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Fundamentação da

Prática das TCCs

Profa. Dra. Ana Paula Justo


Mestre e Doutora em Psicologia
Especialista em Terapia Comportamental Cognitivo

2019
Ementa

Introdução à TCC

Fundamentos da Prática das


TCCs

Terapia Baseada em
Evidências

Conceitualização de Caso
Introdução à TCC
Introdução à TCC
As bases teóricas das Terapias Cognitivo
Comportamentais (TCCs) passaram a ser
desenvolvidas no início do século XX com o
surgimento do evolucionismo de Darwin e de uma
crescente realização de estudos empíricos sobre o
comportamento.
Introdução à TCC

Teoria Teoria
Comportamental Cognitiva

Terapias Cognitivo Comportamentais

As TCCs são híbridas pois integram conceitos e técnicas


cognitivas e comportamentais.
Introdução à TCC
 As terapias designadas de Terapia Cognitivo
Comportamental [TCC], denominam-se assim
porque integram conceitos e técnicas,
comportamentais e cognitivas.

 Por isso, torna-se fundamental o domínio dos


conceitos comportamentais e cognitivos, para a
compreensão e a aplicação das técnicas,
comportamentais e cognitivas, ao longo do
processo terapêutico.
Introdução à TCC
 Embora a TCC integre conceitos e técnicas
comportamentais e cognitivas, somente nos casos
que se possa demonstrar uma mediação cognitiva, e
nos quais a mediação seja um componente
importante do plano de tratamento, pode-se aplicar o
rótulo “cognitivo comportamental”.

 A TCC concilia os procedimentos utilizados nas


técnicas comportamentais com aqueles utilizados na
modificação de processos cognitivos.
Revisão
de Conceitos
Terapia
Comportamental

 A intervenção sob a abordagem


comportamental enfoca diretamente o
comportamento a ser modificado e o ambiente
onde esse comportamento ocorre.

 Uma proposta de intervenção eficaz requer uma


avaliação precisa do comportamento alvo e das
unidades funcionais do ambiente, onde esse
comportamento é mais provável de ocorrer.
Terapia
Comportamental

 A avaliação do comportamento inclui a


especificação de:

◦ sua topografia (descrição da forma e estrutura),


◦ suas dimensões e funções,
◦ a história de reforçamento (contingências),
◦ a frequência de ocorrência,
◦ a definição e quantificação das mudanças
desejadas.
Terapia
Comportamental

 A avaliação do ambiente inclui a especificação


dos estímulos antecedentes e consequentes ao
comportamento, suas características e sua
distribuição no tempo e no espaço.
Terapia
Comportamental
Terapia
Comportamental

 Uma formulação adequada das interações entre


um organismo e seu meio ambiente deve
especificar três coisas:

1.A ocasião na qual a resposta ocorre – Estímulo


Discriminativo (Sd)
2.A própria resposta – (R)
3.As consequências – Estímulo Consequente (Sc)

(Skinner, 1969, p. 7-8)


Terapia
Comportamental
 O que aconteceu? – identificar o estímulo antecedente (Sd)

 O que ele fez? – identificar o comportamento (R)

 O que aconteceu então? – identificar as consequências do


comportamento (Sc)

 A essência da análise funcional (ou análise de


contingências) é identificar o comportamento e as suas
consequências.

 Análise Funcional: identificar relações funcionais entre os


comportamentos das pessoas e suas consequências.
Terapia
Comportamental
 A tarefa da análise funcional consiste basicamente em
encaixar o comportamento em um dos paradigmas
(respondente e/ou operante) e encontrar os
determinantes do comportamento.

 Uma vez que encontramos os determinantes do


comportamento, podemos predizê-lo (prever a sua
ocorrência) e controlá-lo (aumentar ou diminuir
deliberadamente sua probabilidade de ocorrência).

 Esse é o objetivo da Terapia Comportamental.


Terapia
Comportamental
1. Antecedentes
2. Comportamento/Resposta
3. Consequência
 Reforço positivo/negativo
 Punição positiva/negativa
Terapia
Comportamental

 A descrição e a quantificação adequada dessas


variáveis mostrarão a extensão do problema ou da
queixa e a validade da intervenção.

 A partir dessa avaliação, é feita a escolha da técnica


de intervenção mais apropriada às necessidades e às
características do cliente e de sua realidade.

 As técnicas comportamentais tem como base o


paradigma respondente e/ou operante.
Ivan Pavlov (1849 – 1936) - Rússia
 Investigou objetivamente os reflexos
condicionados do ponto de vista de um
fisiologista

 Defendeu fortemente o objetivismo na


investigação e criticou os traços subjetivos da
investigação psicológica

 Seu trabalho demonstrou a importância da


aprendizagem na explicação do
comportamento animal

 Também proporcionou um paradigma de


investigação para estudar o comportamento
humano
Ivan Pavlov (1849 – 1936) - Rússia
Edward Thorndike (1874 – 1949) - América
 Antes mesmo do desenvolvimento do
comportamentalismo de Watson, Thorndike já
utilizava investigações objetivas com animais

 Ele não estudou como os reflexos podiam ser


provocados por outros estímulos como Pavlov, mas
estava interessado em saber como os animais
aprendiam novas respostas que não se encontravam
inicialmente em seu repertório

 Sua experiência mais conhecida foi realizada com


gatos que aprendiam a escapar de uma jaula para
obter comida

 Por meio de “tentativa e erro”, os gatos tornavam-se


cada vez mais habilidosos para escapar da jaula
Edward Thorndike (1874 – 1949) - América

 Com base em suas investigações mostrou a


influência das consequências sobre o
comportamento e da prática repetida

 Formulou várias “leis de aprendizagem”

 A mais influente, foi a “lei do efeito”, que


sinalizou que as “consequências satisfatórias”
fortalecem o laço entre um estímulo e uma
resposta e as “consequências incômodas”
debilitam tal conexão
A Primeira Versão do Behaviorismo
Watson, John Broadus (1878 - 1958)

• Baseado nos experimentos de Pavlov


(1927) e Thorndike (1895) e em outros
resultados que observou em seus estudos
em psicologia animal, em 1913 Watson
procurou transpor para o domínio da
psicologia humana os mesmos métodos
de investigação

• Propôs a ideia de uma psicologia do


comportamento objetiva, chamada
“behaviorismo”, interessada na descrição,
previsão e controle do comportamento
Proposta de J. B. Watson

O Behaviorismo surgiu em oposição ao


mentalismo e ao introspeccionismo, pois a
ciência começou a buscar dados objetivos,
medida e definições claras, na experimentação e
demonstração.

“Por que não fazemos daquilo que


podemos observar, o corpo de
Estudo da Psicologia?”
ASSIM...

A observação tornou-se um termo e uma


operação fundamental para o Behaviorismo
Watsoniano

Define a categoria
COMPORTAMENTO
como seu objeto de estudo
SKINNER, BURRHUS
FREDERICK (1904-1990)

• Baseou seus estudos no


Behaviorismo de Watson

• Também se baseou nos


estudos da Lei do Efeito –
Thorndike (1985) e de Pavlov
(1927)
Terapia Cognitivo
Comportamental
Revolução Cognitiva

 Apesar do resgate de conceitos


(cognição) que remetem aos “eventos
mentais”, o método utilizado pelos
pesquisadores baseavam-se
firmemente no contexto de uma
perspectiva científica.
Revolução Cognitiva

Segundo Ingram e Siegle (2001), é possível identificar


três estágios no processo de mistura gradual das
perspectivas cognitivas e clínica:

1) Desenvolvimento da Teoria da Aprendizagem


Social e a ênfase em processos de aprendizagem
vicariantes desenvolvidos por teóricos como
Bandura (1969) e Mischel (1973). Ambos
argumentavam que as variáveis cognitivas são
importantes, mas as colocavam no contexto teórico
de “comportamentos encobertos”.
Revolução Cognitiva
2) Movimento explícito para a incorporação da cognição
em paradigmas de tratamento clínico e de avaliação.
Como a maioria dos pesquisadores (Kendall & Hollon,
1979; Mahoney, 1974; Meichenbaum, 1977) deste
movimento tinha origem comportamental, eles
cunharam o termo “cognitivo-comportamental”

◦ Outros pesquisadores também influenciaram o


movimento sobre processos cognitivos como Beck
(1976) e Ellis (1962). Porém estes, partiram de uma
abordagem psicodinâmica. Estes autores em
conjunto, ajudaram a dar legitimidade ao foco na
cognição no contexto do tratamento.
Revolução Cognitiva

◦ A cognição deixou de ser apenas mais uma classe de


comportamento (comportamentos cognitivos), para ter
seu próprio status causal.

3) Corresponde as pesquisas realizadas na época com


crescente ênfase no desenvolvimento de modelos
conceituais da cognição na disfunção psicológica.
O que perturba o ser humano não
são os fatos, mas a interpretação
que ele faz dos fatos Epitectus
Terapia Cognitivo
Comportamental

 Premissa teórica: pensamentos disfuncionais


causam comportamentos disfuncionais.

 Para a TCC, as pessoas desenvolvem e mantêm


pensamentos disfuncionais ou irracionais ao
longo de sua vida.

 A rigidez no padrão do pensamento está


diretamente associada a psicopatologia.
Terapia Cognitivo
Comportamental
TCC apresenta três premissas fundamentais:

1. A cognição afeta o comportamento.

2. A cognição pode ser monitorada e alterada.

3. A mudança comportamental desejada pode ser


efetuada por meio da mudança cognitiva.

(Dobson & Dozois, 2006)


Terapia Cognitivo
Comportamental

Evento Cognição Emoção Comportamento

Os eventosativam
Não é oosevento
pensamentos, os quais
em si que gera as geram, como
consequência, as emoções
emoções e os comportamentos.
e os comportamentos, mas sim o
que nós pensamos sobre o evento. Esse
modelo não é linear.
Terapia Cognitivo
Comportamental

 O terapeuta e o paciente trabalham juntos para


identificar as distorções cognitivas, que são
pensamentos, pressupostos e crenças a serem
modificados.

 A modificação das crenças que a pessoa tem é o


principal objetivo da TCC.
Terapia Cognitivo
Comportamental
 Os Transtornos Emocionais têm um conteúdo
cognitivo específico - Temática própria de cada
transtorno.

Anorexia e
Depressão Pânico
Bulimia
• Visão • Medo de ser • Medo de um
negativa de gordo e não perigo físico
si, dos outros atraente ou mental
e do futuro iminente
Terapia Cognitivo
Comportamental

 Atualmente, a literatura apresenta uma gama


de trabalhos nos quais predomina o uso do
modelo integrado de técnicas comportamentais
e cognitivas devido ao reconhecimento da
relevância e da interdependência do
comportamento, da cognição e da emoção no
processo terapêutico.
Alguns autores influenciaram, de maneira mais
definitiva, na consolidação da abertura da ciência
do comportamento aos fatores cognitivos.
A TCC ABRANGE DIFERENTE
CLASSES DE TERAPIAS
1962 Terapia Racional Emotiva ELLIS
1963 Terapia Cognitiva BECK
1971 Treino de Auto-Instrucão MEICHENBAUN
1971 Terapia de Solução de Problemas D’ZURILLA/ GOLDFRIED

1973 Treino de Inoculação do Stress MEICHENBAUM


1974 Ciência Pessoal MAHONEY
1977 Terapia de Auto-Controle REHM
1983 Psicoterapia Estrutural GUIDANO e LIOTTI

Essas classes de terapia se orientam para diferentes graus


de mudanças comportamentais e/ou cognitivas.
Abert Bandura (1925 - )

1962 – Teoria da aprendizagem


social

1977 – Teoria da auto-eficácia

1986 – Teoria Social Cognitiva


Abert Bandura (1925 - )

Este autor desenvolveu trabalhos a respeito da


“aprendizagem observacional”

 Onde um indivíduo aprende eficazmente a partir da


observação de um comportamento emitido por outro e de
sua realização posterior.

 Para o autor o modelo de auto-regulação (ou de auto-


eficácia) está relacionado com este tipo de aprendizagem
pois uma mudança voluntária de comportamento sempre
será mediada pela percepção do sujeito a respeito de seu
desempenho.
Abert Bandura (1925 - )

“O behaviorismo estava bastante em voga na época


em que eu comecei minha carreira. O processo de
aprendizado ocupava uma posição central nessa
forma de teorização, e as análises predominantes
da aprendizagem concentravam-se quase
inteiramente em aprender por meio dos efeitos dos
próprios atos.” (Bandura, 2008)
TEORIA SOCIAL COGNITIVA
 A teorização behaviorista discordava da realidade social
evidente de que grande parte daquilo que aprendemos
ocorre por meio da modelação social.

 Os mecanismos explicativos eram colocados em termos de


associação entre os estímulos ambientais e as respostas.

“Para mim era difícil imaginar uma cultura cuja


língua, moral, costumes e práticas familiares,
competências ocupacionais e práticas educacionais,
religiosas e políticas fossem moldadas gradualmente
em cada novo membro pelas consequências
reforçadoras e punitivas de seus comportamentos de
tentativas e erro.” (Bandura, 2008)
Donald Meichenbaum (1940 - )

Partindo de uma
abordagem exclusivamente
cognitiva desenvolveu a
ideia de “treinamento
instrucional”
Donald Meichenbaum (1940 - )
Baseado na hipótese de que mudanças relativas a
determinados comportamentos ocorrem através
de alterações no tipo de instrução que um
indivíduo dá a si mesmo, de forma a evitar
pensamentos disfuncionais e buscar os
adaptativos.

Ele sugeriu que a mudança do comportamento


pode ser provocada pela mudança das instruções
que os pacientes dão a si mesmos, afastando-se
de pensamentos inadaptáveis e perturbadores e
passando à auto conversa mais adaptativa.
Donald Meichenbaum (1940 - )
Treinamento Treinamento
de de inoculação
autoinstrução de estresse
• Ao aprender
• tarefas a lidar com
graduais, níveis leves
modelagem de estresse,
Donald
cognitiva, os clientes
Meichenbaum
treinamento essencialmen
(década de 70)
mediacional te se tornam
e auto- “inoculados”
reforço. contra níveis
incontrolávei
s de
estresse.
Aaron Beck (1921 - )

A Terapia Cognitiva [TC]


de Beck é considerada,
atualmente, como a
principal abordagem
cognitiva.

Os trabalhos iniciais de
Beck, focaram a
depressão.
Aaron Beck (1921 - )

 Segundo a TC, os pensamentos e avaliações negativas,


comumente encontrados em pacientes com depressão não
constituem um sintoma somente, mas são fatores que
estão na própria manutenção desta psicopatologia.

 Em consequência desta visão, a depressão na TC, assim


como os demais transtornos psiquiátricos, é tratada
levando o paciente a identificar e alterar estes
pensamentos disfuncionais.
Modelo Cognitivo de Beck

Crenças
nucleares

Pressupostos
subjacentes

Pensamentos
automáticos
(PA)

Estrutura organizacional do pensamento: níveis de cognição (Knapp,


2004, p. 20).
Albert Ellis (1913 - 2007)
Terapia Racional Emotiva
Comportamental - TREC

Aponta as crenças irracionais


como fonte de consequências
emocionais e comportamentais
perturbadas.
Modelo Cognitivo de Ellis
TREC – Distorções cognitivas comuns
1. Pensamento do tipo tudo-ou-nada:
“Se eu fracassar em uma tarefa importante, o que não devo fazer,
serei um fracasso total e completamente detestável!”

2. Tirar conclusões precipitadas e conclusões negativas


falsas:
“Como me viram fracassar, o que eu absolutamente não deveria
ter feito, eles me consideram um ser incompetente”.

3. Previsão do futuro:
“Como estão rindo de mim por ter fracassado, eles sabem que eu
absolutamente precisava acertar, vão me desprezar para sempre.”

4. Concentrar-se no aspecto negativo:


“Como eu não aguento quando as coisas saem errado, e não
devem sair, não consigo enxergar nada de bom acontecendo em
minha vida”.
5. Desqualificar o aspecto positivo:
“Quando me cumprimentam por coisas boas que eu fiz,
estão apenas sendo bondosos e esquecendo as bobagens
que eu absolutamente não poderia ter feito”.

6. Sempre e nunca:
“Como as condições para viver devem ser boas e estão ruins
e tão intoleráveis, elas sempre serão assim, e eu nunca terei
felicidade”.

7. Minimização:
“Minhas realizações são resultado da sorte e não são
importantes. Mas, meus erros, que eu absolutamente não
deveria ter cometido, são horríveis e totalmente
imperdoáveis”.
8. Raciocínio Emocional:
“Como meu desempenho foi tão fraco, como
absolutamente não deveria ter sido, sinto-me um tolo, e
meus sentimentos provam que eu não valho nada”.

9. Rotulação e generalização:
“Como não devo fracassar em coisas importantes e
fracassei, sou um completo derrotado e fracassado”.

10. Personalização:
“Como estou agindo muito pior do que absolutamente
deveria e estão rindo, tenho certeza de que estão rindo de
mim, e isso é horrível”.
11. Fraude:
“Quando não me saio tão bem quanto deveria e eles
ainda me elogiam e me aceitam, sou um verdadeiro
impostor, e vou cair e mostrar a eles o quanto sou
desprezível”.

12. Perfeccionismo:
“Vejo que me sai bem, mas eu absolutamente deveria
ter me saído perfeitamente bem em uma tarefa
simples como essa e, portanto, na verdade sou
incompetente.”
Dattilio e Padesky (1995)

 A TCC é tão efetiva quanto os medicamentos


para o alívio da depressão maior, além de
apresentar uma taxa inferior de recaída
quando comparada ao tratamento
farmacológico.
A partir da influência destes autores, a pesquisa e
a prática da abordagem comportamental passou
a apresentar algumas mudanças, ao menos em
parte. Referindo-se a esse fato Rangé (1998)
comenta:

(...) a disseminação da chamada revolução cognitiva na


pesquisa básica em psicologia, provocou também uma
revolução cognitiva no behaviorismo . Aos poucos
modelos cognitivos como os de Ellis (1982), Bandura
(1969,1977, 1989) e Beck e colaboradores (1977, 1985,
1990, 1993) foram sendo introduzidos e
progressivamente aceitos.
Desta forma, as terapias designadas de
terapias cognitivo-comportamentais
(TCCs), denominam-se assim porquê
constituem uma integração de conceitos
e técnicas cognitivas e comportamentais.
Modelo da TCC
Continuum entre as reações emocionais/
comportamentais

Pensamento Pensamento
primitivo: maduro: flexível
absoluto
Fundamentos da Prática
Problemas
Conjugais

Abuso de
Substâncias Depressão

Eficácia
da TCC
Transtornos Adesão ao
Alimentares Tratamento

Tratamento
Prevenção
da
Ansiedade de Recaída
Fundamentos da Prática
Efetividade

Empiricamente demonstrável

Otimização de Custo e Benefício


Reduzir custos emocionais de tempo, financeiro e busca o
máximo de benefício e resultados ao paciente

Nenhuma iatrogênese

Garantia de não existir efeitos perniciosos decorrentes da intervenção

Manutenção dos Resultados


Busca uma prática que mantenha a superação das dificuldades
ao longo do tempo e não só enquanto em terapia
Ênfase nas medidas
Observação dos pacientes através de:

1. entrevistas;
2. registros diretos dos comportamentos;
3. situações que ocorrem rotineiramente;
4. por instrumentos de medida.

Todas essas formas de avaliação servem para uma


formulação mais completa e apurada da natureza
dos problemas que o paciente nos traz e para
posterior avaliação da evolução, manutenção e
alta do processo terapêutico.
Bases teóricas da TCC

 Propõe que os transtornos psicológicos


decorrem do modo distorcido ou disfuncional
de perceber os acontecimentos,
influenciando o afeto e o comportamento.

 O que não significa que os pensamentos


causam os problemas emocionais, mas sim
que eles modulam e mantêm as emoções
disfuncionais, independentemente de suas
origens.
Pensamentos Automáticos

 São espontâneos e fluem em nossa mente a


partir dos acontecimentos do dia-a-dia.

 Geralmente, não são acessíveis à nossa


consciência, mas podem ser identificados após
um treinamento adequado.
Exemplos

 Podem surgir sob forma de sentença:


“Vou me dar mal nessa prova”
“Acho que o aborreci”

Ou de Imagem:
Ter uma visão mental de gaguejar em uma
palestra
Distorções Cognitivas Descrição

Pensamento tudo ou nada Considerar que uma situação só tem duas


soluções.

Catastrofização Prever calamidades futuras, ignorando um


futuro positivo possível.

Adivinhação Prever o futuro a partir de evidências limitadas.

Leitura mental Acreditar que sabe o que as outras pessoas


estão pensando.

Desqualificação do positivo Não valorizar as informações positivas.


Distorções Cognitivas Descrição

Magnificação/Minimização Magnificar as informações negativas e


minimizar as positivas.

Abstração seletiva Enfocar um detalhe, em vez de um quadro


geral.

Supergeneralização Chegar a conclusões precipitadas com base


em um exemplo apenas.

Culpar-se de coisas negativas, sem examinar


Personalização
outras possíveis causas.

Rotulação Colocar um rótulo geral em alguém ou em


algo, sem considerar aspectos gerais.

Fonte: D. Dobson e K. Dobson (2010)


Crenças Intermediárias
 Correspondem ao segundo nível de pensamento.

 Não são diretamente relacionadas às situações,


ocorrendo sob a forma de suposições ou
regras.(Se...então; Dever).

 Refletem ideias ou entendimentos mais profundos e


são mais resistentes à mudança do que os
pensamentos automáticos.

 Constituem uma forma que o indivíduo encontra


para reduzir o sofrimento provocado pela crença
central (Beck, 1997).
Suposições?

 Caracterizam por um estilo condicional de


um pensamento do tipo: “Se...então”. Ex:
“Se as pessoas me conhecerem mais
profundamente, elas irão me rejeitar”

Regras?
O Costumam incluir declarações relacionadas
a “dever”. Ex: “Eu tenho que me mostrar
tranquilo e seguro ao conversar com as
pessoas”
Crenças Centrais
 Constituem o nível mais profundo da estrutura
cognitiva.

 São compostas por ideias absolutistas, rígidas e


globais que uma pessoa tem sobre si mesmo.

 Elas se desenvolvem na infância e, a partir de


circunstâncias muito traumáticas ou de experiências
frequentes, tornam-se convincentes na vida adulta,
mesmo diante de experiências que as desconfirmem.
Exemplos

 “Eu sou um fracasso”  sobre si

 “As pessoas estranhas não são


confiáveis”  sobre os outros

 “O mundo é perigoso e hostil”  sobre o


mundo
Assim, uma crença central

 “Eu sou inadequada”  dá origem a suposições:

 “Se eu demonstrar segurança e não falhar,


significa que me saí bem”;

 “Se eu mostrar insegurança, demonstrar


ansiedade e cometer uma falha, significa
que sou inadequada”.
Modelo da TCC
Consequentemente:

 Essas crenças deixam a pessoa mais propensa a


experimentar pensamentos automáticos
disfuncionais quando estiver em situações sociais
de desempenho.

 Ex:“Fiquei me justificando o tempo todo. Ele


deve estar me achando uma tola”
As cognições disfuncionais
 Afetam as emoções e o comportamento.

 A relação cognição-emoção é bidirecional.

 Alguém que está passando por um situação


estressante:
 Ex: Expectativas sobre exercer um novo cargo na
empresa, ameaça de perder o emprego ou de
separação conjugal  estará mais propenso a ativar
cognições disfuncionais, que por sua vez ativarão mais
ansiedade.
 Após encontrar o pensamento automático
disfuncional, o terapeuta explora o significado
daquela cognição elucidando uma sequência de
pensamentos até chegar a uma suposição ou uma
crença central.

 Exemplo fornecido por Beck (1997, pg.154) de um


dialogo no qual o terapeuta utiliza a técnica da flecha
descendente para identificar uma crença central:

 Terapeuta: OK, resumindo, você estava estudando


tarde ontem a noite e estava revisando suas
anotações de aula quando teve o pensamento “Estas
anotações não estão boas” e se sentiu triste.
 Paciente: Certo.
 T: Supondo, por um momento, que você estivesse
certa, suas anotações são ruins? O que isso
significaria para você?
 P: Que não fiz um trabalho realmente bom na aula.
 T: Se fosse verdade que você não fez um bom
trabalho na aula, o que significaria?
 P: Que sou uma aluna incompetente.
 T: Se você é uma aluna incompetente, o que isso
revela sobre você?
 P: Que eu não sou boa o suficiente. Eu sou
inadequada (crença central).
ATUAÇÃO DO TERAPEUTA

 O terapeuta usa técnica de questionamento


que guiam e exploram os conteúdos dos
pensamentos automáticos, para que possa
esclarecer cada um dos sistemas de crença do
cliente.

 Uma variedade de argumentos e exercícios


são propostos para testar a validade de suas
crenças, e alternativas para elas são
discutidas.
ATUAÇÃO DO TERAPEUTA

 Durante a terapia procura-se explorar cada


um destes níveis de organização, partindo
dos pensamentos automáticos até chegar ao
sistema de crenças do sujeito. Então as
crenças são testadas a partir de argumentos
e propostas de exercícios que o paciente
realizará durante a terapia e em demais
contextos (Shinohara, 1997).
Em suma:
 A meta principal da avaliação cognitivo
comportamental é estabelecer uma formulação
e um plano de tratamento de comum acordo
com o paciente.

 Além disso, permite ao terapeuta instruir sobre


a abordagem terapêutica e dar início ao
processo de mudança.

 Também permite que fatores de emergência


seja avaliados.
Educar o paciente sobre a abordagem:

Deverá o paciente ser informado, durante o


processo de avaliação, de que a abordagem é,
em grande parte, uma autoajuda e que o
objetivo do terapeuta é auxiliar o paciente a
desenvolver habilidades para superar não só os
problemas existentes, como também quaisquer
problemas futuros semelhantes.
Em objetivos gerais,
comportamentais e
cognitivos,
poderíamos limitar
para terapia os
seguintes itens:
Modificar hábitos que não são adaptativos.

Aumentar a probabilidade de ocorrência de comportamento que garantam o


maior número de reforçamento positivos ao indivíduo, ou seja, maior satisfação.

Ajudar a reconhecer as variáveis que controlam seu comportamento,


especialmente as variáveis internas, de seu próprio sistema de respostas.

Levar o indivíduo à efetivamente lidar com variáveis que afetam seu


comportamento, permitindo uma generalização do aprendizado.
Tópicos a serem abordados
em uma avaliação inicial

 Problema(s) apresentado(s): Natureza do(s)


problema(s); descrição do(s) comportamento(s)
problemáticos (aspectos comportamentais, cognitivos,
afetivos, fisiológicos: quais aspectos, quando ocorrem,
onde, qual a frequência, com quem, etc.); variáveis
contextuais e moduladoras (situacionais, comportamentais,
cognitivos, afetivos, fisiológicos, interpessoais); evitações
(ativas e passivas); fatores predisponentes; curso temporal
e fatores precipitantes; compreensão do paciente sobre o
problema e tentativas anteriores de enfrentar o problema.

(Rangé & Silvares, 2001, pág.81)


Tópicos a serem abordados
em uma avaliação inicial

Fatores Fatores Fatores


predisponentes Precipitantes mantenedores
Tópicos a serem abordados
em uma avaliação inicial
 Situação atual de vida
 Desenvolvimento
 História familiar: descrição dos pais, relacionamento com pais e
irmãos, principais acontecimentos desde a infância e a
juventude até o momento atual.
 História escolar/ ocupacional: nível de realização, satisfação,
alegria, interesse, escolhas vocacionais, problemas.
 História social: relações de amizade na infância, adolescência,
vida adulta; relacionamentos sexuais, identidade sexual e
preferências, namoros, relações sérias e casamento (incluindo
descrição dos parceiros e quaisquer problemas nos
relacionamentos).

(Rangé & Silvares, 2001, pág.81)


Tópicos a serem abordados
em uma avaliação inicial
 Experiências traumáticas:
- Abalos em relações familiares; problemas médicos,
psicológicos ou de abuso de substâncias na família;
abuso sexual ou físico.
 História médica: saúde atual, medicações em uso,
problemas médicos prévios, abuso de drogas, história
familiar de problemas médicos e problemas psicológicos.
 História psiquiátrica e psicoterapêutica:
terapias farmacológicas e/ou psicológicas prévias (Quando?
Com quem? Por quê? Benéficas ou não? Problema(s) na(s)
terapia(s)?; ocorrências anteriores dos problemas atuais,
curso e resultado. (Rangé & Silvares, 2001, pág.81)
Tópicos a serem abordados
em uma avaliação inicial
 Status psicológico: aparência, atitude,
comportamento, humor e afeto, fala e pensamento,
funcionamento perceptual, intelectual e cognitivo.
 Rapport: grau de abertura e auto-revelação, motivação
para a terapia, níveis de compreensão e insight,
sentimentos despertados no terapeuta, disposição para
colaborar, etc.
 Metas do paciente para a terapia: descrever
clara e especificamente, priorizar.
 Perguntas e preocupações do paciente
 Formulação preliminar: apresentação da
formulação e de um plano de tratamento, discussão,
contrato. (Rangé & Silvares, 2001, pág.81)
Estruturação
da Sessão na TCC
 Uma meta importante do terapeuta cognitivo é
tornar o processo da terapia compreensível tanto
para o terapeuta como para o paciente.

 As metas gerais da estruturação e da educação


consistem em gerar esperança, impulsionar o
processo de aprendizagem, melhorar a eficácia
da terapia e ajudar o paciente a desenvolver
habilidades de enfrentamento eficazes.
Estruturação
da Sessão na TCC
 Aderir a um formato padrão (bem como ensinar as
ferramentas de terapia para o paciente) facilita esses
objetivos.

 A maioria dos pacientes se sente mais confortável


quando sabe exatamente o que esperar da terapia
tanto dentro de uma única sessão como entre sessões
e ao longo do tratamento.

 O terapeuta maximiza o entendimento do paciente


explicando a estrutura das sessões e então aderindo
àquela estrutura.
Estruturação
da Sessão na TCC
 Terapeutas experientes, que não estão
costumados a essa estrutura, podem se sentir
desconfortáveis.

 Esse desconforto pode estar usualmente


associado a previsões negativas (o paciente não
gostará disso, ele se sentirá controlado, isso me
fará perder material importante, isso é rígido
demais etc.).
Metas e estrutura da
sessão inicial
 Na primeira sessão o terapeuta realiza a avaliação
inicial do paciente.

 Um exame diagnóstico completo é essencial para


planejar efetivamente um tratamento.

 Atenção aos problemas que o paciente apresenta, ao


funcionamento atual, aos sintomas e a história, todos
esses aspectos ajudam o terapeuta a fazer uma
conceituação inicial e a formular um plano de terapia
geral.
Dicas para o
estabelecimento de metas

 Instrua o paciente sobre as técnicas de


estabelecimento de metas.

 Tente evitar metas muito generalizadas e


abrangentes que possam ser difíceis de definir ou
atingir. A formulação de metas desse tipo pode
fazer com que o paciente se sinta pior, pelo
menos temporariamente, se elas parecerem
pesadas ou inatingíveis.
Dicas para o
estabelecimento de metas
 Seja específico.

 Oriente os pacientes a escolherem metas que


tenham a ver com preocupações ou problemas
significativos.

 Escolha metas de curto prazo que você acredite


terem probabilidade de serem alcançadas no
futuro próximo.
Dicas para o
estabelecimento de metas

 Desenvolva algumas metas de longo prazo que


exijam trabalho mais extensivo na TCC.

 Tente usar termos que tornem as metas


mensuráveis, ajudando-o a medir o progresso.
Algumas diretrizes para a
elaboração da lista de problemas
1. Tentar exaurir todas as possibilidades - levantamento de todas as
áreas da vida do paciente:
a)sintomas e problemas psiquiátricos;
b)problemas interpessoais (pais, conjugue, namorado, filho, chefe,
amigos, etc.);
c) dificuldades de trabalho (críticas do chefe, raiva de algum colega,
insatisfação no trabalho, etc.);
d)dificuldades financeiras;
e)problemas de saúde (diabetes, hipertensão, enxaquecas, etc.);
f) problemas de moradia, como insatisfação com o local, segurança;
g)dificuldades para atividades de lazer;
h)dificuldades legais (separação litigiosa);
i) problemas variados (aborto, infertilidade, etc.).
Persons (1994)
Algumas diretrizes para a
elaboração da lista de problemas

2. Tentar fazer descrições de problemas com uma


ou duas palavras, seguida de alguns detalhes.

3. Ter certeza de incluir a queixa principal.

4. Descrever o problema de forma concreta em


termos comportamentais. É preferível descrever
um pensamento automático do tipo “o paciente
pensa que é um fracasso e sempre se desculpa
por seus erros” do que uma apreciação geral
como baixa autoestima. Persons (1994)
Algumas diretrizes para a
elaboração da lista de problemas

5. Tentar quantificar os problemas sempre que


possível (frequência).

6. Usar sempre que possível as palavras do


paciente.

7. Averiguar sempre se há abuso de substâncias.

8. Tentar ao máximo obter com o paciente uma


concordância sobre a lista de problemas
Persons (1994)
Metas do terapeuta
 Estabelecer confiança e rapport.
 Educar o paciente sobre seu transtorno, o modelo da
TCC e sobre o processo de terapia.
 Regularizar as dificuldades do paciente e instaurar a
esperança.
 Extrair (e corrigir, se necessário) as expectativas do
paciente com a terapia.
 Coletar as informações adicionais sobre as
dificuldades do paciente.
 Utilizar essas informações para desenvolver uma lista
de metas.
Estrutura para a
sessão inicial
1. Estabelecer a agenda (com embasamento lógico).
2. Fazer uma checagem de humor, incluindo escores objetivos.
3. Revisar brevemente o problema presente e obter uma
atualização (desde a avaliação).
4. Identificar problemas e estabelecer metas.
5. Educar o paciente sobre o modelo da TCC.
6. Identificar as expectativas do paciente em relação à terapia.
7. Educar o paciente sobre seu transtorno.
8. Estabelecer a tarefa de casa.
9. Prover um resumo.
10. Obter o feedback.
Estrutura para a
sessão inicial
 O uso de medicamentos e abuso de álcool ou
drogas são acrescentados ao tópico da agenda.

 Se o paciente esta sem esperança e apresenta


tendência suicida, as metas e a forma da
primeira sessão (ou de qualquer sessão) são
modificadas.

 É importante avaliar o grau de tendência suicida


e o grau de desesperança (intervenção em crise).
Estrutura para a
sessão inicial
 O desenvolvimento do rapport é essencial na
primeira sessão.

 O paciente sente-se valorizado quando o terapeuta


demonstra empatia e compreensão acurada dos
seus problemas e ideias.

 O terapeuta verifica a percepção do paciente sobre


o processo terapêutico e de si mesmo como
terapeuta no final de cada sessão (feedback).
Estrutura para a
sessão inicial

 Terapeuta: Eu gostaria de começar a nossa


sessão estabelecendo o roteiro, decidindo sobre
o que nós falaremos hoje. Nós faremos isso no
começo de cada sessão para que nos
asseguremos de ter tempo para cobrir as coisas
mais importantes. Eu tenho alguns itens que
gostaria de sugerir e então perguntarei a você o
que gostaria de acrescentar. Isso esta ok?

 Paciente: Está.
Estrutura para a
sessão inicial
 T: Nossa primeira sessão será um pouco
diferente das sessões futuras, porque nós temos
muito chão a percorrer e precisamos conhecer-
nos melhor. Primeiro, eu gostaria de verificar
como você tem-se sentido. Então gostaria de
ouvir mais sobre o que a trouxe à terapia, o que
você gostaria de realizar, quais são alguns dos
seus problemas e o que você espera da terapia.
Esta ok até aqui?

 P: Huh huh
Estrutura para a
sessão inicial
 T: Eu também gostaria de saber o que você já
sabe sobre a TCC e explicarei como a terapia
acontecerá [...]. Tem alguma coisa que você
gostaria de acrescentar ao roteiro de hoje?

 P: Sim. Eu tenho algumas perguntas sobre o


meu diagnóstico e quanto tempo você acha que
será necessário ficar em terapia.
Estrutura para a
sessão inicial
 T: Certo. Deixe-me anotar as suas perguntas e
nós nos certificaremos de chegar a elas hoje.
Você perceberá que eu tendo a escrever muitas
das coisas durante a nossa sessão.

 T: Se você pensar sobre outras coisas enquanto


nós prosseguimos, apenas me informe.
Estrutura para a
sessão inicial

 Estabelecer o roteiro é rápido e objetivo.

 Explicar o raciocínio torna o processo da terapia


mais compreensível para o paciente e deixa clara
sua participação ativa de uma forma estruturada
e produtiva.
Verificação do humor
 Tendo estabelecido o roteiro inicial, o terapeuta
faz uma checagem do humor.

 Além do relato subjetivo semanal, questionários


de auto relato (BDI, BAI, Escala de Beck de
Desamparo) ajudam o paciente e o terapeuta a
monitorar de que forma o paciente esta indo e
também indicar a presença de outros sintomas.
Verificação do humor
 Há também a possibilidade da classificação do
humor do paciente indicando uma escala de 0 a
100.

 Se o paciente resiste a preencher os formulários, o


terapeuta anota no registro para que possa ajudá-
lo a identificar e avaliar os pensamentos
automáticos.

 Caso necessário, optar pela classificação de 0 a


100 ou severidade (baixa/média/alta).
Revisão do problema apresentado,
identificação de problemas e
estabelecimento de metas

 Na sessão seguinte, o terapeuta revisa


brevemente o problema presente.

 O terapeuta ajuda o paciente a transformar esses


problemas em metas a serem trabalhadas na
terapia.
Revisão do problema apresentado,
identificação de problemas e
estabelecimento de metas

 T: OK, nós estabelecemos a agenda e verificamos o


seu humor. Agora, se estiver ok, gostaria de me
certificar se entendi por que você veio para a terapia.
Eu li o resumo inicial e parece que você se tornou
bastante deprimida aproximadamente há quatro
meses, logo depois que você veio para a universidade.
E você também sentiu muita ansiedade, mas isso não é
tão ruim quanto a depressão. Isso está certo?

 P: É... Eu tenho estado bastante mal.


Revisão do problema apresentado,
identificação de problemas e
estabelecimento de metas
 T: Alguma coisa importante aconteceu, entre o período
em que você foi avaliado e agora, que eu devesse
saber?

 P: Na verdade não, as coisas estão bem parecidas. Eu


queria que os meus problemas, de alguma forma,
desaparecessem.

 T: Parece como se você estivesse confusa.

 P: É, eu não sei o que fazer.


Revisão do problema apresentado,
identificação de problemas e
estabelecimento de metas
 T: (Ajudando o paciente a focalizar e separar os problemas
em segmentos mais manejáveis). Ok, parece que você tem
dois problemas principais no momento. Um, você não está
bem nos estudos. Dois, você se sente cansada e para baixo.
Há algum outro?

 P: (Dá de ombros)

 T: Bem, o que você gostaria de alcançar na terapia? Como


você gostaria que sua vida fosse diferente?

 P: Eu gostaria de ser mais feliz, sentir-me melhor.


Revisão do problema apresentado,
identificação de problemas e
estabelecimento de metas

 T: (Fazendo a paciente especificar em termos


comportamentais o que “mais feliz” e “sentir-se
melhor” significam para ela). E se você estivesse mais
feliz e se sentindo melhor, o que você estaria fazendo?

 P: Eu gostaria de estar indo melhor nos meus cursos e


mantendo o trabalho em dia...[...]

 T: Ok, essas são boas metas. Coloque a data em cima


e escreva “Lista de Metas”.
Lista de metas

1. Melhorar nos estudos.

2. Reduzir a preocupação em relação a testes.

3. Encontrar mais pessoas.

4. Participar das atividades escolares.


Revisão do problema apresentado,
identificação de problemas e
estabelecimento de metas

 O terapeuta revisa o problema presente do


paciente e ajuda o paciente a traduzir problemas
específicos em metas para a terapia.

 Logo, o terapeuta torna o paciente mais


envolvido com a tarefa de escrever. Ele sugere
ao paciente o que escrever, já que isso não esta
óbvio para ele.
Revisão do problema apresentado,
identificação de problemas e
estabelecimento de metas

 O próprio terapeuta escreve para os pacientes


que não podem ou preferem não escrever.

 Quando são crianças, elas podem fazer desenhos


ou escutar o áudio da sessão de terapia como
um meio de reforçar ideias chaves da terapia.
Revisão do problema apresentado,
identificação de problemas e
estabelecimento de metas

 O terapeuta também orienta o paciente a


especificar uma meta global em termos
comportamentais (Me sentir mais feliz!).

 Finalizando, o paciente resume o que eles


discutiram até o momento na sessão, antes de
prosseguir.
Educando o paciente
sobre o modelo da TCC

 Uma importante meta é ensinar o paciente a tornar-


se seu próprio terapeuta.

 O terapeuta o educa sobre o modelo cognitivo,


usando os exemplos do próprio paciente e dá a ele
uma visão da terapia.

 É preciso educar os pacientes sobre como continuar a


utilizar os métodos de autoajuda, cognitivos e
comportamentais, após a conclusão da terapia.
Educando o paciente
sobre o modelo da TCC

Situação Pensamento Emoção

“Eu não
Sentada no Nervosa
entendo”
almoço com
colegas,
discutindo a “Eu não
aula posso deixá- Nervosa
los saber”
Educando o paciente
sobre o modelo da TCC
 Nessa sessão, o terapeuta explica, ilustra e recorda o
modelo cognitivo com os exemplos do próprio
paciente.

 Ele procura limitar sua explicação a apenas umas


duas frases de cada vez e pede ao paciente para
colocar em suas próprias palavras o que ele disse,
para que possa verificar seu entendimento.

 É também certificado de que o paciente escreva os


pontos mais importantes.
Psicoeduação
Psicoeduação
Psicoeduação
Educando o paciente
sobre o modelo da TCC

 Na sessão seguinte, o terapeuta investiga os


pensamentos automáticos na forma de imagens
visuais.

 O terapeuta orienta o paciente que os


pensamentos automáticos podem vir de muitas
formas diferentes e até mesmo em modalidades
sensoriais diferentes, aumentando a propensão de
que ele estará mais prontamente ciente dos seus
pensamentos automáticos.
Expectativas para a terapia
 Geralmente, os pacientes entram na terapia com a noção
de que a terapia é mística ou inescrutável e que eles não
serão capazes de compreender o processo através do qual
eles melhorarão.

 O terapeuta, em contraste, enfatiza os moldes da terapia


(ordenada e racional) e que eles melhoram porque
entendem a si mesmos, resolvem problemas e aprendem
estratégias (ferramentas).

 O terapeuta divide a responsabilidade, pelo progresso na


terapia, com o paciente.
Expectativas para a terapia
 Na sessão inicial, é desejável que o terapeuta dê ao
paciente uma noção geral do tempo de terapia.

 Pacientes com Transtornos de Personalidade, podem


permanecer em terapia por um ano ou mais.

 Ao fim da terapia as sessões podem ser


gradualmente mais espaçadas, para dar ao paciente
mais oportunidades para resolver seus problemas,
tomar decisões e usar suas ferramentas de terapia de
forma independente.
Educar o paciente sobre seu
transtorno
 Geralmente, os pacientes desejam conhecer seu
diagnóstico.
 Usualmente é preferível evitar o rótulo de um diagnóstico
de um transtorno de personalidade.
 Preferível dizer algo mais geral e livre de jargão
(“Parece que você tem estado bastante deprimido durante
o último ano e você teve alguns problemas de longa
duração com relacionamentos”).
 É também desejável dar ao paciente alguma informação
inicial sobre seu transtorno para que ele possa atribuir
alguns dos seus problemas ao seu transtorno reduzindo,
posteriormente, a autocrítica.
Leituras
 Livros, apostilas, revistas especializadas ou outros
materiais disponíveis impressos ou na internet são
utilizados para instruir os pacientes e envolvê-los
em exercícios de aprendizagem fora das sessões.

 Ao sugerir leituras, tente escolher materiais que


sejam apropriados para o estágio da terapia, grau
de instrução do paciente e sua capacidade
cognitiva além do tipo de sintomas que estão
sendo vivenciados.
Resumo de final de sessão e
estabelecimento de tarefa de casa
 O resumo inclui a revisão do que o paciente
concordou em fazer como tarefa de casa.
 Implica em um breve sumário, ao término de uma
parte de uma sessão, para que tanto o terapeuta
como o paciente tenham um entendimento claro do
que eles acabaram de fazer e do que eles farão a
seguir.
 Outro tipo é apresentar um resumo do que o paciente
disse na sessão.
 O terapeuta encoraja o paciente a resumir.
Resumo de final de sessão e
estabelecimento de tarefa de casa
 Geralmente, o paciente não aceita bem o termo tarefa
de casa. Tentar diferenciar tarefa de casa da terapia e
investigar a compreensão do paciente acerca do termo.
 Observar se a objeção a isso se encaixa em um padrão
maior (sensibilidade ao controle dos outros ou
inadequação).
 Uma tarefa comum seria bibliotecária ou folheto
educativo.
 Outra tarefa seria a monitoração de atividades. A meta
é fazer os pacientes retomarem atividades nas quais
eles obtiveram uma sensação de conquista e/ou prazer.
Feedback
 Tem o objetivo de manter a sessão estruturada,
construir a relação terapêutica, dar incentivo
adequado e corrigir distorções no processamento de
informações.
 É o elemento final de cada sessão de terapia.
 Aconselha-se que haja uma parada, em vários pontos
de cada sessão, para obter feedback construtivo e
verificar a compreensão.
 Fortalece o rapport.
 O terapeuta pode solicitar ao paciente que preencha
um relato de terapia escrito.
Relato de terapia
1. O que você vivenciou hoje é importante para você
lembrar?
2. Quanto você sentiu que poderia confiar no seu
terapeuta hoje?
3. Houve qualquer coisa que incomodou você em
relação à terapia hoje? Se houve, o que foi?
4. Quanta tarefa de casa você fez para terapia hoje?
Quão propenso você está a fazer a nova tarefa de
casa?
5. O que você deseja certificar-se de abordar na
próxima sessão?
Sessões consecutivas
1. Breve atualização e verificação do humor
(medicação, uso de álcool e/ou drogas, quando aplicável).
2. Ponte com a sessão anterior.
3. Estabelecer o roteiro.
4. Revisar tarefa de casa.
5. Discussão de tópicos do roteiro,
estabelecimento da nova tarefa de casa e
resumos periódicos.
6. Resumo final e feedback.
Sessões consecutivas
 O terapeuta experiente pode intercalar os elementos em
uma certa extensão.
 Os iniciantes seria aconselhável a aderir, tanto quanto
possível, à estrutura de sessão.
 As metas do terapeuta ajudam o paciente a selecionar um
problema ou meta sobre a qual irá focalizar, começar a
resolver problemas, reforçar o modelo cognitivo e a
identificação de pensamentos automáticos.
 Instruir o paciente sobre a terapia cognitiva (formato,
colaboração, feedback).
 Prevenção de recaída.
Terapia Baseada em Evidências
Terapia baseada em evidências

 Nos últimos 15 anos, a prática baseada em


evidências (PBE) foi identificada como um
método sistemático para prestar serviços
clínicos.

 Houve uma revolução e os formuladores de


políticas da saúde e os governos decidiram
coletivamente que a prestação de serviços de
saúde, incluindo o de saúde comportamental,
deveria ser baseada em evidências.
Terapia baseada em evidências

 Essa tecnologia consiste em uma série de


técnicas ou procedimentos com eficácia
comprovada em maior ou menor grau para
determinado tipo de transtorno,ou seja, é
uma descrição detalhada de protocolos reais
de tratamento nos quais os profissionais
clínicos experientes implementam a
tecnologia de mudança de comportamento no
contexto dos transtornos encontrados com
mais frequência
Terapia baseada em evidências
 A TCC dispõe de amplas evidências como intervenção
poderosa para os problemas de saúde mental dos adultos;

 Os tratamentos cognitivos-comportamentais tem uma base


empírica (modelo científico-profissional);

 É importante dar sustentação às bases científicas das


intervenções cognitivo-comportamentais por meio de
observações clínicas.

 Os tratamentos cognitivos-comportamentais têm uma


série de elementos comuns que são adaptados para o uso
em diferentes problemas.
Terapia baseada em evidências

 É importante lembrar que a evidência de base para


muitas das TCCs foi obtida em clínicas de pesquisa,
as quais oferecem um excelente primeiro teste para a
eficácia clínica dos tratamentos.

 A ênfase dada aos fatores econômicos tem


influenciado a pesquisa, o desenvolvimento e a
execução direta dos serviços.

 Há uma demanda cada vez maior por um tratamento


rápido, que interaja com o senso comum e que seja
prático, além de acessível e útil.
Conhecendo a sua base de evidências:
Avaliação de base empírica

 A avaliação de base empírica tem ficado para trás


em relação à ênfase da área aos tratamentos e
relações de base empírica, apesar do fato de que
todos os tratamentos terapêuticos e relações se
iniciem com a avaliação;

 Ela inclui não apenas a confiabilidade e a validade


da entrevista, do autorrelato e outros tipos de
mensurações usadas na avaliação, mas também a
utilidade do diagnóstico e do tratamento dessas
mensurações, melhorias na tomada de decisões
para os clínicos e considerações de ordem prática,
tais como custo e facilidade de administração
Teste psicológico ≠ Avaliação psicológica

 Avaliação psicológica: conceito mais


amplo. Refere-se a múltiplas fontes de
informações bem como no uso da apreciação
clínica e da tomada de decisões

 Teste psicológico: faz parte da avaliação de


base empírica
O Psychological Assessment Work
Group(PAWG) em seu relatório concluiu que:

A. A validade dos testes é forte e impositiva;


B. A validade dos testes é comparável à validade
dos testes médicos;
C. Os métodos de avaliação distintos oferecem
fontes únicas de informação;
D. Os clínicos que fazem uso exclusivo de
entrevistas estão sujeitos a uma compreensão
inadequada ou incompleta da avaliação.
 Foi observado que o indicativo dos
coeficientes de validade para vários testes
psicológicos são comparáveis àqueles usados
para os testes médicos, às vezes os
suplantando.

 Consequentemente, os testes psicológicos


podem ampliar nossa capacidade de fazer
predições.
 A avaliação de base empírica tem como meta
considerar a validade científica do processo
de avaliação em si, não apenas as
propriedades de uma simples mensuração.

 Uma entrevista de diagnóstico é


frequentemente o ponto de partida para a
avaliação cognitivo comportamental, mas o
planejamento do bom tratamento dependerá
de uma avaliação mais abrangente das
avaliações cognitivo comportamentais.
 Há vários compêndios de mensurações
sustentadas empiricamente para diferentes
problemas (ansiedade, depressão, etc.).

 A maior parte foi desenvolvida em ambientes


de pesquisa e por isso a utilidade do
tratamento em diferentes ambientes ou
populações ainda não foram necessariamente
estabelecidas.
Ferramentas para avaliação
cognitivo-comportamental

 As avaliações começam com uma entrevista que tem como


objetivo ajudar o entrevistador a determinar o diagnóstico
que o cliente apresenta em vez dos problemas que este
queira enfocar durante a terapia.

 Contudo, é importante que esses métodos múltiplos tenham


boas propriedades psicométricas e acrescentem informações
novas suficientes para a avaliação ser útil.

 Uma entrevista de diagnóstico é frequentemente o ponto


de partida para a avaliação cognitivo-comportamental, mas
o planejamento do bom tratamento dependerá de uma
avaliação mais abrangente das variáveis cognitivas e
comportamentais.
 Entrevistas clínicas não estruturadas: conta-
se a experiência e a sofisticação clínica do
entrevistador para uma avaliação exata.

 Envolve a análise dos traços e critérios do


Transtorno de Personalidade

 Pode-se usar técnicas-padrão de entrevista


cognitiva (situações-problema, pensamentos
automáticos, antecedentes desenvolvimentais,
entre outros.)
Importante
 Embora essas entrevistas sejam muito úteis para
o diagnóstico, não ajudam tanto na
determinação de informações úteis para os
estágios iniciais da TCC porque esse não seria o
objetivo delas.
 Elas não ajudam a identificar os padrões de
pensamento, nem a conduzir uma análise
funcional do comportamento.
 A TCC requer informações consideráveis além da
avaliação do diagnóstico.
Informações
 O problema ou os problemas que trazem o cliente
a terapia neste momento.
 Os gatilhos (antecedentes) e as consequências
do problema ou dos problemas. Seriam os
antecedentes hipotéticos que controlam ou disparam
os comportamentos problemáticos e as emoções. Por
Ex: Que situação faz com que você se sinta...?; Por
favor, descreva a sua situação detalhadamente; O que
aconteceu a seguir?”
 Essas questões ajudam a descrever a topografia do
problema e dos gatilhos e as consequências na vida
diária do cliente.
 As reações dos clientes quando estão
experimentando os sintomas. Distinguindo as
reações de afeto (sentimentos ou emoções e
reações fisiológicas), cognições( pensamentos,
ideias, imagens) e comportamentos( ações).

 Essas distinções orientam o cliente para o modelo


cognitivo-comportamental de terapia.
 Déficits de habilidades, falta de
conhecimento ou outras questões que
podem estar associadas com o problema.
Embora nem todos os clientes exibem déficits
de habilidades ou falta de conhecimento, os que
possuem, a orientação e a informação tornam-
se necessárias.

 Por ex. Um cliente com fobia de dirigir precisa


ter habilidades relativas ao ato de dirigir afim
de torna-se um motorista seguro, independente
de ter medo de dirigir.
 O suporte social, as preocupações da família e
os problemas interpessoais ou sexuais
correntes.

 Reconhece-se que embora a oferta de suporte social


adequado possa mitigar os problemas, a presença de
problemas familiares, interpessoais ou sexuais pode
exacerbá-los. Orienta-se lidar com essa área como
qualquer outra e perguntar abertamente sobre essas
áreas.

 Por ex. Quem você procuraria se tivesse um problema


sério? Com que frequencia você fala com..?
Documentação prévia
 É útil para estabelecer os resultados de
avaliações passadas, diagnósticos e
tratamentos ou recomendações, se disponíveis.

 Um exame de registros passados podem


esclarecer os tratamentos oferecidos e também
prevenir a repetição de procedimentos de
avaliação ou permitir a avaliação longitudinal
dos clientes.
Avaliação feitas na sessão

 São geralmente informais, ocorrem ao final


de uma sessão de tratamento. Incluem
perguntar por índices verbais ou escritos de
várias experiências ou idéias. Por ex. Qual é
a intensidade da sua raiva de 1 a 10?
Reavaliação periódica das metas
 Estabelecer metas durante as sessões iniciais
de terapia, sendo útil reavaliá-las em um
determinado momento podendo ser formal
ou informal.
Finalização do tratamento e
avaliação do seguimento
 Avalia-se o progresso em relação as metas
estabelecidas no começo e durante o
tratamento.

 Uma reavaliação dos problemas que


trouxeram o cliente à terapia é muito
adequada.
Avaliação Psicológica
Aplicação de testes e questionários

1. Inventário de Depressão de Beck

2. Inventário de Ansiedade de Beck

3. Escala de Desesperança de Beck

4. Escala de Ideação Suicida de Beck

Faixa etária: 17 a 80 anos de idade.


Avaliação Psicológica
Aplicação de testes e questionários
Inventário de Depressão de Beck
(BDI - II)

É um instrumento de​ auto


aplicação composto por 21 itens,
cujo objetivo é medir a
intensidade da depressão​ a partir
dos 1​3​ anos até a terceira idade.

A aplicação pode ser individual ou


coletiva.
Avaliação Psicológica
Aplicação de testes e questionários
Bateria Fatorial de Personalidade

Deve ser aplicado em pessoas que


possuam, no mínimo, o Ensino
Fundamental Completo.

1. Neuroticismo
 N1 –Vulnerabilidade
 N2 – Instabilidade emocional
 N3 – Passividade/Falta de Energia
 N4 – Depressão
Conceitualização de Caso
Conceitualização Cognitiva

 É a formulação do caso, embasada na concepção


cognitiva dos transtornos emocionais do
paciente.

Seria a habilidade clínica mais


importante que o terapeuta cognitivo
precisa dominar
Conceitualização

“ Conceitualização de caso é um processo em


que terapeuta e cliente trabalham em
colaboração para primeiro descrever e depois
explicar os problemas que o cliente apresenta
na terapia. A sua função primária é guiar a
terapia de modo a aliviar o sofrimento do
cliente e a desenvolver a sua resiliência.”
(Kuyken, Padesky & Dudley, 2010, p. 20)
Definição de Conceitualização

“ Uma conceituação cognitiva fornece


a estrutura para o entendimento de
um paciente pelo terapeuta”
(J. Beck, 1997, p. 28).
Definição de Conceitualização

“ O terapeuta começa a construir


uma conceituação cognitiva durante
seu primeiro contato com um
paciente e continua a refinar sua
conceituação até a última sessão.
Essa formulação orgânica em
evolução o ajuda a planejar uma
terapia eficiente e efetiva”
(J. Beck, 1997, p. 28).
Objetivo

“Tem por objetivo melhorar o


resultado do tratamento, auxiliando
o terapeuta e o paciente na
obtenção de uma concepção
profunda dos mecanismos
cognitivos, emocionais e
comportamentais do
paciente”(Neufeld & Cavenage,
2010).
Transversal: Fatores Longitudinal:
desencadeantes e Fatores
de manutenção predisponentes e
protetores.

Descritivo:
problemas
apresentados

Experiência e pontos
fortes do cliente;
Teoria e pesquisa em TCC

Aquecimento:
Empirismo
colaborativo.
Conceitualização
 A conceitualização de caso em TCC começa pela
descrição das dificuldades atuais em termos
cognitivos e comportamentais - Início da fase de
avaliação

 Posteriormente, cliente e terapeuta começam a


explicar como as dificuldades atuais são
desencadeadas e mantidas, usando a teoria da
TCC - conceitualização transversal
Conceitualização

 Finalmente, um terceiro nível de conceitualização


pode ser desenvolvido para explicar como se
originaram as dificuldades atuais.

 Este nível descreve os fatores históricos


predisponentes e os fatores protetores em termos
cognitivo-comportamentais - conceitualização
longitudinal no qual proporciona um contexto
histórico para o entendimento dos problemas
apresentados.
Conceitualização

 A TCC começa com níveis descritivos de


conceitualização, encaminha-se para as
explicações dos desencadeantes e para
fatores de manutenção e então, quando
necessário, considera os fatores que
predispõem as pessoas e as protegem das
preocupações atuais. Nem todos os casos
requerem este terceiro nível.
Níveis de Conceitualização

Conceitualização
• Dificuldades apresentadas;
descritiva

Conceitualização • Fatores desencadeantes e de


transversal manutenção;

Conceitualização • Fatores protetores e


Longitudinal predisponentes.
Conceitualização transversal:
 Vincula a TCC e a experiência clínica em um nível
mais elevado ao identificarem os mecanismos-chave,
cognitivos e comportamentais, que sustentam as
dificuldades apresentadas pelos clientes.
 O foco do terapeuta está no corte transversal da vida
do cliente que captura as dificuldades atuais.
 Em que situações as dificuldades atuais do cliente são
desencadeadas e mantidas?
 Pode ser usado a Análise Funcional, uso de
sequências pensamento-emoção-comportamento e
modelos específicos para um transtorno.
 Esses métodos ajudam a compreender os padrões de
comportamento do cliente e a sua reatividade
emocional.
Conceitualização longitudinal

 O nível seguinte faz uso da história


desenvolvimental do cliente para melhor
entender as suas dificuldades presentes.
 Os fatores predispodentes (risco) descrevem um
elemento que faz com que uma pessoa tenha
maior probabilidade de responder de uma forma
particular a uma circunstância de vida.
 Por ex, as pesquisas mostram que uma gama de
fatores, como temperamento e experiências
significativas de adversidade predispõem as
pessoas a problemas de saúde mental.
Conceitualização longitudinal

 Por outro lado, os pontos fortes do cliente e


experiências positivas, como paternidade
suficientemente boa e boa relação do adolescente
com os iguais servem como fatores
protetores(proteção).
 Rutter (1999) destaca o ponto importante de que os
fatores protetores interagem com os fatores
predisponentes de forma complexa para afetar a
vulnerabilidade e a resiliência.
 Fatores protetores e predisponentes são identificados
e incorporados aos modelos em desenvolvimento
durante o processo de conceitualização.
Níveis de Conceitualização

Descritivas: “Demonstram as
ligações entre os pensamento,
humor e os comportamentos sem
necessariamente pesarem a
importância de cada um” (p.61)
Minha vida
"Meu chefe diz que eu preciso ter um desempenho
melhor ou então vou perder meu emprego” “ Eu sou
mulçumano. Isto é uma força, embora às vezes me
coloque em risco.”

Comportamentos; Pensamentos:
• Preocupações- emprego,
• Adiar as coisas; Fico dinheiro, futuro, reações aos
olhando para a muçulmanos.Eu não sirvo para
parede. nada; Eu nunca vou evoluir.

Exemplo de
Conceitualização descritiva
Reações físicas: Humor:
• Insônia, Cansaço, agitação. • Nervoso, triste.
Níveis de Conceitualização

 A utilização do nível de conceitualização


adequado é uma orientação útil para os
terapeutas.

 Trabalhar sequencialmente através dos níveis de


conceitualização é como se fosse uma bússola.

 Essas fases são as formas pelas quais a terapia


normalmente se desenvolve.
Funções da Conceitualização
de caso na TCC

A Conceitualização de caso sintetiza a


experiência do cliente, a teoria e a pesquisa
pertinentes em TCC

• Uma função primária da Conceitualização é


integrar de forma significativa as experiências
do cliente à teoria e à pesquisa pertinente em
TCC.
• A teoria e a pesquisa baseadas em evidências
embasam a compreensão das dificuldades
presentes.
Funções da Conceitualização
de caso na TCC

Normaliza os problemas apresentados e é validante

Descreve os problemas em uma linguagem construtiva e


ajuda na compreensão da manutenção dos problemas

A normalização das dificuldades que os clientes apresentam


em terapia pode despertar esperança, ajudá-los a verem a
relevância pessoal do modelo cognitivo e oferece uma
oportunidade para mudança
Funções da Conceitualização
de caso na TCC

Promove o engajamento do cliente

• Gera curiosidade
• Oferece sensação de domínio das
dificuldades e sugere caminhos para
alcançar os objetivos
Funções da Conceitualização
de caso na TCC

Promove o engajamento do cliente

• Observar a presença de crenças que


possam interferir no engajamento;
• Terapeuta: “ Obrigada por você ser
honesto comigo- isto vai nos ajudar a
trabalharmos juntos de um jeito
melhor”.
Funções da Conceitualização
de caso na TCC

A Conceitualização de caso pode


fazer com que inúmeros problemas
complexos pareçam mais possíveis
de serem manejados pelos clientes
e terapeutas.

• Problemas complexo de longa data;


• Terapeutas também podem se sentir
sobrecarregados quando se defrontam
com problemas complexos e antigos
dos clientes.
Funções da Conceitualização
de caso na TCC

Orienta a escolha, o foco e a sequencia


das intervenções.

Fornece o mapa do caminho para ajudar


o terapeuta e cliente a decidirem juntos
quais as melhores rotas em direção aos
objetivos da terapia;
Funções da Conceitualização
de caso na TCC

Ajuda o terapeuta a escolher, a


focalizar e a organizar a sequencia
das intervenções;

Enfatiza necessidade de mudança e


oferece um foco mais claro de
terapia.
Funções da Conceitualização
de caso na TCC

Identifica os pontos fortes e sugere


formas de desenvolver a resiliência.

Descrição e compreensão da pessoa


como um todo, não apenas dos
pontos problemáticos;

Descrição dos pontos fortes fortalece


a aliança terapêutica positiva e
conduz à incorporação dos valores
positivos aos objetivos da terapia.
Funções da Conceitualização
de caso na TCC

Sugere intervenções com


maior relação custo-benefício;

Determinado mecanismo cognitivo ou


comportamental quando modificado
poderá propagar para outras áreas de
vida, gerando contingencias
reforçadoras que poderão conduzir a
outras mudanças positivas.
Funções da Conceitualização
de caso na TCC

A Conceitualização de caso antecipa e aborda os


problemas na terapia;

Toda Conceitualização possibilita que o terapeuta


formule hipóteses sobre problemas que
provavelmente surgirão na terapia;

Os impasses e as dificuldades terapêuticas oferecem


oportunidades de testar ou de desenvolver a
Conceitualização.
Funções da Conceitualização
de caso na TCC

Ajuda a entender a não resposta


em terapia e sugere rotas
alternativas para mudança;

A não resposta poder ser


resultado de uma desesperança
permanente ou de Evitação
firmemente estabelecida;

Sintomas depressivos residuais


são excelentes preditores de
recaídas depressivas;
Funções da Conceitualização
de caso na TCC

Prevenção de recaída
através das inovações
em TCC e novas
pesquisas

Sempre haverá casos


que não terão
sucesso
Funções da Conceitualização
de caso na TCC

Possibilita supervisão e consulta


de alta qualidade;

Planos de tratamento, progresso


da terapia, os resultados de
determinadas intervenções,
impasses terapêuticos, reações
do terapeuta são discutidos na
supervisão.
Erros comuns na Conceitualização
(Kuyken, Padesky e Dudley, 2010,p. 46)

Conceitualizar unilateralmente,
não colaborativamente

O conteúdo das sessões de TCC


parece não ter relação com a
conceitualização do caso
Erros comuns na Conceitualização
(Kuyken, Padesky e Dudley, 2010,p. 46)

O terapeuta pressupõe que


entende tudo, mas não faz uma
pausa para verificar se o seu
ponto de vista é compartilhado
pelo cliente;

O cliente parece estar trabalhando


a partir de uma compreensão
diferente da do terapeuta. O
terapeuta ou não detecta isto ou
não procura uma concordância
esclarecedora da
Conceitualização.
Princípios orientadores
da Conceitualização
Princípio 1
Níveis de Conceitualização

Terceiro nível:
Descrição e
explicação dos
fatores históricos
Segundo nível: predisponentes e
explicação de como fatores protetores
as dificuldades são
desencadeadas e
Primeiro nível: mantidas
Descrição das (teoria da TCC)
dificuldades atuais
em termos
cognitivos e
comportamentais
Fatores predisponentes

Porque eu?
Fatores Precipitante

Porque agora?
Fatores perpetuadores

O que faz
com que esse
problema
continue?
Fatores de proteção

Porque não piora?


Princípio 2

Empirismo colaborativo

• É o catalisador que integra a


teoria, a pesquisa e a
experiência do cliente;
• É empregado em todo o
processo da Conceitualização.
Princípio 3

Incorporação dos
pontos fortes do cliente;
Desenvolver a
resiliência.
Resiliência

Conceito amplo que se


refere a como as pessoas
negociam a adversidade
para manter seu bem
estar.

Processos psicológicos por


meio dos quais as pessoas
utilizam os seus pontos
fortes para se adaptar aos
desafios.
Resiliência

“ Os estudos de resiliência convergem


para uma pequena lista de atributos.
Estes incluem conexões com adultos
competentes e benevolentes na
família e na comunidade, habilidades
cognitivas e de autorregulação, visões
positivas de si mesmo e motivação
para ser eficiente no ambiente” p.123
Flexibilidade no nível de
Conceitualização
Trabalhar sequencialmente em TCC, através dos níveis, é como
seguir uma bússola;

O processo é influenciado pela natureza da apresentação;

Força do modelo baseado em evidência;

Objetivos do cliente;

Se necessário, mudar o curso para aliviar os sintomas e


desenvolver a resiliência.
Estrutura colaborativa

Verificação frequente sobre a


compreensão do cliente

• “ Isso faz sentido para você?”


• “ Você pode dar um exemplo
na sua própria experiência
onde tal ideia se encaixa?”
• “Algum exemplo de onde ela
não se encaixa?”
Estrutura colaborativa

Negociação de alterações na agenda da sessão

• “ Estou vendo que só nos restam 15 minutos. Eu


estou percebendo que o que estamos conversando é
importante para você. Eu também me lembro que
você queria falar sobre medicação e a mudança do
nosso horário de encontro, e eu gostaria de um
feedback sobre a sessão de hoje. Vamos continuar
conversando sobre o tópico atual e conversamos
sobre essas outras coisas na próxima vez, ou você
quer mudar logo para esses outros assuntos?”
Estrutura colaborativa

Planejamento
colaborativo dos
exercícios para fazer em
casa
Estrutura colaborativa

Perguntar a opinião do cliente


em relação aos pontos de
escolha da terapia
Empirismo

Conhecimento teórico e da
pesquisa cognitiva;

Uso de métodos científicos


dentro da sessão terapêutica;

Escolha de métodos baseados


em evidências.
Aliança Terapêutica

A eficácia da TCC é
melhorada quando fica
estabelecida aliança
terapêutica positiva
dentro de um formato
terapêutico
estruturado.
Equilíbrio entre fatores
da estrutura e aliança

“ O terapeuta saber escolher cuidadosamente


quando falar e quando ouvir. Se ele interromper
com muita frequência ou sem tato e de forma
brusca, o paciente poderá se sentir cortado e o
rapport será afetado. Se o terapeuta permite
longos silêncios ou simplesmente permite ao
paciente divagar sem um propósito aparente, o
paciente poderá ficar excessivamente ansioso e
o rapport irá diminuir” (Beck et al., 1979, p.
53).
Processos empíricos de
Conceitualização na sessão

Observação

Terapeuta

Experimentos Diálogo
comportamentais Socrático
Identificação dos pontos fortes

Explorar as áreas de vida do cliente


que estão indo bem
• Ex: stress no trabalho
• Entrevistar sobre a vida em casa,
as relações com os amigos,
atividades prazerosas, outros
interesses.
Identificação dos pontos fortes

Valores pessoais

Os valores podem ser entendidos como


crenças sobre o que é mais importante
na vida, são duradouras e moldam
escolhas e comportamentos.
Identificação dos pontos fortes

Ex: “Essas pequenas coisas que você faz


pelos seus filhos, mesmo que nem
sempre as faça muito bem quando esta
se sentindo desanimada, falam
positivamente sobre quem você é pode
dentro como pessoa”. ( p. 118)
Identificação dos pontos fortes

Valores culturais

Aspectos da vida ou cultura podem representar


pontos fortes ou perigos

Quando a discriminação cultural é um foco da


terapia, é importante que o terapeuta pergunte a
respeito e valide as forças positivas dentro da cultura
do cliente.
Pontos fortes e resiliência

Pontos fortes:
referem-se aos Resiliência:
atributos de
refere-se aos
uma pessoa,
processos em
como as boas
que esses
condições para
pontos fortes
resolver
possibilitam a
problemas ou
adaptação
circunstâncias
durante os
protetoras
períodos de
como ter um
desafios
parceiro
apoiador.
Conceitualização: passo a passo
Perguntas que o terapeuta se faz

Qual o diagnóstico do
paciente?

Quais os seus problemas


atuais, como esses problemas
se desenvolveram e como
eles são mantidos?
Perguntas que o terapeuta se faz

Que pensamentos e
crenças disfuncionais
estão associados aos
problemas?

Quais reações
emocionais, fisiológicas
e comportamentais
estão associadas ao
seu pensamento?
Explicar o modelo cognitivo

Usar exemplos cotidianos. Ter certeza que o


paciente entendeu a relação entre
pensamento, emoção e comportamento.

Fazer Conceitualização previamente e discuti-


la com seu supervisor para sanar as dúvidas;

Construir a Conceitualização com o paciente


Etapasnaanteriores
sessão.
Conceitualizando

Fazer na sessão algumas


etapas (situações) para que
o paciente identifique:

Situação/Pensamentos
automáticos/
emoções/comportamento;
Conceitualizando

Solicitar ao paciente a identificação de


outras situações durante a semana,
até sua próxima sessão (de outras
áreas de sua vida).

Deixar que ele utilize o diagrama de


conceitualização cognitiva, já explicado
previamente para o paciente.
Diagrama de
Conceitualização
Conceitualização Cognitiva
Conceitualizando

Após levantar várias situações


solicitar ao paciente que ele
identifique o que elas apresentam
em comum;

Com base no significado dos


pensamentos automáticos deduzir
junto ao paciente as possíveis
hipóteses de crenças nucleares.
Conceitualizando

Com base nas crenças centrais


deduzir junto ao paciente as
possibilidades de crenças
intermediárias;

Identificar estratégias
compensatórias, mantenedoras
e protetoras do sistema de
crenças.
Lista de dificuldades atuais

Listagem das
dificuldades Classificação Priorização
atuais
Lista de dificuldades atuais
Listagem das
dificuldades atuais
• Alcançar concordância
colaborativa para o foco
da terapia;
• Dificuldades centrais ao
invés das dificuldades
da semana;
• Fornece detalhes
necessários para a
Conceitualização em
primeiro nível;
Lista de dificuldades atuais

Fornece informações sobre como a pessoa está


lidando com as dificuldades;

Ex “ Uma mulher pode estar preocupada que o seu


parceiro possa deixa-la, que vai perder seu emprego e
que ela passa pouco tempo brincando com seus filhos.
Todos esses problemas podem ser consequência do
seu uso excessivo da internet. Seu uso exagerado da
internet será, então priorizado.” p. 141
. Lista de dificuldades atuais

Classificação

• A classificação do impacto
causado ajuda a garantir que
a lista seja específica;
• Ajuda ao terapeuta
compreender a perspectiva
do cliente;
• Demonstra o interesse do
terapeuta o que fortalece a
aliança terapêutica.
Lista de dificuldades atuais

Priorização

• Reduz sentimentos de
sobrecarga;
• Formular a lista com uma
dificuldade de cada vez;
• Facilita a estruturação da
sessão.
Descrição do impacto das
dificuldades

É importante que o
terapeuta compreenda o
quanto cada dificuldade
conduz a sofrimento e a
perturbações na vida da
pessoa.
Avaliando o impacto das
dificuldades

“ De que forma (dificuldade) lhe afeta?”


“ De que forma isso (dificuldade) afeta
os que estão à sua volta?”
Avaliando o impacto das
dificuldades

“ O que as pessoas chave na sua vida


diriam sobre como isso (dificuldade)
afeta você e a sua vida?”

“Quando isso não era questão


relevante em que sua vida era
diferente?”

“ O que você pensava e fazia de forma


diferente quando (dificuldade) não
fazia parte da sua vida?”
Classificando o impacto da
dificuldade

“ Eu preciso entender o quanto


isto é um problema para você,
para que possamos compreender
quais as questões que
precisamos abordar primeiro. Em
uma escala de 1 a 10, em que 1
representa nenhum problema, 5
é um problema moderado e 10 é
um problema realmente
importante, onde você
enquadraria esse problema de se
sentir deprimido e triste?”
Priorização das dificuldades

“O que está lhe incomodando mais?”

“Quais desses aspectos você acha que é o melhor ponto


por onde começar?”

“ Quando você olha para sua classificação dos impactos,


quais as dificuldades você acha que são mais
importantes de trabalhar primeiro?” ( Kuyken, Padesky
e Dudley, p. 148)
Avaliação biopsicossocial
Diagnóstico Multiaxial

Situação atual de vida

História

História Psiquiátrica

História médica

História forense

Segurança e risco

Observação
Teoria e pesquisa

Decidindo a Conceitualização esquemática a ser usada

• Um modelo teórico baseado


Perguntas em evidencias é diretamente
relevante para o caso?

• Este modelo pode ser usado


Questões a para descrever as dificuldades
considerar atuais em termos cognitivos-
comportamentais?
Teoria e pesquisa

• Qual modelo conceitual ou


abordagem descritiva é mais
Perguntas provável de desenvolver a
colaboração, revelar os pontos
fortes e despertar esperança?

• Usar o julgamento clínico e


Questões a
ficar atento ao feedback do
considerar
cliente.
Teoria e pesquisa

• Qual a estrutura mais simples


possível que possibilita um
Perguntas
nível suficientemente bom de
descrição?

• As melhores conceitualizações
Questões a são as mais simples possíveis,
considerar sem perder o significado
essencial.
Análise Modelo de
Funcional cinco partes;

Modelo de Modelo da
TCC de TCC de
pensamentos crenças e
automáticos estratégias
Análise funcional do
comportamento: modelo

Behavior-
Antecedentes Consequências
comportamento
 Essa relação entre estímulos
antecedentes, resposta e estímulos
consequentes é chamado de tríplice
contingência especificado pela
expressão:
 S’ R S’’

Relação entre organismo e ambiente


Avaliação do comportamento
Topografia

Dimensão e função

História de Reforçamento

Frequência da ocorrência

Definição e Quantificação
das mudanças desejadas
Avaliação do Ambiente
 Especificação dos estímulos antecedentes e consequentes ao
comportamento, suas características e sua distribuição no
tempo e no espaço.

 A descrição e a quantificação adequadas dessas variáveis


mostrarão a extensão do problema ou da queixa e a validade
social da intervenção.

 A partir disso, é feita a escolha da metodologia de intervenção


mais apropriada às necessidades e às características do
cliente e de sua realidade.
Modelo das cinco partes
(Padesky & Mooney, 1990)

Pensamentos

Comportamentos Ambiente Humores

Reações
Físicas
Fluxograma de Conceitualização de caso
(Wrigth, Basco e Thase 2008)

Questões
Diagnóstico/ Influências do situacionais/
sintomas desenvolvimento
interpessoais

Pensamentos
Fatores
automáticos,
Pontos fortes/ biológicos,
emoções e
recursos genéticos e
comportamentos
médicos
típicos

Esquemas Hipóteses de Plano de


subjacentes trabalho tratamento
Conceitualizações explanatórias

Surgem de um processo de quatro


estágios:
• Reunir e descrever diversos exemplos específicos;
• Identificar desencadeantes específicos e fatores de
manutenção por meio do exame colaborativo;
• Escolher intervenções com base na
Conceitualização explanatória;
• Examinar e revisar o modelo conceitual com base
nas observações dos efeitos das intervenções
escolhidas. O modelo é adequado e as
intervenções ajudam conforme esperado?
Conceitualizações
Longitudinais

Faz ligações entre a história do cliente, suas dificuldades


presentes e a teoria;

São necessárias apenas quando as conceitualizações


explanatórias transversais se mostram insuficientes;

Foco da terapia é o tratamento de transtornos de


personalidade ou problemas crônicos, múltiplos e
sobrepostos.
Conceitualizações longitudinais
Envolve um ciclo de formulação da compreensão do
desenvolvimento das dificuldades presentes

Uso do modelo para definir as intervenções, avaliando a


adequação da Conceitualização

Ciclos repetitivos até atingir as metas terapêuticas

Podem ser usadas para predizer futuras recaídas e para planejar


como o cliente pode evitar e ou manejá-las

Objetivam construir resiliência.


Sistematização segundo Neufeld e
Cavenage, 2010

Primeira Etapa - Antes da Conceitualização:

• “A psicoeducação sobre o modelo cognitivo é o


primeiro passo de uma Conceitualização cognitiva
eficaz”;

Segunda Etapa - Levantamento de


Situações
• “A segunda etapa refere-se ao levantamento de
situações, pensamentos, emoções, comportamentos
e reações fisiológicas no cotidiano do cliente” (p.6)
Sistematização segundo Neufeld e
Cavenage, 2010

Terceira Etapa

• Registro no Diagrama de
Conceitualização Cognitiva

Quarta Etapa

• Identificação dos Significados dos PA’s


Sistematização segundo Neufeld e
Cavenage, 2010

Quinta Etapa
• Identificação das Crenças Centrais,
Intermediárias e Estratégias
Compensatórias
Sexta Etapa
• Sedimentar a Ideia Cíclica do Sistema
de Crenças e Traçar Metas para
Intervenção.
Caso Clínico
Obrigada!!!

E-mail: paulajusto@yahoo.com.br

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