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OPERADOR
DE
CALDEIRA
EMPRESA RESPONSÁVEL
Responsável Técnico
Certidão de Registro
Atribuições profissionais
I - Noções Gerais:
1. Matéria------------------------------------------------------------------ 05
2. Teoria Básica do Fogo------------------------------------------ ------- 05
3. Combustível---------------------------------------------------------- 06
4. Poder Clorifico----------------------------------------------------------- 07
5. Comburente------------------------------------------------------------- 08
6. Temperatura-------------------------------------------------------------- 08
7. Processo de Combustão ---------------------------------------------- 10
8. Calor-------------------------------------------------------------------- 13
9. Pressão------------------------------------------------------------------- 16
10.Vapor---------------------------------------------------------------------- 20
11.Volume Específico------------------------------------------------------ 20
12.Entalpia---------------------------------------------------------------- 21
13.Tabela de Vapor Saturado--------------------------------------------- 22
IV - Sistema de Redes
1. Rede de Alimentação------------------------------------------------- 55
2. Rede de Óleo Combustível-------------------------------------------- 55
3. Rede de Distribuição de Vapor--------------------------------------- 56
VIII - Explosão
1. Risco de Explosão--------------------------------------------- 102
2. Causas que levam a explosão-------------------------------- 103
3. Superaquecimento-------------------------------------------- 104
4. Corrosão--------------------------------------------------------- 108
5. Falhas Diversas------------------------------------------------ 109
IX – Projeto de Caldeira
1. Código de obras e regulamentos--------------------------- 118
X - Legislação
1. Portaria--------------------------------------------------------- 128
1. - Matéria:
Estados da Matéria:
Sólido: Tem forma própria e volume definido;
Líquido: Não tem forma definida, mas volume bem definido;
Gasoso ( vapores ): Não tem forma própria e nem volume definido. Assumem a
forma e o volume do recipiente que os contém.
Mudança de Estado:
sublimação
fusão vaporização
S solidificação L liquefação G
sublimação
Lenha:
* Composta principalmente de leguinina, celulose, resinas, águas e cinzas;
* Teor de enxofre desprezível;
* Baixo poder calorífico: entre 3000 e 4000 kcal/ kg;
* Ocasiona o desmatamento, obrigando a criação de florestas energéticas;
* Problemas de fornecimento e estocagem;
* Baixo custo (dependendo da região em relação aos derivados de petróleo.
Xisto:
* Betuminosos - rochas compactas impregnadas de betume (hidrocarbonetos
naturais);
* Perobetuminosos - rochas compactas formadas por complexos de matéria orgânica.
Petróleo:
* Formado por restos de matéria orgânica e vegetal acumulada no fundo dos antigos
mares e , soterrados pelos movimentos da crosta terrestre;
As principais jazidas no Brasil estão situadas nos seguintes Estados: Bahia, Sergipe,
Alagoas, Rio Grande do Norte, Espírito Santo e Rio de Janeiro.
Carvão Vegetal:
* Obtido através da carborização da lenha (2 m3 lenha - 1m3 de carvão);
* Poder calorífico aproximado de 7000 kcal / kg
* Praticamente isento de enxofre;
* Usado principalmente para siderurgias e gasogênios;
Óleo BPF:
* Obtido através de destilação fracionada do petróleo;
* Poder calorífico inferior (aprox) = 9700 kcal / kg;
* Alto teor de enxofre (S);
* Evasão de divisas;
* Reservas limitadas;
* Necessidades de pré - aquecimento para queima;
4. Poder calorífico
O poder calorífico define-se como a quantidade de calor emitida pela combustão
completa de um combustível.
6. Temperatura:
Ainda que a temperatura seja uma propriedade bastante familiar, é difícil encontrar-
se uma definição exata para ela. Estamos acostumados à noção de temperatura antes de
mais nada pela sensação de calor ou frio quando tocamos um objeto. Além disso aprendemos
pela experiência, que ao colocarmos um corpo quente em contato com um corpo frio, o corpo
quente se resfria e o corpo frio se aquece.
A temperatura de um corpo representa seu estado térmico com relação a sua
possibilidade de transmitir calor a outros corpos.
Para a medição da temperatura, criaram-se escalas térmicas, tais como, Celsius ou
Centígrada, Fahrenheit, Kelvin, etc. A escala utilizada no Brasil é a Celsius ou Centígrada.
Na experiência da madeira se o
aquecimento prosseguir, a quantidade de gás
expelida do tubo aumentará. Entrando em
contato com a chama do fósforo ocorrerá a
ignição, que continuará , mesmo que o
fósforo seja retirado. A queima, portanto ,
não para. Foi atingido o “ponto de
combustão”, isto é, a temperatura mínima a
que esse combustível sólido, a madeira .
sendo aquecido, desprende gases que, em
contato com a fonte externa de calor, se
incendeiam, mantendo-se as chamas. No
ponto de combustão, portanto, acontece um
fato diferente, ou seja, as chamas continuam
c) Temperatura de Ignição:
Continuando o aquecimento da
madeira os gases, naturalmente, continuarão
se desprendendo. Em certo ponto, ao saírem
do tubo, entrando em contato com o oxigênio
(comburente), eles pegarão fogo sem
necessidade da chama do fósforo.
Ocorre então, um fato novo; não há
mais necessidade da fonte externa de calor.
Os gases desprendidos do combustível,
apenas ao contato com o comburente, pegam
fogo e, evidentemente mantêm-se em
chamas. Foi atingida a “temperatura de
ignição”, que é a temperatura mínima em
que gases desprendidos de um combustível
se inflamam, pelo simples contato com o
oxigênio do ar.
d) Temperatura de Vaporização:
O SO2 (ou SO3) tende a combinar-se com a água formada na reação ou com
a unidade presente no combustível, resultando o ácido sulfúrico (H2 SO4) ou ácido
sulfuroso (H2SO3). Ocorrendo o resfriamento destes gases, em virtude de termos
uma temperatura de saída na chaminé próxima de 170C (ponto de orvalho), os
mesmos irão condensar-se provocando sérios problemas de corrosão nas chapas
metálicas da chaminé, chapéu da chaminé, cobertura e estruturas metálicas.
Reação Ideal
A quantidade de ar ideal para proporcionar a queima completa do
combustível. Deve-se salientar que esta quantidade de ar é teórica (obtida através de
cálculos).
Quanto à chama
- Chama vermelho-fuliginosa – combustão incompleta
- Chama muito branco – excesso de ar
- Chama com fagulhas – má atomizaçao
- Chama alaranjada-clara – boa combustão
a) Transmissão de Calor
Convecção:
Ocorre quando aquecemos um fluido as partículas em contato com a
superfície aquecida tornam-se menos densas, tendendo a afastar-se da mesma,
como conseqüência ocorrem correntes de deslocamento fazendo com que as
partículas mais frias venham a entrar em contato com a superfície aquecida.
Condução:
Experimente segurar uma colher ou algum outro objeto metálico comprimido,
com a outra extremidade colocada na chama de um fogão. Depois de algum tempo,
a temperatura da parte que está em sua mão ficará tão alta que você não conseguirá
mais segurá-la. Isso acontece pelo processo de condução, que é a transmissão de
calor através das moléculas de um meio material.
Cada material tem um coeficiente de
condutividade térmica que lhe é característico.
Esse coeficiente expressa, em calorias, a
quantidade de calor conduzida por segundo,
através de uma camada de 1m de espessura
por 1m2 de área, quando a diferença de
temperatura entre as extremidades da camada
é de 1oC
Radiação:
É a capacidade que os corpos possuem de irradiar energia, a radiação não
necessita de um meio de transmissão.
Exemplo: se você estiver próximo a um material aquecido, após alguns
instantes você sentirá sensação de calor
O aquecimento da Terra pelo Sol, o cozimento de alimentos no forno de fogão,
o aquecimento de água através de um coletor solar e a Geração de vapor na
Fornalha da Caldeira são exemplos onde a troca de calor é realizada
predominantemente através da Irradiação.
c) Calor Latente:
É o calor fornecido a uma substância para que a mesma mude de estado
físico, não havendo porém aumento de temperatura.
A demora ou rapidez com o qual os corpos se fundem ou liquefazem, tem sua
explicação no calor latente, que e a quantidade de calor absorvido pelos corpos na
sua mudança de estado, sem que haja aumento aparentemente de temperatura
O calor latente necessário à fusão ou liquefação varia com sua natureza. Na
passagem do estado líquido ao gasoso, o líquido não muda de temperatura enquanto
dura sua transformação, e todo calor empregado é absorvido para produzir
mudança de estado.
d) Calor Especifico
O que é calor específico. Algumas substâncias são mais difíceis de se
aquecerem do que outras. Se você coloca uma vasilha com água sôbre uma chama e
um bloco de ferro sôbre uma chama igual, o ferro fica em pouco tempo tão quente
que faz ferver qualquer gôta de água que nêle respingue. A água da vasilha
continuará tão fria que você pode mergulhar nela seus dedos (Fig. 15-2). O ferro
necessita de menos calor para elevar sua temperatura do que a água. Nós dizemos
que o ferro tem menor calor específico. Calor específico de uma substância é a
quantidade de calor necessária para elevar de um grau a temperatura da unidade de
pêso dessa substância.
(Fig. 15-2).
Símbolo: cal
Com esta unidade de calor é muito pequena, usa-se na prática a quilocaloria;
que é equivalente a 1000 cal. Então quilocaloria será definida como a quantidade de
calor necessária para elevar 1 Kg de água de 1°C.
a) Pressão Atmosférica
Por definição pressão é força por superfície. Embora não percebemos o ar
possui um determinado peso, e como conseqüência exerce uma força sobre a
superfície da terra.
Exemplo:
Um tubo de vidro contendo mercúrio ( hg ) conforme a fig.- a, em seguida
vira-se o tubo dentro de um recipiente, fig.- b.
Então observamos que o mercúrio não desceu por completo do tubo, o que
significa que algo está segurando o líquido dentro do tubo. Esta força
que segura o líquido dentro do tubo é o peso da camada de ar , que atua
sobre a superfície do líquido, ou seja, pressão atmosférica
mercúrio(hg)
fig.-a fig.-b
Exemplo:
Um equipamento trabalhando sob pressão é conexado em tubo em forma de
“U”, contendo em seu interior mercúrio ( hg ).
A pressão do equipamento causará um desnível (h), sendo o desnível
multiplicado com peso especifico do mercúrio para a pressão manométrica.
Patm
equip.
h
Pabs.
c) Pressão Absoluta:
Define-se como sendo o resultado da soma da pressão atmosférica (PATM),
mais a pressão manométrica (PMAN).
7.500,6
1-Mpa 10,19 145,037 1.000.000 1.000 1 10 10.000 102,07
1
750,06
1-Bar 1,019 14,50 100.000 100 0,1 1 1.000 10,207
1
0,000009
1-mmCA 0,0999 1,42 9796,85 9,79
7
0,097 97,96 1 0,073
UNIDADES DE PRESSÃO
at = Atmosfera Técnico
psi = lbf/pol2
X = 300,0 psi
a) Definição:
O vapor é gerado através de um fluido vaporizante (no caso a água) que
absorve certa quantidade de energia térmica (calor), a quantidade de energia térmica
que a água recebe , faça com que a mesma transforme em vapor.
Exemplo:
Em um processo industrial que possui trocadores de calor, utiliza-se vapor
para aquecer o produto. Neste processo o vapor cede a energia térmica (calor) para o
produto.
b) Vapor Saturado:
A vaporização ocorre a pressão e temperatura constante. Certa quantidade de
energia térmica (calor), deve ser adicionada para que 1 kg de água entre em ebulição
e se transforme totalmente em vapor saturado. Durante a vaporização o volume
específico é alterado.
O vapor saturado, é composto por uma mistura de água e vapor, cuja
temperatura se mantém constante em relação à sua pressão, e é justamente esta
característica que lhe confere maior facilidade no controle de temperatura de
processos, portanto, é o tipo de vapor mais utilizado na maioria das aplicações
industriais, que não requerem isenção de umidade ou altas temperaturas.
c) Vapor Superaquecido
Define-se vapor superaquecido como sendo todo vapor que esteja a uma
temperatura superior a sua temperatura de vaporização. Após a água ter evaporado,
continuamos a fornecer calor. Esta quantidade de calor excedida irá elevar a
temperatura do vapor superaquecendo o mesmo. A pressão permanece constante.
O vapor superaquecido é isento de umidade e comporta-se nas tubulações
como gás. Graças a estas qualidades, é o perfeito para alimentação de turbinas
geradoras de energia elétrica ou motora, e este é de fato sua principal aplicação. Isso
por que as turbinas não podem receber umidade, sob o risco de sofrerem danos em
seus componentes
Exemplo:
* Para a pressão absoluta de 1,0 kg / cm2 o volume do vapor gerado de 1,0 kg
de água ocupara 1,75 m3;
* Para a pressão absoluta de 5 kg / cm2 o volume do vapor gerado de 1,0 kg de
água ocupará 0,3816 m3;
* Ao volume em m3 ocupado para cada quilograma (kg) de vapor, define-se
como sendo o volume específico, do valor saturado (m3 / kg).
T ºC
vapor superaquecido
liquido + vapor
ts
líquido
hl hv entalpia
P TS V’ H’ H” R
1. HISTÓRIA
Herão, matemático e físico que viveu na Alexandria, Egito, descreveu a
primeira máquina à vapor conhecida em 120 a.C. A máquina consistia em uma
esfera metálica, pequena e oca montada sobre um suporte de cano proveniente de
uma caldeira de vapor. Dois canos em forma de L eram fixados na esfera. Quando o
vapor escapa por esses canos em forma de L, a esfera adquiria movimento de
rotação. Este motor, entretanto não realizava nenhum trabalho útil. Centenas de
anos depois, no séc. XVII, as primeiras máquinas à vapor bem - sucedida foram
desenvolvidas.
2. Definição de Caldeira:
Gerador de vapor (ou caldeira) é um trocador de calor mais complexo, cuja
finalidade é produzir vapor. Para produzir este vapor é utilizado um fluído
vaporizante (no caso a água) e energia térmica (calor).
Trataremos de Caldeiras a vapor de água, embora existem geradores para
outros tipos de vapores. A energia térmica usada no processo de produções de vapor,
será obtido através da queima de um combustível que poderá ser: sólido, líquido ou
gasoso.
Nem sempre a fonte produtora de calor é um combustível, podendo ser
aproveitado calores residuais de processos industriais (escape de motores diesel ou
de turbinas a gás) dando ao equipamento a denominação de Caldeiras de
Recuperação ou ainda utilizar resíduos industriais.
Caldeiras (flamotubulares)
Ou tubos de fogo. São aquelas em que os gases quentes da combustão
passam por dentro dos tubos circundados pela água .
Rendimento térmico
O rendimento térmico da caldeira flamotubular é normalmente mais baixo e o
espaço ocupado por ela é proporcionalmente maior, embora atualmente já existam
modelos compactos desse tipo de caldeira. Apesar dessas restrições, seu emprego
pode ser indicado de acordo com as necessidades particulares de cada processo
industrial, sendo adequado para pequenas instalações industriais.
Caldeiras aquotubulares:
d) Quanto à Montagem:
f) Quanto à Pressão:
Caldeira Pressões
Psi Kgf / cm2
Baixa pressão 100 - 400 7 - 28
Média pressão 400 - 800 28 - 57
Alta pressão 800 - 300 57 - 512
Pressão super crítica 3000 e maiores 212 e maiores
Horizontal:
Vertical :
* Fornalha Interna;
* Fornalha Externa.
Este foi o primeiro tipo de caldeira que surgiu, são conhecidas por tubo de
fogo ou flamotubulares, por que os gases de combustão circulam no interior dos
tubos ficando a água por fora dos mesmos.
Segundo a figura notamos que a caldeira tipo tubo de fogo é constituída de
um cilindro externo que comporta a água, de tubos por onde passam o fogo e
dependendo do numero de passes possuem câmara dianteira e traseira para
reversão dos gases .
São feitas para operar em pressões limitadas, uma vez que o vaso submetido
a pressão é relativamente grande, o que inviabiliza o emprego de chapas de maiores
espessuras.
Caldeira Multitubular
Na caldeira multitubular, a queima de combustível é efetuada em uma
fornalha externa, geralmente construída em alvenaria instalada abaixo do corpo
cilíndrico.
Os gases quentes passam pelos
tubos de fogo, e podem ser de um ou
dois passes. A maior vantagem é poder
queimar qualquer tipo de combustível.
Na figura a seguir, temos um exemplo de
caldeira multitubular.
Caldeira Locomóvel
A caldeira locomóvel, também do tipo multitubular, tem como principal
característica apresentar uma dupla parede em chapa na fornalha, pela qual a água
circula.
Sua maior vantagem está no fato
de ser fácil a sua transferência de local e
de poder produzir energia elétrica. É
usada em serrarias junto à matéria-
prima e em campos de petróleo
a) Fornalha;
É o local onde se processa a queima do combustível e a conseqüente
liberação de calor.
- Aparelho de Combustão:
O qual promove a mistura do comburente com o combustível e a queima do
mesmo.
b) Queimadores
Aparelho destinado a pulverizar o combustível, misturando-o
convenientemente com o ar, a fim de se obter uma boa combustão.
f) Economizador
Equipamento que aproveita o calor residual dos gases de combustão para
aumentar a temperatura da água de alimentação.
g)Chaminé
É um tubo destinado ao escoamento dos gases da combustão. Este
escoamento se dá através de tiragem forçada ou tiragem natural (tiragem é a
retirada dos gases da combustão de dentro da caldeira, através de uma diferença de
pressão).
e) Passes
Existem flamotubulares verticais, porém, atualmente, as caldeiras
horizontais são muito mais comuns, podendo possuir fornalhas lisas corrugadas; 1,
2 e 3 passes; traseira seca ou molhada.
Vantagens:
Custo de aquisição mais baixo;
Facilidade de manutenção;
Exigem pouca alvenaria;
Dispensam tratamento rigoroso da água de alimentação
Desvantagens:
Baixo rendimento térmico;
Partida lenta devido a grande quantidade de água;
Pressão limitada a 18 Kg / cm2;
Apresentam dificuldades para instalação de economizador,
superaquecedor e pré - aquecedor;
Esse tipo de caldeira é de utilização mais ampla, uma vez que possui vasos
pressurizados (tubulões) de menores dimensões relativas, o que viabiliza, econômica
e tecnicamente, o emprego de maiores espessuras e portanto a operação em pressões
mais elevadas. Outra característica importante desse tipo de caldeira é a
possibilidade de adaptação de acessórios, como o superaquecedor, que permite o
fornecimento de vapor superaquecido, necessário ao funcionamento de turbinas
a) Tambor de Vapor:
É um cilindro fechado colocado na parte mais alta do gerador de vapor
servindo basicamente para separar a água do vapor formado e controlar o nível
mínimo e máximo da mesma.
Devido a grande velocidade que sai o vapor da caldeira e ser o mesmo
saturado, este tende a arrastar consigo gotas de água e impurezas. Para evitar este
problema são instaladas placas metálicas separadoras de vapor.
d) Fornalha:
Parede d’água
Nas caldeiras a fornalha, a parede d’água é formada por tubos que estão em
contato direto com as chamas e os gases, permitindo maior taxa de absorção de
calor por radiação.
Os tipos mais comuns de construção de parede d’água são:
Classificação:
Os superaquecedores geralmente são classificados quanto a localização:
a) dependente: quando fazem parte da própria caldeira;
b) independente: quando são separados da caldeira , ou seja possuem
fornalha própria.
h) Economizador:
Econimizador, ou aquecedor de água, é um equipamento destinado a aquecer
a água de alimentação do gerador de vapor, trazendo algumas vantagens como:
* vaporização mais rápida;
* regularização da carga térmica, pois não é necessário o aumento de
combustível para compensar a entrada de água fria.
* aumenta o rendimento termodinâmico do equipamento, pois é aproveitado o
calor residual dos gases de combustão.
f).Pré-Aquecedor:
8.1 Fornalhas
É o local onde se processa a queima do combustível e a conseqüente
liberação de calor. Esta dividida em:
- aparelho de combustão: o qual promove a mistura do comburente com o
combustível e a queima do mesmo.
- câmara de combustão: local onde se realiza a complementação da
combustão.
Os gases que deixam o leito são compostos por CO2, CO, vapor d’água, N2 e
uma série de vapores e gases combustíveis.
8.2 Queimador
Os queimadores são equipamentos destinados a promover, de forma
adequada e eficiente, a queima dos combustíveis em suspensão.
Tipos de Queimadores
a) Atomização Mecânica
a - 1) Queimadores de óleo sob pressão:
b - 4) Queimador à vapor:
A pulverização é feita por intermédio do vapor à pressões de 1 à 10 Kg/cm2.
Suas vantagens são a de possuir partes móveis e poder tyrabalhar com óleos de alta
viscosidade, e seu maior inconveniente está nas partidas da caldeira pois o vapor é
proveniente dela mesma.
8.3 Refratário
Os refratários podem se apresentar como:
tijolos; mantas; placas; pó
Suas principais características são:
resistência ao calor; retenção do calor; baixa dilatação; resistência à
corrosão
Entre os métodos mencionados, não existe uma diferença física real, somente
uma forma diferente de produzi-la. A forma mecânica pode ainda ser classificada em
tiragem forçada e tiragem induzida.
8.4 Chaminé
É a parte da caldeira através da qual efetua-se a retirada dos gases de
combustão para o meio ambiente.
Podem ser construídas de chapas metálicas e/ou alvenaria, conforme o
projeto de cada fabricante.
Princípio de Funcionamento
A produção de vapor, em uma caldeira elétrica, baseia-se no seguinte fato: a
corrente elétrica, ao atravessar qualquer condutor, encontra resistência a sua livre
circulação e desprende calor (Efeito Joule).
A água pura é considerada um mau condutor de Corrente Elétrica, portanto
deve-se adicionar determinados sais à mesma para que se possa obter uma
determinada Condutividade. Alguns fabricantes recomendam a adição de soda
cáustica ou fosfato trisódico na água de alimentação (observe que esta adição deve
ser calculada e colocada após o tratamento químico da água de alimentação).
A quantidade de vapor gerada (Kg/h) depende diretamente dos seguintes
parâmetros:
condutividade da água;
nível da água;
distância entre os eletrodos.
Tipo Resistência
Destinada, geralmente, para pequenas produções de vapor. Na maioria das
vezes são do tipo horizontal, utilizando resistência de imersão.
Principais Características
1.2 Tubulações:
Devem ligar o reservatório de água à caldeira. O diâmetro é função da vazão
da água, da bomba, válvulas e filtros utilizados.
1.4 Filtro:
Destina-se a reter as impurezas presentes na água.
a) Injetor:
b) Bombas Centrífugas:
São as bombas que tem dado os melhores resultados, quer pela simplicidade
de seus componentes (fácil manutenção) como pelas altas vazões que podem
alcançar. As bombas centrífugas podem possuir um ou mais estágios dependendo da
vazão necessária.
2. Visor De Nível
O visor de nível deverá ser purgado (drenado) pelo menos uma vez por dia,
evitando-se assim que corpos estranhos possam provocar incrustações e
consequentemente leituras incorretas. O operador da caldeira deverá realizar a
purga de duas maneiras:
4. Válvulas De Segurança
É um dispositivo de segurança das caldeiras, capaz de descarregar todo o
vapor (para a atmosfera) que elas possam geras, sem que a pressão interna
ultrapasse um certo limite. Geralmente este limite é fixado pelo fabricante da
caldeira, ficando em torno de 10% acima da pressão máxima de trabalho.
6. Pressostato
Caldeiras à Óleo:
Para controlar a pressão podem existir dois pressostatos que atuam de forma
distinta. O primeiro liga ou desliga a chama. O segundo atua de forma a modular a
chama, isto é, coloca em fogo alto ou fogo baixo.
Caldeiras à Combustíveis Sólidos:
Neste caso, o pressostato atua sobre a queima do combustível. As formas
podem ser:
a) desligando o exaustor;
b) cortando a alimentação de combustível (quando é automática).
8. Ventiladores
Os ventiladores (sopradores ou exaustores) são necessários para o seguinte:
1) fornecer ar suficiente para a queima do combustível;
2) fornecer energia ao ar e aos gases de exaustão, de modo que os mesmos
consigam vencer as perdas de carga existentes no interior da caldeira;
3) garantir uma adequada tiragem.
1.1. Recomendações:
Água Fria:
a) Fazer a ligação de água na bomba o mais direto possível, evitando ao
máximo curvas.
b) Quando houver necessidade de curvas, fazê-las o mais suave possível.
Água Quente:
a) Todas as observações feitas para o uso de água fria devem ser observadas.
Injetores:
a) O injetor é recomendado para uso em caldeiras de pequeno porte e em caso
de emergência.
b) Só funciona com água fria (máximo 40° C).
c) É interessante o reservatório de água ficar acima do injetor.
d) As recomendações para água fria também são válidas aqui.
Reservatório Externo:
Destinado a armazenar uma quantidade suficiente de óleo para garantir o
suprimento de combustível por um determinado período (dias ou semanas).
Recomenda-se portanto guardar o óleo à 40° C, quando a bomba funciona
alguns minutos por hora e a 60°C quando a bomba trabalha continuamente ou o
óleo desce por gravidade.
Tanque de Serviços:
Este geralmente é aquecido com resistências elétricas até 80°C, quando a
caldeira vai entrar em funcionamento. Ao normalizar a produção de vapor, o próprio
retorno do óleo do queimador é suficiente para manter todo o combustível aquecido
(temperatura mínima 60°C).
Pré-Aquecedor de Óleo :
Sua função é aquecer o óleo até a temperatura ideal de pulverização
(viscosidade correta) o que varia com o tipo de combustível . Para o tipo BFP (baixo
ponto de fluidez) a temperatura indicada seria 120°C e 135°C para o óleo
combustível Tipo E.
3.3. Condensado:
É resultado da transferência do vapor em líquido, quando este transfere
(através de uma serpentina ou camisa) o calor de vaporização. O condensado
formado, deverá ser retirado do equipamento, para evitar o afogamento da
serpentina ou camisa de vapor o que viria a prejudicar a eficiência de troca térmica.
O equipamento que faz esta retirada (sem deixar escapar o vapor) é o purgador de
vapor.
Aplicações:
• Isolamento de tubulações
• Isolamento de turbinas a vapor
• Isolamento de reatores
• Revestimento de caldeiras
1. Partida:
c) Primeiro Acendimento:
É importante que uma caldeira nova, seja aquecida gradualmente para que
evita-se problemas quanto a dilatação brusca das peças que a constitui. Desta forma
é recomendável ligar a caldeira em fogo baixo por alguns minutos, e desligá-la por
outro tanto tempo, repetindo esta operação até o seu aquecimento final.
2. Regulagem e Controle
Termostáticos:
Funcionam através da dilatação de lâminas bimetálicas quando há liberação
de calor dentro da fornalha, interrompendo a corrente elétrica quando o fogo se
apaga (as lâminas se contraem). Devido a vários fatores, estes dispositivos não são
recomendados para o uso industrial.
Termoelétricos:
Funcionam através de termopares, podendo ser de dois tipos:
a válvula principal do combustível está ligada diretamente à armadura do
eletroímã. O eletroimã opera um interruptor que aciona uma válvula
solenóide, a qual comanda a chama (liga / desliga).
Sensores Ópticos:
São baseados na irradiação de energia proveniente de chama de combustão,
produzindo luz e calor sob a forma de ondas, por exemplo luz visível, ondas
infravermelhas e ondas ultravioletas.
Estes dispositivos funcionam com o auxílio de células fotoelétricas, as quais
comandam um relê que interrompe o circuito de óleo se o fogo apagar por algum
motivo.
Válvula Solenóide
É um equipamento auxiliar de controle e destina-se a cortar rapidamente o
suprimento de combustível em caso de falha da chama.
Regulador de Nível:
Caso a caldeira possua controle automático do nível de água, uma vez por dia
deve ser testado o seu funcionamento. No momento da descarga, o alarme soará e a
combustão interromperá (se a caldeira for à óleo combustível) e a bomba de
alimentação de água deverá ligar-se.
Acendimento Automático:
Verificar o sistema de acendimento automático, certificando-se de que todos
os equipamentos estão ligando na seqüência e tempos corretos.
O depósito de diesel ou
querozene está vazio,
O manômetro não devendo ser cheio
registra pressão Válvula fechada. Abri-la
Existe ar na tubulação de
sucção. Eliminar
O combustor falha ou não Existe ar na tubulação de
ascende A pressão indicada no sucção. Eliminar
manômetro é inferior à O filtro está sujo, devendo
indicada ser retirado e limpo
Pulverizador sujo Limpá-lo
Eletrodos de ignição com Ajustá-lo ou trocá-los
defeito ou desajustados
Defeito no circuito elétrico Corrigir
e) Pressão de Vapor
A caldeira desliga com uma
pressão abaixo da pressão Manômetro defeituoso Trocá-lo
máxima de trabalho
A pressão passa da pressão
permitida, abrindo a válvula
de segurança e não funciona Pressostato danificado Arrumá-lo ou trocá-lo
a automática
Outras precauções que devem ser tomadas pelo Operador de caldeiras são:
A) Incêndios de Óleo:
Causas:
Ignição de óleo ou vapor de óleo acumulado na fornalha;
Pulverizadores entupido;
Gotejamento ocasionado pelo maçarico;
Deposição excessiva de carvão nas aberturas de fornalhas e registros de
ar;
Vazamentos na rede de alimentação de óleo;
Alta temperatura de armazenamento do óleo no tanque de serviço;
Saturação do ambiente da Casa de Caldeiras por gases combustíveis;
Curtos-circuitos em geral.
Como evitar:
Evite acúmulos de óleo, ocasionados por vazamentos, tomando o cuidado
de conservar o local de trabalho limpo;
Solicite imediatamente os serviços de manutenção quando for verificado
qualquer tipo de vazamento;
Não use lâmpadas desprotegidas e nem equipamentos que possam
centelhar (emitir faíscas) dentro da Casa de Caldeiras;
Como proceder:
O fogo deverá ser imediatamente abafado, usando-se extintores de CO2 ou
Espuma Química;
Resfrie cuidadosamente as partes em contato com o óleo para impedir a
reignição;
B) Retrocesso:
Este fato ocorre quando a pressão interna da caldeira é maior que a pressão
ambiente (Casa de Caldeira).
O retrocesso nada mais é do que a explosão (ignição expontânea) de gases
combustíveis acumulados na fornalha, chaminé e nos passes da Caldeira.
Causas:
Vazamento do sistema de alimentação de óleo;
Entupimento da chaminé;
Temperatura inadequada do óleo (provocando combustão parcial);
Falhas de ignição;
Falhas ou paradas repentinas dos ventiladores de tiragem forçada;
Como evitar:
Não se deve permitir o acúmulo de óleo na fornalha (se ocorrer depósitos
no interior da mesma, o óleo deverá ser retirado e em seguida promover-se
a completa ventilação);
As válvulas dos maçaricos devem ser mantidas sempre em boas condições
de vedação para impedir o vazamento para dentro das fornalhas;
Nunca tente reacender um maçarico através de paredes ou formações de
coques incandescentes;
Seguir corretamente as indicações contidas no Manual de Caldeira.
Como proceder:
Desligue imediatamente o queimador;
Interrompa o suprimento de combustível;
Verifique se há acúmulo de óleo no interior da fornalha, em caso
afirmativo, limpe-a completamente;
Verifique se a caldeira sofreu algum dano, em caso afirmativo chame o
departamento de manutenção;
Procure determinar a causa da explosão;
Se você tiver certeza de que a caldeira não foi danificada, promova então a
ventilação da fornalha (aproximadamente 10 minutos), a fim de que os
gases sejam expelidos para fora;
Tente reacender a caldeira;
Se o queimador desligar em “segurança” e você não conseguir acendê-lo
após a terceira tentativa, interrompa esta operação, procure determinar o
defeito (caso não encontre chame um mecânico).
Causas:
Defeito(s) no sistema de controle automático de nível;
Válvula de retenção do sistema de alimentação de água está com defeito;
Falta água no reservatório (caixa de água ou tanque de condensado);
Descuido do Operador (Caldeiras manuais);
Defeito elétrico e/ou mecânico na bomba de alimentação;
Filtro de linha de sucção da bomba entupido;
Aquecimento excessivo da água de alimentação, prejudicando o
funcionamento da bomba.
Como evitar:
Drenar (purgar) o visor de nível e a garrafa que contém os eletrodos (ou
bóia) pelo menos uma vez por dia;
Como proceder:
I) Caldeira a óleo:
Coloque a chave do queimador na posição desligado;
Feche imediatamente a válvula de saída de vapor da caldeira (evitando-se
assim que o vapor saia e diminua ainda mais o nível de água);
Se a água é ainda visível no nível de vidro (visor), acione o controle
manual, se a bomba não funcionar utilize a bomba de reserva ou o injetor;
Se a água não for visível no nível de vidro (visor), não reponha água; deixe
a caldeira esfriar, pois do contrário a água pode causar sérios danos à
caldeira (choque térmico, explosões);
No caso anterior e após o resfriamento da caldeira, deve-se realizar uma
inspeção minuciosa a fim de que se possa identificar os danos causados. O
motivo que ocasionou a falta d’água deverá ser identificado e corrigido antes
de voltarmos a completar o nível da água;
Verificar se o sistema de instrumentação elétrica.
Causas:
Defeito(s) no sistema de controle automático de nível;
Descuido do Operador (em caldeiras manuais);
Defeito elétrico na bomba de alimentação.
Como evitar:
Drenar (purgar) o sistema de controle de nível pelo menos uma vez por
dia;
Maior atenção do Operador (caldeiras manuais);
manutenção preventiva e/ou corretiva mais freqüente do sistema elétrico
da bomba.
Como proceder:
Desligar (ou interromper) imediatamente a alimentação de água;
Efetuar a descarga de fundo, até que o nível normal seja restabelecido;
Informar imediatamente ao departamento de manutenção o fato ocorrido.
Causa:
Queda (interrupção) de fornecimento de energia elétrica.
Como proceder:
Fechar imediatamente a válvula principal de saída de vapor;
Observar a pressão indicada no manômetro da caldeira, verificando se as
válvulas de segurança abrem na pressão máxima de segurança;
Nota: é aconselhável todo Operador de Caldeira possuir, na Casa de
Caldeiras, uma lanterna com as pilhas em bom estado.
Enquanto a caldeira estiver parada, não se deve realizar a purga de fundo;
Se a caldeira possuir dispositivos tais como: injetor ou bomba alternativa a
vapor, a mesma poderá ser alimentada manualmente (não esqueça de
observar o nível d’água).
1. Introdução:
Nos processos industriais, o vapor pode ser um agente produtor de trabalho,
caso seja utilizado no acionamento de turbinas, compressores, bombas, ventiladores
e turbo-geradores, ou pode se constituir num meio de aquecimento, o qual, às vezes,
se faz direta ou indiretamente. No primeiro caso, o vapor se mistura intimamente ao
meio que sofre o aquecimento, no segundo o vapor passa através de tubos ou
serpentinas, cedendo apenas o calor.
2. Água de Alimentação:
2.1. Generalidade:
Os diversos tipos de águas encontrados na natureza nunca são puros, pois
todos apresentam uma certa quantidade de impurezas granulares ou moleculares.
Em seu estado químico puro a água é um líquido incolor, insípido e inodoro,
representada pela fórmula H2O, sendo reconhecida como solvente universal.
Para se tratar uma água é preciso, antes de tudo, conhece-la. Devido a certas
peculiaridades a água é natureza o solvente máxima. O conhecimento prévio de
algumas das impurezas irá definir o melhor emprego para a água, ou motivar um
tratamento específico para finalidade pretendida. São as seguintes as principais
impurezas encontradas na água.
Sílica: Às vezes, conhecida como sílica reativa, está presente como ácido
silícico e silicatos solúveis em concentrações variando de 01 à 100 ppm. Nas
caldeiras combinadas com a dureza, pode gerar incrustações bastante duras, de
difícil remoção, pode ser eliminado por desmineralização, abrandamento com cal ou
evaporação.
Cobre (Cu) e Níquel (Ni): Podem ser levados para o interior da caldeira na
forma de partículas metálicas devido a problemas ou cavitação de bombas e
tubulações. Assim haverá a formação de pilhas galvânicas na caldeira e
conseqüentemente a corrosão.
Gás Sulfúrico (H2S): Reage com o metal e produz depósitos pretos nucleados
como manchas.
Cloretos (CL-): provocam corrosão acelerada quando na água de caldeira
produzindo grandes alvéolos.
3.2 - Incrustações:
3.3 - Arraste:
Causas Mecânicas
nível de água elevado com pouco espaço para vaporizar;
demanda vapor superior à capacidade da caldeira;
falta de acessórios na caldeira para purificar o vapor.
Causas Químicas
alta alcalinidade da água;
presença de sólidos em suspensão;
alta salinidade (cloretos, sulfatos).
Características da água;
Pressão da Caldeira;
Tipo de Indústria;
Finalidade do Vapor;
Qualidade Requerida para o Vapor;
Carga Média de Vapor;
Participação do Condensado Retornado;
Tipo de Caldeira;
Custo do Combustível;
Custos Globais.
I. Externo:
a) Clarificação;
b) Abrandamento;
c) Desmineralização;
d) Desaeração
II. Interno;
III. Combinado.
I - Tratamento Externo:
Coagulação - floculação;
sedimentação;
cloração;
filtração
Coagulação - Floculação
Como existem muitas partículas em suspensão na água abaixo do tamanho
coloidal, a sua separação por sedimentação fica inviabilizada (velocidade de
sedimentação = 1mm / ano). Para viabilizar a remoção dessas partículas usamos
produtos chamados coagulantes que aglutinam as partículas, formando flocos mais
facilmente decantáveis. Os coagulantes mais empregados são o sulfato de alumínio,
sulfato férrico, sulfato ferroso e cloreto férrico.
Sedimentação
Depois da floculação devemos retirar as impurezas aglutinadas. Isto se faz no
decantador. É um tanque onde a água fica em repouso por um determinado tempo
Filtração
Devido a não remoção de flocos miúdos pelos decantadores, a água deverá
passar por filtros para sua retenção.
b) Abrandamento
Consiste na remoção do cálcio (Ca) e magnésio (Mg) na forma de
bicarbonatos, sulfatos e cloretos da água de alimentação da caldeira. Há três
processos de abrandamento da água:
Processo da Cal Sodada a Frio e a Quente;
Processo de Fosfato;
Processo de Troca Iônica;
d) Desaeração
Elimina os gases dissolvidos (O2, CO2, H2S) que provocam corrosão. Baseai-se
no fato da solubilidade de um gás em um líquido ser inversamente proporcional a
sua temperatura.
É necessário pulverizar a água
para aumentar sua superfície de
contato com o vapor. É recomendado
para tratamento de água de caldeiras
de alta pressão.
Operação
A água no "spray", sob a ação do
vapor tem o (O2) eliminado. 0
"scrubber(borbulhador) reduz o (O2)
abaixo de 0,005 cm³/l. A operação é
silenciosa e com vibração reduzida
Vantagens
1) - Eliminação do (O2) evitando corrosão interna que aumentam a
manutenção e reduz a vida da caldeira.
2) - Melhora na troca térmica. Redução no uso de produtos químicos.
3) - Recuperacão do vapor e do condensado de purgadores e drenos
reduzindo o consumo de combustível.
A) Remoção do oxigênio
Sulfito de sódio: Para utilização em caldeiras que operam a pressões menores
que 50 Kgf / cm2.
Na2SO3 + ½ O2 Na2SO4
Sulfito Oxigênio
C) Redutor de dureza
São usados fosfatos para precipitar os sais de cálcio e magnésio na forma de
lama não aderente, mantidas em suspensão através de dispersantes (taninos,
alginatos).
* polifosfatos: tripolifosfatos
D) Alcalis
Para neutralizar a acidez da água usa-se soda ou potassa cáustica (NaOH e
KOH).
2.3 Depósitos
2.6 Ventiladores
2.7 Bombas
a) Bomba de Alimentação de Água
Lubrificar regularmente os mancais da bomba e do motor.
Verificar o estado dos rolamentos, substituindo-os sempre que necessário.
Periodicamente, examinar o aperto dos parafusos que prendem o motor e a
bomba à base.
Abrir a bomba a cada 06 meses, examinando o estado da carcaça, rotor,
eixo e rolamento.
Verificar diariamente o aperto da prensa - gaxeta, observando se não há
vazamentos de água muito grandes. Caso seja necessário, apertar a prensa -
gaxeta de forma uniforme. Sempre deverá existir um pequeno gotejamento de
água, pois a mesma auxiliará na resfriação dos anéis de gaxeta.
2.8 Filtros
Toda semana devem ser retiradas as suas telas para lavagem.
Também nunca se deve dar uma descarga nos coletores das paredes dos
tubos de água na fornalha quando a caldeira estiver produzindo vapor.
Inspeção semanal
Válvulas de segurança: As válvulas de segurança da caldeira, principalmente
a válvula do superaquecedor devem se operadas manualmente; o dispositivo de
acionamento deve estar situado ao nível do piso da casa da caldeira, sendo a
operação efetuada quando a caldeira estiver com pouca carga. Deve-se ter o cuidado
com a ligação de descarga da válvula; não deve ser rígida em relação ao corpo da
mesma. O acionamento periódico das válvulas de segurança é a garantia para um
funcionamento regular durante a operação normal da caldeira.
Inspeção mensal
Inspeção trimestral
Inspeção semestral
Inspeção anual
Deve ser completa, incluindo um exame interno de todo o conjunto gerador
de vapor; é aconselhável fazer coincidir este período com o da segunda inspeção
semestral. Efetuar as seguintes operações:
a) Inspeção Inicial: Antes de ser posta em operação, após ser instalada num
local ou reinstalada em outro.
quando uma caldeira permanecer fora de operação por mais de seis meses.
A) Exame do Prontuário
C) Exame Interno: Este exame deve ser feito antes e depois da limpeza
interna, servindo para detectar se a caldeira apresenta todas as condições de
segurança, bem como, serve para coletar dados como espessura da parede, amostras
de resíduos, corpos de prova, ...
Para realização deste exame, deve-se tomas as seguintes precauções:
esfriar a caldeira;
esgotar toda sua água;
as portas de inspeção deverão ser abertas;
garantir condições de segurança adequadas para que o inspetor possa
entrar na caldeira.
1. Risco de Explosão:
De acordo com a teoria cinética dos gases, a pressão exercida por um gás é
resultado dos impactos das partículas (moléculas ou átomos) contra as paredes do
recipiente que as contém. Dessa forma, tem-se que a pressão é diretamente
proporcional à energia cinética média das moléculas.
Válvula de segurança
As válvulas de segurança de caldeiras, como dispositivo de proteção, têm a
função de dar saída ao vapor quando a pressão ultrapassa a MPTA, fazendo
diminuir a pressão interna.
Sistema manual
Com base na indicação do manômetro, o operador aciona os diversos
dispositivos da caldeira, tendo condições de interferir onde for necessário
para manter a pressão interna da caldeira: nos queimadores, na
alimentação ou mesmo na válvula de segurança, liberando vapor à
atmosfera por meio do acionamento da alavanca da válvula.
3. O Superaquecimento:
Superaquecimento é a explosão de aço, material com que é construída a
caldeira, a temperatura superiores às admissíveis, o que causa a diminuição da
resistência do material e cria o risco de explosões. Pode causar danos intermediários
c) Dimensionamento
incorretos;
Falhas no projeto, como o
prolongamento excessivo dos tubos,
expandidos em espelhos de câmaras
de reversão, impedem a trajetória
livre dos gases quentes, causando o
superaquecimento nestas partes e
consequentemente, fissuras nos
tubos ou nos espelhos, nas regiões
entre os furos.
f) Incrustações;
Outro problema clássico é a incrustação, devido à deposição e agregação de
sólidos juntos ao aço da caldeira, no lado da água. Ela funciona como isolante
térmico e não permite que a água refrigere o aço.
4. Corrosão:
Aeração Diferencial:
Nas caldeiras flamotubulares, o oxigênio dissolvido na água provoca corrosão
dos tubos superiores ; trata-se de corrosão por aeração diferencial; os tubos
submersos estão submetidos a menores concentrações de oxigênio, se comparados a
região acima da superfície da água. Essa diferença forma uma pilha em que o ânodo
é formado pela parte menos aerada.
Corrosão Salina:
Concentrações elevadas de cloretos também causam corrosões em virtude de
sua migração para fendas ou áreas sem proteção de magnetita, ou ainda sob
camadas de depósitos porosos quando estes se formam nas paredes dos tubos.
O cloreto de magnésio em particular se hidrolisa dando origem ao ácido
clorídrico que ataca o ferro da caldeira quimicamente.
Cloretos de modo geral na presença de oxigênio contribuem com a reação da
magnetita com o oxigênio, dando origem ao Fe2O3, óxido não protetor.
Corrosão Externa:
Os fenômenos de corrosão que se exercem sobre a face exposta aos gases de
combustão dependem dos combustíveis empregados e das temperaturas.
As zonas mais quentes das caldeiras ocorrem nos superaquecedores e nos
ressuperaquecedores. Corrosões nessas áreas podem ocorrer não só nas caldeiras a
óleo como também nas caldeiras a carvão; os mecanismos de corrosão dependem do
combustível mas em todos os casos os depósitos fluidos de cinzas que se formam
sobre os tubos desempenham um papel essencial na propagação de corrosão.
Estudos recentes têm permitido concluir que a corrosão se desenvolve em
caldeiras a óleo, quando se forma sobre o tubo um depósito de cinzas.
5 Falhas Diversas
Situação:
defeitos externos ou que se projetam para fora do cordão da solda;
defeitos internos;
defeitos de concordância, defeitos na raiz, no primeiro passe etc.;
Geometria:
defeitos planos;
defeitos volumétricos;
Meios de detecção
defeitos identificáveis no exame visual;
defeitos identificáveis em exames destrutivos;
defeitos identificáveis em exames não destrutivos;
Gravidade
defeitos de pouca gravidade;
defeitos de muita gravidade;
defeitos sem gravidade.
b) Grupo Nº 2 – Cavidades
Seja qual for o processo, a execução das operações de soldagem deve ser
realizada por soldadores qualificados e segundo processos reconhecidos por normas
técnicas específicas.
Casos Ocorridos
Acidentes Causas Observações
Conseqüências
Grav Prováveis do Complementares
Mortes Danosas
es Acidente
Ind. Ind. Não determinado 90% da casa de não se tem dados sobre
caldeira destruída vítimas.
02 Ind. Válvula 50% da empresa A parte superior da caldeira
emperrada destruída subiu cerca de 50 m de altura.
Foi dado alarme, evacuando-se
03 03 Não determinado 40% da empresa o local, e mesmo assim houve
destruída mortos e feridos. Pedaços a 50
m de distância.
03 06 Corrosão nas 70% da empresa Foi às duas horas da
emendas c/ solda destruída madrugada e na região da
apenas no caldeira.
exterior
03 06 Corrosão e 70% da empresa
emendas com destruída
soldas mal feitas
10 02 Incrustações 90% da empresa Aparece corrosões na
destruída tubulação, não se tem dados
sobre vítimas. Pedaços à 100
m.
Comentário: Esse artigo da Lei 6.514 deixa bem claro que, esteja a casa de
caldeira numa lavanderia, hotel, indústria em geral, restaurante, hospital, etc, as
empresas devem também cumprir outras disposições incluídas em código de obras
ou regulamentos sanitários dos Municípios ou Estados, além naturalmente de
obedecer a Lei 6.514, desde que as primeiras não entrem em conflito com essa
última.
II. adotar as medias que se tornem exigíveis, em virtude das disposições deste
Capítulo, determinando as obras e reparos que, em qualquer local de trabalho, se
façam necessárias;
Comentários:
RESOLVE
Artigo 1º - Aprovar as Normas Regulamentadoras - NR do Capítulo V, Título
II, da Consolidação das leis do Trabalho, relativas à segurança e Medicina do
trabalho:
Normas Regulamentadoras:
NR - 1 - Disposições Gerais;
NR - 2 - Inspeção Prévia;
NR - 3 - Embargo e interdição;
NR - 4 - Serviço especializado em Segurança e Medicina do Trabalho -
SSMT
NR - 5 - Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA;
NR - 6 - Equipamento de proteção Individual - EPI;
NR - 7 - Exames Médicos;
NR - 8 - Edificações;
NR - 9 - Riscos Ambientais;
NR - 10 - Instalações e Serviços de Eletricidade;
NR - 11 - Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de
Materiais;
NR - 12 - Máquinas e Equipamentos;
NR - 13 - Caldeiras e Vasos Sob Pressão;
NR - 14 - Fornos;
NR - 15 - Atividades e operações Insalubre;
NR - 16 - Atividades e Operações Perigosas;
NR - 17 - Ergonomia;
NR - 18 - Obras de Construção, Demolição e Reparos;
NR - 19 - Explosivos;
NR - 20 - Combustíveis Líquidos e Inflamáveis;
NR - 21 - Trabalhos a Céu Aberto;
NR - 22 - Trabalhos Subterrâneos;
NR - 23 - Proteção Contra Incêndios;
NR - 24 - Condições Sanitárias dos Locais de Trabalho;
NR - 25 - Resíduos Industriais;
NR - 26 - Sinalização de Segurança;
NR - 27 - Registro de Profissionais;
NR - 28 - Fiscalização e Penalidades.
13.1.5 - Toda caldeira deve ter fixada em seu corpo, em local de fácil acesso e
bem visível, placa de identificação indelével com, no mínimo, as seguintes
informações:
a) fabricante;
b) número de ordem dado pelo fabricante;
c) ano de fabricação;
d) pressão máxima de trabalho admissível;
e) pressão de teste hidrostático;
f) capacidade de produção de vapor;
g) área da superfície de aquecimento;
h) código de projeto e ano de edição.