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Recorrente   :DPMC   FABRICACAO   E   DISTRIBUICAO   DE


DESCARTAVEIS PLASTICOS E MATERIAIS DE CONSTRUCAO LTDA
Advogado   :Dr. Robinson Neves Filho
Advogado   :Dr. Luiz Henrique Morona
Advogada   :Dra. Cristiana Rodrigues Gontijo
Recorrido  :SINDICATO DOS TRAB. NAS IND. PLASTICAS
DESCARTAVEIS   E   FLEXIVEIS   QUIMICAS   E   FARMACEUTICAS   DE   CRICIUMA   E
REGIAO
Advogado   :Dr. Gilvan Francisco

EMP/rbs/arn
D E S P A C H O

Trata­se   de  recurso   extraordinário  interposto


contra   acórdão   deste   Tribunal   que   negou   provimento   ao   agravo   de
instrumento em todos os seus temas e desdobramentos.
O   recorrente   suscita  preliminar   de   repercussão
geral,   apontando   violação   aos   dispositivos   constitucionais   que
especifica nas razões de recurso.
Sustenta em seu recurso extraordinário a ocorrência
de   nulidade   da   decisão   recorrida   por   negativa   de   prestação
jurisdicional, ao argumento de que houve omissão quanto ao fato da
especificidade do aresto transcrito pela recorrente.
É o relatório.
Decido.
Consta da ementa do acórdão recorrido:
RECURSO DE EMBARGOS DA RECLAMADA - DECISÃO
EMBARGADA PUBLICADA NA VIGÊNCIA DA LEI Nº 11.496/2007 -
DESISTÊNCIA DA AÇÃO PELOS ORA SUBSTITUÍDOS - COAÇÃO
PRESUMIDA QUANDO O ATO VOLITIVO FOI PRATICADO NO
CURSO DO CONTRATO DE TRABALHO. A reclamada-embargante
contesta o entendimento adotado pelo Tribunal Regional, no sentido da
eficácia dos pedidos de desistência formulados pelos substituídos nos casos
em que houve a homologação em juízo e naqueles em que o substituído não
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mais mantiver vínculo de emprego à época da manifestação de vontade. No


caso dos pedidos de desistência formulados no curso do contrato de
trabalho, o juízo a quo concluiu pela sua ineficácia, pois, nessas hipóteses,
deve ser presumida a coação e, por isso, necessária a homologação judicial.
A Turma de origem não chegou a adentrar nessa discussão, pois deixou de
conhecer do recurso de revista por afronta ao inciso III do art. 8º da Magna
Carta, sob o fundamento de que essa disposição constitucional autoriza o
sindicato a postular a nulidade das desistências apresentadas em juízo.
Concluiu, ainda, que os demais dispositivos invocados (arts. 5º, II, da
Constituição Federal, 138, 139, 145, 151, 153 e 167 do Código Civil) não
tratavam do tema em debate. O único aresto paradigma trazido a confronto
nas razões dos embargos não emite tese jurídica acerca do inciso III do art.
8º da Magna Carta sob o prisma ventilado pela Turma, qual seja, a
possibilidade de o sindicato-autor postular a nulidade dos pedidos de
desistência da ação formulados pelos substituídos, tampouco se manifesta
sobre a pertinência dos demais preceitos legais carreados no recurso de
revista da reclamada, acima referidos. Na verdade, o aresto paradigma se
limita a tratar das espécies de tutela jurisdicional colocadas à disposição dos
trabalhadores na proteção dos seus direitos trabalhistas, se pela via ordinária
ou extraordinária, sem enfrentar a mesma temática do Tribunal
Regional. Destaque-se, ainda, que de acordo com a alínea -a- do item I da
Súmula nº 337 do TST, para demonstração de divergência jurisprudencial é
preciso que a parte recorrente -Transcreva, nas razões recursais, as ementas
e/ou trechos dos acórdãos trazidos à configuração do dissídio,
demonstrando o conflito de teses que justifique o conhecimento do recurso,
ainda que os acórdãos já se encontrem nos autos ou venham a ser juntados
com o recurso-. Os trechos do acórdão paradigma citados no recurso de
embargos não demonstram a identidade fática dos casos confrontados, pois
sequer tratam da hipótese de desistência das ações pelos substituídos
quando em curso o contrato de trabalho, apresentadas no presente feito,
muito menos a existência de tese jurídica oposta àquela adotada pela Turma
de origem, acerca da coação presumida nas hipóteses em que o ato volitivo
se deu no curso da relação de emprego e do feito. Incide, assim, o óbice da
Súmula nº 296 do TST.
Recurso de embargos não conhecido.

Ao examinar o  “Tema 339” do ementário temático de
Repercussão   Geral   do   STF,   hipótese   dos   autos,  o   Supremo   Tribunal
Federal reafirmou o entendimento de que:
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“Questão de ordem. Agravo de Instrumento. Conversão em recurso


extraordinário (CPC, art. 544, §§ 3° e 4°). 2. Alegação de ofensa aos incisos
XXXV e LX do art. 5º e ao inciso IX do art. 93 da Constituição Federal.
Inocorrência. 3. O art. 93, IX, da Constituição Federal exige que o acórdão
ou decisão sejam fundamentados, ainda que sucintamente, sem determinar,
contudo, o exame pormenorizado de cada uma das alegações ou provas,
nem que sejam corretos os fundamentos da decisão. 4. Questão de ordem
acolhida para reconhecer a repercussão geral, reafirmar a jurisprudência do
Tribunal, negar provimento ao recurso e autorizar a adoção dos
procedimentos relacionados à repercussão geral.” (AI 791292 QO-RG, Rel.
Min. Gilmar Mendes, DJe de 13/08/2010).

Nesse   contexto,   cumpre   examinar   se,   no   caso


concreto, houve efetiva vulneração dos dispositivos constitucionais
correlatos   à   questão   da   necessidade   de   fundamentação   das   decisões
judiciais.
Cotejando   os   fundamentos   contidos   na   decisão
recorrida, que abordou todos os aspectos relevantes da controvérsia,
mormente   quanto   à   especificidade   do   aresto   transcrito   pela
recorrente,   é   de   se   concluir   que   não   há   negativa   de   prestação
jurisdicional   na   espécie,   pelo   que   se   afiguram   incólumes   os
dispositivos constitucionais invocados no recurso.
O   recurso   não   foi   conhecido   com   fundamento   nos
óbices processuais insculpidos nas Súmulas nº 337, I, e 296 do TST.
O   Supremo   Tribunal   Federal   tem   entendimento
pacífico   no   sentido   de   que  não   cabe   recurso   extraordinário,   por
ausência   de   repercussão   geral,  em   matéria   de  pressupostos   de
admissibilidade de recursos de competência de outro Tribunal.
Tal entendimento foi consagrado no  RE 598.365, da
relatoria   do  Min.  Ayres   Britto,   no   qual   a   Corte   Suprema   firmou   a
tese   de   que   não   há  repercussão   geral  em   relação   ao  “Tema   181”   do
ementário temático de Repercussão Geral do STF, hipótese dos autos.
Logo, não tendo havido na decisão recorrida exame
do mérito da controvérsia debatida no recurso extraordinário, dada a
imposição   de   óbice   de   natureza   exclusivamente   processual   ao
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processamento da revista,  a única questão passível de discussão em
sede de recurso extraordinário seria a relativa aos pressupostos de
admissibilidade daquele recurso, sendo certo que o Supremo Tribunal
Federal   rejeita   a   possibilidade   desse   reexame,   por   ausência   de
repercussão geral da matéria.
Ante   o   exposto,  nego   seguimento  ao   recurso
extraordinário.
Publique­se.
Brasília, 17 de novembro de 2016.

Firmado por assinatura digital (MP 2.200­2/2001)
EMMANOEL PEREIRA
Ministro Vice­Presidente do TST

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