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Assunto: Genética Médica – Mutações e heranças

Professor: Greice TurmaA/2015


a
Data:03/05/2017

Transcrição Genética Médica - MUTAÇÕES

Parte 1

Por que é tão importante saber o tipo de mutação? Como é que a gente pode saber se
uma doença é ou não genética? Vou contar uma historinha para vocês terem uma noção de como
a gente consegue descobrir um gene que está intrinsecamente ligado a um desenvolvimento mais
adiantado ou não por exemplo de um câncer de mama, como se o indivíduo apresentar uma
determinada mutação quantos por cento ele tem possibilidade de desenvolver um CA. Essas
doenças são mais difíceis de conversar com o paciente, principalmente o CA que é considerado
uma doença complexa e vai caber a vocês, mesmo que não sejam geneticistas clínicos,
explicarem pros pacientes de vocês o que significa determinada mutação em relação àquela
doença, porque o SUS já autorizou que sejam feitas uma série de exames de doenças genéticas
raras, muitas doenças não tem cura e esse é o problema mas algumas doenças tem como
retardar o mal prognóstico. É muito importante saber sobre aconselhamento genético, e muita
gente pensa que tem a ver com eugenia e não tem nada a ver, tem a ver com o conhecimento,
esclarecimento. Tem pessoas que entendem que aconselhamento genético é dizer que não pode
engravidar por causa de alguma mutação, e não tem nada a ver com isso.

A gente pensa que mutação é sempre ruim, mas a mutação, depende da área que está
localizada, vai ser a causa de variabilidade, então nem sempre ela vai ser ruim. Embora todos
sejamos saudáveis, nós temos diferenças genéticas, causadas pelas mutações. As mutações
podem ter mudança na sequência de DNA (mudanças de base: adenina, guanina, citosina e
timina) ou podem ser mudanças ao longo do cromossomo. Dentro dos cromossomos estão
alocados os nossos genes e o gene determina que determinada proteína seja metabolizada pelo
nosso organismo, ou seja, uma mutação é pior para o indivíduo se acontecer no cromossomo já
que pode atingir mais de um gene, ou seja, atinge mais de uma proteína. Não esqueçam o dogma
que o DNA gera RNA, onde os ribossomos conseguem ler e traduzir em proteína.

Transcritores: TAYNARA YASMIM MAKSUEL TAVARES LUCAS SARQUIS


Assunto: Genética Médica – Mutações e heranças
Professor: Greice TurmaA/2015
a
Data:03/05/2017

Então mutações cromossômicas acabam sendo mais graves porque atingem diferentes
genes ao longo de um cromossomo e estes genes codificam diferentes proteínas. Os genes lado
a lado codificam sempre a mesma proteína? NÃO. A molécula de hemoglobina é formada por
proteínas, que são geradas no cromossomo 11 e 16, formam o tetrâmero que irá formar a
hemoglobina. Então, diferentes genes estão localizados em diferentes cromossomos e as vezes
traduzem a mesma informação, uma mutação cromossômica pode alterar várias regiões
metabólicas do nosso organismo.

Qual a diferença do termo síndrome do termo doença? O que é uma síndrome? É um


conjunto de manifestações que já se tem conhecimento de que acontecem e são responsáveis
por uma determinada manifestação clínica. Já a doença são manifestações clinicas que podem
estar isoladas. O que vocês acham que uma mutação tem de diferente numa síndrome e numa
doença? As mutações que acontecem naqueles espectros sindrômicos, em geral, acontecem a
nível de cromossomo. Então em várias mutações, a gente imagina que vários genes estão
envolvidos.

Na clínica de genética médica, deve-se buscar observar características no paciente que


caracterize ou uma síndrome ou uma doença. Se esta síndrome ou doença não tiver diagnóstico
protocolado em qualquer laboratório de DNA, você vai ter que encaminhar falando que suspeita
de uma síndrome para que o laboratório de DNA entenda, caso não tenha protocolo desse
diagnóstico, o que ele tem que procurar. Pelo encaminhamento muito bem feito das
manifestações que aquele indivíduo apresenta, o laboratório tem a obrigação de saber os genes
que estariam relacionados a esses processos que estão doentes ou deficitários nesse individuo,
porque aí se busca mutações diretamente nessas regiões. Por isso é importante fazer essa
diferenciação ao ver o paciente, se ele tem uma doença ou uma síndrome, e será de
responsabilidade do laboratório de genética buscar o que pode está relacionado as características

Como o SUS liberou os exames para que se faça o diagnóstico de doenças genéticas
raras e nem todas as doenças genéticas se sabem os genes envolvidos, a gente precisa do
geneticista clínico descrevendo as manifestações para que a gente possa investigar alguns genes
que podem estar relacionadas a doença. Uma outra questão grave é que tem muitas doenças que
não são monogênicas (mendelianas) e de acordo com as informações clinicas que o médico nos
passa, a gente pode usar previamente o diagnóstico de um determinado gene que está
relacionado a essas manifestações. Nem todas as doenças tem a mesma expressividade, pode
ter uma variação clínica de doenças monogênicas. E por que tem essas variações? Porque os
laboratórios de DNA já identificaram que existem mutações que estão relacionadas ao bem-estar
do indivíduo (visto na aula de hemoglobinopatias).

A genética não é uma ciência exata, porque existe diferentes padrões de expressividade
dos pacientes e isso só quem vai mostrar pra vocês é a experiência de vida, são os diferentes
pacientes que vocês irão ter, eles podem ter o mesmo diagnostico com variabilidade de
expressões e vocês terão que entender que isso é possível por causa do ambiente que eles
vivem, por causa dos cuidados que eles têm, por causa da biologia do indivíduo.

Síndrome é um conjunto de manifestações que irão aparecer em conjunto, enquanto


doença tem manifestações que podem aparecer em conjunto, mas não tem um caráter ____
(inaldível). Na dúvida pensem sempre na síndrome de Down, que tem um conjunto de
manifestações clínicas que identificam Down. A síndrome do X frágil, que é uma doença muito
relacionada ao autismo, mas como é que você vai identificar que o autista tem a síndrome do X
frágil e não tem simplesmente o espectro autista? Porque a síndrome do X frágil tem uma série de
manifestações que vem em conjunto, dificilmente você terá síndrome do X frágil com
características isoladas, porque aí poderia ser apenas autismo. Os estudos genéticos já
mostraram que essas síndromes estão relacionadas à tipos de mutações que estão presentes nos
indivíduos, variações de mutações que estão presente nesses indivíduos.

Transcritores: TAYNARA YASMIM MAKSUEL TAVARES LUCAS SARQUIS


Assunto: Genética Médica – Mutações e heranças
Professor: Greice TurmaA/2015
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Data:03/05/2017

Todos os indivíduos de uma espécie têm os mesmos genes. A rosa rósea não é rósea
porque ela é diferente da rosa branca, mas pelas variações dentro do mesmo gene que conferem
as diferenças de fenótipo. As características dentro de um gene é a mesma, o que diferencia são
as variações fenotípicas. Não somos diferentes porque temos genes diferentes, mas pelas
variações dentro dos fenótipos.

Como se identifica uma mutação que causa doença desconhecida em um indivíduo?


Montando um heredrograma. Quando a gente não conhece a história de uma determinada doença
a gente começa a perguntar se aquela doença já esteve presente alguma vez na história da
família, em qual parentesco, a quanto tempo atrás, qual foi o prognóstico, com quantos anos
aquele individuo desenvolveu aquela doença. Só que vai ter um problema achar que irá se
identificar uma doença por meio do heredrograma, pois ela pode pular gerações e o indivíduo
doente não ter conhecimento de quando teve a última vez e corre o risco de a gente não saber
qual a doença e se se trata de uma única doença. Nesse caso deveria encaminhar para o
geneticista clinico, mas se vocês forem curiosos podem tentar ver se ao redor, na vizinhança, não
existe ninguém com alguma doença semelhante porque provavelmente, se for genético, o entorno
dificilmente vai apresentar uma manifestação tão rara; se o entorna apresentar é sinal de que
pode ser uma doença infecciosa, ou de caráter ambiental ou uma epidemia. O geneticista clinico,
as vezes, vai ser capaz de desvendar coisas que ninguém nunca ouviu falar e ele tem que estar
sempre antenado com as novidades, porque se ele não souber o que tá sendo diagnosticado nos
problemas genéticos, pode ser que ele passe “batido”.

Parte 2
Conta a história da ilha de Maiandeua, em que havia muitos indivíduos com surdez; o
professor Luiz Santana resolvei investigar conversando com as famílias e montando
heredogramas, conseguindo provar que a surdez tratava-se de uma doença genética,
conseguindo até identificar o gene responsável pela doença. Depois acabaram descobrindo que a
comunidade foi fundada por dois irmãos, citando o “efeito do fundador”.

A maioria das doenças genéticas são causadas por variantes que surgem ou como
mutações, ou por recombinação, que também é uma importante fonte de variabilidade, mas se
acontecer no local errado, pode gerar grandes deleções ou adições.

As mutações podem ocorrer nas células somáticas, acontecendo no próprio individuo, um


exemplo é o câncer (que pode ser de caráter genético ou hereditário - o genético ocorre nas
células somáticas, muito associados ao estilo de vida ou idade, já o hereditário é o que passa de
pai para filho); ou pode ocorrer nas células germinativas, sendo hereditário.

Transcritores: TAYNARA YASMIM MAKSUEL TAVARES LUCAS SARQUIS


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Data:03/05/2017

Comenta que, devido ao caso da Angelina Jolie e outros semelhantes, os conselhos de


ética decidiram que diagnósticos genéticos só podem ser solicitados para indivíduos que podem
ter a possibilidade de ter a mutação, ou seja, tem fatores predisponentes, como alguém da família
que tem a mutação comprovada.

As mutações espontâneas são as que ocorrem sem uma causa conhecida, todos nós
temos uma certa taxa dessas mutações. Elas servem para promover a variabilidade genética e a
adaptabilidade. Todos nós estamos sofrendo pressão seletiva e o que nos mantém é a nossa
variabilidade, sendo que as adaptações são observadas em milhões de anos, quando algumas
características se perdem e outras prevalecem. Ou seja, caso ocorresse uma catástrofe, nem
todos nós sobreviveríamos, mas hoje o ambiente é saudável para que a nossa variabilidade se
configure como neutra.

As mutações induzidas ocorrem quando somos submetidos a alguns riscos, como


radiação ionizante, luz UV e algumas substâncias químicas que são utilizadas em laboratórios.
Por isso, quem trabalha com radiação deve ter certos cuidados, entrar de férias obrigatoriamente
por um tempo, pois esses indivíduos têm mais chances de sofrer mutações.

Quando pensamos que a mutação espontânea serve para a variabilidade e garante a


sobrevivência, podemos pensar que elas não causam doença. Pensou-se isso por muito tempo,
até que foi descoberta a causa da síndrome do X frágil. Todos nós temos cerca de 6 a 54
repetições de CGG (citosina-guanina-guanina) no gene FMR1 do cromossomo X, a média da
população são 29 repetições. Essas trincas estão justapostas (CGG-CGG-CGG...), quando a
polimerase passa por regiões repetidas do DNA, ela não consegue fazer a replicação de forma
eficiente, então e como se ela derrapasse nessas trincas repetidas; o problema disso é que ela
continua o processo de repetição, sem parar na última. Isso acontece ao acaso, o problema está
quando a polimerase derrapa muito mais do que o normal e atinge, por exemplo, mais de 50
repetições trinucleotídicas, então na próxima replicação dessa região, ela “esquece” que tem que
parar e vai indefinidamente fazendo novas repetições. A partir de 200 repetições, o individuo
começa a ter manifestações clinicas da síndrome do x frágil: face característica em losango,
queixo proeminente, orelha em abano, deficiência mental. Alguns estudos dizem que a gravidade
da doença mental está relacionada a essa quantidade de trincas. Essa mutação é espontânea,
todos nós temos, mas nem todos nos vamos ter essa dificuldade, até porque isso também
depende de mutações na polimerase, e nenhum de nós tem características de indivíduos pré-
mutados, cuja prole tem grande probabilidade de apresentar o X frágil.

Norberto pergunta se isso também tá ligado a uma mudança conformacional. Professora


diz que existem, sim, alguns estudos que mostram mudança conformacional na proteína, o que
causa as características relatadas. Observou-se também a grande prevalência dessa síndrome
em autistas e hoje se considera que ela está dentro do espectro autista.

Por isso, temos que ter cuidado ao falar que mutações espontâneas não geram doenças,
porque já está comprovado que pode.

Outra coisa sendo muito estudada é a epigenética. São questões fora do gene que estão
interferindo nele. Um exemplo são os microRNAs, que estão sendo atrelados à não sintetização
de alguns genes, então algumas informações genéticas não estão sendo produzidas - por
exemplo gerando uma divisão celular desregulada que vai causar o câncer – porque esses
mRNAs estão trazendo problemas no organismo. É possível que daqui a algum tempo os médicos
já não pesquisem mais certos perfis de mutação no gene, e sim perfis de metilação em
microRNAs atrelados a ele.

As mutações podem ser benéficas, aquelas que estão causando adaptação, neutras, que
são os polimorfismos (mutações que têm alta frequência na população, então a maioria delas não
causa doenças, mas podem favorecer ou trazer resistência a alguma doença.

Transcritores: TAYNARA YASMIM MAKSUEL TAVARES LUCAS SARQUIS


Assunto: Genética Médica – Mutações e heranças
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Data:03/05/2017

Parte 3
... e se elas estão em elevadas frequências na população, a maioria delas não causam,
mas elas podem favorecer ou trazer resistência algumas dessas doenças. A hemoglobina S é um
exemplo de polimorfismo, ela tem cerca de 6% da prevalência da população mundial. Por que
essa hemoglobina atingiu tanto a população mundial? Porque em algum momento da seleção
natural ela foi benéfica. Isso mostra que nem todo polimorfismo é neutro. A maioria deles são
neutros. Podemos apenas chamar de polimorfismo quando for uma mutação em elevadas
frequências na população mundial.

Genes Deletérios

Os genes deletérios são aqueles que promovem doenças genéticas. Onde acontece a
maioria das mutações deletérias? O gene é formado pela região promotora e é ele que vai dizer
quando o gene vai ser transcrito e traduzido numa proteína. Ele é formado por regiões chamadas
de éxons, que codificam proteínas, e regiões chamadas de íntrons, que são regiões não
codificantes, porém, os íntrons são importantes para o processo de splicing. O que é splicing?
Quando a molécula de DNA é transcrita em RNA no núcleo, tudo do gene é transcrito (o gene tem
a região promotora, éxons e íntrons). Quando essa informação em forma de RNA sai do núcleo
para o citoplasma, para ser traduzido pelos ribossomos em proteínas, deve apenas sair o que já
deve ser traduzido. Dessa forma, a parte transcrita de introns deve ser retirada do RNA, processo
denominado de splicing, ou seja, essas regiões não-codificantes são retiradas. Contudo, os
íntrons são muito importantes para desencadear diversos splicings (splicing alternativo) e assim
produzir mais de uma proteína com um mesmo gene, quebrando aquele dogma de que um gene -
uma proteína.

Onde as mutações vão gerar a doença? Ocorrem nos ÍNTRONS, uma série de mutações
deletérias estavam nessas porções dos genes porque tem íntima relação com a formação da
proteína. Ocorrem muito mais mutações deletérias em íntrons do e éxons. Para entender melhor,
vamos pensar o seguinte: se a mutação acontecer no éxon, saberemos o que ele vai gerar,
saberemos o aminoácido que vai gerar, então, pontualmente, iremos saber qual aminoácido está
sendo modificado, e, dessa forma, por análises proteômicas para entender que proteína está
sendo formada por esse novo aminoácido. Assim, poderemos dizer que a estrutura
conformacional da proteína está impedindo que gere metabolização de determinado medicamento
e etc. O problema mesmo são as mutações que afetam os íntrons porque neles vamos ter
que descobrir o mecanismo de splicing de determinada proteína para poder suspeitar de
alguma fisiopatologia. Os principais problemas de mutações genéticas são aquelas encontradas
nos íntrons.

Mutações Pontuais

Mutação de ponto é uma mutação em uma base nitrogenada, em um ponto. Essa


modificação pode gerar diferentes possibilidades. Um exemplo é o gene da beta-globina que vai
produzir a cadeia peptídica beta e vai formar a proteína hemoglobina. No 6º códon, existe a trinca
GAG que codifica o ácido glutâmico (aminoácido). Todos tem esse aminoácido no 6º códon.
Uma mutação de ponto vai modificar a Adenina (A) do 6º códon por uma Timina (T) e o ribossomo
quando for traduzir o RNA-mensageiro, no 6º códon onde tem a mutação, ele vai produzir valina
em vez de ácido glutâmico. Essa simples modificação faz com que as hemácias tenham sua
forma côncava para uma forma de foice. É uma pontuação pontual do tipo substituição de base.

6º Códon

5’ CCG GAG GAG 3’ → 5’ CCG GTG GAG 3’

Transcritores: TAYNARA YASMIM MAKSUEL TAVARES LUCAS SARQUIS


Assunto: Genética Médica – Mutações e heranças
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Data:03/05/2017

Contudo, nem sempre mutações de ponto vai trazer modificações de aminoácidos.

Vamos imaginar uma molécula de DNA sendo transcrita numa molécula de RNA, que vai
ser traduzida em proteína. Os aminoácidos que formam essa proteína serão Rosa, Marrom,
Verde, Roxo e Amarelo.

Mutação Sem Sentido

É uma mutação que faz com que a proteína perca o sentido (isso mesmo, perca o
sentido). É uma mutação que vai gerar uma trinca que não tem leitura de aminoácido. Quando
estudamos para o vestibular, onde fomos obrigados a decorar três trincas que não tinham sentido
nenhum e que fazia desacoplar ribossomos da molécula, o UAA, UAG, UGA, que são trincas que
no código genético não vão encontrar nenhum aminoácidos atrelado a elas. Essas trincas são
exemplos de mutação de ponto que podem causar ao longo de uma molécula que iria produzir
uma determinada proteína uma perda de função. Um exemplo desse tipo de mutação é a
Neurofibromatose Tipo I (NF1) – 17 q 11. 2, um quadro que não é grave, mas é fisicamente
incômoda. Os indivíduos que não produzem a sequência de aminoácidos impede a produção da
proteína Neurofibromina, importante para parada da divisão celular (supressora de tumor). Esses
pacientes desenvolverão processos de tumoração, mas benignos, apresentando alguns caroços
no corpo.

Mutação de Sentido Trocado

É uma mutação que promove a modificação de um aminoácido. Isso pode provocar uma
alteração de uma proteína com consequências bastante grave, onde a proteína terá uma função
que dificultará o organismo ou ela pode ter uma configuração semelhante a proteína original, não
sendo tão prejudicial.

Se observarmos o código genético, ele é considerado degenerado ou redundante, pois


mais de uma trinca pode ser capaz de codificar aminoácidos. Porém, todos os aminoácidos são
organizados em grupos de acordo com as trincas que os codificam, havendo um padrão onde eu
vejo um aminoácido mais próximo de que outros. Isso ocorre para que caso haja uma alteração
numa trinca, o aminoácido gerado não seja tão diferente e, assim, evite que seja tão prejudicial, já
que muitos aminoácidos têm características bioquímicas próximas. Em que isso favorece na
seleção no decorrer dos tempos da evolução? Um menor erro, porque se um erro existir, o
aminoácido que se forme não seja tão diferente do original, e, assim, gere menos problemas na
formação de uma nova proteína. A anemia falciforme é um exemplo de que quando a mutação
produz um aminoácido não tão próximo da original, sendo muito prejudicial. Nessa anemia, a
hemoglobina adquire outra conformação. No corpo há muitas mutações que ocorrem e geram
aminoácidos quimicamente semelhantes, evitando consequências graves, sendo criados para
haver a menor possibilidade de erros possíveis. Dessa forma, a seleção sempre está tentando
trabalhar a nosso favor. Isso está intimamente relacionado com as doenças genéticas, pois claro
está que deveriam existir maior quantidade de doenças genéticas existentes, porque
bioquimicamente o corpo favorece que se ajuste as dificuldade trazidas por mutações.

MUDANÇA DE MATRIZ DE LEITURA

A partir daquele ponto, tudo será diferente, todos os aminoácidos seguintes serão
diferentes. Por que? Porque teremos uma deleção de bases e as trincas vão se encontrar de
outra forma, ou haverá uma adição de bases e as proteínas vão se modificar também.

Um exemplo de deleção de bases é a fibrose cística, que é causada pela deleção de


três bases no gene Cspr, e essa modificação de bases, a partir dela, todo o resto da proteína que
iria transportar Na+ e K+ se modificará.

Transcritores: TAYNARA YASMIM MAKSUEL TAVARES LUCAS SARQUIS


Assunto: Genética Médica – Mutações e heranças
Professor: Greice TurmaA/2015
a
Data:03/05/2017

MECANISMOS DE RECOMBINAÇÃO

Na formação das células gaméticas, responsáveis pelo fenótipo, na meiose I, na fase de


prófase I, subsfase Paquíteno, ocorre os fenômenos de recombinação, ou seja, o cromossomo
paterno se junta com o cromossomo materno e por enzimas específicas, eles tiveram quebras
cromossômicas, fazendo com que os cromossomos tenham tanto características paternas quanto
maternas....

Parte 4

Recombinação ≠ Mutação

Se a recombinação ocorrer entre genes errados, pode provocar doenças. Em uma última
análise, a recombinação promove uma variabilidade que pode conferir uma melhor adaptação de
ambas as características. Recombinação sítio específica é a forma correta, o problema ocorre
quando ela acontece em genes mal pareados. Qual seria o problema nisso? Porque as enzimas
irão cortar regiões dentro de genes, permitindo cromossomos com informação genética de 2
genes diferentes, devido a forma mal pareada de genes diferentes, além da possibilidade de
haver cromossomos sem informação genética integra. Esse exemplo é a da doença Talassemia
Alfa, causada por deleções do cromossomo, pode-se ver na imagem abaixo que há parte de Alfa2
e parte de Alfa1, porém não tem o Alfa1 íntegro, nem o Alfa2 íntegro. O portador desse tipo de
talassemia é assintomático, e embora o volume corpuscular médio (VCM) se apresente como
discretamente microcítico (VCM < 80), a morfologia eritrocitária é geralmente normal com
microcitose em algumas células. Se uma triagem fosse realizada, provavelmente encontraríamos
uma deleção desse tipo entre nós.

Transcritores: TAYNARA YASMIM MAKSUEL TAVARES LUCAS SARQUIS


Assunto: Genética Médica – Mutações e heranças
Professor: Greice TurmaA/2015
a
Data:03/05/2017

Como essa deleção não é grave já que há perda de genes? Diferente da fibrose cística,
em que a mudança de 3 bases causa tanta gravidade, no caso da talassemia alfa os dois genes
Alfa, que formam as cadeias peptídicas das moléculas de hemoglobinas, são idênticos (diferença
em apenas 5 bases), significando que a união de partes de Alfa 1 com partes de Alfa 2 geram a
síntese de um gene Alfa, então esse indivíduo terá microcitose e hipocromia por questões por
fenotípicas que serão abordadas em hemoglobinopatias. Mesmo assim, ele terá genes Alfa sendo
produzidos. Por conta disso, deveremos ter cuidado ao tratar esse assunto com o paciente, pois
ele pode pensar que possui uma doença grave e letal. Por que há discrepância nisso? Porque na
recombinação correta existe a formação de genes que podem atuar com função biológica com
genes que em um dos doadores de material genético (pai ou mãe) não estavam atuando, são os
casos de imprinting e dissomia.

PADRÕES DE HERANÇA

Os padrões de herança podem ser herança monogênica, herança cromossômica ou


herança multifatorial. Nós temos 23 cromossomos paternos e 23 cromossomos maternos, sendo
22 pares de cromossomos autossômicos e 2 pares cromossômicos ligados ao sexo (mulheres XX
e homens XY).
CARIÓTIPO HUMANO

(DIPLÓIDE)

Transcritores: TAYNARA YASMIM MAKSUEL TAVARES LUCAS SARQUIS


Assunto: Genética Médica – Mutações e heranças
Professor: Greice TurmaA/2015
a
Data:03/05/2017

A herança monogênica é determinada por um único gene, determinando se o indivíduo


terá ou não a doença. Herança mendeliana é um sinônimo de herança monogênica. Ela pode ser
de 2 tipos:

Autossômicas: quando a doença é causada por gene localizado nos cromossomos


autossômicos. Pode ser dominante ou recessiva. Pelo padrão do heredograma, qual é a principal
diferença de uma característica causada por uma mutação em um gene autossômico dominante e
recessivo? A principal característica para identificar a mutação, se autossômica ou recessiva, será
avaliado pela história familiar. Caso haja doença em todas as gerações, então a herança provável
será de característica dominante, se houver salto de gerações, provavelmente será uma
característica recessiva.

Na herança autossômica dominante, as características são: fenótipo presente em todas as


gerações; pelo menos um dos genitores é afetado (precisa somente de um alelo afetado para
causar a doença).

IMPORTANTE Exemplo: Pais saudáveis tem um filho com fenótipo de doença, no


qual o médico confirmou um padrão de herança autossômica dominante. ERRADA,
pois no autossômico dominante, pelo menos um dos genitores deve ter sido afetado.
A prova será com questões Verdadeiro ou Falso (justificando as falsas).

Ligadas ao sexo: quando a doença é causada por gene localizado nos cromossomos
sexuais. Também, podendo ser dominante ou recessiva. Pelo padrão do heredograma, qual é a
principal diferença de uma característica causada por uma mutação em um gene autossômico
dominante e recessivo? Será avaliado pelo sexo afetado, sendo dominante nos homens, mesmo
que tenha caráter recessivo, pois o homem possui apenas 1X.

Risco da prole de 50%, porque basta que apenas um dos alelos seja doente para que o
indivíduo desenvolva a doença. Membros fenotipicamente normais não transmitem o fenótipo para
os seus filhos. Número igual de homens e mulheres afetados, pois não depende do sexo.

IMPORTANTE Então se em um determinado heredrograma apenas homens são


afetados, e por isso trata-se de uma herança autossômica dominante porque não há
salto de gerações. ERRADO, pois no comando foi informado “apenas homens”,
logo, seria uma herança ligada ao sexo.

Número igual de homens e mulheres não significa que se tem 2 mulheres afetadas na
família e necessariamente 2 homens, isto é, tanto homens quanto mulheres podem ser afetados.
Podendo ser transmitido de pai para filho, porque em doenças ligadas ao X o pai nunca vai
transmitir a doença ao filho, já que ele não vai dar o cromossomo X ao seu filho. Um exemplo de
autossômica dominante é a ACONDROPLASIA. O heterozigoto tem estatura reduzida e o
homozigoto dominante com maior severidade. Prestem atenção que as características
autossômicas dominantes possuem uma maior quantidade de expressividade, porque uma coisa
é o indivíduo possuir apenas um alelo doente e a outra é ele possuir 2 apelos doentes.

IMPORTANTE As doenças autossômicas dominantes possuem diferentes graus de


expressividade, independente dos indivíduos serem homozigotos ou heterozigotos,
pois quanto maior for a variedade de alelos, mais grave será a doença. Ou seja, se
eu colocar: As doenças autossômicas dominantes estão em todos os indivíduos
heterozigotos e homozigotos com a mesma expressividade. ERRADA. Pois a
expressividade dependerá da quantidade de alelos.

Parte 5

Transcritores: TAYNARA YASMIM MAKSUEL TAVARES LUCAS SARQUIS


Assunto: Genética Médica – Mutações e heranças
Professor: Greice TurmaA/2015
a
Data:03/05/2017

Já no caso das doenças autossômicas recessivas, vale destacar que são mais
visíveis entre irmãos, quando os pais forem heterozigotos para a doença, e o risco de
recorrência, isto é, desses indivíduos gerarem filhos com a mesma doença, é de 25%
(lembrando daquelas contas chatas do tempo do vestibular). Possuem mesma incidência em
homens e mulheres, já que se trata de doenças autossômicas (e não alossômicas), e a
cosanguinedade é mais presente nesses casos (ocorrendo a chamada “seleção natural
negativa”). Como exemplo de doença autossômica recessiva pode-se citar o albinismo
(incapacidade do corpo de produzir melanina). Estudem esse quadro aqui para a prova:

Quanto às doenças ligadas ao sexo, existem as dominantes, as quais estão


presentes tanto em homens como em mulheres (independente de a mulher ser homozigota
ou heterozigota, já que só é necessário 1 alelo para apresentar a doença), e as recessivas,
que são expressas apenas em homens. Entretanto, em alguns casos de doenças ligadas ao
sexo dominantes, a mulher expressa os sintomas da doença em diferentes intensidades,
mesmo possuindo o gene da doença. Por que isso acontece? – Pela hipótese de Lyon, que
explica que pode ocorrer inativação de um cromossomo X (corpúsculo de Barr, desativado ainda
no período embrionário), porém com alguns dos seus genes (inclusive os mutantes) ainda
ativados (achei essa parte bastante confusa, pode ser que eu tenha errado na descrição, se for o
caso, corrijam aqui).

Sobre herança complexa/multifatorial: são doenças que apresentam forte correlação


entre fatores genéticos e fatores ambientais, isto é o fenótipo é definido pela combinação entre o
genótipo (mais de 1 gene) e elementos do ambiente. O maior exemplo desse tipo de doença é a
obesidade, mas também se enquadram aqui o diabetes melito e a hipertensão. Altura, cor da
pele, peso são todos multifatoriais.

Lembrando que cada gene, por possuir 2 alelos, pode gerar até 3 genótipos diferentes:

• Homozigoto normal;
• Heterozigoto normal, e
• Homozigoto recessivo.

Transcritores: TAYNARA YASMIM MAKSUEL TAVARES LUCAS SARQUIS


Assunto: Genética Médica – Mutações e heranças
Professor: Greice TurmaA/2015
a
Data:03/05/2017

Ou seja, em uma doença determinada por, por exemplo, 5 genes, existem 35 (243) genótipos
diferentes possíveis. Mas isso significa então que nesse caso existem 243 fenótipos? NÃO, pois
existe a possibilidade de o alelo do pai ser a mesma coisa que o alelo da mãe, e também porque
pode ocorrer o efeito sinérgico, que é quando um alelo interfere na função do outro, seja
agravando ou melhorando a doença. Novamente é possível citar como principal exemplo a
obesidade, na qual os genes da produção de adipócitos atuam agravando a doença. Inclusive, os
laboratórios de genética atualmente buscam criar painéis de genes que possam agravar ou
melhorar determinadas doenças, para assim poder detectar através do genótipo de um paciente a
probabilidade dele ter sua doença agravada ou melhorada.

Transcritores: TAYNARA YASMIM MAKSUEL TAVARES LUCAS SARQUIS

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