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Fisiologia da Árvore

(Matéria de Lucas Cardoso Pittella)

A árvore é um ser vivo que pode ser comparado a um complexo


industrial. Absorve do solo e do ar os elementos necessários, e com a energia
do sol, através da fotossíntese, converte esses elementos em novas
substâncias que são utilizadas pela planta para o seu crescimento,
reprodução, reserva e manutenção. Este complexo pode ser dividido em
várias partes interligadas, mas com funções específicas: raízes, tronco,
galhos, folhas, flores, frutos e sementes.

Raízes

A raiz é o órgão dos vegetais superiores que os fixa no solo,


absorvendo e transportando a água e os sais minerais do solo para as outras
partes da planta. A raiz também estoca alimento processado (açúcar e amido)
e produz hormônio. Na maioria das árvores jovens, a raiz pivotante (axial) é,
geralmente predominante, principalmente em árvores produzidas a partir da
semente. No caso de árvores produzidas por outros métodos, como a
estaquia e a alporquia, a formação de raízes laterais é predominante. À
medida que a árvore cresce, o sistema radicular se desenvolve em todas os
sentidos. As raízes mais grossas são responsáveis pela fixação da árvore,
pelo transporte de substâncias e pela estocagem de alimento, e as raízes
mais finas, são responsáveis pela absorção e transporte da água e dos
nutrientes presentes no solo. Numa raiz, da extremidade à base,
encontramos sucessivamente as seguintes camadas:

 extremidade exploradora, que contorna pedregulhos, procura


umidade, evita contato com tóxicos, etc., é revestida por uma coifa
que a protege do desgaste;
 zona de crescimento, onde as células se multiplicam e se alongam;
 zona dos pêlos absorventes, com numerosos pêlos, unicelulares,
responsáveis pela absorção da água e dos sais minerais;
 zona condutora, que contém os vasos nos quais circulam a seiva bruta
(em direção às folhas) e a seiva elaborada, que alimenta a raiz ou é
estocada.

As raízes geralmente vivem em simbiose com fungos (mycorrhizae).


Estes fungos vivem ao redor das raízes, às vezes penetram nelas, auxiliando
e aumentando a absorção na superfície das raízes. Eles podem tornar certos
minerais acessíveis às raízes. Em compensação, o fungo obtém energia dos
alimentos estocados na raiz. Esta associação da planta com o fungo específico
é muito importante para o desenvolvimento e para a saúde da planta.

Troncos e Galhos

O tronco é o caule, parte entre as raízes e os galhos. Os galhos


brotam do tronco, se ramificam e geralmente neles brotam as folhas e flores
(que também brotam no tronco). O tronco e os galhos exercem diversas
funções, sustentam e posicionam a copa e transportam a água e os sais
minerais extraídos pelas raízes (seiva bruta) até as folhas, e redistribuem as
substâncias transformadas pelas folhas (seiva elaborada) para todas as
partes da árvore e estocam reservas. O tronco e os galhos podem ser
divididos nas seguintes seções:

 a casca, que é a camada externa da árvore e consiste num tecido de


cortiça que conserva a umidade e protege as camadas internas da
madeira contra insetos, vento, frio, calor e contra ferimentos;
 líber (Floema), conduz a seiva elaborada das folhas para outras partes
da árvore, indo até a raiz;
 o cambio, composto por uma fina camada entre o lenho e o líber,
produz células destas duas camadas e é responsável pelo crescimento
no diâmetro do tronco e dos galhos. Quando a árvore é ferida ou
quando um galho quebra, as células do cambio gradualmente formam
um calo, cicatrizando e eventualmente fechando a ferida, produz
novas brotações de galhos e raízes;
 lenho (xilema), madeira fisiologicamente ativa que transporta a seiva
bruta das raízes para as folhas, e também armazena substâncias
elaboradas pelas folhas. Esta camada está localizada entre o cambio e
o cerne;
 cerne, madeira fisiologicamente inativa e dura, localizada na parte
central do tronco e dos galhos, cuja finalidade é a de sustentar a
árvore.

Folhas

A folha é o órgão vegetal responsável pela fotossíntese, pela


respiração e pela síntese de diversas substâncias como enzimas e hormônios.
Além disso, as folhas transpiram água, protegendo-as do calor excessivo e
permitindo o movimento de ascensão da seiva bruta. Os tecidos das folhas
são altamente especializados, sendo compostos por células contendo vários
pigmentos. A clorofila, que é um de seus pigmentos, só é formada na
presença de luz. Ela está contida nos cloroplastos e tem a capacidade de
capturar a energia da luz e usá-la através de complexas reações
fotoquímicas, convertendo o dióxido de carbono (CO2) obtido da atmosfera e
os nutrientes, absorvidos no solo pelas raízes ou na atmosfera, pelas próprias
folhas, em compostos orgânicos como açúcar e amido.

As folhas se apresentam em diversos formatos, tamanhos, cores e


texturas. A disposição das folhas nos caules e ramos pode ser chamada
alternada, se cada nó tem apenas uma folha; oposta, se cada nó tem duas
folhas inseridas face a face; verticulada, se cada nó tem mais de duas folhas.
Elas também podem estar agrupadas todas na base (folhas em roseta) ou
surgir em tufos, nos nós espaçados de um rizoma. As folhas podem se
apresentar quase verticais e com duas faces iguais, como nas
monocotiledôneas, ou estenderem-se horizontalmente, como nas outras
plantas vasculares. Neste caso, a face superior, mais clara, em geral, é
recoberta por uma cutícula protetora, desprovida de aberturas e caracterizada
pelo aspecto em paliçada de suas fileiras clorofilianas (tecido paliçádico) e
pela cor de um verse intenso. A face inferior, que fica na sombra, tem
numerosos orifícios (estômatos), sede das trocas gasosas, e fileiras celulares,
lacunosas e menos ricas em clorofila, dão-lhe coloração mais pálida. As folhas
podem ser caducas, geralmente descolorindo e caindo no período mais frio do
ano (outono ou inverno), ou podem ser sempre verdes, e intactas por todo
ano. As folhas sempre verdes também caem, mas duram por um período
maior, que pode chegar a alguns anos. Após caírem, as folhas são
decompostas por bactérias e fungos, enriquecendo o solo com elementos
necessários à planta, num ciclo autônomo e contínuo.

Flores, frutos e sementes

A flor é o órgão das plantas que contém os aparelhos reprodutores. As


flores podem variar em sua forma, cor, odor, tamanho e pode ser completa
ou não. Uma flor completa é formada por quatro vertículos ou uma série de
peças semelhantes: cálice, corola, gineceu e androceu.

O cálice é formado por peças chamadas sépalas, que geralmente são


verdes. A corola é formada pelas pétalas, que em geral são coloridas. O
conjunto formado pelo cálice (sépalas) e pela corola (pétalas) recebe o nome
de perianto ou invólucro floral, e desempenha papel protetor. O androceu é
formado pelos estames, cada qual composto por um filete que sustenta a
antera, órgão reprodutor masculino, de onde provem o pólen. O gineceu ou
pistilo é constituído pelos carpelos, terminado em estigmas, formando o
órgão reprodutor feminino, cuja parte inferior (ovário) contém os óvulos. Se o
gineceu ou o androceu tiverem alguma imperfeição, tem-se flores
unissexuadas, masculinas ou femininas. A espécie é monóica se a planta
apresentar flores de ambos os sexos, e dióica, no caso de apresentar apenas
um.

Na origem de cada flor existe um botão floral, onde o cálice envolve e


protege as demais peças. Quando a flor se abre, fica exposta a ação do
vento, da chuva, das aves ou dos insetos, que transportam o pólen,
realizando a fecundação do óvulo da própria flor ou de outra flor da mesma
espécie. O ovário se desenvolve formando o fruto e os óvulos se transformam
em sementes, as demais peças, em geral, morrem.

O fruto é o órgão vegetal resultante do desenvolvimento do ovário,


depois da fecundação dos óvulos, que contém ou estão ligados às sementes.
O fruto serve de órgão de proteção, reserva de água e sais minerais, durante
o desenvolvimento das sementes e depois participa na sua disseminação.

A semente é o órgão que resulta da fecundação e desenvolvimento do


óvulo e que está apta, depois da germinação, a reproduzir um novo indivíduo.
A semente é portada por uma escama fértil, no caso das gimnospermas, ou
encerrada num fruto, no caso das angiospermas. A semente compreende uma
membrana, ou tegumento, e uma amêndoa. Certas sementes, após serem
disseminadas, podem estar aptas a germinar, mas outras, no entanto,
passam por um período de dormência antes de germinar.

Fisiologia do Bonsai
O Bonsai é uma árvore plantada em uma bandeja, cujo
desenvolvimento não é interrompido, mas sim controlado e guiado de forma a
se obter uma árvore saudável e estilizada. A estrutura física do Bonsai é igual
a da árvore na natureza, mas o mecanismo do Bonsai é diferente, e por isso
são necessárias técnicas adequadas para se obter às proporções e os
objetivos desejados.

Raízes

As raízes das plantas, na natureza, crescem e se desenvolvem de


acordo com as necessidades da planta e as condições do terreno, mas no
caso do Bonsai, a árvore está confinada em uma bandeja rasa, com
dimensões limitadas. A raiz, nessas condições tem seu crescimento restrito e
conseqüentemente, o resto da planta tem seu desenvolvimento alterado.

Na natureza, grande parte das raízes serve para fixar a árvore no


solo, enquanto nos Bonsai, as raízes de fixação podem ser reduzidas
drasticamente. Esta poda de raiz é muito importante, pois promove a
renovação da estrutura radicular da planta. Reduzindo-se a massa de raízes
mais velhas no vaso, proporciona-se mais espaço para que as raízes novas e
vigorosas se desenvolvam. Estas raízes novas e finas têm mais capacidade de
absorver a água e os sais minerais, e, conseqüentemente, tornam a planta
mais saudável. Na natureza, as árvores velhas apresentam muitas raízes
superficiais, por causa da erosão, e no Bonsai este efeito deve ser buscado,
expondo-se as raízes mais grossas.

Troncos e galhos

Os troncos e galhos das árvores na natureza têm seu crescimento e


desenvolvimento determinado pela necessidade de se tirar o máximo de
proveito da luz do sol e para superar outras árvores na competição por este
espaço. Seu formato, direção e textura também sofrem influência das forças
da natureza, como o vento, a chuva, os raios ou outros danos físicos,
causados, por exemplo, por animais. Uma árvore plantada em uma bandeja
parecerá apenas um arbusto se não for trabalhada através de diversas
técnicas, como a poda e a aramação, para que se consiga o efeito da ação da
natureza sobre a árvore.

Folhas

As folhas realizam as mesmas atividades tanto nas árvores plantadas


no solo, como nos Bonsai, mas nestes, elas têm que estar localizadas,
posicionadas, em quantidade e tamanho necessários para atender tanto a
função fisiológica como a estética.

O tamanho, a quantidade, a localização e posição das folhas


dependem, entre outros fatores, da água, dos nutrientes e da luz, que devem
estar a disposição da planta de forma balanceada. Não há uma regra geral,
uma vez que as necessidades variam de acordo com o clima, entre as
diferentes espécies e estágio de desenvolvimento da planta. Porém, para se
obter folhas menores, pode-se alterar a quantidade e freqüência da rega, da
adubação e a exposição à luz. Para se obter os resultados pretendidos,
também se usam a poda de folhas, ramos e galhos. A desfolha é uma técnica
usada para se conseguir folhas menores e para controlar a grossura dos
galhos.

As folhas refletem o estado de saúde da árvore. Quando estão


inteiras, viçosas, se desenvolvendo bem, é sinal de que a planta,
normalmente, está em boas condições, mas, no caso de apresentarem
defeitos, manchas ou outros sinais, indica que algum problema pode estar
acontecendo. Nas árvores de folhas caducas estes sintomas se apresentam
rapidamente, enquanto na coníferas, demoram um pouco mais.

Flores, frutos e sementes

Assim como nas árvores plantadas no solo, podemos utilizar esta


forma de reprodução para conseguir novas plantas, principalmente no caso
de plantas difíceis de encontrar ou reproduzir de outra forma. Mas no Bonsai
a principal função é estética. Deve-se controlar, através da poda, a
quantidade e a localização, lembrando que uma quantidade muito grande
pode sobrecarregar a planta.

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