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1. Introdução
Na maioria dos trabalhos sobre sistemas de pastejo, os autores procuraram comparar o
contínuo com o rotativo, comumente conhecido por aqui como pastejo rotacionado. Nos
últimos anos os termos: pastejo continuo e pastejo rotacionado foram substituídos pelos
termos lotação continua e lotação rotacionada (RODRIGUES e REIS (1997); HERLING et
al., (2001); MARASCHIN (2001)), mas neste trabalho continuaremos a adotar a terminologia
anterior devido à ainda maior familiaridade com esta.
No pastejo contínuo, a pastagem é utilizada sem descanso durante todo o ano, ou durante
várias estações, podendo ser com carga fixa (o número de animais é fixo) ou com carga
variável (o número de animais varia ao longo do ano, de acordo com a disponibilidade de
forragem). No pastejo rotacionado, a pastagem é subdividida em um número variável de
piquetes, que são utilizados um após o outro, podendo também ser com carga fixa ou variável.
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Artigo - Pastejo Rotacionado
Segundo EUCLIDES et al. (1989) qualquer sistema de pastejo engloba dois fatores: a
freqüência de pastejo, que é determinada pelos dias de pastejo e dias de descanso, e a
intensidade de pastejo, determinada pela pressão de pastejo. A manipulação destas variáveis
determina o sistema de pastejo. Os sistemas de pastejo são agrupados em sistemas de
pastejo contínuos; diferidos; com descanso; rotacionados e sistemas combinados de pastejo.
A manipulação das três principais variáveis do pastejo, número de animais, tempo de pastejo,
intervalo de pastejos, determinam os seguintes métodos de pastejo: contínuo com carga fixa;
continuo com carga variável; rotacionado com carga fixa; rotacionado com carga variável;
pastejo rotacionado com dois grupos de animais; pastejo em faixa; pastejo diferido ou
protelado; creep-grazing e "creep grazing avançado"
(VIEIRA, 1997).
SIMÃO NETO et al. (1986), citou que os sistemas de pastejo rotacionado têm sido
aclamados como um dos meios de aumentar a produção de forragem há pelo menos quatro
séculos. MARASCHIN (1986), reportou que o primeiro sistema de pastejo rotacionado,
conduzido dentro de princípios de morfofisiologia do crescimento de plantas forrageiras parece
ter sido desenvolvido na Alemanha no final de 1770 e depois introduzido na Inglaterra.
Autores como Wheller (1962); Barreto (1976); Mannetje et al. (1976); Whiteman (1980);
Blaser (1982); Thomas e Rocha (1985), citados por RODRIGUES (1988), compararam os
sistemas de pastejo rotacionado e continuo, e chegaram a resultados bastante conflitantes e
controvertidos em relação aos méritos de cada um. Em alguns trabalhos houve uma melhoria
na cobertura vegetal da pastagem, mas não teve influência sobre a produção animal. Em
outros trabalhos houve aumento na produção animal, mas não resultou em efeitos benéficos
para a pastagem.
Segundo RODRIGUES e REIS (1997) um sistema de pastejo ideal é aquele que permite
maximizar a produção animal sem afetar a persistência das plantas forrageiras. A escolha de
um sistema de pastejo é bem mais complexa do que simplesmente se adotar algumas
técnicas de manejo, haja vista que envolve uma série de variáveis interagentes, tais como a
planta forrageira, o animal, o clima e o solo. Além destas variáveis, estudos de Riewe (1965),
citados por RODRIGUES (1988), demonstraram um efeito significativo da pressão de pastejo
sobre o desempenho animal independente do sistema de pastejo utilizado. Desse modo,
qualquer sistema de pastejo poderá resultar em ótimo desempenho animal, pois o mais
importante é o consumo de energia, o qual está relacionado com a disponibilidade da
forragem, proporção de folhas na pastagem, digestibilidade e consumo de forragem (RODRIG
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Artigo - Pastejo Rotacionado
UES, 1988
).
Então resta-nos saber qual é o melhor sistema de pastejo para atender as exigências de
crescimento da planta forrageira e para melhorar a eficiência na colheita de forragem.
Segundo SILVA (1995), o manejo das pastagens assume papel fundamental na produtividade
animal, uma vez que é somente através do conhecimento, manipulação e alocação correta
dos fatores de produção, solo-clima-planta forrageira-animal, é que será possível obter
produtividade e rentabilidade favoráveis dentro de qualquer sistema de produção animal.
Sobre a espécie forrageira, nos vários trabalhos revisados (CORSI, 1980); (CORSI, 1
986); (MARASCHIN, 1986); (SIMÃO NETO et al., 1986); (BARRETO, 1976) parece que os
autores estão de acordo que plantas eretas, de porte alto e com ritmo de crescimento
acelerado, como as forrageiras das espécies
Panicum maximum
(Colonião, Tobiatã, Tanzânia, Mombaça),
Pennisetum purpureum
(Capim Elefante),
Andropogon gayanus
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Artigo - Pastejo Rotacionado
(Capim Andropogon),
Hyparrhenia rufa
(Capim Jaraguá) e
Setaria
spp, são mais adaptadas ao sistema de pastejo rotacionado, enquanto as forrageiras de porte
baixo, estoloníferas ou semi-prostradas, se prestam mais ao sistema de pastejo contínuo.
Em um manejo racional do gado, os saleiros devem ficar localizados o mais próximo
possível das aguadas e bebedouros para que haja um estímulo para a maior ingestão da
mistura mineral. Obrigar o animal a andar por longas distâncias para consumir o sal é uma
atitude irracional. Em dias muito quentes, principalmente para animais cruzados ou de puro
sangue europeu, o consumo de sal ficará comprometido se os saleiros estiverem muito
distantes da água. COSTA e CROMBERG (1997) citaram que a localização da fonte de
água na pastagem define o grau de utilização da forragem, pois o gado prefere se alimentar
em áreas até 200 m da água e pode evitar áreas a mais de 600 m. Os animais só passam a
utilizar a forragem a mais de 1,6 Km da água quando, de 40% a 50% da forragem próxima à
água foi consumida. Este dado sugere que em pastos com áreas menores, onde a fonte de
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água fica mais próxima para os animais, é mais fácil se conseguir pastejo uniforme.
O pecuarista ainda lança mão de outras estratégias como o uso de roçadeiras, ou o fogo, ou a
divisão da pastagem com uso de cercas. Estas alternativas podem ser eficientes no curto
espaço de tempo, mas implicam na elevação de custos, no caso das roçadas e da divisão de
pastos, ou são prejudiciais ao solo, como no caso da queima, que diminui a maior riqueza dos
solos tropicais: a matéria orgânica, componente que mais contribui para o desenvolvimento de
cargas negativas, aumentando a CTC do solo (VAN RAIJ, 1991); (CORSI e NUSSIO,1993). A
GUIAR (1998
)
sugeriu que primeiro o pecuarista deve tentar uniformizar o pastejo juntando o gado em lotes
maiores e adotando o pastejo rotacionado, haja vista que esta alternativa não demanda
investimentos, mas apenas a adoção de correto manejo da pastagem. Se após usar esta
alternativa, o pastejo ainda continuar desuniforme, o pecuarista deverá fazer as divisões dos
pastos.
Nas plantas forrageiras tropicais, devido à sua elevada taxa de crescimento, ocorre uma
queda muito rápida do seu valor nutritivo e de sua digestibilidade com o avanço da
maturidade. Como os animais têm preferência pelas rebrotas tenras em áreas já pastejadas,
torna-se imperioso dividir as áreas das pastagens ou aumentar o rebanho para produzir
pastejo uniforme (CORSI, 1980). Segundo este mesmo autor (1986), a uniformidade de
utilização de pastagens de alta produção é uma necessidade para evitar a sua degradação e
sugere que o pastejo rotacionado pode se constituir no sistema adequado para alcançar a
uniformidade de pastejo desejada e proporcionar aumentos significativos de produtividade
animal.
Pastejo desuniforme ainda provoca sobras de forragem que aumentam com o aumento na sua
disponibilidade, em pastos muito grandes, quando a forragem envelhece, reduzindo a sua
digestibilidade e quando a altura do pasto aumenta. A adoção de pastejo rotacionado rápido,
com alta lotação animal, em menores áreas, contribui para a uniformização do pastejo e
ganhos em produtividade.
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perenidade da leguminosa na pastagem. SIMÃO NETO et al. (1986), também citou que o past
ejo rotacionado aumenta a proporção da leguminosa na pastagem, principalmente daquelas
que possuem crescimento do tipo volúvel trepador, tais como a Centrosema, o Siratro, a Soja
Perene, a Pueraria, entre tantas outras.
Em relação à taxa de lotação animal, MARASCHIN (1986); CORSI (1980); SIMÃO NETO et
al., (1986) concluíram que o sistema de pastejo rotacionado só tem vantagens sobre o
contínuo se houver aumento na taxa de lotação animal na área, refletindo maior produção de
forragem. Quando a taxa de lotação é baixa ou moderada, o pastejo contínuo tem sido similar
ou melhor que o rotacionado, mas, quando a taxa de lotação é alta, o rotacionado tem sido
superior. CORSI (1980), afirmou que o sistema de pastejo só passa a ter significância quando
o nível de produção de forragem é alto. Para taxas de lotação de até 2,0 UA/ha parece não
haver diferenças em produção entre os dois sistemas e nessa condição, o pastejo rotacionado
teria as vantagens adicionais de possibilitar melhor controle para o aproveitamento da
forragem disponível e de sua qualidade. Acima de 2,0 UA/ha o rotacionado é melhor porque é
possível controlar
o nível de desfolha e evitar o consumo da rebrota que ocorre em poucas horas após a
desfolha, impedindo a redução do vigor da rebrota.
MARASCHIN (2001) conclui a partir do trabalho de Hull et al., (1967) que os ganhos
por animal sempre foram maiores para o pastejo continuo e que a taxa de lotação sempre foi
maior no pastejo rotacionado e que o ganho por área foi maior com lotações medias no
pastejo continuo e com lotações mais altas no pastejo rotacionado e afirmou que esta
interação existe e deve ser considerada.
Tabela 1. Resposta animal a métodos de pastejo com lotações fixas e variáveis. Media de 3
anos.
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Artigo - Pastejo Rotacionado
Este autor concluiu que no tratamento com lotação variável no pastejo continuo se
colheu mais energia na forma de carcaça que no pastejo rotacionado evidenciando a
vantagem de um certo grau de pastejo seletivo para altos rendimentos por animal e por área.
Em outro trabalho citado pelo mesmo autor, em pastagem exclusiva de gramínea
adubada com nitrogênio sob três cargas e dois métodos de pastejo observou-se maior ganho
médio diário (GMD) para a lotação continua nas lotações medias e alta, sendo que o rotativo
foi superior na lotação bem alta, corroborando com o que veio sendo comentado até aqui
neste trabalho.
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Artigo - Pastejo Rotacionado
Tabela 2. Produção animal e carga animal de capim dos pomares sob pastejo rotativo e
Parâmetros Lotações
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Artigo - Pastejo Rotacionado
Fonte: VPI Research Bulletin, 45, 1969 citado por MARASCHIN (2001)
MARASCHIN (2001) chamou a atenção para o fato de que nos trabalhos sobre sistemas de
pastejo até o inicio da década de 70 deu-se importância apenas à lotação da pastagem e
raramente se fez referencia a disponibilidade de forragem, porem, após este período
aumentou-se à freqüência de trabalhos dando importância ao conceito de pressão de pastejo
e resíduo após o pastejo. Neste sentido, o pastejo rotacionado
passaria a ser
considerado como o sistema mais adequado que o continuo para manejar a pastagem com
base nas características morfológicas e fisiológicas da planta forrageira.
MARASCHIN (1986), afirmou que em plantas forrageiras de porte baixo obtém-se produção
animal semelhante tanto em pastejo contínuo quanto em pastejo rotacionado. E que em
pastagens nativas no Brasil e no mundo, o sistema rotacionado chega a ser 8,2% superior em
ganho líquido/ha.ano, comparado ao sistema contínuo.
Em trabalhos realizados na Nova Zelândia, McMeekan (1960), citado por SIMÃO NETO et al.
(1986), comparou primeiro o pastejo rotacionado com o pastejo contínuo numa mesma
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Artigo - Pastejo Rotacionado
lotação. Quando a lotação foi elevada em 25%, a produção animal/ha foi 13% superior com o
pastejo rotacionado. A tabela abaixo, retirada do trabalho de BARRETO (1976), demonstra os
dados deste trabalho.
Diferença
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Tabela 4. Comparação entre pastejo rotacionado e pastejo contínuo no Rio Grande do Sul d
urante 4 anos.
Ganho/an.
Kg
Contínuo
Rotacionado
McCAUGHEY (1994) comparou a eficiência no uso de água do solo pelo sistema radicular de
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Artigo - Pastejo Rotacionado
Em pastagens tropicais consorciadas com Colonião e Siratro, Stobbs, citado por MARASCHIN
(1986), obteve uma produção 48% superior com a adoção de pastejo rotacionado, comparado
com o pastejo contínuo. Blaser et al (1969), citado por RODRIGUES (1988), também
observaram uma vantagem na produção de leite e de carne quando as pastagens foram
utilizadas em rotação. Os benefícios obtidos com o sistema rotacionado foram atribuídos as
maiores quantidades de forragem produzida e armazenada.
Pode parecer que 20 a 25%, seja um pequeno aumento na lotação animal, mas dependendo
do número de animais existentes na propriedade, no início dos trabalhos, poderá ser bastante
representativo a quantidade de animais que deverão ser adquiridos a mais. Por exemplo, em
uma fazenda com aproximadamente 30.000 animais de recria e engorda, correspondendo a
22.000 UA (animais com peso vivo de 330 Kg). Um aumento de 20% na lotação animal de
suas propriedades representará mais 4.400 UA ou mais 6.000 animais de 330 Kg. Como
normalmente são abatidos 12.000 animais/ano (40% do rebanho), o número de animais
abatidos/ano saltaria para 14.400, uma diferença de 2.400 animais a mais ou 38.400 arrobas a
mais por ano, considerando um peso de abate de 480 Kg (16 @).
A maioria destes trabalhos de campo foi realizada com forrageiras do gênero Brachiaria sp m
as com forrageiras das espécies
Panicum maximum
(principalmente com o capim colonião) e
Andropogon gayanus
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, temos conseguido até dobrar a taxa de lotação nos primeiros anos e em média temos
aumentado em até 50% em 4 anos. Geralmente estas forrageiras são sub utilizadas em
pastejo contínuo, devido o pastejo ficar desuniforme, como já foi comentado neste trabalho.
Com pastejo desuniforme, as perdas ocorrem onde os animais super pastejam a forragem,
porque não permitem que a forrageira desenvolva de acordo com o seu potencial de
crescimento e com o potencial que o solo permite em termos de nutrientes disponíveis, e as
perdas reais que ocorrem nas áreas sub pastejadas devido ao envelhecimento da forrageira.
Por isso, quando adotamos o pastejo rotacionado é possível obter-se melhores resultados em
termos de aumento na lotação
animal quando
comparamos com forrageiras de crescimento estolonífero e sub-prostado, como
Brachiaria
spp e
Cynodon
spp.
Após a avaliação destes dados parece ficar evidente que o sistema de pastejo rotacionado
deve ser adotado, principalmente, em condições de exploração intensiva da pastagem,
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Artigo - Pastejo Rotacionado
Mas e nas situações onde a forragem cresce lentamente e permanece com um porte baixo
praticamente o ano inteiro. Pelo Brasil Central é comum observarmos uma paisagem bem
característica que são as pastagens rapadas, principalmente de Brachiara spp. Será que
nesta condição a adoção do pastejo rotacionado possibilitaria a intensificação da produção da
pastagem? CORSI (1980), afirmou que em situações onde a rebrota é lenta, devido à
eliminação freqüente dos meristemas apicais, ocorrem sérios prejuízos para a produtividade
da planta forrageira e abrevia a sua persistência na pastagem. Nesta condição, a freqüência
de pastejo deve ser diminuída, o que possibilita períodos de descanso adequados para a
planta forrageira. Esta medida só poderá ser tomada se for adotado o sistema de pastejo
rotacionado.
HOLMES (1996) citou que o uso de pastejo contínuo ou rotacionado tem relativamente pouco
efeito sobre a produção de leite por hectare quando a produção de forragem é suficiente para
satisfazer os requerimentos de alimentos das vacas, mas que nos sistemas intensivos de
exploração de pastagens da Nova Zelândia, onde os animais utilizam os pastos o ano todo, é
freqüentemente necessário limitar a ingestão diária de forragem através do dimensionamento
da área de pasto utilizada a cada dia. Isto pode ser feito com maior facilidade através do
sistema de pastejo rotacionado, o qual é utilizado na maioria das fazendas produtoras com o
objetivo de permitir o manejo racional do pastejo.
Segundo SILVA e PEDREIRA (1996), a produção de forragem não pode ser medida em
sistemas de pastejo contínuo como o "acúmulo líquido de forragem", que é o
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Dado ao maior grau de gerenciamento dispensado, é mais fácil fazer bem feito quando se usa
o pastejo rotacionado, pois qualquer erro cometido pode ser corrigido tão logo seja percebido
(VIEIRA, 1997).
Neste sistema de manejo da pastagem, após a ocupação de cada piquete, por um período de
tempo variável de alguns dias, quando sua vegetação é desfolhada total ou parcialmente, o
piquete permanece em descanso, sem a presença dos animais, para a recuperação de sua
folhagem, completando o ciclo de pastejo.
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MS (%)
MS (kg)
No 1 o dia de pastejo
68
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21,4
14,5
54,5
22,0
12,0
35,5
24,0
8,5
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forragem
15,0
28,0
4,0
O período de permanência influencia o desempenho animal, pois quanto mais curto melhor
será o desempenho já que evita se assim uma maior flutuação no valor nutritivo da forragem
entre o início e o final do pastejo. MATOS e DEREZ (1995) citaram que em um trabalho de
Cóser, foram observadas flutuações nas produções diárias de leite, que aumentavam com o
período de permanência dos piquetes. A menor flutuação ocorreu com período de
permanência de apenas um dia.
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nutrientes. Quando o período de permanência por piquete é de três dias, a produção de leite
aumenta do primeiro para o segundo dia e cai no terceiro dia. Com um período de
permanência de cinco dias, a produção aumenta do primeiro para o terceiro dia e abaixa no
quinto dia de pastejo. Na tabela anterior observa-se que à medida que o período de
permanência aumenta, o animal passa a colher menores quantidades de forragem. A
qualidade da forragem também vai diminuindo devido a uma redução na relação folha:caule já
que os animais pastejam seletivamente as folhas.
Apesar destes resultados tem sido questionado que os aumentos no desempenho
animal eram baixos para justificar todo o trabalho e investimento em mais divisões, mas
corredores e alocação de bebedouros e saleiros, principalmente em sistemas de baixa
produtividade. Desse modo o período de ocupação por piquete e o numero de piquetes
deveriam ser determinados pela velocidade de crescimento da pastagem de forma que se
evitasse o consumo da rebrota que é mais rápida em pastagens produtivas que apresentam
alta taxa de expansão foliar após o pastejo. A Tabela abaixo foi apresentada pessoalmente
pelo Professor Moacyr Corsi em conferencias e fornece subsídios para determinar o
período de ocupação e o numero de piquetes com base na taxa de rebrota e na expectativa do
seu consumo.
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Os dados da tabela acima sugerem que o período de ocupação pode ser longo
quando a expansão de rebrota é baixa e nesta condição o numero de piquetes é pequeno
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chegando a ser apenas dois o que daria um sistema de pastejo alternado, mas, a divisão da
área num numero grande de piquetes já seria justificada em situações em que a expansão da
rebrota seja muito alta e para impedir o seu consumo o período de ocupação deve ser curto.
Em trabalhos de pesquisa e de campo em Minas Gerais, Goiás e Bahia, em pastagens dos
capins Mombaça e Tanzânia se têm medido a rebrota a cada semana dentro do período de
descanso e no período de descanso total e temos obtido entre 1,5 e 3,0 cm de rebrota/dia em
todo o período de descanso, mas na primeira semana logo após o pastejo a rebrota tem
Segundo GOMIDE (1997) tem sido proposta a definição do período de descanso em função
do intervalo de tempo de aparecimento de duas folhas sucessivas, conhecido como filocrono.
Desse modo, para reduzir as perdas por senescência, é necessário conhecer o tempo de vida
das folhas e planejar os períodos de descanso da pastagem de tal forma que a maior parte
das folhas tenha chance de ser colhida pelo menos uma vez
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Na Tabela 7 tem a compilação de dados feita por GOMIDE (1997) e PEDREIRA et al., (2001)
mostrando intervalos de aparecimento de folhas e numero de folhas verdes por perfilho de
algumas espécies forrageiras tropicais.
Cynodon spp
10,7 Oliveira et al., (1998)
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P.maximum
P. purpureum
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Uruchloa mosanbicensis
4a
6
McIvor, 1984
AGUIAR et al., (1998) obteve em um ensaio com seis cultivares de Panicum maximum
, durante o final do verão e no outono,
os seguintes dados: no tratamento adubado obteve 4,48 folhas/perfilho e 5,10 dias para o
surgimento de cada folha, o que resulta em 23 dias para iniciar o amarelecimento da primeira
folha. Para o tratamento não adubado estes valores são, respectivamente, 4,00 X 6,43 = 26
dias para iniciar o amarelecimento da primeira folha, valores estes que se aproximam dos
encontrados por GOMIDE (1997).
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A partir destes dados se conclui que, as espécies de plantas forrageiras tropicais,
mantém em seus perfilhos de 4 a 7 folhas verdes com intervalo de aparecimento de folhas
entre 4 e 7 dias, o que levaria a recomendações de períodos de descansos variando entre 16
a 49 dias dependendo da espécie e da época do ano.
É evidente que o período de descanso determinado a partir dos parâmetros dias/folha
e folhas/perfilho deve levar em consideração as variáveis: genótipo, nível de inserção das
folhas e fatores de meio como luz, temperatura, disponibilidade de água e de nutrientes no
solo, estação do ano e intensidade de desfolha, sendo a luz e a temperatura os fatores
climáticos determinantes das taxas de aparecimento e alongamento de folhas. Assim o
intervalo entre o aparecimento de folhas sucessivas pode demorar menos de uma semana no
verão e mais de um mês no inverno e o período de vida de uma folha pode ser de um mês no
verão a dois meses no inverno (PEDREIRA et al., 2001)
Entretanto, alguns resultados de pesquisa têm sugerido que para espécies tropicais o
os parâmetros dias/folha e folha/perfilho não são adequados para determinar o período de
descanso já que o ponto de inflexão na curva sigmóide de crescimento destas espécies só
ocorre por volta de 150 a 180 dias quando a forragem é de baixa qualidade. Alem disso, não
funcionaria para plantas tropicais porque a folha nova que surge é maior e mais pesada que a
folha que senesce e morre ao passo que em temperadas o tamanho da folha é o mesmo.
Então, o período de descanso em tropicais deveria ser determinado pela qualidade da
forragem.
Segundo Parsons e Penning (1998) citados por SANTOS et al., (1999) o melhor
balanço entre fotossíntese, produção e senescência é obtido quando a forragem é colhida ao
atingir a máxima taxa de acumulo liquido mas que deveria ser considerado também que
quando a taxa de acumulo se mantém elevada, mas a presença de hastes começa a limitar o
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Tabela 9. Efeito da freqüência de pastejo sobre a massa de forragem por pastejo (Kg/ha)
de pastejo
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Tabela 10. Massa de forragem por pastejo (Kg/ha) e taxa de acúmulo de MS, das
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Artigo - Pastejo Rotacionado
Tabela 11. Relação folha:haste da cultivar Mombaça nas quatro épocas do ano e efeito da
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Artigo - Pastejo Rotacionado
Tanzânia
Segundo SANTOS et al., (1998), a maior parte dos sistemas de pastejo rotacionado
no Brasil utiliza número e tamanho fixo de piquetes, o que dificulta a adoção de períodos de
descanso diferentes. Dessa forma torna-se necessária a busca de alternativas que permitam
controlar o crescimento da planta e maximizar o aproveitamento da forragem sem complicar a
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Para solucionar este problema alguns piquetes podem ser separados para a confecção de
silagem ou fenos nas épocas em que fosse necessário reduzir o intervalo entre pastejos.
Assim os animais rodariam mais rápido no restante dos piquetes. Neste sentido, o uso de
cercas móveis provisórias seria uma ferramenta interessante para se manter faixas que seriam
pastejadas diariamente dentro dos piquetes cercados por cercas fixas. Outra alternativa seria
alterar a lotação do pasto conforme a sua produção, mantendo o mesmo intervalo entre
pastejos. Dessa forma, seria possível maximizar o aproveitamento da forragem produzida e
evitar o crescimento excessivo do pasto.
Eficiência
de consumo de
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85 3
49 6
33 9
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kg de MS/ha se for levado em conta o crescimento radicular e da parte aérea após cada
pastejo.
Resíduo
pós-pastejo
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Ainda segundo estes autores o peso do resíduo pós-pastejo e a influencia deste sobre
a biomassa de raízes teria grande importância no fornecimento de nitrogênio (N) para o
crescimento da parte aérea e citaram que após uma semana após a desfolha o decréscimo no
conteúdo de N nas raízes e nas folhas foi de 47 e 43%, respectivamente, sinalizando a maior
remobilização de reservas nitrogenadas da planta que ocorre rapidamente e de forma intensa
após a desfolha na busca do restabelecimento da cobertura vegetal e na retomada da
atividade fotossintética. Ainda citaram que 70 a 80% do N presente na parte aérea da planta
na primeira semana após o corte ou pastejo, pode ser proveniente da translocação a partir de
raízes e hastes seno o restante proveniente da absorção de N a partir do solo.
Na Tabela 14 observa-se que o ganho de peso dos animais do lote desponte foi 67%
mais alto mas o ganho médio e a produtividade da área não foram significativamente
diferentes quando se comparou com o sistema de apenas um lote.
Tabela 14. Ganho de peso e produção por hectare de misturas com trevo branco em
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Fonte: VPI Research Bulletin, 45, 1969 citado por MARASCHIN (2001)
Quando o projeto vai ser implantado desde o início, com a implantação dos piquetes, é
comum o pecuarista querer saber qual deve ser a forma dos piquetes. Na literatura a
recomendação mais encontrada é de que a forma deve ser a mais quadrada possível ou
retangular, sendo que o comprimento não deve ultrapassar em três vezes a medida da largura.
Os dados indicam que pastos ou piquetes com estas formas são pastejados mais
uniformemente. As formas em pizza ou em leque, chegando nas áreas onde ficam os
bebedouros e os saleiros (áreas de lazer ou de descanso) devem ser evitadas, pois há uma
tendência de ocorrer pastejo desuniforme, com super-pastejo próximo a estas áreas.
Atualmente muitos projetos de pecuária estão sendo desenvolvidos com o uso de irrigação
com pivô central e ainda não se tem uma forma de divisão dos piquetes que não seja em
pizza, com todos os piquetes chegando a uma área de lazer no centro onde fica o pivô.
No passado, vários autores citaram que as produções adicionais obtidas com pastejo
rotacionado, normalmente, não justificavam as despesas extras com implantação de cercas,
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/UA e 3 cm lineares de área de chegada/UA e 4 cm para vacas paridas, nos saleiros. Esta
recomendação de área de chegada ao saleiro é encontrada na literatura, embora temos
observado a campo que esta referência perde a importância em situações onde se coloca sal
seco e fresco todos os dias nos saleiros, onde a fonte de água está próxima do saleiro e onde
as áreas de lazer são bem posicionadas. Quando se adota pastejo rotacionado passa a ser
possível colocar o sal praticamente todos os dias, pois o número de pastos para ser olhado
diminui.
As divisões dos pastos ou piquetes devem ser feitas com cercas elétricas, pois o custo de
implantação tem sido 4 vezes mais baixo quando comparado com o custo para a implantação
de cercas convencionais (Tabela 15).
Item
Cerca convencional
Unidades/km
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Sub-total
Cerca convencional
(R$)
Cerca elétrica
Esticador
20
100,0
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100,0
Postes
7,0
250
1.750,0
50 (20 em 20 m)
350,0
Arame
100
38 / 71
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500,0
200,0
Mão-de-obra/esticador
7,0
35,0
35
39 / 71
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Mão-de-obra/poste
1,4
250
350,0
50
70
Total/km
2.735
40 / 71
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755
O custo ainda pode ser mais baixo aproveitando-se o arame e as lascas de cercas
convencionais já existentes na propriedade, pois estes são os materiais mais caros. O menor
investimento em cercas elétricas por hectare é conseguido em divisões de grandes áreas,
devido a menor necessidade de isoladores de canto (tipo castanha), esticadores, colchetes,
lascas ou postes, etc, e, pela diluição dos custos destes materiais e do eletrificador em um
maior número de hectares.
A vida útil da cerca elétrica é estimada em 8 anos (NEHMI FILHO et al.,1997), mas
acreditamos que pode ser muito maior do que as cercas convencionais, pois nas cercas
elétricas, os animais não se encostam para coçarem ou tentam ultrapassá-las, pois respeitam
o choque.
Cada vez mais é maior o interesse em se estudar os níveis de nutrientes minerais
reciclados no sistema da pastagem e como são distribuídos. Este interesse está sendo
despertado devido ao ressurgimento de sistemas baseados no manejo intensivo da pastagem
através da simples subdivisão e adoção de pastejo rotacionado. Durante o 14 o Simpósio
sobre manejo da pastagem, em Piracicaba, 1997, três trabalhos apresentados abordaram o
tema "reciclagem de nutrientes nas pastagens" (MONTEIRO e WERNER, 1997);
(AGUIAR, 1997); (CORSI e MARTHA JÚNIOR, 1997). Segue adiante um resumo dos dados
apresentados nestes trabalhos.
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Elemento
Consumo gramínea
Consumo sal
Total (kg/há)
% exportada
Retorno ao solo
2,32
3,61
5,93
43 / 71
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1,87
31
4,06
51,33
0,0
51,33
0,44
0,86
50,89
Ca
44 / 71
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6,42
9,53
15,95
3,3
21
12,65
Mg
6,57
0,32
6,89
0,1
45 / 71
Artigo - Pastejo Rotacionado
1,45
6,79
Total
66,64
13,46
80,1
5,71
74,39
46 / 71
Artigo - Pastejo Rotacionado
Resultados como estes poderiam sugerir que sistemas de produção na pastagem seriam
auto-sustentáveis, exigindo baixas quantidades de fertilizantes e corretivos para reporem as
perdas exportadas no produto animal. Entretanto, os animais sob pastejo interferem
significativamente alterando a distribuição e a eficiência no aproveitamento de nutrientes
reciclados.
MONTEIRO e WERNER (1997) citaram que a distribuição das dejeções depende de
fatores como a taxa de lotação animal, a forma de pastejo, a área de descanso e a quantidade
e frequência de excreção. Segundo estes autores, um bovino adulto defeca de 2 em 2 horas e
urina de 3 em 3 horas, cobrindo 0,09 m 2 e 0,28 m 2 , respectivamente. O animal defeca
Além da distribuição das dejeções ser desuniforme pela pastagem, temos ainda que
considerar as perdas que ocorrem por volatilização (N), lixiviação (N e K), fixação (P) e erosão
superficial.
Os nutrientes que são facilmente absorvidos pelos animais, como o nitrogênio e o
potássio, são excretados essencialmente pela urina. Na urina lançada ao solo pode haver
perdas de 30 % do N, em condições úmidas e de baixa temperatura; e até 70 % em
condições seca e quente (MONTEIRO e WERNER, 1989); (RODRIGUES e RODRIGUES,
1987). A urina que consegue penetrar no solo e escapar às perdas é considerada uma fonte
prontamente disponível de nutrientes.
Os nutrientes, fósforo, cálcio, magnésio, cobre, ferro, manganês, zinco e enxofre, são
mais excretados nas fezes. Para que os nutrientes das fezes fiquem disponíveis às plantas é
necessário que haja a incorporação e decomposição das fezes. Os besouros coprofagos
(besouros que se alimentam de fezes) são muito importantes no processo pois incorporam as
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Artigo - Pastejo Rotacionado
Nutriente
Perdas
-----------------------%-------------------------
48 / 71
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10
Acúmulo no malhador
(15% do tempo)
11
12
49 / 71
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13
Erosão superficial
15
Volatilização
15
Fixação em argila e
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Matéria Orgânica
19
Lixiviação
51 / 71
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43
56
17
A distribuição das fezes pode cobrir de 1 a 46% da área da pastagem mas a concentração de
nutrientes na área de dejeção é elevada, atingindo valores de 1.040 Kg de N, 480 Kg de K 2 O e
640 Kg de P
2
O
5
, considerando para o bolo fecal cobertura de 0,05 m2 e a urina 0,25 a 0,5 m2, o que faz 1 ha
receber 1.000 Kg de N, 1.100 Kg de K
2
O e 35 Kg de S. Devido a esta alta concentração somente em torno de menos de 30% dos
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Artigo - Pastejo Rotacionado
nutrientes podem ser recuperados pela planta em áreas que recebem excretas porque a
planta não consegue absorver tudo (Tabela 18).
Tabela 18. Taxa de recuperação aparente de nutrientes a partir do bolo fecal de bovinos (%
Nutriente
28
15
23
53 / 71
Artigo - Pastejo Rotacionado
65
Ca
39
Mg
17
Fonte: Williams e Haynes (1995), citados por CORSI e MARTHA JUNIOR (1997)
Considerando a distribuição desuniforme das dejeções e as perdas que ocorrem com
os nutrientes minerais na pastagem, podemos inferir que seja imprescindível a sua
adubação para evitar a queda na produção de forragem e manter a perenidade da planta
forrageira. CORSI e MARTHA JÚNIOR (1997) calcularam que em um sistema com
produtividade inicial de 9 t de MS/ha há uma redução de mais de 40 % na produtividade em
quatro anos, devido às perdas de N. A lotação animal passaria de 1 UA/ha para cerca de 0,5
UA/ha neste período.
Conclusões
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Artigo - Pastejo Rotacionado
- Qualquer sistema de pastejo poderá resultar em ótimo desempenho animal, pois o mais
importante é o consumo de energia, o qual está relacionado com a disponibilidade da
forragem, proporção de folhas na pastagem, digestibilidade e consumo de forragem.
- A campo temos propriedades que obtiveram um aumento na lotação animal que variou de 17
a 39% (em média 25%) com a adoção do sistema de pastejo rotacionado.
- Em situações onde a rebrota é lenta, devido à eliminação freqüente dos meristemas apicais,
ocorrem sérios prejuízos para a produtividade da planta forrageira e abrevia a sua persistência
na pastagem. Nesta condição, a freqüência de pastejo deve ser diminuída, o que possibilita
períodos de descanso adequados para a planta forrageira. Esta medida só poderá ser tomada
se for adotado o sistema de pastejo rotacionado.
- As divisões dos pastos ou piquetes devem ser feitas com cercas elétricas, pois o custo de
implantação tem sido 4 vezes mais baixo quando comparado com o custo para a implantação
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Artigo - Pastejo Rotacionado
de cercas convencionais.
- Em um manejo racional do gado, os saleiros devem ficar localizados o mais próximo possível
das aguadas e bebedouros para que haja um estímulo para a maior ingestão da mistura
mineral.
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Artigo - Pastejo Rotacionado
nutrientes minerais na pastagem, podemos inferir que seja imprescindível a sua adubação
para evitar a queda na produção de forragem e manter a perenidade da planta forrageira.
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