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Ciências dos

Materiais
Me. Luis Henrique de Souza
PALAVRA DO REITOR

Em um mundo global e dinâmico, nós trabalha-


mos com princípios éticos e profissionalismo, não
somente para oferecer uma educação de qualida-
de, mas, acima de tudo, para gerar uma conversão
integral das pessoas ao conhecimento. Baseamo-
-nos em 4 pilares: intelectual, profissional, emo-
cional e espiritual.
Iniciamos a Unicesumar em 1990, com dois
cursos de graduação e 180 alunos. Hoje, temos
mais de 100 mil estudantes espalhados em todo
o Brasil: nos quatro campi presenciais (Maringá,
Curitiba, Ponta Grossa e Londrina) e em mais de
300 polos EAD no país, com dezenas de cursos de
graduação e pós-graduação. Produzimos e revi-
samos 500 livros e distribuímos mais de 500 mil
exemplares por ano. Somos reconhecidos pelo
MEC como uma instituição de excelência, com
IGC 4 em 7 anos consecutivos. Estamos entre os
10 maiores grupos educacionais do Brasil.
A rapidez do mundo moderno exige dos
educadores soluções inteligentes para as ne-
cessidades de todos. Para continuar relevante, a
instituição de educação precisa ter pelo menos
três virtudes: inovação, coragem e compromisso
com a qualidade. Por isso, desenvolvemos, para
os cursos de Engenharia, metodologias ativas, as
quais visam reunir o melhor do ensino presencial
e a distância.
Tudo isso para honrarmos a nossa missão que é
promover a educação de qualidade nas diferentes
áreas do conhecimento, formando profissionais
cidadãos que contribuam para o desenvolvimento
de uma sociedade justa e solidária.
Vamos juntos!
BOAS-VINDAS

Prezado(a) Acadêmico(a), bem-vindo(a) à Co-


munidade do Conhecimento.
Essa é a característica principal pela qual a
Unicesumar tem sido conhecida pelos nossos alu-
nos, professores e pela nossa sociedade. Porém, é
importante destacar aqui que não estamos falando
mais daquele conhecimento estático, repetitivo,
local e elitizado, mas de um conhecimento dinâ-
mico, renovável em minutos, atemporal, global,
democratizado, transformado pelas tecnologias
digitais e virtuais.
De fato, as tecnologias de informação e comu-
nicação têm nos aproximado cada vez mais de
pessoas, lugares, informações, da educação por
meio da conectividade via internet, do acesso
wireless em diferentes lugares e da mobilidade
dos celulares.
As redes sociais, os sites, blogs e os tablets ace-
leraram a informação e a produção do conheci-
mento, que não reconhece mais fuso horário e
atravessa oceanos em segundos.
A apropriação dessa nova forma de conhecer
transformou-se hoje em um dos principais fatores de
agregação de valor, de superação das desigualdades,
propagação de trabalho qualificado e de bem-estar.
Logo, como agente social, convido você a saber
cada vez mais, a conhecer, entender, selecionar e
usar a tecnologia que temos e que está disponível.
Da mesma forma que a imprensa de Gutenberg
modificou toda uma cultura e forma de conhecer,
as tecnologias atuais e suas novas ferramentas,
equipamentos e aplicações estão mudando a nossa
cultura e transformando a todos nós. Então, prio-
rizar o conhecimento hoje, por meio da Educação
a Distância (EAD), significa possibilitar o contato
com ambientes cativantes, ricos em informações
e interatividade. É um processo desafiador, que
ao mesmo tempo abrirá as portas para melhores
oportunidades. Como já disse Sócrates, “a vida
sem desafios não vale a pena ser vivida”. É isso que
a EAD da Unicesumar se propõe a fazer.
Seja bem-vindo(a), caro(a) acadêmico(a)! Você
está iniciando um processo de transformação,
pois quando investimos em nossa formação, seja
ela pessoal ou profissional, nos transformamos e,
consequentemente, transformamos também a so-
ciedade na qual estamos inseridos. De que forma
o fazemos? Criando oportunidades e/ou estabe-
lecendo mudanças capazes de alcançar um nível
de desenvolvimento compatível com os desafios
que surgem no mundo contemporâneo.
O Centro Universitário Cesumar mediante o
Núcleo de Educação a Distância, o(a) acompa-
nhará durante todo este processo, pois conforme
Freire (1996): “Os homens se educam juntos, na
transformação do mundo”.
Os materiais produzidos oferecem linguagem
dialógica e encontram-se integrados à proposta
pedagógica, contribuindo no processo educa-
cional, complementando sua formação profis-
sional, desenvolvendo competências e habilida-
des, e aplicando conceitos teóricos em situação
de realidade, de maneira a inseri-lo no mercado
de trabalho. Ou seja, estes materiais têm como
principal objetivo “provocar uma aproximação
entre você e o conteúdo”, desta forma possibilita
o desenvolvimento da autonomia em busca dos
conhecimentos necessários para a sua formação
pessoal e profissional.
Portanto, nossa distância nesse processo de
crescimento e construção do conhecimento deve
ser apenas geográfica. Utilize os diversos recursos
pedagógicos que o Centro Universitário Cesumar
lhe possibilita. Ou seja, acesse regularmente o Stu-
deo, que é o seu Ambiente Virtual de Aprendiza-
gem, interaja nos fóruns e enquetes, assista às aulas
ao vivo e participe das discussões. Além disso,
lembre-se que existe uma equipe de professores e
tutores que se encontra disponível para sanar suas
dúvidas e auxiliá-lo(a) em seu processo de apren-
dizagem, possibilitando-lhe trilhar com tranquili-
dade e segurança sua trajetória acadêmica.
APRESENTAÇÃO

Prezado(a) aluno(a), este livro foi elaborado para um curso inicial sobre
Ciências dos Materiais e, no decorrer do estudo dessa disciplina, utilizando
esse material, percorreremos um trajeto que nos dará conhecimento sobre
os sólidos, suas estruturas e defeitos estruturais, suas propriedades, falhas,
diagramas de transformações e aplicações usuais das classes de materiais.
Iniciaremos esse trajeto na Unidade 1, em que será realizada uma intro-
dução aos materiais, seguida de uma explicação breve sobre a classificação
dos materiais e terminando com o estudo das suas estruturas cristalinas. Na
Unidade 2, veremos como é realizada a determinação de pontos, direções
e planos na célula unitária de um sólido cristalino, definiremos materiais
amorfos e cristalinos e estudaremos as imperfeições estruturais.
A difusão em sólidos, os mecanismos de difusão, a lei de Fick e os parâ-
metros que influenciam no processo de difusão serão abordados e aplicados
em exemplos na Unidade 3. Já na Unidade 4, você irá conhecer as proprieda-
des mecânicas dos materiais, tais como dureza, limite de resistência à tração
e ductilidade, que serão trabalhadas após uma conceituação básica para lhe
deixar mais confortável com o assunto. Continuando, na Unidade 5, você
vai conhecer as falhas típicas que ocorrem em projetos envolvendo mate-
riais, sendo elas a fratura, fadiga e fluência, e os mecanismos usuais delas.
Na Unidade 6, você vai estudar um tópico muito importante nas ciências
dos materiais, denominado diagrama de fases, e vai aprender a determinar
fases presentes em um sistema, quantidades relativas e composição dessas
fases aplicando esses conhecimentos no diagrama ferro-carbono. Nas Uni-
dades 7 e 8 serão abordadas outras propriedades dos materiais; na Unidade
7, você verá as propriedades elétricas, condução elétrica nos condutores
e isolantes, e as propriedades térmicas, condutividade térmica, expansão
térmica e capacidade calorífica. Já na Unidade 8, você vai conhecer as pro-
priedades ópticas, como a reflexão, absorção e refração; as propriedades
magnéticas, como o diamagnetismo e ferromagnetismo; e, concluindo a
unidade, você vai conhecer os tipos de corrosão que ocorrem em materiais
metálicos e a degradação em materiais poliméricos.
Concluiremos os nossos estudos da disciplina de Ciências dos Materiais
com a Unidade 9, na qual serão abordadas as classes dos metais, cerâmicas,
polímeros e compósitos, e onde você vai conhecer um pouco mais de cada
umas dessas classes apresentadas na Unidade 1 e mencionadas nas demais
unidades. Aqui, veremos alguns métodos de produção, materiais específicos
de cada uma dessas classes e aplicações deles.
Desejo a você uma ótima leitura.
CURRÍCULO DOS PROFESSORES

Me. Luís Henrique de Souza


Possui mestrado em Engenharia Química na área de modelagem e simulação de processos
fotocatalíticos pela Universidade Estadual de Maringá (2016) e graduação em Engenharia
Química pela Universidade Estadual de Maringá (2013). Tem experiência na área de Engenha-
ria Química, em Modelagem e simulação de reatores fotocatalíticos, síntese e avaliação do
desempenho de catalisadores bifuncionais e enzimáticos, tratamento de efluentes utilizando
processos oxidativos avançados e programação em Matlab; também tem experiência no
Ensino Superior nas disciplinas de Modelagem Matemática, Cálculo Numérico, Saneamento
Urbano, Programação para Engenharia e Física I. Atualmente, doutorando em Engenharia
Química na Universidade Estadual de Maringá.
Currículo Lattes disponível em:
http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4499456E7
Introdução a
Ciências dos
Materiais

13

Estruturas e
Imperfeições nos
Sólidos Cristalinos

41

Difusão em Sólidos

71
Propriedades
Elétricas e
Propriedades Propriedades
Mecânicas Térmicas dos
Materiais

101 193

Propriedades
Ópticas,
Falhas em Propriedades
Materiais Sólidos Magnéticas e
Corrosão dos
Materiais

131 223

Classes de
Diagrama de Fases Materiais e
Aplicações

159 253
Para que você possa perceber a importância dos materiais para a humanidade, imagine a sua vida
sem alguns deles, por exemplo, o plástico, o cimento, o vidro, o alumínio e o papel. É impossível imagi-
nar tal situação, não é? Isso deixa claro que os materiais estão presentes em todos os setores de nossas
vidas, seja na habitação, transporte, comunicação, indústria ou, ainda, no lazer.
A produção e a transformação desses materiais em bens acabados representa uma das atividades mais
importantes da economia moderna. Todo o conhecimento adquirido ao longo da nossa evolução acerca
dos materiais tornou possível o desenvolvimento de uma variedade enorme de materiais e moldagem das
propriedades desses materiais de acordo com o interesse e a necessidade da sociedade (SMITH; ROSA,
1998; CALLISTER JR.; RETHWISCH, 2013).

Ciência e Engenharia dos Materiais

A ciência e engenharia de materiais é um cam-


po de conhecimento interdisciplinar, que trata
do estudo e manipulação da composição e es-
trutura dos materiais, com o intuito de controlar O estudo da estrutura de um material pode ser
as propriedades destes por meio da síntese e do realizado em quatro níveis diferentes. O primeiro
processamento para a produção de bens de uso e é o nível subatômico que estuda o átomo indi-
consumo. A ciência dos materiais tem como obje- vidualmente e o comportamento de seu núcleo
tivo o estudo da estrutura interna, das proprieda- e elétrons. O segundo nível é o nível atômico,
des e do processamento dos materiais, enquanto que estuda a interação entre vários átomos e
a engenharia dos materiais dedica-se à aplicação a formação de ligações e moléculas. O terceiro
destes conhecimentos de modo a transformar os nível é o microscópico, que corresponde aos ar-
materiais em produtos úteis e/ou necessários à ranjos atômicos e moleculares e a formação de
sociedade; entretanto, não existe uma linha es- estruturas cristalinas, moleculares e amorfas. Por
tritamente definida separando esses dois ramos fim, o nível macroscópico relacionado ao com-
(SMITH; ROSA, 1998). Neste livro, serão abor- portamento do material em serviço.
dados tanto aspectos da ciência quanto da enge- Fonte: Callister Jr. e Rethwisch (2013).
nharia dos materiais.

Na ciência e engenharia dos materiais, o termo composição refere-se à constituição química do


material, ou seja, aos átomos, moléculas ou íons que constituem esse material. Já o termo estrutura
refere-se à forma como esses átomos, moléculas ou íons se organizam (arranjam) para a formação do
material. Outros termos utilizados nesse âmbito são: o termo síntese, que se refere ao modo e às subs-
tâncias químicas necessárias para a produção de um material específico, e o termo processamento,
que remete ao modo como os materiais sintetizados são transformados em bens de uso e consumo
com propriedades adequadas a cada finalidade (ASKELAND; WRIGHT, 2015).

UNIDADE 1 15
classe dos materiais metálicos, também existem as ligas metálicas, que são formadas pela mistura de um
metal com um ou mais metais ou não metais, alguns exemplos de materiais não metálicos que podem
estar presentes em ligas metálicas são o carbono, nitrogênio e oxigênio (ASKELAND; WRIGHT, 2015).

A ligação do tipo iônica é uma ligação que ocorre entre dois íons de cargas opostas, um cátion e
um ânion, enquanto a ligação covalente é um tipo de ligação em que ocorre o compartilhamento
de elétrons entre os átomos envolvidos. Por fim, a ligação metálica é aquela que ocorre entre dois
átomos de metais e, nessa ligação, todos os átomos envolvidos perdem elétrons de suas camadas
mais externas, e esses elétrons se deslocam com grande mobilidade entre essas camadas, formando
uma nuvem eletrônica (também conhecida como “mar de elétrons”).
Fonte: adaptado Callister Jr. e Rethwisch (2013).

Alguns exemplos comuns, feitos de materiais metálicos, presentes no nosso dia a dia, podem ser vistos
na Figura 1.

Figura 1 - Objetos comuns feitos de metal e ligas metálicas

Eles possuem alto nível de organização espacial no arranjo de seus átomos, definido pelo termo “es-
trutura cristalina”. Em função dessa estrutura atômica organizada, os metais possuem boa resistência
mecânica, ductilidade, alta rigidez, resistência a choques e podem ser deformados sob a ação de forças
externas. Além disso, são bons condutores de eletricidade e de calor, devido às suas ligações metálicas.
Apesar dos metais puros serem pouco utilizados, as ligas possuem diversas aplicações, uma vez que
elas permitem combinações de propriedades melhores que os metais puros. Na fabricação de joias, por
exemplo, o ouro puro não é utilizado, pois ele é um material muito macio; para resolver esse problema,
os ourives misturam o ouro com cobre, com a finalidade de melhorar a sua resistência mecânica para
que a joia não seja danificada facilmente (ASKELAND; WRIGHT, 2015).

18 Introdução a Ciências dos Materiais


A indústria moderna é altamente dependente dos metais, uma vez que seu uso ocorre em uma excep-
cional diversidade de segmentos, desde a indústria automotiva à microeletrônica.

Cerâmicas

A palavra cerâmica, na linguagem do dia a dia, tem um significado


diferente do que tem nas Ciências dos Materiais. Na linguagem
popular, cerâmicas são os objetos feitos de porcelana ou louça; no
âmbito das Ciências dos Materiais, a palavra “cerâmicas” tem uma
abrangência muito maior.
As cerâmicas são constituídas por elementos químicos metálicos
e não metálicos que se ligam por meio de ligações covalentes e iô-
nicas. O óxido de alumínio, ou alumina, é um exemplo de material
cerâmico composto por alumínio, que é um metal, juntamente com
o oxigênio, um não metal, cuja fórmula química é Al2O3. Outros
exemplos de materiais cerâmicos comuns são o dióxido de silício
(ou sílica, SiO2), dióxido de zircônio (ou zircônia, ZrO2), carbeto
de silício (SiC) e nitreto de silício (Si3N4).
Figura 2 - Objetos comuns feitos de
Na Figura 2, podemos ver alguns objetos feitos de materiais materiais cerâmicos
cerâmicos.

Os materiais cerâmicos são duros, possuem rigidez e resistência comparadas às dos metais, entretanto,
são frágeis, ou seja, apresentam baixa resistência a esforços de tração, torção, flexão etc. Contudo, as
cerâmicas são mais resistentes a altas temperaturas e ambientes severos do que os polímeros e os me-
tais, e são materiais tipicamente isolantes térmicos e elétricos (CALLISTER JR.; RETHWISCH, 2013).

No âmbito de ciência dos materiais, dureza é a uma das características dos materiais que está inti-
mamente vinculado com a ligação dos átomos que formam esse material. A grosso modo, a dureza
pode ser entendida como a facilidade que um material tem de riscar ou penetrar em outro.
Fonte: Durocontrol (2016, on-line)1.

Os usos mais comuns das cerâmicas são na produção de tijolos, vasos sanitários, refratários, entre
outros. Já as cerâmicas avançadas são aplicadas na produção das estruturas de chips de computadores,
capacitores, velas de ignição de automóveis, indutores elétricos etc. (ASKELAND; WRIGHT, 2015).

UNIDADE 1 19
Polímeros

A classe dos polímeros é um ramo de produtos


da química orgânica, formados, principalmente,
por carbono e hidrogênio, podendo conter outros
elementos não metálicos. O processo de produção
dos polímeros é conhecido como polimerização.
Os polímeros são moléculas de cadeia longa, for-
mados pela união de várias (poli) unidades me-
nores (meros). O polietileno (C2H4)n é um exem-
plo de polímero formado apenas por carbono e
hidrogênio, pela união de 100 até 1000 moléculas
de etileno (C2H4). Entretanto, além do carbono e
hidrogênio, os polímeros podem conter oxigê-
nio, como o acrílico, nitrogênio, poliamidas ou
náilons, flúor, fluorocarbonos, silício e silicones.
A seguir, são apresentados, na Figura 3, alguns
Figura 3 - Objetos comuns feitos de polímeros
objetos feitos de polímeros.

Em geral, os materiais poliméricos possuem grande ductilidade e tem baixa densidade. Além disso,
esses materiais são isolantes elétricos, não magnéticos e, alguns polímeros, são altamente resistentes
a produtos químicos corrosivos. Suas desvantagens estão no fato de serem menos resistentes a defor-
mações que os metais, e de amolecer e/ou se decompor em temperaturas moderadas; contudo, mesmo
com essas limitações, eles ainda são uma opção altamente versátil e útil.
O avanço das tecnologias, na última década, no desenvolvimento de compostos poliméricos, tem
permitido a produção de polímeros com resistência e rigidez altas o suficiente para substituir alguns
metais em aplicações estruturais comuns em projetos (SHACKELFORD, 2013).

Compósitos

Os compósitos são formados pela combinação entre os materiais das classes apresentadas anteriormente
(metais, cerâmicas e polímeros). Essa união conduz a um material com propriedades superiores aos
dos componentes separadamente.
Existem vários tipos de compósitos, formados por diferentes combinações entre metais, cerâmicas
e polímeros, a maior parte deles e feita pelo homem; contudo, alguns materiais de ocorrência natural
também são considerados compósitos, como é o caso do osso e da madeira.
Um dos compósitos mais famosos é a fibra de vidro, constituída de pequenas fibras de vidro em-
butidas no interior de uma matriz polimérica. A união das fibras de vidro, material resistente e rígido
(porém frágil) com a matriz polimérica, material dúctil e flexível (porém fraco) resulta em um material
compósito flexível, dúctil, resistente e relativamente rígido (CALLISTER JR.; RETHWISCH, 2013).

20 Introdução a Ciências dos Materiais


A partir dos compósitos, é possível obtermos materiais leves, robustos, dúcteis e resistentes a altas
temperaturas ou mesmo produzirmos ferramentas de corte, duras e resistentes a choques, que fratu-
rariam se fossem feitas com outros materiais (ASKELAND; WRIGHT, 2015).
Na Tabela 1, pode-se observar alguns exemplos de materiais pertencentes aos grupos apresentados
anteriormente, suas aplicações e suas propriedades.
Tabela 1 - Aplicações e propriedades dos materiais

Classes Exemplos de aplicações Propriedades

Metais e Ligas

Alta condutividade elétrica,


Cobre Fios elétricos
boa conformabilidade

Fundibilidade, usinabilidade, amor-


Ferro fundido cinzento Blocos de motores para automóveis
tecimento de vibrações

Endurecibilidade por tratamento


Aços especiais Ferramentas, chassis de automóveis
térmico

Cerâmicas e vidros

Transparência ótica, isolamento


SiO2-Na2O-CaO Vidro para janelas
térmico

Refratários (revestimento resistente Isolamento térmico, refratarieda-


Al2O3, MgO, SiO2
ao calor para fornos de fusão) de, inércia química

Grande capacidade de armazena-


Titanato de bário Capacitores para microeletrônica
mento de cargas elétricas

Fibras óticas para a tecnologia da Índice de refração adequado, bai-


Sílica
informação xas perdas óticas

Polímeros

Facilidade de ser moldado para


Polietileno Embalagens para alimentos produzir filmes finos, flexibilidade
e hermetismo

Resinas de epóxi reforçada Encapsulamento de circuitos inte- Isolante elétrico e resistência à


com fibras de carbono grados umidade

Adesivos para união de camadas de


Resinas fenólicas Resistência mecânica e à umidade
compensado

Compósitos

Resina epóxi reforçada


Componentes para aviação Elevada razão resistência-peso
com fibras de carbono

Metal duro (liga de cobalto


Ferramentas de corte para usina- Elevada dureza conjugada com
reforçada com carbeto de
gem boa resistência a choques
tungstênio)

Baixo custo e associação de alta


Aço revestido com titânio Vasos para reatores resistência do aço com a elevada
resistência à corrosão do titânio

Fonte: adaptada de Askeland e Wright (2015). UNIDADE 1 21


Materiais avançados Biomateriais

Os materiais avançados são materiais que são Os biomateriais são materiais pertencentes às
aplicados na produção de componentes ou dis- classes de materiais anteriores (metais, polímeros,
positivos de alta tecnologia, cujo funcionamento cerâmicas e semicondutores). Esses materiais são
possui princípios intrincados ou sofisticados. Os utilizados na área da saúde para as mais diversas
materiais dessa categoria pertencem às classifica- finalidades, entre elas dispositivos biomédicos
ções descritas anteriormente e devemos entender (biosensores, tubos de circulação, sistemas de he-
o termo “alta tecnologia” como sendo relacionado modiálise), materiais implantáveis (suturas, subs-
a produtos e dispositivos, por exemplo, equipa- titutos ósseos, lentes, dentes, válvulas cardíacas),
mentos eletrônicos, computadores, aeronaves, órgãos artificiais (pulmões, coração, rim, pele),
sistemas de fibras ópticas, equipamentos médi- curativos, dentre outros.
cos etc. Devido à finalidade desses materiais, eles de-
vem ser materiais não tóxicos, pois eles entram
em contato com sistemas biológicos. Além disso,
Semicondutores eles devem ser compatíveis com os tecidos do
corpo, uma vez que muitos deles são implanta-
Os semicondutores são materiais com proprieda- dos como substitutos a órgãos e tecidos danifi-
des elétricas intermediárias entre os condutores cados do corpo humano (PIRES; BIERHALZ;
(metais) e os isolantes (polímeros e cerâmicas). MORAES, 2015).
Além disso, as propriedades elétricas desses ma- Dentre os materiais metálicos, o titânio e suas
teriais são extremamente sensíveis a pequenas ligas, por exemplo, têm sido usado por décadas na
concentrações de átomos de impurezas presentes fixação de fraturas e reconstrução de articulações
em sua composição. por ser resistente à corrosão, biocompatível e pela
O controle das concentrações de impurezas indução do crescimento ósseo (bioadesão). Além
em regiões definidas do material permite con- disso, alguns tipos de ligas de cobre são aplicados
trolar a condutividade elétrica nessas regiões do para artroplastia total de quadril, que consistem em
material, possibilitando sua aplicação em compo- uma haste femoral conectada a uma cabeça modular
nentes como, por exemplo, circuitos eletrônicos sujeita à articulação com o componente acetabular.
integrados. Já os materiais cerâmicos bioinertes possuem
Os semicondutores são, geralmente, feitos de aplicações biomédicas, principalmente nas áreas
silício, germânio e arsenato de gálio. Ao longo das de ortopedia e odontologia, com grande represen-
últimas décadas, os semicondutores revoluciona- tatividade de compostos, como a alumina (Al2O3),
ram a indústria de eletrônicos e de computadores, zircônia (ZrO2) e zircônia estabilizada com óxido
em decorrência de suas propriedades elétricas de ítrio (ZrO2(Y2O3)), devido à sua capacidade de
diferenciadas (CALLISTER JR.; RETHWISCH, não reagir com o tecido adjacente, resistência à
2013). Voltaremos a falar sobre os materiais semi- corrosão, grande resistência ao desgaste e alta re-
condutores mais adiante, na Unidade 7. sistência mecânica (BIOFABRIS, [2019], on-line)2.

22 Introdução a Ciências dos Materiais


Magnéticos

A palavra magnetismo está associada ao fenômeno de atração que um material exerce sobre outro
material. Sendo assim, os materiais magnéticos são materiais com a capacidade de exercer uma força
de atração ou repulsão sobre outros materiais.
Alguns materiais são capazes de se manterem magnetizados mesmo na ausência de um campo
magnético, eles são chamados de ferromagnéticos; outros materiais apresentam propriedades mag-
néticas apenas na presença de um campo magnético atuante.
Um exemplo de material ferromagnético é o imã em barra, apresentado na Figura 4a, que exibe dois
polos identificados (norte-sul); para um imã reto e um imã em formato de U, na Figura 4b, são visuali-
zadas as linhas de campo formadas pela limalha de ferro quando submetida a esses dois tipos de imãs.
a) Ímã de barra

b) Ímã em ferradura

Figura 4 - a) Representação das linhas de campo de um imã; b) O efeito do imã sobre a limalha de ferro

UNIDADE 1 23
Os materiais magnéticos possuem aplicações variadas, desde pequenos imãs para fechar portas de
armários, até componentes sofisticados utilizados na indústria de eletrônicos (RODRIGUEZ, 1998).
Os materiais magnéticos serão vistos com maior detalhamento na Unidade 8.

Nanotecnológicos

Os materiais nanotecnológicos são diferenciados As propriedades dos materiais que conhece-


em relação ao seu tamanho a nível nano, ou seja, mos são fortemente dependentes do tamanho das
suas partículas possuem dimensões da ordem de partículas que compõem esses materiais; dessa
nanômetros (10-9 metros). O estudo desses ma- forma, podemos modificar as propriedades de
teriais é chamado de nanotecnologia. Eles são de um determinado material por meio do controle
grande expectativa tecnológica, devido às suas do tamanho e da forma de suas partículas cons-
características fascinantes e, por essa razão, ga- tituintes e, com isso, obter novas possibilidades
nharam significativa importância a partir do final de aplicação para o mesmo material.
do século XX, com aplicações em nichos, como Portanto, a partir da nanotecnologia, materiais
eletrônica, biomedicina, esportes, produção de opacos podem se tornar transparentes em escala
energia, entre muitos outros. nanométrica, alguns sólidos tornam-se líquidos,
isolantes elétricos tornam-se condutores etc. Então,
tornou-se possível modificar propriedades físicas
e químicas dos materiais pertencentes a todas as
classes de materiais (metais, cerâmicas, polímeros,
compósitos) somente controlando o tamanho e o
formato de suas partículas, sem a necessidade de
alterar sua composição química (ZARBIN, 2007).
A Figura 5, a seguir, mostra a estrutura dos
nanotubos de carbono produzidos a partir da na-
notecnologia aplicada aos materiais. Esse material
possui um vasto campo de aplicações, por exemplo,
na fabricação de suportes para catalisadores, puri-
ficação e descontaminação de águas, em baterias de
íons de lítio, sensores e biosensores, entre muitas
outras aplicações (ZARBIN; OLIVEIRA, 2013).

Tenha sua dose extra de


conhecimento assistindo ao
vídeo. Para acessar, use seu
leitor de QR Code.
Figura 5 - Representação tridimensional
da estrutura de um nanotubo de carbono

24 Introdução a Ciências dos Materiais


• Estrutura cristalina: é a estrutura forma- A célula unitária é o bloco estrutural básico, ou
da pelo arranjo dos átomos, íons ou mo- bloco construtivo da estrutura cristalina, que
léculas quando se organizam na formação ainda mantém as características gerais da rede,
de um material. Os cristais formados nesse portanto é possível descrever a estrutura cris-
processo podem ter as mais variadas for- talina de um sólido cristalino conhecendo sua
mas, desde estruturas mais simples – para célula unitária.
os metais – até estruturas complexas – para As células unitárias são, na maioria das vezes,
algumas cerâmicas e polímeros. paralelepípedos ou prismas. Na Figura 6, a seguir,
• Célula unitária: nos sólidos cristalinos, pe- podemos observar a célula unitária na forma de
quenos grupos de átomos se organizam de esferas reduzidas para alguns materiais comuns,
maneira periódica na formação da estrutura que são o sal de cozinha, o diamante, o gelo seco
cristalina de um material; por essa razão, é e o ferro metálico, todos com estrutura cúbica.
conveniente e prático dividir a estrutura cris-
talina nessas unidades menores e repetitivas,
que são denominadas células unitárias.

Iônico Atômico
Sal de Cozinha – NaCl Diamante – C

Molecular Metálico
Gelo seco – CO2 Ferro metálico - Fe

Figura 6 - Células unitárias de alguns materiais comuns

26 Introdução a Ciências dos Materiais


Sistemas Cristalinos

Como existem diversas estruturas cristalinas cionado com a aresta de comprimento b, e o eixo
diferentes, é conveniente agrupá-las de acordo z está relacionado com a aresta de comprimento
com a configuração de suas células unitárias. O c, como mostrado na Figura 7.
enfoque mais utilizado é fundamentado somen-
te na geometria da célula unitária, sem levar em
z
consideração as posições dos átomos nela.
Além disso, para que seja possível a aplicação
desse enfoque, definimos um sistema de coorde-
nadas cartesianas xyz, com a origem posicionada
em um dos vértices da célula unitária, e com cada
um dos eixos, x, y e z, coincidindo com uma das
arestas do paralelepípedo e estendendo-se a partir β α
do vértice de origem. y
c
A Figura 7 representa uma célula unitária ge-
nérica de um material qualquer; nela, os parâme- γ a
tros a, b, c, α, β e γ apresentados são denominados
parâmetros de rede cristalina ou simplesmente
parâmetros de rede, onde a, b e c são os compri- x b
mentos das arestas que compõem a célula unitá-
ria e α, β e γ são os ângulos formados entre essas
Figura 7 - Esquematização de uma célula unitária genérica
arestas. Por convenção, o eixo x está relacionado
com a aresta de comprimento a, o eixo γ está rela-
e seus parâmetros de rede
Fonte: adaptada de Callister Jr. e Rethwisch (2013).

Existem sete combinações possíveis para os parâmetros a, b, c, α, β e γ, cada combinação dá origem a


uma geometria diferente para a célula unitária. Essas geometrias são denominadas sistemas cristalinos.
Os sete sistemas cristalinos são os sistemas cúbico, tetragonal, hexagonal, ortorrômbico, romboédrico,
monoclínico e triclínico.
Na Figura 8, podemos verificar as relações para os parâmetros de rede, assim como as representações
para as células unitárias de cada um dos sete sistemas cristalinos.

UNIDADE 1 27
Sistema Relações Ângulos entre Geometria da
Cristalino Axiais os Eixos Célula Unitária

Cúbico a=b=c α = β = γ = 90°


a a
a

Hexagonal a=b≠c α = β = 90°, γ = 120° c

a a a

Tetragonal a=b≠c α = β = γ = 90°


c a
a

Romboédrico
a=b=c α = β = γ ≠ 90° aa
(Trigonal)
a

Ortorrômbico a≠b≠c α = β = γ = 90°


c
a
b

Monoclínico a≠b≠c α = γ = 90° ≠ β° c β


a
b

Triclínico a≠b≠c α ≠ β ≠ γ ≠ 90° c β α


γ
b a

Figura 8 - Representação e caracterização dos parâmetros da célula unitária para os sete sistemas cristalinos
Fonte: adaptada de Callister Jr. e Rethwisch (2013).

28 Introdução a Ciências dos Materiais


Dentro dos sete sistemas cristalinos, as estruturas cristalinas podem
se organizar em 14 formas únicas de arranjo dos pontos em sua rede
cristalina. Esses arranjos tridimensionais únicos dos pontos da rede
cristalina são denominados redes de Bravais – nome concedido em
homenagem ao cristalógrafo francês Auguste Bravais (1811-1863).
A seguir, podemos visualizar as 14 redes de Bravais na Figura 9
(CALLISTER JR.; RETHWISCH, 2013).

Cúbico
a
a

a de face centrada de corpo centrado

α
a c
 
a 
a
de corpo centrado a a
a

Tetragonal Romboédrico Hexagonal

c
a

b de face centrada
Ortorrômbico
Redes de Bravais

β c β α
c β
a γ
a
b b
Monoclínico Triclínico

Figura 9 - Representação das 14 redes de Bravais


Fonte: adaptada de Centro de Informação Metal Mecânica ([2019], on-line)3.

UNIDADE 1 29
Polimorfismo e alotropia

Quando estudamos os materiais, não podemos deixar de mencionar um fenômeno conhecido como
polimorfismo; esse fenômeno ocorre, principalmente, em metais e alguns ametais. O polimorfismo
acontece quando um material possui mais do que uma estrutura cristalina, e esta que prevalece é depen-
dente da temperatura e pressão às quais o material é submetido. Em sólidos elementares, ou seja, em um
material formado apenas por um elemento químico, o mesmo fenômeno recebe o nome de alotropia.
Na Figura 10, a seguir, vemos quatro formas alotrópicas do carbono, ou seja, quatro arranjos cris-
talinos diferentes dos átomos de carbono e, por consequência, quatro compostos com propriedades
distintas, formados somente por carbono.
Geralmente, as transformações polimórficas são acompanhadas de mudanças nas propriedades
físicas do material, por exemplo, na massa específica. Um outro exemplo de alotropia acontece com
o estanho branco, que possui uma estrutura cristalina tetragonal de corpo centrado nas condições
ambiente; porém, quando submetido à temperatura de 13,2 °C, transforma-se em estanho cinza, que
possui uma estrutura cristalina cúbica (semelhante à do diamante). A velocidade com que a transfor-

Grafite Diamante

Figura 10 - Exemplos de compostos alotrópicos do carbono

30 Introdução a Ciências dos Materiais


mação ocorre é extremamente lenta, contudo, e conforme a temperatura diminui abaixo de 13,2 °C,
mais rapidamente a transformação acontecerá (Callister JR.; RETHWISCH, 2013).
Nesta primeira unidade do nosso livro da disciplina de Ciências dos Materiais, apresentamos a você,
caro(a) aluno(a), uma breve perspectiva histórica sobre as ciências dos materiais para que pudéssemos
entender qual a importância desta disciplina no desenvolvimento da humanidade, desde os tempos
antigos até a atualidade.
Além disso, foram abordados conceitos importantes sobre o que são as ciências dos materiais e, em
seguida, foi introduzida a classificação dos materiais em metais, cerâmicas, polímeros e compósitos,
além de uma abordagem dos materiais avançados, semicondutores, nanomateriais, magnéticos e bio-
materiais, apontando suas características principais e exemplos mais comuns de cada classe.
Encerramos a Unidade 1 com uma introdução à estrutura cristalina dos materiais, onde vimos
que os átomos, molécula ou íons que formam os materiais podem se arranjar de várias formas, dando
origem aos sistemas cristalinos.

Fulereno Grafeno

UNIDADE 1 31
ASKELAND, D. R.; WRIGHT, W. J. Ciência e Engenharia dos Materiais. 3. ed. São Paulo: Editora Cengage
Learning, 2015.

CALLISTER JR., W. D.; RETHWISCH, D. G. Ciência e Engenharia de Materiais: uma Introdução. 8. ed. Rio
de Janeiro: Editora LTC, 2013.

PIRES, A. L. R.; BIERHALZ, A. C. K.; MORAES, Â. M. Biomateriais: tipos, aplicações e mercado. Química nova,
On-line, v. 38, n. 7, p. 957-971, 2015. Disponível em: http://quimicanova.sbq.org.br/detalhe_artigo.asp?id=6262.
Acesso em: 1 abr. 2019.

RODRIGUEZ, G. J. B. O porque de estudarmos os materiais magnéticos. Revista Brasileira de Ensino de Fısi-


ca, On-line, v. 20, n. 4, p. 315, 1998. Disponível em: http://www.ifba.edu.br/PROFESSORES/lissandro/arquivos/
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SHACKELFORD, J. F. Ciência dos Materiais. 6. ed. São Paulo: Editora Pearson, 2013.

SMITH, W. F.; ROSA, M. Princípios de ciência e engenharia de materiais. 3. ed. Portugal: Editora McGra-
w-Hill, 1998.

ZARBIN, A. J. G. Química de (nano) materiais. Química Nova, On-line, v. 30, n. 6, p. 1469, 2007. Disponível
em: http://www.scielo.br/pdf/qn/v30n6/a16v30n6.pdf. Acesso em: 1 abr. 2019.

ZARBIN, A. J. G.; OLIVEIRA, M. M. Nanoestruturas de carbono (nanotubos, grafeno): Quo Vadis. Química


Nova, São Paulo, v. 36, n. 10, p. 1533-1539, 2013.

REFERÊNCIAS ON-LINE
1
Em: http://www.durocontrol.com.br/blog/dureza/. Acesso em: 28 maio 2019.
2
Em: http://biofabris.com.br/pt/biomateriais/. Acesso em: 28 maio 2019.
3
Em: https://www.cimm.com.br/portal/material_didatico/6414-empacotamen-to-atomico-dos-cristais-intro-
ducao#.W43_pM4zqpp. Acesso em: 28 maio 2019.

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1. D.

A partir dos parâmetros da célula unitária, temos:

a≠b≠c ; γ = β = α = 90°

Na Figura 8, esses parâmetros representam um Sistema Ortorrômbico.

A afirmativa II está incorreta porque a estrutura é ortorrômbica, contudo, não há como determinar a
estrutura ortorrômbica dentre as quatro possibilidades, pois nessa representação não temos os átomos
apresentados.

A afirmativa III está incorreta porque a célula unitária não possui nenhuma aresta igual. E a afirmativa IV
está incorreta porque o sistema é ortorrômbico.

2. D.

A afirmativa III está incorreta, pois os metais e suas ligas são substâncias inorgânicas constituídas por
elementos químicos metálicos e podendo conter elementos não metálicos como o carbono, por exemplo.
Dentre os materiais metálicos mais usuais estão o magnésio, o cobre, o alumínio, a prata, o bronze, o
titânio, o ouro, o aço, o ferro entre outros.

3. A.

A afirmativa III está incorreta, pois alguns materiais possuem comportamento magnético naturalmente;
esse comportamento magnético envolve a capacidade de exercer uma força de atração ou repulsão sobre
outros materiais

A alternativa IV também está incorreta, pois a nanotecnologia aplicada as ciências dos materiais possibilita
modificar as propriedades de um determinado material por meio do controle do tamanho e da forma de
suas partículas constituintes e com isso obter novas possibilidades de aplicação para o mesmo material.

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