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CENTRO UNIVERSITÁRIO HERMÍNIO DA SILVEIRA – IBMR

LAUREATE INTERNATIONAL UNIVERSITIES


CURSO BACHARELADO EM ESTÉTICA

ROSALINA OLIVEIRA BACELAR


VIVIANE HILÁRIO PEREIRA

REVISÃO DE LITERATURA DA FISIOPATOLOGIA DA POPULARMENTE


CONHECIDA CELULITE: UMA REFLEXÃO SOBRE O MÉTODO GODOY &
GODOY COMO POSSIBILIDADE DE TRATAMENTO.

Rio de Janeiro
2017
ROSALINA OLIVEIRA BACELAR
VIVIANE HILÁRIO PEREIRA

REVISÃO DE LITERATURA DA FISIOPATOLOGIA DA POPULARMENTE


CONHECIDA CELULITE: UMA REFLEXÃO SOBRE O MÉTODO GODOY &
GODOY COMO POSSIBILIDADE DE TRATAMENTO.

Trabalho de conclusão de curso


apresentado ao Curso Bacharelado em
Estética do Centro Universitário Hermínio
da Silveira- IBMR/ Laureate International
Universities, como requisito parcial para
obtenção do Título de Bacharel em
Estética.

Orientador: ELAINE OLIVEIRA DOS SANTOS MELO


Coorientador: CARLOS JOSÉ DA COSTA PAIVA

Rio de Janeiro
2017
ROSALINA OLIVEIRA BACELAR
VIVIANE HILÁRIO PEREIRA

REVISÃO DE LITERATURA DA FISIOPATOLOGIA DA POPULARMENTE


CONHECIDA CELULITE: UMA REFLEXÃO SOBRE O MÉTODO GODOY &
GODOY COMO POSSIBILIDADE DE TRATAMENTO.

Artigo apresentado ao curso Bacharelado


em Estética do IBMR – Laureate
International Universities, como requisito
parcial para obtenção do título de Bacharel
em Estética.

Aprovado em
Banca Examinadora

Prof (a)______________________________
Instituição:___________________________-
Julgamento:__________________________
Assinatura: __________________________

Prof (a)_______________________________
Instituição:_____________________________
Julgamento:___________________________
Assinatura: ___________________________

Prof (a)_______________________________
Instituição:_____________________________
Julgamento:___________________________
Assinatura: ___________________________
RESUMO

INTRODUÇÃO: a linfostase cutânea regional, termo usado para referir-se à celulite,


é uma doença de acúmulo intersticial, de caráter multifatorial, mais
predominantemente no sexo feminino e que é agravada pela deficiência na circulação
linfática, causando desconforto e até mesmo déficit na autoestima das mulheres.
Dentre os recursos estéticos utilizados na linfostase cutânea regional, pode-se citar a
Drenagem Linfática Manual (DLM), que, associada a outros procedimentos, promove
bons resultados na aparência do relevo cutâneo. OBJETIVO GERAL: evidenciar a
possibilidade de tratamento para a linfostase cutânea regional, sob a ótica do método
Godoy & Godoy, na linfostase cutânea regional. OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
enumerar as nomenclaturas da linfostase cutânea regional, recordar o sistema
linfático, descrever drenagem linfática global: conceito Godoy & Godoy.
METODOLOGIA: refere-se a um estudo de revisão de literaturas integrativas
realizado nas bases de dados multidisciplinares, como o Scientific Eletronic Library
Online (SciELO), a Revista Brasileira em Promoção da Saúde (RBPS), publicações
impressas online e livros relacionados ao assunto. A pesquisa foi realizada no período
de março a junho de 2017. CONCLUSÃO: a linfostase cutânea regional ainda se trata
de uma patologia pouco estudada e não existe uma definição exata e um tratamento
eficaz reconhecido em todo o mundo. Diante disso, se faz necessário estudos
adicionais, em virtude da escassez de literatura para compreender melhor as técnicas
utilizadas para amenizar os efeitos desta patologia com eficácia, assim como
aprimorar e fidelizar os tratamentos com o intuito de potencializar os resultados no
âmbito da estética clínica.

Palavras-chave: Linfostase Cutânea Regional; Drenagem Linfática; Tratamento


Estético; Autoestima
ABSTRACT

INTRODUCTION: regional cutaneous lymphostasis, a term used to refer to cellulitis,


is an interstitial cumulative disease, which is multifactorial, more predominant in
female, and is aggravated by a deficiency in the lymphatic circulation. Their symptoms
cause discomfort and even a deficit in women’s self-esteem. Among the aesthetic
resources used in cellulite treatment, Manual Lymphatic Drainage (DLM) should be
mentioned, since, together with other procedures, promotes good results in the
appearance of cutaneous relief. GENERAL OBJECTIVE: The aim of this study was to
show the possibility of treatment for cellulite under the Godoy & Godoy method, in
regional cutaneous lymphostasis. SPECIFIC OBJECTIVES: list the nomenclatures of
regional cutaneous lymphostasis, Remember the lymphatic system; To describe global
lymphatic drainage: Godoy & Godoy concept METHODOLOGY: The review of
integrative literatures was performed in multidisciplinary databases, such as the
Scientific Electronic Library Online (SciELO), the Brazilian Journal of Health Promotion
(RBPS), online and printed publications and related books. The databases were
accessed for conducting the research in the period between March and June 2017.
CONCLUSION: regional cutaneous lymphostasis is still a poorly studied pathology and
there is no exact definition and an effective treatment recognized worldwide. In view of
this, additional studies are needed, due to the scarcity of literature to better understand
the techniques used to mitigate the effects of this pathology effectively, as well as to
improve and maintain the treatments in order to potentiate the results within the clinical
esthetics.

Keywords: Regional Skin Lymphostase; Lymphatic Drainage; Aesthetic


Treatment; Self Esteem.
6

1. INTRODUÇÃO

O nome estética tem origem grega, aisthetiké, que significa aquele que nota, que
percebe; na filosofia ela é estudada como a arte do belo nas manifestações artísticas
e naturais; na saúde a estética atua como o bem-estar físico, mental e social.

O presente estudo dará ênfase à atuação da Estética Clínica, a fim de evidenciar a


drenagem linfática manual como possibilidade de tratamento da linfostase cutânea
regional. Sob esta ótica sabe-se que razões multifatoriais poderão comprometer o
relevo topográfico cutâneo das regiões glúteas e membros inferiores mais comumente
nas mulheres ginóides.

A problemática deste estudo se relaciona com a linfostase cutânea regional,


consagradamente conhecida tanto na área da saúde quanto entre o público leigo
como celulite, e para tanto propõe-se à atuação na Estética Clínica por meio de terapia
manual, valendo-se do método de drenagem linfática, de acordo com o método de
Godoy & Godoy como uma sugestão de tratamento.

A justificativa do estudo dar-se-á ao fato de que o desejo pela normalização da


aparência do relevo cutâneo corporal, traduz-se em desafio para as mulheres que
convivem com esta patologia de acúmulo, que por vezes afetará sua autoestima e
convívio social, em situações onde deva expor sua silhueta. Por tais razões este
estudo aborda a drenagem linfática manual de Godoy & Godoy como uma
possibilidade de tratamento da linfostase cutânea regional, a fim de restabelecer a
microcirculação periférica local, bem como o contorno corporal.

O estudo da temática compreende total relevância para o Bacharel em Estética, uma


vez que ajudará no desenvolvimento de um procedimento com base científica de
modo que seu trabalho seja reconhecido e respeitado. No campo acadêmico, esta
revisão bibliográfica ajudará a aumentar sua fonte de pesquisa. O cliente receberá um
tratamento qualificado, que certamente terá impacto em sua autoestima.

O objetivo deste estudo foi: estudar a fisiopatologia da popularmente conhecida


celulite (linfostase cutânea regional).
7

2. OBJETIVOS

2.1 Objetivo geral: evidenciar a possibilidade de tratamento para a linfostase cutânea


regional sob a ótica do método Godoy & Godoy.

2.2 Objetivos específicos: enumerar as nomenclaturas da linfostase cutânea


regional, recordar o sistema linfático, descrever drenagem linfática global: conceito
Godoy & Godoy.

A seguir Tratar-se-á de uma breve introdução sobre a pele, onde é apresentada a


patologia linfostase cutânea regional (celulite).

3. REVISÃO DE LITERATURA

3.1 Pele

A pele representa cerca de 16% do peso corporal total, tendo como função principal
proteger o corpo das agressões do meio externo. É na superfície externa que se
processa o maior número de interações com o meio, como a regulação da temperatura
corpórea por exemplo. É através da pele que se secreta e excreta humores interagindo
com o mundo (GOMES; DAMAZIO, 2009).

O tegumento é admirável por constituir uma barreira eficiente contra


agressões exógenas, de natureza química ou biológica, e impedir a
perda de água e de proteínas para o exterior e, ainda assim, manter-
se maleável (Kede e Sabatovich, 2009 p. 01).
8

De acordo com Tortora; Derrickson (2012), estruturalmente, a pele consiste em duas


partes principais: a epiderme (epi- = acima), superficial, composta por cinco camadas:
basal, espinhosa, granulosa, lúcida e córnea; e a derme, camada mais profunda,
composta por tecido conjuntivo (fig. 01).

Fig. 01: Corte histológico da pele

Fonte: http://belezain.inf.br/podologia/hidrat_espec.asp

Na epiderme, o epitélio é escamoso, estratificado e queratinizado, tendo como


principais células os queratinócitos; os melanócitos; as células de Langerhans e as
células de Merkel. Cerca de 90% das células da epiderme é composta por
queratinócitos (keratino- = córneo; kytos- =célula) organizadas em 4 ou 5 estratos,
citados acima, que produzem a proteína queratina, uma proteína forte e fibrosa, que
ajuda a proteger a pele e os tecidos subjacentes das agressões químicas e biológicas.

Já a derme, camada mais profunda da pele, é formada principalmente por tecido


conjuntivo denso. Contém fibras colágenas e elásticas conferindo à pele
extensibilidade (capacidade de distensão) e a elasticidade (habilidade de retornar à
forma original após esticar). É na derme que poderão ocorrer importantes alterações
fisiológicas, que culminarão no quadro inestético e multifatorial que elucidaremos no
decorrer do trabalho.
9

Discorrer-se-á, agora, sobre o conceito da linfostase cutânea regional, suas várias


nomenclaturas, de como reflete na autoestima das mulheres, como é a formação
dessa fisiopatologia que é multifatorial e suas classificações.

4. NOMENCLATURAS E CONCEITOS DA LINFOSTASE CUTÂNEA


REGIONAL

O termo celulite vem do latim cellulite, e foi usado no ano de 1920 por Alquier e Paviot
para caracterizar uma doença que, atualmente, acomete cerca de 90% das mulheres.
Até os dias de hoje é o termo mais usado.

Alquier e Paviot consideravam uma alteração estética no revelo


cutâneo, com uma distrofia celular complexa e não inflamatória do
sistema mesenquimatoso, acompanhada de uma saturação do tecido
conjuntivo pelos líquidos intersticiais. (Godoy & Godoy, 2003 p. 09).

No entanto, houve várias discussões para alteração desse nome, pois observou-se
que não havia um infiltrado inflamatório na histopatológica. A partir desta discussão
vários pesquisadores deram nomes diferentes para esta disfunção, tais como:

Paniculopatia edemato-fibroesclerótica por Binazzi, em 1977 e de paniculose em


1983, lipoesclerose nodular por Curri em 1991, e a lipodistrofia ginoide por Ciporkin &
Paschoal em 1992, linfostase cutânea regional por Godoy & Godoy em 2003.
Consideramos o conceito de Godoy & Godoy o mais adequado, pois se refere
diretamente aos aspectos da fisiopatologia da doença e não aos achados
histopatológicos que representam as consequências das alterações dérmicas. (Godoy
& Godoy, 2003).
10

Na Idade Média, a linfostase cutânea regional era vista como belo. Era digno está em
realce diante das pinturas e estátuas femininas, (fig. 02) porém, nos padrões de beleza
dos dias atuais (fig. 03) é visto como uma imperfeição.

Fig. 02: Conceito de beleza na Idade Média (As Três Graças)

Fonte: Godoy & Godoy 2003

Fig. 03: Conceito de beleza nos dias atuais

Fonte: http://vogue.globo.com/beleza/fitness-e-dieta/noticia/2016/01/o-segredo-do-corpo-impecavel-de-
gisele-bundchen.html

Entretanto, mesmo diante de tantos estudos e nomes diversos, existem poucos artigos
científicos discorrendo sobre o assunto. Esta doença mexe com a autoestima das
mulheres de maneiras diferentes ao longo da história.

Linfostase cutânea regional é considerado uma doença porque tem alterações


genéticas, é uma doença de depósito, a nível do relevo subcutâneo mudando os
aspectos da pele. Este depósito é basicamente constituído por macromoléculas e
11

água. Esta doença está ligada basicamente ao retorno venoso e linfático da circulação
sanguínea. A causa desta doença é multifatorial, tendo em vista várias interferências
como por exemplo: alterações hormonais, inatividade física, hábitos de vida e hábitos
alimentares. (Godoy & Godoy, 2003).

A seguir, abordar-se-á a fisiopatologia da linfostase cutânea regional, de acordo com


o estudo Godoy & Godoy.

4.1 Fisiopatologia da Linfostase Cutânea Regional

A microcirculação é responsável por toda a interação das células individualizadas com


o organismo, e aporte nutricional até a distribuição e eliminação dos seus produtos
pelo organismo. O interstício celular é o espaço preenchido entre as células (fig. 04)
e serve de interface para as trocas entre o sistema circulatório e as células.

Fig. 04: Representação do sistema linfático

Fonte: https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/e/ef/Illu_lymph_capillary_es.svg

A formação da linfostase cutânea regional ocorre no interstício celular com o aumento


da pressão em nível intersticial, provocando alteração nos capilares linfáticos onde se
encontram os linfângions, que são dispositivos contráteis do sistema linfático. A
redução do número de contrações pode levar a uma falha no sistema de drenagem,
sobretudo nos capilares iniciais. Sendo assim, o aumento da pressão no interstício
celular, ocasiona dificuldades na remoção de proteínas e outras substâncias e causa
o acúmulo e estagnação dos líquidos. Sua afinidade por proteínas e macromoléculas,
12

poderá ocasionar a polimerização e levar à formação da linfostase cutânea regional.


(GODOY & GODOY, 2003).
Descrever-se-á as questões multifatoriais que poderão contribuir ou agravar o quadro
da linfostase: fatores predisponentes: genéticos e constitucionais; fatores
desencadeantes: hormonais; e fatores agravantes: sedentarismo, hábitos de vida e
obesidade.

4.2 Fatores Predisponentes, Desencadeantes e Agravantes

4.2.1 Fatores Predisponentes:

São os fatores genéticos e constitucionais. Nos fatores constitucionais está a questão


da raça e o biótipo constitucional que acomete em maior parte a raça branca e o sexo,
que envolve exclusivamente as mulheres. (GODOY & GODOY, 2003). A distribuição
da gordura que é um fator genético, predominando o padrão ginóide nas latino-
americanas e o androide nas europeias MEDEIROS, (in KEDE; SABATOVICH, 2009,
p 462).

4.2.2 Fatores Desencadeantes:

Hormonais
A interferência hormonal não afeta somente a contração dos linfângions, mas a
distribuição do tecido gorduroso na mulher, que dá as características e aspecto físico
feminino (GODOY & GODOY, 2003, P.35). Neste sentido MEDEIROS (in KEDE,
SABATOVICH, 2009.), discorre detalhadamente as ações hormonais que irão
influenciar nos fatores desencadeantes da fisiopatologia da lipodistrofia ginóide (LDG):

[...]O estrogênio é o grande responsável pela disfunção inicial. O


hiperestrogenismo tem sido considerado o principal etiológico da LDG
[...] Verifica-se a ação do estrogênio em cada um dos componentes da
unidade funcional do tecido adiposo, como se pode observar a seguir.
Na matriz intersticial, age estimulando a proliferação dos fibroblastos
[...] à perda de elasticidade das fibras de colágenos. Nos adipócitos e
sistema neurovegetativo, o estrogênio aumenta a resposta dos
receptores alfa-adrenérgicos antilipolíticos e estimula a lipase
lipoproteica [...] Na microcirculação o estrogênio tem o efeito no
aumento da permeabilidade, facilitando o edema e na diminuição do
tônus muscular [...] Um hipertireoidismo periférico relativo pode ser
provocado pelo estrogênio [...] Assim, o estrogênio pode iniciar,
13

agravar e perpetuar o processo da lipodistrofia ginóide [...] Já a


progesterona tem seu efeito agravante na LDG através do edema que
desencadeia a cada ciclo menstrual [...] Dentre outros hormônios,
destaca-se a insulina que é lipogênica. A prolactina aumenta a
retenção hídrica no tecido adiposo. As catecolaminas em baixa
concentração ativam os recptores beta-adrenérgicos nos adipócitos.
MEDEIROS (in KEDE, SABATOVICH, 2009, p.461).

4.2.3 Fatores Agravantes:

Sedentarismo
Flacidez muscular e os tendões prejudicam o retorno venoso, favorecendo estase e
edema, e atua realçando a alteração do relevo dos septos interlobulares MEDEIROS
(in KEDE, SABATOVICH, 2009, p.462).

Hábitos de vida
Vestuário apertado e salto alto dificultam o retorno venoso e linfático, agravando o
edema e o aspecto da linfostase cutânea regional (Godoy & Godoy, 2003, p. 38).

Obesidade
Além do hiperinsulinismo, inúmeros mecanismos de disfunção metabólica estarão
envolvidos com efeitos deletérios sobre o tecido comprometido MEDEIROS (in KEDE;
SABATOVICH, 2009, p. 462).

Classificar-se-á, agora, a linfostase cutânea regional, de acordo com os autores


abaixo.

4.3 Classificação da Linfostase Cutânea Regional

Existem vários métodos que são utilizados para a classificação da linfostase cutânea
regional, porém, as mais usadas são Bartoletti, Curri e Godoy & Godoy (GODOY &
GODOY, 2003)
14

4.3.1 Classificação de Bartoletti

Forma dura: é encontrado principalmente em mulheres jovens e praticantes de


atividades físicas diariamente, tem aspecto compacto e não modifica com a posição.
Com o pinçamento, detecta-se o aspecto casca de laranja.

Forma flácida: ocorre em mulheres sedentárias com hipotonia muscular e história


familiar de flacidez ou perdem grande quantidade de peso abruptamente. O aspecto
acolchoado é evidente, a pele trêmula ante aos movimentos e o relevo da superfície
se altera com a posição. Geralmente ocorre em torno dos 40 anos.

Forma edematosa: ocorre o aumento dos membros inferiores como um todo.


Provoca sensação de peso e dor nas pernas, é citada como a mais grave. Forma
mista é a associação entre a flácida e edematosa

4.3.2 Classificação de Curri

Grau I – Assintomático ou latente. Sem alterações clínicas, somente histopatológicas.


Grau II – Alterações somente visíveis à palpação ou contração muscular. Com
comprometimento circulatório, diminuição da temperatura e elasticidade da pele. Não
há alteração de sensibilidade à dor.
Grau III – Visível mesmo sem compressão dos tecidos, sujeita a ficar mais aparente
com compressão dos mesmos. Aspecto macroscópico de casca de laranja, observado
com inspeção simples. Presença de nódulos à palpação. Pode haver alteração de
sensibilidade.
Grau IV – O comprometimento pode ser observado quando o indivíduo estiver em
qualquer posição. Há nódulos maiores e dolorosos, aderidos aos planos profundos.
Pele com aspecto de casca de nozes, enrugada e flácida. Há fibrose com fator
predominante, há sensibilidade aumentada à dor, podendo ter comprometimento do
sistema nervoso.

4.3.3 Classificação Godoy & Godoy

Aspecto edematoso – Ocorre predomínio das alterações de permeabilidade capilar,


na qual as pacientes têm dor decorrente principalmente na sobrecarga hídrica no
15

sistema venoso, sendo agravado pela postura, calor, períodos menstruais. Pode
envolver predominantemente o membro inferior. Porém afeta todo organismo.
Aspecto endurecido – É a forma predominante na linfostase cutânea regional pura,
na qual não se encontra outros fatores, como a obesidade e o edema. Pode afetar
membros, tórax e abdômen e os sintomas decorrem da fase evolutiva, sendo que
normalmente não é dolorosa.
Aspecto lipoedematoso – É o padrão no qual ocorre um predomínio da obesidade,
podendo estar associada ou não ao edema. Deve considerar também, no exame
físico, a característica do subcutâneo em relação à flacidez.

A seguir, abordar-se-á o sistema linfático, antecedendo à proposta de recurso de


tratamento manual de drenagem linfática, por compreender-se que uma das hipóteses
da linfostase cutânea regional trata de uma estagnação dos líquidos intersticiais e a
polimerização a partir das macromoléculas, que dificultará as reabsorções venosa e
linfática, o que poderá resultar no aspecto celulítico.

5. SISTEMA LINFÁTICO

Segundo Tortora; Derrickson (2012), a célula é a unidade estrutural e funcional básica


de todo organismo. Um grupo de células microscópicas1, todas similares em estrutura
e com a mesma função especializada podem se agrupar para formar diversos tipos
de tecidos, que por sua vez formam os órgãos. Uma coleção de órgãos específicos
pode formar sistemas integrados e interdependentes que combinados constituem
organismos complexos, como o ser humano, por exemplo. Os vários sistemas
individuais que compõem o corpo humano cooperam entre si para manter a saúde do
organismo como um todo.
Um desses sistemas, é o sistema linfático, responsável entre outras coisas pela
defesa do nosso organismo, promovendo o bem-estar físico e mental do nosso
organismo.
A maior parte do corpo humano é constituída de água, que juntamente com os solutos
dissolvidos , formam os líquidos corporais. Em adultos magros do sexo masculino

1
A maioria das células é microscópica. Uma célula típica tem 20 µ a 30 µ de diâmetro, o que significa
que 40 células alinhadas teriam um diâmetro de um ponto final.
16

(70 kg de peso) esses líquidos representam 60 % (42 l) da massa total do corpo


humano (fig. 05, p. 16) e cerca de dois terços desses líquidos estão contidos dentro
das células, conhecido como líquido intracelular (LIC).

Fig. 05: Representação percentual em massa dos líquidos presentes no corpo humano.

Fonte: (Adaptado de TORTORA; DERRICKSON 2012)

O terço restante do líquido, que está fora da célula e inclui todos os outros líquidos
corporais, é conhecido como líquido extracelular (LEC). Parte desse líquido,
aproximadamente 80 %, está presente nos espaços microscópicos entre as células
dos tecidos, é chamado líquido intersticial. Do que sobra, um pouco menos de 20%
está presente nos vasos sanguíneos, constitui o plasma sanguíneo. O restante do
17

líquido extracelular, inclui em menor quantidade (menos de 1%) a linfa, presente no


interior dos capilares e vasos linfáticos, os líquidos cefalorraquidiano, sinovial, humor
aquoso e outros (TORTORA; DERRICKSON, 2012).

De acordo com Tortora; Derrickson (2012), parte do material que compõe o plasma
sanguíneo é filtrada através das paredes dos vasos capilares sanguíneos para formar
o liquido intersticial. Esse fluido que circunda as células dos tecidos corporais acaba
escoando para dentro de pequenos capilares, e recebe então o nome de linfa (do latim
lymph= líquido claro), similar quimicamente ao plasma sanguíneo. Esses capilares
são conhecidos como capilares linfáticos que, ao se unirem, formam os vasos
linfáticos, semelhantes às veias, mas de parede mais fina e apresentando mais
válvulas.

Os capilares linfáticos são encontrados por todo o corpo, exceto no sistema nervoso
central, em porções do baço, na medula óssea e em tecidos que não apresentam
capilares sanguíneos (TORTORA; DERRICKSON, 2012).

A linfa é um líquido transparente, incolor, de reação alcalina, composto de proteínas


e lipídios, que contém em suspensão glóbulos brancos, principalmente linfócitos e,
com frequência, glóbulos de gorduras (GOMES; DAMAZIO, 2009 p. 385).

A linfa, os vasos linfáticos, os tecidos linfáticos e a medula óssea vermelha formam o


sistema linfático, responsável pela imunidade adaptativa (e alguns aspectos da
imunidade inata). A imunidade Inata inclui as barreiras propiciadas pela pele e pelas
túnicas mucosas. Ela também inclui várias defesas internas, como proteínas
antimicrobianas, células NK, fagócitos, inflamação e febre (TORTORA;
DERRICKSON, 2012).

De acordo com Monsterleet (2011), o sistema linfático nasce em quase todos os


espaços tissulares em uma rede muito densa de capilares e de vasos, generalizada
em todo o organismo, tanto na superfície quanto em sua região profunda (fig. 06, p.
18).
18

Fig. 06: Composição do sistema linfático

Fonte: (Adaptado de Tortora; Derrickson 2012),

Segundo Tortora; Derrickson (2012), o sistema linfático tem três funções primárias:
1. Drenagem do excesso de liquido intersticial e as proteínas provenientes dos
espaços tissulares e os devolvem ao sangue.
2. Transporte de lipídios alimentares, e as vitaminas lipossolúveis (A, D, E e K)
absorvidas pelo trato gastrointestinal até o sangue.
3. Realização das respostas imunes. O tecido linfático inicia as respostas
altamente específicas contra micróbios específicos ou células anormais.

Intercalados aos vasos linfáticos, encontram-se os linfonodos ou gânglios linfáticos.


Possuem forma arredondada similares aos linfócitos do sangue, medindo de 3 a 6 mm
de diâmetro. De acordo com Monsterleet (2011), os vasos linfáticos que fazem o
transporte da linfa são denominados aferentes; os que saem deles, são chamados de
eferentes. (fig. 07, p. 19). Antes de ser lançada à corrente sanguínea, a linfa pode
atravessar diversos grupos de linfonodos.
19

Fig. 07 Linfonodos com vias linfáticas eferentes e aferentes

http://www.ebah.com.br/content/ABAAAATmoAH/relatorio-celulas-orgaos-envolvidos-na-resposta-
imune

São os linfonodos os responsáveis pela segunda linha de defesa do organismo


(MONSTERLEET, 2011). Eles sustentam e reforçam os neutrófilos que se espalham
nos tecidos atingidos pela infecção.

Segundo Foldi (2012), os linfonodos funcionam como “estações de filtragem”. O ser


humano possui de 600 a 700 linfonodos com um peso aproximado de 100 g. no total.
São facilmente palpados quando estão aumentados e podem ser encontrados nas
regiões: axilares, inguinal e ao longo dos grandes vasos do pescoço e do tronco, onde
são bastante numerosos.

Os linfonodos atuam, basicamente, em duas funções: na filtração da linfa, para a


eliminação de partículas estranhas e no desempenho do papel imunológico por meio
dos linfócitos e plasmócitos (ELWING; SANCHES, 2014, p.40).

De acordo com Monsterleet (2011), as trocas entre o sangue e a linfa ocorrem na


região da microcirculação capilar, de acordo com os fenômenos físicos difusão,
osmose e pressão oncótica.
Difusão: é o movimento do soluto de uma solução concentrada em direção a uma
solução mais diluída através de uma membrana de separação, até que haja igualdade
nas suas concentrações.
Osmose: é o movimento da água de uma solução diluída em direção a uma solução
mais concentrada.
20

Pressão oncótica: é a pressão osmótica coloidal devidas aos coloides do plasma.


Dos vasos linfáticos, a linfa passa finalmente para um dos dois canais principais:
O ducto torácico e o ducto linfático direito (fig. 08).

Fig. 08: Ducto torácico e Ducto linfático direito

Fonte: (Adaptado de Foldi 2012)

De acordo com Tortora; Derrickson (2012), O ducto torácico, o principal ducto coletor
de linfa, drena a linfa do lado esquerdo da cabeça, do pescoço e do tórax; do membro
superior esquerdo e do corpo inteiro abaixo das costelas. O ducto linfático direito drena
a linfa do lado superior direito do corpo. Por fim, o ducto torácico esvazia-se de sua
linfa na junção das veias jugular interna esquerda e subclávia esquerda, enquanto o
ducto linfático direito o faz na junção das veias jugular interna direita e subclávia direita
(fig. 08, p. anterior). Desse modo, a linfa é drenada de volta ao sangue

5.1 Transporte da Linfa

É nos capilares iniciais linfáticos que têm início a formação da linfa, mas o seu
transporte ativo ocorre nos coletores e troncos linfáticos, vasos linfáticos com diâmetro
em torno de 0,1 a 2 mm (fig. 09 p. 21). Os coletores possuem válvulas em suas
paredes internas, dispostas aos pares, cuja função é impedir o refluxo da linfa. O
trecho entre duas válvulas é denominado linfângion (fig.10 p. 21 ). Por meio da
21

contração dos linfangions, e ação passiva das válvulas a linfa é impulsionada na


direção certa (FOLDI, 2012).

Fig. 09: Transporte da linfa

Fonte: Tortora; Derrickson 2012,

Fig. 10: Detalhe de um vaso linfático mostrando o Linfângion

Fonte: http://profrk-zapamietajtechwile.blogspot.com.br/

6. DRENAGEM LINFÁTICA

De acordo com Foldi (2012), a Drenagem Linfática Manual (DLM) é uma técnica que
utiliza compressão manual que consiste em manobras especificas por pressão
intermitente que segue o trajeto dos vasos linfáticos e tem como objetivo aumentar o
fluxo da circulação linfática nos tratamentos de disfunções de edemas, linfedemas e
alterações estéticas como a linfostase cutânea regional.
22

A linfa percorre o sistema linfático graças a débeis contrações dos músculos, da


pulsação das artérias próximas e do movimento das extremidades articulares. É uma
drenagem linfática natural. (FOLDI, 2012).

A drenagem linfática manual foi desenvolvida no período de 1932 e 1936 quando o


casal dinamarquês Estrid e Emil Vodder, observou que em pacientes com quadros
gripais crônicos, com linfonodos aumentados na região cervical, quando lhes
estimulavam os gânglios aumentados, havia uma melhora em seu estado clínico após
o manuseio da região afetada. É a eles que devemos o termo drenagem linfática
manual, denominação atualmente adotada mundialmente por todos. (GODOY &
GODOY, 2004).

A partir daí o casal desenvolveu uma série de movimentos, resultando assim na


técnica de drenagem linfática, a partir de estudo observacional, publicada em Paris
em 1936. Nas décadas de 1960 a 1970 foi despertado o interesse de alguns médicos
com a finalidade de tratar o linfedema. Ao longo dos anos outros profissionais da área
médica desenvolveram outras técnicas, mas sempre mantendo os princípios
preconizados por Vodder. Daí em diante vários adeptos passaram a utilizar a técnica
acrescentando algumas modificações, porém sem alterações significativas no
conceito de seus movimentos e direcionamentos, respeitando-se a fisiologia e o trajeto
dos vasos linfáticos. Além da área da estética, que já fazia uso da técnica, surgiram
vários centros utilizando a técnica, como o casal Michel & Ethel Foldi, na Europa; o
casal John R. & Judith R. Casley Smith, na Austrália; Rubens Mayall, no Brasil, dentre
outros no mundo inteiro.

De acordo com os conceitos de anatomia, fisiologia e hidrodinâmica, Godoy & Godoy,


em 1999, descreveu uma nova técnica utilizando roletes como mecanismos
facilitadores de drenagem. Com esta técnica, passou-se a questionar a utilização dos
movimentos circulares. Atualmente o casal não utiliza mais os roletes e sim o
deslizamento com pressão constante, precedido de sua principal manobra, que é o
estímulo da região supra clavicular por 20 minutos (GODOY & GODOY, 2011).

A técnica de drenagem linfática Godoy & Godoy segue os princípios da anatomia,


fisiologia, hidrodinâmica e da fisiopatologia de acordo com o quadro clínico do
paciente, seja no tratamento do edema, linfedema ou linfostase cutânea regional. A
23

técnica pode ser avaliada nas três fases de investigação clínica, que são: estudo in
vitro, in vivo e clínico (GODOY & GODOY, 2011).

• In vitro: trata-se de uma expressão em latim que quer dizer “em vidro”. É uma
expressão utilizada na área médica para dar nome aos fenômenos observados
fora do organismo do ser vivo.

As figuras 11 e 12, ilustram a experiência de Godoy & Godoy, utilizando um tubo


plástico com líquido colorido que, quando comprimido manualmente, torna possível
observar o deslocamento do fluido.

Fig.11: Coletor (in vitro) sobre a perna até a região inguinal.

Godoy &Godoy 2011.

Fig.12: Deslizamento do dedo sobre o vaso, mantendo-o colabado2

Godoy & Godoy 2011.

2
Dicionário Priberam da língua portuguesa “Causar ou sofrer colapso ou aluimento, geralmente
falando-se de estrutura anatômica.”
24

• In vivo: é uma expressão, também do latim, que se refere à experimentação


realizada dentro ou no tecido de um organismo vivo. Dessa forma, a
compressão é realizada diretamente no tecido humano, comprimindo a
extremidade de um vaso e deslocando manualmente sobre o mesmo (fig.13 e
14).

Fig. 13: Compressão distal da veia, deslizando para proximal.

Godoy & Godoy 2011

Fig. 14: Mantendo a compressão distal da veia.

Godoy & Godoy 2011

• Clínico: conjunto de procedimentos investigativos e desenvolvimento de


medicamentos realizados para oferecer segurança e/ou eficácia nas
intervenções de saúde.

Godoy & Godoy (2003), afirmam que a drenagem linfática tem duas fases bem
distintas: Drenagem da linfa já formada e estimulação e formação da linfa. Na
formação da linfa as pressões oncóticas e hidrostáticas dos meios intravascular e do
interstício celular são de fundamental importância. A linfa é formada no momento em
que o fluido intersticial penetra nos capilares linfáticos e uma das formas de estimular
25

essa ação natural é com o aumento da pressão, do espaço intersticial. Isso cria
condições para que o fluido intersticial atinja os capilares linfáticos, linfonodos
correspondentes, e, obedecendo a sequência dos trajetos, finalmente, alcance o
sistema venoso.

Godoy & Godoy (2011), enfatizam que, de acordo com a hidrodinâmica, quando
drenamos no sentido do fluxo da linfa, ou seja, no sentido do trajeto dos vasos, um
maior volume de fluidos é deslocado, pois, se for realizado em sentido contrário pode
forçar a linfa contra as válvulas podendo danificá-las e, consequentemente os
linfonodos.

Destacar-se-á, a seguir, as técnicas das manobras dos membros inferiores que são
as regiões mais acometidas pela linfostase cutânea regional.

6.1 Técnicas e Manobras

Estímulo cervical
Quando executada a manobra do estímulo cervical (fig. 15), observou-se a melhora
tanto nos edemas da face como nas extremidades, sendo comprovada essa
observação a partir de estudo clinico. A drenagem deve ser iniciada proximal à base
do pescoço na região supra clavicular, região onde são encaminhados todos os
coletores. Este estímulo deve ter a duração de 15 a 20 minutos, utilizando os
polegares.

Fig. 15: Região cervical, local onde realizam os estímulos

Fonte: Godoy & Godoy 2011


26

Movimentos respiratórios
É a alternativa fisiológica de estimular a variação de pressão da caixa torácica, onde
a excursão pulmonar e do diafragma auxiliam na compressão dos vasos. Nos
movimentos respiratórios exerce uma pressão subatmosférica de 4mm Hg a 6mm Hg,
portanto, uma pressão aspirativa.

Compressão abdominal
É um diferencial de pressão com finalidade de estimular a drenagem linfática e os
movimentos e são orientados em uma sequência de estímulos programados durante
a drenagem linfática. Geralmente são realizados em torno de 5 compressões, e esses
números são aleatórios podendo variar conforme a necessidade do cliente, sendo que
deve-se respeitar a direção dos quadrantes supra e infra-abdominal (fig. 16). Na
região supra-abdominal, a linfa é direcionada para os linfonodos axilares; já a linfa da
região infra-abdominal segue para os linfonodos inguinais, sempre respeitando a
fisiologia.

Fig. 16: Compressão manual na região umbilical.

Fonte: Godoy &Godoy 2011

Membros inferiores
Dar-se o início das manobras na região proximal estimulando a principal corrente que
é a da safena magna. Flexionando lateralmente o membro, tem-se a exposição da
corrente linfática da veia safena magna (fig. 17, p. 27). Iniciam-se os movimentos
manuais deslizando próximo da prega inguinal, até atingi-la, e volta-se em seguida
para as regiões mais distais.
27

Fig.17: Corrente da safena magna e as demais da coxa

Godoy & Godoy 2011

É importante manter o movimento com pressão constante até a região inguinal, pois
no caso de haver refluxo linfático ocorrerá perda da eficácia do movimento. Deve-se
enfatizar que a manutenção da pressão até atingir a região inguinal e a velocidade
durante o deslizamento são de maior importância (fig. 18). É a uniformização dos
movimentos que promove a eficácia do equilíbrio entre a formação da linfa e sua
drenagem, e não a drenagem rápida.

Fig. 18: drenagem da corrente da safena magna atingindo o terço inferior da perna.

Fonte: Godoy &Godoy 2011


28

7. METODOLOGIA

Trata-se de uma revisão bibliográfica, realizada nas bases de dados multidisciplinares,


dando ênfase às nomenclaturas da linfostase cutânea regional, utilizando o método
de drenagem linfática manual Godoy & Godoy como uma das possibilidades de
tratamento.
Os dados utilizados para o desenvolvimento do presente estudo, foram obtidos
através de pesquisas bibliográficas, em Artigos Científicos, Revistas, publicações
impressas online e livros relacionados ao assunto. Algumas das fontes utilizadas
estão fora do critério da normativa de 2010 a 2017, pois não foi encontrada literatura
suficiente para o embasamento.

Bases descritoras
As bases descritoras usadas foram:
Scientific Eletronic Library Online (SciELO), a Revista Brasileira em Promoção da
Saúde (RBPS), publicações impressas online e livros relacionados ao assunto.

Critério de inclusão:
Os critérios de inclusão das publicações selecionadas para a presente revisão foram:
Artigos científicos em português; Livros. Artigos disponibilizados na integra que
descrevem ou mencionam o tema abordado.

Critérios de exclusão:
Foram excluídos artigos científicos e livros que abordavam outros assuntos que não
tipificassem a linfostase cutânea regional, sistema linfático e drenagem linfática
manual.
29

8. CONCLUSÃO

Ao final do percurso desta pesquisa concluiu-se que, a partir dos experimentos in vitro
de Godoy & Godoy, baseados nos conceitos de anatomia, fisiologia e hidrodinâmica,
para o deslocamento de qualquer tipo de fluido deve-se empregar uma diferença de
pressão entre as regiões que contenham fluido. Essa compressão externa promove
um diferencial de pressão entre as extremidades, para deslocar o fluido contido no
conduto, tendo como resultado final a redução da pressão no seu interior, e assim
facilitar a entrada de um novo conteúdo. Tal experimento serviu de base e
fundamentação teórica para as manobras de deslizamento com pressão constante,
traduzindo-se no diferencial do método argumentado neste trabalho, além da manobra
do ângulo venoso em que o casal Godoy & Godoy preconiza sua execução por 20
minutos, em média, para garantir a facilitação da hidrodinâmica dos fluidos linfáticos.

A linfostase cutânea regional ainda é uma patologia pouco estudada e não existe uma
definição exata e um tratamento eficaz reconhecido em todo o mundo. Diante disso,
se faz necessário estudos adicionais, em virtude da escassez de literatura para
compreender melhor as técnicas utilizadas para amenizar os efeitos desta patologia
com eficácia, assim como aprimorar e fidelizar os tratamentos com o intuito de
potencializar os resultados no âmbito da estética clínica.
30

BIBLIOGRAFAIS:

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Prática. São Paulo: Senac, 2010

2. FOLDI, Michael & Strobenreuther, Roman. Princípios de Drenagem


Linfática. São Paulo: Manole, 2012

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e Fisiologia. São Paulo: Manole, 2011

4. GODOY, M. F. G. & Godoy, A. C. P. & Godoy, J. M. P. Drenagem Linfática


Global: Conceito Godoy & Godoy. São José do Rio Preto SP: ths, 2011

5. TORTORA, Gerard J. & Derrickson. Corpo Humano – Fundamentos de


Anatomia e Fisiologia. Porto Alegre: Artmed, 2012

6. BORGES, Fábio dos Santos. Modalidades terapêuticas nas difusões


estéticas. 2. Ed. cap. 9, p. 236-237, Ver. E ampl. São Paulo: Phorte, 2010.

7. KEDE, M.P.V; SABATOVICH,O. Dermatologia Estética: 2ed. São Paulo:


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http://www.uesb.br/revista/rsc/v11/v11n2a06.pdf Acesso em 20/05/2017
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