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E por falar em inclusão...

(Considerações a cerca do IV Seminário Discente PPGEduc)

Hoje o universo me mandou uma mensagem: você cresceu! Pude realmente ter noção do que
estava acontecendo naquele momento comigo. Eu realmente havia ‘crescido’, e o sentido desta
palavra para mim foi de crescimento humano, no sentido ‘ser’ humano. Pois havia aprendido
um pouco mais sobre as relações sociais que envolvem um projeto em questão. E como pude
avaliar esses valores que me trouxeram a compreensão da formação do pensamento sensível o
qual falava Célia Linhares na sua palestra pela quarta de manha.

Um evento organizado por quase 31 cabeças, foi uma excelente oportunidade de exercemos
nossos aprendizados sobre Pesquisa. Diria uma oportunidade de avaliarmos como nós
Mestrandos do PPGEduc da UFRRJ aprendemos a pesquisar...

Neste sentido o objeto de pesquisa em questão seriam as relações interpessoais dos


Mestrandos do Programa na organização de um evento. Podemos avaliar como transformamos
nossa capacidade de pensar teorias sobre as relações sociais em valores da convivência em um
espaço de disputa, de poder e de transformação como a Comissão Organizadora do evento.
Sendo assim o evento organizado pelos estudantes funcionou como uma dinâmica de grupo,
onde pudemos nos expressar e aflorar nossas práticas no convívio em comunidade, avaliando a
forma como nós exercemos o discurso de uma teoria e como ele se expressa na forma como
que nos comportamos.

Segundo um comitê de ética “o mais importante deste artigo não é denunciar como as pessoas
se comportam, mas como elas se interagem”. Porque uma atitude não fala por si só. Ela tem
uma repercussão, e desencadeia todo um processo. Mas a forma de como se dá este processo
é digno de avaliarmos sob uma ótica da crítica. Não para criticar atitudes, esta pesquisa pode
nos trazer informações de como são exercidos os temas da diversidade, da inclusão e da
formação docente no cotidiano desses mestrandos. Neste sentido surgiria uma pergunta na
pesquisa...

Como aprender a conviver com a diversidade inserida no nosso cotidiano através da práxis...

Nestes momentos que sentamos, conversamos, e observamos as diferentes formas de olhar


um evento, de produzir um evento, de avaliar trabalhos, encontrar caminhos... onde ir... o que
fazer... e como pudemos aprender nessa convivência com nossos “outros” na elaboração deste
evento.

Bom, acredito que o resultado seria expresso na qualidade do evento. E digno de crítica
gostaria de fazer duas análises sobre tal, onde ele foi bom e onde ele foi ruim... e assim
aprender e cresce, porque avaliar, pesquisar e aprender com seus dados é a construção de um
conhecimento crítico. E na óptica do crescimento humano, aprendendo a interagir com a
diversidade do grupo.
Nosso evento contou com uma média de 150 inscritos, nossas mesas sempre teve mais de 50
pessoas para ver as palestras. Nosso público alcançou a graduação, os programas de pós
graduação de outras instituições, professores, representantes da secretaria de educação de:
Nova Iguaçu, Itaguaí e Seropédica, também com representantes das prefeituras de Seropédica
e do Município do Rio.

Pessoas viam falar sobre os grandes nomes dos palestrantes que trouxemos a Universidade,
todos eles nos parabenizaram pelo evento e ficaram muito satisfeito com a organização do
mesmo. O evento mobilizou o ICHS e o IE, estudantes que passaram por ali, observaram o
movimento, alguns que leram os painéis, assistiram as apresentações orais. Mostramos de um
modo expressivo que existe um Programa de Pós Graduação em Educação na Universidade
Rural. “Sacudimos a poeira”, defendemos uma imagem para o curso e isto nos traz enorme
satisfação.

Minha avaliação sobre a ótica de organizador foi de que fazemos parte de uma geração de
Mestrandos que querem fazer a diferença, que querem dialogar com a comunidade, divulgar
seu trabalho, suas pesquisas... e temos uma grande chance de ter dado um ‘star’ na
sobrevivência de um evento do Programa como forma dele dialogar com a sociedade.

Merece reflexão nossas falhas, nossas considerações aos que virão a organizar um evento
como este para que façam outro melhor ainda. E se esta corrente continuar teremos um
crescimento e este evento será cada vez melhor. Assim como eu quero levar dele o que me fez
crescer, no sentido de caminhar pro melhor, para o caminho que nos leve a uma sociedade
mais harmônica, mais inclusa, mais diversa, mais justa...

Este evento não conseguiu ainda chegar aos professores, podemos dialogar com mais
profissionais da educação, do cotidiano, exercendo uma forma de extensão de nossas
pesquisas. E amante da pedagogia da alternância, acredito que temos que alcançar essas
experiências, pois eu vibrava a cada relato dos diferentes professores da Rede. De fato,
podemos tentar buscar mais formas de dialogar, divulgar o evento. E não só divulgar, mas dar
espaço, dar voz aos professores... ouvi isto em uma das mesas, “os professores precisam
falar”.... Não conseguimos trazer representantes de nenhuma etnia, ou comunidade
tradicional. E precisamos também dar voz e dialogar com essas pessoas. Assim como também
não contamos com uma forte presença dos mestrandos PPGEduc de outras turmas. Isto nos faz
refletir sobre a importância de participarmos do evento promovido por outras turmas que
virão.

Temos estrutura para isto, temos a possibilidade de transformar isto num evento que exerça de
fato o diálogo do PPGEduc com a sociedade, muito além de somente através de suas
pesquisas. Entendem a importância deste evento...

Nós mostramos nossa cara na Rural, precisamos injetar esse entusiasmo nos próximos
Mestrados do Programa... e fazer desse evento uma construção dos estudantes. Pois enquanto
mestrando, a organização deste evento é um processo formativo muito interessante para os
Mestrandos.
A título de considerações finais diria que hoje eu realmente cresci. Quando parei para observar
tudo que pude aprender com a diversidade inserida no nosso trabalho de Comissão
Organizadora. E gostaria de multiplicar esses aprendizados com vocês.

Aprendi que ter paciência é um exercício fundamental nas relações que envolvem duas ou mais
pessoas. Simplesmente porque muitas vezes nos comportamos como se o outro não pensasse
e tivesse que concordar com nossa opinião. E aprendi que exercer a paciência é uma forma de
parar e refletir sobre Diferenças, logo diversidades. E que o comportamento bárbaro ainda
habita o nosso inconsciente, e as vezes “soltamos os cachorros” em cima de uma posição
diferente da nossa. E com certeza todos já se sentiram assim, parece ser natural. Mas pra mim
o sublime é aprender a ser comportar diante da diferença, e um dos valores que esta ação
exige é o respeito.

E o respeito me trouxe uma avaliação diferente daquela “moralista”, porque o respeito exige do
outro a compreensão e vice versa. Assim não importa se foi através de um erro no convívio que
aprendemos a exercer a paciência, mas temos que almejar algo melhor, sempre. E crescer com
este erro significa aprender, se este for exercido na prática.

Não pretendo ter palavras cítricas, e nem criticar o comportamento de ninguém, como disse
ele é a resposta a um processo. Pra mim o importante foi avaliar este processo e não as
pessoas (o que a meu ver seria medíocre). Não pretendemos julgar a atitude de ninguém,
espero que me entendam bem sobre isso. Estou falando de algo muito mais sutil. A construção
do “ser”. E seja este ser mestrado, ser professor, ser humano, ser pai, ser mãe, ser cônjuge, ser
filhos... e todos esses “seres” que compõem nossa identidade. Mas que este ser, seja para ser
melhor.

Não posso esperar do outro o respeito para começar a exercer o meu. Tenho que ter atitude de
respeito e não responder a uma atitude sem respeito da mesma forma. Assim estou
reproduzindo minhas frustrações com o sistema. Se é verdade que estamos em construção,
somos sujeitos em construção, professores sendo “formados” pelas relações interpessoais,
então o que é uma sala de aula... uma escola... uma universidade... um trabalho... mas que não
seja a escola um espaço para se reproduzir valores de uma sistema capitalista, excludente,
desigual, desumano....

Somos educadores, e a sobrevivência de nossas pesquisas depende do fazer docente, mas que
nossas pesquisas ganhem vida aos colocarmos nela tudo que aprendemos não somente nos
livros, teóricos, palestras, mas no cotidiano, na convivência deste grupo na organização deste
evento... se pergunte: o que eu pude aprender e que me tornará uma ser humano melhor....

Bem, finalizo minha consideração agradecendo a todos vocês que me proporcionaram a


oportunidade de aprender...

Diogo de Souza

30 de janeiro de 2013

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