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e Integral II
Profa. Jaqueline Luiza Horbach
Prof. Leonardo Garcia dos Santos
2019
2 Edição
a
Elaboração:
Profa. Dra. Jaqueline Luiza Horbach
Prof. Me. Leonardo Garcia dos Santos
ISBN 978-85-515-0295-2
CDD 517.1
Impresso por:
III
Bons estudos!
NOTA
Você já me conhece das outras disciplinas? Não? É calouro? Enfim, tanto para
você que está chegando agora à UNIASSELVI quanto para você que já é veterano, há
novidades em nosso material.
O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova
diagramação no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também
contribui para diminuir a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo.
Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas
institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa
continuar seus estudos com um material de qualidade.
IV
VII
VIII
REFERÊNCIAS........................................................................................................................................ 209
IX
INTEGRAL DE RIEMANN
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você será capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em três tópicos. No decorrer da unidade você
encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo apresentado.
1 INTRODUÇÃO
Neste material, abordaremos o conceito de integração, que é uma parte
do Cálculo Diferencial e Integral que possui uma vasta quantidade de aplicações
práticas, principalmente no campo da Física e das Ciências Naturais. Abordaremos
este conceito ainda nesta unidade, como uma extensão do conceito de derivação,
porém, numa concepção de “operação inversa” do processo.
2 CÁLCULO DE ÁREA
Iniciaremos, como já citado, com o processo do entendimento de integração
pela motivação geométrica do cálculo de área. Este objeto de análise ainda será
ponto fundamental da própria definição de integral. Desta forma, vamos pensar
como calculamos áreas.
Por exemplo, para a área do retângulo, imaginaremos o gráfico da função
constante, entre dois pontos a e b.
x
a b
FONTE: Os autores
A (b a ) c .
y=x
x
0
b
FONTE: Os autores
Notamos que este gráfico nos dá a ideia de um triângulo, sendo que sua
área é dada pela região abaixo da linha do gráfico, limitada pelo eixo das abscissas
(X) de zero até b. Como a função é a identidade, esse triângulo é isósceles de lado
congruente b e sua área pode ser descrita por:
b2
A= .
2
ATENCAO
É fato que os exemplos até aqui analisados são figuras “retas”, do tipo
retângulo e triângulo, e daqui em diante podemos começar a combinar figuras
deste tipo para conseguir outras, porém, com as mesmas características do cálculo
de áreas, sendo que o cálculo da área destas figuras se dará pela composição de
triângulos e retângulos. Isso quer dizer que é possível, até o momento, com o uso
da geometria plana clássica, calcular a área entre a linha do gráfico de uma função
qualquer e o eixo x, desde que este gráfico seja composto apenas por segmentos
de reta. Entretanto, quais outras figuras nós sabemos calcular área? Se tomarmos
a função y = x2, obteremos o seguinte gráfico:
b2 y = x2
x
b
FONTE: Os autores
Pelo que parece, utilizando apenas a geometria básica fica difícil calcular
a área indicada, pois esta ferramenta pode se reduzir a retângulos e triângulos
combinados (com a exceção do círculo). Outro ponto que refuta a utilização da
geometria para o caso é o fato de não conseguirmos decompor a área indicada
em “quadrados de área unitária”, para que a quantidade desses quadrados
represente a área em valor.
b2
x
b
FONTE: Os autores
b0 b
x k .
k k
x
x0 x1 xK-1 b=xK
K sobintervalos
FONTE: Os autores
x0 = 0
b b
x1 x0 x k 0
k k
b b 2b
x2 x0 x1 x( k ) 0
k k k
k b
xk x0 x1 xk 1 x( k ) b
k
mk x( k ) f ( x0 ) f ( x1 ) f ( xk 2 ) f ( xk 1 )
b 2 b 2b k 1
2 2 2
mk 0 b .
k k k k
b b2 2 2
mk 2 0 1 22 k 1
2
k k
b3
mk 3 02 12 22 k 1 .
2
k
Devemos perceber agora que a soma que se encontra dentro dos colchetes
é uma soma de quadrados que pode variar de acordo com a quantidade de
subdivisões k escolhida. Neste momento, devemos introduzir uma expressão
para números inteiros:
k k 1 2k 1
12 22 32 k 2 .
6
E
IMPORTANT
b3 k 1 (k ) (2k 1)
mk
k3 6
Calculando:
b3 2k 2 3k 1)
mk
k 2 6
b3
mk 2k 2 3k 1
2
6k
b3 3 1
mk 2 k k 2 .
6
b3 3 1 b3 b3
lim mk
k 6 2 k k 2 6 2 0 0 3 .
b3
m1 m2 mk Área.
3
b3
Mk = .
3
sendo que determinamos duas somas que convergem para o mesmo valor,
podendo gerar a seguinte definição:
● Definição 1: Definimos a área sob o gráfico f(x) = x2, entre 0 e b, com b > 0, sendo:
b3
A= .
3
10
3 SOMAS DE RIEMANN
Para formalizar o conceito “à exaustão”, realizado anteriormente,
iremos imaginar uma função genérica y = f(x), no intervalo [a,b], sendo que
estamos interessados em calcular a área desta região abaixo da curva e dentro
do intervalo considerado.
y = f(x)
x
a b
FONTE: Os autores
ba
x( k ) .
k
11
ba
xi a i , com a i k .
k
Logo, teremos:
x0 = a
x1 a x( k )
.
.
.
.
xk 1 a (k 1) x( k )
xk = b.
x
a b
Δx
x0 xK
FONTE: Os autores
12
Esta soma terá um nome. Ela será chamada de Soma de Riemann. O uso
do artigo indefinido “uma” (em: uma respectiva soma Sk*) se deve ao fato de que a
escolha de xi* pode ser feita de várias formas. Isso quer dizer, também, que para cada
k escolhido podemos ter uma soma distinta. Logo, teremos a sequência de somas:
A pergunta que temos que nos fazer agora é: Será que esta sequência de
números converge para algum valor quando k tende ao infinito? Podemos chamar
este valor de S? A resposta é sim. Esse valor S é a integral da função considerada
independe da escolha realizada para a definição dos retângulos. Isto quer dizer
que quando todas as Somas de Riemann convergem para o mesmo valor, ou seja,
quando k tende ao infinito, estamos diante da definição de integral.
k
S k* f ( xi* ) x( k ) .
i 1
Essa simbologia será lida como “a integral de a até b da função f(x) com
relação a x”.
13
b
a ) c dx c (b a )
a
b
b2
b) x dx
0
2
b
b3
c) x dx .
2
0
3
TURO S
ESTUDOS FU
4 PROPRIEDADES DA INTEGRAL
As propriedades aqui descritas são embasadas pelas somas de Riemann,
em que são conservadas as propriedades de área e de somatório.
c f ( x)dx c f ( x)dx.
a a
b b
f ( x)dx f ( x)dx.
a a
14
● A expressão:
é uma Soma de Riemann, sendo que se ela converge para um valor comum S
(qualquer), dizemos que este valor é a integral da função f (x) considerada.
f x dx.
a
◦ a)� c � dx c b a
a
b b2
◦ b) ∫ x dx =
0 2
.
b3
◦ c) ∫0 x 2 dx =
b
.
3
15
b
b4
∫0 x dx = 4 .
3
3 Calcule:
1
a ) ∫5 dx =
1
4
b) ∫x dx =
0
3
c) ∫x ² dx =
0
b
1
f ( x ) dx.
b − a ∫a
Vm =
a) ( ) R$ 11 680,00.
b) ( ) R$ 12 300,58.
c) ( ) R$ 13 178,72.
d) ( ) R$ 21 420,50.
e) ( ) R$ 27 200,85.
16
∫ 2 x + 3dx
0
17
1 INTRODUÇÃO
Prezado acadêmico, este tópico é destinado a mostrar os dispositivos de
cálculo conceituais que devemos utilizar para a resolução de integrais de funções.
Obviamente, deveremos partir de um ponto-base para que daí em diante possamos
fazer adaptações necessárias para o desenvolvimento de técnicas e processos de
cálculo mais rebuscados.
Para o caso das integrais, partiremos do pressuposto de que o Cálculo
Integral pode ser relacionado a “uma operação inversa” do Cálculo Diferencial.
Isso não lhe parece estranho? Vimos em Cálculo Diferencial e Integral I que a
derivada é associada à taxa de variação de uma função em um certo intervalo, e
no tópico anterior a este, motivamos você a compreender que a integral provém
do cálculo de uma área. Você deve estar se perguntando: O que uma “taxa de
variação” e uma “área” têm em comum (ou incomum) para serem chamadas, em
Cálculo, de “operações inversas”?
Em resposta a isso, vamos relembrar um conceito físico importante
aprendido em estudos anteriores. Dada uma função que descreve a posição de
um móvel ao longo do tempo, s(t), definimos a velocidade instantânea deste
móvel v(t) como sendo a derivada da função da posição, ou seja:
v ( t ) = s´( t ) .
100 km km
vmédia
= = 100 .
1h h
19
distância = V x t
120
100
t(min)
10 20 30 40 50 60
Δt
FONTE: Os autores
20
mas,
v ( t ) = s´( t ) .
Veremos, na próxima seção, que para calcular uma integral basta partir
do pressuposto de que já conhecemos a derivada da função que queremos obter.
2 INTEGRAIS INDEFINIDAS
No Tópico 1 trabalhamos com integrais definidas, ou seja, integrais
que tinham um intervalo de integração. Essas integrais devolvem um número,
similar ao que foi feito na disciplina de Cálculo Diferencial e Integral I quando
definimos derivada; calculávamos a derivada da função num ponto e obtínhamos
como derivada um número real; depois estendemos o conceito de derivada e
conseguíamos derivar uma função e encontrar outra função. Faremos o mesmo
aqui, em integral: calcular a integral de uma função e encontrar uma outra função.
Esse tipo de integral é chamada de integral indefinida.
Você já deve ter visto ou ouvido falar que a integral é a inversa da derivada.
Isso está errado, porque elas não são uma inversa à outra, porém elas têm uma
relação muito próxima disso. Para entendermos melhor, vamos definir o que é
uma primitiva de uma função.
Definição 1: dada uma função F(x) definida num intervalo I, dizemos que
F(x) é uma primitiva de f (x) nesse intervalo se:
F ′ ( x) = f ( x).
para todo x ϵ I.
ATENCAO
21
Proposição 1 : seja F(x) uma primitiva da função f(x), então para toda
constante c ϵ temos que G(x) = F(x) + c também é primitiva de f(x).
ATENCAO
22
Definição 2: dada f (x) uma função F (x) e uma primitiva de f (x), a integral
indefinida de f (x) é:
∫ f ( x=
) dx F ( x) + c.
∫ 3 x 2 + x dx = 3 ∫ x 2 dx + ∫ x dx.
( x)
3
3
x 2 3 2
∫ 3 x 2 + x dx =3 ⋅ + x =x 3 +
2
+ c.
3 3 3
Resolução: A primitiva da função f (x) é a função F (x) = – cos(x) pois F' (x)
= d (–cos(x) = f (x). Portanto, concluímos que:
dx
∫ sen ( x ) dx =
− cos ( x ) + c.
23
1) ∫ du= u+c
u n +1
2) ∫ u n=
du + c, n ≠ −1
n +1
du
3) =
∫u n u +c
au
4) ∫ au du = ln a + c, a > 0, a ≠ 1
∫ e du=
u
5) eu + c
6) ∫ sen u du =
− cos u + c
7) ∫ cos u=
du sen u + c
∫ sec
2
8) u=
du tg u + c
∫ cossec u du =
2
9) −cotg u + c
10) ∫ sec u. tg u=
du sec u + c
13) ∫ cossec u =
du ln cossec u − cotg u + c
14) ∫=
tg u du ln sec u + c
15) ∫ cotg
= u du ln sen u + c
FONTE: Os autores
x 4+1 x5
∫ x dx =
4
Exemplo: +c= +c
4 +1 5
24
x4 x4
Exemplo:
∫ 2 x dx = 2∫ x dx = 2 4 + c = 2 + c
3 3
Exemplo: 1 x −2+1 x −1 1
∫ x2 ∫
−2
dx = x dx = + c = + c =− + c
−2 + 1 −1 x
2 +1
1 3
x x 2
2 3
∫ ∫ x 2 dx=
1
Exemplo: x dx= + c= + c= x +c
1
2 +1 3
2 3
Exemplo:
∫ (6x )
dx 6 ∫ x 2 dx − 4 ∫ dx + 3∫ x 2 dx
2 1
− 4 + 3 x=
b
E assim, temos que
= A ( 0 ) 0=
e A (b) ∫ f ( t ) dt.
a
25
Por hipótese, temos que A'(x) = f (x), logo temos também que F' (x) = f (x).
Como sabemos que A e F são primitivas da mesma função, temos que elas diferem
apenas por uma constante C, logo: A(x) = F(x) + C. Para x = a, temos que 0 = A(a) =
F(a) + C ⇒ C = – F(a). Assim, A(x) = F(x), e então, para x = b: A(b)
a
b = ∫ f(t) dt = F(b) – F(a).
ATENCAO
∫ f ( x=
a
) dx F (=
x ) |ba F ( b ) − F ( a )
2
Exemplo: Calcular ∫-1 x5 dx.
Resolução: Uma primitiva para a função a ser integrada pode ser escrita
como:
x6
F ( x=
) + C.
6
Logo:
2
x6
2
26 ( −1)6 64 1 63
∫ 6
5
x = = − = − = .
6 6 6 6 6
−1 −1
∫ 2x
3
+ 2 x 2 − 4 x dx.
−2
26
R1 2
-3 -2 -1 0 1 2
R2
-1
FONTE: Os autores
( −2 ) 2 ⋅ (−1)3
4
1 1
2 x 4 2 x3 4 x 2 14 2 ⋅13 9
∫ 2 x + 2 x − 4 x dx=
3 2
+ − = + − 2 ⋅12 − + − 2 ⋅ (−1) 2 = .
−2
4 3 2 2 3 2 3 2
Calculando R1:
0
2 x 4 2 x 3 4 x 2 0 0 4 2 ⋅ 03 (−2) 4 2 ⋅ (−1)3 16
∫ 2 x + 2 x − 4 x dx=
3 2
+ − |−2 + − 2 ⋅ 02 − + − 2 ⋅ (−1) 2 =
−2
4 3 2 2 3 2 3 3
Calculando R2:
27
2π
∫ sen ( x ) dx.
0
2π
=− cos ( 2π ) − ( − cos ( 0 ) ) =−1 + 1 =0.
2π
∫ sen ( x ) dx =−cos ( x )
0
0
Perceba que o cálculo do saldo de área foi igual a zero. Analise o gráfico
da função f (x) = sen (x):
0.5 R1
0 π 2π
R2
-0.5
g
-1
FONTE: Os autores
28
O valor resulta em zero, pois as áreas acima e abaixo do gráfico são iguais.
Desta forma, devemos, caso objetivemos calcular a área real, realizar o seguinte
procedimento:
π 2π
=A ∫ sen( x) dx −
0
∫π sen( x) dx
A =− cos( x) |π0 −(− cos( x) |π2π )
A = [− cos(π ) − (− cos(0))] − [− cos(2π ) − (− cos(π ))]
A = [1 + 1] − [−1 − 1] = 4 u.a.
29
● Dada f (x) uma função e F (x) uma primitiva de f (x), a integral indefinida de f (x)
é ∫ f (x) dx = F (x) + c, para toda constante c ϵ .
∫ f ( x=
a
) dx F (=
x ) |ba F ( b ) − F ( a ) .
30
a) ∫ x n dx
b) ∫ e x dx
c) ∫ cos ( x ) dx
d) ∫ 4 x dx
1
e) ∫ dx
x
f) ∫ sec
2
( x ) dx
g) ∫ cosec ( x ) ⋅ cotg ( x ) dx
∫ ( 9 − x ) dx
3
2
a)
0
∫ (x + 2 ) dx
3
2
b)
1
c) ∫
1
−1 ( 3
x4 + 4 3
)
x dx
∫ ( 3x − 5 x + 2 ) dx
3
2
d)
1
ln 3
e) ∫ 0
5e x dx
2
f) ∫ 0
2 x 2 x 3 + 1 dx
5 Calcule a área da região limitada pela curva y = √x, pelo eixo x e pelas retas
x = – 1 e x = 2.
31
b b b
∫ f ( x ) ⋅ g ( x ) dx =
a
∫ f ( x ) dx ⋅ ∫g ( x ) dx.
a a
∫ f ′ ( x=
2
) dx f ( 5) − f ( 2 ) .
b b b
∫ f ( x ) + 4 g ( x ) dx = ∫ f ( x ) dx + 4∫g ( x ) dx.
a a a
32
TÉCNICAS DE INTEGRAÇÃO
1 INTRODUÇÃO
Análogo ao que foi feito quando estudamos o conceito de derivada, aqui
apresentaremos técnicas para calcular as integrais indefinidas, que também
servem para calcular integrais definidas. Nos tópicos anteriores, estudamos como
calcular a integral definida através da Soma de Riemann, bem como calcular
integral usando a primitiva (antiderivada) de uma função.
2 MÉTODO DA SUBSTITUIÇÃO
Para entendermos melhor o método da substituição, precisamos de um
conceito de derivação chamado de diferencial. Se consideramos uma função y = f
(x) derivável então sua derivada em relação a x é:
dy
= f ′ ( x).
dx
dy = f ′ ( x ) dx.
33
d
dx
( )
( g ( x )) f ′ ( g ( x )) ⋅ g′ ( x )
f=
DICAS
∫ 3 x 2 x3 + 5dx.
x3 + 5 =f ( g ( x )).
dy
= 3x 2 .
dx
= 3 x 2 ⋅ dx.
dy
34
x3 + 5 3 x 2 ⋅ dx
∫ 3 x 2 x3 + 5=
dx ∫ y
⋅
dy
.
∫ 3 x 2 x3 + 5dx =
∫ ydy.
2 3
∫ ydy = y 2 + c.
3
3
2 3
∫ 3 x 2 x3 + 5dx=
3
(
x +5 ) 2 + c.
AUTOATIVIDADE
∫ f ( g ( x ) ) g ′ ( x ) dx =
∫ f ( y ) dy.
∫ f ( y ) dy =F ( y ) + c.
35
∫ f ( g ( x ) ) g ′ ( x ) dx = ∫ F ′ ( g ( x ) ) g ′ ( x ) dx.
d
dx
( )
( g ( x )) F ′ ( g ( x )) ⋅ g′ ( x ).
F=
Assim:
d
∫ f ( g ( x) g '( x)dx
= ∫ ( F ( g ( x)))dx
dx
= F ( g ( x)) +=
c F ( y ) +=
c ∫ f ( y)dy.
Portanto, o Teorema está provado.
ATENCAO
Observe, acadêmico, que a regra da substituição não vale para todas as integrais.
É imprescindível que a função que queremos integrar seja escrita da seguinte forma: f (g (x))g'(x)
a menos de uma constante.
3
Exemplo: Calcule a integral ∫ dx.
(1 + 2 x )
3
3
Resolução: Primeiro vamos reescrever a função (1 + 2x )3 da seguinte
maneira: f(g(x))g'(x).
Considere a função g(x) = 1 + 2x. Note que a sua derivada é g'(x) e seja
1 , então:
f ( x) =
x3
3 3
= f ( g ( x )) ⋅ g′ ( x ).
(1 + 2 x ) 2
3
3
Observe que apareceu a constante 2 na frente do termo que queríamos,
mas isso não é um problema, pois já estudamos que a constante pode sair da
integral, então:
36
3 3 3
∫ (1 + 2 x) dx= ∫ 2 f ( g ( x)) ⋅ g '( x)dx=
3
2∫
f ( g ( x)) ⋅ g '( x) dx.
3 3
∫ dx = ∫ f ( y ) dy (1)
(1 + 2 x )
3
2
1 y −4 1
∫ f ( y ) dy = ∫ y −3 dy ==
∫ 3 dy = − 4.
y −4 4y
3 3 1 3
∫ dx = − 4 =
− .
(1 + 2 x ) 8 (1 + 2 x )
3 4
2 4y
∫xe dx.
2
−x
1
f ( g ( x )) g′ ( x ).
2
xe − x = −
2
2 1 1 1 2
∫ xe − x dx =− ∫ e y dy =− e y =− e − x .
2 2 2
37
1 1 2 1 2 1 2 1 1
∫
2
xe − x dx =− e − x |10 =− e −1 − − e −0 =− + .
0 2 2 2 2e 2
d
f ( x ) ⋅ g ( x ) = f ′ ( x ) ⋅ g ( x ) + f ( x ) ⋅ g ′ ( x ) .
dx
d
f ′ ( x ) ⋅ g (=
x) f ( x ) ⋅ g ( x ) − f ( x ) ⋅ g ′ ( x ) .
dx
d
∫ f ′ ( x )=
⋅ g ( x ) dx ∫ f ( x ) ⋅ g ( x ) dx − ∫ f ( x ) ⋅ g ′ ( x ) dx.
dx
d
∫ f ( x ) ⋅ g ( x ) dx = f ( x ) ⋅ g ( x ) + c.
dx
ou seja,
∫ f ′ ( x ) ⋅ g ( x ) dx =
f ( x ) ⋅ g ( x ) − ∫ f ( x ) ⋅ g ′ ( x ) dx + c
Como a integral f (x) · g'(x) vai resultar em uma função mais uma constante,
podemos desconsiderar a constante c. Portanto, a fórmula da integração por
partes é dada pela igualdade:
∫ f ′ ( x ) ⋅ g ( x ) dx =
f ( x ) ⋅ g ( x ) − ∫ f ( x ) ⋅ g ′ ( x ) dx
38
ATENCAO
∫ u ′dv = uv − ∫ vdu.
Caro acadêmico, você deve estar pensando que essa fórmula não ajuda
em nada, não é mesmo? Já que se quisermos integrar uma função da forma f'(x)
· g(x), e usarmos a fórmula da integração por partes, transferimos o problema de
integração para a função f'(x) · g(x). Isso é verdade, pois a fórmula de integração
por partes transfere a integral de um a função para outra, porém cabe a nós a
escolha dessas funções e devemos escolher de forma adequada para que a nova
integral seja mais fácil de ser calculada. Vamos analisar como fazer isso através de
um exemplo padrão para esse assunto.
∫ xe x dx.
f ′( x) ⋅ g ( x) =
xe x .
x2
f ( x) =
∫ f ' ( x ) dx =
∫ xdx =.
2
d x
g′( x)
= = e e x
dx
39
x2 x x2
∫ x ⋅ e x dx= ⋅ e − ∫ ⋅ e x dx.
2 2
Observe que a segunda integral ficou pior para ser calculada do que a
integral inicial.
f ( x) =
∫ f ' ( x ) dx =
∫ e x dx =
ex .
d
′( x)
g= = [ x ] 1.
dx
∫ e x ⋅ x dx = e x ⋅ x − ∫ e x ⋅1 dx.
∫ e x ⋅1 dx =∫ e x dx =e x + c.
∫ xe x dx = xe x − e x − c.
Esse exemplo nos mostra que a escolha das funções f e g são fundamentais
para conseguirmos calcular a integral ou não. Fique atento a essa escolha.
Outra situação é termos que calcular a integral definida de uma função,
então primeiro integramos de forma indefinida e depois avaliamos a função no
intervalo de integração, como apresentamos a seguir:
2
x |
2
x x 1 1
(
∫xe dx = xe − e | = 2e − e − 1e − e = e .
2 2 2
)
1 1
40
b
b
| b
∫a ( ) ( ) ( ) ( ) |a − ∫a f ( x ) ⋅ g ′ ( x ) dx.
f ′ x ⋅ g x dx = f x ⋅ g x
ATENCAO
A partir de agora, vamos apresentar a escolha de f' e g que são adequadas para
a resolução, mas não esqueça acadêmico, essa escolha demanda treino.
∫ ln ( x ) dx
f ( x) =
∫ 1dx =
x.
d 1
g′( x)
= = ln ( x ) .
dx x
1
∫ In( x=
) dx x In( x) − ∫ x ⋅ =
x
dx x In( x) − ∫ 1=
dx x In( x)=
− x x( In( x) − 1).
41
∫ x 2 cos ( x ) dx.
f ( x) =
∫ cos ( x ) dx =
sen ( x ) .
d 2
g′( x) = x = 2 x.
dx
∫ x 2 cos
= ( x ) dx x 2sen ( x ) − ∫ 2 x ( sen ( x ) ) dx
( x ) dx x 2sen ( x ) − 2 ∫ x sen ( x ) dx.
∫ x 2 cos = (1)
∫ x 2 cos
= (
( x ) dx x 2sen ( x ) − 2 − xcos ( x ) + ∫ cos ( x ) dx )
∫ x 2 cos ( x ) dx = x 2sen ( x ) − 2 ( xcos ( x ) + sen ( x ) ) + c
∫ x 2 cos ( x ) dx =( )
x 2 − 2 sen ( x ) + 2 x cos ( x ) + c.
42
4 SUBSTITUIÇÃO TRIGONOMÉTRICA
O método da substituição trigonométrica, como o nome já diz, é fazer
uma substituição adequada trocando algum termo na função original por uma
função trigonométrica. Esse método é muito similar ao método da substituição.
a
c
A C
b
FONTE: Os autores.
cateto adjacente c b
cos(θ ) = cos( B) = cos(C ) =
hipotenusa a a
cateto oposto b c
tg (θ ) = tg ( B) = tg (C ) =
cateto adjacente c b
FONTE: Os autores.
cos 2 ( x ) + sen 2 ( x ) =
1
1 + tg 2 ( x ) =
sec 2 ( x ) .
Dependendo do tipo de função, precisamos fazer uma substituição
diferente, por isso vamos dividir essa seção em subseções, apresentando
separadamente cada uma das substituições.
43
a2 − x2 = a 2 − a 2sen 2 (θ )
a 2 − x=
2
( )
a 2 1 − sen 2 (θ ) .
a2 − x2 =a 2 cos 2 (θ )
a cos (θ ) .
a2 − x2 =
pois a ≥ 0 e −
π π.
≤θ ≤
2 2
dx d
= = a sen (θ ) a cos (θ ) .
dθ dθ
2x
∫ dx.
16 − x 2
a=4
x = 4 sen (θ )
4 cos (θ )
16 − x 2 =
dx = 4 cos (θ ) dθ .
44
2x 2 ⋅ 4 sen(θ )
∫ 16 − x 2
dx = ∫ 4 cos(θ )
4 cos(θ )dθ = 8∫ sen(θ )dθ = −8cos(θ ).
∫ sen (θ ) dθ =
− cos (θ ) .
16 − x 2
= cos (θ )
Como √16 – x2 = 4 cos(θ) podemos escrever 4 e, portanto:
2x 8 16 − x 2
∫ dx =
− −2 16 − x 2 .
=
16 − x 2 4
a2 + x2 = a 2 + a 2 tg 2 (θ )
a 2 + x=
2
(
a 2 1 + tg 2 (θ ) . )
Usando a igualdade trigonométrica 1 + tg2(θ) = sec2(θ), temos que:
a2 + x2 =a 2 sec 2 (θ )
a sec (θ ) ,
a2 + x2 =
π π
pois a ≥ 0 e − <θ < .
2 2
dx d
= = a tg (θ ) a sec 2 (θ ) .
dθ dθ
45
1
∫ dx.
36 + 9 x 2
( )
2
(
36 + 9 x 2 = 9 4 + x 2 = 9 ) 4 + x2 .
1 1
∫ dx =
∫ dx.
( )
2 2
36 + 9 x 9 4 + x2
Nesse caso:
a=2
x = 2 tg (θ )
2sec (θ )
4 + x2 =
dx = 2 sec 2 (θ ) dθ .
1 1 1 1 1
∫ 9( ∫ 9 ⋅ (2sec(θ )) (θ )dθ ∫ dθ θ.
2
= dx 2
2sec= =
4 + x 2 )2 9 2 18
1 1 x
∫ 2
dx = arctg .
36 + 9 x 18 2
46
x2 − a2
= a 2 sec 2 (θ ) − a 2
x2 − a2
= (
a 2 sec 2 (θ ) − 1 . )
Usando a igualdade trigonométrica 1 + tg2(θ) = sec2(θ), temos que:
x2 − a2 =a 2 tg 2 (θ )
atg (θ ) .
x2 − a2 =
pois a ≥ 0 e 0 ≤ θ < π2 .
dx d
= = a sec (θ ) a sec (θ ) tg (θ ) .
dθ dθ
x−2
∫ dx.
x2 − 4x
( x − 2)
2
x2 − 4x = x2 − 4x + 4 − 4 = − 4.
( x − 2)
2
− 4 = y 2 − 4.
dy = dx.
47
x−2 y
∫ dx =
∫ dy.
x2 − 4x y2 − 4
Nesse caso:
a=2
y = 2 sec (θ )
2 tg (θ )
y2 − 4 =
dy = 2 sec (θ ) tg (θ ) dθ .
y 2sec(θ )
∫= dy ∫ ∫ sec (θ )dθ
θ ) tg (θ )dθ 2= 2tg (θ ).
2
2sec(
=
y −4 22 tg (θ )
2
y
∫ y2 − 4 .
dy =
2
y −4
x−2
∫ y2 − 4
dx =
2
x − 4x
x−2
dx = ( x − 2 ) − 4
2
∫
2
x − 4x
x−2
∫ dx = x2 − 4 x.
2
x − 4x
5 INTEGRAÇÃO TRIGONOMÉTRICA
Nesta seção apresentaremos estratégias para resolver integrais que são
potências das funções trigonométricas e/ou produto delas. Sabemos que:
∫ sen ( x ) dx =
− cos ( x ) + c
∫ cos ( x ) dx =
sen ( x ) + c.
48
u2
∫ sen ( x ) ⋅ cos ( x ) dx =
∫ u du =+ c.
2
sen 2 ( x )
∫ sen ( x ) ⋅ cos ( x ) dx = + c.
2
ATENCAO
sen 2 ( x )
∫ sen ( x ) ⋅ cos ( x ) dx = + c.
2
As duas respostas estão corretas, a única diferença é a constante. Fique atento a esses
ajustes na solução das integrais trigonométricas.
∫ sen m ( x ) ⋅ cos n ( x ) dx =
∫ sen m ( x ) ⋅ cos 2 k ( x ) ⋅ cos ( x ) dx.
49
u5 u7 sen5 ( x) sen7 ( x)
∫ sen ( x) ⋅ cos ( x)dx = ∫ u ⋅ (1 − u ) du = ∫ u − u du =
4 3 4 2 1 4 6
− +c= − + c.
5 7 5 7
∫ cos5 ( x ) dx.
( )
2
∫ cos5 ( x ) dx =∫ 1− u2 du.
u3 u5 2 sen3 ( x) sen5 ( x)
∫ cos ( x) dx = ∫ 1 − 2u + u du = u − 2
5 2 4
+ + c = sen( x) − + + c.
3 5 3 5
∫ sen m ( x ) ⋅ cos n ( x ) dx =
∫ sen 2 j ( x ) ⋅ sen ( x ) ⋅ cos n ( x ) dx.
( )
j
∫ sen m ( x ) ⋅ cos n ( x ) dx =∫ 1 − cos 2 ( x ) ⋅ cos n ( x ) ⋅ sen ( x ) dx.
( )
j
∫ sen m ( x ) ⋅ cos n ( x ) dx =∫ 1− u2 u n du.
50
( )
2
∫ sen5 ( x ) ⋅ cos3 ( x ) dx =∫ 1− u2 u 3 du.
ATENCAO
( )
j
∫ sen m ( x ) dx =∫ 1− u2 du.
1
sen 2 (=
x)
2
(1 − cos ( 2 x ) )
1
cos 2 (=
x)
2
(1 + cos ( 2 x ) ) .
j k
1 1
∫ (1 − cos ( 2 x ) )
∫ sen ( x ) ⋅ cos ( x ) dx =
m n
⋅ (1 + cos ( 2 x ) ) dx.
2 2
51
1 1 1 x sen(4 x)
∫ sen (2 x)dx =−
∫ 2 (1 cos(4 x))dx =
2∫
1dx − ∫ cos(4 x)dx =
2
− + c.
2 2 8
x sen ( 4 x )
∫ sen 2 ( x ) ⋅ cos 2 ( x ) dx = − + c1.
8 32
AUTOATIVIDADE
1
cos ( x ) ⋅ sen ( x ) = sen ( 2 x )
2
ATENCAO
52
sen ( x ) cos ( x ) 1
=tg ( x ) = , cotg ( x ) = , sec ( x )
cos ( x ) sen ( x ) cos ( x )
1
cossec ( x ) = .
sen ( x )
∫ cos ( 4 x ) dx.
Para isso basta usar mudança de variável, como aprendemos nas seções
anteriores, porém, o que acontece se temos um produto de seno e cosseno dessa
forma? Por exemplo, como calculamos
usamos a identidade
1
sen ( mx ) cos (=
nx )
2
( )
sen ( ( m − n ) x ) + sen ( ( m + n ) x ) .
usamos a identidade
1
cos ( mx ) cos (=
nx )
2
( )
cos ( ( m − n ) x ) + cos ( ( m + n ) x ) .
53
usamos a identidade
1
cos ( mx ) cos (=
nx )
2
(
cos ( ( m − n ) x ) + cos ( ( m + n ) x ) . )
Então, para resolver
1
sen ( 5 x )=
cos ( 4 x )
2
( sen ( x ) + sen ( 9 x ) ) .
2x
f ( x) = 2
.
x −1
2x
f ( x) = .
( x + 1)( x − 1)
2x A B
= + .
( x + 1)( x − 1) x + 1 x − 1
54
2x A ( x − 1) + B ( x + 1)
=
( x + 1)( x − 1) ( x + 1)( x − 1)
2x Ax − A + Bx + B
=
( x + 1)( x − 1) ( x + 1)( x − 1)
2x
=
( A + B) x − A + B .
( x + 1)( x − 1) ( x + 1)( x − 1)
Portanto, precisamos escolher A e B de forma que:
A+ B = 2
− A + B =0
2x 1 1
=2
+ .
x −1 x +1 x −1
2x 1 1 1 1
∫x 2
−1
dx =∫ +
x +1 x −1
dx =∫
x +1
dx + ∫
x −1
dx.
Seja y = x + 1, então dy = dx e
1 1 y −2 1 1
∫ dx = ∫ y −1dy = =
∫ dy = − 2 =
− .
2 ( x + 1)
2
x +1 y −2 2y
E considerando y = x – 1 temos dy = dx e
1 1 −1 y −2 1 1
∫ dx =
∫ dy =
∫ y dy = = − 2 =
− .
2 ( x − 1)
2
x −1 y −2 2y
Portanto:
2x 1 1
∫ dx =
− − + c.
2 ( x + 1) 2 ( x − 1)
2 2 2
x −1
55
AUTOATIVIDADE
1 1
F ( x) =
− − +c
2 ( x + 1) 2 ( x − 1)
2 2
p ( x)
f ( x) = .
q ( x)
q ( x) =
( x − x1 ) ( x − xn ) .
x2 + 1
∫ dx.
x3 − x
x2 + 1 A B C
3
=+ +
x − x x x −1 x +1
x2 + 1 A ( x − 1)( x + 1) + Bx ( x + 1) + Cx ( x − 1)
=
x3 − x x ( x − 1)( x + 1)
56
x 2 + 1 Ax 2 − A + Bx 2 + Bx + Cx 2 − Cx
=
x3 − x x ( x − 1)( x + 1)
x2 + 1 ( A + B + C ) x + ( B − C ) x − A
2
= .
x3 − x x ( x − 1)( x + 1)
A+ B +C = 1
B −C = 0
−A =1.
x2 + 1 1 1 1
3
dx =− dx + dx + dx.
x −x x x −1 x +1
1
− − ln ( x ) ,
dx = para x > 0
x
1 1
dy ln ( y ) ln ( x − 1) ,
dx === para x > 1.
x −1 y
1
=dx ln ( x + 1) , para x > −1.
x +1
Portanto:
x2 + 1
− ln ( x ) + ln ( x − 1) + ln ( x + 1) .
dx =
x3 − x
57
x2 + 1 ( x − 1)( x + 1)
3
dx = ln 3
x −x x
x2 + 1 x2 −1
dx = ln
x3 − x x
x2 + 1 1
3
= dx ln x − .
x −x x
Quando o polinômio q(x) de grau n tem k raízes reais e distintas, com k <
n, sejam elas x1, ... , xk tal que xi ≠ xj para todo i ≠ j, temos que:
q ( x) =
( x − x1 ) 1 ( x − xk ) n .
k k
16
∫ dx.
( x − 2)
2 3
x
16 A B C D E
= + + + + .
( x − 2) x ( x − 2) ( x − 2)
3 2 3 2
x 2
x x−2
ATENCAO
58
A ( x − 2 ) + Bx ( x − 2 ) + Cx 2 + Dx 2 ( x − 2 ) + Ex 2 ( x − 2 )
3 3 2
16
=
x2 ( x − 2) x2 ( x − 2)
3 3
=
( B + E ) x 4 + ( A − 6 B + D − 4 E ) x3 + ( −6 A + 12 B + C − 2 D + 4 E ) x 2 + (12 A − 8B ) x − 8 A .
x2 ( x − 2)
3
B+E = 0
A − 6B + D − 4E = 0
−6 A + 12 B + C − 2 D + 4 E =
0
12 A − 8 B = 0
−8 A =16.
16 2 3 4 4 3
∫ dx = − ∫ dx − ∫ dx + ∫ dx − ∫ dx + ∫ dx.
x2 ( x − 2) ( x − 2) ( x − 2)
3 2 3 2
x x x−2
2 −2 2 x −2 2
−∫ dx = − 2 ∫ x dx = − =
x2 −1 x
3
− ∫ dx = −3ln ( x )
x
4 ( x − 2)
−2
4 2
4 ( x − 2)
−3
∫ dx =∫ dx = =−
( x − 2) ( x − 2)
3 2
−2
4 ( x − 2)
−1
4 4
dx = −4 ∫ ( x − 2 ) dx = −
−2
−∫ =
( x − 2)
2
−1 x−2
3
∫ dx =3ln ( x − 2 ) .
x−2
59
16 2 2 4
∫ dx =− 3ln ( x ) − + + 3ln ( x − 2 )
x ( x − 2) ( x − 2) x − 2
3 2
2
x
2 ( x − 2) − 2x + 4x ( x − 2)
2
16
=
∫ 2 dx + 3ln ( x − 2 ) − 3ln ( x )
x ( x − 2) x ( x − 2)
3 2
16 6 x 2 − 18 x + 8 x−2
∫ dx = + 3ln .
x2 ( x − 2) x ( x − 2)
3 2
x
9
∫ dx.
( )
2
x2 x2 + 3
9 Ax + B Cx + D Ex + F
= 2 + + 2 .
( ) ( )
2 2
x2 x2 + 3 x x2 + 3 x +3
9 ( Ax + B ) ( x 2 + 3) + ( Cx + D ) x 2 + ( Ex + F ) x 2 ( x + 3)
=
( ) ( )
2 2
x2 x2 + 3 x2 x2 + 3
Ax 5 + 6 Ax 3 + 9 Ax + Bx 4 + 6 Bx 2 + 9 B + Cx 3 + Dx 2 + Ex 4 + 3Ex3 + Fx3 + 3Fx 2
=
( )
2
x2 x2 + 3
Ax 5 + ( B + E ) x 4 + ( 6 A + C + 3E + F ) x 3 + ( 6 B + D + 3F ) x 2 + 9 Ax + 9 B
= .
( )
2
x2 x2 + 3
A=0
B+E=0
6A + C + 3E + F = 0
6B + D + 3F = 0
9A = 0
9B = 9.
60
9 1 3x − 6 x
∫ dx = ∫ dx + ∫ dx − ∫ dx.
( ) ( x + 3)
2 2 2
x2 x2 + 3 x x+3
1 −2 2 x −2 2
∫ 2
dx =
∫ x dx == − .
x −1 x
Considere y = x + 3 e dy = dx então:
3x − 6 3 y − 15
∫ dx =
∫ dy
( x + 3)
2
y2
1 1
=3 ∫ dy − 15 ∫ 2 dy
y y
30 30
= 3ln ( y ) − = 3ln ( x + 3) − .
y x+3
x y −3
−∫ dx = − ∫ dy
x+3 y
1
= − ∫ 1dy + 3 ∫ dy
y
=− y + 3ln ( y ) =− ( x + 3) + 3ln ( x + 3) .
9 2 30
∫ dx =− − 3ln ( x + 3) − − ( x + 3) + 3ln ( x + 3)
( )
2
x 2 2
x +3 x x+3
9 x 3 + 6 x 2 + 11x + 36
∫ 2 dx =
− + 3ln (1) .
x ( x − 2)
3
x ( x + 3)
61
A
.
ax + b
A1 A2 Ak
+ + + .
ax + b ( ax + b ) 2
( ax + b )
k
Ax + B
2
.
ax + bx + c
A1 A2 Ak
+ + + .
( ) ( ax )
2 2 k
ax + bx + c ax 2 + bx + c 2
+ bx + c
62
LEITURA COMPLEMENTAR
Marcio A. Fulini
MARQUÊS DE L’HOSPITAL
Devlin (apud PICKOVER, 2011, p. 160) declara que “De facto, até ao
aparecimento do livro de L’Hôpital, Newton, Leibniz e os irmãos Bernoulli eram
realmente as únicas pessoas à face da Terra que tinham sólidos conhecimentos
em cálculo”. Outro matemático que enaltece a obra de L’Hospital é Ball (apud
PICKOVER, 2011, p. 160): “O crédito de juntar o primeiro tratado que explicava
os princípios e a utilização do método é devido a L’Hopital... Este trabalho foi
amplamente difundido; generalizou o uso da notação diferencial em França, e
contribuiu para torná-lo conhecido na Europa”.
63
Por volta de 1700, a maior parte do cálculo, que hoje se vê nos cursos
de graduação, já havia sido estabelecida, juntamente com alguns tópicos mais
avançados (EVES, 2004).
JEAN-LE-ROND D’ALEMBERT
64
65
LEONHARD EULER
AUGUSTIN-LOUIS CAUCHY
66
GEORG RIEMANN
67
68
A1 A2 Ak
+ + +
( ) ( ax )
2 2 k
ax + bx + c ax 2 + bx + c 2
+ bx + c
● Todos os métodos valem tanto para a integração indefinida quanto para a definida.
69
a ) ∫ ( 5 − 3 x ) dx b) ∫ sen ( 2 x ) dx
6
2x
c) ∫ dx d) ∫ x 3 3 x 4 + 3 dx
( 2
x +3 )
1
e) ∫ dx f ) ∫ xln ( x ) dx
2− x
ex
g) ∫ 4 − 3 x dx h) ∫ dx
1 + ex
a. ∫ x cos ( x ) dx b. ∫ e x cos ( 2 x ) dx
c. ∫ ( ln ( x ) ) dx
2
d. ∫ ln ( 2 x + 1) dx
ln ( x )
e. ∫ x5 x dx f.∫ dx
x2
1 x3
a) ∫ dx b) ∫ dx
x2 x2 − 9 16 − x 2
x3 1 + x2
c) ∫ dx d) ∫ dx
x2 + 9 x
e) ∫ x 1 − x 4 dx f ) ∫ x 2 + 1dx
70
x −1
a ) ∫ x cos 2 ( x ) dx b) ∫ 2
dx
x − 4x − 5
c) ∫ x 4 ln ( x ) dx d) ∫ x sen −1 ( x ) dx
1 + ex x+2
e) ∫ dx f )∫ dx
1 − ex x2 + 4
1
g) ∫ cos 2 ( x ) tg 2 ( x ) dx h) ∫ dx
4 x2 − 4 x − 3
b
M = ∫I ( t ) dt
a
a) ( ) R$ 1 100,00.
b) ( ) R$ 2 100,00.
c) ( ) R$ 2 950,00.
d) ( ) R$ 3 750,00.
e) ( ) R$ 4 950,00.
∫ 3 x − 5dx.
Porém, esse aluno não sabia como proceder, não sabia qual método deveria
escolher. Sobre os métodos que ele pode usar para resolver a integral, analise
os itens a seguir:
71
72
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em quatro tópicos. No decorrer da unidade você
encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo apresentado.
73
1 INTRODUÇÃO
Na Unidade 1 introduzimos os conceitos de integral e vimos que a
principal motivação para definirmos integral é área de uma região delimitada por
curvas. Neste tópico, o objetivo é estudar algumas das aplicações para o conceito
de integral, dentre elas está o cálculo de áreas, mas também iremos calcular
volumes de sólidos de revolução, comprimento de curvas, entre outras.
2 CÁLCULO DE ÁREA
Considere uma curva f qualquer e considere a região R abaixo da curva f até
o eixo x delimitada pelo intervalo [a,b], como está representada no gráfico a seguir:
f (x)
a b x
FONTE: Os autores
75
b
Área = ∫ f ( x ) dx.
a
A = b · h = 4 · 3 = 12.
1 2 3 4 x
FONTE: Os autores
4
4
AR = ∫3dx = 3 x = 3 ⋅ 4 − 3 ⋅ 0 = 12.
0
0
76
FONTE: Os autores
2 x3 2 23 03 8 26
∫
2
A= x + 3dx = + 3 x = + 3⋅ 2 − − 3⋅ 0 = + 6 =
0
3 0 3 3 3 3
O exemplo anterior nos propôs uma situação que não trouxe nenhuma
novidade, porém existem situações que demandam muito cuidado e atenção. O
próximo exemplo é uma dessas situações.
2
R1
-2 0 2 X
R2
-2
-4
-6
-8
FONTE: Os autores
Esse encontro entre a curva f (x) = x3 e o eixo x cria duas regiões: a região
R1 que está acima do eixo x e a região R2 abaixo do eixo x. Vamos trabalhar com
essas duas regiões de maneiras separadas.
2
2
x4 24 04 16
AR1 = ∫x dx = = − =
3
= 4.
0 4 0 4 4 4
Região R2: Esta região está abaixo do eixo x, vamos ignorar esse fato por um
momento e proceder como se estivéssemos na situação usual. Então, temos que:
0
04 ( −2 )
0 4
x4 16
∫−2
3
AR2 = x dx =
= − =
− = −4.
4 −2 4 4 4
78
Mas essa situação não pode acontecer, já que a área é sempre um valor
positivo. Podemos consertar isso invertendo o sinal da integral e, portanto:
0
− ∫ x3 dx =
AR2 = 4.
−2
Observe que o valor da área R1 é igual ao valor da área R2, pois existe uma
simetria em relação ao eixo y. Se trocássemos o intervalo de integração, o valor
das duas áreas possivelmente seria diferente.
E
IMPORTANT
Sempre que a região que queremos calcular a área estiver abaixo do eixo x
temos que inverter o sinal da integral.
Podemos estender o conceito de área para uma região delimitada entre duas
curvas f e g definidas num intervalo [a,b] através do cálculo da integral definida:
b
Área
= ∫ f ( x ) − g ( x ) dx.
a
f (x)
g (x)
a b x
FONTE: Os autores
79
AR = Af – Ag
E
IMPORTANT
Fique atento, acadêmico, a curva mais baixa, no caso g, é que contém o sinal
negativo. Veja o caso do gráfico a seguir.
A A A
a b a b a b
FONTE: Os autores
80
0 1 2 3 4 5 6 x
FONTE: Os autores
Vamos usar integral para verificar que a área do retângulo é igual a 12 u. a..
Note que o retângulo é definido pelas curvas f (x) = 4 e g (x) = 1 no intervalo [2,6]
portanto a área é:
6 3 6
AR = ∫
2
4 − 1 dx = ∫
2
3 dx = 3 x = 3 ⋅ 6 − 3 ⋅ 2 = 18 − 6 = 12.
2
81
3
f(x)
1 g(x)
-1 0 1 2 3
x
-1
FONTE: Os autores
4x − x 2 =
x2
4x − 2x2 =
0
2x ( 2 − x) =
0
∫ ( 4 x − x ) − ( x ) dx
2 2
A=
0
2
2
4 x 2 2 x3
∫0
2
= 4 x − 2 x dx = −
2 3 0
4 ⋅ 2 2 2 ⋅ 23 4 ⋅ 0 2 2 ⋅ 03
= − − +
2 3 2 3
16 16 48 − 32 16 8
= − = = = u. a..
2 3 6 6 3
82
1
g(x)
f(x)
1 0 1
x
-1
-2
FONTE: Os autores
2 x3 = 2 x
2 x3 − 2 x =
0
(
2 x x2 −1 =
0 )
2 x ( x − 1)( x + 1) =
0.
83
Temos duas regiões: uma abaixo do eixo x que é igual à região que está
acima do eixo x. Portanto, a área total é:
1 1
2 ∫g ( x ) − f ( x ) dx =
A= 2 ∫ 2 x − 2 x 3 dx
0 0
1
2x2 2x4 2 2
= 2 − = 2 − = 1u. a..
2 4 0 2 4
E
IMPORTANT
Note que este caso pode ser calculado de outras maneiras utilizando este
conceito e subdividindo as áreas de modo diferente, tente descobrir outras formas.
Nem sempre a área da região que estamos calculando vai ser dada por
uma função, como vimos nos exemplos anteriores, mas sim por uma curva como
uma hipérbole, circunferência ou outras. Vamos analisar o exemplo a seguir que
apresenta uma situação.
FONTE: Os autores
84
0 1 1 1 2
e 2 x
FONTE: Os autores
1
1
e
1
A =∫e − 1dx + ∫ − 1dx
0 1 x
e
1 1
1 1
e
1 e
= ∫e dx − ∫1dx + ∫ dx − ∫1dx
0 0 1 x 1
e e
1 1 1 1
+ ln ( x )
e e
= ex −x 1 −x 1
0 0 e e
1 1 1 1
= e ⋅ − e ⋅ 0 − + 0 + ln (1) − ln − 1 + = 1.
e e e e
85
e
e
1
A = ∫ dy = ln ( y ) = ln ( e ) − ln (1) = 1.
y
1
1
Observe que a segunda maneira foi muito mais simples. Toda vez que
você for calcular a área de alguma região é importante que você faça essa análise
para encontrar o caminho mais curto. Nem sempre será simples decidir qual das
duas é o caminho mais vantajoso, em outras situações as duas apresentarão a
mesma dificuldade. O que podemos afirmar aqui é que a prática faz com que esse
processo de decisão se torne mais rápido e eficiente.
3 VOLUMES
Motivados pela seção anterior, queremos estender o conceito de área
usando integrais para o conceito de volume usando integrais. Como no caso de
áreas, sabemos calcular volumes de formas bem-comportadas, porém se o sólido
for definido por uma curva qualquer ficará difícil determinar o seu volume. A
princípio, conseguiremos apenas calcular volume de sólidos de revolução. Vamos
começar a análise de um sólido simples.
y
4
0 1 2 3 4 5
x
FONTE: Os autores
86
Pense que esse plano agora está em um espaço de três dimensões, ou seja,
podemos rotacionar a reta em torno do eixo x (ou eixo y) formando um sólido de
revolução que no caso é um cone, como veremos a seguir:
0 4
-4
FONTE: Os autores
0 4 -x x
x x
-x
-4
FONTE: Os autores
87
b
Volume = ∫ A ( x ) dx
a
4 4
π x3 π ⋅ 43 03 64π
∫π x dx −π ⋅ =
2
V
= = = u. v.
0
3 0
3 3 3
b
2
Volume = π ∫ f ( y ) dyx
a
b
2
Volume = π ∫ f ( y ) dy
a
88
√2
1 2 x
FONTE: Os autores
4 4
2
∫ y dy π ∫ y dy
V π= 2 4
=
0 0
5 4
πy π ⋅ 45 π ⋅ 05 1024π
= = − = u. v.
5 0
5 5 5
√2
-√2
FONTE: Os autores
89
2 2
2 32 2 32 2 32 2 4 2
V =∫ ydy = y = 2 − 0 = 2 2= u. v.
0
3 0
3 3 3 3
x
a b
FONTE: Os autores
b
2 2
=V π ∫ f ( x ) − g ( x ) dx
a
90
-1
FONTE: Os autores
1 1
2
π ∫ [ x ] − x 2 dx =
2
V= π ∫x 2 − x 4 dx
0 0
1
x3 x5 13 15 03 05
= π − = π − −π −
3 5 0 3 5 3 5
1 1 2π
= π − = u. v.
3 5 15
91
b
Área = ∫ f ( x ) dx
a
● A integral da área de uma região delimitada pelas curvas f (x) e g (x) no intervalo
[a,b] é dada pela integral:
b
Área
= ∫ f ( x ) − g ( x ) dx
a
b
Área
= ∫ f ( y ) − g ( y ) dy
a
b
Volume = ∫ A ( x ) dx
a
92
b
2
Volume = π ∫ f ( y ) dy
a
b
2 2
=V π ∫ f ( x ) − g ( x ) dx
a
93
1 Calcule a área das regiões entre as curvas abaixo. Esboce o gráfico de cada
uma das regiões.
94
A f
0 C c x
a B b
0
I-
∫ f ( x ) dx = 5
a
b
II- ∫ f ( x ) dx = 3
0
c
III- f ( x ) dx = 4
∫a
95
6
S
0 3 4 x
a) ( ) 2/9
b) ( ) 2/7
c) ( ) 1/3
d) ( )¼
e) ( ) 1/5
96
INTEGRAIS IMPRÓPRIAS
1 INTRODUÇÃO
Caro acadêmico! Você pôde perceber que no Tópico 1 estudamos
(calculamos) integrais de funções contínuas e num intervalo limitado [a,b]. Os
casos que estudaremos neste tópico serão integrais em que o integrando (função)
não é contínuo e/ou o intervalo de integração é infinito.
2 INTERVALOS INFINITOS
Lembre-se de que um intervalo infinito pode ser da forma (–∞,a], [a,∞)
ou (–∞, ∞) com a um número real. Considere uma função f:I → , com I um
intervalo de , temos assim três casos:
∞ t
∫ f ( x ) dx = lim ∫ f ( x ) dx.
a
t →∞
a
∞ 1 t 1 t x −1 t 1t 1 1
∫ ∫ ∫
−2
2
dx = lim 2
dx = lim x dx = lim = lim − = lim − + = 1
1 x t →∞ 1 x t →∞ 1 t →∞ −1 l t →∞ x l t →∞ t 1
97
pois:
1
lim − =0.
t →∞ t
∞ 1 t 1 t
∫ 1 x
lim ∫ dx =
dx =
t →∞ 1 x
lim ln( x) =
t →∞ l
lim ln(t ) + ln(1) =
t →∞
∞,
pois:
lim ln ( t ) = ∞.
t →∞
a a
∫ f ( x ) dx = lim ∫ f ( x ) dx.
−∞
t →−∞
t
0 0
u=x dv = ex dx
du = dx v = ∫ ex dx = ex
98
Assim:
t
0
x 0
∫−∞xe dx = lim − ∫e x dx
x
t →∞
xe
l t
t →−∞
(
= lim tet − 1 − =
ex l lim tet − 1=
t
− et )
−1
t →−∞
( )
pois lim et = 0, e pela regra de L’Hôspital, como visto em Cálculo Diferencial I:
t→∞
-∞
t 1
lim tet = lim − t
= lim − t = lim − et = 0.
t →−∞ t →−∞ e t →−∞ −e t →−∞
∞ a ∞
f ( x ) dx ∫ f ( x ) dx + ∫ f ( x ) dx.
∫=
−∞ −∞ a
2
y
-2 -1 0 1 2 x
-1
FONTE: Os autores
99
∞ 0 ∞
∫= ∫ xe dx + ∫xe dx.
2 2 2
xe − x dx −x −x
−∞ −∞ 0
0 ∞
∫ xe dx = −∫xe dx,
2 2
−x −x
−∞ 0
Portanto:
∫ xe
− x2
dx = 0.
−∞
3 INTEGRANDOS DESCONTÍNUOS
A ideia agora é integrar funções que tenham descontinuidades em algum
ponto do intervalo [a,b]. Podem acontecer três casos de descontinuidades:
b t
∫ f ( x ) dx = lim− ∫ f ( x ) dx.
a
t →b
a
b b
∫ f ( x ) dx = lim+ ∫ f ( x ) dx.
a
t →a
t
100
5
1
∫
2 x−2
dx.
1
Resolução: Podemos notar que a função f(x) = √x – 2 é contínua no intervalo
(2,5] e descontínua em 2, logo, a integral é calculada da seguinte maneira:
5 5
1 1
∫
2 x−2
dx = lim+ ∫
t →2
t x−2
dx.
Para: x = t Para x = 5
y=t–2 y=5–2=3
Logo:
5 3
1 1
∫
2 x−2
dx = lim+ ∫
t →2
t −2 y
dy
3 1 3
−
+ ∫
= lim
= y dy lim+ 2 y 2
t →2 t →2
t −2 t-2
= lim+ 2 3 − 2 t=
− 2 2 3.
t →2
Caso 3: Se a função f tiver uma descontinuidade num ponto c tal que a < c
< b, então a integral é:
b c b
f ( x ) dx
∫= ∫ f ( x ) dx + ∫ f ( x ) dx.
a a c
3
1
∫ x − 2 dx.
0
101
1
Resolução: Note que a função f(x) = x–2 é descontínua apenas em x = 2,
logo a integral é:
3 2 3
1 1 1
∫0=
x−2
dx ∫0 x − 2 dx + ∫2 x − 2 dx.
2 t
1 1
∫0 x − 2 dx = tlim
→2 − ∫
0
x−2
dx
● Para x = 0 temos y = 0 – 2 = –2
● Para x = t temos y = t – 2
Assim:
2 t −2
t −2
1 1
∫0 x − 2 dx tlim
= =
→2 − ∫
y
dy lim− ln y
t →2
−2
−2
= lim− ln t − 2 − ln −2 = lim− ln ( 2 − t ) − ln ( 2 ) = −∞ .
t →2 t →2
Pois:
lim ln ( 2 − t ) = −∞.
t → 2−
3 3
1 1
∫2 x − 2 dx = tlim
→2 + ∫
t
x−2
dx
● Para x = t temos y = t – 2
● Para x = 3 temos y = 3 – 2 = 1
Assim:
102
3 1
1
1 1
∫2 x − 2 dx tlim
= =
→2 + ∫
y
dy lim+ ln y
t →2
t −2
t −2
3 1
1
1 1
∫0 x − 2 dx =−∫2 y dy =ln x =ln (1) − ln −2 =− ln ( 2 ) .
−2
∞ ∞
∫g ( x ) dx ≤ ∫ f ( x ) dx.
a a
103
Você já deve ter tentado calcular a integral da função e-x². Esta é uma
função elementar, porém não tem uma primitiva, ou seja, usando as técnicas
de integração não conseguimos calculá-la, mas quando estamos analisando
uma integração imprópria envolvendo a função anterior, conseguimos
informações mesmo sem calculá-la.
Note que para todo x ≥ 1 temos que x ≤ x2, ou ainda, –x2 ≤ –x. Assim,
conseguimos comparar as funções da seguinte maneira:
2
e− x ≤ e− x .
E como a integral:
∞ t
t
1
∫e dx = lim ∫e dx = lim − e = lim − e − t + e −1 = ,
−x −x −x
t →∞ t →∞ t →∞ e
1 1
1
já que lim
t→∞
–e-t = 0 ou seja, a integral é convergente e, portanto, a integral:
∫e
− x2
dx
1
104
∞ t
∫ f ( x ) dx = lim ∫ f ( x ) dx.
a
t →∞
a
∫ f ( x ) dx = lim ∫ f ( x ) dx.
−∞
t →−∞
t
b t
∫ f ( x ) dx = lim ∫ f ( x ) dx.
a
t →b −
a
b b
∫ f ( x ) dx = lim+ ∫ f ( x ) dx.
a
t →a
t
◦ Caso 3: Se a função f tiver uma descontinuidade num ponto c tal que a < c <
b, então a integral:
105
Vale o Teorema da Comparação, ou seja, para f e g contínuas, tais que 0 ≤ g(x) ≤ f(x)
para todo x ≥ a, valem as seguintes condições:
106
∞
1
a) ∫ 1+ x
0
2
dx
∞
b) e − x dx
∫
−∞
∞
c) sen ( x ) dx
∫
2π
0
d)
∫ cos ( x ) dx
−∞
∞
ln ( x )
e) ∫
1
x2
dx
3
1
a)
∫x
−2
4
dx
3
1
b) ∫x
0 x
dx
1
1
c) ∫
0 1 − x2
dx
1
ln ( x )
d)
∫
0 x
dx
∞
F ( s ) = ∫ f ( t ) e − st dt.
0
a) f(t) = 2
b) f(t) = et
c) f(t) = t
107
∫ f ( x ) dx = 1.
−∞
b
P (a < x < b) =∫ f ( x ) dx
a
∞
E ( x) = ∫ x f ( x ) dx.
−∞
2e −2 x , se x ≥ 0
f ( x) = .
0, se x < 0
∞ −x
a) 1 + e dx
∫
1
x
∞
1
b) ∫ x+e
1
2x
dx
∞
c) e x2 dx
∫
1
a) ( )1
b) ( ) In(π)
c) ( )π
d) ( ) π2
e) ( )∞
108
a) ( ) 4π3
b) ( ) 2π
c) ( ) 8π3
d) ( ) 4π
e) ( ) 8π
109
1 INTRODUÇÃO
Uma aplicação bastante importante para o cálculo de integrais de linha
de campos vetoriais é o cálculo do comprimento de uma curva. Este fato gera
resultados importantes no estudo de deslocamentos em fluidos e em campos
magnéticos, por exemplo.
Por este motivo, devemos imaginar uma ferramenta que permita somar
pequenos pedaços poligonais cujos comprimentos tendem a zero. No decorrer deste
tópico, veremos como a integral nos auxiliará na realização deste procedimento.
FONTE: Os autores
111
P0
0 a x1 x2 xi – 1 xi b x
( xi − xi −1 ) + ( yi − yi −1 ) ² .
2
Pi −1 Pi =
n
Li = ∑ Pi −1 Pi .
i =1
n
L = lim ∑ Pi −1 Pi .
n →∞
i =1
112
∆x = xi − xi −1
∆y = yi − yi −1
temos que:
( ∆x ) + ( ∆y ) ².
2
Pi −1 Pi =
f ( xi ) − f ( xi −1=
) f '(ci ) ⋅ ( xi − xi −1 )
yi − yi −=
1 f '(ci ) ⋅ ( xi − xi −1 )
∆y f '(ci ) ⋅ ∆x .
=
| Pi −1 Pi |= (∆x) 2 ⋅ (1 + ( f '(ci )) 2 )
| Pi −1 Pi |=∆x ⋅ 1 + ( f '(ci )) 2 .
n b
L lim ∑ ∆x ⋅ 1 + ( f '(ci ))=
= 2
∫ 1 + ( f '( x)) 2 dx .
n →∞
i =1 a
NOTA
113
b
1 + ( f ′ ( x ) ) dx .
2
∫
a
d
1 + ( g ' ( y ) ) dy .
2
∫
c
y' = 2.
4 4
4
∫
1
1 + (2) 2 dx = ∫ 5 dx = 5 ⋅ x 1 = 4 5 − 5 = 3 5 u.c .
1
NOTA
4 4
1 + ( 2 x ) dx =+
2
∫ ∫ 1 4 x dx .
2
0 0
114
sec 2 (θ )
dx = dθ .
2
Realizando a substituição:
sec 2 (θ ) sec 2 (θ )
1 + 4 x 2 dx =1 + tg 2 (θ ) dθ = sec 2 (θ ) dθ
2 2
1 1
sec3 (θ )dθ = (sec(θ ) ⋅ tg (θ ) + i |=
=ln | sec(θ ) + tg (θ ) |)
2 8
1
∫ 1 + 4 x 2 dx
=
8
(sec(θ ) ⋅ tg (θ ) + ln | sec(θ ) + tg (θ ) |)
1
=⋅ (2 x 1 + 4 x 2 + ln( 1 + 4 x 2 + 2 x)) + C .
8
4
1
∫
0
1 + 4 x 2 dx =⋅ (2 x 1 + 4 x 2 + In( 1 + 4 x 2 + 2 x)) |04 ≈ 16,81u.c .
8
y' = tg(x).
Logo:
π
4
L
= ∫ 1 + tg 2 ( x )dx .
0
115
Ou ainda:
π π
π
4 4 4
∫ ∫ sec(
2
=L sec
= ( x)dx = x) dx ln | sec( x) + tg ( x) 0
0 0
=L In( 2 + 1) u.c .
x = x ( t )
, comt ∈ [t0 , t1 ]
y = y ( t )
Sendo t o parâmetro e que x(t) e y(t) são contínuas e deriváveis. Sabemos que
estas expressões definem uma curva y = f(x), onde suas derivadas são dadas por:
dy y′ ( t )
= .
dx x ' ( t )
b
1 + ( f ′ ( x ) ) dx
2
∫a
2
b t1
y′ ( t )
∫ 1 + ( f ′ ( x ))
2
L= ∫t x′ ( t ) x′ ( t ) dt ,
dx = 1 +
a 0
116
t1
2
=L ∫ x ' ( t ) + y ' ( t ) ² dt .
t0
1 3
x 3 t
, com 0 t 2 .
y t1 2
2
x ' (t ) = t ²
.
y=t
2 2
∫ [t ² ] + [t )] ² dt =
2
∫ t + t ² dt
4
L=
0 0
.
2 2 2
∫
0
t 4 + t 2 dt = ∫ t 2 ⋅ (1 + t 2 ) dt = ∫ t ⋅ 1 + t 2 dt
0 0
.
du
= t dt.
2
3 3
du 1 1 u2 u2
∫ ∫ 2 2∫
2
t 1 + t dt = u = u du = ⋅ =
2 3 3
2
117
3 2
2
(1 + t ² ) 2
∫t ⋅
0
1 +=
t ² dt
3
≈ 3, 72 u.c.
0
118
b
1 + ( f ′ ( x ) ) dx
2
∫
a
d
1 + ( g ' ( y ) ) dy
2
∫
c
t1
2
=L ∫ x ' ( t ) + y ' ( t ) ² dt
t0
119
a) ( ) 0,3320 km
b) ( ) 0,8813 km
c) ( ) 0,5493 km
d) ( ) 1,4306 km
e) ( ) 0,6640 km
120
1 INTRODUÇÃO
A história conta que as ferramentas matemáticas do cálculo se
desenvolveram através de estudiosos que procuravam compreender as leis que
regiam o universo, porém não dispunham de dispositivos de cálculo adequados
para tais ações. Por exemplo, quando estudamos o conceito de integral, com
certeza não realizamos a relação devida com a motivação principal de sua criação,
que é o estudo da física.
121
Devemos nos lembrar, caro acadêmico, de que aplicar apenas uma força
em um corpo não nos garante a existência de trabalho. Para que o trabalho exista é
necessário que haja algum deslocamento do centro de massa do corpo envolvido
na direção que a força está sendo aplicada.
d
FONTE: Os autores
Dizemos que o trabalho realizado pela força F sobre a partícula é dado por:
W=F·d
122
P = m · g.
Logo:
P = 20.10 = 200N.
W = F · d ⇒ W = 200 · 15 = 3000 J.
Conforme já citado, pelo fato de a força ser variável não podemos utilizar
o conceito de força visto anteriormente. Iremos, então, utilizar o mesmo conceito
visto na definição de integral e particionar o intervalo em n subintervalos cujas
extremidades são a = x0, x1, x1, ..., xn. Estes subintervalos deverão possuir larguras
dadas por:
b−a
∆x = .
n
n
W = ∑Wi .
i =1
Desta forma, o problema recairá em aproximar Wi. Para este processo, iremos
escolher pontos arbitrários em cada subintervalo [xi – 1, xi], como por exemplo:
x1 ∈[ x0 , x1 ], x2 ∈ [ x1 , x2 ], x3 ∈ [ x2 , x3 ],..., xn ∈ [ xn −1 , xn ]
123
e desta forma, assumiremos que a força necessária para deslocar a partícula [xi – 1,
xi] em é constante e de valor F(x1), logo:
Wi ≈ F(xl) · ∆x.
n
ÿ
=W ∑
i =1
F xi ⋅ ∆x
sendo que, por fim, tornando a aproximação cada vez melhor através na noção de
limite deste somatório, recaímos no conceito de integral definida, provando que o
trabalho realizado por uma força variável é dado pela integral da função força, no
intervalo fixado pela origem e término do deslocamento realizado:
n b
ÿ
=W lim ∑=
n →∞
i =1
F xi ⋅ ∆x
∫F ( x ) dx .
a
10
F ( x) = ,
(1 + x ) ²
9
9
10 10
∫0 (1 + x ) ² dx =
W= − =
(1 + x ) 0
9 J.
AUTOATIVIDADE
Note que a integral anterior foi resolvida de modo direto. Como dica,
a técnica utilizada foi a da substituição simples, com u = 1 + x. Será que você
consegue resolvê-la e chegar no mesmo resultado?
124
F=k·x
0,10
W
= ∫ k ⋅ x dx
0,05
0,10 0,10
kx ²
W= ∫ k ⋅ x dx= = 375 ⋅ k ⋅10−5 J .
0,05 2 0,05
0,12 0,12
kx 2 1
2= ∫0 k ⋅ x dx ⋅ 2 =
2 0
⋅k =
36
⋅104 .
E finalizando:
1
W = 375 ⋅ ⋅104 ⋅10−5 J ≈ 1, 04 J .
36
125
F
P= .
A
V = A · d.
m = p · V.
m = p · A · d.
F = p · g · A · d.
F ρ ⋅ g ⋅ A⋅ d
P= = = ρ ⋅ g ⋅ d.
A A
126
a
h(x)
w(x)
x
b
F= ∫ρ ⋅ g ⋅ h ( x ) ⋅ w ( x ) dx
a
127
100
100 100
F
= ∫ 62, 4 ⋅10 ⋅ x ⋅ 200=
0
dx ∫ 12480 x dx.
0
E seguindo:
100 100
12480 x 2
∫0
12480 ⋅ = x dx
2
=
0
62.400.000 kgf .
4 pés
4 pés
10 pés
128
h(x) = 3 + x 0
x
4
10
w( x) x 5
=⋅w ( x ) =x .
10 4 2
Logo:
4 4
5
F= ∫0 30 ⋅10 ⋅ ( 3 + x ) ⋅ 2 x dx = ∫ ( 225 x + 75 x² ) dx.
0
E seguindo:
∫ ( 225 x + 75 x² ) dx =
0
3400 kgf .
129
LEITURA COMPLEMENTAR
Gabriela Alves
CENTRO DE MASSA
DA CARGA
CENTRO DE MASSA
DA CARGA
FIGURA 1 FIGURA 2
Se temos uma região delimitada por duas curvas, o centroide desta região,
ou o seu centro de massa terá sua coordenada expressa por:
1 b
A ∫a
=x x[ f ( x) − g ( x)]dx
1 b
=y
2A ∫a
x[ f 2 ( x) − g 2 ( x)]dx
130
Momento de massa em y:
b
My = k ∫ xf ( x) dx
a
Momento de massa em x:
k b
Mx =
2 ∫a
[ f ( x)]2 dx
b
M = k ∫ f ( x) dx
a
My Mx
x= y=
M e M
b
k ∫ xf ( x) dx
x= a
b
k ∫ f ( x) dx
a
k b
∫a [ f ( x)] dx
2
y= 2
b
k ∫ f ( x) dx
a
131
x
x2
x
FIGURA 3
1
∫ | x−x
2
A
= | dx
0
x 2 x3
A
= −
2 3
1 1 1
A= − =
2 3 6
132
1 1 1
x=
1 ∫0
x[ x − x 2 ] dx = 6 ∫ ( x 2 − x 2 ) dx
0
6
x3 x 4 3 3x 4
x =6 − = 2 x −
3 4 2
3(1) 4 3 1
x = 2(1)3 − =2 − =
2 2 2
1 1 1
∫ [x 3∫ ( x 2 − x 4 ) dx
2
y= − ( x 2 ) 2 ]dx =
1 0 0
2
6
x3 x5 3x5
y =3 − =x 2 −
3 5 5
3(1)5 3 2
y =13 − =1 − =
5 5 5
133
● O trabalho realizado pela força F constante sobre a partícula dada é dado por:
W = F · d.
● O trabalho realizado pela força F(x) variável sobre a partícula dada é dado por:
∫F ( x ) dx .
a
b
F= ∫ρ ⋅ g ⋅ h ( x ) ⋅ w ( x ) dx.
a
134
135
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em quatro tópicos. No final da unidade você
encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo apresentado.
TÓPICO 4 – APLICAÇÕES
137
1 INTRODUÇÃO
Neste tópico estudaremos as funções de várias variáveis reais a valores
reais, ou seja, o domínio da função vai estar contido em ℝn com n ≥ 2 e a imagem
vai estar contida em ℝ. Em geral, os estudos físicos, químicos e econômicos são
modelados por funções de duas ou mais variáveis, por isso o estudo dessas
funções é importante.
x ℝ y
D
FONTE: Os autores
139
Notação:
f: D → ℝ
x → y = f(x).
O gráfico de uma função de uma variável está contido em ℝ2, já que temos
uma dimensão do domínio e uma dimensão da imagem. Por exemplo: a função
f(x) = x2 tem como domínio o conjunto D = ℝ e a imagem o conjunto Im(f) = [0, ∞)
ℝ, e seu gráfico é uma parábola com concavidade voltada para cima. O gráfico
de uma função pode ser expresso por um conjunto, assim:
–2 –1 0 1 2 3 x
FONTE: Os autores
Para funções de duas variáveis reais temos que o seu domínio está contido
em ℝ2, mas sua imagem ainda continua em ℝ. Uma função f de duas variáveis
reais é uma relação que associa todo par ordenado (x, y) ϵ D ℝ2 a um número
real z de maneira única:
f: D → ℝ
(x, y) → z = f(x, y).
140
f
D (x, y)
ℝ z = f(x, y) ℝ
FONTE: Os autores
x + y2
f ( x, y ) = .
x+2
0 + 02 0
f ( 0, 0 =
) = = 0.
0+2 2
−2 + 32 7
f ( −2,3=
) = .
−2 + 2 0
Você já deve ter percebido que para determinar o domínio de uma função
de duas variáveis procedemos da mesma maneira que para funções de uma
variável: observamos onde a função tem problema e retiramos esses pontos. Na
função anterior, o problema é a divisão por 0, logo, temos que ter:
x+2≠0
x ≠ –2
141
= Dom ( f =
D ) {( x, y ) ∈ ; ∃f ( x, y )}
2
=D ( f ) {( x, y ) ∈ ; x ≠ −2} .
Dom= 2
x + y²
Graficamente, o domínio da função f(x, y) = x + 2 são todos os pontos de ℝ2,
exceto os pontos da forma (–2, y) ou seja, os pontos que estão sobre a reta x = –2.
x + y²
GRÁFICO 3 – REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DO DOMÍNIO DA FUNÇÃO f(x, y) = x+2
2
Dom(f)
1
–1 0 1 2 3 x
–1
FONTE: Os autores
Im ( f ) = { f ( x, y ) ∈ ; ( x, y ) ∈ Dom ( f )}
x + y2
Im
= ( )
f ∈ ; x ≠ −2 .
x+2
G ( f=
) {( x, y, z ) ∈ ;=z f ( x, y ) com ( x, y ) ∈ Dom ( f )}
3
x + y2
G ( f ) ( x, y, z ) =
= ∈ 3 ; z com x ≠ −2 .
x+2
142
x + y²
GRÁFICO 4 – GRÁFICO DA FUNÇÃO f(x, y) = x+2
FONTE: Os autores
NOTA
Nem sempre é fácil saber o gráfico de uma função de duas variáveis. Use o
software Geogebra 3D para fazer as representações gráficas das funções. Você pode usar a
versão on-line acessando: <https://www.geogebra.org/3d?lang=pt.>.
p ( x, y ) = ∑a mn xm y n
m + n≤k
143
Dom ( p ) = 2 .
● Exemplo:
f ( x, y ) = y + x + 2 − y.
y+x≥0 e 2 – y ≥ 0.
–x ≤ y ≤ 2.
Dom (=
f) {( x, y ) ∈ ;− x ≤ y ≤ 2}.
–3 –2 –1 0 1 2 x
–1
FONTE: Os autores
144
● Exemplo:
2
f ( x, y ) = .
2 y − 4x2
2y – 4x2 > 0
2y > 4x2
y > 2x2.
Dom ( f )= {( x, y ) ∈ ; y > 2 x }. 2
2
GRÁFICO 6 – DOMÍNIO DA FUNÇÃO f(x, y) =
√2y – 4x²
y
–2 –1 0 1 2 x
FONTE: Os autores
145
ATENCAO
f ( λ x, λ y ) = λ k f ( x, y )
ATENCAO
● Exemplo:
f (λ x, λ y ) =
2(λ x)3 + 4(λ x)(λ y ) 2 + 3(λ x) 2 (λ y )
=2λ 3 x3 + 4λ 3 xy 2 + 3λ 3 x 2 y
= λ 3 (2 x3 + 4 xy 2 + 3 x 2 y )
= λ 3 f ( x, y ).
146
x 2 + xy
b) f ( x, y ) =
x− y
Resolução: Vamos verificar se vale a propriedade:
(λ x) 2 + (λ x)(λ y )
f (λ x, λ y ) =
λx − λ y
λ 2 x 2 + λ 2 xy
=
λ ( x − y)
λ 2 ( x 2 + xy )
=
λ ( x − y)
= λ f ( x, y ).
c) f(x,y) = 3x3 + 2y
f (λ x=
, λ y ) 3(λ x)3 + 2(λ y )
= 3λ 3 x3 + 2λ y.
147
FONTE: <https://geografalando.blogspot.com/2013/03/cartografia-escala-e-curvas-de-
nivel.html>. Acesso em: 28 nov. 2018.
● Definição 1:
f(x, y) = c
● Exemplo:
f(x, y) = 5 – x – y.
148
Para c = 0, temos:
f(x, y) = 0
5–x–x=0
y=5–x
Para c = 2 temos:
f(x, y) = 2
5–x–y=2
y=3–x
Note que, para qualquer c que colocarmos, a curva de nível sempre será
uma reta, já que o valor de c não altera nem o x e nem y:
f(x, y) = c
5–x–y=c
y = 5 – c – x.
7 y
3
c=0
2
c=2
1
c=4
–2 –1 0 1 2 3 4 5 x
–1
FONTE: Os autores
149
FONTE: Os autores
● Exemplo:
f(x, y) = √x2 + y2 – 8.
Para c = 1 temos:
f ( x, y ) = 1
x2 + y 2 − 8 =
1
x2 + y 2 − 8 =
1
x2 + y 2 =
9
150
Para c = 4 temos:
f ( x, y ) = 4
x2 + y 2 − 8 =4
x2 + y 2 − 8 =
16
x2 + y 2 =
24
Note que, para qualquer c que colocarmos, a curva de nível sempre será
uma circunferência centrada em (0,0), a única diferença será o raio, que mudará
conforme o valor de c:
f ( x, y ) = c
x2 + y 2 − 8 =c
x2 + y 2 − 8 =c2
x2 + y 2 = c2 + 8
6
5
c=4
4
3
c=1
2
–5 –4 –3 –2 –1 0 1 2 3 4 5 x
–1 y
–2
–3
–4
–5
FONTE: Os autores
151
● Exemplo:
f(x, y) = x2 – y2
Para c = 0 temos:
f ( x, y ) = 0
x2 − y 2 =
0
x2 = y 2
Nesse caso, temos y = x ou y = –x, ou seja, a curva de nível são duas retas
passando pela origem.
Para c = 9 temos:
f ( x, y ) = 9
x2 − y 2 =
0
x2 y 2
− 1
=
9 9
Note que, para qualquer c > 0, as curvas de nível serão hipérboles centradas
em (0,0). A única diferença serão seus vértices, que mudam conforme o valor de c:
f ( x, y ) = c
x2 − y 2 =
c
x2 y 2
− 1
=
c c
152
c=0
1
c = 16
c=9
–5 –4 –3 –2 –1 0 1 2 3 4 5 x
–1
–2
FONTE: Os autores
E
IMPORTANT
É importante frisar aqui que as curvas de nível podem ser qualquer curva que já
estudamos, como retas, polinômios, parábolas, circunferências, hipérboles, elipses etc.
f: D → ℝ
(x1, x2, ..., xn) → z = f(x1, x2, ..., xn).
E
I ( R1 , R2 , R3 , R4 , R5 ) =
R1 + R2 + R3 + R4 + R5
153
FIGURA 3 – CIRCUITO
R1 R2 R3
E R4 R5
FONTE: Flemming e Gonçalves, (2007, p. 76)
● Exemplo:
f ( x, y, z ) = − x 2 − y 2 − z 2 + 4.
Ou, ainda:
x2 + y2 + z2 ≤ 4.
154
FONTE: Os autores
f ( x, y , z ) = − x 2 − y 2 − z 2 + 4
f ( x, y , z ) = c
− x2 − y 2 − z 2 + 4 =
0
x2 + y 2 + z 2 =
4.
f ( x, y , z ) = c
− x2 − y 2 − z 2 + 4 =
1
x2 + y 2 + z 2 =
3.
155
f ( x, y , z ) = c
− x2 − y 2 − z 2 + 4 =2
x2 + y 2 + z 2 =
0.
156
f: D → ℝ
(x, y) → z = f(x, y).
f
D (x, y)
ℝ z = f(x, y) ℝ
= Dom ( f =
D ) {( x, y ) ∈ ; ∃f ( x, y )}.
2
Im ( f ) = { f ( x, y ) ∈ ; ( x, y ) ∈ Dom ( f )}.
● O gráfico de uma função de duas variáveis é:
G ( f=
) {( x, y, z ) ∈ ;=z f ( x, y ) com ( x, y ) ∈ Dom ( f )}.
3
157
a) f ( 2, −1)
b) f ( 4, 2 )
c) f ( 2, x )
f ( x + h, y ) − f ( x, y )
d)
h
e) f ( x, y + k ) − f ( x, y )
k
4 y − 3x
a) f ( x, y ) =
x + 2 y2 − 4 2
3x
b) f ( x, y ) =
2x + 4 y
1
c) f ( x, y ) =
x+ y+4
d) f ( x, y=
) x − 2 y2
e) f ( x=
, y ) ln 2 x 2 + 5 − y ( )
f) f ( x, y, z )= x2 + y 2 + z 2 − 9
a) f ( x, y ) = x + y − 9
2 2
4 x5 + y 3 x 2
b) f ( x, y ) =
x2 + y 2
2 xy 5 − 3 x3 y 3
c) f ( x, y ) =
3 xy
158
f(a,b) = a
Para todo ponto (a,b) que satisfaz a2 + b2 = 1. Assinale qual é a única sentença
que podemos afirmar ser verdadeira:
a) ( ) f(1,1) = 1
b) ( ) f(0,3) = 0
c) ( ) f(1,0) = 1
d) ( ) f(2,0) = 2
e) ( ) f(1,3) = 1
a) f(x,y) = 1 – x2 – y2
b) f(x,y) = √4 – x2 – 4y2
c) f(x,y) = x + y + 2
d) f(x,y) = x + 4y
e) f(x,y) = x2
a) f(x,y,z) = √1 – x2 – y2 – z2
b) f(x,y,z) = x
c) f(x,y,z) = In(x2 + y2 + z2)
d) f(x,y,z) = 4x2 + y2 + z2
159
3 y
x
FONTE: Flemming e Gonçalves, (2007, p. 87)
4 2
a) ( ) f ( x=
, y)
9
(x + y2 )
4
b) ( ) f ( x, y ) =
− x2 + y 2
9
( )
4 2
c) ( ) f ( x, y ) =
4−
9
(
x + y2 )
4 2
d) ( ) f ( x, y ) =
4+
9
(
x + y2 )
160
1 INTRODUÇÃO
Neste tópico, estenderemos a definição de limite e continuidade de
funções de uma variável real para limite e continuidade de funções de várias
variáveis reais. Apresentaremos o conceito para funções de duas variáveis reais,
sendo que, a partir disso, ao conhecermos as definições e o modo de operar com
funções de duas variáveis, o processo de trabalhar com funções de mais de duas
variáveis será elementar.
( x1 − y1 ) + + ( xn − yn ) .
2 2
|| u − v =||
|| ( x1 , y1 ) − ( x2 , y2 ) ||= ( x1 − x2 ) + ( y1 − y2 )
2 2
.
161
NOTA
{
V =( x, y ) ∈ 2 ;|| ( x, y ) − ( x0 , y 0 ) ||< r }
é uma vizinhança para o ponto (x0, y0) Para cada valor de r temos uma nova
vizinhança.
Assim, podemos dizer que o ponto (x0, y0) é um ponto de acumulação de
um conjunto D ℝ2, se para toda vizinhança V de (x0, y0) temos que:
V ∩ D − {( x0 , y0 )} ≠ ∅.
Ou seja, existe um ponto (x, y) ϵ D que está em toda vizinhança de (x0, y0)
e que é diferente de (x0, y0).
● Exemplo:
desse conjunto é:
162
–2 –1 0 1 2 3
FONTE: Os autores
ATENCAO
163
● Definição 2:
0 <|| ( x, y ) − ( x0 , y0 ) ||< δ
Concluímos que:
|f(x,y) – L| < ε.
lim f ( x, y ) = L.
( x , y )→( x0 , y0 )
lim f ( x, y ) =L ⇔ lim f ( x0 + h, y0 + k ) =L
( x , y )→( x0 , y0 ) ( h , k )→( 0,0 )
ou
lim f ( x, y ) = L ⇔ lim f ( x, y ) − L = 0.
( x , y )→( x0 , y0 ) ( x , y )→( x0 , y0 )
AUTOATIVIDADE
lim 2 x + 3 y =
8.
( x , y )→(1,2 )
164
Da definição de limite, para todo ε > 0 precisamos encontrar δ > 0 tal que:
( x − 1) + ( y − 2 )
2 2
0< < δ ⇒ 2x + 3y − 8 < ε .
Note que:
| 2 x + 3 y − 8 |= | 2 x + 3 y − 2 − 6 |
= | 2( x − 1) + 3( y − 2) |
≤ 2 | x − 1| +3 | y − 2 |
= 2 ( x − 1) 2 + 3 ( y − 2) 2
≤ 2 ( x − 1) 2 + ( y − 2) 2 + 3 ( x − 1) 2 + ( y − 2) 2
= 5 ( x − 1) 2 + ( y − 2) 2 < 5δ .
ε
Escolhendo 0 < δ < 5 concluímos que |2x + 3y – 8| < ε para todo (x,y), tal
que:
( x − 1) + ( y − 2 )
2 2
0< < δ.
● Definição 3:
=lim f ( x, y ) L=
1 e lim g ( x, y ) L2
( x , y )→( x0 , y0 ) ( x , y )→( x0 , y0 )
a) lim f ( x, y ) + g ( x, y ) =
L1 + L2 .
( x , y )→( x0 , y0 )
165
c) ( x , y )lim f ( x, y ) ⋅ g ( x, y ) =
L1 ⋅ L2 .
→( x0 , y0 )
f ( x, y ) L1
d) lim = , desde que L2 ≠ 0.
( x , y )→( x0 , y0 ) g ( x, y ) L2
● Exemplo:
Calcule o limite:
2 x3 − y + 2
lim .
( x , y )→( 0,0 ) x−2
2 x3 − y + 2
lim
( x , y )→( 0,0 )
( 2x 3
− y+2 )
lim = item d )
( x , y )→( 0,0 ) x−2 lim
( x , y )→( 0,0 )
( x − 2)
3
2 lim x − lim y + lim 2
=
( x , y )→( 0,0 ) ( x , y )→( 0,0 ) ( x , y )→( 0,0 )
item a ), b) e c)
lim x − lim 2
( x , y )→( 0,0 ) ( x , y )→( 0,0 )
2 ⋅ (0) − 0 + 2
3
2
= = = −1.
0−2 −2
lim f ( x, y ) ⋅ g ( x, y ) =
0.
( x , y )→( x0 , y0 )
166
● Exemplo:
Calcule o limite:
1
lim y sen .
( x , y )→( 0,0 ) x
lim y=0
( x , y )→( 0,0 )
1
sen ≤ 1
x
1
lim y sen = 0.
( x , y )→( 0,0 ) x
Se f(x,y) ≤ g(x,y) ≤ h(x,y) para todo 0 < ||(x,y) – (x0,y0)|| ≤ r para r > 0 e se:
=lim f ( x, y ) L=
e lim h ( x, y ) L
( x , y )→( x0 , y0 ) ( x , y )→( x0 , y0 )
Então:
lim g ( x, y ) = L.
( x , y )→( x0 , y0 )
● Exemplo:
Calcule o limite:
2x2 y
lim .
( x , y )→( 0,0 ) x 2 + 2 y 2
167
2x2 y 2 ⋅ 02 ⋅ 0 0
lim = = .
( x , y )→( 0,0 ) x 2 + 2 y 2 2
0 + 2⋅0 2
0
Note que:
2x2 y
−2 y ≤ ≤2 y
x2 + 2 y 2
E como lim 2=
y lim − 2 =
y 0 , por meio do Teorema do Confronto,
( x , y )→( 0,0 ) ( x , y )→( 0,0 )
concluímos que:
2x2 y
lim = 0.
( x , y )→( 0,0 ) x 2 + 2 y 2
FONTE: Os autores
168
● Exemplo:
Se existir, calcule o limite. Caso contrário, mostre que ele não existe:
2 xy
lim
( x , y )→( 0,0 ) x + y2
2
GRÁFICO 14 – CAMINHO y = 0
y
2
0 1 2 3
x
FONTE: Os autores
169
2 xy 2x ⋅ 0
lim 2 2
= lim
( x , y )→( 0,0 ) x + y ( x ,0 )→( 0,0 ) x 2 + 02
0
= lim
= = lim 0 0.
( x ,0 )→( 0,0 ) x 2 ( x ,0 )→( 0,0 )
2 xy 2⋅0⋅ y
lim 2 2
= lim
( x , y )→( 0,0 ) x + y ( 0, y )→( 0,0 ) 0 2 + y 2
0
= lim
= lim 0 0.
=
y2
( 0, y )→( 0,0 ) ( 0, y )→( 0,0 )
GRÁFICO 15 – CAMINHO y = x
y
2
–1 0 1 2 3
x
–1
FONTE: Os autores
170
2 xy 2 xx
lim 2 2
= lim
( x , y )→( 0,0 ) x + y ( x , x )→( 0,0 ) x + x 2
2
2x2
= lim = lim 1 1.
=
( x , x )→( 0,0 ) 2 x 2 ( x , x )→( 0,0 )
Portanto, concluimos que o limite não existe, já que existe dois caminhos que
geram limites diferentes e, pela propriedade de limite único, isso não pode acontecer.
● Exemplo:
Calcule o limite, se existir, caso contrário, mostre que ele não existe:
2x2 y
lim
( x , y )→( 0,0 ) x 4 + y 2
2x2 y 2 x3
lim = lim
( x , y )→( 0,0 ) x 4 + y 2 ( x , x )→( 0,0 ) x 4 + x 2
2 x3 2x 2⋅0
= lim = lim = = 0.
( x , x )→( 0,0 ) x 2 ( x 2 + 1) ( x , x )→( 0,0 ) x + 1 02 + 1
2
2x2 y
lim = 0.
( x , y )→( 0,0 ) x 4 + y 2
2x2 y 2x4
lim = lim
( x , y )→( 0,0 ) x 4 + y 2 ( x , x2 )→( 0,0) x 4 + x 4
2x4
= lim= lim 1 1.
=
( x , x2 )→( 0,0) 2 x 4 ( x , x )→( 0,0 )
171
● Exemplo:
Calcule:
x2 + 3 y 2
lim .
( x , y )→( 3,3) x − y
lim x 2 + 3 y 2 = 32 + 3 ⋅ 32 = 36
( x , y )→( 3,3)
lim x − y = 3 − 3 = 0.
( x , y )→( 3,3)
x2 + 3 y 2
lim = ±∞
( x , y )→( 3,3) x − y
172
● Definição 6:
● Exemplo:
lim f ( x, y ) = f (1,1) .
( x , y )→(1,1)
f ( x0 , y0 ) = 3 ⋅ x03 ⋅ y0 + 2 ⋅ x0 ⋅ y02 .
173
lim f ( x, y ) = f ( x0 , y0 ) .
( x , y )→(1,1)
● Definição 7:
● Exemplo:
−3 x 2 y 2 + x3
f ( x, y ) = x 2 − 1
, se ( x, y ) ≠ (1, y )
1,
se ( x, y ) = (1, y )
f(1,y0) = 1.
ii) O limite de f quando (x,y) tende para (1,y0) não existe, pois o denominador
tende para 0, logo, o limite pode ser infinito ou menos infinito.
lim f ( x, y ) = f (1, y0 ) .
( x , y )→(1, y0 )
174
h ( x, y )
f ( x, y ) =
g ( x, y )
175
|| ( x1 , y1 ) − ( x2 , y2 ) ||= ( x1 − x2 ) + ( y1 − y2 )
2 2
.
{
V =( x, y ) ∈ 2 ;|| ( x, y ) − ( x0 , y 0 ) ||< r }
é uma vizinhança para o ponto (x0,y0).
V ∩ D − {( x0 , y0 )} ≠ ∅.
● O limite de f(x,y) quando (x,y) tende para (x0,y0) é L, se para todo ε > 0 existe
δ > 0 tal que para todo (x,y) ϵ D com 0 < ||(x,y) – (x0,y0)|| < δ concluímos que
|f(x,y) – L| < E usamos a notação lim f ( x, y ) = L.
( x , y )→( x0 , y0 )
● O limite é único.
◦ ( x , y )lim f ( x, y ) + g ( x, y ) =
L1 + L2 .
→( x0 , y0 )
◦ ( x , y )lim f ( x, y ) ⋅ g ( x, y ) =
L1 ⋅ L2 .
→( x0 , y0 )
f ( x, y ) L1
◦ lim = , desde que L2 ≠ 0.
( x , y )→( x0 , y0 ) g ( x, y ) L2
176
● Se f(x,y) ≤ g(x,y) ≤ h(x,y) para todo 0 < ||(x,y) – (x0,y0)|| ≤ r para r > 0 e se
lim f ( x, y ) = L e lim h ( x, y ) = L , então lim g ( x, y ) = L.
( x , y )→( x0 , y0 ) ( x , y )→( x0 , y0 ) ( x , y )→( x0 , y0 )
● Se o limite por dois caminhos diferentes der valores diferentes, então o limite
não existe.
177
lim 3 x 2 + 2 xy − 4 =
12.
( x , y )→( 2,1)
x
a) ( x , ylim
)→(1,0 ) x 2 + y 2
2 x − xy + 2
b) lim
( x , y )→( 0,1) x 2 + 3 xy − y 3
c) lim 2x2 + y 2
( x , y )→( 3, −4 )
x2
d) ( x , ylim
)→( 0,0 ) x2 + y 2
x3
lim
e) ( x , y )→( 0,0 ) 2
x + y2
f) xy
lim
( x , y )→( 0,0 ) x − y
xy
, se ( x, y ) ≠ ( 0, 0 )
a) f ( x, y ) = 5 x 2 + y 2
0, se ( x, y ) = ( 0, 0 )
4 x 2 − 3x + y
b) f ( x, y ) = 2
x + y2 −1
x2 y
c) f ( x, y ) =
x4 + y 2
x− y
d) f ( x, y ) =
1 − x2 − y 2
178
A {( x, y ) ∈ 2 ;0 < x 2 + y 2 + 2 y + 1 < 1}
=
a) ( ) (0,–1)
b) ( ) (–1,–1)
c) ( ) (0,0)
d) ( ) (1,1)
179
DERIVADAS PARCIAIS
1 INTRODUÇÃO
Caro acadêmico! Você se lembra das regras de derivação que estudamos
na disciplina Cálculo Diferencial e Integral I? Neste tópico, veremos como elas
se aplicam em funções de duas variáveis independentes, possibilitando um
entendimento de maneira simples do conceito de derivadas parciais.
2 DERIVADAS PARCIAIS
O cálculo da derivada parcial de uma função de duas ou mais variáveis é
parecido com o cálculo de funções de uma variável, sendo utilizadas as mesmas
regras de derivação. A diferença é que na derivada parcial de uma função de
várias variáveis, sua derivada é em relação a uma daquelas variáveis, e as outras
variáveis são mantidas como constantes.
∂f ∂z
= f x ( x, y=
) = Dx f → Derivada parcial da função f em relação à variável x.
∂x ∂x
∂f ∂z
= f y ( x, y=
) = Dy f → Derivada parcial da função f em relação à variável y.
∂y ∂y
181
g (a + h) − g (a) f ( a + h, b ) − f ( a, b ) ∂f
=g´( a ) lim
= lim = ( a, b )
h →0 h h →0 h ∂x
∂f
Logo, ∂x (a,b) trata-se do coeficiente angular da reta tangente à curva de
interseção do gráfico f(x,y) com o plano y = b, no ponto (a,b,f(a,b)).
w (b + h ) − w (b ) f ( a, b + h ) − f ( a, b ) ∂f
=w´( b ) lim
= lim = ( a, b )
h →0 h h →0 h ∂y
∂f
Logo, ∂x (a,b) trata-se do coeficiente angular da reta tangente à curva de
interseção do gráfico f(x,y) com o plano x = a, no ponto (a,b,f(a,b)).
C1
S T2
P(a,b,c) C2
0
x y
(a,b,0)
FONTE: STEWART (2009, p.147)
182
● Exemplo:
∂f 3
= 5 ⋅ 3 x 2 − 4 ⋅1 ⋅ y + 3e xy ⋅1 ⋅ y 3 − 0
∂x
∂f 3
= 15 x 2 − 4 y + 3 y 3e xy .
∂x
∂f 3
= 0 − 4 x ⋅1 + 3e xy ⋅ x ⋅ 3 y 2 − 0
∂y
∂f 3
=−4 x + 9 xy 2 e xy .
∂y
● Exemplo:
∂f
= 6 x − y.
∂x
∂f
=− x + 1.
∂y
183
● Exemplo:
x–y y–x
Encontre as derivadas parciais de f(x,y) = e –e .
∂f
= e x − y ⋅1 − e y − x ⋅ ( −1)
∂x
∂f
= e x− y + e y− x
∂x
∂f
= e x − y ⋅ ( −1) − e y − x ⋅1
∂y
∂f
= −e x − y − e y − x .
∂y
● Exemplo:
′
(u ⋅ v ) = u ′ ⋅ v + u ⋅ v′.
∂f
= 1.sen ( x − y ) + ( x + y ) ⋅1 ⋅ cos ( x − y )
∂x
∂f
= sen ( x − y ) + ( x + y ) ⋅ cos ( x − y )
∂x
∂f
= 1 ⋅ sen ( x − y ) + ( x + y ) ⋅ ( −1) ⋅ cos ( x − y )
∂y
∂f
= sen ( x − y ) − ( x + y ) ⋅ cos ( x − y ) .
∂y
184
● Exemplo:
′ u′
( ln u ) =
u
∂f 2x
= y e xy + 2
∂x x +y
∂f 1
= x e xy + 2 .
∂y x +y
● Exemplo:
∂f
= y2.
∂x
∂f
= 2 xy.
∂y
∂f
= −6 z 2 .
∂z
185
∂2 f ∂ ∂f
2
=
∂x ∂x ∂x
∂2 f ∂ ∂f
=
∂y∂x ∂y ∂x
∂2 f ∂ ∂f
2
=
∂y ∂y ∂y
E
IMPORTANT
Observe que começamos a derivar em relação à variável que está mais à direita,
por exemplo, , derivamos a função f em relação a x e depois derivamos a nova função em
relação a y.
● Exemplo:
∂f ∂f
= y 2e x = 2 y e + 5
x
∂x e ∂y
186
∂2 f ∂ ∂f ∂ 2 x
=
∂x 2
= =
∂x ∂x ∂x
( y e ) y 2e x .
∂2 f ∂ ∂f ∂ 2 x
= = =
∂y∂x ∂y ∂x ∂y
( y e ) 2 y ex .
∂2 f ∂ ∂f ∂
= =
∂x∂y ∂x ∂y ∂x
( + 5) 2 y e x
2 y ex=
∂2 f ∂ ∂f ∂
=
∂y 2 =
∂y ∂y ∂y
( + 5 ) 2e x .
2 y ex=
● Exemplo:
∂f
= 2 x cos y + y 2 cos x
∂x
∂f
=− x 2 sen y + 2 y sen x.
∂y
∂2 f ∂
2
= ( 2 x cos y + y 2 cos x ) =2 cos y − y 2sen x
∂x ∂x
∂2 f ∂
=
∂y∂x ∂y
( 2 x cos y + y 2 cos x ) =
−2 x sen y + 2 y cos x.
187
∂2 f ∂
=
∂x∂y ∂x
( − x 2 sen y + 2 y sen x ) =
−2 x sen y + 2 y cos x
∂2 f ∂
∂y 2
=
∂y
( − x 2 sen y + 2 y sen x ) =
− x 2 cos y + 2 sen x.
● Exemplo:
f ( x, y=
) ( x + 3y)
1
2
′
(u )
a
= a ua −1u ′.
∂f 1
( x + 3y) 2
−1
=
∂x 2
∂f 1 3
( x 3 y ) 2 ( 3) =+ ( x 3y) 2 .
−1 −1
=+
∂y 2 2
∂2 f ∂ 1 −1 1 1 1
= ( x + 3 y ) 2 = − ( x + 3y) − ( x + 3y) 2
− 1 2 −1 −3
2
=
∂x ∂x 2 2 2 4
∂2 f ∂ 1 −1 1 1 3
= ( x + 3 y ) 2 = − ( x + 3y) ( 3) =− ( x + 3y) 2
− 1 2 −1 −3
∂y∂x ∂y 2 2 2 4
∂f ∂ 3 −1 3 1 3
= ( x + 3 y ) 2 = − ( x + 3y) − ( x + 3y) 2
−1 −1 −3
2
=
∂x∂y ∂x 2 2 2 4
∂2 f ∂ 3 −1 3 1 9
= ( x + 3 y ) 2 = − ( x + 3 y ) ( 3) =
− ( x + 3y) 2 .
−1 −1 −3
2
2
∂y ∂y 2 2 2 4
188
● Exemplo:
∂2 f
a)
∂y∂x
Resolução: Usando a definição, temos que:
∂2 f ∂ ∂f
=
∂y∂x ∂y ∂x
2 ∂f 3
Como= 3 x y + 8 xy , temos que:
∂x
∂2 f ∂
=
∂y∂x ∂y
( 3 x 2 y + 8 xy 3 )
∂2 f
= 3 x 2 + 24 xy 2 .
∂y∂x
∂2 f
b)
∂x 2
∂f 2 3
Resolução: Como = 3 x y + 8 xy , temos que a derivada segunda de f
∂x
∂2 f
em relação a x é = 2
6 xy + 8 y 2 .
∂x
∂3 f
c)
∂x∂y∂x
∂f
= 3 x 2 y + 8 xy 3
∂x
Agora, em relação a y:
∂2 f
= 3 x 2 + 24 xy 2
∂y∂x
189
∂3 f
= 6 x + 24 y 2 .
∂x∂y∂x
∂3 f
d)
∂y∂x 2
∂f
= 3 x 2 y + 8 xy 3
∂x
∂2 f
= 2
6 xy + 8 y 3
∂x
∂3 f
=
2
6 x + 24 y 2 .
∂y∂x
190
∂2 f ∂ ∂f ∂ 2 f ∂ ∂f
2
= e = .
∂x ∂x ∂x ∂y∂x ∂y ∂x
191
a) f ( x, y ) = 2 x − 3 y − 4
2
(
b) f ( x, y ) = x − 1 ( y + 2 )
2
)
c) f ( x, =
y) ( xy − 1)
2
1
d) f ( x, y ) =
x+ y
e) f ( x, y ) = e x + y +1
f) f (=
x, y ) ln ( 2 x + y )
2
2
∂2 f ∂2 f ∂ f
2 Calcule as derivadas parciais de segunda ordem ∂ f , , e
das funções: ∂x 2 ∂x∂y ∂y∂x ∂y 2
a) f(x,y) = e3xsen(y)
b) f(x,y) = xey + y + 1
∂2 z ∂2 z ∂2 z
a) ( ) 2
+ − 2e y
=
∂y ∂x∂y ∂y∂x
∂2 z ∂2 z ∂2 z
b) ( ) + − 2e y
=
∂x 2 ∂x∂y ∂y∂x
∂2 z ∂2 z ∂2 z
c) ( ) + − 0
=
∂x 2 ∂x∂y ∂y∂x
2 2 2
d) ( ) ∂ z + ∂ z + ∂ z =
2e y
2
∂y ∂x∂y ∂y∂x
192
a) ( ) f ( x,=
y) x2 + y 2
b) ( ) f ( x,=
y ) 5 xy − x 2
c) ( ) f ( x, y=
) x2 − y 2
d) ( ) f ( x, y )= x + y
193
APLICAÇÕES
1 INTRODUÇÃO
Este tópico será destinado a apresentar algumas aplicações das ferramentas
de cálculo vistas nos dois tópicos anteriores. Existe uma grande variedade destas
aplicações e apresentar todas não será o objetivo das linhas que seguem, até porque
algumas são de uma complexidade que desvia do escopo deste livro didático.
Entende-se que após o embasamento teórico visto nos itens e tópicos
anteriores, que focaram questões de entendimento das funções de várias variáveis,
o desfecho se dará em aplicações, para que se consiga identificar a real importância
deste aprendizado nos cursos de ciências exatas.
2 INVESTIMENTOS EM PRODUÇÃO
Investimentos em produção, ou mesmo produtividade marginal, é uma
das principais aplicações dos conceitos de taxas de variação. Esta taxa de variação,
de modo específico, ocorre quando estamos diante de alguma função de produção
P, que depende do capital (K) investido e da força de trabalho (L) existente.
De modo particular, estudaremos a famosa função de Cobb-Douglas,
que é dada por:
P(K,L) = aKaL1–a
com a constante e 0 < a < 1.
E
IMPORTANT
195
● Exemplo:
P ( K , L ) = 20 K 0,6 L0,4
∂P
=20 L0,4 ⋅ 0, 6 K 0,6−1 =12 L0,4 K −0,4
∂K
∂P
=20 K 0,6 ⋅ 0, 4 L0,4−1 =18 K 0,6 L−0,6 .
∂L
∂P
( 25000, 30000 ) =12 ⋅ 300000,4 ⋅ 25000−0,4 ≈ 12,907
∂K
∂P
( 25000, 30000 ) =8 ⋅ 250000,6 ⋅ 30000−0,6 ≈ 7,171.
∂L
Este resultado nos faz compreender que, para cada real investido em
capital, temos uma variação da produção de cerca de 12,9 unidades, e para cada
real investido em trabalho, temos um ganho de 7,17 unidades de produção.
Outro ponto a ser entendido é que, de modo absoluto, está sendo investido
mais em trabalho, porém o retorno produtivo será maior no investimento em
estrutura e maquinários.
● Exemplo:
∂P
( 70000,10000 ) =
12 ⋅100000,4 ⋅ 70000−0,4 ≈ 5,509
∂K
∂P
( 70000,10000 ) =
8 ⋅ 700000,6 ⋅10000−0,6 ≈ 25, 712.
∂L
● Exemplo:
∂P
=0,5 L0,7 ⋅ 0,3K 0,3−1 =0,15 L0,7 K −0,7 .
∂K
∂P
(10000, 20000 ) =
0,15 ⋅ 200000,7 ⋅10000−0,7 ≈ 0, 243.
∂K
Este resultado se refere à variação da produção para cada real investido. Logo,
para o caso indicado pelo exemplo (investido R$ 1.500), basta realizar a multiplicação:
197
3 ELASTICIDADES
A elasticidade é outro processo bastante utilizado em Economia no que se
refere à medida de quanto uma função é sensível com a variação de uma variável
(ou mais). Aqui, comprovaremos que os coeficientes da equação de Cobb-Douglas
α e 1 – α são os índices que delimitam esta elasticidade.
Salientamos que, neste ponto do conteúdo, trataremos com um foco
de cunho teórico para a comprovação dos resultados, e você, acadêmico, será
convidado a realizar testes numéricos para esta comprovação, posteriormente.
P K a L1 K
K 1
1 .
K P K aK L
E, ainda:
P L a 1 K
L
L
1 1 .
L P L aK L
● Exemplo:
P ( K , L ) = 20 K 0,6 L0,4 .
ϵK = 0,6 e ϵL = 0,4.
198
P K
K
K P
P L
L .
L P
25000
K 12, 907 0, 5999
20 250000,6 300000,4
30000
L 7,171 0, 3999.
20 250000,6 300000,4
4 DIFERENCIAL
Quando trabalhamos com funções de uma variável real, os conceitos
de diferenciabilidade e de derivada são iguais. Para funções de mais de duas
variáveis, esses dois conceitos são diferentes ao passo que dizer que uma função
é diferenciável se existir as derivadas parciais não é suficiente.
● Definição:
199
● Definição:
∂f ( x, y ) ∂f ( x, y )
df= dz
= dx + dy
∂x ∂y
● Exemplo:
Resposta: Primeiro, temos que determinar a função custo. Note que a área de
superfície da caixa é a soma da tampa e da base (2πr2) com a lateral (2πrh), ou seja:
As 2π rh + 2π r 2 .
=
200
(
C ( r , h ) 0,81 2π rh + 2π r 2 .
= )
Vamos calcular o diferencial:
∂C ( r , h ) ∂C ( r , h )
=dC dr + dh
∂r ∂h
dC= 0,81( 2π h + 4π r ) dr + 0,81( 2π r ) dh.
Assim:
201
LEITURA COMPLEMENTAR
PV = nRT, ou (1)
PVm = RT (em que Vm = V/n) (2)
A partir dessas equações é possível dizer que qualquer uma das variáveis
depende das outras duas, e poderíamos escrever cada variável como sendo uma
função de duas variáveis. Por exemplo:
∂P ∂ ( RT / Vm R
=
= (6)
∂T v ∂T V Vm
De maneira análoga, podemos representar a variação da pressão com o
volume molar mantendo a temperatura constante através da Equação (7):
∂P ∂ ( RT / Vm RT
=
= 2 (7)
∂Tm T ∂Vm V Vm
202
∂P RT
A temperatura constante dP = dVm = − 2 dVm (8)
∂Vm T Vm
(a) Para uma mudança pequena de volume, ∆Vm = Vfinal - Vinicial e ∆Vm <<
Vm, a expressão diferencial (8) pode ser aproximada como sendo:
Por exemplo, uma mudança de ∆Vm = 0,1 dm3 (muito menor do que Vm
= 24,6 dm3), a mudança de pressão do gás seria:
∆P = –0,0041 atm
Isto significa que a pressão final após esta mudança (quase infinitesimal
de Vm) seria:
P ( final ) 30,6
RT
∫
1atm
dP
= ∫
24,6
−
Vm 2
dVm
1 1
Pfinal − 1(atm)= 0, 082 × 300 × −
30, 6 24, 6
Pfinal = 0, 0804 atm
203
∂P ∂P R RT
dP =
dT + dV =dT − 2 dV (9)
∂T V ∂V V V
(a) Variação pequena de T e V, ou seja (∆T = Tf - Ti) << Ti, e (∆V = Vf - Vi)
<< Vi. Neste caso, considerando o gás inicialmente a uma temperatura de 300 K e
Vm = 24,6 dm3:
P (1) V ( fin )
RT
∫
P ( ini )
dP
= ∫
V ( ini )
−
Vm 2
dVm
(i)
1 1
P1 − Pini = RTini × −
V V
fin ini
204
RT fin RTini
Pfin − Pini= −
V fin Vini
205
∂P ∂P
=dP dT + dV .
∂T V ∂V
(10)
∂ ∂P ∂ ∂P
e =
∂V ∂T ∂T ∂V
206
P(K,L) = aKαL1–α
∂f ( x, y ) ∂f ( x, y )
df= dz
= dx + dy
∂x ∂y
207
P(K,L) = 5K0,2L0,8
P(K,L) = 0,5K0,3L0,7
4 Um terreno tem a forma retangular. Estima-se que seus lados medem 1.200
m e 1.800 m, com erro máximo de 10 m e 15 m, respectivamente. Determine
o possível erro no cálculo da área do terreno.
208
THOMAS, G. B. Cálculo. V. 1-2. 10. ed. São Paulo: Addison Wesley, 2003.
209