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Rio de Janeiro
2017
ROSALINA OLIVEIRA BACELAR
VIVIANE HILÁRIO PEREIRA
Rio de Janeiro
2017
ROSALINA OLIVEIRA BACELAR
VIVIANE HILÁRIO PEREIRA
Aprovado em
Banca Examinadora
Prof (a)______________________________
Instituição:___________________________-
Julgamento:__________________________
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RESUMO
1. INTRODUÇÃO
O nome estética tem origem grega, aisthetiké, que significa aquele que nota, que
percebe; na filosofia ela é estudada como a arte do belo nas manifestações artísticas
e naturais; na saúde a estética atua como o bem-estar físico, mental e social.
2. OBJETIVOS
3. REVISÃO DE LITERATURA
3.1 Pele
A pele representa cerca de 16% do peso corporal total, tendo como função principal
proteger o corpo das agressões do meio externo. É na superfície externa que se
processa o maior número de interações com o meio, como a regulação da temperatura
corpórea por exemplo. É através da pele que se secreta e excreta humores interagindo
com o mundo (GOMES; DAMAZIO, 2009).
Fonte: http://belezain.inf.br/podologia/hidrat_espec.asp
O termo celulite vem do latim cellulite, e foi usado no ano de 1920 por Alquier e Paviot
para caracterizar uma doença que, atualmente, acomete cerca de 90% das mulheres.
Até os dias de hoje é o termo mais usado.
No entanto, houve várias discussões para alteração desse nome, pois observou-se
que não havia um infiltrado inflamatório na histopatológica. A partir desta discussão
vários pesquisadores deram nomes diferentes para esta disfunção, tais como:
Na Idade Média, a linfostase cutânea regional era vista como belo. Era digno está em
realce diante das pinturas e estátuas femininas, (fig. 02) porém, nos padrões de beleza
dos dias atuais (fig. 03) é visto como uma imperfeição.
Fonte: http://vogue.globo.com/beleza/fitness-e-dieta/noticia/2016/01/o-segredo-do-corpo-impecavel-de-
gisele-bundchen.html
Entretanto, mesmo diante de tantos estudos e nomes diversos, existem poucos artigos
científicos discorrendo sobre o assunto. Esta doença mexe com a autoestima das
mulheres de maneiras diferentes ao longo da história.
água. Esta doença está ligada basicamente ao retorno venoso e linfático da circulação
sanguínea. A causa desta doença é multifatorial, tendo em vista várias interferências
como por exemplo: alterações hormonais, inatividade física, hábitos de vida e hábitos
alimentares. (Godoy & Godoy, 2003).
Fonte: https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/e/ef/Illu_lymph_capillary_es.svg
Hormonais
A interferência hormonal não afeta somente a contração dos linfângions, mas a
distribuição do tecido gorduroso na mulher, que dá as características e aspecto físico
feminino (GODOY & GODOY, 2003, P.35). Neste sentido MEDEIROS (in KEDE,
SABATOVICH, 2009.), discorre detalhadamente as ações hormonais que irão
influenciar nos fatores desencadeantes da fisiopatologia da lipodistrofia ginóide (LDG):
Sedentarismo
Flacidez muscular e os tendões prejudicam o retorno venoso, favorecendo estase e
edema, e atua realçando a alteração do relevo dos septos interlobulares MEDEIROS
(in KEDE, SABATOVICH, 2009, p.462).
Hábitos de vida
Vestuário apertado e salto alto dificultam o retorno venoso e linfático, agravando o
edema e o aspecto da linfostase cutânea regional (Godoy & Godoy, 2003, p. 38).
Obesidade
Além do hiperinsulinismo, inúmeros mecanismos de disfunção metabólica estarão
envolvidos com efeitos deletérios sobre o tecido comprometido MEDEIROS (in KEDE;
SABATOVICH, 2009, p. 462).
Existem vários métodos que são utilizados para a classificação da linfostase cutânea
regional, porém, as mais usadas são Bartoletti, Curri e Godoy & Godoy (GODOY &
GODOY, 2003)
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sistema venoso, sendo agravado pela postura, calor, períodos menstruais. Pode
envolver predominantemente o membro inferior. Porém afeta todo organismo.
Aspecto endurecido – É a forma predominante na linfostase cutânea regional pura,
na qual não se encontra outros fatores, como a obesidade e o edema. Pode afetar
membros, tórax e abdômen e os sintomas decorrem da fase evolutiva, sendo que
normalmente não é dolorosa.
Aspecto lipoedematoso – É o padrão no qual ocorre um predomínio da obesidade,
podendo estar associada ou não ao edema. Deve considerar também, no exame
físico, a característica do subcutâneo em relação à flacidez.
5. SISTEMA LINFÁTICO
1
A maioria das células é microscópica. Uma célula típica tem 20 µ a 30 µ de diâmetro, o que significa
que 40 células alinhadas teriam um diâmetro de um ponto final.
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Fig. 05: Representação percentual em massa dos líquidos presentes no corpo humano.
O terço restante do líquido, que está fora da célula e inclui todos os outros líquidos
corporais, é conhecido como líquido extracelular (LEC). Parte desse líquido,
aproximadamente 80 %, está presente nos espaços microscópicos entre as células
dos tecidos, é chamado líquido intersticial. Do que sobra, um pouco menos de 20%
está presente nos vasos sanguíneos, constitui o plasma sanguíneo. O restante do
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De acordo com Tortora; Derrickson (2012), parte do material que compõe o plasma
sanguíneo é filtrada através das paredes dos vasos capilares sanguíneos para formar
o liquido intersticial. Esse fluido que circunda as células dos tecidos corporais acaba
escoando para dentro de pequenos capilares, e recebe então o nome de linfa (do latim
lymph= líquido claro), similar quimicamente ao plasma sanguíneo. Esses capilares
são conhecidos como capilares linfáticos que, ao se unirem, formam os vasos
linfáticos, semelhantes às veias, mas de parede mais fina e apresentando mais
válvulas.
Os capilares linfáticos são encontrados por todo o corpo, exceto no sistema nervoso
central, em porções do baço, na medula óssea e em tecidos que não apresentam
capilares sanguíneos (TORTORA; DERRICKSON, 2012).
Segundo Tortora; Derrickson (2012), o sistema linfático tem três funções primárias:
1. Drenagem do excesso de liquido intersticial e as proteínas provenientes dos
espaços tissulares e os devolvem ao sangue.
2. Transporte de lipídios alimentares, e as vitaminas lipossolúveis (A, D, E e K)
absorvidas pelo trato gastrointestinal até o sangue.
3. Realização das respostas imunes. O tecido linfático inicia as respostas
altamente específicas contra micróbios específicos ou células anormais.
http://www.ebah.com.br/content/ABAAAATmoAH/relatorio-celulas-orgaos-envolvidos-na-resposta-
imune
De acordo com Tortora; Derrickson (2012), O ducto torácico, o principal ducto coletor
de linfa, drena a linfa do lado esquerdo da cabeça, do pescoço e do tórax; do membro
superior esquerdo e do corpo inteiro abaixo das costelas. O ducto linfático direito drena
a linfa do lado superior direito do corpo. Por fim, o ducto torácico esvazia-se de sua
linfa na junção das veias jugular interna esquerda e subclávia esquerda, enquanto o
ducto linfático direito o faz na junção das veias jugular interna direita e subclávia direita
(fig. 08, p. anterior). Desse modo, a linfa é drenada de volta ao sangue
É nos capilares iniciais linfáticos que têm início a formação da linfa, mas o seu
transporte ativo ocorre nos coletores e troncos linfáticos, vasos linfáticos com diâmetro
em torno de 0,1 a 2 mm (fig. 09 p. 21). Os coletores possuem válvulas em suas
paredes internas, dispostas aos pares, cuja função é impedir o refluxo da linfa. O
trecho entre duas válvulas é denominado linfângion (fig.10 p. 21 ). Por meio da
21
Fonte: http://profrk-zapamietajtechwile.blogspot.com.br/
6. DRENAGEM LINFÁTICA
De acordo com Foldi (2012), a Drenagem Linfática Manual (DLM) é uma técnica que
utiliza compressão manual que consiste em manobras especificas por pressão
intermitente que segue o trajeto dos vasos linfáticos e tem como objetivo aumentar o
fluxo da circulação linfática nos tratamentos de disfunções de edemas, linfedemas e
alterações estéticas como a linfostase cutânea regional.
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técnica pode ser avaliada nas três fases de investigação clínica, que são: estudo in
vitro, in vivo e clínico (GODOY & GODOY, 2011).
• In vitro: trata-se de uma expressão em latim que quer dizer “em vidro”. É uma
expressão utilizada na área médica para dar nome aos fenômenos observados
fora do organismo do ser vivo.
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Dicionário Priberam da língua portuguesa “Causar ou sofrer colapso ou aluimento, geralmente
falando-se de estrutura anatômica.”
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Godoy & Godoy (2003), afirmam que a drenagem linfática tem duas fases bem
distintas: Drenagem da linfa já formada e estimulação e formação da linfa. Na
formação da linfa as pressões oncóticas e hidrostáticas dos meios intravascular e do
interstício celular são de fundamental importância. A linfa é formada no momento em
que o fluido intersticial penetra nos capilares linfáticos e uma das formas de estimular
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essa ação natural é com o aumento da pressão, do espaço intersticial. Isso cria
condições para que o fluido intersticial atinja os capilares linfáticos, linfonodos
correspondentes, e, obedecendo a sequência dos trajetos, finalmente, alcance o
sistema venoso.
Godoy & Godoy (2011), enfatizam que, de acordo com a hidrodinâmica, quando
drenamos no sentido do fluxo da linfa, ou seja, no sentido do trajeto dos vasos, um
maior volume de fluidos é deslocado, pois, se for realizado em sentido contrário pode
forçar a linfa contra as válvulas podendo danificá-las e, consequentemente os
linfonodos.
Destacar-se-á, a seguir, as técnicas das manobras dos membros inferiores que são
as regiões mais acometidas pela linfostase cutânea regional.
Estímulo cervical
Quando executada a manobra do estímulo cervical (fig. 15), observou-se a melhora
tanto nos edemas da face como nas extremidades, sendo comprovada essa
observação a partir de estudo clinico. A drenagem deve ser iniciada proximal à base
do pescoço na região supra clavicular, região onde são encaminhados todos os
coletores. Este estímulo deve ter a duração de 15 a 20 minutos, utilizando os
polegares.
Movimentos respiratórios
É a alternativa fisiológica de estimular a variação de pressão da caixa torácica, onde
a excursão pulmonar e do diafragma auxiliam na compressão dos vasos. Nos
movimentos respiratórios exerce uma pressão subatmosférica de 4mm Hg a 6mm Hg,
portanto, uma pressão aspirativa.
Compressão abdominal
É um diferencial de pressão com finalidade de estimular a drenagem linfática e os
movimentos e são orientados em uma sequência de estímulos programados durante
a drenagem linfática. Geralmente são realizados em torno de 5 compressões, e esses
números são aleatórios podendo variar conforme a necessidade do cliente, sendo que
deve-se respeitar a direção dos quadrantes supra e infra-abdominal (fig. 16). Na
região supra-abdominal, a linfa é direcionada para os linfonodos axilares; já a linfa da
região infra-abdominal segue para os linfonodos inguinais, sempre respeitando a
fisiologia.
Membros inferiores
Dar-se o início das manobras na região proximal estimulando a principal corrente que
é a da safena magna. Flexionando lateralmente o membro, tem-se a exposição da
corrente linfática da veia safena magna (fig. 17, p. 27). Iniciam-se os movimentos
manuais deslizando próximo da prega inguinal, até atingi-la, e volta-se em seguida
para as regiões mais distais.
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É importante manter o movimento com pressão constante até a região inguinal, pois
no caso de haver refluxo linfático ocorrerá perda da eficácia do movimento. Deve-se
enfatizar que a manutenção da pressão até atingir a região inguinal e a velocidade
durante o deslizamento são de maior importância (fig. 18). É a uniformização dos
movimentos que promove a eficácia do equilíbrio entre a formação da linfa e sua
drenagem, e não a drenagem rápida.
Fig. 18: drenagem da corrente da safena magna atingindo o terço inferior da perna.
7. METODOLOGIA
Bases descritoras
As bases descritoras usadas foram:
Scientific Eletronic Library Online (SciELO), a Revista Brasileira em Promoção da
Saúde (RBPS), publicações impressas online e livros relacionados ao assunto.
Critério de inclusão:
Os critérios de inclusão das publicações selecionadas para a presente revisão foram:
Artigos científicos em português; Livros. Artigos disponibilizados na integra que
descrevem ou mencionam o tema abordado.
Critérios de exclusão:
Foram excluídos artigos científicos e livros que abordavam outros assuntos que não
tipificassem a linfostase cutânea regional, sistema linfático e drenagem linfática
manual.
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8. CONCLUSÃO
Ao final do percurso desta pesquisa concluiu-se que, a partir dos experimentos in vitro
de Godoy & Godoy, baseados nos conceitos de anatomia, fisiologia e hidrodinâmica,
para o deslocamento de qualquer tipo de fluido deve-se empregar uma diferença de
pressão entre as regiões que contenham fluido. Essa compressão externa promove
um diferencial de pressão entre as extremidades, para deslocar o fluido contido no
conduto, tendo como resultado final a redução da pressão no seu interior, e assim
facilitar a entrada de um novo conteúdo. Tal experimento serviu de base e
fundamentação teórica para as manobras de deslizamento com pressão constante,
traduzindo-se no diferencial do método argumentado neste trabalho, além da manobra
do ângulo venoso em que o casal Godoy & Godoy preconiza sua execução por 20
minutos, em média, para garantir a facilitação da hidrodinâmica dos fluidos linfáticos.
A linfostase cutânea regional ainda é uma patologia pouco estudada e não existe uma
definição exata e um tratamento eficaz reconhecido em todo o mundo. Diante disso,
se faz necessário estudos adicionais, em virtude da escassez de literatura para
compreender melhor as técnicas utilizadas para amenizar os efeitos desta patologia
com eficácia, assim como aprimorar e fidelizar os tratamentos com o intuito de
potencializar os resultados no âmbito da estética clínica.
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BIBLIOGRAFAIS:
8. DE MAIO, Maurício. Tratado de medicina estética. Vol. III. ed. São Paulo:
Roca, 2011.