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Aristóteles

Filósofo nascido em Estagira (Macedônia), no ano de 384 a.C.


Aos 17 anos foi para Atenas e frequentou, por 20 anos, a Academia, de Platão. Depois
da morte do mestre, afastou-se de Atenas (347 a.C.). Em 343, transferiu-se para a Macedônia,
assumindo a educação do jovem Alexandre. De volta a Atenas, fundou a escola do Liceu (335
a.C.), a chamada “Escola Peripatética”, a partir do nome do passeio coberto do Liceu, onde ele
costumava passear discutindo com os seus discípulos. Em 322, transfere-se para Cálcis, na
Eubeia, onde morre.
A grande sistematização aristotélica da retórica compreende: a) uma teoria da
argumentação que constitui o eixo principal, o nó da sua articulação com a lógica
demonstrativa e com a filosofia; b) uma teoria da elocução; c) uma teoria da composição do
discurso. No início do seu tratado, Aristóteles escreve o seguinte: A retórica é análoga à
dialética: ambas dizem respeito a objetos que, em certo modo, todos os homens devem
conhecer.
A sua função não é persuadir, mas ver os meios de persuasão que dizem respeito a
cada assunto. Tarefa do teórico é ocupar-se dos argumentos que provam e comprovam
(pisteis), não daqueles extra-técnicos que se utilizam como dados já prontos desde o início e
são os testemunhos, as confissões obtidas sob tortura, os documentos escritos, etc., mas
daqueles técnicos que precisam ser encontrados aplicando um método.
Um argumento que prova e comprova é uma demonstração de dois tipos: o exemplo e
o entimema.
Dialética e retórica são colocadas em paralelo: o que na primeira é indução, na
segunda é exemplo: o demonstrar partindo de muitos casos semelhantes que uma coisa está
em um dado modo. O que na primeira é silogismo, na segunda é o entimema.
A diferença entre o silogismo e o entimema é que o primeiro fornece uma verdade
irrefutável enquanto o entimema chega a conclusões prováveis ou confutáveis.
Os exemplos podem ser históricos ou inventados. Aos exemplos deve-se recorrer
apenas se os entimemas são poucos. Eis um entimema aristotélico: “se nem mesmo os deuses
sabem todas as coisas, ainda mais dificilmente poderão sabê-las os homens.
Preliminar à exposição das premissas das quais retirar os entimemas é a descrição dos
gêneros do discurso persuasivo.
Segundo ele, o gênero persuasivo consta de três elementos: a) quem fala; b) aquilo que
se fala; c) aquele ao qual se dirige, sendo este último o que determina a sua classificação, pois
são três os tipos de ouvinte conforme a prática ateniense da época. As duas primeiras classes
de ouvintes têm uma prerrogativa em comum: a capacidade de mudar uma determinada
situação; devendo opinar sobre ações futuras ou passadas: o ouvinte que decide o futuro é o
membro de uma assembleia política; aquele que decide o passado é o juiz nos processos. A
terceira classe é constituída pelos espectadores que não influenciam a situação; o espectador
dá um julgamento unicamente sobre o talento do orador.
Ao primeiro tipo de ouvinte corresponde o gênero deliberativo, ao segundo o
judiciário, ao terceiro o epidítico (ou demonstrativo).
No discurso deliberativo, o orador aconselha o que é útil e desaconselha o que é
nocivo. O discurso judicial, de acusação e de defesa, volta-se para o que é justo e para o que é
injusto. O discurso epidítico, de elogio e de censura, é centrado essencialmente sobre o que é
belo e o que é disforme.
A tripartição dos gêneros retóricos já tinha sido proposta por Anaxímenes de
Lampsaco, no mesmo século IV a.C., mas foi Aristóteles quem a organizou em um sistema e
dotou-a de uma casuística que foi tomada como modelo pela sistematização posterior. Assim, o
exame do gênero deliberativo é uma exposição sintética dos assuntos sobre os quais uma
assembleia deve decidir (rendimentos, guerra e paz, defesa do território, importação e
exportação, legislação), dos objetivos (o bem público e privado) e dos muitos meios para obtê-
los, das causas que produzem os bens, do útil em todo o seu aspecto e gradação e, por fim, das
várias formas de governo.
O gênero epidítico é ilustrado por um sumário de ética, no qual se analisa o que seja e
como se manifesta a virtude, objeto de elogio enquanto boa e por isso também bela.
O exame do gênero judiciário ocupa uma minuciosa resenha psicológica, quer dos
motivos pelos quais se age e, sobretudo, daquilo que impele o homem a agir.
No seu pensamento maduro, o Aristóteles da Retórica (em 3 livros) demonstra-se
consciente da grande importância prática da retórica. Para ele, quem diz a verdade precisa da
retórica, uma vez que os temas que se discutem na vida civil não são objeto de conhecimento
científico e, por isso, não são passíveis de uma demonstração absoluta; a capacidade de
argumentar através de pontos de vista contrários de um uma causa, às vezes é útil para
esclarecer a sua natureza e ajuda o orador a reconhecer as argumentações, justas ou injustas,
do seu adversário; o homem tem o direito de defender-se através da palavra, mais
característica da espécie humana de quanto não seja o uso da força e está pronto a defendê-la
das eventuais objeções contra o seu mau uso, notando que se trata de um perigo que essa
compartilha com quase todos os instrumentos úteis ao homem, como, por exemplo, a força e a
riqueza.
Aristóteles define a retórica como arte de descobrir os meios de persuasão possíveis
em referência a qualquer assunto. Ele aproxima a retórica à dialética, por ele entendida como
aquela parte da lógica que estuda os raciocínios somente prováveis, distinta da demonstração
científica.

Ele classifica o que chama “modos de persuadir” ou “provas”, distinguindo-os em


provas extra técnicas (fatos que provêm ao orador do exterior, por exemplo: confissões e
testemunhos) e provas técnicas (que se relacionam à verdadeira arte retórica).
Enquanto às primeiras Aristóteles dedica pouco espaço, visto que são elementos
adjuntos e propriamente do gênero judiciário, as segundas são tratadas amplamente nos
primeiros dois livros, distinguindo-se em três tipos: aquele que se encontra no caráter do
orador (éthos), que deve ter a capacidade de influenciar positivamente, com as suas qualidades
morais, o auditório; aquele que se encontra no estado de ânimo produzido nos ouvintes pelo
seu discurso (páthos); aquele que se encontra no próprio discurso através da demonstração.
Ele se ocupa dos tipos de provas morais na primeira parte do livro II: muitos capítulos
(2-17) são dedicados a uma cuidadosa análise dos sentimentos fundamentais da alma humana
e dos comportamentos diversos em relação a esses, cujo conhecimento é considerado
necessário ao orador. O resto é uma exposição daquilo que Aristóteles considera o aspecto
mais importante da teoria retórica, isto é, o momento lógico argumentativo.
Como eixo da demonstração lógico oratória, aparece o entimema, isto é, o raciocínio
dedutivo correspondente ao silogismo do raciocínio científico (um conjunto de premissas e
conclusões), mas distinto desse porque as suas premissas não têm um grau absoluto de
certeza, por exemplo:
Os bons não matam.
Sócrates é bom.
Portanto, Sócrates não cometeu homicídio.
Isto é, provavelmente verdadeiro, mas existem circunstâncias, de fato, nas quais ambas as
premissas, enquanto geralmente verdadeiras, poderiam não justificar uma tal conclusão.
A multiplicidade dos entimemas é relacionada a uma lista fechada de tópoi (“lugares”)
em que o orador pode encontrar os argumentos necessários, distintos em próprios e comuns a
partir do momento que sejam próprios de alguns assuntos ou se adaptam a qualquer um.
Depois de ter dedicado os primeiros dois livros a principal tarefa do orador, a busca dos
argumentos de persuasão (que os latinos chamarão de inuentio), Aristóteles dedica o livro III à
exposição dos problemas do estilo (que os latinos chamarão de elocutio), particularmente
significativa a teoria do vocabulário retórico e o estudo do período e da disposição das partes
do discurso (dispositio).
Avaliação
1) O que compreende a grande sistematização aristotélica da retórica?

2) A função da retórica é, meramente, persuadir?

3) Quais os elementos que constam do discurso persuasivo?

4) Qual a contribuição de Aristóteles à tripartição dos gêneros retóricos?

5) Qual a razão de Aristóteles dedicar maior espaço às provas técnicas?

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