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13/Maio/2015
Engenharia Legal
[40] Da obrigatoriedade do uso das normas Escrito por Paulo
técnicas - Parte 1/4 - com base nos seus Grandiski, engenheiro
civil pela EPUSP, este blog
aspectos legais tem como o objetivo
apresentar e comentar
Paulo Grandiski temas referentes à
Tweet engenharia legal, com
ênfase nas avaliações de
bens e perícias de
interesse de engenheiros e
arquitetos
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1 – Da necessidade da normalização
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Vivemos na “era da globalização”, onde a intensa troca de mercadorias e serviços
entre as nações exige e tende a criar uma uniformização abrangente de critérios de
qualidade na elaboração de projetos, fabricação de insumos, produtos,
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componentes, procedimentos de execução de serviços e assim por diante.
b) Quando uma norma técnica for referendada por uma norma jurídica, por
exemplo, resultar ou constar de uma lei ou for criada por ela, é um dever
legal que seu atendimento seja obrigatório, conforme art. 5º, II, da
Constituição Federal, acima citado.
DÚVIDAS: Mas a utilização de uma norma técnica deixa de ser obrigatória se não
for citada expressamente em um dispositivo legal ou em um contrato? Em outras
palavras, norma tem força de lei e é de uso obrigatório, embora não seja uma lei?
Esta série de quatro posts esclarece e responde a essas indagações, começando com
a apresentação comentada do uso compulsório de normas técnicas com vários
exemplos baseadas na legislação brasileira.
A visão da ABNT sobre esse tema consta no site da ABNT, acessado em 1º de maio
de 2015, que afirma que “a norma é, por princípio, de uso voluntário”, conforme
reproduzido a seguir:
A norma é, por princípio, de uso voluntário, mas quase sempre é usada por
representar o consenso sobre o estado da arte de determinado assunto,
obtido entre especialistas das partes interessadas.
Conforme ficou explicitado nos itens 2.1 e 1.2 anteriores, tanto a ABNT como o
INMETRO concordam conceitualmente, com base nas definições por eles
adotadas, que os regulamentos técnicos emitidos em nome do governo federal por
órgãos federais competentes são de uso compulsório e as normas técnicas seriam de
uso voluntário. Esses conceitos resultam da orientação geral imposta pela ISO, mas
no caso brasileiro, contrariam a legislação interna ordinária, e não apenas no caso
de relações de consumo, como já reconhece explicitamente a ABNT, como se prova a
seguir.
Essa obrigatoriedade prevista nos dois Códigos acima citados também está
consolidada nas doutrinas mais recentes publicadas, embora ainda existam alguns
doutrinadores mal informados (detalhes no item 6.2 do post [42]), que continuam
defendendo ponto de vista contrário, conforme apresentado no resumo esquemático
abaixo e detalhado em seguida.
Este artigo 5º deixou de ser aplicado na prática pelo Governo, criando muitas
dificuldades para a sobrevivência da ABNT, que, com base nisso, tenta justificar os
elevados preços de venda das normas técnicas, surgindo a dúvida: “As normas da
ABNT são caras porque vendem pouco, ou vendem pouco porque são caras?”
Portanto, esta Lei explicita que nas obras públicas federais é obrigatório o uso
das normas técnicas, cujos parâmetros, segundo o texto do art. 1º acima sublinhado
corrrespondem a requisitos mínimos de qualidade, utilidade, resistência e
segurança, fato que rotineiramente é desconhecido tanto pelos contratantes como
pelos contratados. Em outras palavras: é permitida a produção de produtos ou
serviços com qualidade melhor que o disposto nas normas técnicas, mas fica
proibida a produção abaixo desses requisitos mínimos.
A atual norma ABNT NBR15575-1 (da série de seis, conhecidas como “normas de
desempenho”) está em consonância com essa lei, criando para a construção civil três
níveis de qualidade: M (mínimo), I (intermediário) e S (superior), e deixando claro
que quando esse nível não for explicitado, será considerado obrigatoriamente como
sendo de nível mínimo. Fica a critério do incorporador ou vendedor do imóvel
classificá-lo em nível mais elevado, como fator de marketing, mas arcando com as
consequências, entre as quais, o aumento dos prazos de garantia para os sistemas
utilizados.
III - critérios e normas para a avaliação de custo global de obra, para fins
da alínea h, do art. 32;
c) as áreas de construção.
Como resultado desse contrato com a A.B.N.T. surgiu no final de 1965 a norma NB-
140 da ABNT, atual ABNT NBR12721:2006, que durante muitos anos foi a única
norma técnica específica de uso compulsório na construção civil, por ter nascido
para atender ao disposto em uma lei, no caso a 4.591.
A definição de projeto básico dessa lei é muito genérica, e é uma das suas principais
falhas, por permitir diversas interpretações.
d) adotar soluções técnicas, quer para conjunto, quer para suas partes,
devendo ser suportadas por memórias de cálculo e de acordo com critérios
de projeto pré-estabelecidos de modo a evitar e/ou minimizar
reformulações e/ou ajustes acentuados, durante sua fase de execução;