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Trabalho final
Trabalho Final: “A Minha Definição de Ética”, 2,0 pontos, a ser realizado em casa e
entregue no início da última aula (2,0 x 1 = 2,0 pontos totais).
Observação: Trabalhos finais entregues no decorrer da última aula: menos 1,0 ponto.
Trabalho individual!
1. ÉTICA
A priori para tratarmos sobre “ética” devemos fazer uma análise etimológica de suas
origens, dando luz aos dois principais tipos conceituais que dão corpo ao que conhecemos
sobre ética. A primeira origem etimológica da palavra grega “éthos” com e curto, podendo
ser traduzida por costume, a segunda também é escrita como “éthos”, porém, com e
longo, essa já com o significado de propriedade do caráter. A primeira teria o sentido na
tradução latina de “moral”, enquanto a segunda seria a forma atual de como entendemos
a ética na atualidade.
O primeiro sentido é de proteção. É o sentido mais antigo da palavra. Significa
“morada”, “abrigo” e “lugar onde se habita”. Usava-se, primeiramente, na poesia
grega com referência aos pastos e abrigos onde os animais habitavam e se
criavam. Mais tarde, aplicou-se aos povos e aos homens no sentido de seu país.
Depois, por extensão, à morada do próprio homem6, isto é, refere-se a uma
habitação que é íntima e familiar, é o “lar”, um lugar onde o homem vive. 1
2 Ibid., p. 3.
deve operar a vontade em tal conduta, e qual o fim que na mesma e para essa se
cumpre e se deve cumprir; b. em que relações de valor estão, com observância
daquela norma e obtenção daquele fim, as diversas formas de conduta,
individual ou coletiva, tais como se apresentam na sociedade e na época à qual
pertencemos.3
Devemos destacar que desde os gregos a ética aparecia como ramo indissolúvel
da filosofia, ou seja, a ética estava atrelada unicamente ao campo filosófico, ramo do
conhecimento que ficou conhecido como teoria dos valores ou axiologia. 4 Com o avanço
do conhecimento humano e o aprofundamento dos estudos das ciências humanas,
fazendo com que vários ramos do saber se destacassem, desvinculando-se do cerne
estrutural da filosofia para constituir ciências com objetivos e métodos próprios. Um dos
ramos que se desprendeu da filosofia foi a ética, campo que ficou conhecido
tradicionalmente como exclusivo da filosofia. Assim, a ética transformou-se em uma
ciência, pois constituiu em sua estrutura um objeto próprio, com leis próprias e método
próprio.
Deve-se destacar que a análise etimológica não é suficiente para entendermos a
totalidade significante do termo ética. Dessa forma, como vimos anteriormente é um
trabalho complexo a busca por um entendimento sobre a definição exata de ética, pois a
ética em sua estrutura tem particularidades complexas e de difícil precisão. Essa
dificuldade de definição muitas vezes acaba possibilitando que erros conceituais sejam
cometidos, um deles é quando a ética é confundida com a moral. Por moral devemos
entender como
o conjunto de regras de condutas assumidas livre e conscientemente pelos
indivíduos, com a finalidade de organizar as relações interpessoais, segundo os
valores do bem e do mal” ao passo que a ética ou filosofia da moral “é mais
abstrata, constituindo a parte da filosofia que se ocupa com a reflexão sobre as
noções e os princípios que fundamentam a vida moral.5
Já a ética seria o estudo da moralidade do agir humano. Sendo assim a ética seria
a disciplina filosófica encarregada de investigar uma enorme variação de sistemas morais
elaborados pelos homens. É através dessa investigação que homem buscaria compreender
a origem das normas as proibições próprias de cada uma delas, buscando assim as
concepções sobre o ser humano, suas ações e condutas.
Contudo, as variações de sentidos da ética se dão também pelos cenários de sua
aplicabilidade, onde a
ética nos negócios é o estudo da forma pela qual normas morais pessoais se
aplicam às atividades e aos objetivos da empresa comercial. Não se trata de um
5 Aranha MLA, Martins MHP. Filosofando: introdução à filosofia. 3a ed. São Paulo: Moderna; 2005. p.2018.
padrão moral separado, mas do estudo de como o contexto dos negócios cria
seus problemas próprios e exclusivos à pessoa moral que atua como um gerente
desse sistema.6
6 NASH, Laura. Ética nas empresas. São Paulo: Makron Books do Brasil, 1993, p. 6.
2. Bibliografia
8 CRARY, Jonathan. 24/7 – Capitalismo tardio e os fins do sono. São Paulo: Cosac Naify, 2014, p. 19.
Aranha MLA, Martins MHP. Filosofando: introdução à filosofia. 3a ed. São Paulo: Moderna;
2005.
BAUMHART, Raymond, S. J. Ética em negócios. Rio de Janeiro: Expressão e Cultura, 1971.
CRARY, Jonathan. 24/7 – Capitalismo tardio e os fins do sono. São Paulo: Cosac Naify, 2014.
Figueiredo, A: Ética: origens e distinção da moral, 2008. p 2. Disponível em:
<http://www2.fm.usp.br/gdc/docs/iof_83_1-9_etica_e_moral.pdf). Acesso em:
18/09/2019.
NASH, Laura. Ética nas empresas. São Paulo: Makron Books do Brasil, 1993.