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Aula 1 Profs.

Paula Viero e Beatriz Lima

TÉCNICAS DE CAD PARA ENGENHARIA CIVIL

AULA 1

COMPUTAÇÃO GRÁFICA x SISTEMAS CAD

COMPUTAÇÃO GRÁFICA: é a capacidade de representação de modelos geométricos


no computador; é a capacidade de modelagem do objeto de projeto.

MODELAGEM: é o ato de representar o objeto de projeto dentro do computador, e


esta representação é feita através de números; todas as informações relativas a
qualquer objeto modelado são transformadas e armazenadas através de dados
numéricos.

COMPUTADOR: é uma ferramenta de trabalho: é barato, tem grande memória, realiza


cálculos com grande velocidade e só trabalha com números.

A representação de modelos geométricos no computador pode ser realizada


utilizando-se dois tipos de modelagem: artística ou a técnica.

Modelagem artística: é mais voltada para efeitos especiais; é a parte mais


visível e popular e a responsável pelo grande desenvolvimento da computação
gráfica.
TEXTURA, FORMA, ILUMINAÇÃO, APARÊNCIA

Modelagem técnica: desenvolve as ferramentas computacionais de


representação geométrica e é voltada para uma representação mais precisa da
realidade.
CARACTERÍSTICAS FÍSICAS: GEOMETRIA, VOLUME, PESO

SISTEMAS CAD (Computer Aided Design) – Sistemas de Apoio aos Projetos de


Engenharia: são recursos oferecidos aos usuários, ou seja, são programas de diversos
graus de sofisticação que permitem:
− Automatização de desenhos ;
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Aula 2 Profs. Paula Viero e Beatriz Lima

TÉCNICAS DE CAD PARA ENGENHARIA CIVIL

AULA 2

1. O AUTOCAD

2. FUNÇÕES BÁSICAS / ESTRUTURAS DE COMANDOS

3. COMO DEFINIR UMA SEÇÃO DE TRABALHO (Arquivo)

4. ALGUNS COMANDOS DE CRIAÇÃO

5. ALGUNS COMANDOS DE VISUALIZAÇÃO

6. SELEÇÃO DE ENTIDADES PARA EDIÇÃO

7. ALGUNS COMANDOS DE EDIÇÃO

8. ALGUNS COMANDOS DE AUXÍLIO AO DESENHO

1. O AUTOCAD

O AutoCAD é uma ferramenta para realização de desenhos, conferindo rapidez e precisão na


execução/revisão dos desenhos de engenharia, auxiliando também algumas fases de projeto.
A interface do usuário com o AutoCAD é realizada através de uma janela dividida em
várias partes, conforme será visto a seguir, e a comunicação propriamente dita usuário/AutoCAD é
realizada através de comandos.

1.1. Comandos
Comandos são solicitações que o usuário faz ao AutoCAD para que este realize determinada
tarefa. Existem três maneiras de solicitar uma tarefa ao AutoCAD, conforme veremos a seguir.

1.2. Janela do AutoCAD


A janela do programa AutoCAD é dividida em partes, conforme pode ser observado na
figura.
♦ ÁREA DE DESENHO: é o espaço de trabalho, ocupa a maior parte da tela; tudo o que for
desenhado aparece nesta área;

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Aula 2

♦ CURSOR PADRÄO: são dois fios cruzados com um pequeno quadrado, que se movem
conforme se movimenta o mouse; o cursor permite apontar para locais na área de
desenho;
♦ ÍCONE DO SISTEMA DE COORDENADAS: são duas setas situadas no canto inferior esquerdo
da área de desenho que informam a direção dos eixos de representação no desenho. O
“X” e o “Y” indicam os eixos cartesianos x e y do desenho.
♦ BARRA DE MENUS SUSPENSOS (MENU EM CASCATA OU COM PULL DOWN): os menus
disponíveis nesta barra oferecem um modo de acessar os comandos e definições gerais
do AutoCAD;
♦ BARRA DE FERRAMENTA PADRÃO (Standard Toolbar): oferece, através de ícones, os
comandos mais usados para controle de exibição, gerenciamento de arquivos e edição;
♦ BARRA DE FERRAMENTA DE PROPRIEDADES DOS OBJETOS (Object Properties): oferece
comandos através de ícones para manipular as propriedades dos objetos;
♦ BARRAS DE FERRAMENTAS FLUTUANTES (ÍCONES): contém ícones que representam
comandos. Ao posicionar o cursor sobre o ícone aparece o nome do respectivo comando.
Estas barras podem ser personalizadas através do Tools>Customize>Toolbars;
♦ LINHA DE COMANDOS: é a área onde o AutoCAD apresenta a resposta às solicitações do
usuário; é importante prestar muita atenção nas mensagens exibidas na linha de
comando, pois é desta maneira que o AutoCAD se comunica com o usuário;
♦ BARRA DE STATUS: fornece informações instantâneas sobre o desenho, como por exemplo
a leitura de coordenadas.

MENU EM CASCATA OU COM PULL DOWN: é quando um comando oferece um conjunto de opções
mais detalhado. Ele aparece de duas maneiras:

♦ BARRA DE MENUS SUSPENSOS: são indicados com uma ponta triangular à direita do
comando;
♦ ÍCONE: aparecem opções separadas por “/ ” na linha de comandos.

OPÇÃO DEFAULT DO AUTOCAD: aparece entre < > na linha de comando e será considerada
para execução do comando se não houver nenhuma outra informação.

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Aula 2

1.3. Entrada de Comandos


Um comando pode ser fornecido ao AutoCAD de três maneiras:
− através do teclado, digitando o nome ou a abreviação do comando desejado;
− escolhendo um comando na Barra de Menus Suspensos;
− escolhendo um comando na Barra de Ferramenta Flutuante (Ícone).

1.4. Como Utilizar os Comandos do AUTOCAD

1o) Informar o comando desejado ao AutoCAD (Teclado, Barra de Menus Suspensos ou Ícone);

2o) Observar sempre a Linha de Comando (comunicação do AutoCAD com o usuário);


A cada solicitação (comando) do usuário o AutoCAD responde com outra solicitação: uma
mensagem na Linha de Comando ou exibe um Quadro de Diálogo.

3o) Fornecer as informações necessárias até que o comado se encerre (ou encerrar o comando).

AÇÕES IMPORTANTES:

♦ Para encerrar um comando: ENTER = Botão da direita do mouse


♦ Para cancelar um comando: ESC
♦ Para repetir o último comando dado: ENTER

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Aula 2

JANELA DO AUTOCAD

Barra de Ferramentas de
Barra de Menus Suspensos Propriedades dos Objetos

Barra de Ferramentas Padrão

Barras de Ferramentas Flutuantes


Cursor Padrão

Ícone do Sistema de Coordenadas

Barra de Status
Linha de Comando

2. FUNÇÕES BÁSICAS / ESTRUTURAS DE COMANDOS

2.1. Comandos de Criação: criam o modelo a partir de tipos básicos de objetos: linhas, arcos,
círculos, textos, superfícies, sólidos, etc.
Ex.: Line, Arc, Circle, Text, 3DFace, Box, etc.

2.2. Comandos de Edição (Alteração): editam os desenhos criados com os comandos de criação e
possibilitam a sua modificação para preencher detalhes que irão definir a forma final do objeto,

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Aula 2

ou mesmo construir um novo objeto a partir de objetos existentes: copiar, mover, apagar,
remover partes (de linhas, arcos ou círculos), etc.
Ex.: Copy, Move, Erase, Trim, Fillet, Offset, etc.

2.3. Comandos de Visualização: permitem o controle da imagem apresentada: de perto ou de


longe, de diferentes pontos de vista, com diferentes modelos de apresentação.
Ex.: Zoom, Pan, Vpoint, Hide, Shade, Render, etc.

2.4. Comandos de Auxílio: servem de apoio ao desenho, facilitando a sua criação e edição.
Ex.: Layer, Ortho, UCS, Osnap etc.

3. COMO DEFINIR UMA SEÇÃO DE TRABALHO (Arquivo)

3.1. Iniciar: pode-se iniciar um trabalho criando-se um novo desenho ou abrindo um desenho já
existente.

A) CRIAR UM DESENHO NOVO:

File>New: quando for feita esta opção, aparecerá o Quadro de Diálogo Create
Drawing. Pode-se escolher duas opções:

Start from Scratch > Metric; esta opção cria um novo desenho utilizando a
configuração default do AutoCAD no sistema métrico de medidas.

Template > escolher o formato padrão desejado.

File>Save as: salva e define o nome do arquivo.

B) ABRIR UM DESENHO EXISTENTE: File>Open

3.2. Desenhar
3.3. Editar (modificar)

3.4. Salvar - File>Save (com o mesmo nome)


- File>Save as (com o nome diferente do atual)

3.5. Finalizar o Autocad: File>Exit

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Aula 2

4. ALGUNS COMANDOS DE CRIAÇÃO

Line (Draw) : desenha segmentos de linhas


- Seqüência de execução: from point, to point, to point, ....., enter
clicar pontos
digitar coordenadas
escolher pontos com precisão (OSNAP)
- Opções: close, undo

Circle (Draw) : desenha círculos


- Opções: oferece várias opções, a escolha vai depender das informações disponíveis para
construção do círculo.
Ex.: raio e centro, raio e diâmetro, etc

Arc (Draw) : desenha arcos


- Opções: semelhante ao comando Circle

5. ALGUNS COMANDOS DE VISUALIZAÇÃO

Zoom (View): permite aproximação ou afastamento do desenho


- Opções:
Realtime
Window : define uma janela de visualização (marcar os cantos da janela)
Extends: o desenho ocupa o máximo da tela
All: igual ao Extends se não forem definidos limites para o desenho, e etc.

Pan (View): permite arrastar a tela (não a posição do desenho)

- Opções:
Realtime
Point: pede o ponto de referência inicial (de onde vou deslocar) e segundo ponto (ponto de
destino), e etc.

6. SELEÇÃO DE ENTIDADES PARA EDIÇÃO

Para ser possível editar (modificar) um objeto desenhado previamente é necessário selecioná-lo
dentro do comando de Edição (ou antes do comando).

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Aula 2

Algumas opções de seleção:

− Clicar no próprio objeto (poucos objetos a serem selecionados)


− Selecionar todos os objetos: All
− Usar janelas de seleção (vários objetos a serem selecionados): não clicar no objeto, clicar em
ponto qualquer da tela que este ponto será o primeiro ponto da janela; a seguir o AutoCAD
pedirá o outro canto da janela. Existem duas opções de janelas:
Window: janela definida da esquerda para a direita (deve-se incluir na janela todo o
objeto a ser selecionado)
Crossing: janela definida da direita para a esquerda (basta incluir na janela uma parte do
objeto a ser selecionado)

7. ALGUNS COMANDOS DE EDIÇÃO

Move (Modify): permite mudar objetos de posição


- Seqüência de execução: selecionar os objetos a serem deslocados, definir um ponto de
referência, definir o ponto de destino
Copy (Modify): permite a cópia de um mais objetos
- Seqüência de execução: selecionar os objetos a serem copiados, definir um ponto de
referência, definir o ponto de destino
- Pode-se fazer várias cópias (Cópias Múltiplas), para tanto deve-se optar por Multiple após
a seleção dos objetos e finalizar o comando com enter.
Erase (Modify): apaga um ou mais objetos
- Seqüência de execução: selecionar os objetos a serem apagados

8. ALGUNS COMANDOS DE AUXÍLIO AO DESENHO

Ortho - ON/OFF (tecla F8, ou barra de status ou digitar na linha de comando): restringe o
desenho de linhas na horizontal ou vertical (ON)
Undo: desfaz operações anteriormente executadas
- Opções
Undo (Edit ou digitar U): desfaz a última operação
Undo (Digitar Undo): permite várias opções, dentre delas desfazer várias operações
em um único comando

Redo (Edit): recupera a última eliminação

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Aula 2

Redraw (View ): retira os “blips” e recupera a parte do desenho afetado pelos comandos de
edição
Blip: é uma pequena cruz que aparece toda vez que o usuário “clicar” em um ponto qualquer da
área de desenho.
Blipmode - ON/OFF: digitar na linha de comando (não aparecem os blips em OFF)

Grid - ON/OFF (Tools>Drafting Settings ou tecla F7): liga/desliga uma malha retangular, sendo
o tamanho da malha definido em Tools>Drafting Settings

Snap ON/OFF (Tools>Drafting Settings ou tecla F9): liga/desliga o controle do deslocamento


do cursor, sendo o deslocamento definido em Tools>Drafting Settings, em função da precisão
desejada.

9. PROPRIEDADES

O AutoCAD atribui propriedades a todo objeto criado, como por exemplo, cor e tipo de
linha. Normalmente, os objetos recebem estas propriedades padrão (default), chamadas Bylayer, o
que significa que cada objeto assume a cor e o tipo de linha de sua camada (layer) correspondente.
Layer (camada): é uma ferramenta de organização do AutoCAD. As camadas podem ser
encaradas como uma série de transparências sobrepostas que se combinam para formar o desenho
completo, sendo que cada uma contém determinado conjunto de informações. O conceito de layer
será visto em aulas posteriores.

9.1. Modificando a cor – Modify>Properties


- Seqüência de execução: selecionar os objetos, escolher a propriedade que se quer
modificar (cor) no quadro de diálogo, escolher a cor desejada.

A cor tem uma função muito importante na elaboração de um desenho no AutoCAD. É


através das cores que o AutoCAD controla a espessura real das linhas na hora de plotar um desenho.
Cada cor do desenho é associada a uma espessura de pena da plotadora.

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Aula 1

− Integração das etapas de um projeto;


− Modelagem/implementação da representação geométrica: análise de modelos e
fabricação.

SISTEMAS CAD e CADD – DRAFTING (desenho) e DESIGN (projeto)


É importante salientar que inicialmente somente se falava em Sistemas CAD como
sendo apoio aos projetos (design) de engenharia. À medida que os programas especifícos
em desenhos (drafting) foram se tornando mais e mais poderosos, surgiu a diferenciação
entre Sistemas CAD, que seriam sistemas de apoio ao desenho (drafting) e os Sistemas
CADD (Computer Aided Drafting and Design). Os sistemas CADD são programas
voltados para atividades de projeto (design) e que permitem também uma automatização
nas atividades de desenho. Apesar disso, a referência a Sistemas CAD que continua
sendo feita é a de Sistemas de apoio aos projetos de Engenharia de uma forma geral.
No nosso curso, toda referência que se fizer a Sistemas CAD, estará envolvendo
basicamente sistemas de auxílio a desenho, como por exemplo o AutoCAD.

Vantagens dos SISTEMAS CAD


− Facilidade de criação e alteração de desenhos;
− Melhoria na qualidade gráfica;
− Facilidade no arquivamento, recuperação e transporte dos desenhos;
− Reaproveitamento das informações.

Evolução dos Sistemas CAD da modelagem 2D para 3D permitiu:


− Obtenção das projeções do modelo a partir do modelo 3D;
− Visualização do modelo de diversos pontos de vista;
− Variação na representação do desenho;
− Renderização: imagens foto-realísticas, animação (integração com outros
programas: 3D Studio, Autovision, Animator);
− Modelamento Virtual: integração dos Sistemas CAD/CAM/CAE (projeto /
produção / funcionamento)
CAM: Computer Aided Manufacturing (planejamento de processo,
programação de máquinas, etc)
CAE: Computer Aided Engineering (programas de simulação de
carregamento, geração de malhas de elementos finitos, etc)

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Aula 1

Estrutura Básica dos Sistemas CAD


− Componentes de Hardware: placa de vídeo/monitor, teclado, mouse,
ploter/impressora, disco rígido, memória RAM, etc;
− Componentes de Software: Programas CAD (AutoCAD, Solid Works, ect),
Sistema Operacional, Programas em geral.

Níveis de Detalhamento do Projeto ↔ Fases do Projeto

Dependendo da necessidade e da fase do projeto, este pode apresentar diferentes


níveis de detalhamento. Por exemplo: um poste pode ser modelado como sendo uma
linha, uma casca cilíndrica (oca com determinada espessura) ou um cilindro maciço.

Modelos de Representação: 2D ou 3D

Estruturas de Representação 3D
Modelos de aresta ou estrutura de arame (wire frame);
Modelagem de Superfície (área);
Modelagem Sólida (volume)

Modelos de Apresentação
Linhas Escondidas (Hide);
Sombreamento (Shade);
Efeitos de luz, brilho, fotorealismo (Render)

O CURSO TÉCNICAS DE CAD

Objetivo: apresentar um dos Sistemas CAD, o AutoCAD, como uma ferramenta


para a Engenharia; um auxílio aos projetos de Engenharia, no que se refere a
automatização de desenhos.

Programação Geral do Curso


− Modelos 2D
− Modelos 3D: Modelagem de Superfície e Modelagem Sólida

Profa. Beatriz P. Lima


Profa. Paula F. Viero

(Sala D101 – Depto. Expressão Gráfica ou Sala I216 - Laboratório de Estruturas)


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Aula 3 Profs. Paula Viero e Beatriz Lima

TÉCNICAS DE CAD PARA ENGENHARIA CIVIL

AULA 3

1. SISTEMA DE COORDENADAS

2. SELEÇÃO DE PONTOS PRECISOS EM OBJETOS

3. ALGUNS COMANDOS DE EDIÇÃO E CRIAÇÃO

________________________________________________________________________

1. SISTEMA DE COORDENADAS

O universo de desenho do AutoCAD baseia-se em um sistema tridimensional de


coordenadas. Qualquer ponto é localizado no espaço do AutoCAD pela especificação de
suas coordenadas ao longo dos eixos X, Y e Z (ícone do Sistema de Coordenadas
apresentado no canto inferior esquerda da tela). Quando se trabalha considerando
somente o sistema bidimensional XY a coordenada Z é assumida como sendo Z=0,
conforme pode ser observado na figura abaixo.
O ícone do Sistema de Coordenadas indica somente a direção dos eixos (ver figura
a seguir), não indicando obrigatoriamente a origem deste sistema.

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Aula 3 Profs. Paula Viero e Beatriz Lima

♦ Posicionar o ícone na origem – View>Display>UCS Icon>Origin ou Ucsicon


(digitar) o ícone somente vai para a origem do sistema se esta estiver dentro da
tela, caso contrário o ícone permanece no canto inferior esquerdo; quando o
ícone estiver na origem ele muda sua apresentação padrão conforme mostrado
abaixo:

ícone padrão ícone posicionado na origem

A especificação exata de um ponto através de coordenadas pode ser feita de três


maneiras, considerando-se a orientação dos eixos dada na figura a seguir.
+y

-x +x

-y

Coordenadas Cartesianas Absolutas: expressam distâncias a partir da origem, ou seja


definem as coordenadas de um ponto em relação à origem do sistema.
− Formato: X, Y

Coordenadas Cartesianas Relativas: definem as coordenadas de um ponto em relação


ao último ponto fornecido pelo usuário ao AutoCAD.
− Formato: @X, Y

Coordenadas Polares Relativas: definem as coordenadas de um ponto em relação ao


último ponto fornecido, considerando-se uma distância e um ângulo.
− Formato: @distância < ângulo
A distância é sempre paralela à linha que está sendo traçada.
Os ângulos seguem a convenção mostrada na figura mostrada a seguir.
o
90
+

o o
180 0

-
o
270
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Aula 3 Profs. Paula Viero e Beatriz Lima

Exemplo:

Comando Units (Format): define o sistema de medidas a ser utilizado e a precisão das
unidades (número de casas decimais).

2. SELEÇÃO DE PONTOS PRECISOS EM OBJETOS – Object Snap

Pode-se selecionar objetos em pontos precisos, seja para definir o ponto de


referência ou ponto de destino em comandos de edição, ou para criar um objeto a partir
de outro já existente.
Pode-se escolher os pontos característicos dos objetos ou algum ponto referência:
Linha: ponto mediano (midpoint) e pontos extremos (endpoint)
Círculo: centro (center) e quadrante (quadrant)
Interseção de dois objetos (intersection), etc.

A seleção de pontos específicos em um objeto pode ser feita de três maneiras:


♦ SHIFT + Botão da direita do mouse
♦ ícones da Barra de Ferramentas Flutuante (Object Snap)
Estas duas opções são utilizadas antes da seleção do objeto, mas pode-se ter uma
ou mais das opções de Osnap disponíveis como seleção default. Pode-se definir Osnaps
para que estejam ativos o tempo todo:
♦ Tools> Drafting Settings: escolher no quadro de diálogo Object Osnap e marcar as
opções desejadas.

3. ALGUNS COMANDOS DE EDIÇÃO E CRIAÇÃO

Trim (Modify): permite remover partes de objetos (linha, arcos, círculos) a partir ou
entre interseções com outros objetos.
- Seqüência de execução:
selecionar primeiro os objetos que indicam o “limites de corte”;
selecionar os objetos cujas partes serão eliminadas.
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Aula 3 Profs. Paula Viero e Beatriz Lima

Break (Modify): permite quebrar ou remover partes de objetos (linha, arcos, círculos) a
partir de limites definidos por pontos.
- Seqüência de execução após selecionar o objeto:
Especificar o 2o ponto do limite de corte ou digitar “F” e escolher os dois pontos
de limite de corte

Este comando considera o ponto onde o objeto foi selecionado como o


primeiro limite do corte; este ponto pode ser redefinido fazendo-se a opção “F”
(first point) após a seleção do objeto
Se o ponto inicial e o ponto final forem coincidentes o objeto será quebrado
neste ponto

Fillet (Modify): faz a concordância entre dois objetos com um raio definido pelo usuário

- Seqüência de execução: selecionar os dois objetos


Definir o raio digitando-se “R” após o comando
Selecionar os dois objetos.

No caso de raios diferentes de zero, o AutoCAD cria uma nova entidade


(arco) para fazer a concordância entre os objetos.

Chamfer (Modify): ajusta duas retas com um chanfro especificado pelo usuário.
- Seqüência de execução:
Definir as distâncias do chanfro digitando-se “D” após o comando
Selecionar as duas retas a serem chanfradas.

Caso as distâncias do chanfro sejam especificadas iguais a zero, o comando


Chamfer é semelhante ao comando Fillet com R=0.
A primeira distância especificada é paralela a primeira linha selecionada e a
segunda distância é paralela a segunda linha.
No comando Chamfer com distâncias diferentes de zero o AutoCAD cria uma
nova entidade (uma reta) para unir as duas retas, no caso, um chanfro.

Extend (Modify): permite estender objetos do desenho de forma que eles terminem
precisamente em limites definidos por outros objetos.
- Seqüência de execução:
Selecionar primeiro o objeto que indica o limite da extensão (pode ser mais de
um limite);
Selecionar as extremidades dos objetos a serem estendidos (pode ser mais de
um objeto).

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Aula 3 Profs. Paula Viero e Beatriz Lima

Offset (Modify): faz cópias paralelas de entidades como linhas, arcos, círculos a uma
distância especificada. A distância é especificada digitando-se o valor (Offset distance)
ou através da distância entre o objeto e um ponto qualquer (Through)
- Seqüência de execução:
digitar a distância das cópias paralelas (esta opção é a mais utilizada) ou definir
esta distância clicando-se em dois pontos
selecionar o objeto a ser copiado (somente um de cada vez)
indicar o lado para onde será copiado o objeto clicando na área de desenho.
Ou
selecionar o objeto e o ponto que define a distância do offset (ponto para onde
será copiado o objeto)

Polyline (Draw): desenha segmentos de linhas que se comportam como uma única
entidade. Pode ser definida uma espessura para a polilinha – opção width após
especificado o primeiro ponto.
A opção close faz com que o comando se encerre fechando a polilinha, unindo
o último vértice com o primeiro.
Todos os vértices da polilinha poderão ser filetados ou chanfrados dentro dos
comandos Fillet ou Chamfer utilizando-se a opção Polyline (digitar “P”) após a
ativação destes comandos.

Explode (Modify): desmembra entidades compostas em suas partes individuais.


- Seqüência de execução: selecionar o objetos a serem explodidos

Modify>Object>Polyline ou Pedit (digitar): possibilita a transformação de segmentos de


linhas e arcos em polilinhas e a edição de polilinhas.
- Opções:
Join: transforma segmentos de linhas e arcos com endpoints coincidentes em
polilinha ou adiciona estas entidades a polilinhas existentes desde que com
endpoints coincidentes. No caso da entidade selecionada já ser uma polilinha, o
comando edita a polilinha para modificá-la
Width: modifica a espessura da polilinha
Fit: converte os segmentos da polilinha em arcos cujos pontos finais coincidem
com os pontos finais dos segmentos, ajustando uma curva a polilinha.
Spline: gera curvas mais suaves que a opção anterior (fit), uma vez que uma
curva spline não passa pelos pontos de vértice como uma curva ajustada
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Aula 3 Profs. Paula Viero e Beatriz Lima

(obtida com fit), exceto nos vértices inicial e final da polilinha. A suavidade da
curva Spline pode ser definida pela variável de controle splinetype cujo valor é
definido em 5 (B-spline quadrática) ou 6 (B-spline cúbica).
Decurve: transforma a polilinha suavizada por meio de Spline ou Fit na polilinha
original

Mirror (Modify): permite criar uma cópia espelhada de uma entidade ou grupo de
entidades.
- Opções: pode eliminar ou não o objeto original
- Seqüência de execução:
selecionar objetos
indicar o eixo do espelho definindo-se dois pontos (linha imaginária ou linha
existente no desenho definida por dois pontos)
optar por eliminar ou não o objeto original (Y ou N).

Arc Opção Start/Center/End (Draw): é a opção de desenhar arcos mais utilizada em


Desenhos de Arquitetura para representação de portas em Planta Baixa; segue
sempre a convenção dada abaixo.

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Aula 4 Profs. Paula Viero e Beatriz Lima

TÉCNICAS DE CAD PARA ENGENHARIA CIVIL

AULA 4

1. ORGANIZAÇÃO DE INFORMAÇÕES EM CAMADAS – LAYERS

________________________________________________________________________

1. ORGANIZAÇÃO DE INFORMAÇÕES EM CAMADAS – LAYERS

Uma maneira de organizar informações dentro do AutoCAD é através da utilização


de Camadas (Layers). Uma camada é como uma transparência onde se pode agrupar
informações correlacionadas, sendo que o desenho pode ser composto de várias
camadas que serão ativadas ou desativadas para produzir um desenho final que combine
os diferentes tipos de informações necessárias em cada caso. Não há limites para o
número de camadas e a cada uma será atribuído um nome qualquer.
A camada 0 é a default de todos os desenhos novos; não é possível mudar o seu
nome ou apagá-la, deve-se portanto, evitar a construção de qualquer desenho nesta
camada .

1.1.Criação de Camadas
As camadas serão criadas em função da necessidade de organização de cada
desenho; à medida que o desenho se torna mais complexo, um maior número de
camadas será necessário.

Layer (Format) ou 2o ícone da Barra de Ferramenta Padrão: permite a criação de


camadas
- Seqüência de execução após escolher a opção layer:
Clicar na opção New e definir os nomes das camadas necessárias no Quadro
de Diálogo Layer Properties Manager.

1.2. Atributos das Camadas


Cada camada criada pode assumir determinado tipo de linha e cor, e todas as
entidades pertencentes a esta camada assumirão estas propriedades desde que sejam
definidas como bylayer, ou seja, acompanham a definição da layer.

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Aula 4 Profs. Paula Viero e Beatriz Lima

Atribuição de Cores às Camadas (Quadro de Diálogo Layer Properties Manager)


- Seqüência de execução
Clicar sobre a cor existente da layer desejada (default white);
Escolher a cor no quadro de diálogo.

Atribuição de Tipos de Linha às Camadas (Quadro de Diálogo Layer Properties


Manager)

O AutoCAD vem com vários tipos de linha que estão armazenadas em um arquivo
externo chamado ACAD.LIN. Apenas a tipo de linha Contínua já está automaticamente
disponível ao usuário, portanto, é necessário carregar os tipos desejados a partir deste
arquivo através do seguinte procedimento.
Comando Linetype (Format): opção Load do quadro de diálogo e selecionar os
tipos de linha desejados.

- Seqüência de execução para atribuição de tipos de linha às camadas (após


carregar os tipos necessários):
Clicar sobre o tipo de linha existente da layer desejada (default continuous);
Escolher o tipo de linha.

Após atribuir uma cor e um tipo de linha a uma camada, tudo o que for desenhado
nessa camada assumirá estas propriedades (bylayer). Pode-se atribuir diferentes cores e
tipos de linha a um objeto individual dentro da camada em vez de se basear nas
atribuições gerais da camada, mas este procedimento requer alguma experiência e um
bom conhecimento da organização do desenho.

1.3. Camada Ativa ou Corrente (Current)


Camada corrente é aquela onde se está efetivamente trabalhando. Não há limites
de número de camadas dentro de um desenho, mas apenas uma camada é a corrente.

Tornando uma Camada Corrente


- Seqüência de execução (há três opções):
No Quadro de Diálogo Layer Properties Manager marcar a layer a qual será
corrente e escolher a opção Current;
Escolher a camada desejada direto na Barra de Ferramenta Padrão;
Selecionar o objeto cuja camada se tornará corrente (1o ícone da Barra de
Ferramenta Padrão).

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Aula 4 Profs. Paula Viero e Beatriz Lima

1.4. Controle de Visibilidade e Segurança da Camada


A organização de um desenho em camadas permite escolher quais as camadas
que estarão visíveis ou quais as camadas que, mesmo visíveis, não serão passíveis de
modificações.

Controle de Visibilidade
- Opções (Quadro de Diálogo Layer Properties Manager)
On (Ativar/Desativar): torna visível/invisível todas as entidades de uma
determinada camada; quando a camada estiver ativada (visível) a “lâmpada” ao
lado do nome da camada estará acesa.
Freeze in all VP (Congelar/Descongelar): semelhante à opção On, sendo que a
opção Freeze; além de controlar a visibilidade, faz com que o AutoCAD não
considere o conteúdo destas camadas na hora de regenerar um desenho e
quando for usada a resposta All na seleção de objetos. Quando a camada
estiver congelada o “sol” ao lado do nome da camada estará apagado.

Controle de Segurança
- Opções (Quadro de Diálogo Layer Properties Manager)
Lock (Desbloquear/Bloquear): na opção Lock, as camadas são visíveis mas não
podem ser editadas (modificadas); quando a camada estiver bloqueada o
“cadeado” que aparece ao lado do nome da camada estará fechado.

Observação importante: o AutoCAD não permite que a camada corrente seja congelada
(Opção Freeze).

1.5. Modificando a Camada de uma entidade


No instante da criação do objeto, este assume a camada corrente. A camada é
uma propriedade do objeto, assim como a cor e o tipo de linha. É possível então,
modificar a camada desta entidade.

Modificando a camada: Modify>Properties


- Seqüência de execução: selecionar os objetos, escolher a propriedade layer no
quadro de diálogo e escolher a layer desejada.

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Aula 5 Profs. Paula Viero e Beatriz Lima

TÉCNICAS DE CAD PARA ENGENHARIA CIVIL

AULA 5

1. BLOCOS

2. DESENHOS COM REFERÊNCIA CRUZADA

________________________________________________________________________

1. BLOCOS

Em todas as áreas de atuação do AutoCAD determinados desenhos são utilizados


constantemente:
♦ Desenho mecânico: motores, engrenagens, válvulas, etc;
♦ Desenho elétrico: capacitores, resistores, etc;
♦ Desenho de Arquitetura: portas, banheiras, pias, etc.

Para fazer uso eficaz do AutoCAD, estes desenhos podem ser salvos como
símbolos que serão usados como se fossem carimbos duplicando os desenhos
instantaneamente onde for necessário; isto pode economizar muito tempo na composição
de um desenho. A estes símbolos o AutoCAD dá o nome de BLOCOS.
Um bloco é composto por uma ou mais entidades que se comportam como se
fossem uma única entidade. Dentro de um arquivo, partes do desenho podem ser
transformadas em blocos, que recebem um nome e podem ser inseridos várias vezes a
qualquer momento no mesmo desenho ou em um outro desenho. Estes blocos podem
sofrer pequenas modificações com relação ao seu tamanho (escala) e a sua rotação.
Arquivos inteiros existentes também podem ser inseridos como blocos.

1.1.Criação de Blocos: o comando Block>Make permite criar um bloco que poderá ser
inserido apenas no desenho em que foi criado.

1
Aula 5 Profs. Paula Viero e Beatriz Lima

Block>Make (Draw)
- Seqüência de execução no Quadro de Diálogo Block Definition:
definir o nome do bloco
indicar o ponto de inserção do bloco (Base point) por suas coordenadas ou
através da opção Pick point, escolhendo no desenho o ponto desejado
selecionar os objetos que farão parte do bloco (Select objects)

Opções da seleção de objetos no Quadro de Diálogo Block Definition (Objects):


• Opção Retain marcada: após o comando Make Block as entidades
selecionadas para formar o bloco permanecem na tela como objetos
individuais.
• Opção Convert to block marcada: após o comando Make Block as
entidades selecionadas para formar o bloco permanecem na tela e são
transformadas num único objeto (bloco).
• Opção Delete marcada: após o comando Make Block as entidades
selecionadas para formar o bloco são eliminadas do desenho
(desaparecem). Se por algum motivo houver a necessidade de restaurar
estas entidades, pode-se usar o comando OOPS . O comando OOPS pode
ser usado também para restaurar um objeto apagado com o comando
Erase.
Para modificar blocos já inseridos deve-se desmembra-lo em suas entidades
originais utilizando-se para isso o comando Explode e repetir a operação de
definição do bloco utilizando o mesmo nome e respondendo YES a pergunta se
deseja redefinir o bloco. Esta operação vai modificar todos os blocos já
inseridos com o nome do bloco modificado.
Para modificar blocos e redefini-los com outro nome, o procedimento é
semelhante ao anterior, deve-se somente dar um outro nome ao bloco.

1.2.Comandos WBlock (Digitar) e Export (File) : permitem criar um bloco que será
armazenado em disco como um arquivo do tipo dwg e que portanto poderá ser inserido
em outros desenhos além daquele onde foi criado.

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Aula 5 Profs. Paula Viero e Beatriz Lima

WBlock
- Preencher o quadro de diálogo Write Block considerando as seguintes opções:

Source:
• Opção Block: quando o arquivo for igual a um bloco já definido; deve-se
escolher o bloco desejado.
• Opção Entire drawing: quando o novo arquivo for igual a todo o desenho.
• Opção Objects: quando apenas algumas entidades do desenho fizerem
parte do novo arquivo. Neste caso deve-se selecionar os objetos de
interesse (Select objects).

Base point: indicar o ponto de inserção do bloco.


Objects: selecionar os objetos que farão parte do arquivo.
Destination: nomear o arquivo e indicar o seu diretório.

Export (File)
- Seqüência de execução:
no Quadro de Diálogo Export Data abrir a lista suspensa Files of Type e
selecionar Block (*.dwg);
definir o nome do arquivo a ser salvo no disco;
na linha de comando digitar:
• o nome do bloco a ser salvo no arquivo (o bloco deve ter sido definido
anteriormente)
• * para selecionar todo o desenho
• Enter para selecionar base point e os objetos do arquivo de trabalho.

1.3. Comando Insert Block: permite inserir blocos (Block) ou arquivos (Files) existentes

Insert Block
- Seqüência de execução: definir nome do bloco ou arquivo, definir o ponto de
inserção, definir escala em X e Y, definir ângulo de rotação.

1.4. Blocos/Layers
Todo o bloco quando inserido passa a fazer parte da layer corrente no momento da
inserção.

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Aula 5 Profs. Paula Viero e Beatriz Lima

As entidades que formam o bloco tem dois comportamentos distintos quando o


bloco é inserido que são função das camadas atribuídas individualmente a estas
entidades:
Entidades do bloco criadas na camada 0: as entidades assumem as
propriedades da layer corrente no momento da inserção, ou seja, todos os
objetos do bloco assumem a mesma layer do bloco que é a layer corrente no
momento da inserção;
Entidades do bloco criadas em camadas diferentes da camada 0: as entidades
mantém as propriedades da camada original independente da corrente no
momento da inserção, ou seja, todos os objetos do bloco mantém a sua layer
original e o bloco assume a layer corrente no momento da inserção.

Em ambos os casos, se o bloco for desmembrado em suas entidades originais,


estas assumirão as layers originais.

2. DESENHOS COM REFERÊNCIA CRUZADA

Arquivos de desenhos podem ser utilizados como referência cruzada (arquivos


Xrefs) de forma semelhante aos blocos. A diferença entre esses arquivos inseridos com
referência cruzada e os que são inseridos com a opção Insert>Block>File é que os
arquivos com referência cruzada não se tornam parte do banco de dados do desenho. Em
vez disso, são carregados junto com o arquivo atual durante a abertura deste. É como se
o AutoCAD estivesse abrindo vários desenhos ao mesmo tempo. Se o arquivo de
referência cruzada for mantido independente do arquivo no qual foi inserido, quaisquer
mudanças feitas à referência cruzada aparecerão automaticamente no arquivo no qual foi
inserida. Uma outra vantagem dos arquivos de referência cruzada é que, por não
fazerem parte do banco de dados do desenho, o tamanho do desenho fica menor.
Os arquivos de referência cruzada são úteis sobretudo em ambientes de grupo de
trabalho, onde várias pessoas trabalham no mesmo projeto. Em trabalhos individuais de
elaboração mais simplificada os Blocos são mais utilizados.

External Reference (Insert): permite inserir arquivos existentes.

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Aula 6 Profs. Paula Viero e Beatriz Lima

TÉCNICAS DE CAD PARA ENGENHARIA CIVIL

AULA 6

1. USO DE DIMENSÕES (COTAS)

2. INCLUSÃO DE TEXTOS NO DESENHO

3. OBTENÇÃO DE ÁREAS EM UM DESENHO

________________________________________________________________________

1. USO DE DIMENSÕES (COTAS)

Com o AutoCAD pode-se facilmente incluir dimensões (ou cotas) exatas em


qualquer desenho. Para isso basta clicar em dois pontos que definam a grandeza a ser
dimensionada e no local onde será posicionada a linha de cota. O AutoCAD apresenta a
capacidade de dimensionamento associativo que atualiza automaticamente dimensões
sempre que o tamanho do desenho ou a forma do desenho cotado é alterado. Os
recursos de dimensionamento podem economizar um tempo valioso além de reduzir o
número de erros de cotagem nos desenhos.
Antes de incluir as dimensões (cotas) em um desenho é necessário que se defina o
Estilo de Dimensões que será utilizado. O recurso de dimensionamento do AutoCAD
possui uma série de definições que permite ao usuário definir o estilo apropriado a cada
desenho; sabe-se que cada tipo de desenho possui um estilo próprio de
dimensionamento:

♦ Desenho mecânico

♦ Desenho arquitetônico

♦ Desenho de estruturas

Além de definir estilos gerais de dimensão, pode-se também criar variações apenas
em cotas específicas que exijam pequenas mudanças na sua aparência.

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Aula 6 Profs. Paula Viero e Beatriz Lima

1.1. Tipos de Cotas

Os tipos de cotas mais utilizados estão associados a dimensões linear, radial e


angular, além da inclusão de notas. A seguir são citados os tipos mais utilizados:

a) Dimensões Lineares: fornecer os pontos que definem a distância a ser


dimensionada. Podem ser:
- Linear (horizontal ou vertical);
- alinhada (Aligned): distâncias lineares não ortogonais;
- linear continuando da última dimensão dada: considera o segundo ponto da
última cota dada como sendo o primeiro da nova cota e coloca a linha de cota
no mesmo alinhamento. Se não houver espaço para escrever a cota, a linha de
cota será deslocada imediatamente abaixo (ou acima) da linha de cota existente
(Continue);
- linear considerando várias dimensões a partir de um ponto de referência comum
(Baseline).

b) Dimensões Radiais: é necessário que seja selecionado um arco ou uma


circunferência. Podem dimensionar o diâmetro ou o raio:
- diâmetro (Diameter);
- raio (Radius);
- marcar o centro de um arco ou circunferência (Center Mark).

c) Dimensão Angular: é necessário que seja selecionado um arco, um


circunferência (dois pontos da circunferência) ou duas linhas.

d) Inclusão de uma Nota com uma Seta: é necessário que se definam o início da
seta e a nota (Leader).

1.2. Definição de um Estilo de Dimensão

Antes de iniciar a definição de um estilo de dimensão é importante relembrar a


nomenclatura utilizada para os elementos de cotagem:

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Aula 6 Profs. Paula Viero e Beatriz Lima

Format>Dimension Style ou Dimension>Style ou D (Digitar): abre o Quadro de Diálogo


Dimension Style Manager que permite a definição de todas as variáveis de
dimensionamento e a criação de um novo estilo que pode ser salvo com o nome
desejado. Todas as variáveis de dimensionamento podem ser definidas também
digitando-se o seu nome e definindo-se o seu novo valor. O nome das variáveis será
apresentado abaixo com cada uma das opções do Quadro de Diálogo.

1.2.1. Definição de um novo estilo de dimensionamento: escolher a opção new, digitar o


nome do novo estilo e continuar na definição das variáveis.

1.2.2. Definição do algumas variáveis de dimensionamento

a) Geometria: opção Lines and Arrows no Quadro de Diálogo.

− Linha de Cota ou Linha de Dimensão (Dimension Lines)

- Opções:
Extend beyond ticks (DIMDLE): define a distância que a linha de cota se
estende além da linha de extensão somente quando for utilizada a
terminação traço oblíquo (Oblique).
Baseline spacing: (DIMDLI): define a distância entre as linhas de cota para o
caso de dimensionamento do tipo Continue ou Baseline.
Suppress (Dim Line 1 ou Dim Line 2): controla a exibição da primeira e da
segunda parte da linha de cota, quando esta for interrompida pela cota.

− Linha de Extensão (Extension Lines)

- Opções:
Extend beyond dim lines (DIMEXE): distância que a linha de extensão se
estende além da linha de cota.
Offset from origin (DIMEXO): distância do ponto cotado até o início da linha
de extensão.
Suppress (Ext Line 1 - DIMSE1 ou Ext Line 2 - DIMSE2): controla a exibição
ou não das linhas de extensão;

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Aula 6 Profs. Paula Viero e Beatriz Lima

− Terminação da Linha de Cota (Arrowheads)

- Opções:
Escolher entre Seta (Closed Filled), Traço Oblíquo (Oblique) ou ponto (Dot),
dependendo do tipo de desenho que se está executando;
Arrow Size: define o tamanho da terminação (seta, traço oblíquo ou ponto).

− Linhas de Centro (Center Marks of Circles)

- Opções:
Type > None, Mark ou Line: desenha o centro da circunferência (cruz) ou as
linhas de centro. Deve-se salientar que as linhas de centro são compostas
por várias linhas, cada traço é uma linha independente.
Size (DIMCEN): define o tamanho da marca de centro ou das linhas de
centro de circunferências e arcos.

b) Localização e Formato da Cota (ou Texto): opção Text no Quadro de Diálogo.

- Opções:
Text Appearance: define estilo e tamanho da letra (DIMTXT)
Text Placement
• Vertical: define se o texto estará acima da linha de cota (Above) ou
interrompendo a linha de cota (Centered).
• Horizontal.
• Offset from dim line (DIMGAP): controla a distância entre o texto e a linha
de dimensão.

ou

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Aula 6 Profs. Paula Viero e Beatriz Lima

Text Alignment: posiciona o texto na horizontal ou alinhado com a linha de


cota.

c) Ajustes: opção Fit no Quadro de Diálogo.

- Opções:
Fit Options: define a posição do texto e das terminações da linha de cota em
relação às linhas de extensão quando não há espaço suficiente para o seu
posicionamento, forçando-as ou não para dentro das linhas de extensão.
Text Placement:
Fine Tuning – 2a opção (DIMTOFL): força a existência de linha de cota entre
as linhas de extensão.

d) Formato da Cota (ou Texto): opção Primary Units no Quadro de Diálogo.

- Opções:
Linear Dimensions: permite definir o sistema de medidas a ser utilizado, a
precisão das unidades (número de casas decimais) e o controle do AutoCAD
sobre os “zeros” em dimensões (opção Zero Suppression):
• Leading : suprime zeros iniciais em uma dimensão decimal;
• Trailing: suprime zeros finais em uma dimensão decimal
Angular Dimensions: semelhante à Linear Dimensions, considerando as
dimensões angulares.

1.3. Aplicar a Dimensão ao Desenho

Dimension
- Opções:

Dimensões Lineares

• Linear
• Aligned
• Baseline
• Continue
Dimensões Radiais

• Diameter
• Radius
• Center Mark
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Angular

Leader

- Seqüência de execução

Linear: definir os limites que determinam a distância a ser dimensionada ou a


entidade a ser dimensionada e a posição da linha de cota. Pode-se optar por
anexar informação ao texto da dimensão (Mtext), mudar o texto completamente
(Text), escrever o texto em ângulo (Angle), definir se a medida a ser cotada é
horizontal ou vertical (Horizontal ou Vertical, respectivamente), ou rotacionar a
cota como um todo (Rotated).

Radial: selecionar o arco ou a circunferência a ser dimensionada e definir a


posição da cota (caso ela não esteja entre as linhas de extensão). As opções
Mtext, Text e Angle são semelhantes a forma descrita acima para as dimensões
lineares.

Angular: selecionar duas linhas, um arco ou dois pontos de uma circunferência


que definam o ângulo a ser dimensionado e definir a posição da linha de cota.
As opções Mtext, Text e Angle são semelhantes a forma descrita acima para as
dimensões lineares.

Leader: definir início (from point), tamanho da linha (to point) e definir o texto.

1.4. Edição de Dimensões

Esta necessidade pode ocorrer em duas situações distintas: modificar


características em todas as dimensões de um mesmo estilo ou modificar variáveis apenas
em dimensões específicas.

1.4.1. Editar todas as dimensões de um mesmo estilo: deve-se modificar as


variáveis desejadas tomando cuidado para que o estilo a ser modificado esteja
selecionado no Quadro de Diálogo Dimension Style Manager. A atualização da
dimensão é automática em todas as dimensões existentes com o estilo modificado.

1.4.2. Editar dimensões específicas: Modify>Properties

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2. INCLUSÃO DE TEXTOS NO DESENHO

O AutoCAD possui várias fontes de texto básicas, sendo default o estilo STANDARD
(fonte TXT). Além das fontes do AutoCAD, estão disponíveis também as fontes do
Windows, porém estas fontes consomem mais memória. A fonte Roman (do Autocad) é a
mais utilizada, pois tem uma aparência aceitável e não consome tanta memória.

2.1. Estilos de Texto

Format>Text Style: permite criar diferentes estilos de texto.

- Seqüência de execução:

• Definir o nome do estilo de texto a ser criado na opção Style Name do Quadro
de Diálogo Text Style
• escolher a fonte de texto (Font Name), o seu estilo (Font Style) e a altura do
texto (Height);
• definir se o texto é de cabeça para baixo ou não (Upside-down);
• definir se o texto é escrito ao contrário ou não (Backwards);
• definir se o texto é vertical ou não (Vertical). Esta opção não está disponível
para fontes TrueType.
• definir o fator de escala na largura (Width Factor);
• definir a inclinação das letras (Oblique Angle);

Após criar um estilo de texto este passa a ser o estilo corrente, ou seja todos os
textos inseridos após a definição de um novo estilo serão neste estilo, a não ser que estas
configurações sejam mudadas na entrada do texto ou modificadas posteriormente.
As fontes TrueType são aquelas que sempre aparecem preenchidas no desenho.
Entretanto, quando plotadas somente aparecerão preenchidas se a variável de controle
do sistema Textfill for definida igual a 1.

2.2. Inclusão de Textos - A inclusão de texto pode ser feita de duas maneiras:

Draw>Text>Multiline Text ou Mtext (digitar)

- Opções (após definir o 1o. vértice da janela de texto):

Height: permite redefinir a altura;

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Justify: permite indicar a forma de posicionamento e ajuste do texto em relação


ao ponto de inserção do texto. O default do AutoCAD é alinhamento à esquerda
partindo do ponto de inserção (first corner);
Line spacing: define o espaçamento das linhas
Rotation: permite definir uma inclinação qualquer para o texto;
Style: permite definir o estilo de texto a ser utilizado. É necessário que o estilo
desejado já tenha sido criado, como visto anteriormente. A opção ? lista todos
os estilos disponíveis e permite a escolha do estilo desejado;
Width: permite redefinir o fator de escala na largura.

- Seqüência de execução:

definir o primeiro vértice da janela do texto (Specify first corner);


escolher uma das opções mostradas acima ou definir o vértice oposto da janela
do texto (Specify opposite corner);
alterar qualquer parâmetro ou digitar o texto desejado no quadro Multiline Text
Editor.

Draw>Text>Single Line Text ou Dtext (digitar)

O comando Dtext permite que seja incluída uma coluna de textos bastando para
isso pressionar Enter no final de cada linha. Pode-se também definir um local diferente
para o texto, basta clicar no local desejado e digitar o texto. Para finalizar este comando é
necessário pressionar duas vezes a tecla Enter. É importante salientar que cada linha de
texto funciona como uma entidade diferente mesmo que várias linhas tenham sido
escritas num único comando.

2.3. Edição de Textos

Modify>Object>Text ou Ddedit (digitar)

• aplicado a um texto criado com o comando Dtext: edita somente o texto em si. Após
a seleção do texto aparece o Quadro de Diálogo Edit Text com o texto a ser
modificado; então digitar o novo texto ou a correção e dar OK. Para encerrar o
comando é necessário pressionar a tecla Enter.
• aplicado a um texto criado com o comando Mtext: edita o texto em si e permite
também alterações das características do texto, como altura do texto, fonte, etc.

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Modify>Properties: além da modificação do texto, permite também a alteração das


características e propriedades do texto, como cor, layer, etc. Somente é possível
modificar um texto de cada vez. Após seleção do texto desejado aparece o Quadro de
Diálogo Properties com todas as suas propriedades.

2.4. Tamanho de Textos (Altura)

O AutoCAD permite que o usuário desenhe em escala completa, representando


assim, distâncias como valores equivalentes ao tamanho real do objeto. Quando o usuário
for plotar o desenho, fornecerá ao AutoCAD a escala desejada, e o programa reduzirá o
desenho de acordo com esta escala. Este recurso cria problemas quando se digita textos
e dimensões, uma vez que eles também serão reduzidos juntos com o desenho. Deve-se
portanto, adotar uma altura de texto que quando reduzida pelo fator de escala seja legível.
A tabela abaixo serve apenas de sugestão de tamanhos de textos em função das escalas
mais usuais; utilizando-se os valores da tabela o tamanho do texto plotado estará entre 2
e 4 mm de altura.

ESCALA ALTURA
1:200 0.4 – 0.8
1:100 0.2 – 0.4
1:50 0.1 – 0.2
1:25 0.05 – 0.1

2.5. Inclusão de Caracteres Especiais

O AutoCAD oferece a capacidade de incluir caracteres especiais no texto. Por


exemplo, pode-se sublinhar um texto, ou incluir o símbolo de grau (°) após um número,
etc. No caso do comando Mtext, estes caracteres já estão disponíveis no quadro Multiline
Text Editor na opção Symbol. No caso do comando Dtext, o usuário precisa usar um sinal
de percentual duplo (%%) em conjunto com um código especial. A seguir é apresentada
uma lista dos códigos especiais que podem ser utilizados.

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Aula 6 Profs. Paula Viero e Beatriz Lima

CÓDIGO CARACTERES ESPECIAIS


%%U Ativa e desativa o sublinhado
%%C Coloca um símbolo de diâmetro (φ)
%%P Coloca um sinal de mais/menos (±)
%%D Coloca um símbolo de grau (°)
%%O Ativa e desativa uma linha sobre o texto
Exemplos:
• %%UDESENHO ⇒ DESENHO
• %%C0.375 ⇒ φ0.375
• %%P0.05 ⇒ ±0.05
• 37%%D ⇒ 37°
__________
• %%ODESENHO ⇒ DESENHO

3. OBTENÇÃO DE ÁREAS EM UM DESENHO

O autoCAD pode fornecer informações instantâneas sobre um desenho, como por


exemplo área e perímetro, coordenadas dos pontos iniciais e finais, etc. A seguir é
mostrado como obter a área e o perímetro.

Tools>Inquiry>Area: permite calcular área e perímetro de uma região limitada por


pontos ou de uma entidade fechada (polilinhas ou círculos).

- Seqüência de execução:

Por pontos: selecionar os vértices em seqüência da região que se deseja obter a


área.
Por entidade: escolher a opção Object e selecionar a entidade.

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TÉCNICAS DE CAD PARA ENGENHARIA CIVIL

AULA 7

1. ALGUNS COMANDOS DE EDIÇÃO

2. INCLUSÃO DE PADRÕES DE HACHURAS NOS DESENHOS

________________________________________________________________________

1. ALGUNS COMANDOS DE EDIÇÃO

Array (Modify): permite arranjar várias cópias de uma entidade ou grupo de entidades
em um padrão retangular (opção Rectangular Array) ou circular (opção Polar Array).

- Opções do Quadro de Diálogo Array

Rectangular Array
• Definir número de linhas (rows);
• Definir número de colunas (columns);
• Definir distância entre linhas (Row offset);
• Definir distância entre colunas (Column offset);
• Definir ângulo (Angle of array);
• Selecionar os objetos.

Polar Array
• Definir ponto central do array (Center point);
• Definir método de construção do array:
→ Número total de itens e ângulo de varredura
→ Número total de itens e ângulo entre os itens
→ Ângulo de varredura e ângulo entre os itens
• Fornecer as informações referentes ao método escolhido;
• Optar por rotacionar ou não o objeto na cópia;
• Selecionar os objetos.

Nota: Para construir um array polar, o AutoCAD determina a distância entre o centro do
array e o ponto de referência (base point) do último objeto selecionado. O ponto usado
depende do tipo de objeto, como é mostrado na tabela seguinte:
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Aula 7 Profs. Paula Viero e Beatriz Lima

Tipo de Objeto Base point default


Arco, círculo, elipse Center point
Polígono, retângulo First corner
Linha, polilinha, 3D polilinnha Ponto inicial
Bloco, Texto Insertion point

Para evitar resultados inesperados quando se está construindo um array polar e não se
deseja rotacionar o objeto, deve-se definir o ponto de referência (base point)
manualmente.

Rotate (Modify): muda a orientação de uma entidade ou grupo de entidades


rotacionando-as no plano XY em torno do eixo Z (indicado por um ponto como
referência).

- Seqüência de execução: selecionar as entidades, indicar o ponto de referência


(base point) e indicar o ângulo de rotação (rotation angle).

Scale (Modify): altera o tamanho total de uma entidade ou grupo de entidades.

- Seqüência de execução: selecionar as entidades, indicar o ponto de referência


(base point) e indicar o fator de escala (scale factor). Fatores de escala entre zero e
um diminuem o desenho, maiores que um aumentam o desenho.

Stretch (Modify): permite a movimentação de objetos (ou que se estique objetos)


preservando as interseções originais. A movimentação se dará por pontos.

- Seqüência de execução: selecionar as entidades usando a opção Crossing (janela


definida da direita para a esquerda), sendo que os vértices fora da seleção se
manterão fixos; indicar o ponto de referência (base point) e indicar o ponto de
destino (second point).

2. INCLUSÃO DE PADRÕES DE HACHURAS NOS DESENHOS

O AutoCAD oferece padrões de hachura que podem ser inseridos sobre uma área do
desenho podendo representar diferentes tipos de materiais (piso frio, concreto, madeira,
etc), regiões especiais, texturas ou ainda a especificação de um corte.

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Aula 7 Profs. Paula Viero e Beatriz Lima

Hatch (Draw): abre o Quadro de Diálogo Boundary Hatch que permite a inclusão de
um padrão de hachura definido em uma determinada área do desenho.

- Opções do Quadro de Diálogo Boundary Hatch :

Quick
• Type (Tipo de hachura): pode-se optar por padrões de hachura predifinidos
pelo AutoCAD (Predefined ) ou usar a opção User defined. Nesta última,
pode-se escolher um padrão simples (somente linhas numa direção) ou
duplo (linhas em direções perpendiculares entre si), marcando-se ou não a
opção Double. Deve-se então especificar o espaçamento entre as linhas da
hachura.
• Pattern (Padrão de hachura): abre o Quadro de Diálogo Hatch Pattern
Pallete e permite a escolha de um dos padrões de hachura predefinidos.
Este padrão será mostrado no quadro Swatch.
• Angle: permite alterar o ângulo dos padrões predefinidos ou do padrão User
defined.
• Scale: permite alterar a escala dos padrões predefinidos.
• Spacing: controla o espaçamento entre as linhas da hachura quando a
opção User defined for escolhida.

Advanced: oferece alguns recursos avançados:


• Island detection style: define o comportamento da hachura quando houver
contornos aninhados;

→ Normal: hachura os contornos de forma alternada;


→ Outer: hachura somente o contorno mais externo;
→ Ignore: hachura o contorno externo inteiro ignorando possíveis contornos
internos.
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Aula 7 Profs. Paula Viero e Beatriz Lima

• Object type: o comando Hatch cria, temporariamente, um objeto de contorno


para estabelecer a área de hachuras, estes contornos são removidos
automaticamente após a hachura ter siso inserida; se a opção Retain
boundaries estiver marcada este contorno será mantido, e deve-se então,
escolher o tipo de objeto (polilinha ou região).
• Boundary Set: a opção default quando se usa Pick Points para definir um
contorno de hachura, é analisar todos os objetos visíveis na janela corrente
(Current viewport). Pode-se redefinir esta análise desde que sejam
selecionados os objetos a partir dos quais se deseja que o AutoCAD
determine o padrão de hachura (New). Esta opção descarta os conjuntos de
contornos definidos anteriormente (numa mesma seleção).
• Island detection method
→ Flood: permite encontrar automaticamente as ilhas dentro da área
selecionada.
→ Ray casting: somente encontra as ilhas se os contornos (pick points) ou
os objetos (select objects) forem selecionados.

Pick Points: define a área a ser hachurada ou a ilha a ser removida, pela
escolha de um ponto interno ao contorno.

Select Objects: define a área a ser hachurada ou a ilha a ser removida, pela
seleção de objetos que definem o contorno.

Remove Islands: permite remover ilhas incluídas em um contorno definido.

View Selection / Preview:: permite a visualização da área hachurada no


desenho para conferir os padrões escolhidos antes da sua aplicação definitiva.

Inherit Properties: permite a selecionar um padrão de hachura a partir do próprio


desenho.
OK: permite a aplicação da hachura escolhida no desenho.

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Aula 7 Profs. Paula Viero e Beatriz Lima

- Seqüência de execução:

escolher o padrão e o estilo de hachura;

definir os contornos a serem hachurados;

visualizar a hachura;

aplicar.

As hachuras podem ser posicionadas com precisão dentro de um determinado


contorno, controlando-se a posição inicial das linhas do padrão de hachura escolhido. Os
padrões de hachura usam a mesma origem do deslocamento do cursor (Snap) que é igual
à origem do desenho. A origem de Snap e, portanto, a origem do padrão hachura, pode
ser mudada usando-se a variável do sistema Snapbase.

Snapbase (Digitar): usar o modificador Osnap Endpoint ou Intersection e clicar no


canto inferior esquerdo da área a ser hachurada.
Depois de aplicada a hachura deve-se redefinir a variável do sistema Snapbase para o
valor original (0,0).

Exercícios:

- Representação de um Cais
- Desenho de uma Chapa de Montagem
- Loteamento

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Aula 8 Profs. Paula Viero e Beatriz Lima

TÉCNICAS DE CAD PARA ENGENHARIA CIVIL

AULA 8

1. EDIÇÃO COM GARRAS (GRIPS)

2. REMOÇÃO SELETIVA DE ELEMENTOS NÃO USADOS

3. PLOTAGEM DE UM DESENHO

________________________________________________________________________

1. EDIÇÃO COM GARRAS (GRIPS)

Sempre que entidades forem selecionadas fora de comandos ela se destacam e


aparecem pequenos quadrados nos pontos característicos das entidades. Estes
quadrados são chamados de garras (Grips) ou cantoneiras. As garras podem ser usadas
para fazer mudanças diretas na forma do objeto, ou para movê-los ou copiá-los
rapidamente. O recurso Grips oferece um conjunto de Comandos de Edição que não
estão de acordo com a rotina fixa vista até agora, onde primeiro era dado um comando e
depois era feita a seleção da entidade a ser editada.

Quando uma das garras é selecionada com um clique, ela passa a ter uma cor
sólida, sendo conhecida como garra de ativação (Hot Grip) ou cantoneira ativa, ou seja, a
entidade passa a ser editável dentro de um grupo pequeno de comandos.

É possível executar as seguintes edições:

Stretch: é emitido simplesmente pelo clique em uma das garras da extremidade;

Copy (cópias múltiplas): deve-se digitar “C”;

Move: pressionar a barra de espaços ou clicar na garra do meio do objeto;

Rotate, Scale e Mirror: são ativados pressionando-se a barra de espaços.

Pode-se ainda mudar o ponto de base (Base point) e desfazer ações (Undo).

Após ter completado qualquer operação com garras, os objetos ainda permanecem
destacados com suas garras ativas. Para apagar a seleção de garra, pressione ESC duas
vezes.

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2. REMOÇÃO SELETIVA DE ELEMENTOS NÃO USADOS

Durante a execução de um desenho muitos elementos são criados (camadas,


blocos) ou disponibilizados (tipos de linha, estilos de texto). Muitas vezes estes elementos
não são utilizados ou são apagados, como por exemplos os blocos. Mesmo assim, eles
permanecem no banco de dados do arquivo do desenho, aumentando o tamanho do
arquivo e o tempo necessário para abri-lo. O comando PURGE é utilizado para remoção
destes elementos diminuindo o tamanho do arquivo expressivamente.

Purge (File>Drawing Utilities) ou Digitar: permite a remoção de elementos não


utilizados como blocos, camadas, tipos de linha e estilos de texto.

3. PLOTAGEM DE UM DESENHO

Obter uma saída impressa no AutoCAD exige uma enorme familiaridade com o
dispositivo de saída (impressora ou plotadora) e com as opções disponíveis no AutoCAD.
Apresentaremos algumas opções disponíveis para a plotagem, ficando a critério de cada
um descobrir detalhes e ajustar o modo como o AutoCAD trabalha com o dispositivo de
saída escolhido.

Plot (File): abre o Quadro de Diálogo Plot

- Opções dentro do quadro Plot Device:

Seleção de um dispositivo de saída: opção Plotter configuration.


Os dispositivos de saída devem ser especificados na configuração do AutoCAD,
sendo possível configurar várias impressoras e plotadoras.

Especificação de dispositivos de saída: File>Plotter manager

Escolher o dispositivo de saída desejado.

Ajuste de Parâmetros de Pena: opção Plot style table.


Esta opção permite combinar as espessuras de pena da plotadora com as
cores do desenho. Assim é possível; que as regras do Desenho Técnico,
relacionadas à diferença na espessura das linhas, de acordo com o que
representam, sejam respeitadas.

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Aula 8 Profs. Paula Viero e Beatriz Lima

Plotagem em arquivo: opção Plot to file.


Essa opção permite que a saída seja direcionada para um arquivo em disco e
seja plotada posteriormente. Após escolher a opção Plot to file deve-se definir o
nome do arquivo de impressão (File name), que terá extensão PLT.

- Opções dentro do quadro Plot Settings:

Seleção do tamanho de papel e unidade de medida padrão: são escolhidos


no quadro Paper Size and paper units.
A unidade de medida escolhida (inches ou mm) será usada na especificação do
tamanho da folha de papel. O tamanho de papel deve ser escolhido em função
do tamanho real do desenho e da escala de redução adotada para plotagem.
Dependendo do equipamento de impressão escolhido, nem toda a área do
papel será utilizada. É como se houvesse margens embutidas além das quais a
plotadora (ou impressora) não desenha, são chamados de limites de hard clip.
Estes limites variam de uma plotadora para outra e devem ser levados em
consideração ao desenhar as bordas do desenho (margens) e ao posicionar o
desenho no papel.

Seleção da orientação do papel: escolhida na opção Drawing orientation

Determinação do que será impresso: na opção Plot area é possível


especificar qual parte do desenho será plotada.

• Limits: imprime o desenho tendo como referência a definição do tamanho


deste por meio do comando Limits.

• Display: o que aparece na tela no momento do comando Plot será


efetivamente plotado.

• Extends: gera o desenho inteiro para plotagem. Esta opção pode gerar
resultados inesperados, uma vez que quando um desenho muda de
tamanho o AutoCAD quase sempre precisa recalcular o seu tamanho duas
vezes, realizando duas regenerações para mostrar as suas extensões. Ao
plotar o AutoCAD não realiza a segunda regeneração, e pode não mostrar a
extensão total do desenho. Deve-se portanto, evitar esta opção.

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Aula 8 Profs. Paula Viero e Beatriz Lima

• View: imprime uma vista pré-definida e arquivada no banco de dados interno


do Autocad.

• Window: permite que seja indicado uma área do desenho a ser plotada.

Controle da escala: na opção Plot scale


A escala deve ser escolhida em função do tamanho real do desenho e do
tamanho do papel onde este será plotado.
• Definição da escala: a especificação da escala é feita através da relação
entre milímetros plotados (mm) e unidades de desenho (drawing units).

Ex.: Considerando-se:
-1 unidade do desenho = 1 m
- Escala de plotagem = 1:100
Deve-se adotar:
10 mm = 1 drawing units

Controle da origem do desenho no papel: é definida no quadro Plot offset.

Controle de outras opções de plotagem: definidas no quadro Plot options


• Plot with Lineweights: especifica se serão plotados os pesos dados aos
objetos e camadas.
• Plot with Plot Styles: especifica se serão plotados os estilos aplicados aos
objetos e camadas.
• Plot Paperspace Last: plota o model space primeiro.
• Hide Objects: plota o desenho do Model Space com as linha invisíveis
removidas. No Paper Space este controle é feito selecionando-se a borda
da Viewport e escolhendo-se a opção Hide Plot no quadro Properties .

- Visualização da impressão

Full Preview: mostra o desenho como este aparecerá quando plotado.

Partial Preview: mostra rapidamente a área efetiva de plotagem em relação ao


tamanho do papel. Esta opção também fornece avisos de problemas que
poderão ocorrer na plotagem, como por exemplo, que a área a ser plotada é
maior do que a área disponível para plotagem no papel definido.

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Aula 9 Profs. Paula Viero e Beatriz Lima

TÉCNICAS DE CAD PARA ENGENHARIA CIVIL

AULA 9

1. MODELAGEM 3D

2. ESTRUTURAS DE REPRESENTAÇÃO 3D

3. MODELAGEM DE SUPERFÍCIE

4. VISUALIZAÇÃO DE UM DESENHO 3D

5. OBJETOS 2D PERFILADOS

6. SUPERFÍCIE 3D DEFINIDA POR 4 VÉRTICES

7. EXIBIÇÃO DE UM MODELO 3D

________________________________________________________________________

1. MODELAGEM 3D

A representação de um objeto em três dimensões apresenta várias vantagens, como


por exemplo:
- entender a verdadeira forma do objeto, possibilitando uma melhor comunicação de
idéias;
- obter desenhos 2D a partir de modelos 3D;
- visualizar um mesmo modelo de diferentes pontos de vista.

2. ESTRUTURAS DE REPRESENTAÇÃO 3D

Pode-se agrupar os esquemas de representação em basicamente 3 tipos, de acordo


com o tipo de modelo que representam:
- modelos de aresta (wireframe): o modelo contém apenas arestas;
- modelos de superfície: o modelo é formado apenas por superfícies, que podem ser
abertas ou fechadas;
- modelos sólidos: o modelo é formado por sólidos.

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Aula 9 Profs. Paula Viero e Beatriz Lima

3. MODELAGEM DE SUPERFÍCIE

Existem várias maneiras de se criar superfícies tridimensionais no AutoCAD:

- perfilar objetos bidimensionais (elevação e espessura a objetos 2D);

- usar formatos de superfícies 3D predefinidos (primitivas básicas);

- usar a geração por varredura (translacional ou rotacional);

- usar superfícies regradas;

- usar malhas (superfícies definidas por bordas ou por vértices).

4. VISUALIZAÇÃO DE UM DESENHO 3D

Normalmente a exibição de um desenho é perpendicular à direção de observação, ou


seja a área de desenho da tela do computador é coincidente com a superfície do
desenho. Sendo assim, quando se desenha um objeto tridimensional a terceira dimensão
não aparece, pois ela está na mesma direção que a direção de observação (perpendicular
à superfície do desenho). Para visualizar a terceira dimensão de um desenho 3D é
necessário olhar o desenho sob um ângulo diferente, alternando-se, portanto, o ponto de
onde o modelo está sendo visualizado. Isto é feito através dos comandos da opção 3D
Viewpoint (View).

3D Views (View).permite modificar a posição do observador, ou seja, alterar o ângulo


de visão ou o ponto de onde o modelo está sendo visualizado. Esta mudança pode ser
feita de várias maneiras distintas:
Viewpoint Presets: esta opção abre um Quadro de Diálogo e a posição do
observador é definida indicando-se dois ângulos: ângulo no plano XY a partir do
eixo X (from X Axis) e ângulo a partir do plano XY (XY Plane). A figura a seguir
mostra a quadro de diálogo e ilustra os ângulos de visão e o que representam.

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Aula 9 Profs. Paula Viero e Beatriz Lima

Viewpoint (digitar vpoint): esta opção permite informar a posição do observador de


três maneiras distintas:
• Digitando-se as coordenadas de um vetor x, y, z que indicam a direção de
observação em relação ao desenho. A posição do observador é referida a
origem de um tripé de coordenadas que não é a origem real do desenho,
conforme pode ser observado na figura a seguir.

• Rotate (somente quando digita-se o atalho vpoint): esta opção é semelhante à


opção Viewpoint Presets, sendo que os ângulos são informados diretamente
através do teclado.
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Aula 9 Profs. Paula Viero e Beatriz Lima

• nesta opção aparecem o tripé de coordenadas, um alvo e um cursor (mira). O


ponto de vista em relação ao desenho é definido pela posição do cursor (mira)
em relação ao centro do alvo. Pode-se imaginar o alvo como sendo uma
exibição esquemática do desenho, com o cursor sendo a posição do observador
em relação ao plano, conforme ilustra a figura abaixo.

As seis vistas ortográficas principais: superior, inferior, esquerda, direita, frontal


e posterior.

Vistas Isométricas diferentes de acordo com as Vistas Ortogonais, SW, SE, NW


e NE

5. OBJETOS 2D PERFILADOS

Uma das maneiras de se criar superfícies tridimensionais no AutoCAD é atribuir


elevação e espessura a objetos bidimensionais, sendo que ambas estarão sempre na
direção do eixo Z. Para Z=0, o desenho está no plano XY; quando atribuímos uma
determinada elevação a superfície do desenho está acima (Z>0) ou abaixo (Z<0) do plano
XY; a espessura segue o mesmo critério. A figura a seguir ilustra dois objetos idênticos
com diferentes elevações.

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Aula 9 Profs. Paula Viero e Beatriz Lima

A elevação e a espessura podem ser definidos inicialmente antes de começar um


desenho ou pode-se modificar estas propriedades em um desenho já feito (2D ou 3D).

5.1 Definição de elevação/espessura antes de começar um desenho

Format>Thickness: permite a definição de uma nova espessura (Thickness);

Elev (digitar): permite a definição de uma nova elevação (elevation) e espessura


(thickness).

5.2 Modificação de elevação/espessura

Elevação: a modificação da elevação é feita através da opção Properties (Modify)


alterando-se a coordenada z dos objetos ou do comando Move (Modify);

Espessura: a modificação da espessura é feita através da opção Properties


(Modify), escolhendo-se a nova espessura na opção Thickness do Quadro de
Diálogo; se houver objetos com diferentes espessuras, deve-se modificar um de
cada vez.
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Aula 9 Profs. Paula Viero e Beatriz Lima

6. SUPERFÍCIE 3D DEFINIDA POR 4 VÉRTICES

Pode-se produzir uma superfícies 3D definindo-se cada canto por suas coordenadas x,
y ,z através do comando 3Dface.

3DFace (Draw/Surfaces): desenha uma superfície a partir da definição dos seus


quatro vértices em seqüência. O comando permite a definição de várias superfícies
que sejam adjacentes, uma vez que utiliza os dois últimos vértices da primeira
superfície como os dois primeiros da superfície seguinte.
O comando 3DFace cria arestas unindo os vértices que definem a superfície. A opção
default é que estas arestas sejam visíveis; para torná-las invisíveis deve-se digitar a
letra I (invisível) antes do primeiro vértice que define a aresta.
Pode-se também alterar a visibilidade das arestas modificando-se as propriedades dos
objetos (Modify>properties>edge).

7. EXIBIÇÃO DE UM MODELO 3D

Apesar de estarmos usando a modelagem de superfície, o modelo aparece como uma


exibição de fios, mostrando as linhas que representam a interseção das superfícies. Para
se ter uma idéia clara do modelo 3D sob determinado ponto de vista, pode-se retirar as
linhas ocultas ou definir as superfícies. O AutoCAD oferece três comandos de exibição
que facilitam a visualização do modelo 3D: Hide, Shade e Render.

Hide (View): mostra o desenho com as linhas ocultas removidas. Hide é uma opção de
plotagem.

Shade (View): causa impressão de solidez na imagem, atribuindo cor à superfície com
igual iluminação; não é opção de plotagem, mas pode ser armazenado para ser
impresso através de outro programa.

Render (View/Render): semelhante ao comando Shade, porém oferece ferramentas de


produção artística como por exemplo, adicionar materiais (opção
View/Render/Materials), controlar a iluminação (opção View/Render/Lights ou ) e até
mesmo incluir cenas de fundo (opção View/Render/Background), panoramas e
pessoas (opção View/Render/Landscape New) nos desenhos, para gerar imagens
artísticas estáticas do modelo.

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Aula 10 Profs. Paula Viero e Beatriz Lima

TÉCNICAS DE CAD PARA ENGENHARIA CIVIL

AULA 10

1. OBJETOS 3D PADRONIZADOS

2. GERAÇÃO DE SUPERFÍCIES POR VARREDURA

3. SUPERFÍCIES REGRADAS

4. MALHAS

________________________________________________________________________

1. OBJETOS 3D PADRONIZADOS

O AutoCAD oferece um recurso chamado Instanciação. A técnica da Instanciação


de primitivos disponibiliza representações de objetos padronizados que são
parametrizados de forma que se pode escolher suas dimensões básicas. Os modelos são
criados de acordo com a modelagem de superfície, portanto, contendo faces.

Ativando o menu Draw>Surfaces>3D Surfaces aparece o quadro de diálogo 3D


Objects onde pode-se escolher um objeto 3D de um conjunto de primitivos básicos:
Box3D, Pyramid, Wedge (cunha), Dome, Sphere, Cone, Torus, etc

2. GERAÇÃO DE SUPERFÍCIES POR VARREDURA

A geração por varredura consiste em definir-se uma superfície 3D pelo


deslocamento de uma forma bidimensional no espaço (geratriz). Todos os pontos do
espaço ocupados em cada instante pela geratriz serão parte da superfície assim criada.

A geração de modelos 3D por varredura tem, basicamente, dois tipos: a varredura


translacional e a varredura rotacional.

2.1. Varredura Translacional

Na varredura translacional , um objeto geratriz, que pode ser uma linha aberta ou
fechada (linha, polilinha, arco ou circunferência) é translada linearmente. A superfície
resultante é aberta nas extremidades.

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Aula 10 Profs. Paula Viero e Beatriz Lima

A varredura translacional é equivalente ao processo industrial de extrusão no qual


um material, geralmente tornado maleável através de aquecimento, é forçado através de
um orifício no formato do perfil que se deseja produzir. Assim, as superfícies obtidas por
varredura translacional são chamadas de superfícies extrudadas.

Tabulated Surface (Draw>Surfaces) ou Tabsurf (digitar): gera uma superfície 3D a


partir de uma entidade geratriz e de um vetor direção.

• Seqüência de execução: antes de ativar o comando é necessário que se desenhe a


curva geratriz da superfície e uma linha (vetor direção) que indicará a direção e o
comprimento da extrusão, sendo que ambos não fazem parte da superfície, podendo
ser apagados após a geração desta.
− Selecionar a curva geratriz (Select object for path curve): pode ser uma linha, um
arco, uma circunferência ou uma polilinha;
− Selecionar o vetor de direção da extrusão (Select object for direction vector): é
importante prestar atenção ao indicar-se o vetor de direção da extrusão, uma vez
que o ponto onde este é selecionado define o sentido da extrusão (se o ponto
selecionado estiver próximo da curva geratriz, a extrusão será no sentido do
vetor; se estive afastado será no sentido contrário).

A superfície gerada pelo comando Tabsurf é uma malha com divisões em uma
direção e a densidade desta malha é definida pela variável Surftab1.

Surftab1 (digitar): variável do sistema que controla a densidade da malha, ou seja,


determina o número de divisões em que será discretizada a curva geratriz. Esta
variável deve ser definida antes de ser gerada a superfície. Polilinhas retas são
sempre extrudadas com uma divisão por segmento reto.

2.2. Varredura Rotacional

Na geração por varredura rotacional , um objeto geratriz, que pode ser uma linha
aberta ou fechada (linha, polilinha, arco ou circunferência) é rotacionado em torno de um
eixo conveniente. Este tipo de varredura também é chamado de revolução.

A varredura translacional é equivalente ao processo industrial de torneamento.

Revolved Surface (Draw>Surfaces) ou Revsurf (digitar): gera uma superfície de


revolução a partir de uma entidade geratriz e de um eixo de revolução.

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Aula 10 Profs. Paula Viero e Beatriz Lima

• Seqüência de execução: antes de ativar o comando é necessário que se desenhe a


curva geratriz da superfície e uma linha que será o eixo de revolução.
− Selecionar a curva geratriz (Select object to revolve): pode ser uma linha, um
arco, uma circunferência ou uma polilinha;
− Selecionar o eixo de revolução (Select object that defines the axis of revolution): é
importante prestar atenção ao indicar-se o eixo de revolução, uma vez que o
ponto onde este é selecionado define o sentido da rotação;
− Indicar o ângulo inicial medido a partir do eixo X/plano XY (Specify start angle);
− Indicar o ângulo de varredura (Specify included angle): positivo - sentido horário.

A superfície gerada pelo comando Revsurf é uma malha com divisões nas duas
direções e a densidade desta malha é definida pelas variáveis Surftab1 e Surftab2.

Surftab1 (digitar): variável do sistema que controla a densidade da malha no sentido


da rotação.

Surftab2 (digitar): variável que determina o número de divisões em que será


discretizada a curva geratriz. Polilinhas retas são sempre discretizadas com uma
divisão por segmento reto.

3. SUPERFÍCIES REGRADAS

As chamadas superfícies regradas são construídas partindo-se de duas curvas


(linhas, polilinhas abertas ou arcos) entre as quais é construída a superfície.

Ruled Surface (Draw>Surfaces) ou Rulesurf (digitar): gera uma superfície 3D a partir


de duas entidades.

• Seqüência de execução: antes de ativar o comando é necessário que se desenhe as


duas curvas que darão origem a superfície.
− Selecionar a primeira curva (Select first defining curve): pode ser uma linha, um
arco, ou uma polilinha aberta;
− Selecionar a segunda curva (Select second defining curve): pode ser uma linha,
um arco, ou uma polilinha aberta.

Ao selecionar as curvas, as extremidades mais próximas dos pontos de seleção


serão conectadas para formar a superfície. A seleção incorreta pode gerar uma superfície
“torcida”.
3
Aula 10 Profs. Paula Viero e Beatriz Lima

A superfície gerada pelo comando Rulesurf é uma malha com divisões em uma
direção e a densidade desta malha é definida pela variável Surftab1.

4. MALHAS

O tipo mais genérico de superfície é a malha. Este tipo de superfície pode ser
gerada a partir das suas bordas ou a partir da definição dos seus vértices.

4.1. Malhas definidas por vértices

3DFace (Draw>Surfaces): pede a definição dos quatro vértices da superfície e cria


uma malha com uma única divisão (ver aula 09); gera uma superfície plana.

Mesh (Draw>Surfaces>3D Surfaces): pede a definição dos quatro vértices da


superfície e o número de vértices da malha nas duas direções (mesh size in the M
direction e mesh size in the N direction).

3DMesh (Draw>Surfaces): pede o número de vértices da malha nas duas direções


(size of mesh in M direction e size of mesh in N direction) e a definição das
coordenadas de cada um dos vértices da malha.

4.2. Malhas definidas por bordas

Edge Surface (Draw>Surfaces) ou Edgesurf (digitar): gera a superfície a partir de 2


pares de curvas, entre os quais é interpolada a superfície poligonal.

Devem ser selecionadas 4 curvas (linha, polilinha ou arco). A interpolação será


feita entre a 1a e 3a e entre 2a e a 4a curvas. É imprescindível que as 4 curvas estejam
conectadas.

A superfície gerada pelo comando Edgesurf é uma malha com divisões nas duas
direções e a densidade desta malha é definida pelas variáveis Surftab1 e Surftab2 que
controlam respectivamente a discretização nas direções da 1a e 2a curvas.

Observação Importante: o comando Edge (Draw>Surfaces) permite transformar


uma borda visível da superfície construída com o comando 3D Surfaces (Draw>Surfaces)
em uma invisível; basta selecionar a borda da face 3D que deverá ficar invisível.

4
Aula 11 Profs. Paula Viero e Beatriz Lima

TÉCNICAS DE CAD PARA ENGENHARIA CIVIL

AULA 11

1. SISTEMA DE COORDENADAS DO USUÁRIO

1.1. Visualização do Sistema de Coordenadas Corrente

1.2. Controle da posição e da visibilidade do ícone UCS

1.3. Criação e/ou alteração do Sistema de Coordenadas do Usuário (UCS)

2. USO DE JANELAS DE EXIBIÇÃO (Viewports)

________________________________________________________________________

1. SISTEMA DE COORDENADAS DO USUÁRIO

O AutoCAD trabalha com dois sistemas de coordenadas, o WCS e o UCS. O


sistema WCS, World Coordinate System, é o sistema com o qual estamos acostumados a
trabalhar. A direção dos eixos X e Y é indicada no ícone localizado no canto inferior
esquerdo da tela padrão.

O UCS, User Coordinate System, é o sistema do usuário em que os eixos X, Y e Z


podem assumir qualquer direção, desde que sempre unidos, formando um ângulo reto
(90o) entre si, e respeitando a regra da mão direita.

O UCS é criado no WCS e poderá ter qualquer origem. É um Sistema de


Coordenadas do Usuário que o permite definir diferentes planos de trabalho (XY) de
acordo com a necessidade do desenho. É possível empregar vários UCS’s num
determinado desenho.

1.1. Visualização do Sistema de Coordenadas Corrente

O ícone do UCS ajuda a visualizar como estão posicionados os eixos no Sistema


de Coordenadas Corrente. A seguir são mostrados os ícones dos UCS’s que podem
aparecer na janela de visualização com o respectivo significado, considerando-se o estilo
de ícone 3D (View>Display>UCS Icon>Properties – UCS icon style):

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Aula 11 Profs. Paula Viero e Beatriz Lima

ou O quadrado na base do ícone do UCS indica que o sistema que


está sendo utilizado é o WCS; se o quadrado não aparecer o
sistema é o UCS;

ou O sinal “+” localizado na base indica que o ícone do UCS está


localizado na origem do sistema de coordenadas (WCS ou
UCS);

Quando o sistema de coordenadas utilizado estiver sendo visto de cima, os


eixos X e Y estarão unidos dentro do quadrado da base;

Quando o sistema de coordenadas utilizado estiver sendo visto de baixo, os


eixos X e Y não estarão unidos dentro do quadrado da base;

O círculo na base do ícone indica que o plano de trabalho (plano XY) está
perpendicular à janela de visualização, não sendo recomendado realizar
qualquer edição;

Sistema de coordenadas em posição 3D visualizado de cima;

Sistema de coordenadas em posição 3D visualizado de baixo;

1.2. Controle da posição e da visibilidade do ícone UCS

A posição em que o ícone do UCS deve aparecer e o controle da sua visibilidade é


realizado através do comando UCSICON.
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Aula 11 Profs. Paula Viero e Beatriz Lima

UCS Icon (View>Display) ou UCSICON (digitar).

− Opções:

ON: controla se o ícone do UCS será exibido ou não; se a opção estiver


marcada o ícone é mostrado;

OFF: esta opção somente aparece se o comando UCSICON for digitado; é


equivalente à opção ON não estar marcada e o ícone é dasativado;

Origin: determina a posição onde aparece o ícone do UCS: na origem do


sistema de coordenadas corrente (se a opção estiver marcada) ou no canto
inferior esquerdo da tela (quando a opção não estiver marcada);

Noorigin: esta opção somente aparece se o comando UCSICON for digitado; é


equivalente à opção Origin não estar marcada e determina que o ícone do UCS
seja posicionado no canto inferior esquerdo da tela, independente da origem do
sistema de coordenadas;

All: determina que as alterações sejam adotadas em todas as janelas de


visualização que estiverem ativas; esta opção aparece somente quando o
comando for digitado através da linha de comando.

1.3. Criação e alteração do Sistema de Coordenadas do Usuário (UCS)

O comando UCS permite criar e alterar o Sistema de Coordenadas do Usuário.

New UCS (Tool) ou UCS (digitar).

− Opções:

World: é a opção default do comando quando este for digitado; deixa como
corrente o WCS (Sistema Global de Coordenadas);

Object: muda o UCS tomando como base um objeto selecionado; cada tipo de
objeto determina uma posição para os eixos do novo sistema de coordenadas.
As únicas entidades da modelagem de superfície que servem como referência
para definição de um UCS são os objetos 2D perfilados e a superfície 3D
(3dface). A seguir é mostrado como algumas entidades determinam a
orientação de um UCS:

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Aula 11 Profs. Paula Viero e Beatriz Lima

• Arco: a origem será localizada no centro do arco e a direção positiva do eixo


X será definida pelo ponto de seleção do arco: estará na direção do ponto
inicial ou final do arco se o ponto de seleção estiver mais próximo do início
ou do fim do arco;
• Círculo: o centro do círculo estabelece a origem do UCS e o ponto de
seleção define a direção positiva do eixo X;
• Linha: o ponto extremo mais próximo da seleção define a origem do UCS e a
direção positiva do eixo X coincidirá com a linha;
• Face 3D: o primeiro ponto da face estabelece a origem, o primeiro e o
segundo ponto estabelecem a direção do eixo X; o plano definido pela face
determina a orientação do UCS.

Face: muda o UCS tomando como base uma das face de um objeto sólido
selecionado;

View: cria um UCS paralelo à vista corrente, ou seja, paralelo à tela;

Origin: permite definir a origem para um novo UCS, que será paralelo ao UCS
atual (muda a origem, mas a direção dos eixos não é alterada); pode ser
definida marcando-se um ponto na janela de visualização corrente ou digitando-
se as coordenadas;

Z Axis Vector: .permite criar um novo UCS definindo-se a nova origem e a


direção do eixo Z; tanto a origem quanto o sentido positivo do eixo Z podem ser
determinados por meio de coordenadas ou marcando-se um ponto na janela de
visualização corrente;

3 Point: determina um novo UCS com base na localização de três pontos: o


ponto de origem, a direção positiva do eixo X e a direção positiva do eixo Y;
deve-se lembrar que o ângulo entre os eixos é sempre 90o.

X / Y / Z: possibilita a rotação do sistema de coordenadas em torno do eixo


especificado (é como se o usuário segurasse o eixo selecionado e os outros
fossem rotacionados);

Apply: permite escolher as janelas de visualização (viewports) que terão


determinado UCS aplicado.

4
Aula 11 Profs. Paula Viero e Beatriz Lima

Algumas opções do comando UCS aparecem somente quando este for digitado:

Prev: restaura o último UCS ativo;

Restore: permite recuperar um UCS salvo anteriormente com a opção Save;

Save: possibilita ao usuário salvar o UCS corrente;

Del: apaga da memória UCS’s salvos anteriormente;

? : o ponto de interrogação lista todos os UCS’s salvos e fornece suas


respectivas origens e posições dos eixos X, Y e Z em relação ao sistema de
coordenadas corrente.

Orthographic UCS (Tools): permite escolher uma das vistas ortográficas principais
para definir o novo UCS (Top/Bottom/Front/BAck/Left/Right). Este comando aparece
como opção do comando UCS quando este é digitado.

2. USO DE JANELAS DE EXIBIÇÃO (Viewports)

As janelas de exibição auxiliam na criação e edição de um desenho 3D, pois


apresentam ao usuário diferentes exibições do desenho ao mesmo tempo.

New Viewports (View>Viewports): permite que a tela seja dividida em até quatro
janelas de visualização (viewports) dispostas conforme opções que aparecem na
Quadro de Diálogo Viewportst.

As janelas de exibição assim criadas não podem ser plotadas, elas simplesmente
auxiliam a criação/edição do desenho.

Janela de Exibição Ativa: para tornar uma janela de exibição ativa basta “clicar” no seu
interior; a borda da janela ativa fica destacada e o cursor aparece no seu interior.

Em cada uma das viewports criadas aparece um ícone de UCS e todas elas podem
mostrar a mesma imagem ou não, dependendo da definição feita no quadro de diálogo
Viewports. Pode-se mudar posteriormente, a exibição de cada viewport, tornando cada
janela ativa e mudando o ponto de vista do observador (comando Vpoint) em cada uma
delas.

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Aula 12 Profs. Paula Viero e Beatriz Lima

TÉCNICAS DE CAD PARA ENGENHARIA CIVIL

AULA 12

1. MODELAGEM SÓLIDA

2. FORMAS BÁSICAS DE OBJETOS 3D SÓLIDOS

3. OPERAÇÕES BOOLEANAS

4. GERAÇÃO DE SÓLIDOS POR VARREDURA

4.1. Varredura Translacional

4.2. Varredura Rotacional

5. EDIÇÃO DE MODELOS SÓLIDOS

________________________________________________________________________

1. MODELAGEM SÓLIDA

Existem basicamente duas maneiras de se criar modelos sólidos no AutoCAD:

- usar formatos de objetos 3D predefinidos (primitivos básicas);


- usar a geração por varredura (translacional ou rotacional).

A forma final do objeto 3D é obtida pela combinação (operações booleanas) das


formas básicas e daquelas obtidas por varredura, obtendo-se assim, um sólido composto.
Além disso é possível realizar algumas modificações nos modelos sólidos, como por
exemplo, criar chanfros ou arestas arredondadas.

2. FORMAS BÁSICAS DE OBJETOS 3D SÓLIDOS

Assim como na modelagem de superfície, o AutoCAD oferece ao usuário um conjunto


de formas 3D sólidas que na modelagem sólida são relevantes para construção de
qualquer modelo. A construção de objetos sólidos básicos é feita através dos seguintes
comandos:

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Aula 12 Profs. Paula Viero e Beatriz Lima

Box (Draw>Solids ou digitar): desenha uma paralelepípedo.

- Opções:
Corner of box ou Center: determina o primeiro ponto da base do paralelepípedo
como sendo um dos vértices da diagonal da base ou o centro da base (CG)c;
depois opta-se por construí-lo:
• opção Cube: 3 lados iguais especificando-se o comprimento do lado
(Length);
• opção Length: defini-se a dimensão na direção X (Length), na direção Y
(Width) e na direção Z (Height);
• definindo-se um vértice da base (se a opção inicial for Center) ou o outro
vértice da diagonal da base (se a opção inicial for Corner of box) e
especificando-se a altura.

Cone e Cylinder (Draw>Solids ou digitar): desenha um cone e um cilindro


respectivamente.

- Opções:
Elliptical: determina que a base é uma elipse e pede a seguir a definição desta
elipse;
Center point: assume que a base é uma circunferência e pede o diâmetro ou
raio;
Defini-se a altura (Height) ou um ponto na extremidade oposta a base: o centro
da face oposta (cilindro) ou o cume (cone).

Wedge (Draw>Solids ou digitar): desenha uma cunha.

- Opções:
First corner of wedge ou Center: determina o primeiro ponto da base da cunha
como sendo um dos vértices da diagonal da base ou o centro da base (CG);
depois opta-se por construí-lo:
• opção Cube: 3 lados iguais especificando-se o comprimento do lado
(Length);
• opção Length: defini-se a dimensão na direção X (Length), na direção Y
(Width) e na direção Z (Height);

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Aula 12 Profs. Paula Viero e Beatriz Lima

• definindo-se um vértice da base (se a opção inicial for Center) ou o outro


vértice da diagonal da base (se a opção inicial for Corner of box) e
especificando-se a altura.

Pode-se ainda construir um esfera (Sphere) ou um Torus.

3. OPERAÇÕES BOOLEANAS

Pode-se construir modelos sólidos complexos através da combinação de primitivos


básicos por operações booleanas. As operações booleanas utilizadas são:

União (Modify> Solids Editing>Union)): junta objetos sólidos de modo que atuem como
um único objeto 3D. A quantidade de sólidos selecionadas é indiferente, porém eles
devem ter uma área ou volume em comum para que possa haver a união.

Subtração (Modify>Solids Editing>Subtract): usa um objeto para recortar a forma de


um outro.

− Seqüência de execução:
selecionar o objeto prioritário, ou seja, aquele do qual os outros serão
subtraídos finalizando esta seleção com Enter;
selecionar os objetos que serão retirados do objeto previamente selecionado.

Interseção (Modify> Solids Editing>Intersect): usa apenas a região de interseção de


dois objeto para definir uma forma sólida.

4. GERAÇÃO DE SÓLIDOS POR VARREDURA

A geração por varredura consiste em definir-se um sólido 3D pelo deslocamento de


objetos 2D no espaço. Estes objetos 2D podem ser polilinhas (fechadas), elipses e
círculos.

A geração de modelos sólidos 3D por varredura tem, basicamente, dois tipos: a


varredura translacional (extrusão) e a varredura rotacional (revolução).

4.1. Varredura Translacional

A varredura translacional é feita através do comando Extrude.

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Aula 12 Profs. Paula Viero e Beatriz Lima

Extrude (Draw>Solids ou digitar): gera um sólido 3D a partir da extrusão de objetos


planos sendo fornecidas a altura final do objeto e o ângulo em que a extrusão será
realizada ou o caminho (Path) que o objeto 2D deve percorrer (deve-se selecionar um
objeto – linha ou polilinha 3D).

4.2. Varredura Rotacional

A varredura rotacional é feita através do comando Revolve.

Revolve (Draw>Solids ou digitar): gera um sólido 3D a partir da revolução de objetos


planos ao redor de um eixo que pode ser uma entidade visível na tela (Object), um dos
eixos ortogonais (X ou Y) ou ser definido através de dois pontos. A revolução poderá
ser completa, ou o usuário poderá digitar um ângulo para definir o ângulo de
revolução.

Os modelos sólidos criados com os comandos Extrude e Revolve combinam-se entre


si e com os primitivos básicos através das operações booleanas.

5. EDIÇÃO DE MODELOS SÓLIDOS

Embora os modelos sólidos sejam muito fácies de criar, há somente alguns poucos
comandos para editá-los. Além dos comandos de edição 3D que podem ser aplicados a
qualquer modelo 3D (Array 3D, Mirror 3D e Rotate 3D), existem aqueles específicos para
modelos sólidos. A seguir serão apresentados alguns destes comandos.

Fillet (Modify): permite aplicar uma concordância de determinado raio


(arrendondamento) às arestas de um modelo 3D.

− Seqüência de execução:
selecionar a aresta a ser arredondada;
informar o raio (ou diâmetro) da concordância;
caso haja mais de uma aresta no mesmo sólido a ser arredondada com o
mesmo raio de concordância, pode-se selecioná-las no mesmo comando.

Chamfer (Modify): permite aplicar um chanfro às arestas de um modelo 3D.

− Seqüência de execução:
selecionar a superfície (borda) do sólido clicando em uma das suas arestas;
informar a distância do chanfro ao longo da superfície selecionada;

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Aula 12 Profs. Paula Viero e Beatriz Lima

informar a distância do chanfro ao longo da superfície adjacente à selecionada.


selecionar quais as arestas da face selecionada serão chanfradas.

Slice (Draw>Solids): corta um sólido, transformando-o em dois outros sólidos. Este


comando pode manter os dois novos sólidos ou manter a parte definida pelo usuário.

− Seqüência de execução:
selecionar o sólido 3D;
definir um plano de corte. As formas usuais de se definir o plano de corte são
através de um objeto (círculo, elipse, arco ou polilinha 2D), por planos paralelos
aos planos XY, YZ, ZX e um ponto nestes planos, ou por três pontos.
informar se deseja manter os dois novos sólidos ou somente um deles; nesta
segunda opção deve-se selecionar o sólido que se deseja manter.

Section (Draw>Solids): cria um objeto chamado região passando por uma plano de
corte especificado. Região são objetos bidimensionais aos quais podem ser aplicadas
as operações booleanas.

− Seqüência de execução:
selecionar o sólido 3D;
definir um plano da seção. As formas usuais de se definir o plano da seção são
através de um objeto (círculo, elipse, arco ou polilinha 2D), por planos paralelos
aos planos XY, YZ, ZX e um ponto nestes planos, ou por três pontos.

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Aula 13 Profs. Paula Viero e Beatriz Lima

TÉCNICAS DE CAD PARA ENGENHARIA CIVIL

AULA 13

1. MODOS DE APRESENTAÇÃO

1.1. Model Space


1.2. Paper Space
1.3. Ajuste da Visibilidade de Layers por Viewport no Paper Space
1.4. Ajuste de Escalas num Viewport em Paper Space
1.5. Outras Opções e Observações das Viewports em Paper Space

2. CONFIGURAÇÃO DE UM PAPER SPACE COM UM CARIMBO PADRÃO

3. DEFINIÇÃO DE ARESTAS VISÍVEIS E INVISÍVEIS NAS VOP

4. PLOTAGEM EM PAPER SPACE

5. BIBLIOGRAFIA

________________________________________________________________________

1. MODOS DE APRESENTAÇÃO

Até agora foram vistas várias maneiras de visualização do desenho, usando uma
única exibição ou através de várias exibições do desenho, como as viewports (portas ou
janelas de exibição). As viewports são acessadas por meio de dois modos de
apresentação: Model Space – MS e Paper Space - PS.

1.1. Model Space

O Model Space é o “espaço do modelo” (espaço do desenho). É neste espaço que o


desenho é criado e modificado. No MS pode-se dividir a tela em viewports que
simplesmente auxiliam a criação/edição do desenho e não podem ser plotadas. Desenhos
simples com uma única exibição e/ou com escalas iguais podem ser plotados diretamente
do MS conforme visto na Aula 8.

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Aula 13 Profs. Paula Viero e Beatriz Lima

1.2. Paper Space

O PS é chamado de “espaço do papel”, nele é feita a preparação para a impressão. O


PS permite:

• Configurar várias viewports com diferentes escalas e diferentes pontos de vista que
podem ser plotadas;
• Controlar a visibilidade de camadas individualmente em cada janela;
• Incluir margens e legendas que aparecerão somente no PS;
• Editar as viewports (mover, mudar o tamanho, as propriedades, etc) sem alterar o
objeto do MS.

Pode-se dizer que o PS é um tipo de layout de página onde se pode colar diferentes
exibições do desenho.

O AUTOCAD possui um “espaço do modelo” (Model) e pode apresentar vários


“espaços do papel” (Layout1, Layout2, etc) em função da necessidade de cada desenho.
Para alternar de um espaço para o outro, basta selecionar o espaço desejado na janela
do Autocad.

Ao se alternar de um espaço para o outro, modifica-se a variável do sistema


denominada Tilemode , que pode assumir dois valores:

• 1 (um): definição default. Permite estar no MS somente;


• 0 (zero): valor assumido quando se está no PS. Neste caso, pode-se entrar no MS
(Floating) sem sair do PS, selecionando-se o ícone na barra de ferramentas inferior
(PAPER/MODEL).

A apresentação padrão do PS é uma folha de papel com uma janela de visualização


(viewport) onde o desenho do MS poderá ser visualizado. O ícone de UCS apresenta uma
forma triangular, indicando assim, o PS.

Ícone indicativo do PS

No PS pode-se abrir mais de uma janela de exibição (viewport), como feito


anteriormente no MS (aula 11).

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Aula 13 Profs. Paula Viero e Beatriz Lima

New Viewports (View>Viewports): permite que a tela seja dividida em até quatro
janelas de visualização (viewports) dispostas conforme opções que aparecem na
Quadro de Diálogo Viewports.

Para mudar o ponto de vista de cada viewport ou editar o desenho sem sair do PS é
necessário voltar para o MS momentaneamente (MS Floating). Feita esta modificação
aparecerá um ícone de UCS em cada janela. A janela ativa estará com a borda destacada
e nela aparecerá o cursor padrão. Para tornar uma outra janela ativa basta clicar no seu
interior.

Toda a alteração feita em uma das viewports (não inclui mudança de ponto de vista ou
zoom) afetará todas as viewports e também o modelo no MS, uma vez que o modelo é
único.

1.3. Ajuste da Visibilidade de Layers por Viewport no Paper Space

Para tornar invisíveis layers em determinada viewport no PS é necessário:

− acionar o MS Floating;
− tornar a viewport desejada ativa;
− chamar o comando Layer;
− selecionar as layers que deseja tornar invisíveis nesta viewport;
− selecionar os ícones na coluna Current VP Freeze;
− repetir a seqüência acima em cada viewport sempre que necessário.

1.4. Ajuste de Escalas num Viewport em Paper Space

Para verificar a escala do enquadramento da vista do PS (escala corrente) é


necessário:

− ir para o MS Floating e executar o comando Zoom de forma que o desenho ocupe


o máximo da viewport;
− voltar para o PS e executar o comando Tools>Inquiry>List, selecionado o borda da
viewport desejada;
− ler o valor de xp (escala relativa ao PS).

Para modificar a escala do enquadramento da vista é necessário:

− ir para o MS Floating e escolher o comando View>Zoom>Scale;


− digitar o xp desejado (deve ser menor ou igual ao xp corrente).

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Aula 13 Profs. Paula Viero e Beatriz Lima

Unidades do modelo (MS) em relação ao PS / Escala desejada = n xp

Exemplos para unidade do modelo em metros e do papel em mm:


− escala 1:100 = 10xp (1000/100 xp)

− escala 1:50 = 20xp (1000/50 xp)

− escala 1:10 = 100xp (1000/10 xp)

1.5. Outras Opções e Observações das Viewports em Paper Space

a) tudo o que for criado em PS não faz parte do desenho em MS;


b) as viewports são objetos que possuem propriedades (layer, cor, tipo de linha) e
podem ser afetadas por todos os comandos de edição como qualquer objeto, mas
o modelo do MS permanecerá inalterado;
c) para tornar as bordas das viewports invisíveis deve-se congelar a layer a qual elas
fazem parte. Estando em MS Floating, aparecerá o contorno destacado na viewport
ativa;
d) para voltar definitivamente ao MS basta selecionar o espaço Model na barra de
ferramentas inferior;
e) é possível inserir textos e cotas em PS; deve-se lembrar que a altura do texto é em
tamanho verdadeiro (mm).

2. CONFIGURAÇÃO DE UM PAPER SPACE COM UM CARIMBO PADRÃO

Para configurar um Paper Space com um dos carimbos padrões existentes no


AutoCAD deve-se proceder da seguinte maneira:

Layout from Template (Insert>Layout) ou selecionar com o botão direito do mouse a


opção Layout1 ou Layout2 na janela do AutoCAD e escolher a opção From template

• Selecionar um template na lista apresentada;


• Aparecerá um bloco juntamente com uma janela de visualização do
tamanho da margem;
• Para modificar as informações do bloco deve-se explodi-lo;

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Aula 13 Profs. Paula Viero e Beatriz Lima

• Pode-se redimensionar o tamanho da janela de visualização e escolher a


vista desejada para esta janela; ou criar tantas janelas de visualização
quantas necessárias.

Ao iniciar um arquivo novo pode-se escolher a opção Use a Template e selecionar


o padrão desejado para o PS.

3. DEFINIÇÃO DAS VISTAS ORTOGRÁFICAS A PARTIR DE UM MODELO 3D

Após a definição das vistas ortográficas desejadas em cada viewport, deve-se


diferenciar as arestas visíveis e as invisíveis de um modelo sólido de acordo com as
regras das Projeções Ortogonais através do comando Setup>Profile.

Draw>Solids>Setup>Profile ou Solprof (digitar): cria entidades bidimensionais (linhas,


arcos, etc) coincidentes com as arestas do modelo sólido. O comando é executado em
três interações:

- 1a interação – Display hidden profile … : possibilita a criação de dois blocos, um


somente com as arestas invisíveis e outro com as arestas visíveis, associando a
cada bloco uma layer diferente criada pelo próprio AutoCAD:
PV-XXX: layer das arestas visíveis (PV – Profile Visible; XXX – código aleatório
criado pelo AutoCAD);
PH-XXX: layer das arestas invisíveis (PV – Profile Invisible; XXX – código
aleatório criado pelo AutoCAD);
* Se o tipo de linha tracejada (HIDDEN) já estiver disponibilizado (ver Aula 4), a
layer PH-XXX assume automaticamente este tipo de linha.
* As camadas criadas com este comando aparecem somente na viewport onde
este foi executado (nas demais viewports estão congeladas).
* O código aleatório criado pelo AutoCAD pode ser renomeado relacionando-o
com a viewport a qual se refere para facilitar a organização do arquivo.
- 2a interação – Project profile … : permite que entidades geradas estejam num
único plano ou que estejam dispostas de acordo com o modelo tridimensional;
- 3a interação – Delete tangencial … : possibilita eliminar as linhas tangentes que
aparecem na modelagem sólida de elementos com superfícies curvas.

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Aula 13 Profs. Paula Viero e Beatriz Lima

OBS.
⇒ 1) Como as entidades que representam as arestas visíveis/invisíveis são
geradas coincidentes com as arestas do modelo sólido, deve-se congelar a
camada do modelo sólido na respectiva viewport para que se possa visualizar
as arestas visíveis/invisíveis.
⇒ 2) Caso a camada visível pareça estar com linha contínua deve-se verificar o
tipo de linha da camada PH-XXX, se for o tipo HIDDEN, deve-se modificar a
escala do tipo de linha (LTSCALE).

Dispsilh (digitar): variável do sistema que controla a visibilidade das linhas que
representam a silhueta das curvas de um sólido quando empregado o comando
Hidden ou Hideplot (0 – visíveis e 1 – não visíveis).

4. PLOTAGEM EM PAPER SPACE

A única diferença de plotar em PS em relação a MS é a Definição da Escala, uma vez


que em PS a unidade do papel é o milímetro, ou seja:

milímetros plotados (mm) = unidades de desenho (drawing units) = 1

Hideplot (Modify>Properties): plota o desenho do PS com as linha invisíveis


removidas. Este controle é feito selecionando-se a borda da Viewport e escolhendo-se
a opção Hide Plot no quadro Properties .

5. BIBLIOGRAFIA

a) Dominando o AutoCAD – George Omura – Livros Técnicos e Científicos Editora;


b) AutoCAD 14 Avançado & 3D – vol 2 – Ana Lúcia Saad Coraini e Ieda Maria Nolla Sihn
– Makron Books;
c) AutoCAD para Desenhos de Engenharia – Alan J. Kalameja - Makron Books;
d) Apostila de Desenho para Engenharia II – Alexandre Kawano e outros - USP/Escola
Politécnica/Depto. Eng./Construção Civil;
e) Aulas Eletrônicas: http:/www.fec.unicamp.br/reenge/aulas/ec303 – Profa. Doris C.C.K.
Kowaltowski e Profa. Regina C. Ruschel.

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