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CURSO DE NIVELAMENTO

DE FÍSICA

ETAPA 5
CENTRO UNIVERSITÁRIO
LEONARDO DA VINCI
Rodovia BR 470, Km 71, nº 1.040, Bairro Benedito
89130-000 - INDAIAL/SC
www.uniasselvi.com.br

Curso sobre Física


Centro Universitário Leonardo da Vinci

Autor
Margaret Luzia Froehlich

Organização
Grazielle Jenske

Reitor da UNIASSELVI
Prof. Hermínio Kloch

Pró-Reitoria de Ensino de Graduação a Distância


Prof.ª Francieli Stano Torres

Pró-Reitor Operacional de Ensino de Graduação a Distância


Prof. Hermínio Kloch

Diagramação e Capa
Letícia Vitorino Jorge

Revisão
Joice Carneiro Werlang
José Roberto Rodrigues
CALORIMETRIA E ELETRICIDADE

1 INTRODUÇÃO

Nessa unidade vamos falar de dois tipos de energia que estão associados às
partículas que compõem os corpos. O primeiro está relacionado à energia cinética dessas
partículas e o segundo às cargas elétricas delas.

Veremos que a temperatura dos corpos está associada à sua energia interna e esta
é transferida na forma de calor quando há um gradiente de temperatura. Falaremos um
pouco sobre uma temperatura teórica, que é o zero da escala de temperatura Kelvin.
Mostraremos que existem duas formas de calor, uma que se destina a variações de
temperatura e outra que é destinada a modificar o estado de agregação da matéria.
Mostraremos como realizar um balanço de energia nas trocas de calor entre os corpos
e quais são os meios de transmissão de calor de um corpo para o outro.

Em seguida, veremos como energizar um corpo transferindo ou retirando cargas


elétricas dele e como uma diferença de potencial num condutor elétrico pode gerar o
movimento dessas cargas levando a uma corrente elétrica.

Por fim, faremos uma breve discussão sobre como cargas em movimento geram
campos elétricos e magnéticos simultaneamente. E como esse estudo de campos elétricos
e magnéticos associados gerou um ramo da física conhecido como eletromagnetismo.

2 DEFINIÇÕES DE TEMPERATURA E CALOR

Todos os corpos são formados por parículas e essas partículas estão em constante
movimento. Nos gases elas estão livres para percorrer o recipiente que as contém,
chocando-se umas nas outras e nas paredes dos recipientes. Nos líquidos elas deslizam
umas sobre as outras, e nos corpos sólidos elas vibram em posições aproximadamente
fixas.

A velocidade de cada partícula é uma grandeza microscópica que tem um efeito


global sobre o corpo que elas compõem, esse efeito é uma grandeza macroscópica que
denominamos temperatura. Portanto, podemos dizer que a temperatura é a medida
do grau de agitação dessas partículas; quanto maior o movimento delas, maior é a
temperatura do corpo.

Quando corpos de temperaturas diferentes entram em contato, a energia interna


do corpo, relacionada ao movimento das partículas, é transferida do corpo de maior
temperatura para o corpo de menor temperatura, até que essas temperaturas se igualem,
ocasionando o equilíbrio térmico.
2 FÍSICA
Essa transferência de energia do corpo de maior temperatura para o corpo de
menor temperatura é chamada de calor. Por isso que na literatura encontramos, muitas
vezes, a menção do calor como sendo uma energia em trânsito.

Podemos transferir calor para um corpo e elevar a sua temperatura até que ele
atinja um dos pontos fixos da matéria, e se nesse caso continuamos a fornecer calor para
o corpo, ele irá mudar de fase. No primeiro caso temos o calor sensível e, no segundo,
o calor latente.

FIGURA 57 – DIAGRAMA DE ABSORÇÃO DE CALOR PELA ÁGUA

FONTE: A autora

Os pontos fixos são as temperaturas de fusão e evaporação. Observe o diagrama


da Figura 64, 00C é o ponto de fusão da água (quando o gelo aumenta sua temperatura
de -100C até 00C absorve calor sensível, mas quando atinge 00C o calor latente que é
absorvido é utilizado para dissolver o gelo). Depois do gelo completamente derretido, o
calor sensível é utilizado para elevar a temperatura da água até o ponto de evaporação, e
então começar a evaporar absorvendo calor latente novamente. Os pontos fixos da água
normalmente são utilizados na construção dos termômetros. Na escala Celsius o ponto
de fusão da água é de 00C e o ponto de evaporação é de 1000C. Já na escala Fahrenheit o
ponto de fusão da água é de 320F e o ponto de evaporação é de 212 0F. Na escala Kelvin
o ponto de fusão é 273,15 K e de evaporação é de 373,15 K. Observe a Figura 58.

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FÍSICA 3

FIGURA 58 – ESCALAS DE TEMPERATURA

FONTE: Disponível em: <http://www.dreamstime.com/stock-images-thermometers-celsius-kelvin-


fahrenheit-basic-values-units-eps-lettering-used-standard-font-arial-image36243334>. Acesso
em: 12 jun. 2016.

Podemos relacionar as temperaturas das escalas conforme as seguintes equações.

Quando um corpo sofre um aumento ou uma diminuição de temperatura temos


uma variação de temperatura, dada pela equação 39, a seguir:

Podemos relacionar as variações das três escalas, como segue:

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4 FÍSICA
Onde Tk é uma temperatura da escala Kelvin, Tc é uma temperatura na escala
Celsius e Tf é uma temperatura da escala Fahrenheit.

EXEMPLO: Converta a temperatura de 230C para a escala Kelvin e para a escala


Fahrenheit.

SOLUÇÃO: Utilizando as equações 36 e 38, encontramos que:

RESPOSTA: Na escala Kelvin a temperatura de 230C vale 296,15K e na escala


Fahrenheit ela vale 9,40F.

EXEMPLO: Num dia de verão a variação de temperatura entre a temperatura


mais baixa de madrugada e a mais alta ao meio-dia foi de 100C, qual foi essa variação
na escala Kelvin e na escala Fahrenheit?

SOLUÇÃO: Utilizando o conjunto de equações 40, temos:

RESPOSTA: As variações são 10K (dez Kelvin) na escala Kelvin e 180F (dezoito
graus Fahrenheit) na escala Fahrenheit.

3 ZERO ABSOLUTO

Como vimos, a temperatura está associada ao grau de agitação das partículas,


teoricamente, então, deve haver uma temperatura em que as partículas estejam todas
paradas.

O físico William Thomson, conhecido como Lorde Kelvin, foi o primeiro a apontar

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FÍSICA 5

para a necessidade de uma temperatura, que ele chamou de frio infinito, onde todas
as partículas estariam em repouso, conhecido com o zero absoluto da escala Kelvin.

Essa temperatura, porém, não é encontrada na natureza, mas é possível chegar


em condições bem próximas no laboratório.

O zero Kelvin equivale ao valor de – 273,150C da escala Celsius.

4 CALOR SENSÍVEL

Quando transferimos calor para um corpo a sua temperatura se eleva, nesse caso
estamos transferindo uma quantidade de calor sensível Qs e podemos calcular essa
quantidade de calor da seguinte maneira:

Onde m é a massa do corpo, ∆T é a variação de temperatura e c é o calor específico


da substância.

A unidade da quantidade de calor é a caloria (cal) ou Cal (kcal); como o calor é


uma forma de energia, temos o seu equivalente em Joules, 1 cal = 4,18 J.

O calor específico c é a capacidade que o corpo possui de absorver calor por


unidade de massa. O Quadro 2 mostra os calores específicos de algumas substâncias.

QUADRO 2 – CALORES ESPECÍFICOS DE ALGUMAS SUBSTÂNCIAS

FONTE: Disponível em: <http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=34510>.


Acesso em: 12 jun. 2016.

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6 FÍSICA
A capacidade C de um corpo receber calor é dado por produto do calor específico
c e a massa m do corpo,

Uma caloria (1cal) é definida como a quantidade de calor necessária para elevar
a temperatura de 1 g de água de 14,5 ºC para 15,5 ºC sob pressão de 1 atm.

EXEMPLO: Qual é a quantidade de calor necessária para elevar a temperatura


de 200C para 1000C de 1 kg de água?

SOLUÇÃO: Convertendo 1 kg em 1000 g e utilizando a equação 41, temos:

RESPOSTA: É preciso 80000cal, ou 80kcal para elevar a temperatura da água.


Esse resultado também poderia ser expresso como 80Cal.

EXEMPLO: Qual é a capacidade térmica de 200 g de ferro?

SOLUÇÃO: Para determinar a capacidade térmica dessa quantidade de massa


utilizamos o valor do calor específico do ferro fornecido pelo Quadro 2, c = 0,11 cal/g0C.
E substituímos na equação 42.

RESPOSTA: A capacidade térmica de 200 g de cobre é de 22 cal/0C.

5 CALOR LATENTE

Quando o calor fornecido para substância é utilizado para mudar a fase da


substância, como de sólido para líquido ou de líquido para calor, calcula-se a quantidade
de calor latente QL, segundo a equação a seguir.

(Equação 43)

Onde m é a massa e L o calor latente. No Quadro 3 temos os valores do calor

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FÍSICA 7

latente de algumas substâncias.

QUADRO 3 – CALOR LATENTE DE ALGUMAS SUBSTÂNCIAS

FONTE: Disponível em: <http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=35648>.


Acesso em: 13 jun. 2016.

S!
DICA

Quer se aprofundar um pouco mais nesses conteúdos? Então visite o site


fornecido nas referências dos Quadros 2 e 3.

EXEMPLO: Quanto calor é preciso fornecer a um cubo de 40 g de chumbo, que


se encontra na temperatura de fusão, para derretê-lo completamente?

SOLUÇÃO: Podemos tirar o calor latente de fusão do chumbo do Quadro 3, L =


6,8 cal/g. E substituir na equação 43.

RESPOSTA: São necesssárias 272 calorias para derreter o cubo de chumbo


completamente.

A Figura 59 mostra um gráfico da temperatura T (em 0C) versus a quantidade


de calor absorvido Q (em cal) de uma quantidade qualquer de água. Lembre-se de que
a –10 0C a água está na fase sólida.

À medida que a substância recebe calor, sua temperatura começa a subir até

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8 FÍSICA
alcançar o ponto de fusão a 0 0C (reta inclinada em vermelho), durante o aumento de
temperatura o calor absorvido é chamado de quantidade de calor sensível, QS.

Ao alcançar a temperatura de 0 0C a água sai da fase sólida e entra na fase líquida


(reta azul, paralela ao eixo horizontal), enquanto a substância está derretendo absorve
uma quantidade de calor latente, QL.

Depois de completamente líquida, a temperatura da água volta a subir (reta


vermelha inclinada) até alcançar o ponto de evaporação a 100 0C, novamente a substância
absorve calor sensível, QS.

A 100 0C a água começa a evapor e absorve calor latente, QL, até que esteja
completamente na fase gasosa (linha azul).

FIGURA 59 – GRÁFICO DE ABSORÇÃO DE CALOR DA ÁGUA

FONTE: A autora

EXEMPLO: Quanto calor é necessário para transformar 50 g de gelo a -7 0C em


vapor a 120 0C? Dado o calor específico do vapor d´água igual a 0,48cal/g 0C, todos os
outros dados estão nos Quadros 2 e 3.

SOLUÇÃO: Vamos precisar somar cinco quantidades de calor, três dos quais
serão usados para elevar a temperatura (QS), uma na fase sólida, uma na fase líquida e
outra na fase gasosa. E duas quantidades de calor latente (QL), uma para derreter o gelo
e outra para evaporar a água. Para tanto, utilizaremos as equações 41 e 43.

1) Elevar a T do gelo de -7 0C até 0 0C:

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FÍSICA 9

2) Derreter o gelo:

3) Elevar a temperatura da água de 0 0C até 100 0C:

4) Evaporar a água:

5) Elevar a temperatura do vapor de 100 0C até 120 0C:

Somando todas as quantidades de calor calculadas temos:

RESPOSTA: A quantidade de calor requerida nesse processo é de aproximadamente


36,6kcal, ou 36,6Cal.

6 PRINCÍPIO DA IGUALDADE DAS TROCAS DE CALOR

Quando colocamos vários corpos em contato num sistema fechado e isolado, ou


seja, sem perda nem ganho de massa e sem trocas de calor com as vizinhanças, cumpre-

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10 FÍSICA
se o princípio de conservação de energia e a soma total das quantidades de calor nesse
sistema permanece constante.

Assim, o calor cedido por um corpo é igual ao calor recebido pelo outro corpo.
Isso significa que somando as quantidades de calor envolvidas no processo o resultado
será igual a zero.

EXEMPLO: Num calorímetro de cobre (recipiente em que não acontecem trocas de


calor com o meio externo) de 200 g a 20,0 0C são colocados 300 g de água, também a 20,0
0
C. Aquece-se um cubo de ferro de 50,0 g até a temperatura de 100 0C e mergulhado na
água dentro do calorímetro. Qual é a temperatura do conjunto após o equilíbrio térmico?

SOLUÇÃO: Para resolver esse problema que envolve o ferro ceder calor enquanto
o calorímetro e a água recebem calor, precisamos utilizar a equação 44.

RESPOSTA: A temperatura de equilíbrio dos corpos, após as trocas de calor, é


de 21,4 0C.

7 FORMAS DE TRANSMISSÃO DE CALOR (CONDUÇÃO, CONVECÇÃO E


IRRADIAÇÃO)

Existem mecanismos diferentes de transporte de calor. Dependendo do


mecanismo em questão, o aquecimento pode se dar através da condução, da irradiação
ou da convecção.

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FÍSICA 11

7.1 CONDUÇÃO

Quando colocamos uma haste de metal, como na Figura 60, sobre uma chama,
percebemos que leva certo tempo até que possamos sentir a extremidade em contato com
a nossa mão ficar quente, isso se deve ao fato de que a energia se propaga de molécula
para molécula, desde a chama até a extremidade oposta. Essa forma de propagação é
chamada de condução.

FIGURA 60 – CONDUÇÃO DE CALOR ATRAVÉS DA HASTE DE METAL PRÓXIMA A UMA


CHAMA

FONTE: A autora

7.1 IRRADIAÇÃO

Porém, quando sentamos em um lugar ensolarado, como a autora na Figura 61,


num dia de inverno, sentimos o calor do Sol esquentando lentamente o nosso corpo, os
raios solares (ondas eletromagnéticas) atravessam o vácuo entre o Sol e o nosso planeta
e são absorvidos ou refletidos pelo nosso corpo. Nesse caso, temos um processo de
propagação conhecido como irradiação.

FIGURA 61 – IRRADIAÇÃO SOLAR

FONTE: A autora

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12 FÍSICA
7.1 CONVECÇÃO

O calor também pode ser transportado através das correntes de convecção. Elas
acontecem devido às diferenças de pressão que ocorrem em locais com temperaturas
diferentes. Como as camadas de ar frio são mais densas, elas tendem a descer, enquanto
as camadas de ar quente, que são mais leves, tendem a subir, formando assim correntes
de ar como na Figura 62.

FIGURA 62 – CORRENTES DE CONVECÇÃO

FONTE: Disponível em: <http://grupocafenaveia.blogspot.com.br/2014/05/propagacao-de-calor.html>.


Acesso em: 16 jun. 2016.

A garrafa térmica é um recipiente adiabático, assim como o calorímetro; ou seja,


é um recipiente que evita trocas de calor do meio interno (dentro da garrafa) com o
meio externo (fora da garrafa). Numa garrafa térmica utilizam-se artifícios para evitar
os três tipos de propagação de calor.

No interior da garrafa térmica existem paredes duplas de vidro espelhado, entre


as paredes se faz vácuo que evita que haja condução entre as paredes interna e externa
do vidro.

A tampa, que é feita de material isolante térmico, evita a convecção; ou seja, os


possíveis gases aquecidos em contato com o líquido dentro da garrafa sofrem convecção
e tentam levar calor do líquido para o meio externo por esse processo, mas a tampa
evitará.

O líquido aquecido emite ondas eletromagnéticas que incidem nas paredes de


vidro espelhado e são refletidas, minimizando as trocas de calor por irradiação entre o
meio interno e o meio externo.

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FÍSICA 13

FIGURA 63 – ESTRUTURA INTERNA DA GARRAFA TÉRMICA

FONTE: Disponível em: <http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/fisica/a-garrafa-termica.htm>. Acesso


em: 16 jun. 2016.

8 ELETRIZAÇÃO

Todos os corpos são constituídos por átomos e estes são compostos por prótons
(carga positiva), elétrons (carga negativa) e neutrons (não possuem carga elétrica).
Normalmente os corpos estão em equilíbrio, possuindo o mesmo número de prótons
e elétrons, e nesse caso dizemos que a carga líquida é igual a zero. Isso quer dizer que
não há excedentes de carga positiva nem de carga negativa, mantendo o corpo neutro.

Porém, podemos destruir esse equilíbrio atraindo as cargas para uma região do
corpo criando uma eletrização por indução.

Outra maneira de eletrizar um corpo condutor é arrancando elétrons dele por


atrito, ou encostar nele um condutor carregado, transferindo assim algumas cargas
para ele.

S!
DICA

Veja as animações sobre esse conteúdo no site: <http://slideplayer.com.br/


slide/9148900/>.

A carga líquida é igual ao número de cargas elementares (prótons ou elétrons)


em excesso.

(Equação 45)

Onde n é o número de cargas em excesso. A carga elementar é e = 1,6 x 10 -19 C,

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14 FÍSICA
sendo positiva se forem prótons e negativa se forem elétrons.

EXEMPLO: Determinar o número de elétrons existentes em uma carga de - 2,0 C.

SOLUÇÃO: Utilizando a equação 45 encontraremos,

RESPOSTA: O número de elétrons é de 12,5 x 1018C.

8.1 PRINCÍPIOS DA ELETROSTÁTICA

Experimentalmente se verifica que o número de cargas recebidas por um corpo


num processo de eletrização por atrito é o mesmo número de cargas cedidas pelo outro
corpo, assim podemos enunciar o princípio de conservação de cargas elétricas.

“Num sistema isolado, a soma de cargas elétricas é constante”.

Experimentalmente se verifica que corpos eletrizados com a mesma carga se


repelem e corpos eletrizados com cargas opostas se atraem, assim podemos enunciar
o princípio de atração e repulsão das cargas, veja a Figura 64.

“Cargas elétricas de mesmo sinal se repelem e cargas elétricas de sinais opostos


se atraem.”

FIGURA 64 – PRINCÍPIO DE ATRAÇÃO E REPULSÃO

FONTE: A autora

8.2 CONDUTORES E ISOLANTES

Em certos materiais os elétrons da última camada (elétrons livres) estão fracamente


ligados aos átomos, permitindo a mobilidade deles através do material, tais materiais
são denominados de condutores.

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FÍSICA 15

Quando um material condutor é eletrizado, as cargas em excesso procuram ficar


distantes entre si o máximo possível, por isso se distribuem uniformemente na superfície
externa do condutor. Observe a Figura 65.

FIGURA 65 – CONDUTOR ELETRIZADO

FONTE: A autora

Em outros materiais, os isolantes ou dielétricos, os elétrons estão ligados


fortemente ao núcleo, impedindo sua mobilidade. Nesse caso, as cargas dos corpos
eletrizados não se distribuem na superfície, como acontece com os condutores; mas
permanecem onde estão, apenas se realinhando, dando origem a uma região eletrizada.

FIGURA 66 – ISOLANTE ELETRIZADO

FONTE: A autora

8.3 PROCESSOS DE ELETRIZAÇÃO

Como já mencionamos, os corpos na natureza se encontram eletricamente neutros


(mesmo número de prótons e elétrons). Para que um corpo esteja eletricamente carregado
(carga líquida Q diferente de zero) é preciso submeter o corpo a um dos processos de
eletrização, que discutiremos nas próximas seções.

8.3.1 Eletrização por indução

No processo de eletrização por indução aproximamos um corpo carregado de


um corpo neutro, sem que haja contato entre eles.

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16 FÍSICA
FIGURA 67 – INDUÇÃO

FONTE: A autora

Quando aproximamos um corpo carregado com cargas negativas de um condutor


neutro, as cargas negativas vão se afastar o máximo possível do corpo carregado, indo
parar na outra extremidade do condutor.

Assim cria-se uma região positiva na parte que está perto do corpo carregado
e uma região com carga negativa na extremidade oposta. O que ocorre é apenas uma
separação entre as cargas positivas e negativas, de tal maneira que, quando afastamos
o corpo indutor, o corpo induzido volta a ficar neutro.

Para tornar o corpo permanentemente carregado precisamos ligá-lo à terra (Figura


68). Depois retiramos o corpo indutor e cortamos a ligação com a terra, então teremos
um corpo carregado eletricamente por indução. Observe que o corpo carregado por
indução fica com cargas de sinal oposto ao corpo que utilizamos para carregá-lo.

FIGURA 68 – ATERRAMENTO DO CORPO INDUZIDO

FONTE: A autora

8.3.2 Eletrização por contato

Para eletrizar um corpo por contato precisamos de dois condutores, um carregado


eletricamente e um neutro. Quando colocamos os dois em contato, cargas em excesso
no condutor carregado fluem para o corpo neutro, eletrizando-o. Observe a Figura 69.
Observe que nesse caso os corpos ficam eletrizados com cargas de mesmo sinal.

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FÍSICA 17

FIGURA 69 – ELETRIZAÇÃO POR CONTATO

FONTE: A autora

8.3.3 Eletrização por atrito

Para eletrizar um corpo por atrito utilizamos dois corpos neutros, como um bastão
de vidro e um pedaço de lã. Esfregamos um corpo no outro e alguns dos elétrons do
vidro são transferidos para a lã, assim, o vidro fica carregado positivamente (perdeu
elétrons) e a lã fica carregada negativamente (ganhou elétrons). Note como ocorre o
processo, ilustrado na Figura 70.

FIGURA 70 – ELETRIZAÇÃO POR ATRITO

FONTE: Disponível em: <http://www.infoescola.com/eletrostatica/eletrizacao/>. Acesso em: 16 jun.


2016.

EXEMPLO: Suponha três esferas de metal idênticas e isoladas uma da outra. A


esfera A e a esfera B estão neutras, e a esfera C contém uma carga líquida igual a Q. A
esfera C toca primeiro na esfera A e depois na esfera B. Qual é o valor da carga líquida
em cada esfera no final do processo?

SOLUÇÃO: Quando a esfera C toca em A, transfere metade da carga para ela,


ficando com Q/2. Quando toca em B, transfere novamente metade da carga, ficando
então com Q/4.

RESPOSTA: A esfera A ficou com Q/2, a esfera B ficou com Q/4 e a esfera C ficou
com Q/4.

Os materiais que se eletrizam por atrito, série triboelétrica, estão classificados


no Quadro 4. Os materiais no alto do quadro têm mais facilidade em ficar com excesso
de cargas positivas e os materiais no final do quadro têm mais facilidade em ficar com
cargas negativas em excesso.

Assim, se atritamos vidro com lã, o vidro vai ficar com cargas positivas e a lã com
cargas negativas. Se atritamos cobre com lã, o cobre vai ficar com carga negativa e a lã

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18 FÍSICA
com carga positiva. Observe como o sinal das cargas na lã mudou com a sua posição
no Quadro 4 em relação ao outro material usado na fricção.

QUADRO 4 – SÉRIE TRIBOELÉTRICA

FONTE: Disponível em: <http://slideplayer.com.br/slide/9148900/>. Acesso em: 2 jul. 2016.

9 CORRENTE ELÉTRICA

Se colocarmos um condutor eletrizado e o ligarmos por meio de um fio condutor


a outro condutor neutro, as cargas vão passar do condutor carregado (potencial alto),
através do fio, para o condutor neutro (potencial baixo) até que se estabeleça o equilíbrio
entre eles. Esse movimento de cargas do potencial mais alto para o potencial mais baixo
chamamos de corrente elétrica.

Assim, os elétrons que se movem através de um fio condutor, como na Figura


71, dão origem à corrente elétrica. Podemos dizer, então, que a corrente elétrica i é a
quantidade de carga elétrica ∆Q que passa pela seção reta A de um condutor durante
um certo intervalo de tempo ∆t.

(Equação 46)

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FÍSICA 19

FIGURA 71 – CORRENTE ELÉTRICA

FONTE: A autora

Observe que o sentido da corrente é oposto ao do movimento dos elétrons, isso


se deve ao fato de que quando o estudo desse assunto se iniciou, pensava-se na corrente
elétrica como um fluido de partículas positivamente carregadas. Para não ter que mudar
as equações que já estavam sendo usadas, manteve-se o sentido como sendo oposto ao
do movimento dos elétrons, pois não alterava os resultados finais das deduções.

A unidade de corrente elétrica é o Coulomb por segundo, 1C/1s = 1A, que é


definida como Ampere.

Lembrando que a quantidade de carga ∆Q que passa pela seção transversal A é


igual ao número de cargas elétricas que a atravessam.

(Equação 47)

9.1 TIPOS DE CORRENTE ELÉTRICA

Temos dois tipos de corrente elétrica, a corrente contínua CC e a corrente alternada CA.

9.1.1 Corrente contínua

A corrente elétrica, como a de uma pilha ou de uma bateria de automóvel, mantém


o sentido da corrente constante, por isso é chamada de corrente contínua.

9.1.2 Corrente alternada

As correntes elétricas nas residências são correntes que variam de intensidade


e de sentido, ora a corrente é positiva, ora é negativa, ou seja, os elétrons fazem um
movimento de vaivém, por isso são chamadas de correntes alternadas.

Essa forma de corrente elétrica é mais eficaz na transmissão de energia elétrica


em distâncias muito grandes, porque a tensão pode ser facilmente convertida por meio
de transformadores.

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20 FÍSICA
EXEMPLO: Um fio condutor é percorrido por uma corrente de 10 A.

a) Calcule a carga elétrica que passa através de uma seção transversal em 60 segundos.
b) Quantos elétrons atravessam a seção transversal nesse tempo?

SOLUÇÃO: Utilizando a equação 46 para determinar o item a) encontramos:

Para resolver o item b) utilizamos a equação 47,

RESPOSTA: a) a carga é de 600 C

b) passam 3,75.1021 elétrons.

10 ELETROMAGNETISMO

No século dezenove descobriu-se que existem fenômenos elétricos que induzem


fenômenos magnéticos e vice-versa. Descobriu-se, por exemplo, que cargas em
movimento geram campos magnéticos e que a variação do fluxo magnético gera campo
elétrico.

Podemos verificar isso através da experiência realizada por Oersted no início


do século XIX.

Observe que na Figura 72.a temos um circuito aberto, e, portanto, ainda não
se estabeleceu uma corrente elétrica, a bússola indica o norte normalmente. Mas na
figura 78.b, com o circuito fechado, a passagem da corrente fez a agulha da bússola
defletir, mudando a indicação do norte. Isso mostra que a corrente elétrica (cargas em
movimento) gera um campo magnético na região próxima a ela.

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FÍSICA 21

FIGURA 72 – EXPERIÊNCIA DE OERSTED

FONTE: Disponível em: <http://slideplayer.com.br/slide/290547/>. Acesso em: 17 jun. 2016.

Após esse experimento, Faraday observou que a variação de um fluxo magnético


gera uma corrente num fio condutor. Observe a Figura 73, o fio condutor (espira) está
ligado a um amperímetro (aparelho para medir a corrente elétrica) e quando o ímã
se move, aproximando-se ou afastando-se da espira, aparece uma corrente elétrica
induzida nela.

FIGURA 73 – EXPERIÊNCIA DE FARADAY

FONTE: Disponível em: <http://educacao.globo.com/fisica/assunto/eletromagnetismo/inducao.html>.


Acesso em: 17 jun. 2016.

Essas experiências foram de grande importância para o desenvolvimento das


equações de Maxwell, que são a base do eletromagnetismo, que por sua vez tornaram
possíveis muitos avanços tecnológicos dos quais nos beneficiamos atualmente.

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