrumentos, operadores e nas condições
ambientais típicas.
A grande dificuldade trazida por estes diversos fatores é que estas perturbações ocorrem
superpostas ao sinal de medição, sendo impossível identificar e separar o que é erro do que é
variação do mensurando. Para conviver com estes diversos fatores que influenciam o comportamento
do SM, é comum ao fabricante fixar as condições em que o sistema de medição deve operar, por
exemplo, com uma temperatura de 20 ± 1 °C, tensão da rede 220 ± 15 V, etc. Somente dentro destas
faixas é que são garantidas as especificações metrológicas dos sistemas de medição. É necessário
estar atento para estes limitantes.
44
5.5.3 Adequação do erro máximo do sistema de medição
O SM deve ser calibrado ou, ao menos, seus erros devem ser verificados em alguns pontos,
quando se suspeitar que possa estar fora das condições normais de funcionamento ou vir a operar em
condições adversas das especificadas pelo fabricante.
Os erros de medição obtidos através da calibração são comparados com as especificações do
SM dadas pelo fabricante, e ou com as características metrológicas requeridas na aplicação para a
qual se destina este SM. Adicionalmente, a calibração fornece a tendência em alguns pontos da faixa
de medição do SM, possibilitando a sua correção e conseqüente melhoria da incerteza da medição.
Quando se suspeitar que existe forte influência de diversos fatores sobre o desempenho do
SM, é recomendável efetuar a calibração deste SM "in loco", isto é, nas condições reais de utilização
deste SM. Para tal, padrões do mensurando são aplicados sobre este SM e os erros são avaliados
nas próprias condições de utilização.
45
VI-ESTATÍSTICA E METROLOGIA
População
Amostra
46
População Amostra
No de Observações N n
Média µ= ∑x x=
∑x
N n
∑(x − µ) ∑ ( x − x)
2 2
Variância
σ =
2
=
2
N S n −1
σ = σ S=
2 2
Desvio Padrão S
6.2.1 Média
∑ xi
x= ,
n
Exemplo: Após o ajuste de um transmissor de pressão, foram feitas três leituras seguidas, a
1a foi 4,02 mA, a 2a foi 3,99 mA e a 3a foi 4,10 mA. Calcule a média das 3 leituras.
47
6.2.2 Medida de dispersão
∑ ( x − x)
2
=
2
S n −1
2
Onde: S = Variância
X = valor de cada amostra
Exemplo: Após o ajuste de um transmissor de pressão, foram feitas três leituras seguidas, a 1a
foi 4,02 mA, a 2a foi 3,99 mA e a 3a foi 4,10 mA. Calcule a variância das 3 leituras.
X X- x (X- x )2
4,02 mA 4,02 – 4,04 = - 0,02 0,0004
3,99 mA 3,99 – 4,04 = - 0,05 0,0025
4,10 mA 4,10 – 4,04 = + 0,06 0,0036
∑ -------- 0,0065
S2 = 0,0065 = 0,00325
3–1
S =
2
S
48
xi (Amostras)
( x4 - x ) 2
( x2 - x ) 2
x
( x1 - x )2 ( x3 - x ) 2
Elementos
s = 0,0032 = 0,05656
Utilizando-se a regra de arredondamento para 2 algarismos significativos o resultado do
desvio padrão é de 0,057 mA.
6.3 Distribuições
49
A distribuição tem as seguintes características:
• Forma de sino
• Simétrica em relação á média
• A probabilidade tende a zero nas extremidades
• Altura ordenada no centro
O gráfico acima nos mostra que para a faixa da µ ± δ (lê-se: a média ± um desvio padrão), a
68% de probabilidade de ocorrer um evento nesta faixa, ou seja, para o exemplo utilizado no
transmissor de pressão cuja média das leituras foi de 4,04 mA, há 68% de probabilidade de que novas
leituras neste instrumento ocorram na faixa de 4,04 ± 0,057 mA.
Para cada média e desvio padrão existe uma distribuição, conseqüentemente haverão tantas
distribuições quantos forem os experimentos que têm o comportamento normal .
Com o objetivo de se evitar a utilização de um número infinito de famílias de normais com
seus números reais, recorre-se à operação com valores relativos, originando então a distribuição
normal padronizada.
50
A distribuição normal padronizada tem média “zero” e sua abscissa a contar do ponto central é
definida pela expressão:
x−µ
z=
σ
51
6.3.2.1 Tabela de distribuição normal
A tabela permite estimar a porcentagem de medidas que estarão contidas dentro de limites
pré-determinados (através da área), ou seja, a tabela permite com uma maior facilidade a
determinação da probabilidade de ocorrer um evento.
É interessante salientar que a tabela da Distribuição Normal Padronizada (que se encontra no
anexo 1, no final da apostila), nos oferece valores entre 0,0000 e 0,5000, pois como a curva da
Distribuição Normal é simétrica, ela pode ser utilizada para os dois lados a partir da média.
x = 20,2 oC e σ = 0,2 oC
x−µ
z=
σ
20,0 − 20,2
z= = −1
0,2
% probabilidade = 15,87 %
52
6.3.3 Intervalo de confiança
Intervalo de confiança é aquele que, com probabilidade conhecida (chamada nível ou grau de
confiança) deverá conter o valor real do parâmetro considerado.
Limites de Confiança são os limites superior e inferior do intervalo de confiança.
O estudo do cálculo do Intervalo de confiança fornecerá o embasamento teórico para a
determinação das Incertezas de Medição.
Xi = x ± u
x = média amostral
1 - α = intervalo de confiança, se 1 - α = 0,95, então o nível de confiança é de 95%
± u = Incerteza da Medição
53
Neste caso um valor similar à “z” é definido pela expressão:
= x −x
i
tν S/ n
x = média amostral
s = desvio padrão amostral
n= quantidade de repetições do conjunto
54
Uma vez que a média de um conjunto de “ n “ de repetições tem um valor fixo , o “ enésimo “
valor medido x n
é definido pela média amostral e pelos outros ( n –1 ) valores medidos .
Exemplo:
x i = 374,9993 mmHg
x = 374,9992 mmHg
s= 0,00065 mmHg
n = 10
= x −x
i
=
374,9993 − 374,9992
tν S/ n tν 0,00065 / 10
tν = 0,487
De acordo com a tabela de Student (que esta no final da apostila no anexo 1) para nove graus
de liberdade (10 – 1 = 9, consultar na tabela v = 9), o valor 0,487 não existe mas está entre t 0,60 e t
0,70, e então por interpolação temos:
t = 0,68 ou 68%
Logo existe uma possibilidade de 68 % para que ocorram valores medidos menores do que
374,9993 mmHg .
55
6.4 Cálculo de incerteza
Na maioria dos casos o mensurando não é medido diretamente, mas é determinado por "n"
outras grandezas de entrada Xi,X2,...,XN, através de uma relação funcional.
Cada incerteza padrão u (Xi) pode ser estimada de duas maneiras: Avaliação Tipo A, baseado
num conjunto de observações de Xi, através de um tratamento estatístico. Avaliação Tipo B, através
de outros meios que não dependam de um conjunto de observações.
56
6.4.1.1 Avaliação da incerteza padrão Tipo A
Quando são executadas medições sob condições de repetitividade u (Xi) = s(Xi). é estimativa
s( xi)
da incerteza padrão de cada medição do Tipo A u( x i ) = é estimativa da incerteza padrão da
n
média das medições.
Para calcularmos a incerteza de medição do Tipo A para pequenos valores de amostras
(menores que 30 e não conhecemos o desvio padrão da população), devemos utilizar a seguinte
equação:
Xi = x ± u
s( xi)
±u = ± tν .
n
s( xi)
Xi = x ± tν .
n
Onde: Xi = intervalo de confiança
x = média aritmética
tν (valor tabelado) que determina a probabilidade de ocorrer um evento
S (Xi) = desvio padrão da amostra
57
1o Passo: Calcular a média aritmética
∑ xi
x= ,
n
∑ ( x − x)
2
=
2
S n −1
2
Onde: S = Variância
X = valor de cada amostra
X X- x (X- x )2
4,02 mA 4,02 – 4,04 = - 0,02 0,0004
3,99 mA 3,99 – 4,04 = - 0,05 0,0025
4,10 mA 4,10 – 4,04 = + 0,06 0,0036
∑ -------- 0,0065
S2 = 0,0065 = 0,00325
3–1
58
3o Passo: Calcular o Desvio Padrão.
s= s 2
s = 0,0032 = 0,05656
Utilizando-se a regra de arredondamento para 2 algarismos significativos o resultado do
desvio padrão é de 0,057 mA.
s( xi)
u= ± tν .
n
consultada deverá ser a P 0,975 (0,5 + 0,475 = 0,975). Portanto o valor de tν é 4,3030.
u = ± 4,3030 . 0,057
3
u = ± 0,141mA
59
Quando formos calcular a Incerteza de Medição de um transmissor qualquer, devemos
colocar como valor final no laudo ou relatório de calibração, o maior valor de Incerteza que o
instrumento fornecer.
A estimativa da incerteza padrão Tipo B pode ser feita assumido que Xi, tem uma determinada
distribuição e um intervalo de dispersão. Estas distribuições podem ser uniforme, retangular,
triangular, normal, etc.
Assumindo-se que Xi tem distribuição retangular num intervalo (a , b) a incerteza padrão do
Tipo B é dada por:
u2(Xi) = (( b – a )2 / 12 )
u2(Xi) = (( b – a )2 / 24 )
u(Xi) = U(Xi) / k
uc(y) pode ser geralmente utilizada para expressar a incerteza em um resultado de medição.
Em algumas aplicações comercias, industriais, regulamentares e quando a segurança e a saúde estão
em foco, é às vezes necessário se dar uma incerteza que defina um intervalo em torno do resultado
de medição. Espera-se que este intervalo englobe uma grande porção da distribuição de valores que
podem razoavelmente ser atribuídos ao mensurando. A incerteza expandida U é dada por:
U= k . uc(y)
O resultado de medição é: y ± U.
k é o fator de "Student" que depende do nível de confiança e dos graus de liberdade de uc(y).
Uma vez determinado o número de graus de liberdade efetivos obtém-se o valor de falar de
abrangência através de uma tabela para o nível de confiança aproximadamente 95%.
60
Notas:
1) Erro e incerteza não são sinônimos, representam conceitos completamente diferente; não
podem ser confundidos entre si.
2) Na declaração de Incerteza expandida deve constar o nível de confiança com que ela foi
determinada.
3) O grau de liberdade relativo à incerteza Tipo B geralmente é considerado infinito.
Após a incerteza expandida ser calculada para um nível da confiança o valor do mensurando
e a incerteza expandida deverão ser declarados como y ± U e complementados com informação sobre
o valor do fator de abrangência k, que depende dos graus de liberdade, e seu respectivo nível da
confiança, geralmente de 95%.
As incertezas são geralmente expressas bilateralmente em termos da unidade do mensurando
ou de forma relativa (%, ppm, ppb, etc.)
O valor da incerteza deverá ser declarado no máximo com dois algarismos significativos, se
for o arredondamento deverá ser sempre para cima.
61
VII-SISTEMA DE CALIBRAÇÃO
G - Fazer avaliação e documentar a validade de medição e ensaios anteriores quando estes fugirem
das especificações.
Este sistema deve fazer parte do Programa de Qualidade que qualquer Empresa venha a
desenvolver e implantar, tendo em vista a melhoria da qualidade de seus produtos e
conseqüentemente ter como objetivo final a sua Certificação Internacional nos padrões da lSO 9000.
É constituído basicamente dos seguintes passos, que serão descritos a seguir.
62
7.2 Escolha dos instrumentos do processo
Para determinar quais equipamentos devem ser estar sujeitos à confirmação metrológica,
principalmente aqueles de monitoração / controle de processo, é importante estabelecer, ao longo da
linha de produção e inspeção, pontos críticos de controle. Isto é importante para se obter o máximo de
resultado custo / benefício, visto que confirmação metrológica implica em investimento de capital
proporcional ao número de equipamentos que deverão ser verificados.
• Suficiência – Os pontos selecionados como críticos devem ser capazes de garantir a qualidade do
produto, no que diz respeito a todas as propriedades especificadas, com um mínimo de risco de se
enviar inadvertidamente produto final não conforme.
• Necessidade – Os pontos críticos selecionados não devem ser impactados pelos equipamentos dos
outros pontos , tomados como não críticos.
63
Exemplo:
Sendo a umidade a única característica da Qualidade do produto, está claro que a malha de
medição de umidade constitui-se, por suficiência, um ponto crítico de controle, devendo estar sob
confirmação metrológica. Dependendo da política e dos objetivos da qualidade: redução de perdas,
retrabalho, tempo, etc. A malha de medição de umidade poderia ser encarada como um ponto crítico
devido à sua relevância.
As demais malhas poderiam ser consideradas pontos críticos se impactassem a condição de
suficiência da malha de medição de umidade e / ou por questões de relevância.
Uma malha, se encarada como equipamento, é constituída por um conjunto de componentes inter -
funcionais, destacando-se entre eles:
64
Dos componentes acima listados, por exemplo, o sensor e o indicador são os componentes que
devem ter calibração rigorosa , estando os demais sob calibração, verificação ou mesmo manutenção,
menos rigorosa.
7.3 Rastreabilidade
É o mais importante passo do sistema pois dele depende toda a confiabilidade do sistema. A
Rastreabilidade dos equipamentos de área é feita no Laboratório de Instrumentação da Empresa, e
dos equipamentos do Laboratório de Instrumentação deverá ser feita contra padrões externos em
entidade pertencentes á Cadeia Metrológica Nacional ou Internacional.
As normas exigem uma Rastreabilidade da medição, incluindo o processamento do sinal e a
indicação, contra um padrão Nacional ou internacionalmente reconhecido. Normalmente estes
padrões são do Inmetro ou da Rede Brasileira de Calibração, mas podem ser também de outras
empresas que estejam fora da Rede, desde que elas possuam Rastreabilidade ao Inmetro ou órgão
Internacionalmente reconhecido. Esses padrões já possuem uma incerteza, mesmo que muito
pequena, contra o valor verdadeiro. Normalmente o setor de instrumentação ou a empresa
especializada que fazem a Calibração das medições nas fábricas, possuem instrumentos padrões
próprios, os quais são calibrados contra esse padrão reconhecido.
65
7.4 Capacitação da mão de obra
Toda Calibração e Ajuste deverá ser feita por pessoal com capacitação e treinamento para tal,
ou seja, isso dará a devida confiabilidade de que todo o processo de avaliação da precisão e incerteza
da medida será garantido.
7.5 Documentação
Todo sistema de medição agrega erros ao valor real de uma medida. Considerando que a medição de
uma variável de processo envolve normalmente uma série de instrumentos, falaremos um pouco
sobre como se processa a propagação de erros dentro de uma mesma malha de medição.
= E1 + E 2 + ... + E n
2 2 2 2
ET
66
Devemos ter cuidado ao escolher os instrumentos de um sistema de medição. É necessário
que todos os componentes da malha tenham uma exatidão adequada, pois o erro resultante da
medição do processo, que na verdade é o que nos interessa, é definido pelo erro de todos.
Modificações nas plantas industriais objetivando a melhoria da qualidade dos produtos devem
ser implementadas. Estas melhorias podem obrigar a substituição da instrumentação existente,
porém, o que não podemos perder de vista é que, quanto melhor a exatidão maior o custo e maior a
dificuldade de obter padrões para aferição.
Recomenda-se que a exatidão do padrão de medição seja no mínimo três vezes superior à do
instrumento a ser aferido, isto para garantir que o erro do padrão não seja significativo no processo de
aferição.
Quanto maior a exatidão do instrumento maior a exatidão do padrão e, conseqüentemente,
maior o custo de aquisição e/ ou manutenção destes padrões na empresa.
Aferições internas exigem padrões adequados, mão de obra treinada e qualificada e local de
trabalho com condições ambientais controladas. Em contrapartida, podem ser realizadas com uma
maior freqüência e rapidez, o que diminui os custos do processo de aferição.
Uma análise criteriosa de custos / benefícios deve ser realizada para se verificar a viabilidade
de efetuar aferições internas na empresa ou utilizar laboratórios cujos padrões sejam rastreados a
padrões reconhecidos racionalmente ou internacionalmente.
Tempo, uso e armazenagem causam a deterioração da exatidão. Por estes motivos, necessita-
se de um programa de calibração e ajuste, com procedimentos e instruções para estas atividades.
O padrão é o mais exato da companhia, neste caso, o padrão deve estar acompanhado de um
certificado que mostre a sua Rastreabilidade ao órgão reconhecido em âmbito nacional ou
internacional. Qualquer calibração e ajuste devem ser realizados fora da companhia em um órgão
devidamente credenciado e reconhecido.
O padrão não é o mais exato da companhia, neste caso, o padrão também deve estar
acompanhado de um certificado que mostre a sua Rastreabilidade ao órgão reconhecido em âmbito
nacional ou internacional. Ao receber o padrão, a companhia deve proceder a sua calibração com o
seu próprio padrão.
67
• Novos Instrumentos para Testes ou Ensaios
Estes aparelhos recebidos devem ser calibrados pelos padrões de trabalho da companhia (ou
devem ser enviados para calibração e ajuste por terceiros qualificados) antes de serem colocados em
uso. Devem estar acompanhados do Certificado de Calibração juntamente com a respectiva
Rastreabilidade.
68
BIBLIOGRAFIA
Confiabilidade Metrológica, Fundação Carlos Alberto Vanzolini ,Roberto Rotondaro e Herman Strul
Curso de Calibração de instrumentos para Laboratório, Instituto Brasileiro de Petróleo, José Carlos Valente de
Oliveira e Paulo Roberto Guimarães Couto.
Curso de Confiabilidade Metrológica Aplicada à série ISO 9000, Divisão de Consultoria em Qualidade do
BUREAU VERITAS do Brasil – 1994
69
ANEXOS
Z0 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
0,0 0,0000 0,0040 0,0080 0,0120 0,0160 0,0200 0,0239 0,0279 0,0319 0,0359
0,1 0,0398 0,0438 0,0478 0,0517 0,0557 0,0596 0,0636 0,0675 0,0714 0,0753
0,2 0,0793 0,0832 0,0871 0,0910 0,0948 0,0987 0,1026 0,1064 0,1103 0,1141
0,3 0,1179 0,1217 0,1255 0,1293 0,1331 0,1368 0,1406 0,1443 0,1480 0,1517
0,4 0,1554 0,1591 0,1628 0,1664 0,1700 0,1736 0,1772 0,1808 0,1844 0,1879
0,5 0,1915 0,1950 0,1985 0,2019 0,2054 0,2088 0,2123 0,2157 0,2190 0,2224
0,6 0,2257 0,2291 0,2324 0,2357 0,2389 0,2422 0,2454 0,2486 0,2517 0,2549
0,7 0,2580 0,2611 0,2642 0,2673 0,2703 0,2734 0,2764 0,2794 0,2823 0,2852
0,8 0,2881 0,2910 0,2939 0,2967 0,2995 0,3023 0,3051 0,3078 0,3106 0,3133
0,9 0,3159 0,3186 0,3212 0,3238 0,3264 0,3289 0,3315 0,3340 0,3365 0,3389
1,0 0,3413 0,3438 0,3461 0,3485 0,3508 0,3531 0,3554 0,3577 0,3599 0,3621
1,1 0,3643 0,3665 0,3686 0,3708 0,3729 0,3749 0,3770 0,3790 0,3810 0,3830
1,2 0,3849 0,3869 0,3888 0,3907 0,3925 0,3944 0,3962 0,3980 0,3997 0,4015
1,3 0,4032 0,4049 0,4066 0,4082 0,4099 0,4115 0,4131 0,4147 0,4162 0,4177
1,4 0,4192 0,4207 0,4222 0,4236 0,4251 0,4265 0,4279 0,4292 0,4306 0,4319
1,5 0,4332 0,4345 0,4357 0,4370 0,4382 0,4394 0,4406 0,4418 0,4429 0,4441
1,6 0,4452 0,4463 0,4474 0,4484 0,4495 0,4505 0,4515 0,4525 0,4535 0,4545
1,7 0,4554 0,4564 0,4573 0,4582 0,4591 0,4599 0,4608 0,4616 0,4625 0,4633
1,8 0,4641 0,4649 0,4656 0,4664 0,4671 0,4678 0,4686 0,4693 0,4699 0,4706
1,9 0,4713 0,4719 0,4726 0,4732 0,4738 0,4744 0,4750 0,4756 0,4761 0,4767
2,0 0,4772 0,4778 0,4783 0,4788 0,4793 0,4798 0,4803 0,4808 0,4812 0,4817
2,1 0,4821 0,4826 0,4830 0,4834 0,4838 0,4842 0,4846 0,4850 0,4854 0,4857
2,2 0,4861 0,4864 0,4868 0,4871 0,4875 0,4878 0,4881 0,4884 0,4887 0,4890
2,3 0,4893 0,4896 0,4898 0,4901 0,4904 0,4906 0,4909 0,4911 0,4913 0,4916
2,4 0,4918 0,4920 0,4922 0,4925 0,4927 0,4929 0,4931 0,4932 0,4934 0,4936
2,5 0,4938 0,4940 0,4941 0,4943 0,4945 0,4946 0,4948 0,4949 0,4951 0,4952
2,6 0,4953 0,4955 0,4956 0,4957 0,4959 0,4960 0,4961 0,4962 0,4963 0,4964
2,7 0,4965 0,4966 0,4967 0,4968 0,4969 0,4970 0,4971 0,4972 0,4973 0,4974
70
2,8 0,4974 0,4975 0,4976 0,4977 0,4977 0,4978 0,4979 0,4979 0,4980 0,4981
2,9 0,4981 0,4982 0,4982 0,4983 0,4984 0,4984 0,4985 0,4985 0,4986 0,4986
3,0 0,4987 0,4987 0,4987 0,4988 0,4988 0,4989 0,4989 0,4989 0,4990 0,4990
3,1 0,4990 0,4991 0,4991 0,4991 0,4992 0,4992 0,4992 0,4992 0,4993 0,4993
3,2 0,4993 0,4993 0,4994 0,4994 0,4994 0,4994 0,4994 0,4995 0,4995 0,4995
3,3 0,4995 0,4995 0,4995 0,4996 0,4996 0,4996 0,4996 0,4996 0,4996 0,4997
3,4 0,4997 0,4997 0,4997 0,4997 0,4997 0,4997 0,4997 0,4997 0,4997 0,4998
3,5 0,4998 0,4998 0,4998 0,4998 0,4998 0,4998 0,4998 0,4998 0,4998 0,4998
3,6 0,4998 0,4998 0,4999 0,4999 0,4999 0,4999 0,4999 0,4999 0,4999 0,4999
3,7 0,4999 0,4999 0,4999 0,4999 0,4999 0,4999 0,4999 0,4999 0,4999 0,4999
3,8 0,4999 0,4999 0,4999 0,4999 0,4999 0,4999 0,4999 0,4999 0,4999 0,4999
3,9 0,5000 0,5000 0,5000 0,5000 0,5000 0,5000 0,5000 0,5000 0,5000 0,5000
71
Distribuição t de Student – valores de t v, p
onde P = P ( t v
≤ t v, p )
72