Вы находитесь на странице: 1из 39

DICAS PARA ESTIMULAR O

DESENVOLVIMENTO DA
RESILIÊNCIA NA INFÂNCIA
E NA ADOLESCÊNCIA
SUMÁRIO

Introdução...........................................................................................................................................................................................03
Estabelecer regras e limites.........................................................................................................................................................04
Ajudar a reconhecer que problemas e frustrações fazem parte da vida....................................................................05
Estimular a resolução de problemas e a tomada de decisões apropriadas..............................................................06
Ensinar a lidar com as frustrações e adiar recompensas..................................................................................................08
Ensinar a fazer.....................................................................................................................................................................................12
Ajustar as expectativas....................................................................................................................................................................13
Permitir o erro não intencional como forma de aprendizagem.......................................................................................14
Ajudar no enfrentamento construtivo dos problemas.........................................................................................................16
Ajudar a identificar a real gravidade das situações..............................................................................................................18
Ensinar a fazer o reenquadramento positivo...........................................................................................................................19
Entender as mudanças como forma de crescimento.........................................................................................................20
Estipular tarefas domésticas.........................................................................................................................................................21
Estabelecer objetivos ou metas realistas.................................................................................................................................22
Ensinar assertividade......................................................................................................................................................................24
Evitar fazer elogios por características físicas.......................................................................................................................25
Elogiar o esforço...............................................................................................................................................................................26
Permitir momentos de tédio........................................................................................................................................................28
Ajudar a identificar atividades saudáveis................................................................................................................................29
Treinar técnicas de relaxamento.................................................................................................................................................30
Ensinar técnicas de negociação...................................................................................................................................................31
Propiciar a discussão a respeito de sentimentos..................................................................................................................32
Entender a importância das figuras de autoridade na vida da criança e do adolescente...................................33
Intensificar o sentimento de conexão (pertencimento) com a família e com a comunidade............................34
Demonstrar os valores da família e o comportamento moral.........................................................................................35
Estimular outras habilidades socioemocionais......................................................................................................................35
Refletir sobre impactos de longo prazo...................................................................................................................................36
Resiliência na escola........................................................................................................................................................................37
INTRODUÇÃO
É comum que os familiares satisfaçam todas as vontades do filho, poupando-o até mesmo de pequenos
problemas ou frustrações e protegendo-o de tudo (mesmo quando ele não precisa de proteção) o tempo
todo (superproteção).

Entretanto existe um limite entre o que é saudável e o que é prejudicial ao preparo para a vida e ao
desenvolvimento emocional dele. Essas atitudes dos familiares não dão à criança ou ao adolescente a
oportunidade de desenvolver habilidades socioemocionais essenciais para a vida adulta. A falta dessas
habilidades está associada, com frequência cada vez maior, a adolescentes e adultos com baixa tolerância
às frustrações e com pouca capacidade de enfrentamento positivo de situações estressoras cotidianas,
levando a quadros, muitas vezes graves e prolongados, de insatisfação com a vida e de sofrimento emocional,
mesmo em situações em que aparentemente nada lhes falta.

RESILIÊNCIA é o nome dado à capacidade de o indivíduo enfrentar e superar situações estressoras (desafios,
mudanças, conflitos, adversidades, perdas, crises), retornar ao equilíbrio e transformá-las em experiências
de vida, aprendendo com elas e fortalecendo-se para responder melhor às situações similares no futuro.
Os estudos mostram que essas pessoas costumam se adaptar mais facilmente às situações e são mais
autoconfiantes e felizes.

O termo oposto à resiliência é FRAGILIDADE, situação em que, diante das menores adversidades, o
indivíduo reage de forma precária, não consegue retornar ao seu equilíbrio emocional, costuma vitimizar-
se (“Oh vida!”) ou apresenta-se revoltado (“Isso não pode acontecer comigo!”) e com o risco de ser
desproporcionalmente abalado, de forma temporária ou permanente. Indivíduos menos resilientes estão
mais suscetíveis a comportamentos de risco, como consumo danoso de álcool, uso de drogas psicoativas
e autoagressão (automutilação, tentativas de suicídio).

É importante que a criança ou o adolescente tenha a percepção clara de que terá a presença de pessoas (pai,
mãe, outros familiares) para ensinar habilidades socioemocionais e para dar apoio durante os momentos
difíceis da vida, mas não para poupá-lo de todas as adversidades.

Boa leitura!

Dr. José Francisco Malucelli Klas – Pediatra


Coordenador do Departamento de Saúde Escolar
ESTABELECER
REGRAS E LIMITES

Para um desenvolvimento saudável, as crianças e os


adolescentes precisam de regras e limites claros, uma vez
que estes estarão presentes na vida de todas as pessoas
(ex.: regras de convivência social, regras da escola e do
trabalho, regras de trânsito, leis).

Desde os primeiros anos de vida, é necessário que os


familiares estabeleçam claramente as regras e os limites,
de acordo com a idade, sempre que possível justificando
o motivo de estes serem estabelecidos (ex.: “Fique longe
da escada, pois pode se machucar!”, “Vamos limitar o
tempo no videogame. Tempo demais pode atrapalhar o seu
desenvolvimento!”).

Além disso, sugere-se que se discutam previamente as


consequências (adequando-as a cada idade) para quando
as regras e os limites não forem cumpridos ou respeitados
e aplicar essas consequências quando estes forem
descumpridos.

Exemplo: “Vamos combinar que o tempo de videogame é


de duas horas por dia e que, se você não respeitar nosso
combinado, não poderá jogar no dia seguinte!”
AJUDAR A RECONHECER QUE
PROBLEMAS E FRUSTRAÇÕES
FAZEM PARTE DA VIDA

Pedras no caminho?
Guardo todas, um dia vou construir um castelo…
(Fernando Pessoa)

As crianças e os adolescentes precisam ser ajudados a


reconhecer que problemas e frustrações fazem parte
da existência e que estes podem ser benéficos, pois
nos ajudam no enfrentamento construtivo de outras
situações que, inevitavelmente, surgirão e certamente
serão mais complexas. Cada desafio na vida é uma
oportunidade de a criança ou o adolescente aprender
com os familiares as habilidades que poderão ser
usadas nos próximos desafios.

Exemplo: Os familiares podem, diante de um problema


vivido pelo filho, relembrar que ele já passou por
situações difíceis no passado e que as superou, que
virão outras dificuldades no futuro, provavelmente
maiores e que sempre haverá um familiar para apoiá-lo
nesses momentos. Os familiares também podem relatar
problemas pelos quais eles passaram ou passam e que
existem formas de resolvê-los.
ESTIMULAR A RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS
E A TOMADA DE DECISÕES APROPRIADAS

As crianças e os adolescentes precisam ser estimulados


a desenvolver as habilidades de resolver problemas,
tomar decisões apropriadas e criar soluções.

Em vez de os familiares resolverem os problemas ou os


conflitos de seu filho, é recomendado que ensinem as
etapas para que ele consiga fazer isso, cada vez mais
com menos apoio.

Em relação à tomada de decisões maiores, é preciso


ajudar a criança ou o adolescente a perceberem que as
decisões e as ações deles podem afetar o que acontecerá
na sua vida.

Ex.: a decisão de um adolescente de começar a fumar


tem grande chance de torná-lo um tabagista e enfrentar
os problemas de saúde decorrentes disso.
ESTIMULAR A RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS
E A TOMADA DE DECISÕES APROPRIADAS

Como fazer?
Estruturar a resolução de problemas mais complexos utilizando etapas faz com que se aborde a situação de forma mais
reflexiva que impulsiva.

No Programa de Desenvolvimento de Habilidades Socioemocionais (PDHS) do Bom Jesus, em várias séries, os alunos
aprendem (e os familiares podem reforçá-las em casa) as seguintes etapas para resolver problemas e tomar decisões:

1 2 3 4 5

Identificar Pensar em mais Analisar as Escolher a Analisar se a


claramente o de uma alternativa vantagens e as alternativa com alternativa resolveu
problema. para resolvê-lo. desvantagens de mais vantagens o problema e, se
cada alternativa. e menos não solucionou,
desvantagens reiniciar o
e colocá-la em processo.
prática.
ENSINAR A LIDAR COM AS
FRUSTRAÇÕES E ADIAR
RECOMPENSAS

As crianças e os adolescentes precisam ser ensinados


a lidar com frustrações, uma vez que elas são parte
integrante da vida de todos. Para isso, é importante
reconhecer a diferença entre necessidades e vontades:

Necessidades
Sempre precisam ser atendidas
Ex.: fornecer vacinas, educação,
proteção, afeto.

X
Vontades
Precisam ser ponderadas.
Ex: comer doces, jogar videogames.

A criança ou o adolescente que tenha todas as suas


vontades satisfeitas não terá a experiência de saber que
consegue superar dificuldades sem danos persistentes.
ENSINAR A LIDAR COM AS
FRUSTRAÇÕES E ADIAR RECOMPENSAS

Inúmeros estudos científicos demonstram que promover a satisfação


imediata de todas (ou quase todas) as vontades das crianças e dos
adolescentes pode ser muito danoso. Em vez disso, é recomendado que os
familiares façam uso do chamado adiar recompensas (delayed gratification
ou postergar gratificação). Isso significa dizer “não” para algumas vontades
da criança e do adolescente ou postergá-las.

Como forma de amenizar eventuais argumentações, é importante que os


familiares deixem claro para o filho que não farão todas as vontades dele
de forma a ajudá-lo a enfrentar as adversidades próprias da vida, agora e
no futuro.
ENSINAR A LIDAR COM AS
FRUSTRAÇÕES E ADIAR RECOMPENSAS

Exemplos práticos (dependendo da idade):

Limitar o tempo de exposição da criança ou do adolescente a videogames.

Esses jogos, na sua maioria, estimulam a recompensa imediata – ao cumprir a


tarefa designada pelo programador do software, o jogador é imediatamente
recompensado com nova fase, “vida extra”, estrelas, moedas, equipamentos novos,
etc. Com a exposição prolongada ao ciclo imediatista de tarefa recompensa,
eles podem ter mais dificuldades em enfrentar as tarefas cotidianas e até eventuais
ocupações profissionais, cujas recompensas habitualmente não são imediatas.

Estimular a criança ou o adolescente a economizar parte da mesada, se houver.

De forma a poder comprar com o dinheiro dele algo que deseje muito.
Aguardar para acumular o montante necessário é uma forma de adiar uma
recompensa.
ENSINAR A LIDAR COM AS
FRUSTRAÇÕES E ADIAR RECOMPENSAS

Exemplos práticos (dependendo da idade):

Restringir presentes a datas especiais e não antecipar o presente.

Aguardar por um presente muito esperado ajuda a criança ou o adolescente a


entender que na vida as gratificações podem demorar, sem que haja prejuízo
no equilíbrio emocional deles.

Postergar a compra de algo que a criança ou o adolescente quer.

Por exemplo, em uma loja de brinquedos a criança quer um presente que os


familiares poderiam comprar na hora, mas podem combinar que comprarão em
uma ou duas semanas ou em uma data especial. Adiar a satisfação de alguns
desejos ajuda no desenvolvimento da resiliência.
ENSINAR A
FAZER

As crianças e os adolescentes precisam ser


ensinados a fazer em vez de alguém fazer por
eles – “ensinar a pescar em vez de dar o peixe”.
Isso faz com que eles aprendam que conseguem,
gradativamente, resolver problemas, uma vez que
durante a vida essa habilidade será importante e
precisa ser desenvolvida e aprimorada desde a
infância.

Ex.: deixar a criança ou o adolescente


resolver as pendências com o professor
ou resolver algum conflito com um
colega, em vez de o adulto fazer isso
por ele.
AJUSTAR AS
EXPECTATIVAS

É importante ser realista e ajustar as expectativas da


criança ou do adolescente em relação ao fato de que
as adversidades fazem parte da vida e que ele precisará
estar preparado para enfrentá-las no futuro (talvez
próximo).

Dar exemplos próprios ou de pessoas próximas que


passaram por dificuldades e que as superaram é uma
forma de ajustar as expectativas deles para o que é a
vida, que não costuma ser fácil, especialmente para
quem não está sendo preparado para ela.

Exemplos de adversidades comuns: problemas com


os colegas, mudanças de turma ou de escola, não ser
convidado para uma brincadeira ou festa.
PERMITIR O ERRO NÃO INTENCIONAL
COMO FORMA DE APRENDIZAGEM

É importante compreender que o erro não intencional é


permitido, pois isso pode ser uma forma de aprendizado
e de crescimento.

Permitir que a criança ou o adolescente aprenda com


os próprios erros pode ser mais educativo do que
poupá-lo de enfrentar problemas.
PERMITIR O ERRO NÃO INTENCIONAL
COMO FORMA DE APRENDIZAGEM

Ao envergonhar a criança ou o adolescente por eventuais erros, eles


tendem a não assumir novos desafios, o que é muito danoso. Por
outro lado, quando a criança ou o adolescente erra e, apesar disso, os
familiares o defendem diante de outros (ex.: amigos, professores), ele
pode persistir no mesmo erro.

Para que o erro possa ser usado como uma forma de crescimento, as
etapas necessárias são:

1 2 3 4
Reconhecer o erro e Tentar entender como Procurar fazer de forma Desculpar-se caso tenha
assumir a responsabilidade. não repetir o mesmo erro. diferente aquilo que prejudicado alguém com
resultou em erro. o erro.
AJUDAR NO
ENFRENTAMENTO
CONSTRUTIVO
DOS PROBLEMAS

É necessário que a criança ou o adolescente


aprendam que:

Alguns problemas cotidianos são estressantes,


mas são considerados “estresse construtivo”, pois a
superação deles permite o crescimento emocional
(exemplo: não ser convidado para brincar ou para
uma festa).

O enfrentamento da maior parte dos problemas


(“estresse construtivo”) precisa ser feito por ele.

O enfrentamento dos problemas deve ser feito


de forma construtiva (ex.: ser assertivo) em vez de
negativa (ex.: ser agressivo).

A família estará ao lado para orientar os caminhos,


acolher os sentimentos negativos (ex.: tristeza,
frustração) e mostrar que ele é capaz de superar
aquilo, aprender a lidar com situações semelhantes
no futuro e que pode contar com a ajuda da família
para interferir nos momentos de necessidade.
AJUDAR NO ENFRENTAMENTO
CONSTRUTIVO DOS PROBLEMAS

Mesmo que os familiares tenham medo de que a criança ou o adolescente


não consiga enfrentar sozinho os desafios ou as adversidades, não devem
demonstrar essa insegurança para não minar as tentativas de enfrentamento
e para ele não imaginar que não pode fazer o enfrentamento sem um adulto.

É importante que os adultos sejam modelos de enfrentamento positivo


para as crianças e os adolescentes se espelharem.

Utilizar exemplos anteriores de superação da criança ou do adolescente faz


com que eles se sintam fortalecidos para o enfrentamento de adversidades.
AJUDAR A IDENTIFICAR A
REAL GRAVIDADE DAS SITUAÇÕES

As crianças e os adolescentes precisam aprender a


identificar a real gravidade das situações que vivenciam.

Por vezes, eles podem entender uma situação


relativamente banal como uma situação gravíssima,
gerando sofrimento desproporcional e um estresse
desnecessário.

Nessa situação, os familiares podem ajudar a criança ou


adolescente a perceber que esse é um problema menor
e que pode ser superado sem gerar danos posteriores.
ENSINAR A FAZER O
REENQUADRAMENTO POSITIVO

Aprender a fazer o reenquadramento positivo – ver


as situações adversas sob outra perspectiva (mais
otimista), de forma a torná-las mais suportáveis.

Exemplo: mudar de cidade pode ser estressante para


a criança ou o adolescente, mas a situação pode ser
analisada (reenquadrada positivamente) como uma
oportunidade de fazer novos amigos e conhecer outros
estilos de vida.
ENTENDER AS MUDANÇAS
COMO FORMA DE CRESCIMENTO

Para crianças e adolescentes, as mudanças (ex.: de turma


ou de escola) podem parecer traumáticas (ainda mais se
os familiares focalizarem nos aspectos negativos), mas
precisam gradativamente entender e aceitar que elas
são inevitáveis, que é preciso aprender a se adaptar às
novas situações que naturalmente surgirão e que terão
melhor capacidade de superá-las tendo passado por
mudanças desde a infância.
ESTIPULAR
TAREFAS DOMÉSTICAS

As crianças e os adolescentes precisam ter


responsabilidade por algumas tarefas domésticas,
de acordo com a idade (exemplo: secar a louça,
arrumar a cama, deixar o banheiro em ordem após
o banho), mesmo que haja um funcionário ou outro
adulto que possa fazer isso por eles.

Além de aprender a valorizar as pessoas responsáveis


pelo bom andamento da rotina doméstica, isso
estimula a disciplina e, futuramente, a autodisciplina,
habilidade importante para o desenvolvimento da
resiliência.
ESTABELECER OBJETIVOS
OU METAS REALISTAS

Os familiares podem ajudar o filho a estabelecer


objetivos ou metas realistas − metas não realistas são
mais difíceis de serem atingidas e podem desestimulá-
lo a atingir objetivos presentes ou futuros.

Quando a criança ou o adolescente vê nos familiares


um exemplo de definição de metas realistas e, depois,
de sucesso em atingi-las, ele percebe isso como um
modelo a ser seguido.

Além de estabelecer metas mais realistas, elas podem


ser divididas em passos menores até que possam ser
atingidas, enquanto os familiares encorajam a criança
ou o adolescente nesse caminho.
ESTABELECER OBJETIVOS
OU METAS REALISTAS

Exemplo: querer que uma criança que não come verduras, frutas e legumes passe a ingerir os três grupos de alimentos (e
em quantidades adequadas!) é uma meta pouco realista e com grande chance de insucesso. Seria mais realista iniciar com
um dos grupos (ex.: frutas − por serem adocicadas, costumam ter melhor aceitação que verduras ou legumes) e oferecer em
quantidades pequenas.

Mesmo que a criança só experimente, seria ideal que os familiares elogiassem esse esforço, em vez de criticar por não ter
comido todo o alimento. Ao ver seu esforço reconhecido e elogiado, tende a repetir o comportamento. Por outro lado, se
percebe que é criticado apesar do esforço, tende a abandonar as tentativas.
ENSINAR
ASSERTIVIDADE

É importante que a criança e o adolescente aprendam a se comunicar de forma assertiva (respeitando os direitos e as
opiniões dele e os dos outros), substituindo as formas agressivas (em que não se respeitam os direitos ou as opiniões dos
outros), manipulativas ou passivas (em que a pessoa não respeita seus próprios direitos ou opiniões).

Forma agressiva, em que não Forma passiva, em que a


se respeitam os direitos ou as Forma manipulativa pessoa não respeita seus
opiniões dos outros próprios direitos ou opiniões

X X X

Você sabe o que é assertividade?


Diferente do que se possa assumir tendo em vista a sonoridade
da palavra, assertividade não tem a ver com acertar, mas com ser
afirmativo em suas posições, respeitando os direitos próprios e os
dos outros.
EVITAR FAZER ELOGIOS
POR CARACTERÍSTICAS FÍSICAS

O elogio direcionado às características físicas da criança


e do adolescente (ex: “Você é muito lindo(a)!”, “Seu
cabelo é maravilhoso!”, “Seu rosto é perfeito!”) pode
até elevar a autoestima (o que seria bom), mas também
“inflar o ego” deles e levar a um excesso de confiança, o
que pode ser danoso.

Quando a criança ou o adolescente são elogiados


pela sua aparência, pode-se estar sinalizando a eles,
inadequadamente, que esse é um critério importante
na vida.

Além disso, esses elogios podem, no futuro, afetar a forma


de o adolescente ou o adulto avaliar seu corpo, tendendo
a ser mais crítico diante de qualquer “imperfeição”
e, consequentemente, reduzir a autoestima. Ou seja,
elogiar excessivamente a criança ou o adolescente
pelas características físicas pode elevar a autoestima
no curto prazo e reduzi-la no longo prazo.
ELOGIAR O
ESFORÇO

Elogiar o esforço da criança ou do adolescente para


concluir uma tarefa ou enfrentar um problema, mesmo
que não tenha obtido sucesso, fará com que ele tenda
a ser mais persistente e ter melhor autoestima e maior
capacidade de enfrentamento de dificuldades ou de
adversidades.

Elogiar pelo esforço e não pelo sucesso e não focar


no erro ajuda a formar o senso de controle (“Eu posso
conseguir se eu tentar!”), que é mais saudável do que a
sensação de “eu sou (ou não sou) bom nisso”.
ELOGIAR O
ESFORÇO

Exemplos:

Caso a criança ou o adolescente tenha realmente se


esforçado para estudar para uma prova, pode ser mais
efetivo elogiar pelo esforço a criticar por não ter tirado uma
nota excelente.

Em vez de elogiar o sucesso ou uma característica


(ex.: “Adoro quando você tira nota 10!” ou “Você é muito
inteligente!”), é preferível elogiar o esforço que fez (ex.:
“Parabéns! Com seu esforço para estudar, conseguiu tirar
uma nota ótima”).

Em vez de focar no erro (ex.: “Poxa, você não consegue


acertar essa tarefa. Pode apagar tudo e fazer de novo!”),
valorizar o esforço (ex.: “Essa tarefa não é fácil, mas vejo
que você está se esforçando para conseguir. Vamos tentar
de novo?”).
PERMITIR MOMENTOS
DE TÉDIO

Ao contrário do que possa parecer em uma primeira e


rápida análise, ter momentos de tédio é importante para
a criança ou o adolescente.

O tédio é uma força propulsora da criatividade ao


obrigar o indivíduo a procurar fazer algo para preencher
criativamente o tempo (ex.: desenhar, modelar, brincar
criativamente com sucatas ou peças de montar).

O estímulo à criatividade é essencial para que a criança


e o adolescente aprendam a resolver problemas atuais
e futuros.

Muitos familiares podem ter dificuldade em limitar


o tempo de uso de telas (videogame, celular, tablet,
computador) por crianças ou adolescentes, pois estes
costumam se queixar de tédio quando afastados delas.

Entender que o tédio pode ser muito favorável para a


criança ou o adolescente ajuda os familiares a definir o
tempo de uso de telas.
AJUDAR A IDENTIFICAR
ATIVIDADES SAUDÁVEIS

Os familiares podem ajudar a criança ou o adolescente


a identificar seus esportes favoritos, hobbies (leitura,
desenho, jardinagem) e outras atividades saudáveis
de que ele realmente gosta, de forma a recorrer a elas
quando surgem grandes situações estressoras.

Quanto mais opções saudáveis de distração a criança


ou o adolescente tiver, menos propenso estará a adotar,
agora ou no futuro, formas não saudáveis de alívio do
estresse ou da ansiedade, como o uso prolongado de
telas (ex.: celular, videogame), a alimentação excessiva,
o tabagismo ou o uso de álcool, entre outras.

Fonte: Academia Americana de Pediatria.


TREINAR TÉCNICAS
DE RELAXAMENTO

Estudos científicos demonstram que o uso de técnicas


de relaxamento ajuda na redução da ansiedade e da
sensação de estresse. Algumas técnicas de relaxamento
ou de meditação, como a chamada “respiração
diafragmática profunda”, podem ser feitas a qualquer
momento (em provas, por exemplo), em qualquer
ambiente (como no transporte para a escola), por
alguns minutos e com bons resultados.
ENSINAR TÉCNICAS
DE NEGOCIAÇÃO

Com as técnicas de negociação busca-se um resultado em que, diante de uma situação de conflito de ideias,
ambos os lados sejam beneficiados. Com isso, fortalecem-se as habilidades de comunicação assertiva, de
empatia, de resolução de problemas e de tomada de decisão.

Quando a negociação não for efetiva, as crianças e os adolescentes podem solicitar que alguém os ajude a
mediar a situação, usando para isso as técnicas de mediação de conflitos.

CERTO ERRADO
Solução “win/win”: Um ganha e outro perde
ambos ganham
PROPICIAR A DISCUSSÃO
A RESPEITO DE SENTIMENTOS

É importante que as crianças e os adolescentes tenham


um ambiente familiar propício às pessoas ouvirem e
falarem a respeito de sentimentos bons, mas também de
preocupações, frustrações, desapontamentos, tristezas
e outros assuntos para os quais eles precisam do apoio
de um adulto.

Algumas vezes, a criança ou o adolescente (assim como


outros familiares) podem estar em intenso sofrimento
emocional e necessitar de ajuda profissional (ex.:
médico, psicólogo).

Lembrar que quando os familiares não estão


emocionalmente bem ou sobrecarregados com fatores
estressores intensos (ex.: problemas financeiros, no
trabalho ou no casamento), isso terá impacto na criança
e no adolescente.

Fonte: Academia Americana de Pediatria.


ENTENDER A IMPORTÂNCIA DAS FIGURAS
DE AUTORIDADE NA VIDA DA CRIANÇA E
DO ADOLESCENTE

As chamadas figuras de autoridade (pais, professores) são


essenciais para a adequada formação das crianças e dos
adolescentes. Os adolescentes tendem a rejeitar as opiniões
das figuras de autoridade, mas devem aprender a respeitá-
las. Isso não quer dizer que não possam questionar, mas os
familiares não devem tolerar o desrespeito.

Autoridade
Respeito pelos pais

X
Autoritarismo
Medo dos pais

Os professores, além de serem profissionais importantes


na formação do aluno, também são figuras de autoridade
para ele. Desvalorizar esse profissional pode ser prejudicial
à formação da criança ou do adolescente.
INTENSIFICAR O SENTIMENTO
DE CONEXÃO (PERTENCIMENTO)
COM A FAMÍLIA E COM A COMUNIDADE

É importante que a criança e o adolescente tenham


o sentimento de conexão (pertencimento) com a
família e com a comunidade (por exemplo, a escola).

Exemplos de ações que aumentam o sentimento de


pertencimento: manter rotinas familiares (como fazer
as refeições em família e ter hobbies em comum),
fazer trabalhos voluntários na comunidade, entre
outras.
DEMONSTRAR OS VALORES
DA FAMÍLIA E O
COMPORTAMENTO MORAL

A criança e o adolescente precisam perceber claramente,


desde os primeiros anos de vida, os valores da família
(exemplo: respeitar o próximo) e o comportamento moral,
de forma que possam discernir claramente o certo do
errado.

ESTIMULAR OUTRAS
HABILIDADES
SOCIOEMOCIONAIS

É preciso estimular outros aspectos como empatia, senso


crítico, autonomia, persistência, autoestima, senso de
identidade e de pertencimento.
REFLETIR SOBRE IMPACTOS
DE LONGO PRAZO

Os familiares precisam ter em mente que as ações e decisões que eles tomam em relação aos filhos têm impacto no longo
prazo. Muitas vezes ações que são benéficas no curto prazo serão danosas no longo prazo.

Exemplo: presentear a criança com frequência é, obviamente, bom para ela no curto prazo. Entretanto, no médio e no longo
prazo isso pode ser muito danoso, pois a criança tende a crescer entendendo que todas as suas vontades serão atendidas,
inclusive aquelas que não dependem do poder de compra, como amizades e relacionamentos amorosos.
RESILIÊNCIA
NA ESCOLA

Naturalmente, as escolas são locais que estimulam o


desenvolvimento da resiliência: o número de alunos e o
tempo em que convivem faz com que surjam pequenos
conflitos de ideias que precisam ser enfrentados e
resolvidos, a diferença entre as pessoas precisa ser
respeitada, existem metas a serem atingidas, pequenas
frustrações surgem naturalmente, as regras são claras,
entre outros fatores preparadores para a vida futura.

Para auxiliar no desenvolvimento socioemocional de


seus alunos, o Departamento de Saúde Escolar do Bom
Jesus desenvolve o Programa de Desenvolvimento de
Habilidades Socioemocionais, no qual, entre outros, são
abordados diversos tópicos relacionados à resiliência
(confira a seguir). Vale destacar que a participação
da família nesse processo é fundamental, conforme as
dicas vistas ao longo do e-book.
RESILIÊNCIA
NA ESCOLA

Tópicos relacionados à resiliência abordados no Programa de Desenvolvimento de Habilidades


Socioemocionais do Bom Jesus:

Etapas para resolução de problemas ou de conflitos.

Empatia.

Autocontrole.

Expressão de sentimentos.

Estratégia para pedir desculpas, de forma a demonstrar o arrependimento e a intenção de mudança


de postura.

Importância das diferenças entre as pessoas e de demonstrar respeito.

Estratégias para fazer amigos e acolher alunos novos, incluindo aqueles com necessidades especiais.

Como agir diante de provocações ou de apelidos.

Tolerância a frustrações.

Estilo de comunicação assertivo (em substituição aos estilos agressivo, passivo ou manipulativo) nas
relações com colegas, pais e professores.

Análise de consequências (de curto, médio e longo prazo).

Como controlar a impulsividade diante de situações de provocação.

Вам также может понравиться