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7/7/2010 O tripé regulador da EAD no Brasil: LDB…

O tripé regulador da EAD


no Brasil: LDB, Portaria dos
20% e Decreto 5.622/2005
Leis

Site: Sala de Aula Interativa


Curso: Educação online interativa 2010.1
Livro: O tripé regulador da EAD no Brasil: LDB, Portaria dos 20% e Decreto 5.622/2005
Impresso por: Christiane Lima
Data: quarta, 7 julho 2010, 20:40

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Sumário
1 Resumo
2 Introdução
2.1 Lei de diretrizes e bases da educação nacional (LDB)
2.2 A Portaria dos “20%”
2.3 O decreto 5622
3 Conclusão
4 Bibliografia
5 Legislação em EAD - Brasil (integra)

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O tripé regulador da EAD no Brasil: LDB, Portaria dos 20% e Decreto 5.622/2005

Giovanni Farias∗

∗ Giovanni Farias é graduado e mestre em Engenharia Elétrica, MBA e especialista em Gestão da Educação a Distância.
Através de sua empresa, a GFARIAS.COM, fornece serviços de consultoria, treinamento, geração de conteúdo e
soluções tecnológicas aplicadas na implantação de operações de EAD em empresas e instituições de ensino, no Brasil
e exterior. Contato via site: www.gfarias.com ou via email: gfarias@gfarias.com.

Resumo

A educação a distância no Brasil foi legalizada pela LDB - Lei e Diretrizes e Bases da Educação,
promulgada em 1996 e regulamentada por vários Decretos, Portarias, Resoluções e Pareceres
publicados desde então. Porém, uma Portaria e um Decreto se destacam dentre na regulamentação da
LDB no que diz respeito à educação a distância. Por conta disso, para termos uma visão rápida e
abrangente sobre as normas que regem a EAD em nosso país, e o impacto que as mesmas têm na
aplicação de EAD no Brasil, segue a apresentação de uma análise da LDB, da Portaria 4059 de
10/12/2004 e do Decreto 5622 de 19/12/2005, no que se refere aos principais aspectos a serem
considerados na prática da educação à distância.

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Introdução

A legislação brasileira que regulamenta a educação a distância (EAD) no país está em constante
processo de transformação desde 1996, quando foi promulgada a Lei 9394, de 20 de dezembro daquele
ano, autorizando, em seu Artigo 80, a EAD como modo de ensino. Desde então, das sucessivas
publicações feitas para regulamentar a educação a distância, temos hoje a maior parte da base legal da
EAD no Brasil publicada em 4 documentos:

A própria Lei 9394 (LDB), de 20 de dezembro de 1996, que dá legaliza o uso de EAD na
educação formal no Brasil.

A Portaria 4059, de 10 de dezembro de 2004, que autoriza a introdução de disciplinas no modo


semi-presencial em até 20% da carga horária total de cursos superiores reconhecidos.

A Portaria 4361, de 29 de dezembro de 2004, que regulamenta o processo de credenciamento de


instituições de ensino para o uso regular de EAD em seus processos.

O Decreto 5622, de 19 de dezembro de 2005, que regulamenta o Artigo 80 da LDB, definindo a


política oficial de educação à distância no país.

Outros elementos jurídicos, inclusive pareceres e resoluções, também compõem a


regulamentação da LDB no que diz respeito à EAD, porém, ou não ter importância significativa no
entendimento legal da EAD no Brasil, ou por terem sido revogados por alguma das publicações supra
citadas, não incluiremos em nossa lista de principais reguladores do setor no país.

Desta forma, vamos fazer uma análise desta regulamentação para se ter uma visão ampla
sobre o que pode ser realizado em termos de educação à distância no Brasil. Apenas a Portaria 4361,
de 29/12/2004, não será analisada, haja vista que seu teor é bastante focado na burocracia necessária ao
processo de credenciamento institucional junto aos órgãos responsáveis pela educação no país, não

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sendo imprescindível para o alcance de nosso intento.

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1. Lei de diretrizes e bases da educação nacional (LDB)

Como já foi afirmada, a legislação sobre a EAD no Brasil, em seu formato atual, tem
como base a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), a Lei 9394 de 20 de dezembro de
1996.

Em seu texto, a educação a distância é citada diretamente em apenas quatro Artigos,


sendo apenas um deles inteiramente dedicado ao tema. No Artigo 32 a Lei estabelece que a educação a
distância não possa ser utilizada como substituta do ensino presencial no ensino fundamental, salvo
apenas em casos emergenciais ou de forma complementar ao ensino presencial. O Artigo 47, que
dimensiona o ano letivo em 200 dias úteis, também cita a educação à distância, mas apenas para eximir
alunos e professores da freqüência escolar neste modo de ensino. No Artigo 87 é determinado que cada
Município e, supletivamente, os Estados e a União eventualmente ofereçam cursos à distância aos jovens
e adultos insuficientemente escolarizados, sem tecer maiores detalhes a respeito.

Artigo 80

Apenas o Artigo 80 da LDB delibera exclusivamente sobre educação à distância. Tem


em seu início a definição de algumas diretrizes básicas, como a de convocar o Poder Público para
incentivar a EAD em todos os níveis da educação, além de dar apenas à União a prerrogativa de
credenciar Instituições de Ensino para trabalhar com educação à distância em seus processos de ensino.

O Artigo também especifica que caberá à União e aos Estados definirem regras de
funcionamento para a EAD nos seus respectivos sistemas de ensino. Isto implica que cabe à União
detalhar normas para produção, controle, avaliação e autorização de programas de EAD na educação
superior, enquanto os Estados e o Distrito Federal fazem o mesmo em relação aos demais níveis de
educação.

Para completar, o último Parágrafo do Artigo 80 prevê um tratamento diferenciado para


a EAD quanto a custos de transmissão em canais comerciais de comunicação, bem como quanto à
concessão de canais exclusivamente voltados para finalidades educativas.

Artigo 81

Além dos artigos que fazem citação à EAD, devemos citar ainda o Artigo 81, que apesar
de não mencionar o termo educação (ou ensino) a distância, acaba sendo de fundamental importância
para EAD, pois autoriza a organização de cursos e instituições de ensino experimentais, o que
posteriormente acabou dando base legal para a Portaria 4059, de 10 de dezembro de 2004.

Note que a LDB apresenta pouca especificidade sobre a EAD, deixando o detalhamento
da regulamentação da educação à distância no Brasil para ser realizada nos anos seguintes, através de
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Decretos, Portarias, Resoluções e Pareceres.

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2. A Portaria dos “20%”

Portaria 4059, de 10 de dezembro de 2004, tem


muita importância para a desburocratização do uso da EAD no
Brasil, pois ela regulamenta a introdução de disciplinas no modo semi-presencial em até 20% da carga
horária dos cursos de graduação reconhecidos. Tomando como base legal o Artigo 81 da LDB, esta
Portaria simplifica o processo de implantação de EAD nos cursos de graduação reconhecidos e torna
clara a regra de aplicação do percentual máximo de atividade não presencial. Até então a legislação
vigente deixava brechas para interpretação sobre este limite, pairando sempre a questão: O limite de
carta horária não presencial seria 20% de cada disciplina ou 20% das disciplinas do curso?

Regra de Distribuição

A Portaria 4059 é precisa em seu texto. Logo no seu Artigo 1º Determina que apenas
curso superior reconhecido possa ofertar disciplinas no modo semi-presencial, e em até 20% da carga
horária total prevista para todo o programa de curso, não importa como é feita à distribuição das
atividades não presencias nas disciplinas. Desta forma a distribuição de atividades não presencias para
um curso com 3600 horas de carga horária, por exemplo, deve estar contida em 720 horas, a serem
distribuídas nas disciplinas de um curso superior reconhecido. Assim podemos ter disciplinas quase
inteiramente aplicadas à distância, outras com diferentes percentuais de atividades não presenciais,
enquanto outras podem ser ministradas totalmente presencialmente, desde que o total de horas de
atividade não presencial se limite a 720 h, no exemplo dado.

Avaliação Presencial

No mesmo Artigo há a determinação de que os exames de avaliação do aluno devam ser


realizados presencialmente. Isso implica que, embora atividades extra-classe ainda possam ser utilizadas
como parte da avaliação do aluno, a avaliação principal da disciplina deve ser realizada no modo
presencial.

Tecnologia e Atividade Presencial

O Artigo 2º exige que, nas disciplinas em que sejam desenvolvidas atividades semi-
presenciais, seja feito o uso de métodos e práticas de ensino aprendizado baseados em tecnologias da
informação e comunicação. Isso implica, na prática, no uso de computadores conectados à Internet, para
controle da publicação de conteúdo e da interação entre os participantes da disciplina. É no cumprimento
deste Artigo que comumente entra em cena sistemas de gerenciamento de cursos com uso de software
livre, como o Teleduc, Aulanet e MOODLE[1], dentre outras tecnologias proprietárias.
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Aliás, o termo “semi-presencial” é utilizado em todo o texto da Portaria para manter a


coerência com uma de suas exigências: a existência de atividades de tutoria e de encontros presenciais no
planejamento pedagógico da disciplina. Tais encontros presenciais devem estar presentes no
planejamento de uma disciplina mesmo que todos os itens de sua ementa sejam abordados através de
atividades não presenciais. A importância de tais encontros é fundamental para o entrosamento dos
alunos da disciplina, o que influencia em atividades sócio-interacionais realizadas a distância e,
consequentemente, na qualidade do aprendizado obtido na disciplina.

Adequação da Tutoria

O Artigo determina que a tutoria das disciplinas ofertadas na modalidade semi-


presencial, para ser considerada adequada, necessita de docentes capacitados para realizar tal tarefa,
com carga horária definida tanto para tutoria nos encontros presenciais quanto nas atividades realizadas à
distância. O cumprimento desta exigência implica em ter um corpo docente não apenas treinados no uso
dos recursos tecnológicos utilizados no processo de tutoria, mas também com conhecimentos sobre os
métodos aplicados à EAD, o que torna uma tarefa não trivial de ser realizada, haja vista o perfil
heterogêneo que o corpo docente de qualquer curso apresenta, tanto em relação a uso de tecnologia,
quanto a conhecimento sobre pedagogia aplicada a EAD. ´

Assista o vídeo : "Capacitação em EAD"

O texto não determina que tecnologias da informação e comunicação devam ser


utilizadas, nem a carga mínima de atividades presenciais, muito menos trata sobre a relação entre número
de alunos e de tutores. A razão da inexistência de citação a fatores tão importantes ao processo se dá
pelo fato de que as possibilidades de planejamento pedagógico são inúmeras, considerando tecnologias
disponíveis, necessidades inerentes a cada disciplina, relação alunos/tutor de acordo com demanda da
disciplina e do seu plano pedagógico, realidade sócio-econômica do público atendido, entre outros
fatores. Desta forma, a adequação dos processos de EAD aplicados a disciplinas semi-presenciais vai
depender de cada caso em específico.

Formalização do Processo

O Artigo 3º da Portaria determina que as instituições de ensino superior comuniquem à


Secretaria de Educação Superior do MEC as modificações realizadas nos projetos pedagógicos dos
cursos reconhecidos, motivadas pela introdução de disciplinas com uso do método de ensino semi-
presencial. E o Artigo 4º prevê a avaliação da oferta destas disciplinas semi-presenciais no processo de
renovação de reconhecimento dos cursos da instituição.

Desta forma a introdução de disciplinas semi-presenciais pode ser feita sem muitos
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entraves burocráticos, devendo a instituição de ensino superior determinar seus procedimentos técnico-
acadêmicos internos para a introdução de tais disciplinas. Feito isso então apenas realizar a comunicação
formal ao MEC das mudanças realizadas, através dos meios cabíveis, para não ter problemas legais no
momento da renovação do reconhecimento do curso.

O que podemos concluir com a leitura desta Portaria é que o sucesso da introdução de
disciplinas no modo semi-presencial depende, além do atendimento às exigências legais, do adequado
planejamento pedagógico destas disciplinas no contexto de cada curso. Pois é esta adequação que dará
respaldo às especificações técnico-pedagógicas realizadas para a oferta de atividade não presencial, em
um universo de possibilidades existente para tal.

É importante perceber que esta Portaria não trata do uso de EAD de forma plena na
educação superior ou em qualquer outro nível de ensino, afinal este tipo de abordagem está no âmbito do
Decreto que regulamenta a EAD no Brasil, que analisaremos a seguir.

[1] MOODLE – Modular Object-Oriented Dynamic Learning Environment, considerado um dos


melhores sistemas de gerenciamento de cursos encontrados no mercado.

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3. O decreto 5622

Em 19 de dezembro de 2005, o Diário Oficial da União publicou o Decreto 5622, que


regulamento o Artigo 80 da Lei 9394 de 1996, detalhando as regras a serem aplicadas sobre a EAD no
Brasil, nos diferentes níveis de ensino regular.

A EAD e suas Limitações Legais

O Artigo 1º define a EAD como uma modalidade educacional que conta com a
mediação de tecnologias da informação e comunicação, tendo estudantes e professores desenvolvendo
atividades educativas em lugares e tempos diversos. O Artigo também delimita o que pode ser realizado
remotamente, e o que não pode, como: avaliação principal de uma disciplina, estágio, defesa de trabalhos
e, caso exista, atividade em laboratório. Aliás, o Artigo 4º deixa claro que a prova presencial deve
prevalecer sobre os outros elementos que compõem a avaliação, cuja execução seja feita à distância
(trabalhos, participação em atividades, realização de tarefas, etc.). Isso limita o uso do paradigma da
EAD, afinal a flexibilidade, uma de suas principais vantagens, acaba sendo comprometida por este tipo
de restrição.

O Artigo 3º obriga os cursos formatados em EAD a serem projetados para o mesmo


período de tempo do curso equivalente na modalidade presencial. Lamentavelmente este dispositivo
reduz substancialmente a flexibilidade da EAD, pois impede que diferentes alunos, com diferentes ritmos
de estudo, em diferentes realidades de vida, tenham a oportunidade de fazer seus cursos em seu próprio
tempo. Todos sabem que o sucesso dos cursos livres (que não são regulamentados) se dá, em grande
parte, pela flexibilidade de tempo para sua aplicação, dando a cada um dos estudantes a prerrogativa de
ser dono do seu próprio tempo, realizando o curso no limite do seu ritmo e/ou de sua disponibilidade.
Isso não ocorrerá, nem parcialmente, nos cursos regulamentados, pelo menos por enquanto.

Credenciamento de Cursos Baseados em EAD

O Artigo 9º regula o processo de credenciamento de todos os níveis da educação,


inclusive de MESTRADO E DOUTORADO. Mas a respeito de pós-graduação stricot-sensu, o Artigo
25 reserva para a CAPES a palavra final das regras de autorização.

Os Artigos 10º e 11 delimitam as competências do Ministério da Educação e das


Secretarias de Educação dos Estados e do Distrito Federal no credenciamento de cursos à distância. O
MEC fica responsável pela educação superior, enquanto as Secretarias Estaduais/Distrital de Educação
ficam responsáveis pela educação de jovens e adultos, educação especial e educação profissional. A
educação básica, apesar de ser citada no Artigo 2º como passível de ser implantada em EAD, não é
citada nos Artigos 10º ou 11 quanto ao credenciamento, uma vez que o Artigo 30º limita o uso de EAD
em seu nível educacional apenas a casos excepcionais.

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O Artigo 11 ainda restringe à sua unidade da Federação a área de atuação da instituição
credenciada pela Secretaria de Estado/Distrital para atuar em EAD, necessitando de credenciamento do
MEC levar tal atuação a outros Estados. A limitação geográfica para atuação da instituição credenciada
para EAD em nível superior é tratada apenas no Artigo 15, que determina que a área de atuação de uma
instituição de ensino superior se dará no ato de seu credenciamento e será determinada de acordo com
sua capacidade institucional para oferta do curso.

Equivalência entre Ensino a Distância e Ensino Presencial

Um aspecto marcante neste Decreto é a garantia de equivalência entre ensino presencial


e ensino a distância, citada em diversos Artigos do documento. O Artigo 3º garante a equivalência de
tempo de curso, o Artigo 5º determina a equivalência de diplomas expedidos por cursos ministrados nas
duas modalidades de ensino, o Artigo 16 esclarece que o sistema de avaliação do ensino superior
também deve ser o mesmo para ambas as modalidades, o Artigo 22 afirma que o processo de
reconhecimento e renovação de cursos superiores à distância devem se sujeitar à mesma legislação
vigente para educação presencial. Até a manifestação do Conselho Nacional de Saúde ou da OAB
sobre a criação e autorização de alguns cursos de graduação a distância terá processo análogo ao
utilizado para cursos ou programas presenciais equivalentes, de acordo com o Artigo 23.

Medicina, Odontologia, Psicologia e Direito.

O Artigo 23 determina que a criação e autorização de cursos de graduação a distância


de Medicina, Odontologia e Psicologia devem ser submetidas à manifestação do Conselho Nacional de
Saúde, e para o curso de Direito, à manifestação da OAB. Realmente é importante ter um parecer
especializado sobre a criação de cursos cujo exercício profissional é tão crítico para a sociedade. Aliás,
outros cursos de graduação a distância, cujo exercício profissional também é critico, poderiam demandar
de parecer de seus respectivos conselhos de classe para aprovação, como algumas engenharias e outros
cursos na área de Saúde, por exemplo. O que preocupa é termos um atraso significativo no processo de
introdução de EAD nas áreas de conhecimento que demandam tais manifestações de outras instâncias
além do MEC, por conta do processo em que isso ocorre.

Exigências para Credenciamento

Os Artigos 12, 13 e 14 regulamentam as questões referentes às exigências a serem


atendidas por instituições de ensino superior para credenciamento de cursos de graduação baseados em
EAD, no que diz respeito à estrutura (legal, física e operacional), ao projeto pedagógico, e aos prazos
envolvidos no processo, respectivamente.

A expansão de operação de EAD em nível superior para outras bases territoriais, além
daquela na qual a instituição de ensino superior está localizada, pode ser feita através de parcerias,

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convênios, contratos e outras formas de acordo, porém um conjunto de exigências explicitadas no Artigo
26 também deve ser atendido.

Apesar do detalhamento das exigências para credenciamento, restam alguns detalhes a


serem esclarecidos, como é o caso da exigência sobre atendimento apropriado a estudantes portadores
de necessidades especiais, citado no Artigo 13, que não apresenta especificação alguma. Desta forma,
mesmo diante da existência de uma grande diversidade de necessidades especiais (deficiência física,
auditiva, visual, etc.), o atendimento a este Artigo fica dependente de interpretação do Decreto, uma vez
que atender a estudantes com necessidades especiais a instituição de ensino implica em diferentes
iniciativas, inclusive com diferentes tecnologias e custos de implantação, para diferentes necessidades
especiais.

Outro aspecto que fica suscetível à interpretação são as exigências sobre detalhes do
projeto pedagógico a ser apresentado pela instituição de ensino ao órgão regulamentador. O Artigo 13
não especifica maiores detalhes sobre o que deve constar no projeto pedagógico de um curso para
obtenção de sua aprovação. Algumas perguntas sobre as tecnologias de informação e comunicação
exigidas, e sobre a relação entre número de estudantes e número de tutores ficam em aberto,
dependendo de cada caso. Isto ocorre porque, as possibilidades existentes para cada tipo de curso,
cada formato de EAD e cada realidade institucional são inúmeras. Desta forma os critérios mais
confiáveis para uso no projeto pedagógico são: o bom senso, a ética educacional e um bom
conhecimento sobre o uso de tecnologia para o alcance de objetivos pedagógicos, para compor assim
um projeto pedagógico adequado e imune a interpretações legais.

Cursos a Distância e Instituições Estrangeiras

O Decreto apresenta uma série de Artigos tratando de cursos ou instituições estrangeiras


atuando no Brasil. Esta preocupação se dá justamente por conta da amplitude das ações em educação,
que podem ser realizadas através de parceria com instituições estrangeiras, ou cursos que facilmente
podem ser feitos diretamente com um grande número de instituições presentes fora do país. Já no Artigo
6º é determinado que apenas instituições brasileiras devidamente credenciadas tenham permissão para
firmar convênios com similares estrangeiras. Além disso, tais convênios têm que ser submetidos à análise
e homologação do órgão normativo do respectivo sistema de ensino.

O Artigo 27 determina que diplomas emitidos por programas de cursos superiores de


graduação a distância no estrangeiro, mesmo que ofertados em convênio com instituições sediadas no
Brasil, devem ser submetidos à revalidação em universidade pública brasileira. Já o Artigo 28 determina
que os diplomas de cursos de pós-graduação realizados a distância em instituições estrangeiras devem
ser revalidados em universidade brasileira que possua curso ou programa equivalente reconhecido pela
CAPES. Com isso evita-se, entre outros problemas, a circulação de diplomas falsos ou emitidos por
instituições de ensino presentes no exterior, cuja qualidade de ensino é incompatível com os padrões
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brasileiros.

Prazos Estabelecidos

Ao longo do Decreto 5622, há alguns prazos sendo contados a partir da data de sua
publicação: 19 de dezembro de 2005. De acordo com o Artigo 11, o MEC tem 180 dias para editar
normas complementares para regulamentação da atividade de EAD, por parte de insituições de ensino
básico, fora da sua respectiva unidade da Federação.

A CAPES deverá editar normas complementares para a regulamentação de programas


de mestrado e doutorado a distância, no prazo de 180 dias. O mesmo prazo é também o que o MEC
tem em colaboração com as instâncias estaduais e do Distrito Federal, para padronizar as normas e os
procedimentos de credenciamento de instituições, autorização ou reconhecimento de cursos ou
programas a distância.

O Artigo 34 determina que as instituições já credenciadas para ministrar cursos e


programas a distância, têm 360 dias corridos para se adequarem aos termos do Decreto. E as
instituições de ensino, cujos cursos e programas superiores tenham completado mais da metade do prazo
concedido para autorização em 19 de dezembro de 2005, deverão solicitar o respectivo reconhecimento
no prazo de até 180 dias, contados a partir da data de publicação do Decreto.

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Conclusão

Diante de tantos dispositivos transitórios contidos no Decreto 5622, pela mudança


abrupta de regras sobre EAD entre a regulamentação atual e a anterior, pelo excesso de regulamentação
em alguns aspectos e mesmo por lacunas de regulamentação em outros, podemos concluir que a
legislação da EAD em nosso país está em constante processo de transformação, tal como a própria
dinâmica da educação à distância. Para muitos tal regulamentação em excesso provoca perda de
flexibilidade do método de ensino, e a demora na regulamentação da pós-graduação stricto-sensu
provoca atrasos nos programas de pesquisa.

Porém, apesar de todas as limitações, vácuos na regulamentação e burocracia impostos


pela legislação apresentada, só posso imaginar que é resultado do cuidado dos responsáveis pela política
de EAD no Brasil, para não deixar brechas que possam ser utilizadas como meio de aplicação
equivocada de EAD para ensino regular. Ainda mais quando estamos em processo de aprendizado
quanto ao processo de implantação deste novo paradigma de ensino no Brasil, principalmente quanto ao
aspecto pedagógico, este cuidado é responsável e importante para a credibilidade da EAD.

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Bibliografia

Lei 9394 de 20 de dezembro de 1996. Em: <http://portal.mec.gov.br/sesu>

Portaria 4059, de 10 de dezembro de 2004. Em: <http://portal.mec.gov.br/sesu>

Portaria 4361, de 29 de dezembro de 2004. Em: <http://portal.mec.gov.br/sesu>

Decreto 5622, de 19 de dezembro de 2005. Em: <http://portal.mec.gov.br/sesu>

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http://www2.abed.org.br/documentos/ArquivoDocumento593.pdf

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