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DESENVOLVIMENTO DA
RESILIÊNCIA NA INFÂNCIA
E NA ADOLESCÊNCIA
SUMÁRIO
Introdução...........................................................................................................................................................................................03
Estabelecer regras e limites.........................................................................................................................................................04
Ajudar a reconhecer que problemas e frustrações fazem parte da vida....................................................................05
Estimular a resolução de problemas e a tomada de decisões apropriadas..............................................................06
Ensinar a lidar com as frustrações e adiar recompensas..................................................................................................08
Ensinar a fazer.....................................................................................................................................................................................12
Ajustar as expectativas....................................................................................................................................................................13
Permitir o erro não intencional como forma de aprendizagem.......................................................................................14
Ajudar no enfrentamento construtivo dos problemas.........................................................................................................16
Ajudar a identificar a real gravidade das situações..............................................................................................................18
Ensinar a fazer o reenquadramento positivo...........................................................................................................................19
Entender as mudanças como forma de crescimento.........................................................................................................20
Estipular tarefas domésticas.........................................................................................................................................................21
Estabelecer objetivos ou metas realistas.................................................................................................................................22
Ensinar assertividade......................................................................................................................................................................24
Evitar fazer elogios por características físicas.......................................................................................................................25
Elogiar o esforço...............................................................................................................................................................................26
Permitir momentos de tédio........................................................................................................................................................28
Ajudar a identificar atividades saudáveis................................................................................................................................29
Treinar técnicas de relaxamento.................................................................................................................................................30
Ensinar técnicas de negociação...................................................................................................................................................31
Propiciar a discussão a respeito de sentimentos..................................................................................................................32
Entender a importância das figuras de autoridade na vida da criança e do adolescente...................................33
Intensificar o sentimento de conexão (pertencimento) com a família e com a comunidade............................34
Demonstrar os valores da família e o comportamento moral.........................................................................................35
Estimular outras habilidades socioemocionais......................................................................................................................35
Refletir sobre impactos de longo prazo...................................................................................................................................36
Resiliência na escola........................................................................................................................................................................37
INTRODUÇÃO
É comum que os familiares satisfaçam todas as vontades do filho, poupando-o até mesmo de pequenos
problemas ou frustrações e protegendo-o de tudo (mesmo quando ele não precisa de proteção) o tempo
todo (superproteção).
Entretanto existe um limite entre o que é saudável e o que é prejudicial ao preparo para a vida e ao
desenvolvimento emocional dele. Essas atitudes dos familiares não dão à criança ou ao adolescente a
oportunidade de desenvolver habilidades socioemocionais essenciais para a vida adulta. A falta dessas
habilidades está associada, com frequência cada vez maior, a adolescentes e adultos com baixa tolerância
às frustrações e com pouca capacidade de enfrentamento positivo de situações estressoras cotidianas,
levando a quadros, muitas vezes graves e prolongados, de insatisfação com a vida e de sofrimento emocional,
mesmo em situações em que aparentemente nada lhes falta.
RESILIÊNCIA é o nome dado à capacidade de o indivíduo enfrentar e superar situações estressoras (desafios,
mudanças, conflitos, adversidades, perdas, crises), retornar ao equilíbrio e transformá-las em experiências
de vida, aprendendo com elas e fortalecendo-se para responder melhor às situações similares no futuro.
Os estudos mostram que essas pessoas costumam se adaptar mais facilmente às situações e são mais
autoconfiantes e felizes.
O termo oposto à resiliência é FRAGILIDADE, situação em que, diante das menores adversidades, o
indivíduo reage de forma precária, não consegue retornar ao seu equilíbrio emocional, costuma vitimizar-
se (“Oh vida!”) ou apresenta-se revoltado (“Isso não pode acontecer comigo!”) e com o risco de ser
desproporcionalmente abalado, de forma temporária ou permanente. Indivíduos menos resilientes estão
mais suscetíveis a comportamentos de risco, como consumo danoso de álcool, uso de drogas psicoativas
e autoagressão (automutilação, tentativas de suicídio).
É importante que a criança ou o adolescente tenha a percepção clara de que terá a presença de pessoas (pai,
mãe, outros familiares) para ensinar habilidades socioemocionais e para dar apoio durante os momentos
difíceis da vida, mas não para poupá-lo de todas as adversidades.
Boa leitura!
Pedras no caminho?
Guardo todas, um dia vou construir um castelo…
(Fernando Pessoa)
Como fazer?
Estruturar a resolução de problemas mais complexos utilizando etapas faz com que se aborde a situação de forma mais
reflexiva que impulsiva.
No Programa de Desenvolvimento de Habilidades Socioemocionais (PDHS) do Bom Jesus, em várias séries, os alunos
aprendem (e os familiares podem reforçá-las em casa) as seguintes etapas para resolver problemas e tomar decisões:
1 2 3 4 5
Necessidades
Sempre precisam ser atendidas
Ex.: fornecer vacinas, educação,
proteção, afeto.
X
Vontades
Precisam ser ponderadas.
Ex: comer doces, jogar videogames.
De forma a poder comprar com o dinheiro dele algo que deseje muito.
Aguardar para acumular o montante necessário é uma forma de adiar uma
recompensa.
ENSINAR A LIDAR COM AS
FRUSTRAÇÕES E ADIAR RECOMPENSAS
Para que o erro possa ser usado como uma forma de crescimento, as
etapas necessárias são:
1 2 3 4
Reconhecer o erro e Tentar entender como Procurar fazer de forma Desculpar-se caso tenha
assumir a responsabilidade. não repetir o mesmo erro. diferente aquilo que prejudicado alguém com
resultou em erro. o erro.
AJUDAR NO
ENFRENTAMENTO
CONSTRUTIVO
DOS PROBLEMAS
Exemplo: querer que uma criança que não come verduras, frutas e legumes passe a ingerir os três grupos de alimentos (e
em quantidades adequadas!) é uma meta pouco realista e com grande chance de insucesso. Seria mais realista iniciar com
um dos grupos (ex.: frutas − por serem adocicadas, costumam ter melhor aceitação que verduras ou legumes) e oferecer em
quantidades pequenas.
Mesmo que a criança só experimente, seria ideal que os familiares elogiassem esse esforço, em vez de criticar por não ter
comido todo o alimento. Ao ver seu esforço reconhecido e elogiado, tende a repetir o comportamento. Por outro lado, se
percebe que é criticado apesar do esforço, tende a abandonar as tentativas.
ENSINAR
ASSERTIVIDADE
É importante que a criança e o adolescente aprendam a se comunicar de forma assertiva (respeitando os direitos e as
opiniões dele e os dos outros), substituindo as formas agressivas (em que não se respeitam os direitos ou as opiniões dos
outros), manipulativas ou passivas (em que a pessoa não respeita seus próprios direitos ou opiniões).
X X X
Exemplos:
Com as técnicas de negociação busca-se um resultado em que, diante de uma situação de conflito de ideias,
ambos os lados sejam beneficiados. Com isso, fortalecem-se as habilidades de comunicação assertiva, de
empatia, de resolução de problemas e de tomada de decisão.
Quando a negociação não for efetiva, as crianças e os adolescentes podem solicitar que alguém os ajude a
mediar a situação, usando para isso as técnicas de mediação de conflitos.
CERTO ERRADO
Solução “win/win”: Um ganha e outro perde
ambos ganham
PROPICIAR A DISCUSSÃO
A RESPEITO DE SENTIMENTOS
Autoridade
Respeito pelos pais
X
Autoritarismo
Medo dos pais
ESTIMULAR OUTRAS
HABILIDADES
SOCIOEMOCIONAIS
Os familiares precisam ter em mente que as ações e decisões que eles tomam em relação aos filhos têm impacto no longo
prazo. Muitas vezes ações que são benéficas no curto prazo serão danosas no longo prazo.
Exemplo: presentear a criança com frequência é, obviamente, bom para ela no curto prazo. Entretanto, no médio e no longo
prazo isso pode ser muito danoso, pois a criança tende a crescer entendendo que todas as suas vontades serão atendidas,
inclusive aquelas que não dependem do poder de compra, como amizades e relacionamentos amorosos.
RESILIÊNCIA
NA ESCOLA
Empatia.
Autocontrole.
Expressão de sentimentos.
Estratégias para fazer amigos e acolher alunos novos, incluindo aqueles com necessidades especiais.
Tolerância a frustrações.
Estilo de comunicação assertivo (em substituição aos estilos agressivo, passivo ou manipulativo) nas
relações com colegas, pais e professores.