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·3 Ação e acontecimento
Um acontecimento é algo que ocorre num determinado tempoe lugar e que é suscetívelde
afetar o sujeito ,mas que , em prencípio , não depende de sua vontade . Terramotos , vulcões ou
secas constituem exemplos de fenómenos que acontecem e quenão são ações nem resultam,
em prencípio de ação e da interferência humanas .
No entanto , face a estes acontecimentos , o ser humano pode agir: por exemplo, prestar
auxílio ás vítimas ou melhorar as contruções. em qualquer um destes casos , o ser humano já
está a interferirr e a tentar agir sobre situação, tornando-se um agente e um ator .
·4 Voluntário e involuntário
Há , contudo , que fazer uma distinção . Quando estamos a dormir podemos resonar dar voltas
na cama etc.Nesse caso nao estamos perane açoes , uma vez que ignoramos o que estamos a
fazer .Por outro lado , o nosso coraçao bate -sabemos que sim-, mas nada podemos fazer para o
evitar , é um movimento involutario .Portanto , embora toda a açao seja algo que o ser humano
faz ,nem tudo o que o ser humano faz é açao.
Uma verdadeira açao humana é sempre uma açao intencional, isto é ,uma açao originada por
motivos ,desejos,crenças,interesses,aspiraçoes .È uma açao realizada por alguem que a quer
realizar e que acredita que esse é o melhor meio para atinjir um fim .
O motivo é a razao que torna a açao intencional compreensivel e racionalizavel tanto para o
agente como para os outros .Oconceito de otivo encontra-se, assim ,associado ao conceito de
intençao .Se a intençao responde á pergunta o que ?, o motivo responde á questao porque?,
procurando explicar e tornar inteligivel a açao .Assim,o motivo seve,na maioria dos casos,como
justificaçao da açao .
O agente ,tendo realizado as açoes de forma consciente , voluntaria e intencional ,pode ser
responsabilizado, isto é, ele tem de assumir as suas açoes e responder por elas .
Mas responsabilizar o agente por uma açao, qualqur que ela seja , é pressupor que ele é livre ,
que tem o poder de escolher de entre alternativas possiveis aquela que quer realizar, sem ser
constrangido ou coagido. Assim ,só á açao se houver alguem que por ela é capaz de responder ,
isto é , se houver autoria da açao.
Toda a açao pressupoe um sujeito, depende do poder do agente. È tambem este que tem
intençoes , que delibera e que decide.
·7 O livre-arbítrio
Ao considerarmos o agente como um ser racional , livre e responsavel ,estamos a pressupor o
livre-arbítrio, a possibilidade de escolha e de autodeterminaçao ,ou ao ato voluntario ,
autonomo e independente de qualquer constrangimento e coaçao externa ou interna . O livre-
arbitrio corresponde a uma verdade livre e responsavel de um agente racional .
Contudo, nao fazemos tudo aquilo que temos vontade de fazer : as nossas caracteristicas
enquanto espécie ,a nossa constituiçao biologica e a nossa herança genética definem largamente
o modo como agimos e como reagimos a determinadas situaçoes . De igual modo ,a sociedade e
a cultura agem externa ou internamente sobre nós.
No entanto, já todos vivemos a esperiencia de ter feito algo com a perfeita convicçao de que
poderiamos ter agido de forma diferente . Se houver escolha e alternativas , entao a açao
humana é livre ,e teremos de responsavilizar o agente pelas suas açoes . Se,
tadavia,considerarmos que as açoes humanas sao determinadas por forças esternas ou internas
entao teremos de negar a liverdade e a responsabilidade do agente .
O livre-arbítrio surge como a condiçao para que se possa falar em açao intencional .È so mediate
a afirmaçao do livre-arbítrio que podemos atribuir responsabilidades e culpas e decretar
recompensas ou puniçoes .