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e publicado pela Cempre."

Nº 35 - Abril de 2004

Cérebro Réptil
Sabe por que estamos confusos?

Porque o nosso cérebro foi moldado para lutar ou fugir. Ameaçado por predadores de todos os tipos, ao longo de
sua evolução, o cérebro humano desenvolveu a capacidade de disparar taxas de adrenalina produzidas pelo
medo e pela ansiedade. Com isso, todo o corpo se armava para o ataque ou para a defesa, desde os tempos
imemoriais.

Acontece que aqueles perigos deixaram de existir, da maneira como se apresentavam aos nossos ancestrais, ou
seja, não seremos atacados de uma hora para outra por feras hediondas ou tribos b árbaras. Ainda assim, diante
de emergências bem menos perigosas, continuamos a descarregar taxas de adrenalina que só servem para nos
tornar mais estressados, psicologicamente esgotados e mentalmente confusos.

O cérebro réptil, porém, precisa de inimigos! Está acostumado a isso. Se eles não mais existem, a mente os
produz. Os inimigos invisíveis querem nos pegar! Eis a mente cumprindo o seu papel de alucinar. A mente, com
o seu núcleo persecutório, continua enxergando inimigos em todos os lugares. E isso coloca o cérebro réptil em
funcionamento. Ora, quem são, hoje, os nossos predadores?

Nas empresas, os inimigos tomam várias formas: o concorrente predatório, a ganância do fornecedor, a
voracidade do governo, a deslealdade do funcionário, a infidelidade do cliente e a sua mania de oportunista e
aproveitador. Inimigos imaginários não faltam!

Mas, afinal, quem é o inimigo? Acertou, se voc ê pensou em você mesmo, no seu modelo mental, no seu
conjunto de crenças, nos seus valores deixados de lado ao longo da viagem, na sua imagina ção fértil voltada ao
perigo. O inimigo está na nossa ignorância, na suposta felicidade encontrada na zona de conforto, no
autocompadecimento, em olhar para o mundo e sentir que ele nos deve algo, e n ão o contrário.

Nosso maior desafio está em livrar-se da condição de criatura e assumir por inteiro o nobre papel de criador.
Para isso, é preciso encontrar dentro de cada um de nós a maior vocação, o melhor talento, os potenciais e
inteligências. E colocá-los a serviço de algo ou alguém, que deles necessitem. É para isso que existem o trabalho
e os negócios.

Precisamos de uma causa com significado a que nos entreguemos com dedicação apaixonada. Somente assim
seremos capazes de trocar a adrenalina produzida pela ansiedade e medo, pela endorfina gerada para viver em
paz. E a paz de espírito é a principal recompensa daqueles que trocam a condição de criatura pela de criador.

Que a boa sorte lhe seja abundante!

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Roberto Adami Tranjan é diretor e educador da Cempre.

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