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Introdução

Acreditava-se que o morbillivírus ocorria apenas em mamíferos terrestre onde seus


efeitos eram severos desde a antiguidade. O reconhecimento de morbillivírus como uma
causa de mortalidade em massa entre espécies de pinípedes no noroeste da Europa e
Sibéria, e a ocorrência recente entre cetáceos no mar Mediterrâneo, enfatiza a importância
deste grupo de vírus em mamíferos marinhos. Além de que abriu um novo campo de
interesse para virologistas.
Recentemente no Brasil, o vírus foi associada à mortalidade de cetáceos. Estudos
preliminares indicam que várias espécies de cetáceos que encalharam e posteriormente
morreram ao longo da costa brasileira apresentavam evidências da infecção, mostrando que
o vírus pode ser mais comum do que se espera em nossa costa. No entanto, surtos
epizoóticos e lesões típicas não têm sido comumente observados. Há indícios de que os
animais que sobrevivem à fase aguda da infecção podem sucumbir a infecções oportunistas
ou secundárias. Nestes casos, algumas das lesões típicas da infecção aguda podem não estar
mais presentes ou serem de difícil distinção devido à resposta inflamatória aos patógenos
oportunistas. Co-infecções de Morbillivirus com herpesvírus, Brucella spp. e Toxoplasma
spp. têm sido relatados e podem representar uma ameaça significativa para os cetáceos.
Embora os mecanismos não estão completamente esclarecidos, acredita-se que a
morbilivirose causa imunossupressão tornando os indivíduos mais vulneráveis a adquirir
novas infecções. Imediatamente, vários grupos de pesquisa dedicam esforços consideráveis
tentando elucidar aspectos da infecção por morbilivírus em focas, botos e golfinhos, tais
como a origem do vírus, e a relação entre mamíferos marinhos. Estudos em mamíferos
marinhos são dificultados pelo seu ambiente natural que é geralmente inacessível para
virologistas veterinários. Dessa forma necessitam da cooperação de outros profissionais
como os biólogos.
Histórico

1955 – Houve uma alta mortalidade de focas caranguejeiras na Antártica com


sintomas de pneumonia infecciosa que foi relacionado com o vírus da cinomose, e a
suspeita é que as focas tenham adquirido o vírus através do contato com cães de trenó.
(Bengston, Boveng, Have, Heide-Jorgensen, & Harkonen, 1991)
1987 – Osterhaus estudou animais da espécie Phoca sibirica (foca-do-Baikal) que
foram encontradas mortas no lago Baikal e tiveram sua morte associada ao CDV, e o vírus
foi denominado de Phocid distemper vírus-2 (PDV-2), que era antigenicamente mais
próximo do CDV do que o PDV-1. (Osterhaus, et al., 1989).
1988 – 18000 focas do porto (Phoca Vitulina) e por volta de 100 focas cinzas (
Halichoerus grypus) na costa do norte europeu, sendo o morbillivirus identificado como
possível agente.
A partir de 1990 houve vários surtos epidêmicos em golfinhos, em países da
Europa, sendo identificado como morbillivirus de golfinhos (DMV), que depois foi relatado
estar muito próximo ao PMV e foram agrupados no ‘cetacean morbillivirus’ (CMV)
1993-1994- Houve uma pequena epidemia no Golfo do México por PMV em
golfinhos.
1997- Aproximadamente 50% das focas monk (M. monachus), que residiam entre a
Mauritânia e a costa da África morreram, o vírus encontrado era muito próximo ao DMV,
porém foi denominado ‘monk seals morbillivirus’ (MSMV).
2000- Focas da espécie Phoca caspica Foram encontradas mortas e o CDV foi
reconhecido como principal agente.
2002- Uma epidemia matou ao longo de 6 meses 21000 focas na costa do mar norte,
similar a epidemia de 88, e o PDV foi identificado com agente.
Etiologia e Morfologia

O gênero morbilivírus pertence à família Paramyxoviridae, pertencente à ordem


Mononegavirales. A família Paramyxoviridae divide-se em duas subfamílias:
Pneumovirinae e Paramyxovirinae e, estando os morbilivírus incluídos nesta última. Há
ainda mais quatro gêneros que se inserem nesta subfamília: Respirovírus, Rubulavírus,
Henipavírus e Avulavírus.
É um vírus envelopado. O genoma dos Paramyxovírus é constituído por RNA fita
simples com sentido negativo, cuja a replicação ocorre no citoplasma.
Os vírions dos morbilivírus são pleomórficos geralmente esféricos com cerca
de150nm de diâmetro com um invólucro lipídico composto por 2 glicoproteínas (H e F)
posicionadas no exterior, estas regulam entrada e saída dos vírions das células hospedeiras,
e proteínas não glicosiladas no interior. Estas gliproteínas (H e F) têm entre 9 e 15 nm de
comprimento e estão espaçadas entre si de 7 a 10 nm (Knipe & Howley, 2001). Dentro do
invólucro encontra-se a nucleocápsideo helicoidal formada pelas proteínas N, P e L que
iniciam a replicação viral intracelular.
A glicoproteína H (hemaglutinina) dos morbilivírus funciona como uma proteína de
ligação sem atividade neuraminidase.
A glicoproteína F (proteína de fusão) promove a fusão do vírion com a membrana
citoplasmática, o que permite a entrada do nucleocapsídeo no citoplasma.
A proteína M (proteína de matriz) é considerada crítica na morfogênese viral
interagindo com o invólucro lipídico e com as glicoproteínas de superfície H e F.
A proteína L (large) é a menos abundante pois é a última a ser transcrita. É
considerada uma proteína estrutural pois em conjunto com a P e N formam o complexo
ribonucleoproteico.
A proteína N (nucleoproteína) é responsável pela proteção do RNA genômico.
Epidemiologia

Sabe-se muito pouco sobre a cinomose em animais marinhos, e as causas ainda


estão em fase de pesquisa, porém sabe-se que ela atinge mamíferos marinhos. Acredita-se
que as focas cinzentas (Halichoerus grypus) possam ser reservatório, já que são animais
migratórios e as mesmas já foram encontradas com o vírus, mas sem sintomas. O fato de
estes animais terem padrões migracionais longos, cruzando-se no seu trajeto com
populações mais sedentárias de focas comuns (Phoca vitulina) pode ter um papel
fundamental na propagação do vírus e no seu contato com populações não imunes ou
previamente expostas. Em um estudo realizado por Duignan, focas cinzentas apresentavam
uma titulação de anticorpos alta em relação a focas comuns. (Duignan, P., Nielsen, O.,
House, C., Kovacs, K., Duffy, N., Early, G., et al. (1997). Epizootiology of morbillivirus
infection in harp, hooded and ringed seals from the Canadian Arctic and Western Atlantic.
J.Wildl.Dis., 33, 7-19. ).
Alguns autores sugerem que as baleias piloto (Globicephala spp.), por se
encontrarem em praticamente todos os oceanos e por terem rotas migratórias muito vastas
movendo-se em grandes grupos e entrando em contato com muitas outras espécies de
cetáceos, possam servir de fonte enzoótica para os CeMV (Taubenberger, et al., 2000 e
Barrett, Pastoret, & Taylor, 2006), pois entre os anos de 1982 e 1993 houve vários
episódios de arrojamentos em massa de baleias piloto no Atlântico Oeste dos quais mais de
90% foram positivas para anticorpos anti-CeMV.
Atualmente, são conhecidos três tipos de morbilivírus que atingem animais
marinhos: CeMV (cetacean morbillivirus), que afeta golfinhos e botos(Barrett, Visser,
Mamaev, Goatley, Van Bressem, & Osterhaus, 1993), o PDV que afeta pinipedes e o CDV
que afeta pinipides e ursos polares, (Garner, Evermann, Saliki, Follmann, & McKeirnan,
2000 e Follmann, Garner, Evermann, & McKeirnan, 1996) os três estão genéticamente e
antigeneticamente relacionados, havendo reações cruzadas entre eles.
Não se sabe completamente sobre a existência de vetores e reservatórios, acredita-se
que a transmissão é horizontal, no qual ocorre entre membros de uma mesma espécie que
não estejam numa relação parental. Apresenta duas formas, a direta, através do contato
direto por ações como lamber, esfregar, morder, e o coito, e a indireta, via vetores e fômites,
levando-se em conta o comportamento social desses animais que vivem em grupo. Não há
muitos estudos sobre a transmissão vertical, no qual ocorre a partir da mãe para o seu feto
no útero ou recém-nascido durante o parto, mas já foram detectados anticorpos anti-CDV
de origem materna em foca cinzenta. (Carter, Hughes, Taylor, & Bell, 1992).
Geralmente, a transmissão ocorre por contato direto entre animais infectados e
animais que não tiveram contanto com o vírus. O risco de epidemias em animais marinhos
é porque acomete animais que muitas vezes estão em risco de extinção, e a poluição
ambiental de mares agrava o problema, pois diminui o sistema imunitário desses animais,
aumentando o risco de infecção.

Patogenia Geral

Praticamente não existem dados disponíveis sobre o patogênico mecanismos


envolvidos na cetáceos infectados, enquanto que apenas alguns estudos foram efetuados em
pinípedes (Harder et al, 1990.; Kennedy, 1998). A este respeito, ele ainda continua a ser
esclarecido se quaisquer efeitos sinérgicos são jogados por um número de poluentes
ambientais, com especial ênfase em alguns organoclorados, como bifenilos policlorados
(PCB), dioxinas e 4-4 ¢ dicloro-difenil-dicloroetano (4-4 ¢ DDE), bem como em metais
pesados (Hg, Pb, Cd, etc), na modulação da atividade patogênica e patogênico de
morbillivírus mamíferos marinhos (De Swart et al, 1994, 1995, 1996,.. Ross et al, 1995,
1996; Kennedy, 1998).
Em um estudo recente, demonstrou-se que o CDV se estabelece primeiro no tecido
linfático da cavidade oral onde se replica de forma eficiente. O vírus segue depois para os
linfonodos locais onde continua a ocorrer a amplificação que resulta em linfócitos
infectados que transportam o vírus a vários órgãos. Ao ser transportado pelos linfócitos
circulantes ocorre viremia e o vírus infecta monócitos.
A infecção do aparelho respiratório foi descrita apenas mais tarde na infecção,
juntamente com a infecção da pele, conjuntiva, aparelho gastrointestinal, fígado, rim e
mucosa genital, vale também ressaltar que a infecção por morbilivírus deixa os animais
mais susceptíveis a agentes patogénicos oportunistas
Patogenia dos morbilivirus em pinípedes e cetáceos
Em uma tentativa de esclarecer algumas das rotas de infecção CDV, focas foram
inoculadas com uma cepa CDV que era virulenta para o cão. As focas inoculados
apresentaram sinais clínicos que eram semelhante à observada em cinomose nos cães. A
replicação viral em tecidos linfoides foi seguida por imunossupressão pronunciada.
Propagação de tecidos não linfoides não podia ser detectada. Nenhuma transmissão
ao entrar em contato com focas pode ser demonstrada. Estes resultados indicaram que as
focas provavelmente não são altamente sensíveis à infecção pelo CDV. Em contraste,
morbilivírus derivado de focas doentes produziu sinais de cinomose aguda em mink
(martas) assemelhando-se a aguda, sistêmica e nervosa forma da infecção (Blixenkrone -
Moller et al, 1989) .
A transmissão experimental utilizando a mesma dose baixa, de tensão 2558/Han88
em oito focas, duas delas soronegativas, seis soropositivas com a estirpe homóloga PDV,
resultou em sinais clínicos nas duas soronegativas, assemelhando-se aos observados na
epidemia de doença em focas de 1988. Um dos animais sucumbiu à infecção, enquanto os
animais soropositivos foram protegidos da doença clínica. Uma foca cinzenta soropositiva
(Halichoerus grypus) inoculada por via intranasal com a mesma dose e estirpe de PDV não
desenvolveram quaisquer sinais da doença.
Os anticorpos monoclonais, bem como a detecção de RNA em PDV- mononucleares
periféricos de célula do sangue e vários tecidos por PCR / Southern blotting. Uma
específica resposta imune humoral foi demonstrada nos sobreviventes.
Com relação à evolução clínica, incluindo as taxas de mortalidade, a duração da
viremia, distribuição do antígeno nos tecidos e resposta imune humoral de focas
convalescença, não existem diferenças significativas detectadas entre os grupos de focas
com ar- PCB e incondicionados. Embora a quantidade de PCBs (bifenilos policlorados)
acumule em focas condicionados era consideravelmente menor do que a encontrada em
focas livres na natureza do mesmo grupo etário, o desenvolvimento e curso da doença em
animais não condicionados forneceu provas de que os PCB não são um importante fator
agravante nas infecções PDV de focas (Harder et al . , 1992) .

Sinais Clínicos
O Morbilivírus, provoca uma doença semelhante à cinomose canina, porém, em
animais marinhos como golfinhos, baleias-jubarte e cachalotes-pigmeus. A excreção viral
em animais infectados com CDV pode durar até 60-90 dias.
Os sinais clínicos observados nas focas infectadas por PDV se assemelham aos
detectados em cães infectados por CDV, que consistem em: hipertermia, dispneia,
distúrbios gastroentéricos e no sistema nervoso. Além de que pode ocorrer gengivite e
estomatite ulcerativa em animais infectados, sendo que em alguns casos é possível observar
edemas subcutâneos severos acompanhados dos outros sinais clínicos citados, e também
podem afetar a capacidade de mergulho dos pínipedes (Kennedy et AL., 1989; Kennedy,
1998).
Em golfinhos-comuns do Mar Negro os sinais incluíram letargia e incoordenação
com os animais a flutuarem até à costa e aumento das frequências cardíaca e respiratória.
As alterações neurológicas e comportamentais foram as únicas características
clínicas observadas em golfinhos listrados (S. coeruleoalba) encontrado encalhado ao longo
das costas espanholas de o Mar Mediterrâneo durante a epidemia de 1990. (Domingo et al.,
1992; Kennedy, 1998).
Nos golfinhos encalhados na Costa Atlântica dos Estados Unidos, os sintomas
encontrados foram pneumonia, comprometem o sistema imunológico e infecções cerebrais
geralmente fatais (NOAA, Administração nacional oceânica atmosférica), no qual podem
ser agravadas por infecções fungicas por Aspergillus fumigatus ou por toxoplasma.
Nas necrópsias, os achados mais frequentes em cetáceos e pinípedes são
broncopneumonia e alveolite e os pulmões apresentam-se edematosos com áreas de
enfisema e consolidação.
Histologicamente observa-se pneumonia broncointersticial com congestão, edema,
exsudado serofibrinoso nos alvéolos, proliferação de pneumócitos tipo II e células
sinciciais. Os sincícios e inclusões intracitoplasmáticas e/ou intranucleares acidófilas são
mais frequentes em cetáceos do que em pinípedes.
Com ênfase em estudos, é possível afirmal que na epidemia de 1990 no
Mediterâneo foi encontrado dois padrões de infecção: o primeiro foi sistémico, com
infecção multiorgânica com danos primários no pulmão, tecido linfóide e sistema nervoso
central e o segundo consistiu em lesões localizadas no sistema nervoso central, sem lesões
ou antigénio viral presente em tecidos extraneurais.
Infecções bacterianas secundárias resultam geralmente em broncopneumonias
supurativas e as cargas parasitárias são elevadas e no caso de cetáceos encontrados na
natureza não se observam geralmente sinais clínicos uma vez que estes animais têm pouco
contato com o Homem.

Diagnóstico

O diagnóstico é feito através das lesões histopatológicas citadas acima e através de


amostras do antígeno viral no tecido lesado por imunohistoquimica ou imunofluorescência.
A realização de provas de ELISA em tecido homogeneizado também pode ser
realizada, assim como também títulos crescentes no soro no soro são utilizadas para
confirmação da infecção na forma clínica. Com relação aos testes com IgM, eles podem ser
úteis pois podem mostrar uma infecção recente, mas vale a pena mencionar que este
resultado nem sempre é confiável.
A fim de estabelecer um diagnóstico confiável e determinante, o diagnóstico
molecular por detecção de RNA viral através de PCR pode ser efetuado a partir de amostras
de tecido frescas ou previamente fixadas em formol.

1 – Teste imunohistoquimico
Para amostras frescas são feitos cortes histológicos de de pulmão e cerebelo
posteriormente corados com hematoxilina-eosina para serem observados em microscopia
óptica no aumento de 100 e 400x. Já as amostras que estão fixadas em formol, as mesmas
tem que passar por um processo de desidratação e de diafanização para seguidas de
inclusão de parafina para serem observadas em microscopia.

2 – ELISA
Pode ser usado kits de ELISA indireto para detecção de anticorpos anti esgana de
cão devido a identificação de reações antigênicas cruzadas entre os morbilivirus que afetam
os cetáceos (CeMV), os cães (CDV) e os pinipedes (PDV).
Esse é um teste imunoenzimático que permite a detecção de anticorpos específicos
em soro ou em outros materiais, como macerados de órgãos. As placas são revestidas com o
antígeno e os materiais são testados para a presença de anticorpos específicos. A ligação
antígeno-anticorpo é depois detectada através da utilização de um anticorpo secundário
marcado com uma enzima.

3 – PCR
É uma reação em cadeia realizada por uma DNA polimerase termorresistente (Taq
polimerase), cujo objetivo final consiste na amplificação exponencial de uma região
específica DNA.
A extração do RNA pode ser feita através de kits comerciais de acordo com as
instruções de cada fabricante, no qual podem ser usados fragmentos de pulmão e cérebro
para realização do procedimento.

Tratamento e profilaxia

Para garantir que pinípedes, cetáceos e outros mamíferos marinhos possam garantir
uma resposta imunológica contra o morbillivirus é preciso a realização de experimentos
laboratoriais para a análise das respostas exigidas.
Uma vacina de subunidade de morbillivirus com base na matriz ISCOM, que é um
complexo imunoestimulante sem a presença de antígeno, mostrou fornecer uma proteção
adequada contra o PDV.
Com relação a quais proteínas do PDV estariam envolvidas no desenvolvimento da
imunidade nos mamíferos em questão, Osterhaus descreveu vacinas que produziram
resposta imune humoral ligadas as proteínas restritas ao nucleocapsideo, especificamente a
proteína P, mas vale ressaltar que esses resultados não foram encontrados em todos os
animais testados, logo, chegando a uma conclusão inespecífica.
A frequente ausência de anticorpos para as glicoproteínas virais para estágios
avançados da infecção mostrou a necessidade de uma resposta de anticorpos para as
proteínas externas em animais vacinados, mas houve produção de anticorpos neutralizantes
em animais inoculados com PDV tanto nos que sobreviveram quanto nos que sucumbiram
ao vírus. Alguns animais sobreviventes alcancaram maior quantidade de anticorpos
neutralizantes ao vírus após a quarta semana de inoculação.
Após análises das vacinas, sugere-se que o título de neutralização deve ser acima de
1/100 após a vacinação para correlacionar com a imunidade, no entanto, outras pesquisas
são de suma importância para investigar a infecção por morbillivirus em espécies de
mamíferos marinhos.

Conclusão

Os mamíferos marinhos são os animais que funcionam melhor como sentinelas dos
ambientes marinhos e costeiros já que são espécies com elevada expectativa de vida, são
animais do topo da cadeia alimentar e têm reservas de gordura extensas que funcionam
como local de armazenamento de toxinas. As ameaças aos mamíferos marinhos estão
relacionadas geralmente com as populações humanas, com as suas taxas de crescimento,
padrões de consumo e comportamentos. Os morbilivírus tiveram um grande impacto na
saúde e no estado de conservação de várias espécies de mamíferos aquáticos de populações
de todo o mundo, sendo por isso fundamental monitorar a sua presença em pinípedes e
cetáceos arrojados. Entretanto, pode-se concluir que a cinomose em animais marinhos
necessita de muitos estudos, pois é algo novo.
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