Академический Документы
Профессиональный Документы
Культура Документы
FIGURAS DE LINGUAGEM
O que são?
Recursos linguísticos utilizados largamente nas conversas cotidianas, nos discursos políticos, na propaganda,
no jornalismo e, especialmente, no texto literário. Também estão presentes nas fotografias, esculturas e
pinturas, etc.
São utilizadas para dar mais força expressiva, intensidade e beleza aos enunciados, ampliando sua função
persuasiva ou poética.
1. Metáfora: Desvio do significado original da palavra. Esse desvio ocorre em virtude de uma comparação
implícita.
Um grito agudo cortou o silêncio. “Eu quero ser pra você / A alegria de uma
chegada/ Clarão trazendo o dia / Iluminando a
Ana se via presa em uma teia de dúvidas. sacada”
Murcharam-lhe os entusiasmos da mocidade.
A criança é tal qual uma flor delicada. / Como uma nódoa, a corrupção vai manchando nossa sociedade.
3. Metonímia: Consiste na substituição de um termo por outro. Para que isso ocorra, é necessário que esses
termos estabeleçam uma relação. Há metonímia quando se emprega:
c) o continente pelo conteúdo: Bebi dois copos de água gelada. / A Terra inteira chorou a morte da princesa.
d) o lugar pela coisa/produto: Vou tomar champanhe./ Vê um bauru, por favor. / Uma Salinas cai bem.
g) a parte pelo todo: Não tinha teto. / Fez 18 primaveras./ Alimentar cinco bocas./ # Moro na rua Itapiraçaba.
h) o singular pelo plural: O sertanejo é, antes de tudo, um forte. / O mineiro é tímido e o carioca é expansivo.
i) o indivíduo pela classe: O Judas do time./ O Átila da rua. / Foi pego para Cristo.
j) o instrumento pelo instrumentista: Elza é boa de garfo./ O anjo das pernas tortas./
k) a matéria pelo objeto: O tinir dos cristais/ O bronze chama para a missa./
l) a marca pelo produto: Compre duas Rayovac./ Compre um Danone./ Fez a barba com Gilette.
Ministério da Educação
Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica
Instituto Federal do Norte de Minas Gerais / Campus Januária
4. Perífrase/Antonomásia: Expressão que designa os seres por suas características ou por aquilo que os
tornou/fez famosos.
O rei dos animais foi generoso./ Livro sagrado O poeta dos escravos morreu jovem.
O rei da música popular brasileira. O rei do futebol passa por problemas de saúde.
O grito friorento das marrecas povoava de terror o ronco medonho das cheias.
6. Antítese: Aproximação intencional de palavras com sentido oposto.
Como era possível beleza e horror, vida e morte numa mesma cena?
Toda guerra termina por onde devia ter começado: pela paz.
“Deus! Ó Deus! Onde estas que não respondes.” /“Senhor Deus dos desgraçados, dizei-me Vós, senhor
Deus...”
“Colombo, fecha as portas dos teus mares.”/ “Desce do espaço imenso, ó águia do oceano.”
8. Eufemismo: Suavização de uma ideia triste, desagradável por palavras amenas ou polidas.
Amélia está em estado interessante. / Foi dessa para uma melhor./ Bateu as botas, esticou as canelas./ O infeliz
pôs termo à vida. / Era incapaz de apropriar-se do alheio./
Alvejado, caiu, gemeu, agonizou, morreu o homem livre: nascia o apaixonado. (anticlímax)
10. Hipérbole: É uma afirmação exagerada, usada para reforçar a ideia que se deseja expressar.
Chorou rios de lágrimas. / Estava morto de sede./ Ele não correu, voou até aqui. / Esperou um século para ser
atendido. / Os fãs inundaram as redes com notícias do show.
11. Ironia: Usada de modo sarcástico, depreciativo ou jocoso. Com essa figura, diz-se o contrário do que se
pensa.
Vejam a contribuição de nosso herói: leis que mais atrapalham que ajudam.
“Moça bem tratada, três séculos de família, burra como uma porta: um amor.”
Ministério da Educação
Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica
Instituto Federal do Norte de Minas Gerais / Campus Januária
“Um carro a buzinar na porta. Talvez um amigo a me saudar. Nada: apenas o caminhão de lixo. Lindo
presente!”
Feliz culpa. / Valentia covarde assaltar pessoas indefesas. / Horrenda delícia./ Doloroso riso.
“Amor é fogo que arde e não se vê/ É ferida que dói e não se sente/ É um contentamento descontente.”
13. Personificação/prosopopeia: Consiste em emprestar vida a seres inanimados, que passam a agir como
humanos.
A saudade apunhala o coração. / Os sinos chamam para a oração. / O rio entrou em lenta agonia.
14. Catacrese: é uma espécie de metáfora. Consiste em empregar uma palavra em sentido figurado por hábito
ou esquecimento de sua etimologia. Há, porém, uma função utilitarista e uma afinidade entre a palavra e o
objeto que designa.
Pé da mesa, braço do sofá, manga da camisa, asa da xícara, folha de papel, boca do estômago, boca da noite,
dente de alho, cabeça de alfinete, cabelo de milho, pé de goiaba, barriga da perna, coração da cidade, braço de
rio, etc.
15. Silepse: ocorre quando o verbo concorda com uma ideia e não com as palavras expressas no texto.
a) de gênero: Moro na velha Santos. / Vossa Senhoria será informado sobre a reunião./ São Paulo é
encantadora cidade. / Se acha Ana Maria comprido, trate-me por Naná.
c) de pessoa: Todos os barranqueiros somos assim. / Os que gostamos da ideia levantem a mão./
“Estava à toa na vida, o meu amor me chamou”. (Eu)/ “A tarde fosse azul, não fossem tantos desejos.” (Se)
17. Zeugma: omissão de termos já mencionados no texto.
“O meu pai era paulista/ meu avô, pernambucano/ O meu bisavô, mineiro/ meu tataravô, baiano”. (era)
Perguntei quando voltava. Ela disse que não sabia. (Ela disse que não sabia quando voltava).
Choramos um choro sentido. / A ti nada te devo. / Este erro, jamais o cometerei na vida./ “Todos nus e da cor da
treva escura.”/ “O ato do vizinho é muito mais importante do que lhe parece a ele.”
Atenção: subir para cima, descer para baixo, surpresa inesperada, ver com os olhos, elo de ligação, conclusão
final, há muito tempo atrás, planejar antecipadamente, repetir de novo, consenso geral (vícios de linguagem
chamado pleonasmo vicioso)
19. Assíndeto: é a retirada dos conectivos entre palavras e orações coordenadas.
Ministério da Educação
Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica
Instituto Federal do Norte de Minas Gerais / Campus Januária
20. Polissíndeto: repetição intencional de um conectivo para dar a ideia de movimento rápido e repetitivo.
Mão gentil, mas cruel, mas traiçoeira, mas vil. / Vão chegando as índias, e as escravas, e as cigana, e as
lavadeiras.
Ele investe na fazenda, e planta, e colhe, e limpa, e sonha, e vive. / Não havia professores, nem alunos, nem
funcionários.
21. Anacoluto: consiste na mudança da construção sintática no meio da frase, ficando alguns termos
desligados do resto do período. O tipo mais comum ocorre quando um elemento parece funcionar como sujeito,
mas acaba sendo interrompido.
Essas canetas, não se pode confiar nelas. / Tua tia, não há hora em que não seja rancorosa./ Aquele tesouro,
ele não iria deixar que pusessem as mãos. A rua onde moras, quero morar nela.
22. Hipérbato/inversão: consiste em alterar a estrutura da oração, a fim de imprimir mais expressividade ao
enunciado.
“Bendito quem, na Terra, fez o fogo, e o teto.”/ “Justa ela diz que é, mas eu não acho.”/ Amar, necessário é./
“Ouviram do Ipiranga as margens plácidas de um povo heroico o brado retumbante.” As margens plácidas do
Ipiranga ouviram o brado retumbante de um povo heroico.
23. Hipálage: ocorre quando se atribui uma característica ou ação para um ser diferente daquele que é
costumeiro.
Houve um ruído domingueiro de saias engomadas. – Houve um ruído de saias domingueiras engomadas.
As tias fazem meias sonolentas./ A bicicleta quebrou o pedal./ Extrai dois dentes./
“Tudo é silêncio, tudo calma, tudo mudez.”/ “Vi uma estrela tão alta, vi uma estrela tão fria! Vi uma estrela
luzindo na minha vida vazia.”/
25. Aliteração: é a repetição intencional de consoantes para se obter uma sonoridade específica no texto.
“Virgem Maria, o que foi isto maquinista....”/ “Senhor Deus dos desgraçados, dizei-me voz, Senhor Deus...”
26. Assonância: é a repetição intencional de vogais para se obter uma sonoridade específica.
Quem casa quer casa./ “Quem vê um fruto não vê um furto”/ Que estejam limpas as roupas da sexta na cesta.