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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO RIO

GRANDE DO NORTE - IFRN


AGRICULTURA
INGRID STEPHANNY DANTAS CAVALCANTE
LARA LUZIA DO VALE ALVES
LETICIA MIKARDIA LIMA SALES
MARIA DENIZIA BRITO DE SOUZA

FOTODORMÊNCIA

APODI-RN
2014
INGRID STEPHANNY DANTAS CAVALCANTE

LARA LUZIA DO VALE ALVES

LETÍCIA MIKARDYA LIMA SALES

MARIA DENÍZIA BRITO DE SOUZA

FOTODORMÊNCIA

Trabalho de horticultura apresentado ao curso de


Agricultura do Instituto Federal de Educação
Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte –
IFRN.

Orientadora: Thaíza Mabelle.

APODI – RN

2014
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ……………………………..………...….............................. 04

2. REVISÃO DE LITERATURA ....................................................................... 05


2.1. Dormência de sementes ......................................................................... 05
2.2. Fotodormência ....................................................................................... 07

3. REFERÊNCIAS ............................................................................................... 10
1. INTRODUÇÃO

Dentre as várias funções que contribuem para a permanência das espécies em


seus habitats estão a reprodução, a dispersão e a sobrevivência das sementes. A
germinação constitui a fase do ciclo de vida que determina a distribuição das plantas e o
estudo sobre a ecologia desse processo, o conhecimento a respeito da biologia das
sementes pode ser essencial para compreender as etapas do estabelecimento de uma
comunidade vegetal, bem como sua sobrevivência e regeneração natural.
Uma das etapas principais do processo de propagação é o conhecimento da
germinação das sementes, na qual ocorre uma série de eventos celulares e moleculares
que culminam com o crescimento do embrião para dar origem a uma planta madura,
(BRADBEER, 1988; CARVALHO & NAKAGAWA, 2000).
Em meio a tantas pesquisas, o conhecimento de fatores que influenciam a
germinação de sementes ajuda a entender os mecanismos ligados a propagação que
ocorrem nas diferentes espécies. Estes fatores são inúmeros, no entanto a luz e a
temperatura são consideradas como os principais (ANDRADE, 1995; NASSIF et al.,
1998). A germinação de sementes pode ser afetada por diversos fatores ambientais como
a temperatura e a luz (Cone e Kendrick, 1986).
2. REVISÃO DE LITERATURA

2.1. Dormência de sementes

A dormência de sementes é um processo caracterizado pelo atraso da


germinação, quando as sementes mesmo em condições favoráveis (umidade, temperatura,
luz e oxigênio) não germinam. Cerca de dois terços das espécies arbóreas, possuem algum
tipo de dormência, cujo fenômeno é comum tanto em espécies de clima temperado, em
regiões frias, quanto em plantas de clima tropical e subtropical, regiões quentes. O
fenômeno de dormência em sementes advém de uma adaptação da espécie os condições
ambientais que ela se reproduz, podendo ser de muita ou pouca umidade, incidência direta
de luz, baixa temperatura etc. É portanto um recurso utilizado pelos plantas para
germinarem na estação mais propícia ao seu desenvolvimento, buscando através disto, a
perpetuação da espécie, garantia de que alguns indivíduos se estabeleçam ou colonização
de novas áreas. Portanto, quando nos deparamos com este fenômeno há necessidade de
conhecermos como as espécies superam o estado de dormência em condições naturais,
para que através dele possamos buscar alternativas para uma germinação rápida e
homogênea, este processo é chamado de quebra de dormência, (VIEIRA, 1997).

A dormência pode ser classificada com base na origem, localização e nos


mecanismos envolvidos. Reconhecendo-se o caráter indutivo da dormência, ou seja, ela
surge, é induzida em uma determinada etapa do desenvolvimento e em um determinado
espectro de condições ambientais, essa pode ser inicialmente classificada em: primária,
que se instala durante o desenvolvimento da semente na planta-mãe, secundária, que se
estabelece na semente após sua liberação, (CARDOSO, 2009).

As sementes viáveis de algumas espécies não germinam, mesmo sob


condições favoráveis. Porém, em muitos casos, o embrião destas quando isolado, germina
normalmente. Neste caso, a semente é dormente porque os tecidos que a envolvem
exercem um impedimento que não pode ser superado, sendo conhecido como dormência
imposta pelo tegumento. Esta é a mais comum das categorias de dormência, e está
relacionada com a impermeabilidade do tegumento ou do pericarpo à água e ao oxigênio,
com a presença de inibidores químicos no tegumento ou no pericarpo, tais como a
cumarina ou o ácido parasórbico, ou com a resistência mecânica do tegumento ou do
pericarpo ao crescimento do embrião, (FOWLER, 2000).

Quando a remoção do tegumento de uma semente viável não permite que esta
germine, caracteriza-se a dormência embrionária, que é devida a causas que envolvem o
embrião. Esta categoria de dormência é mais comum nas espécies florestais,
especialmente nas da família das Rosaseae, podendo ser devida à ocorrência de embrião
imaturo, ou presença de mecanismo de inibição fisiológica que o impedem de
desenvolver-se. Como exemplo, citam-se as sementes de Rapanea ferruginea
(capororoca) e Ilex paraguariensis (erva-mate), (FOWLER, 2000).
2.2. Fotodormência

Como resposta das sementes para germinar em relação à luz, existe uma
diversidade de comportamentos, que é tão grande quanto às características intrínsecas aos
centros de origem das espécies, podendo ser classificadas como fotoblásticas positivas,
que germinam melhor na presença de luz, negativas, que germinam melhor na ausência
de luz e neutras, que são indiferentes à luz para germinar. As sementes da maior parte das
espécies germinam tanto na presença quanto na ausência de luz, porém, a sua exigência
luminosa para germinar, por parte de determinadas espécies, está ligada a um tipo de
dormência. Para as espécies que exigem luz para germinar existe uma cromoproteína
denominada de fitocromo que tem a função de captar luz para dar início ao processo
germinativo das sementes (POPINIGIS, 1985; TAKAKI, 2001; TAIZ & ZEIGER, 2004;
SILVA, 2004).

Tanto as características intrínsecas quanto os fatores ambientais interferem


nas respostas de germinação e desenvolvimento de diferentes espécies. Entre eles, a luz
é um fator físico que desencadeia sinais internos de ativação ou inativação de vias
metabólicas nas sementes e nas plantas, (BHATTACHARYA; KHUSPE, 2001;
KERBAUY, 2008). A ação da luz na regulação fisiológica vegetativa é antecedida pela
sua absorção por fotorreceptores, tais como os da família de fitocromos e criptocromos.
(MORELLI; RUBERTI, 2000). Eles são essenciais em várias respostas morfogênicas do
vegetal. Os fitocromos são cromoproteínas interconversíveis entre a forma inativa e ativa.
Sementes de diferentes espécies emitem respostas fisiológicas distintas conforme a
qualidade e a intensidade da luz (KULKAMI et al., 2006).

A transição da condição heterotrófica do embrião, dependente das reservas


nutritivas, para o estágio autotrófico da plântula é regulado pela luz (KERBAUY, 2008).
A avaliação de diferentes qualidades de luz no desenvolvimento vegetal revela variações
nos parâmetros morfológicos e fisiológicos e na otimização da produção de metabólitos
primários e especiais (ISLAM et al., 1999; VICTÓRIO et al., 2007a; VICTÓRIO et al.,
2007b, VICTÓRIO; LAGE, 2009).

Sementes que somente germinam na presença de luz, são denominadas de


fotodormentes ou fotoblásticas positivas. Um exemplo, é a semente do alface. A
existência de luz é importante para sementes muito pequenas e que não conseguem
armazenar grandes quantidades de reserva orgânica, Caso elas germinassem em camadas
muito profundas do solo, elas não teriam reservas suficientes para garantir o crescimento
até que fosse alcançada a superfície do solo e as condições para a execução da
fotossíntese, (ALVAREZ, 2004).
3. FOTORRECEPTORES EM PLANTAS

O fitocromo é um pigmento proteico de coloração azul-esverdeado que


participa na fisiologia das plantas em resposta a fenômenos periódicos de luminosidade,
responsáveis por inúmeros processos de desenvolvimento. Essa substância, com duas
formas possíveis: o fitocromo R (inativo) e o F (ativo), encontra-se dissolvida no
hialoplasma das células vegetais, captando específicos comprimentos de onda,
provenientes da luz solar. A percepção da qualidade da luz pelas plantas ocorre através
do fitocromo que corresponde a uma classe de pigmentos, constituído de cinco formas
distintas, (Takaki, 2001). A inativação do fitocromo como uma estratégia de manejo para
as sementes de plantas daninhas presentes na superfície do solo seria o uso de cobertura
morta que agiria de modo a filtrar a radiação luminosa chegando ao solo maiores
quantidades de luz vermelho-distante impedindo a germinação e consequentemente o
processo de infestação, (CARVALHO; NAKAGAWA, 2012). Já o criptocromo é
responsável pela inibição do alongamento caulinar, pela expansão dos cotilédones, pela
indução da floração e também pela sincronização do relógio biológico, eles são receptores
de luz azul e ainda relacionam-se ao crescimento do caule, expansão dos cotilédones,
indução da floração, sincronização do relógio biológico.
4. REFERÊNCIAS

CONE, J.W.; KENDRICK, R.E. Photocontrol of seed germination. In: KENDRICK,


R.E.; KRONENBERG, G.H.M. (Ed.) Photomorphogenesis in plants. Dordrecht: M.
Nijhoff, 1986. p.187-203.

TAKAKI, M. New proposal of classification of seeds based on forms of phytochrome


instead of photoblastism. Brazilian Journal of Plant Physiology, Brasília, v.13, p.103-107,
2001.

CARVALHO, N. M.; NAKAGAWA, J. Sementes: ciência, tecnologia e produção. 5. ed.


Jaboticabal: FUNEP, 2012. 590 p.

BHATTACHARYA, J.; KHUSPE, S. S. In vitro and in vivo germination of papaya


(Carica papaya L.) seeds. Scientia Horticulturae, v. 91, n. 01-02, p. 39-49, 2001.

KERBAUY, G. B. Fisiologia Vegetal. 2. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan S.A.,


2008. 431 p.

MORELLI, G.; RUBERTI, I. Shade avoidance response, driving auxin along lateral
routes. Plant Physiology, v. 122, p. 621-626, 2000.

KULKAMI, M. G.; SPARG, S. G.; STADEN, J. V. Dark conditioning, cold stratification


and a smoke-derived compound enhance the germination of Eucomis autumnalis sbsp.
autumnalis seeds. South African Journal of Botany, v. 72, n. 01, p. 157-162, 2006.

ISLAM, M. O.; MATSUI, S.; ICHIHASHI, S. Effects of light quality on seed germination
and seedling growth of Cattleya orchids in vitro. Japan Society Horticulture Science, v.
68, n. 06, p.1132-1138, 1999.

VICTÓRIO, C. P.; KUSTER, R. M.; LAGE, C. L. S. Qualidade de luz e produção de


pigmentos fotossintéticos em plantas in vitro de Phyllanthus tenellus Roxb. Revista
Brasileira de Biociências, v. 05, n. 02, p. 213-215, 2007a.

ALVAREZ, CARLOS. Fitocromoe Fotomorfogenese. v.1, p 1-9, 2004.


VIEIRA. Israel, Métodos de quebra de dormência. Disponível em:
<http://www.ipef.br/tecsementes/dormencia.asp> Acesso em 13 de dezembro de 2014.

CARDOSO, Victor José Mendes. Conceito e classificação da dormência em sementes.


São Paulo. Oecologia Brasiliensis, 2009, 621-622 p.

FOWLER, João Antonio Pereira. Dormência de sementes florestais. Colombo, 2000, 6-


7 p.

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