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Área 40:
História
2019
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Ministério da Educação (MEC)
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)
Diretoria de Avaliação (DAV)
40.hist@capes.gov.br
Sumário
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Ministério da Educação (MEC)
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)
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Um tema de preocupação na Área de História é que a oferta de bolsas de estudo não tem
acompanhado o ritmo de expansão da Pós-Graduação, oferta que foi fundamental nas últimas
décadas para a construção da Pós-Graduação na Área de História, o que impacta tanto a expansão
a partir daqui quanto a consolidação dos programas existes nos próximos anos.Com base nesse
cenário são elaboradas indicações para o planejamento e as ações dos PPGH no quadriênio em
curso.
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Fonte: sucupira.capes.gov.br
Parte significativa dessa expansão inicial da Pós-Graduação pode ser atribuída à oferta de
bolsas pelas agências de fomento (CAPES, CNPq, FAPs estaduais) e aos aportes financeiros aos
programas pela CAPES. No entanto, nos últimos anos essa expansão tem prosseguido sem que
tenha ocorrido uma ampliação proporcional de recursos e bolsas destinados aos PPG.
Os programas se desenvolveram abrigando Áreas de Concentração e Linhas de Pesquisa
distintas entre os programas. Verifica-se nos últimos anos uma tendência ao surgimento de
programas mais especializados em termos de recortes temáticos ou regionais, fugindo de áreas de
concentração genéricas como simplesmente em História. Esse fenômeno pode ser atribuído a dois
movimentos distintos: de um lado, o amadurecimento da área e a aproximação de padrões adotadas
internacionalmente; de outro lado, a cobrança na área para que novos cursos procurem demonstrar
sua originalidade e diferenciação teórico-metodológica ou temática com respeito àqueles já
existentes nas Área de Concentração e Linhas de Pesquisa.
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1.1.2. Orientações
No atual quadriênio está em vigor a nova Ficha de Avaliação que irá observar 3 itens:
Proposta do Programa, Formação, Impacto na sociedade. A Coordenação de Área a partir dos
debates do CTC aponta alguns indicadores pertinentes a essa avaliação.
Sobre a “Proposta do Programa” a Área de História entende que as Áreas de Concentração
devem explicitar os marcos teórico-metodológicos que orientam as investigações no seu interior.
As linhas de Pesquisa devem apontar seu recorte espaço-temporais e/ou temáticos; os conceitos
articuladores; e os marcos teóricos.
O corpo docente dos cursos acadêmicos deve ter, no mínimo, 10 Docentes Permanentes
para os cursos de mestrado e os programas com mestrado e doutorado devem ter, no mínimo, 15
Docentes Permanentes. O corpo docente dos mestrados e doutorados profissionais devem ter, no
mínimo, 10 Docentes Permanentes. Esse corpo docente pode ter até 30% de docentes formados
outras áreas ligadas a Área de Concentração do programa. O corpo docente deve mesclar, dentro
do possível, docentes com experiência, mais de 5 anos de doutorado, com jovens doutores (mesmo
que em regime de pós-doutorado). Deve-se evitar mais de 50% dos docentes formados na mesma
instituição. Valoriza-se a presença de bolsistas PQ e semelhantes.
Espera-se que cada PPGHs estabeleça um planejamento estratégico para a quadrienal que
defina claramente: metas e estratégias para a qualificação da sua formação e da sua inserção social
e sua internacionalização. Junto a isso deve estar ligado a descrição do processo de auto avaliação
que irá verificar a realização das metas traçadas.
Em relação a “Formação” a Área de História propõe que os programas tenham como
objetivo titular ao menos metade dos ingressos no tempo médio de 30 meses para o mestrado e 52
para o doutorado. Que ao menos 80% das bancas tenham membro externo qualificado para o tema.
E que exista e seja aplicado regulamento de distribuição das bolsas fornecidas pela CAPES com
critérios claros e exequíveis.
Espera que cada PPGH apresente o levantamento da produção intelectual de seus discentes
e de seus egressos (entendido como os titulados nos últimos 5 anos), da mesma forma espera-se a
apresentação da trajetória de ao menos três egressos, após sua formação, que evidenciem sua
inserção na vida acadêmica e/ou profissional.
Espera-se que a produção intelectual de cada membro do corpo docente de cada PPGH
tenha, individualmente, produção bibliográfica e técnica. Que a maior parte ofereça disciplinas na
graduação e esteja inserido em grupos de pesquisa externos ao programa.
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Espera-se que cada membro do corpo docente se envolva nas atividades formativas do
programa. Espera-se que ao longo do quadriênio cada docente, individualmente: mantenha projeto
de pesquisa em desenvolvimento; lecione ao menos uma disciplina no programa; tenha ao menos
duas orientações; leve ao menos um discente a defesa; e mantenha ao menos uma orientação na
graduação.
No que toca ao “Impacto na sociedade” a Área de História espera que cada PPGH tenha
uma produção bibliográfica qualificada e uma produção técnica relevante para o campo da
produção historiográfica.
Espera-se ainda que cada programa tenha ao menos um docente que desenvolva uma ação
junto a educação básica. Ao menos um docente que desenvolva uma ação relevante junto a
entidades da sociedade civil. Ao menos um docente que atue junto a uma instituição pública. Neste
tema também é valorizada a presença de editores de Periódicos científicos e de políticas
afirmativas.
No que toca à internacionalização a Área de História espera que cada PPGH desenvolva ao
longo do quadriênio, iniciativas tais como: publicações em periódicos qualificados no exterior;
palestras e/ou conferências de docentes como convidados no exterior; realização de estágios no
exterior pelos docentes; recepção de alunos estrangeiro como visitante ou em cotutela.
Por fim espera-se que cada PPGH dê visibilidade a suas ações e sua produção mantendo
um website que contenha informações como: descrição da Área de Concentração e Linha de
Pesquisa; Perfil dos docentes; lista dos discentes e egressos; acesso a dissertações e teses
defendidas; critérios de seleção e de credenciamento; página com informações em inglês e/ou
outro idioma.
Os PPGH que desejam se credenciar a receber as notas 6 e 7 devem apresentar com maior
detalhe as suas ações de internacionalização. A atribuição da nota 6 e 7 será focada na avaliação
desses itens (sem desconsiderar os anteriores).
Pede-se a esses que listem uma a uma as ações realizadas no exterior como:
- Número de Docente Permanente com liderança ou participação em projetos em rede
internacional que apresentem durabilidade (maior de 4 anos).
- Existência de Projetos de Pesquisa com equipes internacionais com financiamento
nacional.
- Número de Docente Permanente com publicações no exterior (individual ou em
coautoria).
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Pede-se a esses que listem uma a uma as ações realizadas por estrangeiros no PPGH:
- Professor visitante estrangeiro.
- Existência de Projetos de Pesquisa com financiamento internacional.
- Número de Discentes estrangeiros recebidos (para curso integral ou parcial).
- Existência de formação em Cotutela.
- Número de Docentes Visitantes (ou em estágio pós-doutoral) estrangeiros.
- Manter periódico com publicação de autores vinculados a instituições estrangeiras.
1.2. Diagnóstico da área (incluindo a distribuição dos PPG por região, nota e
modalidade).
A distribuição dos PPG por região deve servir de parâmetro para traçar a política de
expansão da área e buscar corrigir distorções, ora isso só pode ser feito considerando a possível
demanda em cada região.
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Na tabela “Distribuição Regional PPGH 2019” vemos que a Região Norte abriga apenas
5% do Total de Cursos, sendo apenas 4% dos Cursos de Doutorado. Nesta região estão os únicos
estados que não possuem PPGH, como já ressaltado anteriormente.
No outro polo vemos que a Região Sudeste possui o maior percentual de cursos, 40% e de
Cursos de Doutorado, 49%.
Os Estados que possuem um maior número de PPGH são: Rio de Janeiro, 25; Rio Grande
do Sul, 14; São Paulo, 13; e Minas Gerais, 12.
O gráfico “PPGH 2019: por nota da Quadrienal 2013-16” mostra que a Área de História,
em 2019, é composta por 71 programas acadêmicos, 12 programas profissionais e conta ainda com
27 polos do ProfHistória.
Pelo gráfico vemos que a Área de História é composta por 81 PPGH assim distribuídos:
2 PPGH nota 7.
4 PPGH nota 6.
17 PPGHs nota 5; sendo 16 acadêmicos e 1 Profissional.
26 PPGHs nota 4; sendo 22 acadêmicos e 4 Profissionais.
25 PPGHs nota 3; sendo 20 acadêmicos e 5 Profissionais.
7 PPGHs novos; sendo 7 acadêmicos e 2 Profissionais.
27 IES associadas do ProfHistória; avaliado como nota 4.
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Esses gráficos evidenciam uma concentração dos PPGH nos estratos inferiores (NOTAS 3
e 4) e um percentual muito baixo de programas de excelência (NOTAS 6 e 7). Ao nosso ver essa
pirâmide de distribuição dos PPGH nos estratos é a principal assimetria da Área de História no
momento.
Entendemos que essa situação é resultado de dois fatores que se articulam entre si. O
primeiro é a pouca clareza dos coordenadores de PPGH sobre os indicadores e parâmetros a serem
aplicados na ficha de avaliação pela Área de História. Os indicadores e as métricas adotadas não
estavam claros e amplamente divulgados para o conjunto da comunidade antes do preenchimento
dos relatórios junto a Plataforma Sucupira. Isso dificultou que os coordenadores de PPGH
informassem o que de fato foi considerado pela comissão de avaliação para produzir a pontuação
de cada programa.
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Outro fator que influenciou esse resultado foi a opção da Área de História de considerar
como indicador de avaliação índices de médias que somente poderiam ser conhecidos ao final do
quadriênio. Entre esses itens, está a produção intelectual. Esse modelo, adotado ao longo de 4
avaliações, elevou de forma insustentável e insuportável as médias da Área de História.
A título de exemplo dessa situação podemos citar que a mediana da produção bibliográfica
na Avaliação Trienal de 2013 foi de 255,60. Ao passo que na Avaliação Quadrienal de 2017 foi
de 419,06. Ainda que dividamos por ano, para equilibrar a avaliação trienal com a quadrienal,
teremos uma mediana anual de 85,2 e 104,77 respectivamente. Observando os 3 PPGH com maior
produção bibliográfica, na última quadrienal, veremos que eles realizaram, respectivamente, média
de produção bibliográfica de: 821,20, 705,45 e 693,95. E ainda assim no conjunto da avaliação
esses mesmos programas obtiveram notas 5, 4 e 4 respectivamente.
Entendemos que esse modelo de avaliação pautado em médias móveis, produzidas após a
apresentação das informações, esgotou a comunidade de historiadores ao mesmo tempo que se
esgotou como modo de avaliação da área.
Desta forma o principal desafio da Área de História no atual quadriênio é, de posse da nova
ficha de avaliação, selecionar indicadores e encontrar métricas que retratem de forma mais
adequada a qualidade do conjunto de ações desenvolvidas pelos os pesquisadores vinculados aos
PPGH. Seja na formação de recursos humanos, seja na sua inserção social e nas suas conexões
internacionais, seja na sua produção técnica e intelectual.
Humanidades e na História pode superar os cinco anos; várias das revistas europeias tradicionais
e de grande reputação na área, demonstram pouca preocupação com o emprego de indexadores.
A Área, por meio dos critérios adotados para o Qualis Periódico, tem contribuído para
estabelecer parâmetros de qualificação para as revistas nacionais.
Assim, recomenda-se que as revistas voltadas para a Área de História busquem:
Cadastrar-se junto à base Google Scholar como forma de gerar e publicizar o “índice h”.
Cadastrar-se junto a bases indexadoras como Portal Periódicos, DOAJ, ROAD, Redalic,
Latindex.
Cadastrar-se junto a bases indexadoras que geram índices de impacto como CiteScore,
Scopus, SJR,
De modo geral, verifica-se que essas recomendações têm sido observadas por um grande
número de periódicos nacionais. No entanto, é evidente que essas recomendações não produzem
nenhum efeito sobre as revistas estrangeiras. Contudo, a tendência é que periódicos nacionais e
estrangeiros sejam avaliados pelos mesmos parâmetros.
2.2. Planejamento dos PPG da área no contexto das instituições de ensino superior.
As IES que possuem corpo docente para formar um PPGH são, de modo geral, aquelas que
mantêm um curso de graduação em história (as exceções são a Fiocruz e a Fundação Getúlio
Vargas). Essas fazem a contratação de um corpo docente eclético na sua formação e na sua
especialização posto que não é preciso mais que dois professores para cada uma das subáreas do
conhecimento (História do Brasil Colônia; História da América; História Contemporânea; Teoria
e Metodologia da História e outras). Desta forma é difícil para um PPGH se especializar em uma
subárea. Desta forma o planejamento dos PPGH no interior da instituição não pode se fazer
descolado do planejamento das graduações em história e de suas necessidades.
Por esta razão hoje o corpo docente de um PPGH, em geral, se articula com base em marcos
teóricos, conceituais ou temáticos. Porém, apesar das limitações da especialização em uma
subárea, considerando a composição do corpo docente dentro de uma mesma IES, seria possível
que PPGH voltados para uma subárea surgissem por meio da associação de duas ou mais IES em
um futuro próximo.
O desenvolvimento da pesquisa histórica nas IES deve levar em consideração os processos
históricos da macrorregião em que está inserido. Assim espera-se que um PPGH na Região Norte,
trate da história da Amazônia e/ou dos povos da floresta, ao passo que um PPGH localizado no
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sertão trate da história das comunidades sertanejas e suas tradições. E das relações desses objetos
com o poder central, com a economia global, com os processos históricos mais amplos.
Para isso os PPGH devem buscar livre acesso aos acervos documentais do seu entorno.
Sejam eles arquivos públicos com a documentação produzida pela máquina estatal, sejam eles
arquivos de instituições como as ordens religiosas, sejam eles de caráter pessoal. Sejam eles em
suporte papel, sejam eles objetos da cultura material ou imaterial.
Recomenda-se que cada PPGH elabore um plano de desenvolvimento próprio, observando
a política de desenvolvimento de sua instituição e as demandas do seu contexto regional para a
pesquisa histórica que oriente as ações no quadriênio.
Espera-se que esse plano tenha objetivos e metas formativas, defina estratégias
operacionais e aponte os resultados a serem alcançados ao final do quadriênio de avaliação.
Também deve estar claro o processo e os critérios de credenciamento docente e de seleção
discente incluindo, neste último, a políticas de permanência implementadas pelo programa e pela
instituição.
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necessidades de formação em recursos humanos da região em que a IES está situada. Tal desafio
também pressupõe o cuidado em não duplicar cursos com o mesmo perfil já existentes numa
mesma região. Outro desafio é tanto propor quanto desenvolver conhecimentos, técnicas ou
processos que exijam conhecimento histórico aplicado que resultem em trabalhos finais coerentes
com a proposta de formação profissional, diferenciando-se do trabalho final de um curso de
mestrado acadêmico de História, por exemplo.
A partir de 2017, aos mestrados profissionais consolidados e com conceito 4 apresentam-
se também desafios de outras ordens, como, por exemplo, aqueles relacionados a propostas de
cursos de doutorados profissionais. A área vê como positiva a expansão dessa modalidade também
para esse nível de formação. Contudo, espera-se que os cursos de doutorado profissional em
História demarquem objetivamente e de modo adensado suas diferenças em relação aos cursos de
Mestrado Profissional e de Doutorado Acadêmico já ofertados. Compreende-se que os
profissionais formados nesse âmbito tenham condições não apenas de construir conhecimentos
inovadores, mas principalmente de aplicá-los na resolução de problemas que atendam demandas
sociais relevantes, envolvendo ou não instituições/organizações públicas ou privadas. Nesse
sentido, o trabalho final de um curso de doutorado, além de ser aderente aos objetivos, perfil do
egresso e áreas de atuação propostas, deve, independentemente do formato assumido, possuir
caráter propositivo e/ou de intervenção como forma de responder a um determinado
problema/situação observado. Tal proposição/intervenção deve ser, ainda, objeto de reflexão
densa, sendo o trabalho final circunstanciado por investigação e análise original e fundamentada,
com evidência de empiria, revisão bibliográfica abrangente (incluindo, se relevante, estudos
internacionais), mobilização de metodologias e conceitos/categorias pertinentes.
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