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Artigo - Pastejo Rotacionado

Sistema de Pastejo Rotacionado

 Autor:

Adilson de Paula Almeida Aguiar

Prof. de Pastagens e Plantas Forrageiras I e Zootecnia III (Bovinocultura de corte e leite) da


FAZU e de Agrostologia da Universidade de Uberaba e consultor de empresas de pecuária

 1. Introdução

             Um sistema de pastejo constitui uma combinação definida e integrada do animal, da


planta, do solo e de outros componentes do ambiente e os métodos de pastejo   pelos
quais o sistema é manejado para atingir resultados ou objetivos específicos (RODRIGUES e
REIS, 1997)

 Na maioria dos trabalhos sobre sistemas de pastejo, os autores procuraram comparar o
contínuo com o rotativo, comumente conhecido por aqui como pastejo rotacionado. Nos
últimos anos os termos: pastejo continuo e pastejo rotacionado foram substituídos pelos
termos lotação continua e lotação rotacionada   (RODRIGUES e REIS (1997); HERLING et
al., (2001); MARASCHIN (2001)), mas neste trabalho continuaremos a adotar a terminologia
anterior devido à ainda maior familiaridade com esta.
 

No pastejo contínuo, a pastagem é utilizada sem descanso durante todo o ano, ou durante
várias estações, podendo ser com carga fixa (o número de animais é fixo) ou com carga
variável (o número de animais varia ao longo do ano, de acordo com a disponibilidade de
forragem). No pastejo rotacionado, a pastagem é subdividida em um número variável de
piquetes, que são utilizados um após o outro, podendo também ser com carga fixa ou variável.

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Segundo EUCLIDES et al. (1989) qualquer sistema de pastejo engloba dois fatores: a
freqüência de pastejo, que é determinada pelos dias de pastejo e dias de descanso, e a
intensidade de pastejo, determinada pela pressão de pastejo. A manipulação destas variáveis
determina o sistema de pastejo. Os sistemas de pastejo são agrupados em sistemas de
pastejo contínuos; diferidos; com descanso; rotacionados e sistemas combinados de pastejo.
A manipulação das três principais variáveis do pastejo, número de animais, tempo de pastejo,
intervalo de pastejos, determinam os seguintes métodos de pastejo: contínuo com carga fixa;
continuo com carga variável; rotacionado com carga fixa; rotacionado com carga variável;
pastejo rotacionado com dois grupos de animais; pastejo em faixa; pastejo diferido ou
protelado; creep-grazing e "creep grazing   avançado"
(VIEIRA, 1997).

 SIMÃO NETO et al. (1986), citou que os sistemas de pastejo rotacionado têm sido
aclamados como um dos meios de aumentar a produção de forragem há pelo menos quatro
séculos. MARASCHIN (1986), reportou que o primeiro sistema de pastejo rotacionado,
conduzido dentro de princípios de morfofisiologia do crescimento de plantas forrageiras parece
ter sido desenvolvido na Alemanha no final de 1770 e depois introduzido na Inglaterra.

 Autores como Wheller (1962); Barreto (1976); Mannetje et al. (1976); Whiteman (1980);
Blaser (1982); Thomas e Rocha (1985), citados por RODRIGUES (1988), compararam os
sistemas de pastejo rotacionado e continuo, e chegaram a resultados bastante conflitantes e
controvertidos em relação aos méritos de cada um. Em alguns trabalhos houve uma melhoria
na cobertura vegetal da pastagem, mas não teve influência sobre a produção animal. Em
outros trabalhos houve aumento na produção animal, mas não resultou em efeitos benéficos
para a pastagem.

Segundo RODRIGUES e REIS (1997) um sistema de pastejo ideal é aquele que permite
maximizar a produção animal sem afetar a persistência das plantas forrageiras. A escolha de
um sistema de pastejo é bem mais complexa do que simplesmente se adotar algumas
técnicas de manejo, haja vista que envolve uma série de variáveis interagentes, tais como a
planta forrageira, o animal, o clima e o solo. Além destas variáveis, estudos de Riewe (1965),
citados por RODRIGUES (1988), demonstraram um efeito significativo da pressão de pastejo
sobre o desempenho animal independente do sistema de pastejo utilizado. Desse modo,
qualquer sistema de pastejo poderá resultar em ótimo desempenho animal, pois o mais
importante é o consumo de energia, o qual está relacionado com a disponibilidade da
forragem, proporção de folhas na pastagem, digestibilidade e consumo de forragem (RODRIG

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UES, 1988
).
 
Então resta-nos saber qual é o melhor sistema de pastejo para atender as exigências de
crescimento da planta forrageira e para melhorar a eficiência na colheita de forragem.
Segundo SILVA (1995), o manejo das pastagens assume papel fundamental na produtividade
animal, uma vez que é somente através do conhecimento, manipulação e alocação correta
dos fatores de produção, solo-clima-planta forrageira-animal, é que será possível obter
produtividade e rentabilidade favoráveis dentro de qualquer sistema de produção animal.

           

2. Fatores que influenciam os resultados da produção animal nos sistemas


de pastejo

2.1 - A  espécie  forrageira e o sistema de pastejo

                                                                                                                                                S


egundo MARASCHIN (1986), o pastejo rotacionado deve ser adotado para plantas que
necessitam de um período de descanso para acumular e recuperar as reservas orgânicas;
para permitir a regeneração da pastagem sem a interferência do animal e prevenir a
eliminação das espécies mais aceitas pelos animais.

             Sobre a espécie forrageira, nos vários trabalhos revisados (CORSI, 1980); (CORSI, 1
986); (MARASCHIN, 1986); (SIMÃO NETO et al., 1986); (BARRETO, 1976) parece que os
autores estão de acordo que plantas eretas, de porte alto e com ritmo de crescimento
acelerado, como as forrageiras das espécies
Panicum maximum
(Colonião, Tobiatã, Tanzânia, Mombaça),
Pennisetum purpureum
(Capim Elefante),
Andropogon gayanus

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(Capim Andropogon),
Hyparrhenia rufa
(Capim Jaraguá) e
Setaria
spp, são mais adaptadas ao sistema de pastejo rotacionado, enquanto as forrageiras de porte
baixo, estoloníferas ou semi-prostradas, se prestam mais ao sistema de pastejo contínuo.

Segundo MARASCHIN (1986), em plantas eretas, as melhores rebrotas são possíveis de


ocorrer quando os períodos de pastejo são de curta duração (três a oito dias), pois permitem
melhor controle da condução de resíduo para valores desejáveis de índice de área foliar (IAF)
e de glicídios de reserva.

 Em pastagens formadas por forrageiras de alto potencial de produção e manejadas em


pastejo contínuo, com baixa lotação, ocorre como conseqüência o pastejo desuniforme. Nesta
condição é comum aparecerem áreas sub-pastejadas e super-pastejadas dentro de um
mesmo pasto. Nas áreas super-pastejadas, onde os animais concentram o pastejo por haver
rebrota constante, ocorre o aparecimento de plantas invasoras de hábito de crescimento
rasteiro como o Gramão (Paspalum notatum), a Grama Paulista (Cynodon dactylon) e várias
invasoras de folha larga. É comum também que essas áreas super-pastejadas fiquem com o
solo descoberto, ocorrendo um encrostamento em sua superfície. Na maioria das situações,
estas áreas super-pastejadas estão próximas aos bebedouros, saleiros e malhadouros do
gado. Nas áreas sub-pastejadas, a forragem é rejeitada pelos animais porque fica envelhecida
e lignificada. O pecuarista geralmente procura adotar algumas práticas conhecidas como
"condicionadores de pastejo", na tentativa de obrigar os animais a consumirem a
forragem envelhecida. A mudança de saleiros de lugar é uma das práticas mais utilizadas.
Quando trabalhamos com forrageiras de porte baixo, de crescimento rasteiro, ou com
forrageiras de crescimento lento, estes condicionadores ainda podem funcionar, mas quando
utilizamos forrageiras de porte alto, de crescimento ereto e com ritmo de crescimento
acelerado, esta prática é ineficiente.

  Em um manejo racional do gado, os saleiros devem ficar localizados o mais próximo
possível das aguadas e bebedouros para que haja um estímulo para a maior ingestão da
mistura mineral. Obrigar o animal a andar por longas distâncias para consumir o sal é uma
atitude irracional. Em dias muito quentes, principalmente para animais cruzados ou de puro
sangue europeu, o consumo de sal ficará comprometido se os saleiros estiverem muito
distantes da água. COSTA e CROMBERG (1997) citaram que a localização da fonte de
água na pastagem define o grau de utilização da forragem, pois o gado prefere se alimentar
em áreas até 200 m da água e pode evitar áreas a mais de 600 m. Os animais só passam a
utilizar a forragem a mais de 1,6 Km da água quando, de 40% a 50% da forragem próxima à
água foi consumida. Este dado sugere que em pastos com áreas menores, onde a fonte de

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água fica mais próxima para os animais, é mais fácil se conseguir pastejo uniforme.

O pecuarista ainda lança mão de outras estratégias como o uso de roçadeiras, ou o fogo, ou a
divisão da pastagem com uso de cercas. Estas alternativas podem ser eficientes no curto
espaço de tempo, mas implicam na elevação de custos, no caso das roçadas e da divisão de
pastos, ou são prejudiciais ao solo, como no caso da queima, que diminui a maior riqueza dos
solos tropicais: a matéria orgânica, componente que mais contribui para o desenvolvimento de
cargas negativas, aumentando a CTC do solo (VAN RAIJ, 1991); (CORSI e NUSSIO,1993). A
GUIAR (1998
)
sugeriu que primeiro o pecuarista deve tentar uniformizar o pastejo juntando o gado em lotes
maiores e adotando o pastejo rotacionado, haja vista que esta alternativa não demanda
investimentos, mas apenas a adoção de correto manejo da pastagem. Se após usar esta
alternativa, o pastejo ainda continuar desuniforme, o pecuarista deverá fazer as divisões dos
pastos.

Nas plantas forrageiras tropicais, devido à sua elevada taxa de crescimento, ocorre uma
queda muito rápida do seu valor nutritivo e de sua digestibilidade com o avanço da
maturidade. Como os animais têm preferência pelas rebrotas tenras em áreas já pastejadas,
torna-se imperioso dividir as áreas das pastagens ou aumentar o rebanho para produzir
pastejo uniforme (CORSI, 1980). Segundo este mesmo autor (1986), a uniformidade de
utilização de pastagens de alta produção é uma necessidade para evitar a sua degradação e
sugere que o pastejo rotacionado pode se constituir no sistema adequado para alcançar a
uniformidade de pastejo desejada e proporcionar aumentos significativos de produtividade
animal.

Pastejo desuniforme ainda provoca sobras de forragem que aumentam com o aumento na sua
disponibilidade, em pastos muito grandes, quando a forragem envelhece, reduzindo a sua
digestibilidade e quando a altura do pasto aumenta. A adoção de pastejo rotacionado rápido,
com alta lotação animal, em menores áreas, contribui para a uniformização do pastejo e
ganhos em produtividade.

Outro aspecto relacionado à espécie forrageira é a maior adaptação das leguminosas ao


sistema de pastejo rotacionado. Segundo MARASCHIN (1986), a adoção de pastejo
rotacionado, com longos ciclos de pastejo (em torno de 56 dias) são determinantes para a

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perenidade da leguminosa na pastagem. SIMÃO NETO et al. (1986), também citou que o  past
ejo rotacionado aumenta a proporção da leguminosa na pastagem, principalmente daquelas
que possuem crescimento do tipo volúvel trepador, tais como a Centrosema, o Siratro, a Soja
Perene, a Pueraria, entre tantas outras.

2.2 - A taxa de lotação animal e o sistema de pastejo

Em relação à taxa de lotação animal, MARASCHIN (1986); CORSI (1980); SIMÃO NETO et
al., (1986) concluíram que o sistema de pastejo rotacionado só tem vantagens sobre o
contínuo se houver aumento na taxa de lotação animal na área, refletindo maior produção de
forragem. Quando a taxa de lotação é baixa ou moderada, o pastejo contínuo tem sido similar
ou melhor que o rotacionado, mas, quando a taxa de lotação é alta, o rotacionado tem sido
superior. CORSI (1980), afirmou que o sistema de pastejo só passa a ter significância quando
o nível de produção de forragem é alto. Para taxas de lotação de até 2,0 UA/ha parece não
haver diferenças em produção entre os dois sistemas e nessa condição, o pastejo rotacionado
teria as vantagens adicionais de possibilitar melhor controle para o aproveitamento da
forragem disponível e de sua qualidade. Acima de 2,0 UA/ha o rotacionado é melhor porque é
possível controlar
 
o nível de desfolha e evitar o consumo da rebrota que ocorre em poucas horas após a
desfolha, impedindo a redução do vigor da rebrota.

             MARASCHIN (2001) conclui a partir do trabalho de Hull et al., (1967) que os ganhos
por animal sempre foram maiores para o pastejo continuo e que a taxa de lotação sempre foi
maior no pastejo rotacionado e que o ganho por área foi maior com lotações medias no
pastejo continuo e com lotações mais altas no pastejo rotacionado e afirmou que esta
interação existe e deve ser considerada.

Tabela 1. Resposta animal a métodos de pastejo com lotações fixas e variáveis. Media de 3

                anos.

                                               Rotativo                                  Continuo

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Parâmetro                   Media     Alta     Equilibrada       Media     Alta     Equilibrada

Lotação                        7,25      10,69         7,25               7,25      10,69        7,25

Animais.dia/ha            1.050     1.552        1.282              938       1.274       1.058

GMD (g)                      520        460           530                690        580          740

Ganho/ha (kg)              547        669           665                645        591          843

En. Colh. Mcal/ha       1.380     1.330        1.750             2.030    1.370       2.860

Fonte: Hull et al., (1967) citado por MARASCHIN (2001)

            Este autor concluiu que no tratamento com lotação variável no pastejo continuo se
colheu mais energia na forma de carcaça que no pastejo rotacionado evidenciando a
vantagem de um certo grau de pastejo seletivo para altos rendimentos por animal e por área.

            Em outro trabalho citado pelo mesmo autor, em pastagem exclusiva de gramínea
adubada com nitrogênio sob três cargas e dois métodos de pastejo observou-se maior ganho
médio diário (GMD) para a lotação continua nas lotações medias e alta, sendo que o rotativo
foi superior na lotação bem alta, corroborando com o que veio sendo comentado até aqui
neste trabalho.

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Tabela 2. Produção animal e carga animal de capim dos pomares sob pastejo rotativo e

                continuo com três lotações durante 5 anos.

Parâmetros                                                      Lotações

                                      Media              Alta               Bem Alta               Medias

                                                         Pastejo Rotativo

GMD (g)                         600                 548                    467                      557   

Animais.dia/ha                653                 752                    772                      726     

Ganho/ha (kg)                 479                 442                    382                      434

                                                          Pastejo Continuo

GMD (g)                         743                  630                    399                     590     

Animais.dia/ha                607                  651                    719                     660 

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Ganho/ha (kg)                 487                  439                    297                     407  

Fonte: VPI Research Bulletin, 45, 1969 citado por MARASCHIN (2001)

MARASCHIN (2001) chamou a atenção para o fato de que nos trabalhos sobre sistemas de
pastejo até o inicio da década de 70 deu-se importância apenas  à lotação da pastagem e
raramente se fez referencia a disponibilidade de forragem, porem, após este período
aumentou-se à freqüência de trabalhos dando importância ao conceito de pressão de pastejo
e resíduo após o pastejo. Neste sentido, o pastejo rotacionado
passaria a ser

considerado como o sistema mais adequado que o continuo para manejar a pastagem com
base nas características morfológicas e fisiológicas da planta forrageira.
 

2.2.1 – O aumento na taxa de lotação no sistema rotativo

Segundo CORSI (1986), as vantagens do sistema de pastejo rotacionado sobre o contínuo


não são sempre evidenciadas para as condições de clima temperado, onde a produção de
forragem é menor quando comparado com a produção das forrageiras tropicais. Nos trabalhos
de Wheeler (1962); Walton (1981); Riewe (1985), foi concluído que nas regiões de clima
temperado, os sistemas de pastejo “per se” tem pequeno efeito sobre a produção animal
(RODRIGUES, 1988).

MARASCHIN (1986), afirmou que em plantas forrageiras de porte baixo obtém-se produção
animal semelhante tanto em pastejo contínuo quanto em pastejo rotacionado. E que em
pastagens nativas no Brasil e no mundo, o sistema rotacionado chega a ser 8,2% superior em
ganho líquido/ha.ano, comparado ao sistema contínuo.

Em trabalhos realizados na Nova Zelândia, McMeekan (1960), citado por SIMÃO NETO et al.
(1986), comparou primeiro o pastejo rotacionado com o pastejo contínuo numa mesma

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lotação. Quando a lotação foi elevada em 25%, a produção animal/ha foi 13% superior com o
pastejo rotacionado. A tabela abaixo, retirada do trabalho de BARRETO (1976), demonstra os
dados deste trabalho.

Tabela 3. Pastejo rotacionado versus pastejo contínuo com gado leiteiro.

                                            

                                     

                                                   

Pastejo contínuo                         

Pastejo rotacionado                    

Diferença                                    

Fonte: BARRETO (1976)

No Brasil, em condições subtropicais, PRIMO et al (1973), obteve uma diferença de 19,5% em


favor do pastejo rotacionado, em pastagens consorciadas de Azevém, Trevo Branco e

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Cornichão, durante 4 anos de trabalho.

Tabela 4. Comparação entre pastejo rotacionado e pastejo contínuo no Rio Grande do Sul    d
urante 4 anos.

                                         Ganho/an.

                                              Kg

Contínuo                             

Rotacionado                        

Fonte: PRIMO et al (1973). 

McCAUGHEY (1994) comparou a eficiência no uso de água do solo pelo sistema radicular de

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plantas forrageiras exploradas em sistemas de pastejo contínuo e rotacionado e obteve raízes


mais saudáveis e mais desenvolvidas com o segundo sistema. As raízes foram mais eficientes
na absorção de água e a produção de forragem foi 10% maior que no contínuo, o que resultou
em maior produção/ha. Este dado é muito importante principalmente para os técnicos que
trabalham em regiões semi-áridas ou sujeitas a veranicos freqüentes e de longa duração

Em pastagens tropicais consorciadas com Colonião e Siratro, Stobbs, citado por MARASCHIN
(1986), obteve uma produção 48% superior com a adoção de pastejo rotacionado, comparado
com o pastejo contínuo. Blaser et al (1969), citado por RODRIGUES (1988), também
observaram uma vantagem na produção de leite e de carne quando as pastagens foram
utilizadas em rotação. Os benefícios obtidos com o sistema rotacionado foram atribuídos as
maiores quantidades de forragem produzida e armazenada.

MARASCHIN (1986) afirmou que o pastejo rotacionado não supera o contínuo no


ganho/animal, mas tem condições de manter uma lotação maior e que no Brasil, o rotacionado
produz 20% a mais por ha. A campo existem propriedades espalhadas nos Estados de São
Paulo, Minas, Bahia, Pará, Goiás e Mato Grosso do Sul que têm conseguido desde 1994
índices semelhantes aos reportados na literatura, com aumentos na taxa de lotação animal
que variou de 17 a 39% (em média 25%) com a adoção do sistema de pastejo rotacionado.
Este aumento na lotação animal está muito próximo dos dados que foram encontrados na
literatura, que variaram de 8,2%, em pastagens nativas, a até 50%, em pastagens cultivadas
(passando por intervalos de 10; 13; 19,5; 20; 48%), dando uma média de 24%.

Pode parecer que 20 a 25%, seja um pequeno aumento na lotação animal, mas dependendo
do número de animais existentes na propriedade, no início dos trabalhos, poderá ser bastante
representativo a quantidade de animais que deverão ser adquiridos a mais. Por exemplo, em
uma fazenda com aproximadamente 30.000 animais de recria e engorda, correspondendo a
22.000 UA (animais com peso vivo de 330 Kg). Um aumento de 20% na lotação animal de
suas propriedades representará mais 4.400 UA ou mais 6.000 animais de 330 Kg. Como
normalmente são abatidos 12.000 animais/ano (40% do rebanho), o número de animais
abatidos/ano saltaria para 14.400, uma diferença de 2.400 animais a mais ou 38.400 arrobas a
mais por ano, considerando um peso de abate de 480 Kg (16 @).

A maioria destes trabalhos de campo foi realizada com forrageiras do gênero Brachiaria sp  m
as com forrageiras das espécies
Panicum maximum
(principalmente com o capim colonião) e
Andropogon gayanus

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, temos conseguido até dobrar a taxa de lotação nos primeiros anos e em média temos
aumentado em até 50% em 4 anos. Geralmente estas forrageiras são sub utilizadas em
pastejo contínuo, devido o pastejo ficar desuniforme, como já foi comentado neste trabalho.
Com pastejo desuniforme, as perdas ocorrem onde os animais super pastejam a forragem,
porque não permitem que a forrageira desenvolva de acordo com o seu potencial de
crescimento e com o potencial que o solo permite em termos de nutrientes disponíveis, e as
perdas reais que ocorrem nas áreas sub pastejadas devido ao envelhecimento da forrageira.
Por isso, quando adotamos o pastejo rotacionado é possível obter-se melhores resultados em
termos de aumento na lotação
animal quando
comparamos com forrageiras de crescimento estolonífero e sub-prostado, como
Brachiaria
spp e
Cynodon
spp.
    

Todo o aumento alcançado após a adoção do pastejo rotacionado é devido basicamente ao


aumento na eficiência de colheita da forragem pelos animais devido à uniformidade de pastejo
e não devido ao aumento na produção de forragem que se consegue apenas através da
reciclagem de nutrientes na pastagem, como preconizam alguns. É bom chamar a atenção
para o fato de que o aumento na lotação da pastagem, através da adoção de qualquer sistema
de pastejo, sempre estará condicionado à fertilidade do solo. Se um tipo de solo tem potencial
para fornecer nutrientes para um determinado nível de produção e, esta não está sendo
alcançada devido a erros no manejo da pastagem, com a adoção de pastejo rotacionado bem
conduzido será alcançado algum aumento na lotação, devido ao aumento da eficiência na
colheita de forragem, mas, se o solo é de baixa fertilidade natural ou encontra-se com a
fertilidade já esgotada, em pastagens onde a forrageira geralmente está rapada, pouco ou
nenhum aumento da lotação poderá ser obtido através da simples adoção do sistema de
pastejo rotacionado.

A produção de forragem só pode ser aumentada com a introdução de nutrientes no sistema,


através da adubação da pastagem ou através da fixação de nitrogênio pela forrageira,
principalmente pelas leguminosas. O impacto do aumento na eficiência do pastejo sobre o
aumento na lotação só dura até uniformizar o pastejo. A partir daí temos que optar ou por
adubar para aumentar a produção ou reduzir a lotação

Após a avaliação destes dados parece ficar evidente que o sistema de pastejo rotacionado
deve ser adotado, principalmente, em condições de exploração intensiva da pastagem,

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quando a produção de forragem é alta, o que se consegue em pastagens recém-implantadas


ou adubadas intensivamente, com espécies forrageiras de alto potencial de produtividade e de
crescimento ereto.

Mas e nas situações onde a forragem cresce lentamente e permanece com um porte baixo
praticamente o ano inteiro. Pelo Brasil Central é comum observarmos uma paisagem bem
característica que são as pastagens rapadas, principalmente de Brachiara spp. Será que
nesta condição a adoção do pastejo rotacionado possibilitaria a intensificação da produção da
pastagem? CORSI (1980), afirmou que em situações onde a rebrota é lenta, devido à
eliminação freqüente dos meristemas apicais, ocorrem sérios prejuízos para a produtividade
da planta forrageira e abrevia a sua persistência na pastagem. Nesta condição, a freqüência
de pastejo deve ser diminuída, o que possibilita períodos de descanso adequados para a
planta forrageira. Esta medida só poderá ser tomada se for adotado o sistema de pastejo
rotacionado.

 2.3 - O sistema de pastejo e o controle da demanda e do suprimento de forragem em


um sistema de produção a pasto

 Segundo SILVA e PEDREIRA (1997) métodos baseados em lotação contínua apresentam-se


como estratégias de pastejo onde se tem pouco controle sobre o nível de consumo individual
de MS de forragem. No entanto, em situações onde existe falta ou excesso de forragem, a
possibilidade de controle efetivo na lotação contínua é menor do que nos métodos baseados
em pastejo rotacionado, que permitem, também, o racionamento ou introdução de estratégias
de conservação de forragem nas situações citadas acima.

HOLMES (1996) citou que o uso de pastejo contínuo ou rotacionado tem relativamente pouco
efeito sobre a produção de leite por hectare quando a produção de forragem é suficiente para
satisfazer os requerimentos de alimentos das vacas, mas que nos sistemas intensivos de
exploração de pastagens da Nova Zelândia, onde os animais utilizam os pastos o ano todo, é
freqüentemente necessário limitar a ingestão diária de forragem através do dimensionamento
da área de pasto utilizada a cada dia. Isto pode ser feito com maior facilidade através do
sistema de pastejo rotacionado, o qual é utilizado na maioria das fazendas produtoras com o
objetivo de permitir o manejo racional do pastejo.

Segundo SILVA e PEDREIRA (1996), a produção de forragem não pode ser medida em
sistemas de pastejo contínuo como o "acúmulo líquido de forragem", que é o

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método convencional usado em estudos agronômicos, porque parte do crescimento da


forragem é continuamente removida pelos animais em pastejo. Se a taxa bruta de produção de
forragem for igual à soma da remoção pelo pastejo e das perdas de tecidos por senescência e
morte, não serão observadas mudanças líquidas no estoque de forragem no pasto.

Dado ao maior grau de gerenciamento dispensado, é mais fácil fazer bem feito quando se usa
o pastejo rotacionado, pois qualquer erro cometido pode ser corrigido tão logo seja percebido
(VIEIRA, 1997).

 3. O manejo do pastejo rotacionado

 Neste sistema de manejo da pastagem, após a ocupação de cada piquete, por um período de
tempo variável de alguns dias, quando sua vegetação é desfolhada total ou parcialmente, o
piquete permanece em descanso, sem a presença dos animais, para a recuperação de sua
folhagem, completando o ciclo de pastejo.

 3.1 - Período de ocupação e período de permanência

 Segundo GOMIDE (1997), o período de ocupação do piquete corresponde ao período de


permanência dos animais no piquete, quando o pastejo é praticado por um só grupo de
animais. Quando é ocupado por dois grupos de animais, o período de ocupação corresponde
à soma dos períodos de permanência de cada grupo. Este autor sugeriu que o período de
ocupação deve ser o mais curto possível para aumentar a eficiência de uso da forragem e
para prevenir uma segunda desfolha do perfilho durante o período de ocupação, o que
comprometeria a sua recuperação por esgotar as reservas orgânicas.

Segundo SANTOS et al., (1998), o período de ocupação vai depender do ritmo de


crescimento das plantas e da estrutura disponível. Quanto menor for o período de ocupação
da pastagem, maior será o controle do homem sobre o pasto, mas por outro lado maior será a
necessidade de infra-estrutura, como cercas, aguadas, saleiros. Sendo assim os períodos de
ocupação próximos de um dia deverão ser adotados apenas em sistemas de uso intensivo da

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Artigo - Pastejo Rotacionado

pastagem quando as adubações, principalmente com nitrogênio, aceleram o ritmo de


crescimento da planta. Já nas áreas mais extensivas este período poderá ser estendido a até
uma semana.

Sob o ponto de vista do animal, o período de permanência influencia no consumo de


forragem, sendo que períodos mais curtos deverão ser adotados, principalmente para animais
mais exigentes. A tabela abaixo demonstra a influência do período de permanência na área de
pastejo, sobre o consumo de forragem.

Tabela 5. Influência do período de permanência no piquete ou pasto sobre o consumo de

                massa verde e matéria seca.

Consumo de             massa verde (Kg)

          MS (%)

  MS (kg)

No 1 o dia de pastejo

            68

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           21,4

    14,5

Alguns dias mais tarde

           54,5

           22,0

    12,0

Após consumo de 50% da forragem

           35,5

           24,0

      8,5

Após consumo de 75% da

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forragem

           15,0

          28,0

       4,0

Fonte: KLAPP (1971).

 O período de permanência influencia o desempenho animal, pois quanto mais curto melhor
será o desempenho já que evita se assim uma maior flutuação no valor nutritivo da forragem
entre o início e o final do pastejo. MATOS e DEREZ (1995) citaram que em um trabalho de
Cóser, foram observadas flutuações nas produções diárias de leite, que aumentavam com o
período de permanência dos piquetes. A menor flutuação ocorreu com período de
permanência de apenas um dia.

            O valor nutritivo da forragem consumida é maior no primeiro dia de permanência


quando comparado com os dias seguintes e este fato está associado com a maior
disponibilidade de forragem e maior seletividade de folhas com alta concentração de

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Artigo - Pastejo Rotacionado

nutrientes. Quando o período de permanência por piquete é de três dias, a produção de leite
aumenta do primeiro para o segundo dia e cai no terceiro dia. Com um período de
permanência de cinco dias, a produção aumenta do primeiro para o terceiro dia e abaixa no
quinto dia de pastejo. Na tabela anterior observa-se que à medida que o período de
permanência aumenta, o animal passa a colher menores quantidades de forragem. A
qualidade da forragem também vai diminuindo devido a uma redução na relação folha:caule já
que os animais pastejam seletivamente as folhas.

 RODRIGUEZ (1996) quantificou a variação na produção de leite de acordo com o período de


permanência por piquete. Este autor citou um trabalho onde no tratamento com um dia de
permanência a produção de leite foi   8% e 7% maiores, no período chuvoso e seco,
respectivamente, comparado com dois dias de permanência.
Para reduzir os períodos de permanência e ocupação dos piquetes torna-se necessário o
aumento no número de piquetes em uma fazenda.

             Apesar destes resultados tem sido questionado que os aumentos no desempenho
animal eram baixos para justificar todo o trabalho e investimento em mais divisões, mas
corredores e alocação de bebedouros e saleiros, principalmente em sistemas de baixa
produtividade. Desse modo o período de ocupação por piquete e o numero de piquetes
deveriam ser determinados pela velocidade de crescimento da pastagem de forma que se
evitasse o consumo da rebrota que é mais rápida em pastagens produtivas que apresentam
alta taxa de expansão foliar após o pastejo. A Tabela abaixo foi apresentada pessoalmente
pelo Professor Moacyr Corsi   em conferencias e fornece subsídios para determinar o
período de ocupação e o numero de piquetes com base na taxa de rebrota e na expectativa do
seu consumo.

Tabela 6. Efeito do ritmo de crescimento do pasto sobre a necessidade de divisão da

                pastagem (30 dias de descanso)

Kg MS/                                                   Dias retorno          Dias de             Número

    

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 ha/dia            Cm/dia         UA/ha            na planta           Ocupação          piquetes

   20                   0,5                 1                    30,0                   30,0                    2

   40                   1,0                 2                    15,0                   15,0                    3

   60                   1,5                 3                    10,0                   10,0                    4

   80                   2,0                 4                     7,5                     7,5                     5

  100                  2,5                 5                     6,0                     6,0                     6

  120                  3,0                 6                     5,0                     5,0                     7

Densidade = 40 kg MS/cm/ha; consumo de 10 kg MS/UA/dia; 50% de eficiência de pastejo;


animal retorna à planta com 15 cm rebrota.

Penati et al., 2000 citado pessoalmente por CORSI.

             Os dados da tabela acima sugerem que o período de ocupação pode ser longo
quando a expansão de rebrota é baixa e nesta condição o numero de piquetes é pequeno

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chegando a ser apenas dois o que daria um sistema de pastejo alternado, mas, a divisão da
área num numero grande de piquetes já seria justificada em situações em que a expansão da
rebrota seja muito alta e para impedir o seu consumo o período de ocupação deve ser curto.
Em trabalhos de pesquisa e de campo em Minas Gerais, Goiás e Bahia, em pastagens dos
capins Mombaça e Tanzânia se têm medido a rebrota a cada semana dentro do período de
descanso e no período de descanso total e temos obtido entre 1,5 e 3,0 cm de rebrota/dia em
todo o período de descanso, mas na primeira semana logo após o pastejo a rebrota tem

alcançado expansões de 6 a 8 cm/dia (dados não publicados). Considerando que o animal


volta a planta quando a rebrota atinge 15 cm, os períodos de ocupação por piquete não
deveriam ser maiores do que 2 dias, justificando um maior numero de divisões.  

3.2 - Período de descanso  

Segundo GOMIDE (1997) tem sido proposta a definição do período de descanso em função
do intervalo de tempo de aparecimento de duas folhas sucessivas, conhecido como filocrono.

Os perfilhos das plantas forrageiras conseguem manter um número relativamente constante


de folhas e, após ser atingido esse número, sempre que surgir uma folha nova a mais velha irá
desaparecer. Isso significa que quando a folha não é colhida em um determinado espaço de
tempo, ela inevitavelmente senesce e morre (SANTOS et al., 1998). Segundo RODRIGUES e
REIS (1995) em muitos capins cada folha tem um tempo limitado de vida, de tal forma que, na
medida em que o perfilho continua a crescer em altura, as folhas basais mais velhas tendem a
senescer e morrer progressivamente. O acúmulo de material morto, proveniente da
senescência e morte de folhas, tem reflexos negativos sobre o valor nutritivo da forragem
disponível e sobre a eficiência com que o ruminante colhe a forragem (GOMIDE, 1997).
 
CORSI (1993) comentou que a importância da longevidade das folhas não reside somente na
manutenção da qualidade da MS, mas desempenha papel fundamental no sentido de
determinar o intervalo entre pastejos ou período de descanso da pastagem

Desse modo, para reduzir as perdas por senescência, é necessário conhecer o tempo de vida
das folhas e planejar os períodos de descanso da pastagem de tal forma que a maior parte
das folhas tenha chance de ser colhida pelo menos uma vez

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Na Tabela 7 tem a compilação de dados feita por GOMIDE (1997) e PEDREIRA et al., (2001)
mostrando intervalos de aparecimento de folhas e numero de folhas verdes por perfilho de
algumas espécies forrageiras tropicais.

Tabela 7. Taxas e intervalos de aparecimento de folhas de gramíneas tropicais

Espécies             Taxa de aparecimento    Intervalo        Folhas/              Autor

                              folhas.d-1 . perfilho     dias/folha       perfilho

Andropogon g.                                                                     5         Pinto et al., (1993)

B. brizantha               0,19-0,15               5,3*-6,7**       5 a 7      Corsi et al, 1994

B. decumbens              0,18-0,15               5,5 - 6,8 **      5 a 7      Corsi et al., 1994

B. humidicola              0,25-0,16               4,0*-6,2**       5 a 7      Corsi et al., 1994

B. decumbens                  0,12                        8,3***           4          Gomide et al., 1997

Cynodon spp                                                                
     10,7       Oliveira et al., (1998)

cv Coastcross              0,13-0,31                                        5,6         Pinto (2000)

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cv Florakirk                 0,11-0,31                                        5,8         Pinto (2000)

cv Tifton 85                0,09-0,33                                        5,4         Pinto (2000)    

P.maximum

Colonião                                                                             4,6         Pinto et al., (1993)   

Vencedor                         0,19                        5,3                 6          Gomide, 1997

Mombaça                        0,12                        4,3                 4          Gomide, 1997

Tanzânia                                                                              4          Gomide, 1997

Tanzânia                      0,10-0,12                                                      Beretta (1999)

Tanzânia                          0,10                                            4,8         Rosseto (2000)

Tobiatã                         0,08-0,12                                                     Teixeira (1998)

Centenário                                                                           4            Gomide, 1997    

Guiné                                0,23                       2,4                5            Pinto, 1993

P. purpureum

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cv Roxo                         0,30-0,60                                                     Carvalho et al., (1996)

cv Mott                         0,13-0,17                                    5,4-6,8      Almeida et al., (1997)

cv Guaçu                          0,14                                            7,1          Rosseto (2000)          

Setaria anceps                  0,42                        9**               7            Pinto, 1993

Uruchloa mosanbicensis                                                  
4a
6     
    
McIvor, 1984

  Setaria anceps            0,42                          9**          Pinto, 1

primavera, ** verão, *** outono.

Fonte: Adaptado de GOMIDE (1997) e de PEDREIRA et al., (2001)

            AGUIAR et al., (1998) obteve em um ensaio com seis cultivares de Panicum maximum
, durante o final do verão e no outono,
os seguintes dados: no tratamento adubado obteve 4,48 folhas/perfilho e 5,10 dias para o
surgimento de cada folha, o que resulta em 23 dias para iniciar o amarelecimento da primeira
folha. Para o tratamento não adubado estes valores são, respectivamente, 4,00 X 6,43 = 26
dias para iniciar o amarelecimento da primeira folha, valores estes que se aproximam dos
encontrados por GOMIDE (1997).
 

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Tabela 8. Taxa de expansão e aparecimento de folhas nos perfihos de cultivares de

                Panicum Maximum com e sem adubação.

                        Taxa de expansão           Aparecimento de folhas         Folhas/perfilho          


           

                                Cm/dia                              Dias/folha                           Número

Cultivares      Adubado  Não adubado     Adubado   Não adubado   Adubado  Não


adubado

Tanzânia            0,92            0,61                 4,30             5,21               4,80             4,00

Vencedor           0,98            0,83                 5,00              6,61              4,20             3,80

Centenário         0,96            0,96                 5,30              6,90              3,80             3,40

IZ-5 aruana        0,97            0,61                 4,90              6,60              3,70             3,30

Tobiatâ              1,05            0,85                  5,20              6,20              5,00             4,80

IZ-1                    0,61           0,59                  5,90              7,10              5,40             5,00

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Média                 0,91           0,74                  5,10              6,43              4,48             


4,0
               

Fonte: AGUIAR et al., (1998)

            A partir destes dados se conclui que, as espécies de plantas forrageiras tropicais,
mantém em seus perfilhos de 4 a 7 folhas verdes com intervalo de aparecimento de folhas
entre 4 e 7 dias, o que levaria a recomendações de períodos de descansos variando entre 16
a 49 dias dependendo da espécie e da época do ano.

            É evidente que o período de descanso determinado a partir dos parâmetros dias/folha
e folhas/perfilho deve levar em consideração as variáveis: genótipo, nível de inserção das
folhas e fatores de meio como luz, temperatura, disponibilidade de água e de nutrientes no
solo, estação do ano e intensidade de desfolha, sendo a luz e a temperatura os fatores
climáticos determinantes das taxas de aparecimento e alongamento de folhas. Assim o
intervalo entre o aparecimento de folhas sucessivas pode demorar menos de uma semana no
verão e mais de um mês no inverno e o período de vida de uma folha pode ser de um mês no
verão a dois meses no inverno (PEDREIRA et al., 2001)

            Entretanto, alguns resultados de pesquisa têm sugerido que para espécies tropicais o
os parâmetros dias/folha e folha/perfilho não são adequados para determinar o período de
descanso já que o ponto de inflexão na curva sigmóide de crescimento destas espécies só
ocorre por volta de 150 a 180 dias quando a forragem é de baixa qualidade. Alem disso, não
funcionaria para plantas tropicais porque a folha nova que surge é maior e mais pesada que a
folha que senesce e morre ao passo que em temperadas o tamanho da folha é o mesmo.
Então, o período de descanso em tropicais deveria ser determinado pela qualidade da
forragem.

            Segundo Parsons e Penning (1998) citados por SANTOS et al., (1999) o melhor
balanço entre fotossíntese, produção e senescência é obtido quando a forragem é colhida ao
atingir a máxima taxa de acumulo liquido mas que deveria ser considerado também que
quando a taxa de acumulo se mantém elevada, mas a presença de hastes começa a limitar o

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Artigo - Pastejo Rotacionado

consumo de forragem o manejo deve ser direcionado   para a reduzir a participação


das hastes na produção. Estes autores compararam freqüências de pastejos de 28, 38 e 48
dias com os Capins Mombaça e Tanzânia e chegaram as seguintes conclusões:
 
a massa de forragem aumentou com o intervalo de pastejos em ambas as cultivares, com
aumentos mais expressivos quando se passou de 28 para 38 dias;
 
em termos de acumulo total de forragem ao longo de toda a estação de crescimento não
houve vantagem em reduzir a freqüência de pastejo já que com 28 e 38 dias o numero de
ciclos de pastejo durante a estação de crescimento foi maior, como se observa na Tabela 9; a
maior taxa de acumulo de MS ocorreu em novembro/dezembro e janeiro/fevereiro, indicando
que nestes períodos deve-se trabalhar com maiores freqüências de pastejos ou lotações
animais maiores (Tabela 10) e dessa forma seria possível evitar o aumento das perdas de
forragem e o acumulo do resíduo pós-pastejo, o que prejudicaria a qualidade da dieta e a
rebrota da planta; a relação folha:haste da cultivar Mombaça reduziu com o aumento do
intervalo de pastejos de 28 para 48 dias e a participação das folhas foi menor em abril/maio
decorrente da predominância de perfilhos reprodutivos na época do florescimento já para a
cultivar Tanzânia, a participação de folhas aumentou com o intervalo de pastejos até
dezembro, o que foi atribuído à reduzida taxa de alongamento das hastes aliada a elevada
taxa de alongamento das folhas neste período, indicando que o maior período de descanso
favoreceu mais o acumulo de folhas que de hastes; em janeiro fevereiro não houve influencia
mas em fevereiro/abril ocorreu redução na relação folha:haste quando o intervalo de pastejo
passou de 28 para 38 dias (Tabela 11).

Tabela 9. Efeito da freqüência de pastejo sobre a massa de forragem por pastejo (Kg/ha)

                das cultivares Mombaça e  Tanzânia

Freqüência                              Massa de forragem por pastejo

de pastejo                                          

   (dias)                               Mombaça                                             Tanzânia         

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              -             (Kg MS/ha)         (t MSha/*)              (Kg MS/ha)          (t MS/ha*)

28                              5.731                   38                          4.486                      30

38                              7.999                   39                          5.772                      28

48                              8.904                   34                          6.757                      26

*Estação de crescimento de 185 dias 

Fonte: Adaptado de SANTOS et al., (1999)

Tabela 10. Massa de forragem por pastejo (Kg/ha) e taxa de acúmulo de MS, das

                  cultivares Mombaça e Tanzânia nas quatro épocas do ano estudadas

Época                               Massa de forragem                    Taxa de acúmulo de

do ano                               por pastejo (Kg/ha)                 matéria seca (Kg/ha.dia)     

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      -                            Mombaça          Tanzânia            Mombaça          Tanzânia

27/9 a 13/11/95                   -                       -                      129,8                  79,8

14/11 a 31/12/95             6.352                5.324                  167,4                 128,2

1/1 a 17/2/96                 9.603                7.366                  195,7                 150,1

18/2 a 5/4/96                   7.395                5.274                  134,5                  96,1

6/4 a 23/5/96                 6.713                4.733                     -                       -

Fonte: Adaptado de SANTOS et al., (1999)

Tabela 11. Relação folha:haste da cultivar Mombaça nas quatro épocas do  ano e efeito da

                  freqüência de pastejo e da época do ano na relação folha:haste da cultivar

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Artigo - Pastejo Rotacionado

                  Tanzânia

Época do                              Mombaça                                        Tanzânia

ano                               Relação folha:haste                   Freqüência de pastejo (dias)

           

             -                                      -                                 28                38                48

14/11 a 31/12/95                       1,87                            1,39              1,61             1,89     

1/1 a 17/2/96                             1,14                            1,17              1,10             1,05        


         

18/2 a 5/4/96                             1,13                            1,42              1,10             1,02  

6/4 a  23/5/96                            0,71                            1,00              0,76             0,39

  Fonte: SANTOS et al., (1999)

            Segundo SANTOS et al., (1998), a maior parte dos sistemas de pastejo rotacionado
no Brasil utiliza número e tamanho fixo de piquetes, o que dificulta a adoção de períodos de
descanso diferentes. Dessa forma torna-se necessária a busca de alternativas que permitam
controlar o crescimento da planta e maximizar o aproveitamento da forragem sem complicar a

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Artigo - Pastejo Rotacionado

rotina de trabalho na propriedade.

Para solucionar este problema alguns piquetes podem ser separados para a confecção de
silagem ou fenos nas épocas em que fosse necessário reduzir o intervalo entre pastejos.
Assim os animais rodariam mais rápido no restante dos piquetes. Neste sentido, o uso de
cercas móveis provisórias seria uma ferramenta interessante para se manter faixas que seriam
pastejadas diariamente dentro dos piquetes cercados por cercas fixas. Outra alternativa seria
alterar a lotação do pasto conforme a sua produção, mantendo o mesmo intervalo entre
pastejos. Dessa forma, seria possível maximizar o aproveitamento da forragem produzida e
evitar o crescimento excessivo do pasto.

3.3 - Resíduo pós-pastejo e pressão de pastejo

           Pressão de pastejo é um valor relativo que busca expressar a quantidade de


forragem disponível para os animais e é dada em Kg de forragem por 100 Kg de peso vivo
animal e resíduo pós-pastejo representa a quantidade de forragem que fica no pasto após a
saída dos animais. É importante lembrar que a pressão de pastejo e o resíduo pós-pastejo
exercem um efeito marcante sobre o desempenho animal, pois deles depende o consumo total
de matéria seca e a qualidade da dieta.

            Em sistemas intensivos de exploração, com níveis de nitrogênio acima de 300


Kg/ha/ano associados a uma alta eficiência na colheita da forragem disponível (níveis acima
de 60%) é melhor adotar 4% de pressão de pastejo para manter resíduos pós-pastejo baixos
sem a presença de hastes. Em sistemas com nível médio de adubação podem ser adotadas
pressões de pastejo de 5 a 6% (40% a 50% de aproveitamento).   Na Tabela 12
observa-se que na pressão de pastejo de 9% apenas 33% da forragem disponível foi
consumida ao passo que a eficiência de consumo de forragem chegou a 85% quando a
pressão de pastejo foi da ordem de 3%.

Tabela 12. Eficiência do consumo de forragem em função da pressão de pastejo

Eficiência

de consumo  de

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Artigo - Pastejo Rotacionado

forragem (%)                                                             PP (kg MS/100 kg)

85                                                                                            3

49                                                                                                     6

33                                                                                             9

Fonte: COMBELLAS e HODGSON (1979)

            Existem poucos dados de pesquisa com plantas tropicais correlacionando


desempenho animal com resíduo pós-pastejo, porém acredita-se que valores em torno de
1.500 a 2.500 Kg/ha de MS de resíduo sejam suficientes para se obter um bom desempenho
animal, sem que as perdas de forragem sejam altas. Nos sistemas com altos níveis de
adubação os resíduos pós-pastejo devem ser mais baixos para possibilitar a penetração de luz
na base da touceira como forma de estimular o perfilhamento basal, já que este é a base de
exploração para rebrotas vigorosas em sistemas intensivos de uso para a maioria das
espécies forrageiras tropicais . Em sistemas sem adubação ou com baixos níveis de
fertilizantes, os resíduos devem ser mais altos para causar menos stress à planta já que as
condições para a rebrota não são tão favoráveis. Adotando altas pressões de pastejo com
menores resíduos pós-pastejo, não causa prejuízo aos animais já que a intensidade da
pressão de pastejo provoca mudanças na morfologia da planta forrageira, que passa a
desenvolver seus perfilhos mais na posição horizontal colocando as folhas e seus pontos de
crescimento em posição mais difícil de serem eliminados pelo pastejo. Dessa forma, mesmo
com baixas alturas de resíduo pós-pastejo, os animais ainda colhem muitas folhas que são
mantidas até o perfil inferior da pastagem.

            Entretanto, PAGGOTTO (2001) observou em capim Tanzânia submetido a diferentes


intensidades de desfolha uma sensível redução no crescimento radicular imediatamente após
o pastejo, principalmente nas desfolhas mais intensas que determinaram uma menor taxa de
crescimento e um período mais longo para a retomada do crescimento do sistema radicular,
indicando que os resíduos pós pastejos devem ser mais pesados que aqueles 1.500 a 2.000

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Artigo - Pastejo Rotacionado

kg de MS/ha se for levado em conta o crescimento radicular e da parte aérea após cada
pastejo.

Tabela  13.  Crescimento pós-desfolha do sistema radicular de capim Tanzânia irrigado

                    submetido a três resíduos pós-pastejo (kg MSV/há) no período de primavera

Resíduo

pós-pastejo

Kg MSV/ha                         _______________ Dias após o pastejo __________________

                                                3                      12                     21                      30

                                            ____________ Crescimento de raízes (mg/dm3) ___________

1.000                                        -                   0,005                  0,03                   0,09     

2.500                                        -                   0,015                 0,095                 0,175

4.000                                    -                0,03                 0,08                 0,22

Fonte: Adaptado de CORSI, MARTHA JUNIOR, PAGGOTTO (2001)

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Artigo - Pastejo Rotacionado

            Ainda segundo estes autores o peso do resíduo pós-pastejo e a influencia deste sobre
a biomassa de raízes teria grande importância no fornecimento de nitrogênio (N) para o
crescimento da parte aérea e citaram que após uma semana após a desfolha o decréscimo no
conteúdo de N nas raízes e nas folhas foi de 47 e 43%, respectivamente, sinalizando a maior
remobilização de reservas nitrogenadas da planta que ocorre rapidamente e de forma intensa
após a desfolha na busca do restabelecimento da cobertura vegetal e na retomada da
atividade fotossintética. Ainda citaram que 70 a 80% do N presente na parte aérea da planta
na primeira semana após o corte ou pastejo, pode ser proveniente da translocação a partir de
raízes e hastes seno o restante proveniente da absorção de N a partir do solo.  

3.4 - Pastejo com dois grupos de animas ou pastejo de “desponte” e de “rapadores”

            É um procedimento adequado quando se trabalha com categorias animais possuindo


exigências nutricionais diferentes sendo o beneficio maior para categorias mais produtivas
quando constituem o lote desponte. Tem sido adotado em fazendas de leite com o lote
desponte sendo constituído por vacas em lactação e o lote rapador por vacas secas e ou
animais de recria; em fazendas de gado de corte com vacas premíparas na frente e multíparas
atrás, ou com bois em terminação na frente e animais de recria atrás. Entretanto, os resultados
médios da produção do pastejo com dois lotes de animais não têm sido diferentes quando
comparado com resultados obtidos com o pastejo de um único lote, nem no ganho animal e
nem no ganho por área, indicando assim que a adoção do pastejo com dois grupos de animais
só é justificada quando as exigências entre as categorias animais pastejando a área forem
muito diferentes de forma que justifique o aumento de trabalho e o período de ocupação em
cada pasto ou piquete.

            Na Tabela 14 observa-se que o ganho de peso dos animais do lote desponte foi 67%
mais alto mas o ganho médio e a produtividade da área não foram significativamente
diferentes quando se comparou com o sistema de apenas um lote.

Tabela 14. Ganho de peso e produção por hectare de misturas com trevo branco em

                  pastejo rotativo com dois grupos de animais.

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Artigo - Pastejo Rotacionado

Parâmetro                  ______________  Dois grupos  _____________          Um grupo

                                   Desponte            Rapadores            Media/Total        

GMD (g)                        612                      367                        490                         485

Animais/ha                     2,3                       2,3                          4,6                         4,4

Ganho/ha (kg)               523                       317                         840                        816

Fonte: VPI Research Bulletin, 45, 1969 citado por MARASCHIN (2001)

4. A implantação do pastejo rotacionado

Quando o projeto vai ser implantado desde o início, com a implantação dos piquetes, é
comum o pecuarista querer saber qual deve ser a forma dos piquetes. Na literatura a
recomendação mais encontrada é de que a forma deve ser a mais quadrada possível ou
retangular, sendo que o comprimento não deve ultrapassar em três vezes a medida da largura.
Os dados indicam que pastos ou piquetes com estas formas são pastejados mais
uniformemente.  As formas em pizza ou em leque, chegando nas áreas onde ficam os
bebedouros e os saleiros (áreas de lazer ou de descanso) devem ser evitadas, pois há uma
tendência de ocorrer pastejo desuniforme, com super-pastejo próximo a estas áreas.
Atualmente muitos projetos de pecuária estão sendo desenvolvidos com o uso de irrigação
com pivô central e ainda não se tem uma forma de divisão dos piquetes que não seja em
pizza, com todos os piquetes chegando a uma área de lazer no centro onde fica o pivô.

No passado, vários autores citaram que as produções adicionais obtidas com pastejo
rotacionado, normalmente, não justificavam as despesas extras com implantação de cercas,

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Artigo - Pastejo Rotacionado

instalações de água e sombra (MARASCHIN, 1986); (BARRETO, 1976).  Uma maneira de


economizar com a implantação de fontes de água e saleiros é a construção de "áreas de
lazer" ou "área de descanso", que são comuns a todos os pastos ou piquetes
de um módulo (unidade de manejo formada por vários pastos ou piquetes que é manejada
com um ou dois grupos de animais) através de um corredor, ou na divisão de quatro pastos.
Nestas áreas, os animais encontram a fonte de água, os saleiros e sombra, onde podem
descansar e ruminar. Na implantação destas áreas consideramos uma área de 5,0 m
2

/UA e 3 cm lineares de área de chegada/UA e 4 cm para vacas paridas, nos saleiros. Esta
recomendação de área de chegada ao saleiro é encontrada na literatura, embora temos
observado a campo que esta referência perde a importância em situações onde se coloca sal
seco e fresco todos os dias nos saleiros, onde a fonte de água está próxima do saleiro e onde
as áreas de lazer são bem posicionadas. Quando se adota pastejo rotacionado passa a ser
possível colocar o sal praticamente todos os dias, pois o número de pastos para ser olhado
diminui.

As divisões dos pastos ou piquetes devem ser feitas com cercas elétricas, pois o custo de
implantação tem sido 4 vezes mais baixo quando comparado com o custo para a implantação
de cercas convencionais (Tabela 15).

Tabela 15. Comparação de investimentos para construir 1 km de cerca convencional e de

                 cerca elétrica.

Item

Valor unitário (R$)

Cerca convencional

Unidades/km

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Artigo - Pastejo Rotacionado

Sub-total

Cerca convencional

(R$)

Cerca elétrica

Sub-total cerca elétrica (R$)

Esticador

20

100,0

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Artigo - Pastejo Rotacionado

100,0

Postes

7,0

250

1.750,0

50 (20 em 20 m)

350,0

Arame

100

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Artigo - Pastejo Rotacionado

500,0

200,0

Mão-de-obra/esticador

7,0

35,0

35

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Mão-de-obra/poste

1,4

250

350,0

50

70

Total/km

2.735

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Artigo - Pastejo Rotacionado

755

Fonte: Fazenda Santa Albertina, março de 2002.

O custo ainda pode ser mais baixo aproveitando-se o arame e as lascas de cercas
convencionais já existentes na propriedade, pois estes são os materiais mais caros. O menor
investimento em cercas elétricas por hectare é conseguido em divisões de grandes áreas,
devido a menor necessidade de isoladores de canto (tipo castanha), esticadores, colchetes,
lascas ou postes, etc, e, pela diluição dos custos destes materiais e do eletrificador em um
maior número de hectares.  

A vida útil da cerca elétrica é estimada em 8 anos (NEHMI FILHO et al.,1997), mas
acreditamos que pode ser muito maior do que as cercas convencionais, pois nas cercas
elétricas, os animais não se encostam para coçarem ou tentam ultrapassá-las, pois respeitam
o choque.

5. Ciclagem de nutrientes sob sistema de pastejo rotativo

            Cada vez mais é maior o interesse em se estudar os níveis de nutrientes minerais

reciclados no sistema da pastagem e como são distribuídos. Este interesse está sendo
despertado devido ao ressurgimento de sistemas baseados no manejo intensivo da pastagem
através da simples subdivisão e adoção de pastejo rotacionado. Durante o 14 o Simpósio
sobre manejo da pastagem, em Piracicaba, 1997, três trabalhos apresentados abordaram o
tema "reciclagem de nutrientes nas pastagens" (MONTEIRO e WERNER, 1997);
(AGUIAR, 1997); (CORSI e MARTHA JÚNIOR, 1997). Segue adiante um resumo dos dados
apresentados nestes trabalhos.

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Artigo - Pastejo Rotacionado

            O produtor brasileiro, provavelmente devido a sua cultura extrativista em relação à


pecuária, demonstra muito interesse e é facilmente convencido a utilizar sistemas de produção
baseados apenas na fertilidade natural do solo e na reciclagem de nutrientes promovida pela
rotação de pastagens em piquetes de pequena área, com alta concentração de animais por
um curto período de tempo. ROMERO (1994) comentou que a concentração dos animais em
lotes grandes favorece a deposição de elevadas quantidades de dejeções que fornecem
elementos nutritivos importantes para as plantas, micro e mesofauna do solo. Este autor citou
que as excreções em grande volume estimulam o desenvolvimento de organismos do solo
 
e um crescimento rápido de biomassa microbiana. O processo é rápido e quando acabam os
resíduos, a microflora morre, liberando nutrientes a partir dos seus constituintes celulares. Esta
massa microbiana fornece 45 a 88 Kg de N/ha/ano e 20 a 51 Kg de P/ha/ano. Dentro deste
contexto, torna-se importante definir para o produtor por quanto tempo e qual o nível de
produtividade animal que o sistema suportará sem que ocorra um colapso na produção
(CORSI e MARTHA JÚNIOR, 1997).

            Quando se considera o animal no sistema de pastejo, as alterações na fertilidade do


solo passam a ser menos previsíveis, porque há grande influência do manejo (pressão de
pastejo, lotação animal), da topografia do terreno, do tipo de animal, etc. A quantidade de
nutrientes exportados através de produtos animal, em sistemas de pastejo, é muito reduzida
em relação ao total reciclado. Segundo MONTEIRO e WERNER (1989; 1997) até 90 % dos
nutrientes minerais retornam à pastagem através das excreções dos animais em pastejo. Um
sistema leiteiro produzindo 8.000 Kg de leite/ha/ano exporta o equivalente a 42, 8 e 11 Kg de
N, P e K, respectivamente. Em sistemas de produção de corte (500 Kg de peso vivo/ha/ano)
esses valores seriam respectivamente 12, 4 e 1 Kg/ha/ano (CORSI e MARTHA JÚNIOR,
1997).

Em uma pastagem de Brachiaria humidicola, sob condições de ambiente amazônico Teixeira


(1987), citado por COSTA et al., (2000) avaliou a exportação dos nutrientes ,fósforo, potássio,
cálcio e magnésio e obteve como resultado que 69% do fósforo, 99,14% do potássio, 79% do
cálcio e  98,55% do magnésio consumido na forragem e na mistura mineral retornaram ao
solo (Tabela 16), corroborando com os valores citados por MONTEIRO e WERNER (1997) e
CORSI e MARTHA JUNIOR (1997).

Tabela 16.  Quantidades de P, K, Ca, Mg consumidas e estocadas nos animais em

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Artigo - Pastejo Rotacionado

                   pastagens de b. humidicola

Elemento

Consumo gramínea

Consumo sal

Total (kg/há)

Estocado nos animais

% exportada

Retorno ao solo

2,32

3,61

5,93

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Artigo - Pastejo Rotacionado

1,87

31

4,06

51,33

0,0

51,33

0,44

0,86

50,89

Ca

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6,42

9,53

15,95

3,3

21

12,65

Mg

6,57

0,32

6,89

0,1

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Artigo - Pastejo Rotacionado

1,45

6,79

Total

66,64

13,46

80,1

5,71

74,39

O estocado nos animais corresponde a produtividade de 256 kg de peso vivo/ha/ano.

Fonte: Adaptado de Teixeira (1987), COSTA et al., (2000)

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Artigo - Pastejo Rotacionado

Resultados como estes poderiam sugerir que sistemas de produção na pastagem seriam
auto-sustentáveis, exigindo baixas quantidades de fertilizantes e corretivos para reporem as
perdas exportadas no produto animal. Entretanto, os animais sob pastejo interferem
significativamente alterando a distribuição e a eficiência no aproveitamento de nutrientes
reciclados.

            MONTEIRO e WERNER (1997) citaram que a distribuição das dejeções depende de
fatores como a taxa de lotação animal, a forma de pastejo, a área de descanso e a quantidade
e frequência de excreção. Segundo estes autores, um bovino adulto defeca de 2 em 2 horas e
urina de 3 em 3 horas, cobrindo 0,09 m 2 e 0,28 m 2 , respectivamente. O animal defeca

de 11 a 18 vezes/dia e urina de 8 a 12 vezes/dia, sendo que 25 % destas dejeções podem ter


efeitos inexpressivos quanto à reciclagem de nutrientes em sistemas intensivos de produção
de leite, devido à deposição dessas em estábulos, sob as sombras, corredores e áreas de
bebedouro (CORSI e MARTHA JÚNIOR, 1997). Além destas perdas, o restante das dejeções
cobre uma porção muito variável da pastagem. SILVA (1995) citou que a proporção da área do
pasto coberta por urina e fezes pode ser de apenas 5 %. CORSI (1989) comentou que é
normal que apenas 12 % da área da pastagem receba as dejeções dos animais, e que os
outros 88 % da área fiquem submetidos ao mesmo sistema onde a forragem é cortada e
transportada para outro local, como é o caso das áreas destinadas à fenação e ensilagem.
MONTEIRO e WERNER (1997) citaram que apenas 35,5 % da área total da pastagem são
cobertas pelas dejeções de bovinos ao final de 1 ano (11,8 % da área com fezes e 23,7 % com
urina).

            Além da distribuição das dejeções ser desuniforme pela pastagem, temos ainda que
considerar as perdas que ocorrem por volatilização (N), lixiviação (N e K), fixação (P) e erosão
superficial.

            Os nutrientes que são facilmente absorvidos pelos animais, como o nitrogênio e o
potássio, são excretados essencialmente pela urina. Na urina lançada ao solo pode haver
perdas de 30 % do N, em condições úmidas e de baixa temperatura;   e até 70 % em
condições seca e quente (MONTEIRO e WERNER, 1989); (RODRIGUES e RODRIGUES,
1987). A urina que consegue penetrar no solo e escapar às perdas é considerada uma fonte
prontamente disponível de nutrientes.

            Os nutrientes, fósforo, cálcio, magnésio, cobre, ferro, manganês, zinco e enxofre, são
mais excretados nas fezes. Para que os nutrientes das fezes fiquem disponíveis às plantas é
necessário que haja a incorporação e decomposição das fezes. Os besouros coprofagos
(besouros que se alimentam de fezes) são muito importantes no processo pois incorporam as

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Artigo - Pastejo Rotacionado

fezes em até 24 horas, acelerando o processo de reciclagem (RODRIGUES e RODRIGUES,


1987).

            MARTINS (1996) demonstrou como ocorrem as perdas de nutrientes na pastagem e


atribuiu a estas perdas o empobrecimento contínuo do solo e a redução no crescimento das
pastagens a uma taxa de aproximadamente 6 % ao ano.

Tabela 17. Perdas de nutrientes em pastagens que podem ocorrer anualmente

Nutriente

Perdas

-----------------------%-------------------------

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Artigo - Pastejo Rotacionado

Retido no corpo do animal

10

Acúmulo no malhador

(15% do tempo)

11

12

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Artigo - Pastejo Rotacionado

13

Erosão superficial

15

Volatilização

15

Fixação em argila e

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Artigo - Pastejo Rotacionado

Matéria Orgânica

19

Lixiviação

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Artigo - Pastejo Rotacionado

Total de perdas por ano

43

56

17

Fonte: MARTINS (1996)

A distribuição das fezes pode cobrir de 1 a 46% da área da pastagem mas a concentração de
nutrientes na área de dejeção é elevada, atingindo valores de 1.040 Kg de N, 480 Kg de K 2 O e
640 Kg de P
2
O
5
, considerando para o bolo fecal cobertura de 0,05 m2 e a urina 0,25 a 0,5 m2, o que faz 1 ha
receber 1.000 Kg de N, 1.100 Kg de K
2
O e 35 Kg de S. Devido a esta alta concentração somente em torno de menos de 30% dos

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Artigo - Pastejo Rotacionado

nutrientes podem ser recuperados pela planta em áreas que recebem excretas porque a
planta não consegue absorver tudo (Tabela 18).

Tabela 18. Taxa de recuperação aparente de nutrientes a partir do bolo fecal de bovinos (%

                   em peso, em relação ao total defecado no bolo fecal)

Nutriente

% recuperado a partir do bolo fecal de bovinos

28

15

23

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Artigo - Pastejo Rotacionado

65

Ca

39

Mg

17

Fonte: Williams e Haynes (1995), citados por CORSI e MARTHA JUNIOR (1997)

            Considerando a distribuição desuniforme das dejeções e as perdas que ocorrem com
os nutrientes minerais na pastagem, podemos inferir   que seja imprescindível a sua
adubação para evitar a queda na produção de forragem e manter a perenidade da planta
forrageira. CORSI e MARTHA JÚNIOR (1997) calcularam que em um sistema com
produtividade inicial de 9 t de MS/ha há uma redução de mais de 40 % na produtividade em
quatro anos, devido às perdas de N. A lotação animal passaria de 1 UA/ha para cerca de 0,5
UA/ha neste período.

Conclusões

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Artigo - Pastejo Rotacionado

- Qualquer sistema de pastejo poderá resultar em ótimo desempenho animal, pois o mais
importante é o consumo de energia, o qual está relacionado com a disponibilidade da
forragem, proporção de folhas na pastagem, digestibilidade e consumo de forragem.

- O sistema de pastejo rotacionado só tem vantagens sobre o contínuo se houver aumento na


taxa de lotação animal na área, refletindo maior produção de forragem. Para taxas de lotação
de até 2 UA/ha parece não haver diferenças em produção entre os dois sistemas e nessa
condição, o pastejo rotacionado teria as vantagens adicionais de possibilitar melhor controle
para o aproveitamento da forragem disponível e de sua qualidade.

- A campo temos propriedades que obtiveram um aumento na lotação animal que variou de 17
a 39% (em média 25%) com a adoção do sistema de pastejo rotacionado. 

- Todo esse aumento é devido basicamente ao aumento na eficiência de colheita da forragem


pelos animais devido à uniformidade de pastejo e não devido ao aumento na produção de
forragem.  A produção de forragem só pode ser aumentada com a introdução de nutrientes no
sistema, através da adubação da pastagem ou através da fixação de nitrogênio pela
forrageira, principalmente pelas leguminosas.

- Em situações onde a rebrota é lenta, devido à eliminação freqüente dos meristemas apicais,
ocorrem sérios prejuízos para a produtividade da planta forrageira e abrevia a sua persistência
na pastagem. Nesta condição, a freqüência de pastejo deve ser diminuída, o que possibilita
períodos de descanso adequados para a planta forrageira. Esta medida só poderá ser tomada
se for adotado o sistema de pastejo rotacionado.

- Em situações onde existe falta ou excesso de forragem, a possibilidade de controle efetivo na


lotação contínua é menor do que nos métodos baseados em pastejo rotacionado, que
permitem, também, o racionamento ou introdução de estratégias de conservação de forragem
nas situações citadas acima.

- As divisões dos pastos ou piquetes devem ser feitas com cercas elétricas, pois o custo de
implantação tem sido 4 vezes mais baixo quando comparado com o custo para a implantação

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Artigo - Pastejo Rotacionado

de cercas convencionais.

- Em um manejo racional do gado, os saleiros devem ficar localizados o mais próximo possível
das aguadas e bebedouros para que haja um estímulo para a maior ingestão da mistura
mineral.

- A localização da fonte de água na pastagem define o grau de utilização da forragem, pois o


gado prefere se alimentar em áreas até 200 m da água e pode evitar áreas a mais de 600 m.
Este dado sugere que em pastos com áreas menores, onde a fonte de água fica mais próxima
para os animais, é mais fácil se conseguir pastejo uniforme.

- O período de ocupação vai depender do ritmo de crescimento das plantas e da estrutura


disponível. Períodos de ocupação próximos de um dia deverão ser adotados apenas em
sistemas de uso intensivo da pastagem quando as adubações, principalmente com nitrogênio,
aceleram o ritmo de crescimento da planta. Já nas áreas mais extensivas este período poderá
ser estendido a até uma semana. Como forma de orientação ao produtor, a taxa de lotação
poderá ser usada como parâmetro para se determinar os períodos de ocupação de cada
piquete. Assim, em sistemas que exploram taxas de lotação abaixo de 5 UA/ha podem ser
adotados ciclos de pastejo com até 7 dias de ocupação. Já com 5 a 8 UA/ha podem ser
adotados períodos de 2 a 3 dias de ocupação e, para mais de 8 UA/ha ser de apenas 1 dia de
ocupação por piquete.

- Sob o ponto de vista do animal, o período de permanência influencia no consumo de


forragem, sendo que períodos mais curtos deverão ser adotados, principalmente para animais
mais exigentes.

- Em sistemas intensivos de exploração, com níveis de nitrogênio acima de 300 Kg/ha/ano


associados a uma alta eficiência na colheita da forragem disponível (níveis acima de 60%) é
melhor adotar 4% de pressão de pastejo para manter resíduos pós-pastejo baixos sem a
presença de hastes. Em sistemas com nível médio de adubação podem ser adotadas
pressões de pastejo de 5 a 6% (40% a 50% de aproveitamento) e em sistemas extensivos,
principalmente em solos de baixa fertilidade, deve ser de 7 a 9%. 

- Considerando a distribuição desuniforme das dejeções e as perdas que ocorrem com os

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Artigo - Pastejo Rotacionado

nutrientes minerais na pastagem, podemos inferir  que seja imprescindível a sua adubação
para evitar a queda na produção de forragem e manter a perenidade da planta forrageira.

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