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AS LINHAS INVISÍVEIS
(A MITOLOGIA NA ARTETERAPIA)
Orientador
Prof. Dayse Serra
Rio de Janeiro
2011
2
AS LINHAS INVISÍVEIS
(A MITOLOGIA NA ARTETERAPIA)
AGRADECIMENTOS
DEDICATÓRIA
RESUMO
METODOLOGIA
sobre o tema), que a partir delas são considerados os efeitos curativos durante
todo processo de construção de artefatos artístico, em especial, na arteterapia.
O objeto de estudo é a mitologia como instrumento terapêutico que
perpassa as atividades da arteterapia. E para esse fim, foram pesquisados: o
envolvimento da mitologia no processo de construção de artefatos e seus
efeitos simbólicos sociais e psíquicos encontrados no material bibliográfico.
A metodologia de pesquisa se baseia em material bibliográfico sobre o
tema, de cunho qualitativo. Para esse fim, foram utilizadas as relações entre
estudos da mitologia, da arteterapia e de áreas afins, propiciando diálogo entre
os autores e uma possível resposta à questão desse estudo. Trabalhou-se
com leituras de livros e de transcrições de palestras e de aula (um deles ainda
não publicado, porém devidamente reconhecido nas referências bibliográficas).
8
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ................................................................................................... 9
CONCLUSÃO .................................................................................................. 38
ÍNDICE ............................................................................................................. 43
INTRODUÇÃO
1
Entrevista com Ferreira Gullar. in:Revista de História da Biblioteca Nacional. Ano 5, nº 59, agosto
2010.
2
“A punição e a vigilância são poderes destinados a educar (adestrar) as pessoas para que essas
cumpram normas, leis (...). A vigilância é uma maneira de se observar a pessoa, se esta está realmente
cumprindo com todos seus deveres – é um poder que atinge os corpos dos indivíduos, seus gestos,
seus discursos, suas atividades, sua aprendizagem, sua vida cotidiana. A vigilância tem como função
evitar que algo contrário ao poder aconteça e busca regulamentar a vida das pessoas para que estas
exerçam suas atividades.” (BROIETTI & ACCORSI, 2007)
10
conseguiu falar com um senhor que tinha feito, ele mesmo, a inscrição para o
atendimento psicológico. Confiante, minha parceira de expectativas abriu a
agenda para marcar um possível horário de atendimento, quando o gentil
senhor disse que há muito sofria de depressão, mas que sentia que a dança
de salão (que tinha começado a pouco) estava surtindo efeito e que, desta
forma, tinha escolhido continuar na dança, deixando a psicoterapia para um
outro momento. Conforme as regras do jogo, a minha colega se despediu
gentilmente, lembrando que ele estaria cortado da lista de espera, mas que
poderia retorná-la assim que abrissem novamente as inscrições. Frustrada,
minha amiga falou que não acreditava, de forma alguma, que a psicoterapia
tinha sido trocada, por um paliativo, pela dança. Você acredita nisso? Você
acredita? Sim, e isso ficou cada vez mais comum em vários telefonemas e
atendimentos posteriores. Trocado pela música, pelo coral, pelo artesanato,
pela pintura, pelo teatro. Com maior frequência também pela religião, mas a
religião funcionava simultaneamente, ou quando ela e nada mais funcionava,
procuravam-se os atendimentos psicológicos.
Ao buscar compreender a mente humana e favorecê-la, percebe-se que
não se pode negar os sinais levantados pela comunidade que nos envolve. A
arte perpassa gerações passadas e presentes, e as crenças também.
Demorei muito para conhecer a arteterapia e os seus efeitos. O primeiro
contato foi no início de 2009 e, inevitavelmente, fiquei encantada com esse tipo
de atendimento. Hoje percebo que é uma resposta àqueles anos de faculdade,
onde, apesar de tão pouca experiência, se quer muito acertar (e leva tempo
para reconhecer que nem tudo depende do psicoterapeuta em si). Por isso
procurei aprofundar, nesse respectivo trabalho, a mitologia na arteterapia,
onde as crenças e a produção de artefatos artísticos estão diretamente
ligadas. Assim como uma escavação arqueológica, espero que as informações
aqui apresentadas possam encantar, ser úteis e enriquecer, ainda que o tema
tenha sido muito explorado por diversos autores.
O primeiro capítulo apresenta o que é o mito, quais são suas funções e
a formação da mitologia ocidental, além de um rápido adendo sobre a
formação da mitologia brasileira. No segundo capítulo, a produção das coisas
11
CAPÍTULO I – O MITO
Joseph Campbell, em seu livro Isto és tu, esclarece que os mitos são
muito mais que a simples contraposição entre as idéias de mentira e metáfora.
A partir de uma situação vivenciada por ele mesmo, o autor relata sua
experiência como se segue:
“A primeira pergunta que me faziam era sempre ‘O que é um
mito?’ (...) Entretanto, em uma cidade entrei numa emissora de
rádio para um programa de meia hora ao vivo e nessa
emissora o entrevistador era um homem jovem, de olhar vivo,
que imediatamente me advertiu, ‘sou duro e deixo claro para
você. Estudei direito.’ A luz vermelha acendeu e ele começou,
à guisa de argumento: ‘A palavra mito significa uma falsidade.
O mito é uma mentira’. E eu repliquei com a minha definição de
mito: ‘Não, o mito não é uma mentira. O todo de uma mitologia
é uma organização de imagens e narrativas simbólicas,
metáforas das possibilidades da experiência humana e a
realização de uma dada cultura num determinado tempo’. ‘É
uma mentira’, ele contrapôs. ‘É uma metáfora’. ‘É uma mentira’.
Isso persistiu por cerca de vinte minutos. Mais ou menos
quatro ou cinco minutos antes do encerramento do programa,
percebi que esse entrevistador realmente não sabia o que era
uma metáfora e decidi trata-lo como ele estava me tratando.
‘Não’, eu disse, ‘Digo a você o que é metafórico. Dê-me um
exemplo de metáfora’. (...) O entrevistador ficou inteiramente
desconcertado (...). Finalmente, faltando coisa de um minuto e
meio para terminar o programa, achou ocasião e disse: ‘Vou
tentar. Meu amigo John corre muito depressa. As pessoas
dizem que ele corre como um cervo. Eis aí uma metáfora’.
Como os últimos segundos da entrevista escoavam respondi:
Essa não é a metáfora. A Metáfora é: John é um cervo’. Ele
contra-atacou: ‘Isso é uma mentira’. ‘Não’, eu disse, ‘É uma
metáfora’. E o espetáculo terminou.” (CAMPBELL, 2002, p.29).
3
Segundo o antropólogo Malinowski, o mito “na sua forma original, não é simples narrativa, mas uma
realidade viva; não é pura ficção (...) mas um imaginário que domina e determina ininterruptamente
o mundo e o destino dos homens. (...) Essas narrativas não se impõem por intermédio de um interesse
superficial e exterior ou na qualidade de descrições fictícias ou por pretenderem representar a
verdade, mas sim porque representam a afirmação de uma realidade original (...) e porque o seu
15
comum. Por fim, ele ressalta e dá lugar aos sentimentos primários do ponto de
vista psicanalítico, como o desamparo infantil e a nostalgia pelo pai mítico.
Contudo o “sentimento oceânico” ainda permanece no conceito de
inconsciente coletivo na análise junguiana, e como função mística nos
trabalhos de pesquisadores renomados (MALINOWSKI apud MORAIS, 1988 e
LEVÍ-STRAUSS, 1985). Freud não desconhecia as pesquisas antropológicas,
mas preferiu aborda-las como se fossem fruto do senso comum.
A função cosmológica permite a compreensão de si em sua relação
com a natureza, “como quando falamos do Pai Celestial e da Mãe-Terra”
(CAMPBELL, 2002, p.201). Os escritos de Edgard Morin, em especial Os Sete
Saberes Necessários à Educação do Futuro, propaga que a noção de
pertencimento da mãe-terra não é mero ideal, mas real em todo território do
planeta e que deveria ser estimulada e a sua interiorização cultivada.
A função sociológica é aquela que “sustenta e dá validade a uma certa
ordem social e moral” (idem). O exemplo apresentado por Campbell sobre
essa função se baseia nas leis entregues a Moisés através dos “dez
mandamentos”. Malinowski, ao tratar do mito, escreve que “o conhecimento
dessa realidade revela ao homem o sentido dos atos rituais e morais,
indicando-lhe o modo como deve executá-los” (MALINOWSKI apud ELIADE 1972,
p.23). Desta maneira o autor aponta que uma das funções do mito é fornecer o
conhecimento e as indicações de como agir em sociedade, incluindo as suas
particularidades com relação às diferentes maneiras do agir.
A sociologia durkheimiana, por sua vez, se utiliza dessa orientação
funcional da mitologia para pesquisar e explicar as regras sociais. Contudo,
sem o enfoque mitológico em si. Émile Durkheim, ao abordar a força invisível
das regras sociais, escreve que
“quando desempenho meus deveres de irmão, de esposo, ou
de cidadão (...) pratico deveres que estão fora de mim e de
meus atos, no direito e nos costumes. Mesmo estando de
acordo com sentimentos que me são próprios, sentindo-lhes
interiormente a realidade, esta não deixa de ser objetiva; pois
não fui eu quem os criou, mas recebi-os através da educação.
(...) assim também o devoto, ao nascer, encontra prontas as
conhecimento constitui o fundamento da ética e dos ritos” (MALINOWSKI apud MORAIS, 1988, p. 48-
49).
16
Este autor ressalta ainda o alto grau do poder coercitivo das regras
sociais, que não são apenas exteriores ao indivíduo, mas atuam na conduta e
no pensar. Essas regras se impõem. Segundo Durkheim:
“estamos, pois, diante de uma ordem de fatos que apresenta
caracteres muito especiais: consistem em maneiras de agir, de
pensar e de sentir exteriores ao indivíduo, dotadas de um
poder de coerção em virtude do qual se lhe impõem. Por
conseguinte, não poderiam se confundir com os fenômenos
orgânicos, pois consistem em representações e em ações;
nem com os fenômenos psíquicos, que não existem senão na
consciência individual e por meio dela. Constitui, pois, uma
espécie nova e é a eles que deve ser dada e reservada a
qualificação de sociais” (DURKHEIM, 1987, p.3).
4
Os atendimentos terapêuticos reconhecidos pela ciência contemporânea apresentam os seus rituais,
onde o cliente (ou paciente) identifica alguns sinais para desenvolver todo o processo de ‘cura’. Os
cumprimentos, o sentar, o agir, o falar e as expectativas frente ao atendimento apresentam
17
6
Olimpo: nome da mais alta montanha da região, de difícil acesso e fonte de histórias míticas gregas.
20
7
Ver http://www.eutenhofe.org.br/noticias e http://www.eutenhofe.org.br/artigos, que descrevem a
intolerância religiosa em várias regiões do Brasil, acarretando humilhações públicas, perda de guarda
dos filhos, perda de direitos civis e risco de vida.
8
As lendas, os animais fantásticos, as narrações populares que se repetem.
22
9
O aperfeiçoamento de artefatos mais complexos se deve a reavaliação dos artefatos simples
produzidos anteriormente. A analise e a reflexão sobre o trabalho anterior é que produz as
possibilidades futuras. Isso tanto no movimento individual, quanto no coletivo de suas produções.
10
Metaforicamente poderia ser o momento auge da individuação.
25
11
Argila com água.
12
A argila agiliza a cicatrização de pequenos ferimentos (Oaklander, 1980).
26
argila, pintura, tecelagem, sementes, até ritos que fazem o tracejado desse
desenho pelo movimento corporal. Assim como os desequilíbrios podem ser
resultantes de situações adversas, como guerras, doenças, intrigas e busca de
discernimento, os mandalas seriam uma forma de recuperar o equilíbrio
perdido. Eliade explica o mandala através de um ritual de cura, no povoado
dos Bhils, no trecho que se segue.
“No ritual de cura dos Bhils, há um detalhe particularmente
interessante. O mago ‘purifica’ o espaço ao lado do leito do
doente e desenha um Mandol com farinha de milho. No interior
do desenho, ele insere a casa de Isvor e Bhagwân, traçando
igualmente as suas figuras. Esse desenho é mantido até a cura
completa do doente. O próprio termo mondol traz sua origem
indiana. Trata-se, evidentemente, do mandala, desenho
complexo que tem uma importante função nos ritos tântricos
indo-tibetanos. Mas o mandala é antes de tudo uma imago
mundi: ele representa simultaneamente o Cosmo em miniatura
e o panteão. Sua construção equivale a uma recriação mágica
do mundo. Por conseguinte, quando o feiticeiro Bhil desenha o
mandol ao pé do leito de um doente, repete a cosmogonia,
embora os cantos rituais que entoa não aludam
expressamente ao mito cosmogônico. A operação tem,
certamente, um objetivo terapêutico. Convertido
simbolicamente em contemporâneo da Criação do Mundo, o
doente mergulha na plenitude primordial; deixa-se penetrar
pelas forças gigantescas que, in illo tempore, tornaram
possível a Criação” (Eliade, 1972, 28).
13
Jung e seus discípulos acreditam que o mandala está presente em todas as culturas; tanto nas
construções arquitetônicas, como nos desenhos particulares. Seria uma informação do inconsciente
coletivo disponível para o encontro desse equilíbrio, reorganização e “unicidade com o todo”
(JUNG,1964, 240-243).
14
Paul Klee (1879-1940), nasceu na Suíça, se naturalizou alemão. Um dos grandes pintores da história
da arte. Foi professor na famosa escola de arte e arquitetura Bauhaus.
27
alcançam uma nova ordem natural das obras de arte. Depois ele
cria uma obra ou participa da criação de trabalhos que são
imagens da obra de Deus” (Klee apud Doeser, 1997, p.47).
2.2.2 – Ícones
Assim como os mandalas, os ícones cristãos também têm acesso ao
transcendente por meio do construir e do ver. Enquanto os mandalas, nos
desenhos, aparecem desde o começo relacionados ao mítico, os ícones foram
acumulando esse caráter sagrado no decorrer do tempo, pela propagação e
repetição das histórias narradas nos Evangelhos.
15
Os ícones são pinturas de rostos em tamanho natural ou de pessoas
que seriam estímulos para propagação da fé cristã, em retábulos de madeira,
no estilo bizantino. A origem dessas pinturas é contemporânea ao período
histórico dos Evangelhos16, e os ícones tiveram o seu auge na Idade Média. A
pintura iconográfica seria um meio de comunicação dos relatos dos
Evangelhos expressos pela imagem, mas que focalizasse um, dois ou três
atores diretos dessa história17. Na tradição cristã, acredita-se que o evangelista
Lucas seria um dos primeiros pintores iconográficos, como também são
atribuídas a ele várias pinturas da virgem e do menino Jesus. O distanciamento
temporal dos personagens do Evangelho tornou as imagens dos ícones uma
possibilidade de tradução direta daqueles primeiros cristãos, aquilo que se vê e
que não pode ser expresso em palavras18. Os ícones são meios de reflexão
sobre o ponto de vista dos personagens que participaram do Evangelho.
No ícone Nascimento do Senhor Jesus Cristo, dos Frascos de Monza
(séculos IV-V), dentre os diversos símbolos encontrados nessa pintura,
verifica-se a imagem de José e seu dilema, representado por meio das
desconfianças suscitadas por um pastor de ovelhas à sua frente. José é
retratado em uma postura de quem pensa e reflete a cerca tanto das dúvidas
sobre a possibilidade da encarnação divina, quanto das insinuações sobre a
15
Informações mais detalhadas em KALA, 1995.
16
Os primeiros ícones encontrados ou que se tem registrados em escritos são do povoado de Fayum, no
Egito, séculos I a III d.C. e pelos cristãos de Alexandria da mesma época (KALA, 1995).
17
Exemplos de pinturas iconográficas: O Cristo Pantocrátor (que significa o senhor do universo), A Mãe
de Deus Hodigitria (que significa aquela que indica o Caminho).
28
18
Ver KALA, 1995.
29
19
Pelo processo ritualístico da construção do ícone, aquele que pinta também contempla e
consequentemente, medita.
30
20
“O conceito de arquétipo deriva da observação reiterada de que os mitos e os contos da literatura
universal encerram temas bem definidos que reaparecem sempre por toda parte” (JUNG, 1975, 352). E
ainda, “antes de empregar a palavra arquétipo, Jung designava-os como sendo ‘os dominantes do
inconsciente coletivo’” (LALANDE, apud SILVA, 2002, p.28).
34
purificação dos sentidos, (c) pela palavra que se ouve e (d) pela imagem que
se “deixa ver”.
Com foi visto no primeiro capítulo, pode-se sintetizar as dimensões
presentes no cotidiano ocidental por meio de quatro tradições míticas, quatro
diferentes visões de mundo que influenciaram fortemente a vida cotidiana no
mundo ocidental: (a) a mitologia grega, (b) a filosofia grega, (c) o judaísmo e
(d) o cristianismo. Elas não são as únicas existentes, mas se destacam devido
a sua gigantesca influência no mundo moderno e ao grande volume de
pesquisas a elas dedicado.
A vivência arteterapêutica se caracteriza pela tomadas de consciência
ao longo do processo de construção de artefatos artísticos. Este processo de
conscientização se desenvolve simultaneamente a partir de cada uma
daquelas quatro perspectivas míticas. Na mitologia grega, as pessoas tendem
a buscar sentido imediato sobre as situações que elas não controlam, como
ameaças ou recompensas dos Deuses (pelo sagrado no cotidiano). Na filosofia
grega, busca-se a compreensão racional através do questionamento e através
da valorização estética da arte (pela purificação dos sentidos). No judaísmo, o
mítico se revela pela linguagem (pela palavra que se ouve), mas ele também
se mostra incompleto, precisando do diálogo para alcançar a plenitude. No
cristianismo primitivo e dos primeiros séculos da Idade Média, há a retomada
da arte como encontro com o próprio universo mítico (pela imagem que se
“deixa ver”).
A reflexão sobre a vida faz parte da arteterapia, mas como co-
participante do fazer artístico. Desta maneira, a junção do fazer artístico, da
reflexão e do reencontro com as influências míticas que permitem o
22
aperfeiçoamento do si-mesmo , favorece o movimento de transformação.
Rubem Alves escreve poeticamente,
“As histórias [míticas] delimitam os contornos de uma grande
ausência que mora em nós. (...) O mito não diz como as coisas
se deram. O que ele faz é reconstruir a beleza trágica e
comovente do destino humano de que todos participamos. E
quando os nossos corpos estremecem ao ouvir o coro que
21
Tradução: alienações
22
“Si-mesmo” como conceituado por Jung (1978).
36
23
A eco arte. Ver apresentação de Ângela Philippini no IX Congresso Brasileiro de Arteterapia, 2010.
24
As vivências no set terapêutico com o uso da mitologia, ver Diniz (Org.), 2010.
37
imagem que se “deixa ver”) e abrem-se brechas aos efeitos curativos, que
podem ser desenvolvidos durante todo processo de construção de artefatos
artísticos.
A arteterapia não garante a cura, na concepção de sanar a dor ou de
reajustar o comportamento. O que ela propõe é a ampliação do olhar daquele
que passa pelo processo artístico. Abre-se um leque perceptivo e outras
possibilidades de se expressar diante dos impasses e das angústias da vida. A
arteterapia se alia às narrações míticas, com elas tece o suporte artístico e da
vida que transcende além das dores e dos medos.
38
CONCLUSÃO
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
ANDRADE, Liomar Quinto de. Terapias Expressivas. São Paulo: Vetor, 2000.
CASCUDO, Luis da Câmara. Geografia dos mitos brasileiros. São Paulo: Global,
2002.
GALLOIS, Dominique Tilkin. “Arte iconográfica Waiãpi”. In: VIDAL, Lux (Org.).
Grafismo Indígena: estudos de antropologia estética. São Paulo: Studio Nobel,
Universidade de São Paulo, FAPESP, 1992, p.209-230.
MORIN, Edgar. Los siete saberes necesarios a la educación del futuro. São
Paulo: Brasiliense, Medellín: Unesco,1999.
PAÍN, Sara & JARREAU, Gladys. Teoria e técnica da arte-terapia. Porto Alegre:
Artes Médicas, 1996.
ÍNDICE
AGRADECIMENTO ............................................................................................3
DEDICATÓRIA....................................................................................................4
RESUMO ............................................................................................................5
METODOLOGIA .................................................................................................6
SUMÁRIO ...........................................................................................................8
INTRODUÇÃO ................................................................................................... 9
CONCLUSÃO .................................................................................................. 38
ÍNDICE ............................................................................................................. 43
FOLHA DE AVALIAÇÃO