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Gênesis – É o livro das origens. Fala da criação em dois atos: Criação e dilúvio.
Divide-se em duas grandes seções: a História Primeva (1-11:9) e as origens remotas de
Israel ou História Patriarcal (11:10-50), focalizando em três grandes ciclos as histórias
de Abrão e Sara, Isaque e Rebeca, Jacó e Lia / Raquel. O Livro termina com os doze
filhos de Jacó como fundadores das 12 tribos de Israel e José na terra do Egito.
Uma outra divisão de Gênesis pode ser focalizada a partir da delimitação de seções com
o termo tAdôl.At ( Tôledôt) marcando o início de 10 seções do livro:
1 2:4 Céu e terra +história
2 5:1 Adão +Genealogia vertical
3 6:9 Noé +História História
4 10:1 Filhos de Noé +Genealogia Horizontal Primeva
5 11:10 Sem +Genealogia vertical
6 11:27 Terah +História Abraão
7 25:12 Ismael +Genealogia horizontal História
8 25:19 Isaac +História Jacó Patriarcal
9 36:1 (36:9) Esaú +Genealogia Horizontal
10 37:2 Jacó +História José
Texto gancho: Genesis 50:25 José fez jurar os filhos de Israel, dizendo: Certamente Deus vos
visitará, e fareis transportar os meus ossos daqui.
Gancho com
Êxodo 1:1-8 São estes os nomes dos filhos de Israel que entraram com Jacó no Egito; cada
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um entrou com sua família:... Faleceu José, e todos os seus irmãos, e toda aquela geração...
Entrementes, se levantou novo rei sobre o Egito, que não conhecera a José.
Êxodo – Descreve os inícios das história de Israel como povo.
1:1- 15:21 A Opressão no Egito, libertação através da batalha de YHWH com os deuses
do Egito (pragas) e a saída do Egito e a salvação de Israel no mar.
15:22 – 18:27 Caminhada de Israel no deserto até o Sinai.
19:1- 24:11 Chegam ao Sinai, YHWH faz aliança com eles e lhes proclama o decálogo.
24:12 – 31:18 Instruções para a construção da tenda no deserto dadas a Moisés no monte
32:1 – 34:35 Quebra do pacto com a construção do bezerro de ouro e renovação do pacto
com YHWH mediante o empenho de Moisés.
35 - 40 Execução da tarefa proposta no Sinai. Cumprimento das intruções.
Texto gancho com Levítico:
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Êxodo 40:34-38 Então, a nuvem cobriu a tenda da congregação, e a glória do SENHOR
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encheu o tabernáculo. Moisés não podia entrar na tenda da congregação, porque a nuvem
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permanecia sobre ela, e a glória do SENHOR enchia o tabernáculo. Quando a nuvem se
levantava de sobre o tabernáculo, os filhos de Israel caminhavam avante, em todas as suas
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jornadas; se a nuvem, porém, não se levantava, não caminhavam, até ao dia em que ela se
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levantava. De dia, a nuvem do SENHOR repousava sobre o tabernáculo, e, de noite, havia
fogo nela, à vista de toda a casa de Israel, em todas as suas jornadas.
Gancho com
Levítico 1:1 Chamou o SENHOR a Moisés e, da tenda da congregação, lhe disse:
Levítico – Constitui-se predominantemente de leis. Tem início na Tenda do
Deserto e trabalha os conceitos: 1- Deus é santo. 2- Israel é santo e é
chamado à Santidade.
Lev 1-7 Leis dos sacrifício
1:3-3:7 Holocausto, Oblação, sacrifício de comunhão.
4:1- 5:26 Expiação e reparação
6:1- 7:38 Leis e complementos
7:37 – 38 Lei da Consagração de sacerdotes
Lev 8-10 Leis da Consagração dos sacerdotes
8:1-36 Consagração dos sacerdotes e do santuário.
9:1-10:20 Primeiros sacrifícios.
Lev 11-15 Leis de pureza ritual
11;1-47 Animais puros e impuros
12:1-8 A mulher que deu à luz
13:1 – 14:57 A Lepra
15:1-33 Impurezas sexuais e sua purificação
Lev 16 O Yom Kippur: ritual (16:1-28); a solenidade do dia (16:29-34)
Lev 17- 26 Lei de santidade
17:1-16 Sacrfícios
18:1-20:27 Prescrições moraes
21:1 -22:33 Prescrições para os sacerdotes
23:1 -25:55 Festas anuais, o ano sabático, o jubileu
26:1-46 Epílogo: Bênçãos e Maldições
26:46 Conclusão do livro
Lev 27 Apêndice: Leis sobre os votos
27:34 Conclusão do Livro
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Estas coleções são as mencionadas no texto de Félix Garcia Lopes. Poder-se-ia acrescentar, segundo as
anotações feitas em classe, o Código Sacerdotal (Êxodo 25-31; 35-40; Levítico; Números 5-6; 15; 18-19;
28-30).
Surgem na história e da história, sendo por isso, temporais e caducas. Nascem no seio
da comunidade israelita ao experimentarem uma nova realidade do poder de Deus na
libertação da escravidão do Egito e a sua presença na ratificação da aliança. Embora
somente do decálogo se declare explicitamente ser dado por Deus, enquanto as outras
leis são transmitidas por Moisés, o texto as faz remontar todas a YHWH.
A legislação bíblica aparece como dom de Deus e tarefa para Israel. Fundamenta-se
recorrendo à história e se inculca mediante exortações e admoestações. Por isso tem
como característica o tom parenético e as “cláusulas motivantes”.
Os livros do Pentateuco têm a preocupação de colocar o seu conteúdo narrativo em
seqüência cronológica. São livros diferentes, mas mantém certa unidade entre si. Pode-
se dizer que o conjunto apresenta como que uma “biografia” de Moisés. Desde a
História de seus antepassados, nascimento, missão e morte.
Crítica
Estas teorias de reagrupamento dos livros do Antigo Testamento em blocos diferentes
do que é tradicionalmente aceito pelos Judeus e Cristãos mostram uma intuição do
processo de formação do Pentateuco, com a presença de grandes blocos narrativos, tais
como: O tetrateuco, o hexateuco e o eneateuco. No entanto, desconsideram a
perspectiva literária, esquecendo-se da seqüência literária
A hipótese dos fragmentos: surge no final do século XVIII. Recebe seus primeiros
impulsos pela dificuldade de encontrar fontes continuas fora do livro do Gênesis,
sobretudo nas partes legais do Pentateuco. Principais defensores: A. Geddes (1737 –
1802); J.S. Vater (1771 -1826) e W. de Wette (1780 – 1849)
Geddes afirma que o Pentateuco é uma coleção de fragmentos mais ou menos
longos, independentes entre si e sem continuidade, cuja compilação atual se deve a dois
tipos de recompiladores: o elohista e o javista.
Vater centraliza sua atenção na Lei, pois a considera o fundamento do
Pentateuco. O núcleo da Lei se encontrava no livro do Deuteronômio, composto na
época davídico-salomônica e redescoberto e reeditado na época de Josias.
Wette também defende a tese dos fragmentos, além de ter identificado o Livro
da Lei, encontrado na época de Josias com o livro do Deuteronômio, alem de ter sabido
usar este livro como base para a datação do Pentateuco.
Pressupostos:
1. Os fragmentos, originalmente autônomos, concentravam-se em torno de círculos
narrativos construídos ao redor de certos temas ou personagens do Pentateuco
posterior: Criação e Dilúvio, Abraão, Jacó, êxodo, Sinai, caminhada pelo
deserto, acontecimentos na transjordânia)
2. Estes círculos narrativos tiveram sua própria história de crescimentos atraés de
uma redação continuada.
3. Estes fragmentos foram unidos em um nexo narrativo desde a criação até a
morte de Moisés em tempo tardio, talvez no exílio ou no logo após.
4. Esta obra tardia, possivelmente recebeu novas redações, posteriormente.
A hipótese dos complementos: Kelle é o pai da desta hipótese, e Ewald seu principal
interprete. Ao contrário da hipótese anterior, Ewald impunha unidade na trama narrativa
do Pentateuco. Mesmo assim fez crítica a certas divergências nos textos.
Por isso pensou que a melhor forma se explicar a composição do Pentateuco era
aceitar um escrito fundamental (elohista, que em seguida receberia o nome de
sacerdotal), completado pela adição de outros textos.
Pressupostos:
1. O Pentateuco origina-se, na substância principal, de uma única obra chamada de
“escrito básico”.
2. Este documento básico único foi ampliado diversas vezes e em vários locais
através de uma redação continuada ao longo da tradição, dando ensejo a
inclusões e emendas atualizadoras e interpretadoras.
4 – O sistema de Graf-Wellhausen.
1. W. de Wette propõe a datação do Deuteronômio (o código deuteronomista c.
12-26) em 622 a.C por ocasião da Reforma de Josias.
2. H. Hupfeld
a. distingue três fontes no Gênesis: E1, E2 e J.
b. E1 identificada posteriormente como P (Sacerdotal).
c. E2 identificada posteriormente como Elohista
d. J (Javista) a mais antiga.
e. Afirma ainda que a união das três fontes numa só obra se deve a um
redator, cujo trabalho consistiu em ordenar e unir os textos das três
fontes.
3. Graf aceita esta hipótese, mas muda a ordem e a datação das fontes. Observa
que nem o livro do Deuteronômio, nem os livros históricos de Josué-Reis, nem
os livros proféticos pré-exílicos oferecem indícios claros de haver conhecido as
leis sacerdotais do Pentateuco (argumento do silêncio). Chega assim a conclusão
de que o documento sacerdotal (E1/P) era o mais recente e J o mais antigo.
a. Estabelece a ordem J, E, D, P
4. Wellhausen concorda com as afirmativas de Graf.
a. J - século X – IX, tem sua origem em torno da corte de Salomão,
portanto Reino do Sul (Judá).
b. E (elohista) - século VIII, no pré-exílio, Reino do Norte (Israel).
i. RJE: redator jeovista. No Sul após 721
c. D – Deuteronômica. - século VII - No Sul (Judá).
i. RDt: Redator Deuteronômico – Reunião de JED + ajustes
d. P (Q): Sacerdotal – século V em Judá.
i. Pentateuco: Séc. V-IV: junção de JEDP.
5- A escola da história das formas: as teses de Gunkel e sua relevância para o
estudo do Penteteuco.
A teoria de Graf - Wellhausen causou reações, sofreu modificações e recebeu novas
informações posteriores.
Houve oposição
Novas propostas, com novas subdivisões e novas propostas de datação
Aumentou-se o conhecimento das culturas antigas
Acentuou-se a tend6encia de valorização da tradição oral
6- A escola da história das tradições: Gerhard Von Rad (1901 -1971) e Martin
Noth (1902 -1968).
Esta escola está intimamente ligada a Escola da História das formas, pois
trabalha com os pressupostos de Gunkel e os amplia com os seguintes pressupostos:
1. Os diferentes temas da tradição (Abrão, êxodo, Sinais etc.) possuem, no início,
uma origem ou pontos de fixação regional historicamente distintos.
2. A costura dos temas de tradição originalmente independentes teria sido realizada
no culto da fase pré-estatal. A fonte mais antiga, J, seria a elaboração literária
desta tradição cultual.
Von Rad propõe a inclusão do livro de Josué no conjunto do Pentateuco,
formando o que ficou conhecido como hexateuco.
A tradição Javista realizou a obra do Pentateuco, dando-lhe sua estrutura.
R. Rendtorff:
Seis grandes unidades indepententes
Combinação destas unidades em 2 fases:
i. Redator D (KD – Deuteronomistische Komposition)
ii. Redator P (KP – Pristerlische Komposition) Camada
redacional nova
Pentateuco atual
E. Blum
Ver esquema na folha avulsa
B - Escola de Münster.
Admite a obra histórica Hierosolimitana como pré-exílica – Após 655.
Pontos de consenso:
Tendência – partir da análise do texto bíblico
Narrativa - + análise dos textos legislativos
Aproveita dados de diferentes esquemas e abordagem
Pentateuco adquiriu sua forma final no exílio e pós exílio (sec. VI – V – IV)
Há materiais antigos (pré-exílico)
Houve um trabalho redacional sobre estes materiais
Manutenção de peculiaridades no material antigo
A fonte P é a principal fonte no livro do Pentateuco. Foi ela que deu a forma
final e estruturou os livros de Gn a Nm, introduzindo material e estruturando
outros.
Fonte D – tem uma história independente, responsável pelo Dt, não é
responsável pelos outros livros.
Fonte J – Alguns acham que J não existiu como fonte
Outros admitem que existiu.