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Ministério da Educação

Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica


Instituto Federal do Norte de Minas Gerais / Campus Januária

Língua Portuguesa – 2º trimestre

FIGURAS DE LINGUAGEM

O que são?

Recursos linguísticos utilizados largamente nas conversas cotidianas, nos discursos políticos, na propaganda,
no jornalismo e, especialmente, no texto literário. Também estão presentes nas fotografias, esculturas e
pinturas, etc.

Para que servem?

São utilizadas para dar mais força expressiva, intensidade e beleza aos enunciados, ampliando sua função
persuasiva ou poética.

1. Metáfora: Desvio do significado original da palavra. Esse desvio ocorre em virtude de uma comparação
implícita.

“O pavão é um arco-íris de penas.” / O empregado não se dobrou ao patrão.

A vida é uma nuvem que voa. / O rosto é o espelho da alma.

Um grito agudo cortou o silêncio. “Eu quero ser pra você / A alegria de uma
chegada/ Clarão trazendo o dia / Iluminando a
Ana se via presa em uma teia de dúvidas. sacada”
Murcharam-lhe os entusiasmos da mocidade.

2. Comparação: Consiste em por em comparação pessoas ou coisas, destacando semelhanças, explicitadas


por meio de certas expressões: tal qual, assim, como.

A criança é tal qual uma flor delicada. / Como uma nódoa, a corrupção vai manchando nossa sociedade.

3. Metonímia: Consiste na substituição de um termo por outro. Para que isso ocorra, é necessário que esses
termos estabeleçam uma relação. Há metonímia quando se emprega:

a) o autor pela obra: Nas horas de folga li Machado de Assis.

b) a consequência pela causa: Os aviões semeavam a morte no campo de batalha.

O uso de descontrolado de defensivos nos faz comer a morte todos os dias.

c) o continente pelo conteúdo: Bebi dois copos de água gelada. / A Terra inteira chorou a morte da princesa.

d) o lugar pela coisa/produto: Vou tomar champanhe./ Vê um bauru, por favor. / Uma Salinas cai bem.

e) o inventor pelo invento: Trocou um Ford por um Stradivárius./

f) o concreto pelo abstrato: O cérebro da sala é o André. / # A juventude está inquieta.

g) a parte pelo todo: Não tinha teto. / Fez 18 primaveras./ Alimentar cinco bocas./ # Moro na rua Itapiraçaba.

h) o singular pelo plural: O sertanejo é, antes de tudo, um forte. / O mineiro é tímido e o carioca é expansivo.

i) o indivíduo pela classe: O Judas do time./ O Átila da rua. / Foi pego para Cristo.

j) o instrumento pelo instrumentista: Elza é boa de garfo./ O anjo das pernas tortas./

k) a matéria pelo objeto: O tinir dos cristais/ O bronze chama para a missa./

l) a marca pelo produto: Compre duas Rayovac./ Compre um Danone./ Fez a barba com Gilette.
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4. Perífrase/Antonomásia: Expressão que designa os seres por suas características ou por aquilo que os
tornou/fez famosos.

O ouro negro brota da terra./ A Veneza brasileira. O rei do forró.

O rei dos animais foi generoso./ Livro sagrado O poeta dos escravos morreu jovem.

O rei da música popular brasileira. O rei do futebol passa por problemas de saúde.

A rainha do funk, do axé. O boca do inferno satirizou a Bahia do século


XVII.
5. Sinestesia: Transferência da percepção de um sentido para outro. Fusão de sentido a outro.

Uma voz doce e aveludada acariciava nossos ouvidos.

O seu olhar gelado nos fazia tremer.

O grito friorento das marrecas povoava de terror o ronco medonho das cheias.
6. Antítese: Aproximação intencional de palavras com sentido oposto.

A areia, alva, está agora preta, de pés que a pisam.

Como era possível beleza e horror, vida e morte numa mesma cena?

Toda guerra termina por onde devia ter começado: pela paz.

7. Apóstrofe/Vocativo:Interrupção que o autor faz para dirigir-se a seres/coisas presentes/ausentes.


Chamamento enfático.

“Deus! Ó Deus! Onde estas que não respondes.” /“Senhor Deus dos desgraçados, dizei-me Vós, senhor
Deus...”

“Colombo, fecha as portas dos teus mares.”/ “Desce do espaço imenso, ó águia do oceano.”
8. Eufemismo: Suavização de uma ideia triste, desagradável por palavras amenas ou polidas.

Amélia está em estado interessante. / Foi dessa para uma melhor./ Bateu as botas, esticou as canelas./ O infeliz
pôs termo à vida. / Era incapaz de apropriar-se do alheio./

9. Gradação: Uma sequência de ideias disposta em ordem ascendente ou descendente.

“Porque o gado a gente marca, tange, ferra, engorda e mata.”/ (clímax)

Uma palavra, um gesto, um olhar bastavam para reiniciar a discussão. (anticlímax)

Alvejado, caiu, gemeu, agonizou, morreu o homem livre: nascia o apaixonado. (anticlímax)

10. Hipérbole: É uma afirmação exagerada, usada para reforçar a ideia que se deseja expressar.

Chorou rios de lágrimas. / Estava morto de sede./ Ele não correu, voou até aqui. / Esperou um século para ser
atendido. / Os fãs inundaram as redes com notícias do show.

11. Ironia: Usada de modo sarcástico, depreciativo ou jocoso. Com essa figura, diz-se o contrário do que se
pensa.

Vejam a contribuição de nosso herói: leis que mais atrapalham que ajudam.

“Moça bem tratada, três séculos de família, burra como uma porta: um amor.”
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“Um carro a buzinar na porta. Talvez um amigo a me saudar. Nada: apenas o caminhão de lixo. Lindo
presente!”

12. Paradoxo/oximoro: Uso de um contrassenso, intencionalmente. Tentativa de fundir termos ou ideias


opostos.

Feliz culpa. / Valentia covarde assaltar pessoas indefesas. / Horrenda delícia./ Doloroso riso.

Uma espada no peito e um sorriso no rosto: desce Pedro do morro.

“Amor é fogo que arde e não se vê/ É ferida que dói e não se sente/ É um contentamento descontente.”
13. Personificação/prosopopeia: Consiste em emprestar vida a seres inanimados, que passam a agir como
humanos.

A saudade apunhala o coração. / Os sinos chamam para a oração. / O rio entrou em lenta agonia.

A morte roubou-lhe as esperanças. / Vemos a ciência ser atacada no país.

14. Catacrese: é uma espécie de metáfora. Consiste em empregar uma palavra em sentido figurado por hábito
ou esquecimento de sua etimologia. Há, porém, uma função utilitarista e uma afinidade entre a palavra e o
objeto que designa.

Pé da mesa, braço do sofá, manga da camisa, asa da xícara, folha de papel, boca do estômago, boca da noite,
dente de alho, cabeça de alfinete, cabelo de milho, pé de goiaba, barriga da perna, coração da cidade, braço de
rio, etc.

15. Silepse: ocorre quando o verbo concorda com uma ideia e não com as palavras expressas no texto.

a) de gênero: Moro na velha Santos. / Vossa Senhoria será informado sobre a reunião./ São Paulo é
encantadora cidade. / Se acha Ana Maria comprido, trate-me por Naná.

b) de número: Corriam gente de todos os lados, e gritavam. /

O casal não entendia, só gritavam, bradavam por atenção.

c) de pessoa: Todos os barranqueiros somos assim. / Os que gostamos da ideia levantem a mão./

Ficamos sós, os seus amigos.


16. Elipse: omissão de termos facilmente identificáveis pelo contexto.

“Estava à toa na vida, o meu amor me chamou”. (Eu)/ “A tarde fosse azul, não fossem tantos desejos.” (Se)
17. Zeugma: omissão de termos já mencionados no texto.

“O meu pai era paulista/ meu avô, pernambucano/ O meu bisavô, mineiro/ meu tataravô, baiano”. (era)

Perguntei quando voltava. Ela disse que não sabia. (Ela disse que não sabia quando voltava).

18. Pleonasmo: repetição de uma ideia com o objetivo de enfatizá-la.

Choramos um choro sentido. / A ti nada te devo. / Este erro, jamais o cometerei na vida./ “Todos nus e da cor da
treva escura.”/ “O ato do vizinho é muito mais importante do que lhe parece a ele.”

Atenção: subir para cima, descer para baixo, surpresa inesperada, ver com os olhos, elo de ligação, conclusão
final, há muito tempo atrás, planejar antecipadamente, repetir de novo, consenso geral (vícios de linguagem
chamado pleonasmo vicioso)
19. Assíndeto: é a retirada dos conectivos entre palavras e orações coordenadas.
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Coberto de medo, juro, minto, afirmo, assino. /

20. Polissíndeto: repetição intencional de um conectivo para dar a ideia de movimento rápido e repetitivo.

Mão gentil, mas cruel, mas traiçoeira, mas vil. / Vão chegando as índias, e as escravas, e as cigana, e as
lavadeiras.

Ele investe na fazenda, e planta, e colhe, e limpa, e sonha, e vive. / Não havia professores, nem alunos, nem
funcionários.

21. Anacoluto: consiste na mudança da construção sintática no meio da frase, ficando alguns termos
desligados do resto do período. O tipo mais comum ocorre quando um elemento parece funcionar como sujeito,
mas acaba sendo interrompido.

Essas canetas, não se pode confiar nelas. / Tua tia, não há hora em que não seja rancorosa./ Aquele tesouro,
ele não iria deixar que pusessem as mãos. A rua onde moras, quero morar nela.

22. Hipérbato/inversão: consiste em alterar a estrutura da oração, a fim de imprimir mais expressividade ao
enunciado.

“Bendito quem, na Terra, fez o fogo, e o teto.”/ “Justa ela diz que é, mas eu não acho.”/ Amar, necessário é./

“Ouviram do Ipiranga as margens plácidas de um povo heroico o brado retumbante.” As margens plácidas do
Ipiranga ouviram o brado retumbante de um povo heroico.
23. Hipálage: ocorre quando se atribui uma característica ou ação para um ser diferente daquele que é
costumeiro.

Houve um ruído domingueiro de saias engomadas. – Houve um ruído de saias domingueiras engomadas.

As tias fazem meias sonolentas./ A bicicleta quebrou o pedal./ Extrai dois dentes./

24. Anáfora: é a repetição da mesma palavra ou expressão.

“Tudo é silêncio, tudo calma, tudo mudez.”/ “Vi uma estrela tão alta, vi uma estrela tão fria! Vi uma estrela
luzindo na minha vida vazia.”/
25. Aliteração: é a repetição intencional de consoantes para se obter uma sonoridade específica no texto.

“Virgem Maria, o que foi isto maquinista....”/ “Senhor Deus dos desgraçados, dizei-me voz, Senhor Deus...”

“Auriverde pendão da minha terra, que a brisa do Brasil beija e balança.”

26. Assonância: é a repetição intencional de vogais para se obter uma sonoridade específica.

“Ó Formas alvas, brancas, Formas claras/ De luares, de neves, de neblinas!”

27. Onomatopeia: imitação dos sons da natureza e dos objetos.

“O tic-tic, o toc-toc ou o puc-puc da máquina me picota a cuca.”


28. Paronomásia/trocadilho: utilização de palavras com sons parecidos, mas com significados diferentes.

Quem casa quer casa./ “Quem vê um fruto não vê um furto”/ Que estejam limpas as roupas da sexta na cesta.

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