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Patogenia Geral
Sinais Clínicos
O Morbilivírus, provoca uma doença semelhante à cinomose canina, porém, em
animais marinhos como golfinhos, baleias-jubarte e cachalotes-pigmeus. A excreção viral
em animais infectados com CDV pode durar até 60-90 dias.
Os sinais clínicos observados nas focas infectadas por PDV se assemelham aos
detectados em cães infectados por CDV, que consistem em: hipertermia, dispneia,
distúrbios gastroentéricos e no sistema nervoso. Além de que pode ocorrer gengivite e
estomatite ulcerativa em animais infectados, sendo que em alguns casos é possível observar
edemas subcutâneos severos acompanhados dos outros sinais clínicos citados, e também
podem afetar a capacidade de mergulho dos pínipedes (Kennedy et AL., 1989; Kennedy,
1998).
Em golfinhos-comuns do Mar Negro os sinais incluíram letargia e incoordenação
com os animais a flutuarem até à costa e aumento das frequências cardíaca e respiratória.
As alterações neurológicas e comportamentais foram as únicas características
clínicas observadas em golfinhos listrados (S. coeruleoalba) encontrado encalhado ao longo
das costas espanholas de o Mar Mediterrâneo durante a epidemia de 1990. (Domingo et al.,
1992; Kennedy, 1998).
Nos golfinhos encalhados na Costa Atlântica dos Estados Unidos, os sintomas
encontrados foram pneumonia, comprometem o sistema imunológico e infecções cerebrais
geralmente fatais (NOAA, Administração nacional oceânica atmosférica), no qual podem
ser agravadas por infecções fungicas por Aspergillus fumigatus ou por toxoplasma.
Nas necrópsias, os achados mais frequentes em cetáceos e pinípedes são
broncopneumonia e alveolite e os pulmões apresentam-se edematosos com áreas de
enfisema e consolidação.
Histologicamente observa-se pneumonia broncointersticial com congestão, edema,
exsudado serofibrinoso nos alvéolos, proliferação de pneumócitos tipo II e células
sinciciais. Os sincícios e inclusões intracitoplasmáticas e/ou intranucleares acidófilas são
mais frequentes em cetáceos do que em pinípedes.
Com ênfase em estudos, é possível afirmal que na epidemia de 1990 no
Mediterâneo foi encontrado dois padrões de infecção: o primeiro foi sistémico, com
infecção multiorgânica com danos primários no pulmão, tecido linfóide e sistema nervoso
central e o segundo consistiu em lesões localizadas no sistema nervoso central, sem lesões
ou antigénio viral presente em tecidos extraneurais.
Infecções bacterianas secundárias resultam geralmente em broncopneumonias
supurativas e as cargas parasitárias são elevadas e no caso de cetáceos encontrados na
natureza não se observam geralmente sinais clínicos uma vez que estes animais têm pouco
contato com o Homem.
Diagnóstico
1 – Teste imunohistoquimico
Para amostras frescas são feitos cortes histológicos de de pulmão e cerebelo
posteriormente corados com hematoxilina-eosina para serem observados em microscopia
óptica no aumento de 100 e 400x. Já as amostras que estão fixadas em formol, as mesmas
tem que passar por um processo de desidratação e de diafanização para seguidas de
inclusão de parafina para serem observadas em microscopia.
2 – ELISA
Pode ser usado kits de ELISA indireto para detecção de anticorpos anti esgana de
cão devido a identificação de reações antigênicas cruzadas entre os morbilivirus que afetam
os cetáceos (CeMV), os cães (CDV) e os pinipedes (PDV).
Esse é um teste imunoenzimático que permite a detecção de anticorpos específicos
em soro ou em outros materiais, como macerados de órgãos. As placas são revestidas com o
antígeno e os materiais são testados para a presença de anticorpos específicos. A ligação
antígeno-anticorpo é depois detectada através da utilização de um anticorpo secundário
marcado com uma enzima.
3 – PCR
É uma reação em cadeia realizada por uma DNA polimerase termorresistente (Taq
polimerase), cujo objetivo final consiste na amplificação exponencial de uma região
específica DNA.
A extração do RNA pode ser feita através de kits comerciais de acordo com as
instruções de cada fabricante, no qual podem ser usados fragmentos de pulmão e cérebro
para realização do procedimento.
Tratamento e profilaxia
Para garantir que pinípedes, cetáceos e outros mamíferos marinhos possam garantir
uma resposta imunológica contra o morbillivirus é preciso a realização de experimentos
laboratoriais para a análise das respostas exigidas.
Uma vacina de subunidade de morbillivirus com base na matriz ISCOM, que é um
complexo imunoestimulante sem a presença de antígeno, mostrou fornecer uma proteção
adequada contra o PDV.
Com relação a quais proteínas do PDV estariam envolvidas no desenvolvimento da
imunidade nos mamíferos em questão, Osterhaus descreveu vacinas que produziram
resposta imune humoral ligadas as proteínas restritas ao nucleocapsideo, especificamente a
proteína P, mas vale ressaltar que esses resultados não foram encontrados em todos os
animais testados, logo, chegando a uma conclusão inespecífica.
A frequente ausência de anticorpos para as glicoproteínas virais para estágios
avançados da infecção mostrou a necessidade de uma resposta de anticorpos para as
proteínas externas em animais vacinados, mas houve produção de anticorpos neutralizantes
em animais inoculados com PDV tanto nos que sobreviveram quanto nos que sucumbiram
ao vírus. Alguns animais sobreviventes alcancaram maior quantidade de anticorpos
neutralizantes ao vírus após a quarta semana de inoculação.
Após análises das vacinas, sugere-se que o título de neutralização deve ser acima de
1/100 após a vacinação para correlacionar com a imunidade, no entanto, outras pesquisas
são de suma importância para investigar a infecção por morbillivirus em espécies de
mamíferos marinhos.
Conclusão
Os mamíferos marinhos são os animais que funcionam melhor como sentinelas dos
ambientes marinhos e costeiros já que são espécies com elevada expectativa de vida, são
animais do topo da cadeia alimentar e têm reservas de gordura extensas que funcionam
como local de armazenamento de toxinas. As ameaças aos mamíferos marinhos estão
relacionadas geralmente com as populações humanas, com as suas taxas de crescimento,
padrões de consumo e comportamentos. Os morbilivírus tiveram um grande impacto na
saúde e no estado de conservação de várias espécies de mamíferos aquáticos de populações
de todo o mundo, sendo por isso fundamental monitorar a sua presença em pinípedes e
cetáceos arrojados. Entretanto, pode-se concluir que a cinomose em animais marinhos
necessita de muitos estudos, pois é algo novo.
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