Вы находитесь на странице: 1из 21

Ministério da Educação (MEC)

Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)


Diretoria de Avaliação (DAV)
40.hist@capes.gov.br

Documento de Área

Área 40:

História

Coordenador da Área: Claudio Henrique de Moraes Batalha


Coordenador Adjunto de Programas Acadêmicos: Ricardo de Aguiar Pacheco
Coordenadora de Programas Profissionais: Cristiani Bereta da Silva

2019

0
Ministério da Educação (MEC)
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)
Diretoria de Avaliação (DAV)
40.hist@capes.gov.br

Sumário

1 CONSIDERAÇÕES SOBRE O ESTADO DA ARTE DA ÁREA.............................. 2


1.1. Tendências, apreciações, orientações.................................................................... 2
1.2. Diagnóstico da área (incluindo a distribuição dos PPGs por região, nota e
modalidade)..................................................................................................................... 7
1.3. A interdisciplinaridade na área.............................................................................. 10

2 CONSIDERAÇÕES SOBRE O FUTURO DA ÁREA................................................ 11


2.1. Inovações, transformações e propostas................................................................. 11
2.2. Planejamento dos PPG da área no contexto das instituições de ensino superior 12
2.3. Adoção da autoavaliação como parte da avaliação dos PPG................................ 13
2.4. Perspectivas de impacto dos PPG da área na sociedade....................................... 14
2.5. Perspectivas do processo de internacionalização dos PPG................................... 14
2.6. Perspectivas de redução de assimetrias regionais e intrarregionais...................... 15
2.7. Visão da área sobre fusão, desmembramento e migração de PPG........................ 16
2.8. Visão da área sobre a modalidade à distância....................................................... 16
2.9. Visão da área sobre a modalidade profissional..................................................... 17
2.10. Medidas de indução de interação com a educação básica ou outros setores da 18
sociedade.........................................................................................................................
2.11. Visão da área sobre formas associativas................................................................ 19
2.12. Visão da área sobre mecanismos de solidariedade (Minter/Dinter e Turma Fora
de Sede).......................................................................................................................... 20

1
Ministério da Educação (MEC)
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)
Diretoria de Avaliação (DAV)
40.hist@capes.gov.br

1 CONSIDERAÇÕES SOBRE O ESTADO DA ARTE DA ÁREA


A elaboração deste documento visa fornecer um panorama do estado atual da Pós-
graduação na Área de História, mostrar seu desenvolvimento ao longo do tempo e apontar
tendências.

Um tema de preocupação na Área de História é que a oferta de bolsas de estudo não tem
acompanhado o ritmo de expansão da Pós-Graduação, oferta que foi fundamental nas últimas
décadas para a construção da Pós-Graduação na Área de História, o que impacta tanto a expansão
a partir daqui quanto a consolidação dos programas existes nos próximos anos.Com base nesse
cenário são elaboradas indicações para o planejamento e as ações dos PPGH no quadriênio em
curso.

1.1. Tendências, apreciações, orientações.


1.1.1. Tendências
A Pós-Graduação em História, tal como a conhecemos hoje, teve início nos primeiros anos
da década de 1970. Até o final daquela década foram criados 11 mestrados e 2 doutorados (ambos
na USP). Novos mestrados e doutorados foram criados na década seguinte e desse modo entre as
décadas de 1980 e de 1990 consolidou-se a Pós-Graduação em História, em grande parte resultante
da política de concessão de bolsas de estudo.
No ano de 2003 a Área teve o Mestrado Profissional aprovado, que abriu uma nova
perspectiva de formação em nível de Pós-graduação em História. Em 2014 teve início o
ProfHistória voltado a qualificação de professores de História que atuam na Educação Básica.
Desde o início da Pós-Graduação em História até a última aprovação de novos cursos,
ocorrida em 2018, a área cresceu consideravelmente passando de 7 programas (7 mestrados e 2
doutorados) em 1973 a 86 programas em 2019.

2
Ministério da Educação (MEC)
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)
Diretoria de Avaliação (DAV)
40.hist@capes.gov.br

Gráfico 1: Crescimento dos Cursos da Área de História

Fonte: Elaborado pela área a partir de dados disponíveis em capes.gov.br

Esse crescimento vem acompanhado de um processo de expansão nacional da área,


passando a atingir a maior parte dos estados e de interiorização, isto é, ao longo do tempo
programas foram implantados fora das capitais dos estados.
Atualmente apenas quatro estados não possuem mestrados acadêmicos em História, todos
na região Norte (Acre, Rondônia, Roraima e Tocantins). Ao passo, que oito estados das regiões
Norte e Nordeste não possuem doutorados em História, além dos quatro anteriormente
mencionados, esses estados são: Amapá, Alagoas, Sergipe e Paraíba.
Segundo dados da Plataforma Sucupira, no ano de 2018, estavam ligados à Área de
História: 81 Programas de Pós-graduação em História (PPGHs.
Esses PPGH são responsáveis por 126 cursos. Sendo: 74 Cursos de Mestrado Acadêmico,
45 Cursos de Doutorado, 10 Cursos de Mestrados profissionais, sendo um deles ProfHistória,
Mestrado em Rede Nacional, com 27 IES associadas.

3
Ministério da Educação (MEC)
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)
Diretoria de Avaliação (DAV)
40.hist@capes.gov.br

Tabela 1: Área de Pós-graduação em História

Fonte: sucupira.capes.gov.br

Parte significativa dessa expansão inicial da Pós-Graduação pode ser atribuída à oferta de
bolsas pelas agências de fomento (CAPES, CNPq, FAPs estaduais) e aos aportes financeiros aos
programas pela CAPES. No entanto, nos últimos anos essa expansão tem prosseguido sem que
tenha ocorrido uma ampliação proporcional de recursos e bolsas destinados aos PPG.
Os programas se desenvolveram abrigando Áreas de Concentração e Linhas de Pesquisa
distintas entre os programas. Verifica-se nos últimos anos uma tendência ao surgimento de
programas mais especializados em termos de recortes temáticos ou regionais, fugindo de áreas de
concentração genéricas como simplesmente em História. Esse fenômeno pode ser atribuído a dois
movimentos distintos: de um lado, o amadurecimento da área e a aproximação de padrões adotadas
internacionalmente; de outro lado, a cobrança na área para que novos cursos procurem demonstrar
sua originalidade e diferenciação teórico-metodológica ou temática com respeito àqueles já
existentes nas Área de Concentração e Linhas de Pesquisa.

4
Ministério da Educação (MEC)
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)
Diretoria de Avaliação (DAV)
40.hist@capes.gov.br

1.1.2. Orientações
No atual quadriênio está em vigor a nova Ficha de Avaliação que irá observar 3 itens:
Proposta do Programa, Formação, Impacto na sociedade. A Coordenação de Área a partir dos
debates do CTC aponta alguns indicadores pertinentes a essa avaliação.
Sobre a “Proposta do Programa” a Área de História entende que as Áreas de Concentração
devem explicitar os marcos teórico-metodológicos que orientam as investigações no seu interior.
As linhas de Pesquisa devem apontar seu recorte espaço-temporais e/ou temáticos; os conceitos
articuladores; e os marcos teóricos.
O corpo docente dos cursos acadêmicos deve ter, no mínimo, 10 Docentes Permanentes
para os cursos de mestrado e os programas com mestrado e doutorado devem ter, no mínimo, 15
Docentes Permanentes. O corpo docente dos mestrados e doutorados profissionais devem ter, no
mínimo, 10 Docentes Permanentes. Esse corpo docente pode ter até 30% de docentes formados
outras áreas ligadas a Área de Concentração do programa. O corpo docente deve mesclar, dentro
do possível, docentes com experiência, mais de 5 anos de doutorado, com jovens doutores (mesmo
que em regime de pós-doutorado). Deve-se evitar mais de 50% dos docentes formados na mesma
instituição. Valoriza-se a presença de bolsistas PQ e semelhantes.
Espera-se que cada PPGHs estabeleça um planejamento estratégico para a quadrienal que
defina claramente: metas e estratégias para a qualificação da sua formação e da sua inserção social
e sua internacionalização. Junto a isso deve estar ligado a descrição do processo de auto avaliação
que irá verificar a realização das metas traçadas.
Em relação a “Formação” a Área de História propõe que os programas tenham como
objetivo titular ao menos metade dos ingressos no tempo médio de 30 meses para o mestrado e 52
para o doutorado. Que ao menos 80% das bancas tenham membro externo qualificado para o tema.
E que exista e seja aplicado regulamento de distribuição das bolsas fornecidas pela CAPES com
critérios claros e exequíveis.
Espera que cada PPGH apresente o levantamento da produção intelectual de seus discentes
e de seus egressos (entendido como os titulados nos últimos 5 anos), da mesma forma espera-se a
apresentação da trajetória de ao menos três egressos, após sua formação, que evidenciem sua
inserção na vida acadêmica e/ou profissional.
Espera-se que a produção intelectual de cada membro do corpo docente de cada PPGH
tenha, individualmente, produção bibliográfica e técnica. Que a maior parte ofereça disciplinas na
graduação e esteja inserido em grupos de pesquisa externos ao programa.
5
Ministério da Educação (MEC)
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)
Diretoria de Avaliação (DAV)
40.hist@capes.gov.br

Espera-se que cada membro do corpo docente se envolva nas atividades formativas do
programa. Espera-se que ao longo do quadriênio cada docente, individualmente: mantenha projeto
de pesquisa em desenvolvimento; lecione ao menos uma disciplina no programa; tenha ao menos
duas orientações; leve ao menos um discente a defesa; e mantenha ao menos uma orientação na
graduação.
No que toca ao “Impacto na sociedade” a Área de História espera que cada PPGH tenha
uma produção bibliográfica qualificada e uma produção técnica relevante para o campo da
produção historiográfica.
Espera-se ainda que cada programa tenha ao menos um docente que desenvolva uma ação
junto a educação básica. Ao menos um docente que desenvolva uma ação relevante junto a
entidades da sociedade civil. Ao menos um docente que atue junto a uma instituição pública. Neste
tema também é valorizada a presença de editores de Periódicos científicos e de políticas
afirmativas.
No que toca à internacionalização a Área de História espera que cada PPGH desenvolva ao
longo do quadriênio, iniciativas tais como: publicações em periódicos qualificados no exterior;
palestras e/ou conferências de docentes como convidados no exterior; realização de estágios no
exterior pelos docentes; recepção de alunos estrangeiro como visitante ou em cotutela.
Por fim espera-se que cada PPGH dê visibilidade a suas ações e sua produção mantendo
um website que contenha informações como: descrição da Área de Concentração e Linha de
Pesquisa; Perfil dos docentes; lista dos discentes e egressos; acesso a dissertações e teses
defendidas; critérios de seleção e de credenciamento; página com informações em inglês e/ou
outro idioma.
Os PPGH que desejam se credenciar a receber as notas 6 e 7 devem apresentar com maior
detalhe as suas ações de internacionalização. A atribuição da nota 6 e 7 será focada na avaliação
desses itens (sem desconsiderar os anteriores).
Pede-se a esses que listem uma a uma as ações realizadas no exterior como:
- Número de Docente Permanente com liderança ou participação em projetos em rede
internacional que apresentem durabilidade (maior de 4 anos).
- Existência de Projetos de Pesquisa com equipes internacionais com financiamento
nacional.
- Número de Docente Permanente com publicações no exterior (individual ou em
coautoria).
6
Ministério da Educação (MEC)
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)
Diretoria de Avaliação (DAV)
40.hist@capes.gov.br

- Número de Docente Permanente com conferências em eventos no Exterior.


- Número de Docente Permanente com Estágio Pós-Doc no Exterior.

Pede-se a esses que listem uma a uma as ações realizadas por estrangeiros no PPGH:
- Professor visitante estrangeiro.
- Existência de Projetos de Pesquisa com financiamento internacional.
- Número de Discentes estrangeiros recebidos (para curso integral ou parcial).
- Existência de formação em Cotutela.
- Número de Docentes Visitantes (ou em estágio pós-doutoral) estrangeiros.
- Manter periódico com publicação de autores vinculados a instituições estrangeiras.

1.2. Diagnóstico da área (incluindo a distribuição dos PPG por região, nota e
modalidade).
A distribuição dos PPG por região deve servir de parâmetro para traçar a política de
expansão da área e buscar corrigir distorções, ora isso só pode ser feito considerando a possível
demanda em cada região.

Tabela 2: Distribuição Regional PPGH 2019


Distribuição Regional - PPGH 2019
Região Total de % ME % MP % DO %
Cursos
N 7 5% 4 5% 1 8% 2 4%
NE 28 21% 18 25% 3 25% 7 15%
SD 53 40% 26 36% 4 33% 23 49%
CO 13 10% 7 10% 2 17% 4 9%
S 31 23% 18 25% 2 17% 11 23%
Brasil 132 100% 73 100% 12 100% 47 100%
Fonte: sucupira.capes.gov.br

7
Ministério da Educação (MEC)
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)
Diretoria de Avaliação (DAV)
40.hist@capes.gov.br

Na tabela “Distribuição Regional PPGH 2019” vemos que a Região Norte abriga apenas
5% do Total de Cursos, sendo apenas 4% dos Cursos de Doutorado. Nesta região estão os únicos
estados que não possuem PPGH, como já ressaltado anteriormente.
No outro polo vemos que a Região Sudeste possui o maior percentual de cursos, 40% e de
Cursos de Doutorado, 49%.
Os Estados que possuem um maior número de PPGH são: Rio de Janeiro, 25; Rio Grande
do Sul, 14; São Paulo, 13; e Minas Gerais, 12.
O gráfico “PPGH 2019: por nota da Quadrienal 2013-16” mostra que a Área de História,
em 2019, é composta por 71 programas acadêmicos, 12 programas profissionais e conta ainda com
27 polos do ProfHistória.
Pelo gráfico vemos que a Área de História é composta por 81 PPGH assim distribuídos:
2 PPGH nota 7.
4 PPGH nota 6.
17 PPGHs nota 5; sendo 16 acadêmicos e 1 Profissional.
26 PPGHs nota 4; sendo 22 acadêmicos e 4 Profissionais.
25 PPGHs nota 3; sendo 20 acadêmicos e 5 Profissionais.
7 PPGHs novos; sendo 7 acadêmicos e 2 Profissionais.
27 IES associadas do ProfHistória; avaliado como nota 4.

Gráfico 2: PPGH 2019: por nota da Quadrienal 2013-16

8
Ministério da Educação (MEC)
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)
Diretoria de Avaliação (DAV)
40.hist@capes.gov.br

O gráfico “Divisão dos PPGH” evidencia a divisão da Área de História em 3 grandes


grupos:
os PPGH nota 7, 6 somam 6 programas (7%);
os PPGH nota 4 e 5 somam 43 programas (52%);
os PPGH nota 3 e os novos são 34 programas (41%);

Gráfico 3: Divisão dos PPGH

Esses gráficos evidenciam uma concentração dos PPGH nos estratos inferiores (NOTAS 3
e 4) e um percentual muito baixo de programas de excelência (NOTAS 6 e 7). Ao nosso ver essa
pirâmide de distribuição dos PPGH nos estratos é a principal assimetria da Área de História no
momento.
Entendemos que essa situação é resultado de dois fatores que se articulam entre si. O
primeiro é a pouca clareza dos coordenadores de PPGH sobre os indicadores e parâmetros a serem
aplicados na ficha de avaliação pela Área de História. Os indicadores e as métricas adotadas não
estavam claros e amplamente divulgados para o conjunto da comunidade antes do preenchimento
dos relatórios junto a Plataforma Sucupira. Isso dificultou que os coordenadores de PPGH
informassem o que de fato foi considerado pela comissão de avaliação para produzir a pontuação
de cada programa.

9
Ministério da Educação (MEC)
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)
Diretoria de Avaliação (DAV)
40.hist@capes.gov.br

Outro fator que influenciou esse resultado foi a opção da Área de História de considerar
como indicador de avaliação índices de médias que somente poderiam ser conhecidos ao final do
quadriênio. Entre esses itens, está a produção intelectual. Esse modelo, adotado ao longo de 4
avaliações, elevou de forma insustentável e insuportável as médias da Área de História.
A título de exemplo dessa situação podemos citar que a mediana da produção bibliográfica
na Avaliação Trienal de 2013 foi de 255,60. Ao passo que na Avaliação Quadrienal de 2017 foi
de 419,06. Ainda que dividamos por ano, para equilibrar a avaliação trienal com a quadrienal,
teremos uma mediana anual de 85,2 e 104,77 respectivamente. Observando os 3 PPGH com maior
produção bibliográfica, na última quadrienal, veremos que eles realizaram, respectivamente, média
de produção bibliográfica de: 821,20, 705,45 e 693,95. E ainda assim no conjunto da avaliação
esses mesmos programas obtiveram notas 5, 4 e 4 respectivamente.
Entendemos que esse modelo de avaliação pautado em médias móveis, produzidas após a
apresentação das informações, esgotou a comunidade de historiadores ao mesmo tempo que se
esgotou como modo de avaliação da área.
Desta forma o principal desafio da Área de História no atual quadriênio é, de posse da nova
ficha de avaliação, selecionar indicadores e encontrar métricas que retratem de forma mais
adequada a qualidade do conjunto de ações desenvolvidas pelos os pesquisadores vinculados aos
PPGH. Seja na formação de recursos humanos, seja na sua inserção social e nas suas conexões
internacionais, seja na sua produção técnica e intelectual.

1.3. A interdisciplinaridade na área.


A Área de História tem na utilização de ferramentas teóricas e conceituais de outras áreas
uma de suas características.
Os PPGH costumam credenciar Doutores em outras áreas do conhecimento que dialogam
com suas linhas de pesquisa. Em particular a antropologia, sociologia, literatura, economia, entre
outras. Há PPGH que têm a dimensão interdisciplinar ainda mais acentuada por sua ênfase em
campos de pesquisa nos quais atuam diversas áreas, a exemplo do Programa de Pós-Graduação
em História das Ciências e da Saúde da Fundação Oswaldo Cruz.
Incentivando essa prática interdisciplinar a Coordenação de Área entende que até 30% dos
docentes permanentes podem ser formados em outras áreas. Ao mesmo tempo considera que os
70% de docentes permanentes com formação em História, podem tê-la apenas em um nível de
formação (graduação, mestrado ou doutorado).
10
Ministério da Educação (MEC)
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)
Diretoria de Avaliação (DAV)
40.hist@capes.gov.br

2 CONSIDERAÇÕES SOBRE O FUTURO DA ÁREA


2.1. Inovações, transformações e propostas
A Área de História tem acompanhado as tendências internacionais da pesquisa
incorporando em suas Áreas de Concentração e Linhas de Pesquisa temáticas, conceitos analíticos
e abordagens teóricas atualizadas e em correspondências aos grandes centros de pesquisa.
Em 2018 estavam ativas 236 linhas de pesquisa. Termos associados aos problemas de
pesquisa mais contemporâneos da pesquisa histórica mundial estão inscritos nos nomes da maior
parte das linhas de pesquisa. São eles: cultura, com 82 ocorrências; sociedade, com 30; poder, com
38; Ensino com 13 ocorrências. Termos mais clássicos da pesquisa histórica apresentam menor
incidência. São eles: política, com 37 ocorrências; Estado, com 4; economia com 4;
A tendência para a Área de História é que programas - novos e em funcionamento -
nomeiem e descrevam de forma clara e fundamentada sua Área de Concentração e suas Linhas de
Pesquisa destacando: o marco teórico-metodológico que a caracteriza; a espaço-temporal e/ou
temática em que está focada; os conceitos articuladores das pesquisas.
Entende-se que os cursos tenham disciplinas vinculadas à Área de Concentração e as
Linhas de Pesquisa. Que utilizem referências bibliográficas que deem conta de livros clássicos
para a temática e/ou abordagem e de livros e artigos científicos recentes.
Recomenda-se que as propostas de cursos dos programas busquem evidenciar qual a
relação das pesquisas históricas desenvolvidas com o contexto regional em que o programa está
inserido e com os acervos documentais disponíveis aos seus pesquisadores.
Dessa forma espera-se que o PPGH forme um profissional com bagagem teórica e
metodológica suficiente para atuar com autonomia intelectual na solução de problemas complexos
com campo da pesquisa histórica.
Um dos principais desafios enfrentados pela área de História, assim como pelo conjunto
das Humanidades, é de encontrar formas adequadas de classificar periódicos para gerar o Qualis
Periódico da área. Parâmetros e métricas adotados por outras grandes áreas, como a classificação
a partir do fator de impacto fornecido por um ou mais indexadores, mostra-se pouco adequada e
mesmo desastrosa para as Humanidades em geral e para a História em particular, como
demonstram todas as projeções já realizadas.
Há diversas explicações para que isso ocorra, entre elas: a publicação em língua inglesa
não constitui um padrão ou um critério de qualidade para a maioria das áreas das Humanidades,
incluindo a História; o tempo decorrido para que um artigo gere impacto é mais longo nas
11
Ministério da Educação (MEC)
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)
Diretoria de Avaliação (DAV)
40.hist@capes.gov.br

Humanidades e na História pode superar os cinco anos; várias das revistas europeias tradicionais
e de grande reputação na área, demonstram pouca preocupação com o emprego de indexadores.
A Área, por meio dos critérios adotados para o Qualis Periódico, tem contribuído para
estabelecer parâmetros de qualificação para as revistas nacionais.
Assim, recomenda-se que as revistas voltadas para a Área de História busquem:
Cadastrar-se junto à base Google Scholar como forma de gerar e publicizar o “índice h”.
Cadastrar-se junto a bases indexadoras como Portal Periódicos, DOAJ, ROAD, Redalic,
Latindex.
Cadastrar-se junto a bases indexadoras que geram índices de impacto como CiteScore,
Scopus, SJR,
De modo geral, verifica-se que essas recomendações têm sido observadas por um grande
número de periódicos nacionais. No entanto, é evidente que essas recomendações não produzem
nenhum efeito sobre as revistas estrangeiras. Contudo, a tendência é que periódicos nacionais e
estrangeiros sejam avaliados pelos mesmos parâmetros.

2.2. Planejamento dos PPG da área no contexto das instituições de ensino superior.
As IES que possuem corpo docente para formar um PPGH são, de modo geral, aquelas que
mantêm um curso de graduação em história (as exceções são a Fiocruz e a Fundação Getúlio
Vargas). Essas fazem a contratação de um corpo docente eclético na sua formação e na sua
especialização posto que não é preciso mais que dois professores para cada uma das subáreas do
conhecimento (História do Brasil Colônia; História da América; História Contemporânea; Teoria
e Metodologia da História e outras). Desta forma é difícil para um PPGH se especializar em uma
subárea. Desta forma o planejamento dos PPGH no interior da instituição não pode se fazer
descolado do planejamento das graduações em história e de suas necessidades.
Por esta razão hoje o corpo docente de um PPGH, em geral, se articula com base em marcos
teóricos, conceituais ou temáticos. Porém, apesar das limitações da especialização em uma
subárea, considerando a composição do corpo docente dentro de uma mesma IES, seria possível
que PPGH voltados para uma subárea surgissem por meio da associação de duas ou mais IES em
um futuro próximo.
O desenvolvimento da pesquisa histórica nas IES deve levar em consideração os processos
históricos da macrorregião em que está inserido. Assim espera-se que um PPGH na Região Norte,
trate da história da Amazônia e/ou dos povos da floresta, ao passo que um PPGH localizado no
12
Ministério da Educação (MEC)
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)
Diretoria de Avaliação (DAV)
40.hist@capes.gov.br

sertão trate da história das comunidades sertanejas e suas tradições. E das relações desses objetos
com o poder central, com a economia global, com os processos históricos mais amplos.
Para isso os PPGH devem buscar livre acesso aos acervos documentais do seu entorno.
Sejam eles arquivos públicos com a documentação produzida pela máquina estatal, sejam eles
arquivos de instituições como as ordens religiosas, sejam eles de caráter pessoal. Sejam eles em
suporte papel, sejam eles objetos da cultura material ou imaterial.
Recomenda-se que cada PPGH elabore um plano de desenvolvimento próprio, observando
a política de desenvolvimento de sua instituição e as demandas do seu contexto regional para a
pesquisa histórica que oriente as ações no quadriênio.
Espera-se que esse plano tenha objetivos e metas formativas, defina estratégias
operacionais e aponte os resultados a serem alcançados ao final do quadriênio de avaliação.
Também deve estar claro o processo e os critérios de credenciamento docente e de seleção
discente incluindo, neste último, a políticas de permanência implementadas pelo programa e pela
instituição.

2.3. Adoção da autoavaliação como parte da avaliação dos PPG.


Cada programa deverá propor um sistema de autoavaliação que acompanhe a qualidade e
seu desempenho. Deve observar a formação que oferece, o conhecimento produzido, dos seus
impactos científico, político, educacional, econômico e social.
O foco deverá incidir sobre a formação discente sob a perspectiva da inserção social,
científica e profissional, e assim o monitoramento sistemático no diálogo com os egressos será de
importância central.
Os procedimentos para a definição da sistemática de avaliação de cada programa deverão
estar de acordo com as orientações da CAPES para a autoavaliação, assim como com a(s)
sistemática(s) de cada IES.
Para mais informações a respeito das etapas propostas, a Área recomenda consultar o
documento da CAPES sobre autoavaliação, localizado no endereço:
http://www.capes.gov.br/images/novo_portal/documentos/DAV/avaliacao/06032019_Relat%C3
%B3rio_Final_Autoavalia%C3%A7%C3%A3o.pdf

13
Ministério da Educação (MEC)
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)
Diretoria de Avaliação (DAV)
40.hist@capes.gov.br

2.4. Perspectivas de impacto dos PPG da área na sociedade.


A Área de História tem por tradição estabelecer intensas relações com organizações da
sociedade civil, com instituições estatais e com a Educação Básica.
Assim são valorizadas pela Área a presença de docentes que estabeleçam ações junto a
educação básica tais como capacitação de professores, produção de materiais didáticos, realização
de palestras de divulgação científica.
Também se valoriza ações junto a organizações da sociedade civil como associações de
classe, entidades representativas, organizações não-governamentais tais como assessorias,
produção de estudos solicitados, realização de trabalhos técnicos e formativos.
É também reconhecido e valorizado São também reconhecidas e valorizadas as atuações
de docentes dos programas da administração pública como secretarias de governo, institutos,
museus, e conselhos desenvolvendo atividades como atendimento de editais, desenvolvimento de
projetos, coordenação de equipes entre outros.
Também se valoriza os programas que contribuem para a divulgação científica
promovendo ações que promovam a divulgação do conhecimento histórico, academicamente
embasado, em diferentes formatos e linguagens. Seja pela ação de seus docentes como de seus
discentes e egressos. Se visualiza nesse campo a organização de eventos não acadêmicos, o apoio
a realização de materiais de divulgação, a manutenção de canais de mídia voltados a divulgação
científica do conhecimento histórico.

2.5. Perspectivas do processo de internacionalização dos PPG


A Área de História recomenda que os PPGH participem dos programas e convênios de
cooperação internacional firmados pela CAPES com diversos países visando firmar projetos e
ações de internacionalização.
Maiores informações consultar:
http://www.capes.gov.br/pt/cooperacao-internacional
A Coordenação de Área entende, sem prejuízo a outras, que as principais ações de
internacionalização são:
A participação de Docentes Permanentes em Programas Institucionais e projetos de
pesquisa em rede, com ou sem financiamento, que envolvam instituições internacionais;
A publicação de Docentes Permanentes, de artigos, livros ou capítulos no exterior, em
língua estrangeira;
14
Ministério da Educação (MEC)
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)
Diretoria de Avaliação (DAV)
40.hist@capes.gov.br

A realização de Docentes Permanentes, como convidados, de palestras e/ou conferências


no exterior;
A atuação de Docentes Permanentes como professores visitantes em Instituições
Estrangeiras e/ou tenham feito estágio pós-doutoral no exterior;
A existência de discentes em cotutela e intercambistas estrangeiros no Programa.

2.6. Perspectivas de redução de assimetrias regionais e intrarregionais.


Como em outras áreas, há uma notória carência de programas de pós-graduação na região
Norte e a busca de solução para essa questão deve ser preocupação importante no planejamento
da Área.
Outra grande assimetria na Área de História é o baixo número de programas com nota 7 e
6 (2 e 4 PPGH respectivamente) em contraposição a um grande número de programas com nota 3
e 4 (34 e 26 PPGH respectivamente).
Embora seja próprio do sistema de pós-graduação a existência de poucos programas nos
estratos superiores é difícil de entender que programas muito antigos e com alto grau de
internacionalização, publicamente reconhecidos como de excelência, tenham dificuldade em estar
nas melhores posições. Assim como é difícil aceitar que os programas formados a uma década
ainda permaneçam em baixos estratos (7 PPGH estão nessa situação).
Entendemos que essa situação decorre de processos de avaliação que focaram em excesso
em aspectos quantitativos da produtividade da área, o que era justificável naquele momento, e da
desinformação dos coordenadores dos PPGH sobre os processos e os critérios de avaliação.
A Coordenação da Área tem atuado junto aos coordenadores de PPGH para que entendam
melhor o processo de avaliação. Ao mesmo tempo tem debatido com a comunidade acadêmica os
indicadores e os parâmetros de avaliação. Espera-se que a comunidade dos pesquisadores
vinculados aos PPGH entenda o processo de avaliação. E que cada coordenador melhore a
qualidade das informações prestadas destacando os elementos qualitativos que qualificam o
programa.
Com melhores registros do conjunto de atividades realizadas pelos PPGH esperamos
mudar os percentuais de PPGH em cada nota minimizando a principal assimetria da Área de
História e chegando a uma distribuição interna que melhor represente a área.

15
Ministério da Educação (MEC)
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)
Diretoria de Avaliação (DAV)
40.hist@capes.gov.br

2.7. Visão da área sobre fusão, desmembramento e migração de PPG


A área não apoia a fragmentação de PPGH já existentes ou a proposição de um segundo
programa da mesma modalidade (acadêmico ou profissional) em instituição que já tenha um
programa na Área de História. Caso um grupo de docentes qualificados veja essa necessidade deve
apresentar proposta muito bem justificada, evidenciando a impossibilidade de desenvolvimento
científico de uma temática específica no interior do programa já existente.
Por outro, lado a Área propõe que os programas que estão na mesma instituição avaliem a
possibilidade de fusão com a perspectiva de unir forças e recursos materiais.
A Área de História tem poucas instituições com duplicidade de PPGH: USP, UFRJ, FGV,
UERJ, UFG, UFRN, UNEB, UNESP. A Área de História sugere aos PPGH dessas instituições
que verifiquem a possibilidade prática de unificação na perspectiva de compartilhar recursos e
otimizar esforços.
No que diz respeito à unificação de programas, de acordo com alegislação vigente sobre o
tema, nesses casos será mantida a nota do programa mais bem avaliado. Por sua vez, a Área de
História se compromete a ponderar positivamente esse esforço ao final da avaliação da atual
quadrienal.

2.8. Visão da área sobre a modalidade a distância.


Nos termos da legislação em vigor é possível a proposição de Cursos de mestrado e
doutorado (este somente após um ciclo completo de avaliação no mestrado), acadêmico ou
profissional, na modalidade a distância.
A Área de História não tem experiência nessa modalidade de ensino, mas entende que
apenas as IES que possuem cursos de Pós-graduação em História presenciais, que passaram por
duas avaliações e que têm avaliação Muito Boa na produção intelectual, podem manter cursos na
modalidade a distância.
Além disso, em face das características dos processos de produção científica na área de
história, entende que, além de docentes orientadores com o título de doutor, os tutores nos polos
também deve ter o título do doutor.
A Área de História entende a possibilidade de disciplinas realizadas a distância não exime
os cursos na modalidade EaD de promover atividades presenciais como a manipulação de acervos,
bancas de qualificação de projeto e defesa de dissertação e tese.

16
Ministério da Educação (MEC)
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)
Diretoria de Avaliação (DAV)
40.hist@capes.gov.br

2.9. Visão da área sobre a modalidade profissional.


A significativa expansão da pós-graduação no Brasil, ocorrida nas últimas duas décadas,
fez surgir também a modalidade de cursos profissionais como grande novidade. Na área de História
a experiência tem se mostrado rica e com potencial significativo de inovação, principalmente no
campo do Ensino de História, formação docente e Patrimônio, bem como subsídio à construção
e/ou implantação de políticas públicas variadas.
Em 2019, a área conta com 12 mestrados profissionais, sendo um deles em rede nacional,
o ProfHistória. O mestrado mais antigo em funcionamento é o da Fundação Getúlio Vargas (FGV),
aprovado em 2003, cuja área de concentração é “História, política e bens culturais”. Os mais
recentes, aprovados em 2018, e ainda em fase de implantação, são da Universidade Estadual de
Goiás e da Universidade Federal de Tocantins. Os 11 mestrados profissionais isolados estão
presentes em todas as regiões do país. A maioria desses cursos está concentrada nas regiões
Sudeste e Nordeste, seguida das regiões Sul e Centro-Oeste. A região Norte teve o primeiro curso
de mestrado aprovado, em 2018, na Universidade Federal de Tocantins (Ver Tabela 2: Distribuição
Regional PPGHs 2019). Tais dados sugerem que há espaço na área para maior expansão dos
profissionais.
O ProfHistória, voltado aos docentes de História da Educação Básica, possuía até 2018 27
IES associadas, considerando também a instituição que coordena o Programa, a Universidade
Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
As áreas de concentração e linhas de pesquisa da maioria dos 12 mestrados profissionais
existentes concentram-se em eixos ou temas correlatos ao ensino de História e formação docente
por um lado e, por outro, em patrimônio e bens culturais. Há projetos, porém, que buscam
delimitações mais específicas, evidenciando preocupação em atender a demandas relativas ao seu
público alvo e/ou região em que o curso é ofertado, como por exemplo, o mestrado da
Universidade Federal de Alfenas, cuja área de concentração é “Ensino e Pesquisa de História
Ibérica”, da Universidade Federal do Recôncavo Baiano, que desenvolve sua proposta relacionada
a “História da África, da Cultura Negra e dos Povos Indígenas” e o recém aprovado mestrado da
Universidade Federal do Tocantins que volta-se para “História e Cultura das Populações
Amazônicas”.
Como já anunciado há espaço para expansão de cursos de mestrados profissionais. O
desafio é construir propostas que sejam ao mesmo tempo coerentes com as especificidades
requeridas de um curso nessa modalidade, com aquelas esperadas da área de História e com as
17
Ministério da Educação (MEC)
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)
Diretoria de Avaliação (DAV)
40.hist@capes.gov.br

necessidades de formação em recursos humanos da região em que a IES está situada. Tal desafio
também pressupõe o cuidado em não duplicar cursos com o mesmo perfil já existentes numa
mesma região. Outro desafio é tanto propor quanto desenvolver conhecimentos, técnicas ou
processos que exijam conhecimento histórico aplicado que resultem em trabalhos finais coerentes
com a proposta de formação profissional, diferenciando-se do trabalho final de um curso de
mestrado acadêmico de História, por exemplo.
A partir de 2017, aos mestrados profissionais consolidados e com conceito 4 apresentam-
se também desafios de outras ordens, como, por exemplo, aqueles relacionados a propostas de
cursos de doutorados profissionais. A área vê como positiva a expansão dessa modalidade também
para esse nível de formação. Contudo, espera-se que os cursos de doutorado profissional em
História demarquem objetivamente e de modo adensado suas diferenças em relação aos cursos de
Mestrado Profissional e de Doutorado Acadêmico já ofertados. Compreende-se que os
profissionais formados nesse âmbito tenham condições não apenas de construir conhecimentos
inovadores, mas principalmente de aplicá-los na resolução de problemas que atendam demandas
sociais relevantes, envolvendo ou não instituições/organizações públicas ou privadas. Nesse
sentido, o trabalho final de um curso de doutorado, além de ser aderente aos objetivos, perfil do
egresso e áreas de atuação propostas, deve, independentemente do formato assumido, possuir
caráter propositivo e/ou de intervenção como forma de responder a um determinado
problema/situação observado. Tal proposição/intervenção deve ser, ainda, objeto de reflexão
densa, sendo o trabalho final circunstanciado por investigação e análise original e fundamentada,
com evidência de empiria, revisão bibliográfica abrangente (incluindo, se relevante, estudos
internacionais), mobilização de metodologias e conceitos/categorias pertinentes.

2.10. Medidas de indução de interação com a educação básica ou outros setores da


sociedade.
Nas últimas décadas observa-se que os PPGH ampliaram iniciativas objetivando maior
articulação com a educação básica, algo visto como muito positivo pela Área de História.
Podemos indicar como iniciativas nesse sentido:
Abertura de linhas de pesquisa voltadas ao Ensino de História em programas acadêmicos;
Desenvolvimento de pesquisa, articulados a projetos de extensão, que envolvem a
educação básica como objeto de investigação e/ou campo de atuação;

18
Ministério da Educação (MEC)
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)
Diretoria de Avaliação (DAV)
40.hist@capes.gov.br

Os mestrados profissionais da Área de História encontraram na educação básica o espaço


privilegiado de aplicação prática do conhecimento produzido;
Destaca-se ainda o ProfHistória, com 28 IES associadas, que tem ampliado
significativamente sua atuação na formação continuada de professores de História que atuam na
educação básica;
Esses movimentos se desdobram em inúmeras ações que são valorizadas pela Área de
História. Sem prejuízo de outras destacamos aqui:
 A realização de Olimpíadas de História do Brasil;
 A realização de feiras de ciências;
 Desenvolvimento de material didático e paradidático;
 Projetos que visam fornecer subsídios à construção ou implementação de políticas
públicas;
Ao mesmo tempo os PPGH tradicionalmente atuam junto a diversos setores da sociedade.
A Área de História valoriza essas ações que podem ter, entre outras, as seguintes direções:
Participação de Docentes Permanentes em atividadesextra-acadêmicas na sociedade civil
tais como assessorias a ONGs, a associações de classe, oferta de cursos de extensão e outras formas
de colaboração.
Participação de Docentes Permanentes ematividadesextra-acadêmicas junto a instituições
públicas como ao INEP, MEC, CAPES, CNPq e assemelhados.
Atuação de Docentes Permanentes como Editor de revista acadêmica (com Qualis).
A presença de ações afirmativas e políticas de permanência claramente definidas.

2.11. Visão da área sobre formas associativas.


A área considera que a associação entre diferentes IES, a despeito de uma experiência
fracassada no passado, é uma forma viável de possibilitar a constituição de PPGH em regiões com
demanda pela Pós-graduação em História, mas com poucos docentes qualificados.
Além disso, a associação seria uma fórmula que abriria a possibilidade para que surgissem
programas voltados para subcampos de especialização notoriamente pouco representados nas IES
e carentes de especialistas (tais como História Antiga, História Medieval e outros), aproximando
a área do padrão em vigor nas universidades de ponta no campo internacional.
As propostas associativas devem atender às orientações para APCN em vigor evidenciando
como a equipe, fisicamente dispersa, irá realizar e compartilhar as atividades formativas.
19
Ministério da Educação (MEC)
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)
Diretoria de Avaliação (DAV)
40.hist@capes.gov.br

2.12. Visão da área sobre mecanismos de solidariedade (Minter/Dinter e Turma Fora de


Sede)
A Área de História avalia positivamente as experiências de Minter e Dinter, assim como
turmas Fora de Sede, pois considera que tais estratégias são fundamentais para a qualificação da
formação em recursos humanos.
A instituição promotora de Minter e Dinter deve possuir PPG acadêmico consolidado (nota
igual ou superior a 4) e atender, em caráter temporário, a um grupo de discentes advindos da
instituição receptora, na qual devem ser realizadas as atividades de formação. Turmas Fora de
Sede são turmas de mestrado ou doutorado profissionais, conduzidas por uma instituição
promotora, com PPG profissional consolidado (nota 4 ou superior), fora de suas dependências.
Não há necessidade de aprovação pela Capes da abertura de turmas Minter, Dinter e Fora de
Sede, devendo estas serem tão somente registradas na plataforma Sucupira. Cada PPG promotor
só pode cadastrar uma única turma de cada modalidade. Essas turmas podem ser nacionais ou
internacionais. Maiores detalhes sobre a apresentação e o acompanhamento das turmas Minter,
Dinter e Fora de Sede podem ser obtidos pela consulta à legislação atinente ao tema.

20

Вам также может понравиться