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Gilles Kepel: A religião, entre o fim da Segunda Guerra e a Guerra Fria, ficou sem
espaço próprio de ordenamento da sociedade. Mas foi levada a se posicionar dentro do
conflito capitalismo vs comunismo. Só sobrava apoiar um dos lados na disputa
geopolítica.
Umberto Eco: “modelo de Feurbach: homem sente que é infinito, isto é, capaz de
um querer de modo ilimitado. Não sendo capaz de realizar os desejos, imagina um Outro
a quem se delegue a tarefa de preencher a fratura entre o que se quer e o que se pode
(tanto a religião quanto as ideologias).”
Segundo Chauí, “a vontade divina terá um poder muito mais forte se a revelação
não for algo corriqueiro e ao alcance de todos, mas algo dirigido a alguns escolhidos, os
profetas. Assim, o núcleo da religião monoteísta revelada é a profecia, pois dela provém
a unidade e estabilidade que fixam de uma vez por todas os conteúdos do medo e da
esperança.”
Essa representação dos altos poderes ou do poder do Alto parece baixar do céu à
terra. O mesmo desejo de submissão a um poder uno e soberano, porque transcendente à
fragmentação dos conflitos que dilaceram a sociedade e a política, produz entre os
homens uma relação que os conduzirá, ao fim e ao cabo, a submeterem-se ao poder
misterioso dos governantes. (p. 27)
Strauss diz que a religião estabelece o vínculo da ordem política com a verdade,
por isso a necessidade de uma religião oficial (p. 36).