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Disciplina: Ética e Governança Corporativa

Professor: Cid Alledi Filho


Aluno: Rafael Fróes

Trabalho final

Trabalho Final: “A Minha Definição de Ética”, 2,0 pontos, a ser realizado em casa e
entregue no início da última aula (2,0 x 1 = 2,0 pontos totais).

Observação: Trabalhos finais entregues no decorrer da última aula: menos 1,0 ponto.

 Objetivo do Trabalho Final: construir a sua definição para a palavra “ética”

 Pesquisar e citar no mínimo 3 fontes de consulta, referenciando as mesmas


no texto e relacionando-as na Bibliografia, no final do trabalho;

 Os textos que forem copiados devem estar “entre aspas”, seguido


imediatamente da fonte, exemplo: (ABNT, 2014, p. 5);

 Inserir um ou mais parágrafos no final com comentários pessoais e concluir


com a SUA definição de ética, considerando os textos pesquisados;

 Entregar no início da aula

 Trabalho individual!
1. ÉTICA
A priori para tratarmos sobre “ética” devemos fazer uma análise etimológica de suas
origens, dando luz aos dois principais tipos conceituais que dão corpo ao que conhecemos
sobre ética. A primeira origem etimológica da palavra grega “éthos” com e curto, podendo
ser traduzida por costume, a segunda também é escrita como “éthos”, porém, com e
longo, essa já com o significado de propriedade do caráter. A primeira teria o sentido na
tradução latina de “moral”, enquanto a segunda seria a forma atual de como entendemos
a ética na atualidade.
O primeiro sentido é de proteção. É o sentido mais antigo da palavra. Significa
“morada”, “abrigo” e “lugar onde se habita”. Usava-se, primeiramente, na poesia
grega com referência aos pastos e abrigos onde os animais habitavam e se
criavam. Mais tarde, aplicou-se aos povos e aos homens no sentido de seu país.
Depois, por extensão, à morada do próprio homem6, isto é, refere-se a uma
habitação que é íntima e familiar, é o “lar”, um lugar onde o homem vive. 1

Nesse sentido a ética seria o ambiente subjetivo de possibilidade do encontro


com o eu real, representando assim aquilo que constitui uma pessoa, um indivíduo. Tal
constituição do indivíduo estaria estruturada nos seus hábitos, seus comportamentos e
suas características. Dessa forma, cada indivíduo teria a sua própria ética, estruturada por
uma gama de valores e características individuais, fato que seria determinante para a
diferenciação de cada indivíduo.
O segundo significado está vinculado à concepção histórica posta por Aristóteles,
representando o sentido mais comum da tradição filosófica ocidental.
Este sentido interessa à ética, em particular, por estar mais próximo do que se
pode começar a entender por ética. Êthos significa “modo de ser” ou “caráter”.
Mas esse vocábulo apresenta um sentido bem mais amplo em relação ao que
damos à palavra “ética”. O ético compreende, antes de tudo, as disposições do
homem na vida, seu caráter, seus costumes e, naturalmente, também a sua
moral.2

A ética aparece nas discussões não só com diferentes significados semânticos,


mas também com variações no seu sentido de aplicação, seja como ciência ou ramo da
filosofia, por exemplo. Segundo Sá
A ética é a ciência, tendo por objeto de estudo os sentimentos e juízos de
aprovação e desaprovação acerca da conduta e da vontade humana, propondo-
se a determinar: a. qual é o critério segundo a conduta e a vontade em tal modo
aprovada se distinguem, ou ainda, qual é a norma, segundo a qual se opera e

1 Figueiredo, A: Ética: origens e distinção da moral, 2008. p 2. Disponível em:


<http://www2.fm.usp.br/gdc/docs/iof_83_1-9_etica_e_moral.pdf). Acesso em: 18/09/2019.

2 Ibid., p. 3.
deve operar a vontade em tal conduta, e qual o fim que na mesma e para essa se
cumpre e se deve cumprir; b. em que relações de valor estão, com observância
daquela norma e obtenção daquele fim, as diversas formas de conduta,
individual ou coletiva, tais como se apresentam na sociedade e na época à qual
pertencemos.3

Devemos destacar que desde os gregos a ética aparecia como ramo indissolúvel
da filosofia, ou seja, a ética estava atrelada unicamente ao campo filosófico, ramo do
conhecimento que ficou conhecido como teoria dos valores ou axiologia. 4 Com o avanço
do conhecimento humano e o aprofundamento dos estudos das ciências humanas,
fazendo com que vários ramos do saber se destacassem, desvinculando-se do cerne
estrutural da filosofia para constituir ciências com objetivos e métodos próprios. Um dos
ramos que se desprendeu da filosofia foi a ética, campo que ficou conhecido
tradicionalmente como exclusivo da filosofia. Assim, a ética transformou-se em uma
ciência, pois constituiu em sua estrutura um objeto próprio, com leis próprias e método
próprio.
Deve-se destacar que a análise etimológica não é suficiente para entendermos a
totalidade significante do termo ética. Dessa forma, como vimos anteriormente é um
trabalho complexo a busca por um entendimento sobre a definição exata de ética, pois a
ética em sua estrutura tem particularidades complexas e de difícil precisão. Essa
dificuldade de definição muitas vezes acaba possibilitando que erros conceituais sejam
cometidos, um deles é quando a ética é confundida com a moral. Por moral devemos
entender como
o conjunto de regras de condutas assumidas livre e conscientemente pelos
indivíduos, com a finalidade de organizar as relações interpessoais, segundo os
valores do bem e do mal” ao passo que a ética ou filosofia da moral “é mais
abstrata, constituindo a parte da filosofia que se ocupa com a reflexão sobre as
noções e os princípios que fundamentam a vida moral.5

Já a ética seria o estudo da moralidade do agir humano. Sendo assim a ética seria
a disciplina filosófica encarregada de investigar uma enorme variação de sistemas morais
elaborados pelos homens. É através dessa investigação que homem buscaria compreender
a origem das normas as proibições próprias de cada uma delas, buscando assim as
concepções sobre o ser humano, suas ações e condutas.
Contudo, as variações de sentidos da ética se dão também pelos cenários de sua
aplicabilidade, onde a
ética nos negócios é o estudo da forma pela qual normas morais pessoais se
aplicam às atividades e aos objetivos da empresa comercial. Não se trata de um

3 Sá AL. Ética profissional. 3a ed. São Paulo: Atlas; 2000. p.44.

4 Axiologia é uma área da filosofia que estuda os valores humanos.

5 Aranha MLA, Martins MHP. Filosofando: introdução à filosofia. 3a ed. São Paulo: Moderna; 2005. p.2018.
padrão moral separado, mas do estudo de como o contexto dos negócios cria
seus problemas próprios e exclusivos à pessoa moral que atua como um gerente
desse sistema.6

Outra forma de entender a ética no campo dos negócios seria o entendimento de


que “é ético tudo que está em conformidade com os princípios de conduta humana; de
acordo com o uso comum, os seguintes termos são mais ou menos sinônimos de ético:
moral, bom, certo, justo, honesto”.7
É no âmbito do funcionamento metabólico do capital, com suas contradições
internas que a ética aparece como mecanismo orientador na busca de uma ideal
sustentabilidade da comunidade no entorno da empresa. O que isso quer dizer? Que a
empresa tem como seu objetivo primordial a obtenção do lucro, fato indiscutível e posto
definitivamente como meta a ser alcançada. Porém, para o obtenção do lucro a empresa
realizará modificações determinantes no local onde ela fincará suas bases de lucratividade,
seja com a utilização da força de trabalho dos agentes que residem no local, seja com
modificações estruturais realizadas para implementação das atividades da empresa (obras
em geral, elevação do padrão social: como aumento dos preços do comércio local, entre
outros, e etc).
A ética entraria como ferramenta de mediação entre a lucratividade desenfreada
da empresa e os cuidados com as modificações estruturais que essa primeira realizará na
comunidade local em que está inserida. A ética aparece não só como mecanismo interno
da busca de implementação de valores gerais para o bom funcionamento das atividades
empresariais, mas também como mecanismo externo que buscará implementar ações
objetivadas no funcionamento harmônico entre a empresa e a comunidade local. Se tais
processos de implementação da ética, sejam internos ou externos, serão aplicados, é uma
questão própria de cada empresa e seus grupos gerenciais. Fato é que a ética está sim no
campo de discussão das empresas, a questão é saber como e se a ética será aplicada no
dia a dia de suas ações, e além, se a ética conseguirá romper a barreira da lucratividade à
todo custo e assim, implementar um cenário harmônico de coletividade e bem estar. No
meu entendimento, a capitalismo não permite a implementação de tal cenário, mas fica a
reflexão sobre a possibilidade da implementação da ética empresarial no dia a dia das
empresas, das comunidades e dos trabalhadores.
A implementação do modelo de jornada de trabalho 24/7 exposto
brilhantemente por Jonathan Crary, em Capitalismo tardio e os fins do sono, fez com que a
possibilidade do ócio criativo fosse estraçalhada, uma vez que a condição forçada de
trabalho automático ininterrupto rompesse as barreiras éticas do momento da não
produção. Junto a isso, a privação do sono está como condição primeira da produtividade
pós-moderna, associada diretamente com o modelo 24/7. Sobre isso Crary no diz que

6 NASH, Laura. Ética nas empresas. São Paulo: Makron Books do Brasil, 1993, p. 6.

7 BAUMHART, Raymond, S. J. Ética em negócios. Rio de Janeiro: Expressão e Cultura, 1971.


O tempo 24 / 7 é um tempo de indiferença, ao qual a fragilidade da vida humana
é cada vez mais inadequada, e onde o sono não é necessário nem inevitável. Em
relação ao trabalho, torna plausível, até normal, a ideia do trabalho sem pausa,
sem limites. É um tempo alinhado com as coisas inanimadas, inertes ou
atemporais.8

Vimos então que desde os tempos da Grécia Antiga, a discussão sobre o


significado da ética, seja etimológico ou prático, como ferramenta de reflexão filosófica ou
de ciência prática, vem se transformando e recebendo novos significados. Para emitir uma
opinião pessoal sobre o que é ética, é preciso fazer uma escolha metodológica, levando
em conta os diferentes significados apresentados ao longa da história do pensamento.
Para mim, a ética estaria no campo da práxis, unindo a teoria e a prática, na qual a
reflexão filosófica daria base para a aplicação prática dos ideais e dos valores que
constituem a ética. Dessa forma a ética, a meu ver, seria um método teórico de reflexão
sobre como devemos buscar a vida boa, ou melhor, em como podemos alinhar nossos
valores individuais com a parcela massiva social que constitui a nossa sociedade, na qual
estamos inseridos. Mais do que reflexão teórica, a ética teria um segundo momento que
se entrelaça com a reflexão teórica, tal momento seria a aplicabilidade prática dessa
reflexão, momento em que individualmente estaríamos na busca pela plenitude do viver,
colocando nossas individualidades à prova no ambiente coletivo.
É no ambiente coletivo que a ética encontraria sua aplicabilidade prática, e como
um processo metabólico, a constituição deste processo estaria sempre em transformação
mediante a união da reflexão teórica e a aplicabilidade prática dos resultados destas
reflexões.

2. Bibliografia

8 CRARY, Jonathan. 24/7 – Capitalismo tardio e os fins do sono. São Paulo: Cosac Naify, 2014, p. 19.
Aranha MLA, Martins MHP. Filosofando: introdução à filosofia. 3a ed. São Paulo: Moderna;
2005.
BAUMHART, Raymond, S. J. Ética em negócios. Rio de Janeiro: Expressão e Cultura, 1971.

CRARY, Jonathan. 24/7 – Capitalismo tardio e os fins do sono. São Paulo: Cosac Naify, 2014.
Figueiredo, A: Ética: origens e distinção da moral, 2008. p 2. Disponível em:
<http://www2.fm.usp.br/gdc/docs/iof_83_1-9_etica_e_moral.pdf). Acesso em:
18/09/2019.
NASH, Laura. Ética nas empresas. São Paulo: Makron Books do Brasil, 1993.

Sá AL. Ética profissional. 3a ed. São Paulo: Atlas; 2000.

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