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ANÁLISE CEFALOMÉTRICA
DESENHO ANATÔMICO
1. Perfil mole.
2. Násio.
3. Órbita.
4. Sela.
5. Meato Acústico Externo.
6. Básio.
7. Mandíbula.
8. Maxila.
9. Fissura Pterigomaxilar.
10. Dentes.
Eduvaldo C. S. Júnior
PONTOS CEFALOMÉTRICOS
1. Linha S-N: base anterior do crânio, uma reta que sai do ponto S até o ponto N.
2. Plano de Frankfurt: linha que passa pelos pontos Pr e Or.
3. Plano Mandibular (Riedel/Steiner): linha que passa pelo ponto Me e é tangente ao
ponto mais inferior do ramo da mandíbula Gn.
4. Linha N-A: linha
que liga o ponto N
ao Ponto “A”.
Também é
chamada de Linha
Facial Superior.
5. Linha N-B: linha
que liga o ponto N
ao Ponto “B”,
passando pelo
ponto Pog.
Também chamada
de Linha Facial
Inferior.
6. Longo Eixo do
Incisivo Superior:
linha que parte da
ponta incisal do
incisivo superior,
I. Problema Dentário.
II. Relação Maxilomandibular.
III. Dentes/Esqueleto.
IV. Problema Estético.
V. Relação Craniofacial.
VI. Estrutura Interna.
1. Relação Molar.
2. Relação Canina.
3. Overjet Incisivo.
4. Overbite Incisivo.
5. Extrusão do Incisivo Inferior.
6. Ângulo Interincisivo.
1.
2. Posição
Protrusãododo
molar superior.
incisivo inferior.
3. Protrusão do incisivo superior.
4. Inclinação do incisivo inferior.
5. Inclinação do incisivo superior
6. Plano oclusão ao ramo mandibular.
7. Inclinação do plano oclusal.
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1. Protrusão Labial.
2. Longitude do Lábio Superior.
3. Comissura Labial-Plano
Oclusal.
1. Profundidade Facial.
2. Eixo Facial.
3. Cone Facial.
4. Plano Mandibular.
5. Profundidade Maxilar.
6. Altura Maxilar.
7. Plano Palatino.
A Profundidade Facial
localiza o mento
horizontalmente na face.
Determina se a mandíbula tem
participação na Classe II ou
Classe III esquelética. Apresenta
como valores normais 87°. O Eixo
Facial determina a direção de
crescimento e exprime a
proporção da altura facial em
comparação à profundidade
facial. Valores normais são 90°. O
Plano Mandibular apresenta 2
subdivisões: plano mandibular
alto ou plano mandibular baixo;
um plano mandibular alto está
ligado à mordida aberta
esquelética, já um plano
mandibular baixo está ligado à
sobremordida profunda. Valores
normais para o plano mandibular
são de 26°. Profundidade Maxilar
indica a posição horizontal da
maxila na face. Padrões de Classe
II esquelética devidos à maxila podem apresentar valores superiores a 93°. Valores normais
são de 90°. Por fim a Altura Maxilar determina se há excesso de crescimento vertical anterior
da maxila, podendo cauxar sorriso gengival. Por outro lado, valores reduzidos podem estar
ligados à mordida profunda esquelética. Valores normais são de 53°.
1. Deflexão Craniana.
2. Longitude Craniana Anterior.
3. Altura Facial Posterior.
4. Posição do Ramo Mandibular.
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5. Localização do Pório.
6. Arco Mandibular.
7. Longitude do Corpo
Mandibular.
posteriorizada, trazendo a
mandíbula para trás. O pório
localizado para anterior está
associado a crescimento mandibular
excessivo, sendo um fator
importante na avaliação de Classe III
cirúrgica. Valores normais são de -
39 mm (aos 9 anos de idade). Arco
mandibular determina a morfologia mandibular. O aumento do valor do ângulo indica uma
mandíbula com aspecto braquicefálico (mordida profunda). Algumas vezes, apresentam
padrões de prognatismo. Valores reduzidos, tendem a mordidas abertas, morfologia
mandibular dólicocefálico. Valores normais são de 26°. Longitude do Corpo Mandibular, avalia
o prognatismo ou o retrognatismo devido ao comprimento da mandíbula. Valores normais são
de 65 mm (9 anos de idade).
MEDIDAS COMPLEMENTARES
(regular) e acima de 3° (ruim). O ângulo ANB também pode ser calculdo pela equação
SNA – SNB, no qual se o valor
encontrado for positivo,
indica que a maxila está mais
protruída que a mandíbula;
caso o valor seja negativo,
indica uma protrusão
mandibular em relação à
maxila.
Ângulo FMA (Tweed):
ângulos formados pelos
planos de Frankfurt e Plano
Mandibular, indicando a
tendência de crescimento
crâniofacial, baseando-se nos
graus de inclinação da base
da mandíbula, e em relação
ao 1/3 médio superior da
face. Valor normal: 25°.
Ângulo SNGoGn (Riedel):
ângulo formado pela linha SN
e o Plano Mandibular. Este
ângulo elucida o comportamento da base mandibular, em relação ao terço anterior do
crânio. Valor normal: 32°.
Ângulo 1.NA: ângulo formado pelo Longo Eixo dos Incisivos Superores com a Linha NA.
Representa a inclinação dos incisivos centrais superiores, em relação a Linha NA. Valor
normal: 22°; caso o valor encontrado esteja superior ao normal, indica uma
vestibularização dos incisivos; caso esteja inferior ao normal indica uma verticalização
dos incisivos.
Distância NA (1-NA): distância entre a superfície coronária vestibular dos incisivos
centrais superiores à linha NA. Representa o grau de protusão ou retrusão destes
dentes. Valor normal: 4,0 mm.
Ângulo 1.NB: ângulo formado pelo longo eixo dos incisivos inferiores com a linha NBA.
Sujeito às alterações dimensionais e espaciais da base do crânio e da mandíbula. Valor
normal: 25°; valores encontrados acima do valor normal, indica uma vestibularização
dos incisivos inferiores; caso esteja inferior ao normal indica uma verticalização dos
incisivos inferiores.
Distância NB (1-NB): maior distância ou entre a superfície vestibular dos incisivos
centrais inferiores à linha NB. Representa o grau de protrusão ou retrusão destes
dentes. Valor normal: 4,0 mm.
Distância H-Nariz: corresponde à distância perpendicular desde a Linha H à região
mais proeminente do ápice nasal. Valor normal: 9,0 a 11,0 mm. Esta distância indica o
perfil do paciente, sendo que quanto mais distânte da Linha H, maior a convexidade da
face, quando mais interna for a Linha H e a distância for negativa, maior a concavidade
da face.
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As modificações que sofrem os dentes desde o início da formação até a sua erupção e
oclusão nos arcos dentais estão intimamente relacionadas à edificação e crescimento da face.
A organização desta está, por sua vez, associada à história dos arcos branquiais.
É um complexo fenômeno resultante de causas variadas, que faz com que o dente,
ainda incompletamente formado, migre do interior dos maxilares para a cavidade oral.
Concomitantemente à emergência do dente até a sua posição definitiva no arco, edifica-se a
raíz, conforma-se a loja alveolar para recebê-la, assim como se organiza o ligamento
alvéolodental.
Os processos de erupção dos dentes permanentes e decíduos sendo semelhantes
serão avaliados em comum. O mecanismo da erupção pode ser estudado tendo-se em conta
três períodos que se sucedem e que são interdependentes:
de dentina seguem-se
circunjacente. as deàesmalte,
Neste, dada início da formação
preponderância radicular
dos fenômenos de ereabsorção
edificação do tecido ósseo
osteoclástica, o
dente atravessa a cripta óssea que o envolve, estabelecendo contato com o cório da mucosa
bucal.
PERÍODO PÓS-ERUPTIVO
Corresponde ao ciclo vital do dente, após ter tomado contato com o antagonista. A
partir deste momento, cessa a erupção ativa, iniciando-se a erupção contínua. Na verdade, o
dente prossegue com menor intensidade seu movimento eruptivo, quer devido ao desgaste de
sua face triturante, quer devido à ausência do dente antagonista. O osso alveolar sofre
modificações arquiteturais a fim de suportar os impactos mastigatórios que se exercem sobre
os dentes em oclusão, assim como se reorganizam as fibras do ligamento alveolodental.
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Entre os três e seis anos, o desenvolvimento dos dentes permanentes no interior dos
rebordos alveolares está se processando em ritmo acelerado. Dos cinco aos seis anos, época
em que os incisivos temporários são substituídos e os primeiros molares permanentes estão
prestes a irromper, existe, nos maxilares, maior número de dentes que em qualquer outra
época. Dos seis aos dez anos, tanto os quatro primeiros molares permanentes quanto os oitro
incisivos têm sua erupção finalizada e entram em oclusão. Entre dez e doze anos, a dentição
mista dá lugar à permanente. Os caninos e molares decíduos dão lugar aos sucessores
permanentes. Aos 13 anos, em média, todos os dentes permanentes já irromperam, exceto o
terceiro molar, para o qual não é possível estabelecer uma idade determinada para sua
aparição na cavidade oral.
De modo geral, podemos dizer que a sequência eruptiva dos dentes decíduos é a
seguinte:
Sob aspecto clínico, Nolla, dá uma avaliação dos estágios médios de calcificações dos
dentes individualmente. Os 10 estágios de desenvolvimento de Nolla, como são conhecidos,
para os dentes superiores e inferiores, compreendem:
0. Ausência de cripta.
1. Presença de cripta.
2. Calcificação inicial.
3. 1/3 da coroa completa.
4. 2/3 da coroa completa.
5. Coroa praticamente completa.
6. Coroa completa.
7. Coroa completa mais 1/3 da raiz formada.
8. Coroa completa mais 2/3 da raiz formada.
9. Coroa completa e a raiz praticamente completa porém com o ápice ainda aberto.
10. Dente totalmente formado com ápice radicular completo.
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DENTADURA MISTA
Sequência de irrupção de permanentes (começa por volta dos 6 anos e termina aos
12):
1MI – 1MS - ICI – ICS - ILI – ILS - 1PI e CI (normalmente irrompem juntos); 1PS - 2PI – 2PS
- CS e 2M.
Frenectomia Precoce: Não se faz frenectomia precoce, a não ser que o freio esteja
excessivamente baixo e atrapalhando a mobilidade do lábio e o desenvolvimento. Caso seja
feito, sem necessidade, pode levar a quadros de uma hipotonia do lábio.
ESPAÇO LIVRE DE NANCE OU LEE WAY SPACE: É a sobra de espaço que ocorre na
região posterior de molares decíduos. Nesta arcada temos os caninos, pré-molares e molares
decíduos, e ao somarmos o diâmetro mésio-distal deles e comparamos com dentes sucessores
(canino, 1° pré-molar, 2° pré-molar) haverá um excesso de espaço, ou seja, os dentes
permanentes serão menores e esta sobra de espaço será de 0,9 mm para o arco superior e
1,7mm para o arco inferior. Em média 3,5 mm de sobra no arco inferior e em média 2,0 mm no
arco superior.
Esse espaço é extremamente importante para os ajustes da oclusão, para que os
molares se ajustem em chave de oclusão classe I.
Utilização do Espaço Livre de Nance:
Irrupção de caninos e pré-molares;
Ajuste de oclusão do 1MP;
Alinhamento dos Incisivos Inferiores.
Eventualmente, nosso paciente vai apresentar um pequeno apinhamento na região de
incisivos, (em média, aos 8 anos a criança terá um apinhamento). Quando este apinhamento é
de 3mm ou menos, na transição da dentadura mista para permanente, esse apinhamento
pode sofrer uma auto-correção, aquele Lee Wayspace pode auxiliar na correção e os incisivos
ficarem bem alinhados.
Medidas do arco dentário: Arco decíduo inferior: molares, caninos e incisivos.
A- Comprimento do arco
B1- Distância Inter-caninos
B2- Distância inter-molares
C- Perímetro do arco
Comprimento do arco: passamos uma linha tangente na distal dos segundos molares
decíduos e mede-se a região da linha mediana, então dessa linha até o ponto de contato dos
incisivos, esse e o chamado comprimento do arco.
Distância inter-caninos: que vai da cúspide de um canino a cúspide de outro;
Distância inter-molares: vai do sulco central do molar ao sulco central do outro;´
Perímetro do arco: Vai da distal do segundo molar passando pelas cúspides
vestibulares dos segundos molares, cúspide do primeiro molar, cúspide do segundo molar,
cúspide do canino, incisal dos incisivos até do lado oposto.
Estas medidas também são aplicadas à dentadura permanente. As medidas do arco dentário
tendem a reduzir na transição da dentadura decícua para a permanente.
vida as medidas. O indíviduo que apresente um apinhamento dentário, com o passar do tempo
tenderá a um prognóstico pior.
Transição da dentadura permanente pra decídua:
Comprimento do arco: tende a diminuir de 2 a 3 mm.
Perímetro do arco: tende a diminuir 3,5 mm nos meninos e 4 mm nas meninas.
Mede-se a região dos incisivos centrais e laterais de cada lado (EP anterior):
Mede-se a região de caninos e molares decíduos de cada lado (até mesial do 1° molar
permanente).
E...................23,4.........................23,4...................D
Total= 23,4 + 23,4 + 25 = 71,8 mm. Ou seja, para que haja erupção correta dos dentes,
necessita-se de 71,8 mm de espaço na arcada.
E..........(-4,4)...............LM............(-4,4)...............D
O desvio de linha média, quando seu valor é positivo, indica que há excesso de espaço
para erupção dos dentes; quando é nula, indica que pode haver instalada uma
mordida aberta anterior; quando é negativa, indica falta de espaço para erupção
dentária, logo deve-se levar em consideração a possibilidade de procedimentos
interceptivos.
MÉTODO DE MOYERS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ANÁLISE FACIAL
A análise facial, embora não possa ser vista de maneira isolada, pode ser considerada o
item mais importante do diagnóstico, pois nos permite avaliar as características morfológicas
responsáveis pela estética do indivíduo. A fim de realizar uma análise facial adequada e
efetiva, deve-se ter como objetivo identificar:
Para isso, a face deve ser observada em vistas frontal e de perfil. Preferencialmente,
fotografias são realizadas para este estudo, devendo a cabeça estar orientada em sua posição
natural, mostrando na foto de perfil o “prumo” ou “alinhamento” paralelo à margem lateral.
Geralmente é realizado alguns registros da posição natural da cabeça:
Visando facilitar o estudo, alguns pontos localizados na face (vistas frontal e de perfil)
serão descritos abaixo:
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PADRÃO FACIAL
PADRÃO I
PADRÃO II
PADRÃO III
PADRÃO FACE LONGA
PADRÃO FACE CURTA
que haverá potencial de crescimento suficiente para que a mandíbula, no futuro, atinja uma
relação de Classe I esquelética com a maxila. O PADRÃO I é também conhecido como
maloclusão dentária.
PADRÃO FACE LONGA será todo indivíduo que apresentar excesso do terço inferior da
face, que torne o selamento labial impossível ou forçado. Existe tendência à mordida aberta
esquelética, porém não deve-se utilizar essa classificação para os indivíduos PADRÃO FACE
LONGA. Sabe-se que a variação que ocorre no trespasse vertical é muito grande, podendo ir de
mordida aberta expressiva a uma sobremordida profunda. A etiologia, apesar de multifatorial,
tem um forte caráter genético.
PADRÃO FACE CURTA será todo indivíduo que apresentar deficiência vertical do terço
inferior da face, que torne o selamento labial compressivo. Apresenta dimensão vertical de
repouso aumentada. Isso significa que a face melhora quando observada em repouso, em
comparação com a face observada em oclusão. A entiologia determinante tem caráter
genético.
Ao se estudar os padrões, durante o crescimento facial, torna-se evidente a influência
genética. Sabe-se que as características hereditárias atuam sobre os padrões de crescimento,
busca-se nos pais o sinais que possam alertar quanto à intensidade das discrepâncias
esqueléticas, o que nos permite traçar um prognóstico mais próximo da realidade.
É muito importante atentar a esse fato para que, no final do tratamento, não haja
decepção por parte do profissional ou por parte do paciente, com os resultados que
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gostaríamos de atingir, mas que não serão atingidos. O erro pode estar em tentar vencer a
genética.
TIPOLOGIA FACIAL
MESOCEFÁLICO OU MESOFACIAL
Harmonia facial.
Proporções dos terços faciais de 1:1.
Equilíbrio entre as distâncias verticial e horizontal.
Musculatura facial equilibrada.
Bom padrão de crescimento.
BRAQUICEFÁLICO OU BRAQUIFACIAL
DÓLICOCEFÁLICO OU DÓLICOFACIAL
ALTERAÇÕES VERTICAIS
Para esta análise, a face pode ser dividida em 3 partes, as quais devem apresentar
proporcionalidade entre sí de 1 : 1 : 1. Os terços, assim chamados, são determinados pelos
seguintes trechos:
1. Tríquio-glabela.
2. Glabela-subnasal.
3. Subnasal-mentoniano.
Uma variação dessa análise pode ser realizada, desconsiderando-se o terço superior,
pois o ponto tríquio varia consideravelmente, de índivíduo para indivíduo.
Simetria bilateral.
Relação interlabial (gap).
Assimetria Funcional: não verifica-se problemas estruturais, mas apenas uma posição
incorreta da mandíbula, resultante de uma interferência oclusal. Nesses casos, um contato
prematuro induz ao deslocamento lateral mandibular, podendo srcinar uma mordida cruzada
unilateral. Desequilíbrios musculares e algumas desordens articulares também são capazes de
gerar assimetrias funcionais.
RC e MIH, onde em RC a linha média dentária inferior tende a centralizar-se com a linha média
facial. Se não ocorrer diferença no posicionamento mandibular, provavelmente será uma
assimetria esquelética, sendo confirmada por mio de uma radiografia frontal PA ou tomografia
computadorizada.
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Perfil Convexo: característico de pacientes Classe II, divisão 1, onde se observa uma
discrepância óssea ântero-posterior entre a maxila e a mandíbula, refletida no tecido
mole. Pode ser devido a uma protrusão maxilar, retrusão mandibular ou ambas. Neste
caso, o ângulo de convexidade é menor que 165°.
Perfil Reto: característico de indivíduos Classe I esquelética, onde não se observa
discrepância óssea horizontal. Valores médios do ângulo de convexidade entre 165° e
175°.
e 85°.
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Linha do Sorriso.
Corredor Bucal.
Curvatura das bordas incisais.
Exposição do incisivo superior.
Linha média dentária.
Inclinação do plano oclusal.
Nivelamento das bordas incisais.
Alinhamento dos zênites gengivais.
DRED – diagrama de referências estéticas dentárias.
superiores. Durante o sorriso “social”, esta curva acompanha a curvatura do lábio inferior,
como se as bordas incisais descansassem sobre este lábio.
EXPOSIÇÃO DO INCISIVO SUPERIOR esta avaliação deve ser realizada com a boca
semi-aberta e os lábios em repouso. O ideal é que visualiza-se uma pequena parte dos incisivos
superiores, cerca de 3 mm apenas. Exposições maiores, dão uma sensação de dentes
alongados. Exposições menores são indesejadas, pois escondem exageradamente os incisivos,
principalmente durante a fala, dando um aspecto de dentição envelhecida.
incisivos superiores, obedecendo aos limites de cada dente. O contorno labial, a linha média
facial e o longo eixo dos dentes posteriores também podem ser desenhados e utilizados como
referenciais estéticos. No DRED deve-se
visualizar:
Simetria.
Eixo dos dentes.
Limites do contorno gengival.
Nível do contato interdental.
Bordas incisais.
Linha do sorriso.
Proporções dentárias.
FISIOLÓGICOS: são processos fisiológicos que ocorrem naturalmente, resultando na movimentação dentária.
Exemplos: processo de erupção dos dentes permanentes e decíduos; migração disto-mesial dos dentes em oclusão;
processo oclusal, na qual ocorre pequenos movimentos dentro do alvéolo.
INDUZIDOS:nasão
resultando processos não
movimentação fisiológicos
dentária. que ocorrem
Exemplos: hábitospela ação de forças
parafuncionais externas
(sucção queortodontia.
digital); geram sinais biomecânicos,
ESTRUTURAS PERIODONTAIS
Periodonto de Inserção: é a junção dos seguintes tecidos: cemento; ligamento periodontal; osso alveolar e gengiva. O osso
alveolar é subdividido em 2 categorias: osso alveolar propriamente dito e o processo alveolar. O osso alveolar propriamente
dito é continuo com o processo alveolar e forma a delgada lâmina óssea que está localizada imediatamente lateral ao
ligamento periodontal (lâmina dura – fasciculada), e adjacente temos o osso esponjoso (lamelar).
Componentes do Ligamento Periodontal (LP): o ligamento periodontal é formado por uma rede de fibras colágenas, um
complexo feixe vásculo nervoso, elementos celulares e fluído intersticial. Dentre estes componentes, o mais importante no LP
são as fibras colágenas, pois elas são inseridas no cemento da superfície radicular de um lado e na lâmina dura, do outro lado.
Estas fibras de suporte correm anguladas, se ligando apicalmente mais distantes no dente do que no osso alveolar adjacente.
Este arranjo resiste ao deslocamento esperado do dente durante a função normal. O fluído intersticial tem a função de
OBS: a movimentação dentária induzida é um fenômeno biológico e não um evento físico. Ocorre neste momento a
MECANOTRANSDUÇÃO em que consiste na transformação do estímulo mecânico em uma reação biológica.
LIGAMENTO PERIODONTAL o LP ocupa um espaço de aproximadamente 0,5 mm de espessura em volta de toda a raiz. O
arranjo das fibras do LP resistem ao deslocaento esperado do dente durante a função normal.
DEFLEXÃO DO OSSO ALVEOLAR em funções mastigatórias normais, o corpo mandibular se flexiona com a abertura e o
fechamento de boca. Em função intensa, os dentes individualmente são deslocados ligeiramente com a flexão dos processos
alveolares, permitindo que ocorra uma pressão, a qual é transmitida a distâncias consideráveis. A flexão óssea em resposta à
função normal, gera uma corrente piezoelétrica, que parece ser um importante estímulo à regeneração e ao reparo
esquelético. Este é o mecanismo pelo qual a arquitetura óssea é adaptada às demais demandas funcionais.
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FLUIDO INTERSTICIAL OU TISSULAR o fluído atua de maneira que, se uma pressão contra o dente for mantida por algum
tempo, este fluído rapidamente é escoado e o dente se desloca dentro do espaço do LP, comprimindo o ligamento contra o
osso adjacente. Esta compressão gera dor, que é sentida normalmente após 3 a 5 segundos da aplicação da força, indicando
que o fluído extravasou e a força está sendo aplicada diretamente sobre o LP. Assim a resistência proporcionada pelos fluídos
tissulares permite uma mastigação normal, sem dor, se a aplicação da força ocorrer por 1 segundo ou menos. Assim
protegendo o LP de forças excessivas e constantes.
FORÇA
DENTE
PROLONGADA
REMODELAÇÃO
ÓSSEA
LADO DE REABSORÇÃO
COMPRESSÃO ÓSSEA
OBS: Piezoeletricidade é um fenômeno observado em vários materiais cristalinos, nos quais uma deformação na estrutura
do cristal produz um fluxo de corrente elétrica, onde elétrons são deslocados de uma parte da estrutura cristalina para outra.
Cristais orgânicos também podem apresentar esta propriedade.
A FASE INICIAL
B FASE DE ESTAGNAÇÃO
C FASE DE MOVIMENTO ATIVO
D FASE REPARADORA
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FASE INICIAL OU FASE DE DESLOCAMENTO é a resposta inicial de um dente, que se segue à aplicação de força, refletindo o
movimento imediato do dento dentro do tecido viscoelástico do LP. Esses movimentos são geralmente previsíveis por
princípios biofísicos e não envolvem, tipicamente, quantidades extensas de remodelagem de tecidos ou de deformação do
osso alveolar circundante. O fluído tissular, dentro do LP, exerce um importante pepel na transmissão e no amortecimento das
forças que agem sobre os dentes. A magnitude da rsposta de deslocamente também depende do comprimento radicular e da
altura do osso alveolar, que são fatores determinantes da localização do centro de resistência (CR) e do centro de rotação de
um dente.
FASE DE ESTAGNAÇÃO OU FASE DE LATÊNCIA a segunda fase do ciclo do movimento dentário ortodôntico é caracterizada
pela ausência clínica de movimento e geralmente referida como fase de latência ou retardo. Ocorre neste período uma
extensa remodelação em todos os tecidos que revestem os dentes. A quantidade absoluta de força aplicada não é tão
relevante quanto a força relativa aplicada por unidade de área. Dependendo da compressão localizada no LP, podem ocorrer:
(1) uma oclusão parcial nos vasos sanguíneos da área; ou (2) uma oclusão absoluta dos vasos sanguíneos quando forças
excessivamente altas forem aplicadas. Todavia, a oclusão completa conduz à necrose temporária da área imediatamente
adjacente, seguida por um caminho completamente diferente de movimentação dentária, que por sua vez, é mais lento para
ser iniciado, começando depois de aproximadamente 1 semana. Em cada uma destas situações as transformações estruturais
e bioquímicas dão início a uma cascata de mecanismos celulares necessários à remodelação óssea.
FASE DE MOVIMENTO ATIVO OU FASE DE ACELERAÇÃO é caracterizada pelo rápido deslocamento dentário. O movimento
dos dentes é iniciado em deferência à adaptaçõ frente às transformações em seu suporte, ligamento periodontal e osso
alveolar. A magnitude a força afeta, diretamente, a velocidade de movimento dos dentes. Forças altas podem gerar uma fase
de atraso de até 21 dias antes de ocorrer o movimento dentário. Forças menores podem induzir à translação dentária, sem
fase de retardo, em velocidades que são, contudo, clinicamente significativas.
FASE REPARADORA OU FASE LINEAR ocorrerá por volta da 3ª semana de movimentação dentária, onde haverá a
neoformação óssea, regularização das superfícies e serão gerados novos pontos de estabilização da nova posição dentária, pós
movimentação.
FASE INICIAL:
FASE DE ESTAGNAÇÃO:
FASE REPARADORA:
Neoformação óssea.
Espessura periodontal normalizada.
Regularização das superfícies.
Estabilidade da nova posição.
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FASE INICIAL:
FASE DE ESTAGNAÇÃO:
FASE REPARADORA:
Neoformação óssea.
Espessura periodontal normalizada.
Regularização das superfícies.
Estabilidade da nova posição.
Escalar: caracterizada por um valor numérico. Exemplos: massa, comprimento, tempo, temperatura.
Vetorial: caracterizada por direção, intensidade e sentido. Exemplos: velocidade, aceleração, deslocamento.
FORÇA agente capaz de modificar o estado de repouso ou de movimento retilínio uniforme de um corpo. Esta definição
também é descrita na 1ª Lei de Newton ou Lei da Inércia.
CENTRO DE RESISTÊNCIA (CR) é análogo ao centro de massa de um corpo, porém, na odontologia, é aplicada ao dente. É
equivalente ao seu “ponto de equilíbrio”. O CR de um dente depende do comprimento e da morfologia radicular, do número
de raízes e do nível do osso alveolar de suporte. O CR de um dente unirradicular com níveis normais de osso alveolar, está a
um terço (1/3), da distância entre a junção cemento-esmalte (JCE) e o ápice radicular.
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DENTE SEM PERDA ÓSSEA DENTE COM PERDA ÓSSEA
CENTRO DE RESISTÊNCIA
D (DENTE UNIRRADICULAR) D
1/3 D 1/3 D
OBS: o centro de resistência sofre deslocamente para apical da raíz em dentes com perda óssea.
MOMENTO DE FORÇA
Momento de uma força, é a tendência de um corpo sofrer um giro (rotação) com a aplicação de uma força fora de seu
centro de massa, na odontologia, centro de resistência.
x x
F
F Quando uma força (F) é aplicada fora do
CR, haverá uma rotação do corpo em
torno do seu eixo, gerando um momento.
CR
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M=Fxd
M Momento (N.mm)
F Força (N)
d Distância (mm)
CR
INCLINAÇÃO DESCONTROLADA uma força única, horizontal, em direção lingual/palatina, provocará o movimento do ápice
radicular e da coroa em direções opostas. Este é o tipo de movimento dentário mais simples de ser produzido. Sob certas
condições, a inclinação descontrolada pode ser útil, tal como em pacientes com má oclusão Classe II, divisão 2, e Classe III, nos
quais os incisivos excessivamente verticalizados necessitam, normalmente, ser vestibularizados.
INCLINAÇÃO CONTROLADA é um tipo bastante desejado de movimento dentário. É obtida com a aplicação de uma força
para mover a coroa, como é feito na inclinação descontrolada, e com a aplicação de um momento para “controlar” ou manter
a posição do ápice radicular. Neste tipo de movimento o estresse radicular é mínimo, o que contribui para a manutenção da
integridade do ápice radicular. Em pacientes com incisivos superiores protruídos, o ápice radicular geralmente se encontra
bem posicionado e não precisa ser movimentado. O único movimento de maior porte é realizado pela coroa.
TRANSLAÇÃO também conhecido como movimento de corpo. A translação de um dente se estabelece quando o ápice
radicular e a coroa se movem até uma mesma distância, na mesma direção horizontal. O centro de rotação está no infinito. A
força é aplicada no centro de resistência dental, resultando num movimento do corpo. Entretanto, o ponto de aplicação da
força, está longe do CR, sendo assim, requer a aplicação simultânea de uma força, e de um binário (consiste de duas forças
paralelas, de igual magnitude, atuando em direções opostas e separadas por uma distância. Binários também são conhecidos
como vetores livres).
INTRUSÃO movimento pelo qual se tem por objetivo gerar uma força que seja direcionada ao ápice radicular,
“empurrando” o elemento dental para seu alvéolo ósseo, sem que haja uma reabsorção radicular significativa. Neste
movimente, se prioriza a forma mais lenta de intrusão.
EXTRUSÃO movimento pelo qual tem o objetivo de “puxar”, tracionar o dente do alvéolo ósseo. Neste movimento existem
2 divisões: extrusão lenta e extrusão rápida. EXTRUSÃO LENTA: movimento dental em que haverá neoformação óssea na
região de tração, ou seja, no ápice radicular. EXTRUSÃO RÁPIDA: movimento dental em que não ocorrerá neoformação óssea
na região de tração, ou seja, no ápice radicular.
Eduvaldo C. S. Júnior
TIPOS DE FORÇAS
CONTÍNUAS (Dissipante) força mantida em um nível considerável de uma consulta para outra.
INTERMITENTES (aparelhos removíveis) o nível de força declina abruptamente a zero de forma intermitente,
quando o aparelho ortodôntico é removido pelo paciente ou talvez quando um aparelho fixo é temporariamente
desativado, e posteriormente retorna para o nível srcinal algum tempo depois.
INTERROMPIDAS (aparelhos fixos) o nível de força declina a zero entre as ativações.
MAGNITUDE DA FORÇA
FORÇAS INÓCUAS (não gera alteração significativa no movimento. Força será igual a 0).
FORÇAS LEVES (IDEAIS)
Reabsorção óssea frontal.
Melhor movimentação dentária.
Reorganização do ligamento periodontal mais acelerada.
Paciente apresenta um ligeiro desconforto.
Menores danos aos tecidos do paciente.
FORÇAS INTENSAS
Apresenta maiores áreas de hialinização (reabsorção óssea à distância)*
Movimentação dentária mais demorada.
Reorganização do ligamento periodontal mais demorada.
Dor e desconforto persistente por vários dias.
Mobilidade dental aumentada.
Danos aos tecidos como: polpa dentária, raiz e crista alveolar.
OBS: * áreas de hialinização, são também chamadas de “zonas de hialinização”, recebem este nome devido ao fato de serem
similares em aparência às cartilagens hialinas. Estas áreas são de fato zonas de necrose tecidual focal. Durante todo o tempo
de persistência destas lesões, não há ocorrência de movimento dentário ortodôntico. Este período coincide com a fase de
latência do ciclo de movimento dentário. Células fagocitárias especializadas são recrutadas e migram para o local, a fim de
remover essas lesões necróticas. Estas células removem os tecidos agredidos da periferia, resultando em reabsorção, não
apenas do tecido mole necrótico, mas também, do osso alveolar e do cemento adjacente.
Tempo
Eduvaldo C. S. Júnior
É a reabsorção resultante de forças externas, que geram o processo de reabsorção dentária. Estas reabsorções, podem
ser: FISIOLÓGICAS e PATOLÓGICAS.
FISIOLÓGICA processo natural de reabsorção dentária, ocorre de maneira lenta e gradual, por estímulos fisiológicos.
Exemplos: esfoliação de dentes decíduos por pressão dos dentes permanentes durante sua erupção; processo de apoptose.
PATOLÓGICA processo de reabsorção provocados por algum estímulo externo não fisiológico. Exemplos: uso de aparelhos
ortodônticos; más oclusões.
REABSORÇÃO RADICULAR
É uma sequela relativamente comum no tratamento ortodôntico. Suas consequências variam de mobilidade dentária
leve, resultado de pequenas porções de reabsorção radicular, até a perda total dos dentes, devido à reabsorção radicular
excessiva. Os níveis de reabsorção radicular são:
(A) leves contornos irregulares do ápice radicular. (B) suave pontilhado no ápice radicular. (C) reabsorção apical
moderada. (D) reabsorção radicular severa. (E) reabsorção radicular lateral. (Estratégias Biomecânicas e
Estética na Clínica Ortodôntica – Ravindra Nanda, 2ª Ed.)
ANATOMIA DO DENTE A SER MOVIMENTADO a anatomia radicular do dente a ser movimentado interfere com certa
significância. O número de raízes, tanto quanto seu comprimento e formato radicular interfererem nesta movimentação.
Quanto maior o número de raízes, maior será o grau de dificuldade de movimentação; raízes cônicas apresentam certa
facilidade de movimentação. Raízes achatadas no sentido M-D ou dilaceradas, também apresentam certo grau de dificuldade
de movimentação.
Eduvaldo C. S. Júnior
CONDIÇÕES ANATÔMICAS LOCAIS neste tópico, relaciona-se ao tipo de osso, morfologia óssea da região e padrão
muscular. Movimentos dentários em região mandibular são mais complicadas, apresentando certo grau de limitação.
Indivíduos com musculatura densa, e cortical óssea mais extensa, apresentam uma maior resistência à movimentação
dentária.
IDADE E CONDIÇÕES SISTÊMICAS quanto mais jovem for o paciente, maior será a facilidade de movimentação dentária,
uma vez que o ligamento periodontal no indivíduo jovem apresenta: (1) elementos celulares aumentados. (2) fibras
periodontais mais delgadas e flexíveis. Os espaços medulares se encontram aumentados, e no paciente jovem, sua estrutura
óssea e muscular se encontra em desenvolvimento. No que abrange as condições sistêmicas, estão relacionados os distúrbios
hormonais e nutricionais do paciente. Pacientes que apresentam disfunção na produção do paratormônio ou calcitonina, são
indivíduos com maiores dificuldades na movimentação dentária. O paratormônio acelera o metabolismo de cálcio, fazendo
com que o cálcio existente no osso seja retirado e jogado na corrente sanguínea, logo a alta concentração deste hormônio,
leva a quadros de osteoporose. A calcitonina atua reduzindo os níveis de cálcio sanguíneos, transportando este íon até os
ossos e depositando-os, as baixas concentrações deste hormônio produzem quadros de osteoporose, pois a calcitonina
também apresenta uma inibição da ação dos osteoclastos. Outro fator é a deficiência de vitaminas, em especial, vitaminas A, C
e D. As vitaminas apresentam estas funções: A (aposição e reabsorção óssea), C (síntese de colágeno – sua carência está
associada ao escorbuto), D (absorção de cálcio – sua carência está associada ao raquitismo e osteoporose).
SAÚDE DAS ESTRUTURAS DE SUPORTE para que haja uma movimentação dentária com o mínimo de desconforto e maior
eficiência ao paciente, deve-se verificar: (1) ausência de doenças periodontais. (2) ausência de patologias periapicais. (3)
ausência de anquiloses. (4) ausência de cáries. (5) boa higienização.
Para que um tratamento ortodoôntico seja eficiente e satisfatório, deve-se ao final do tratamento apresentar as
seguintes características:
A mordida aberta anterior pode ser definida como a presença de uma dimensão
vertical negativa entre as bordas incisais dos dentes anteriores superiores e inferiores. A
mordida aberta anterior, caracteriza-se por uma discrepância de natureza vertical,
apresentando um prognóstico que varia de bom ao deficiente, dependendo de sua gravidade e
da etiologia a ela associada.
Apesar do osso ser o tecido mais duro do corpo humano, é também um tecido
plástico, que reage a todo tipo de pressão, sobre ele exercida, principalmente da musculatura
que o circunda. A forma e a integridade dos arcos dentários, bem como a relação dos dentes
entre si, encontram-se na dependência de fatores como a relação de contato entre os dentes
contíguos, o mecanismo de reabsorção/aposição do osso de suporte e também a atividade
muscular. Quando existe um padrão morfogenético normal, a língua, os lábios e as bochechas
funcionam como mantenedores da homeostasia local.
HÁBITOS BUCAIS
Hábitos de Sucção acontece quando a criança é alimentada por meio de mamadeiras, sua
demanda fisiológica é satisfeita, mas a necessidade natural que possui de sugar não é suprida
nos poucos minutos que permanece no colo da mãe. Assim, pode iniciar-se um processo de
sucção compensatório dos dedos da mão ou de chupetas, executados nos intervalos entre as
refeições e no momento de dormir.
Entretanto, a persistência do hábito durante a fase inicial da dentadura mista deve ser
considerada como deletéria, uma vez que os incisivos estão irrompendo e o hábito pode
prejudicar o desenvolvimento normal da oclusão e do crescimento facial. A instalação de uma
má oclusão, contudo, não depende apenas da simples existência do hábito, mas também do
padrão de crescimento facial que a criança possui, bem como da duração, intensidade e
frequência com que o hábito é realizado.
irrupção dos incisivos, criando-se condições para o desenvolvimento de uma mordida aberta
anterior. O posicionamento do polegar no palato mantém a língua numa posição mais inferior,
afastando-se do contato com os dentes posteriores. Essa alteração pode culminar com o
estabelecimento de uma mordida cruzada posterior, visto que, sem o pressionamento lingual
compensatório, apenas a musculatura peribucal acaba atuando sobre esses dentes,
pressionando-os para lingual.
A interposição lingual pode ocorrer também nos casos de hipertrofia das amígdalas
palatinas, na região da bucofaringe. Este aumento, que pode acontecer isolada ou
conjuntamente com a obstrução das vias aéreas superiores, gera uma alteração postural da
língua e da mandíbula para uma posição mais anterior e inferior. A interposição da língua
devido a hipertrofia das amígdalas palatinas pode ocorrer também na região dos pré-molares
Eduvaldo C. S. Júnior
Respiração Bucal o hábito de respirar pela cavidade bucal acompanha cerca de 83% dos
casos de mordida berta anterior causada por sucção digital ou de chupeta, e o ortodontista
apresenta condições de detectar tal disfunção na prática clínica. Porém, o seu diagnóstico final
só pode ser fornecido por especialista, o otorrinolaringologista.
PADRÃO DE CRESCIMENTO
Dentárias.
Dentoalveolares.
Esqueléticas.
Deve-se lembrar que uma simples mordida aberta de natureza puramente dentária, se
não tratada e mantida por hábitos desfavoráveis, pode evoluir para uma má oclusão
dentoalveolar, numa fase de dentadura mista e, posteriormente, na dentadura permanente,
quando cessa o crescimento facial, acaba assumindo um caráter esquelético.
Quando existe uma mordida aberta anterior, vários fatores devem ser considerados
antes de qualquer intervenção. Primeiramente, deve-se fazer um exame detalhado do
paciente para elucidar as possíveis causas relacionadas ao problema, isto é, o que de fato deve
Feitas essas considerações, deve-se observar a faixa etária do paciente. Antes dos 4
anos de idade, os hábitos de sucção não devem sofrer interferências, visto que o benefício
emocional do mesmo supera os prejuízos funcionais que acarretam. Nesta fase, mesmo que o
problema ortodôntico não seja imediatamente corrigido, é importante que todos os fatores
predisponentes da má oclusão sejam eliminados. Se algum distúrbio respiratório for
Eduvaldo C. S. Júnior
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
MORDIDAS CRUZADAS
A mordida cruzada é um tipo de maloclusão que se apresenta com certa frequência na prática
ortodôntica. É identificada quando os dentes inferiores estão em posição vestibular, quando comparados aos
dentes superiores, de forma unilateral, bilateral, anterior e/ou posterior. Estas maloclusões podem ter um
componente esquelético, dental ou uma mescla de ambos. São relativamente fáceis de tratar,
principalmente quando são interceptadas em idades menores, evitando desta forma chegar a um
tratamento cirúrgico.
Considera-se uma oclusão normal, ou a nível transversal, quando as cúspides palatinas dos molares
e pré-molares superiores ocluem nas fossas principais dos malares e pré-molares inferiores. A nível ântero-
posterior, a oclusão normal será, quando os incisivos superiores ocluam por vestibular dos incisivos
inferiores, apresentando um trespasse anterior e posterior, já que os dentes superiores devem “cobrir” os
inferiores.
Sabe-se que a etiologia da mordida cruzada anterior se deve por uma retrusão (atresia) da maxila, ou
protrusão da mandíbula ou mesmo uma combinação dos dois fatores (mordida cruzada do tipo esquelética);
porém, quando afeta um ou vários dentes de forma isolada, a causa sugere ser meramente dentária, e
podemos encontrar os incisivos superiores palatinizados com os incisivos inferiores vestibularizados. Uma
mordida cruzada anterior pode aparecer como um fator predisponente no desenvolvimento de uma
maloclusão classe III.
Influências hereditárias.
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Hábitos.
Comprimento inadequado da arcada dentária, podendo provocar um desvio lingual dos dentes
permanentes durante sua erupção.
Dentes decíduos remanescentes que causam mal posicionamento do sucessor permanente.
Lesões traumáticas na dentição decídua, obrigando o dente permanente a erupicionar com uma
inclunação palatina, dando lugar a uma mordida cruzada anterior.
Dentes supranumerários situados na face vestibular.
Apinhamento dos dentes ântero-superiores.
Perfil do paciente.
Inclinação da maxila.
Inclinação dos incisivos superiores e inferiores.
Presença de um deslizamento funcional entre a relação cêntrica (RC) e a relação de oclusão cêntrica
(ROC).
Avaliação Dentária: observar se a relação molar classe III vem acompanhada de um overjet. Se é
encontrado uma relação topo-a-topo dos incisivos e se os inferiores se encontram lingualizados, há suspeita
de uma maloclusão classe III verdadeira.
Avaliação Funcional: deve avaliar se a relacão da mandíbula com a maxila para determinar se existe uma
discrepância entre a relação cêntrica (RC) e a máxima intercuspidação habitual (MIH). O posicionamento
acontecerá além do que se pode produzir com um contato dental anormal, o que força um deslocamento
mandibular. Nos pacientes com deslocamento mandibular, quando em relação de molar são classe I quando
em RC, porém, com padrão esquelético e dental de classe III em MIH, são chamados de maloclusão pseudo
classe III.
Avaliação do Perfil: implica em avaliações das proporções faciais, posição do mento e sua posição
crâniofacial, pelo qual devemos avaliar as seguintes análises:
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Avaliação Cefalométrica: as medidas cefalométricas podem ser utilizadas para determinar as posições
tanto da maxila como da mandíbula, assim como também a posição dos incisivos superiores e inferiores,
para assim determinar as relações esqueléticas e dentais de uma classe III.
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(1) Mordida cruzada anterior esquelética (vista frontal). (2) Mordida cruzada anterior
esquelética (vista lateral)
Entende-se por mordida cruzada posterior a relação anormal, vestibular ou lingual de um ou mais
dentes da maxila, com um ou mais dentes da mandíbula, quando os arcos dentários estãoem relação
cêntrica, podendo ser unilateral ou bilateral.
As mordidas cruzadas são classificadas segundo Moyers baseadas em sua etiologia, sendo essas:
dentária, muscular e óssea. As mordidas cruzadas de srcem dentária são resultados de um sistema
imperfeito de erupção, onde um ou mais dentes posteriores irrompem numa relação de mordida cruzada,
mas não afetando o tamanho ou a forma do osso basal. Já as mordidas cruzadas de srcem muscular,
acontecem quando ocorre uma adaptaçõ funcional às interferências dentárias, sendo que os dentes não
estão inclinados dentro do processo alveolar, porém, apresentando um deslocamento da mandíbula e um
desvio da linha média. Por fim, as mordidas cruzadas de srcem óssea, ocorrem em consequência de uma
discrepância na estrutura da mandíbula ou maxila, conduzindo a uma alteração na largura dos arcos. Esta má
oclusão pode se apresentar unilateralmente ou bilateralmente, bastando, para o diagnóstico definitivo.
As mordidas cruzadas posteriores podem apresentar também sua srcem em 3 tipos: ambiental ou
funcional; esquelética e dentária. As de srcem ambiental ou funcional constituem a maioria das mordidas
cruzadas posteriores encontradas na dentadura decídua, sendo o fator etiológico um contato prematuro nos
dentes decíduos. As más oclusões de srcem esquelética, seriam resultantes de um desenvolvimento
desarmonioso na maxila ou mandíbula, e que se manifestaria em um desequilíbrio da oclusão, anterior ou
posterior, podendo ser uni ou bilateral. Já o grupo das mordidas cruzadas posteriores de srcem dentária,
ocorreria quando os molares inferiores apresentassem línguo ou lábio-versão, e os molares superiores em
línguo-versão e/ou extrema lábio-versão.
Segundo Proffit et al, as mordidas cruzadas posteriores são classificadas em: esqueléticas – quando
resultantes de uma maxila estreita ou de uma mandíbula excessivamente larga; dentárias – quando a base
da abóbada palatina apresenta-se normal, mas os processos dentoalveolares inclinavam-se para lingual;
dentoalveolares – quando ocorria uma inclinação dos dentes e respectivos alvéolos superiores no sentido
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lingual, ocorrendo também uma atresia da maxila, porém, não sendo observado aprofundamento da
abóbada palatuna; e funcional – quando ocorria desvio da mandíbula em função de contatos deflectivos.
O excesso de largura da maxila, ou de uma atresia severa do arco mandibular, ou ainda uma
associação de ambos, quando os dentes superiores ocluem totalmente por vestibular em relação aos
inferiores, é denominada de Síndrome de Brodie.
1. Má oclusão.
2. Respiração bucal.
3. Hábitos bucais deletérios.
4. Perda precoce ou retenção prolongada de dentes decíduos.
5. Migração do germe do dente permanente.
6. Interferências oclusais.
7. Anomalias ósseas congênitas.
8. Falta de espaço nos arcos (discrepância entre o tamanho do dente e o tamanho do arco).
9. Fissuras palatinas.
10. Hábitos posturais incorretos.
A grande maioria dos casos de mordida cruzada posterior manifesta-se unilateralmente. No entanto,
com a mandíbula manipulada em RC, quase sempre se observa comprometimento de ambos os lados do
arco dentário, havendo uma relação de mordida de topo bilateral, provocando instabilidade oclusal, levando
a um desvio da mandíbula, quando então o paciente busca uma posição mais confortável. Com relaçao à
prevalência de mordidas cruzadas posteriores, tanto em dentadura decídua quando mista, estudos sugerem
uma variação entre 3,46% e 23,95%.
O exame clínico é realizado com o paciente ocluindo em MIH, com o objetivo de se verificar a
presença de mordida cruzada posterior. Para o diagnóstico definitivo, uma vez constatada a má oclusão,
procede-se a manipulação da mandíbula em RC, observando, novamente, o relacionamento dentário
posterior. Em função deste relacionamento, os diferentes casos de mordida cruzada posterior são
agrupados, segundo sua srcem, em 4 categorias distintas:
Ao exame extraoral, observa-se uma assimetria facial por desvio em lateralidade da mandíbula. Já ao
exame intraoral em MIH observa-se a presença de mordida cruzada unilateral e desvio de linha média
inferior para o lado da mordida cruzada. Devido à memória muscular, geralmente ocorre assimetria muscular
mesmo quando a mandíbula se encontra em posição de repouso.
O paciente apresenta mordida cruzada posterior funcional, quando, em RC, não ocorre mais a
presença de mordida cruzada posterior, observando-se contato prematuro de algum elemento dentário,
geralmente em caninos decíduos. Nos casos de mordida cruzada posterior funcional não ocorre real atresia
maxilar, mas somente uma acomodação mandibular para a melhor intercuspidação dentária, com o objetivo
de desviar dos contatos prematuros. Geralmente a mordida cruzada funcional ocorre muito precocemente,
na dentadura decídua. Esta mordida quando não tratada precocemente, tende a evoluir para uma mordida
cruzada posterior verdadeira, pois a mesma pode ter sua etiologia em algum hábito, como respiração bucal,
sucção digital ou chupeta.
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Ao se observar o paciente em norma facial frontal, constata-se assimetria facial por desvio em
lateralidade da mandíbula, exatamente igual aos casos de mordida cruzada funcional.
Ao exame intraoral em MIH, observa-se a presença de mordida cruzada unilateral e desvio da linha
média inferior para o lado da mordida cruzada, semelhante ao observado na mordida cruzada posterior
funcional. O que difere da relação funcional, é que ao manipular a mandíbula para RC, observa-se uma
relação posterior bilateral de topo-a-topo, ou seja, contato das cúspides vestibulares dos dentes inferiores,
demonstrando uma atresia maxilar ou, mais raramente, sobre-expansão mandibular. Como esta relação
topo-a-topo é muito desconfortável, o paciente desvia a mandíbula para um dos lados, parecendo então se
tratar de uma mordida cruzada unilateral.
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MANDIBULAR.
Ao se observar o paciente em norma facial frontal, o mesmo não apresenta assimetria evidente, pois
não há desvio de mandíbula. Entretanto intraoralmente em MIH, é verificado a presença de mordida cruzada
posterior bilateral caracterizada por atresia maxilar acentuada, pois as cúspides vestibulares dos dentes
superiores ocluem no sulco principal dos seus respectivos antagonistas. É observada coincidência das linhas
médias, excessão feita para os casos onde está presente um desvio de srcem dentária.
Desta forma, há necessidade de expansão simétrica da maxila de uma maneira mais acentuada, pois
a atresia é importante.
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A exemplo da mordida cruzada funcional e cruzada posterior bilateral com desvio mandibular, no
exame facial em norma frontal o paciente apresenta assimetria facial pelo desvio em lateralidade da
mandíbula. Durante o exame intrabucal em MIH é observada mordida cruzada posterior unilateral com
desvio de linha média inferior para o lado do cruzamento.
Ao se analisar o arco maxilar numa visão posteior, constata-se a atresia do lado da mordida cruzada,
demonstrando um arco assimétrico, com mais ação do lado da mordida cruzada. Já o arco inferior,
geralmente é observada uma verticalização dos dentes do lado da mordida cruzada, como consequência da
oclusão invertida deste lado.
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MANDIBULAR
Durante o exame facial
em norma frontal, não se
verifica assimetria facial, pois a
mandíbula não apresenta desvio
ou assimetria. Intrabucalmente,
em MIH, o paciente apresenta
coincidência de linhas médias e
presença de mordida cruzada
unilateral, com as cúspides
vestibulares superiores ocluindo
no sulco principal dos dentes
inferiores.
Com a finalidade de se
diagnosticar definitivamente a
referida má oclusão, a
mandíbula deve ser manipulada
em RC, a fim de se verificar o
padrão oclusal. Será, então,
classificada como mordida
cruzada posterior esquelética
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Eduvaldo C. S. Júnior
unilateral sem desvio de mandíbula quando o referido padrão de oclusão, já constatado em MIH, for
novamente observado em RC. Quando realizado o exame do arco superior, este apresenta atresia do lado da
mordida cruzada, enquanto, geralmente, no arco inferior ocorre uma verticalização dos dentes do lado do
cruzamento da mordida.
Conclui-se que o
paciente portador de uma
mordida cruzada posterior
dentária sem desvio mandibular
quando, em RC, apresenta o
mesmo padrão oclusal que em
MIH, ou seja, presença de
apenas um ou dois elementos
dentários em mordida cruzada,
devido a inclinações dentárias
errôneas, sem
comprometimento esquelético,
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Eduvaldo C. S. Júnior
portanto, indicando a correção destes elementos dentários para suas posições normais, tornando-os
simétricos em relação aos outros.
Essa má oclusão, também conhecida como Síndrome de Brodie, se caracteriza por uma relação
anormal no sentido vestíbulo-lingual entre a maxila e a mandíbula, onde a maxila engloba toda a mandíbula,
ou seja, em mordida cruzada vestibular total. Esta má oclusão pode resultar de uma maxila excessivamente
larga, de uma atresia severa da mandíbula ou ainda uma combinação destas duas situações.
Em MIH observa-se que o arco maxilar está totalmente por vestibular em relação ao arco
mandibular, englobando-o de tal modo que os dentes superiores posteriores não ocluem com seus
antagonistas. Em RC ocorrerá o mesmo relacionamento encontrado em MIH, confirmando o diagnóstico
definitivo de mordida cruzada posterior vestibular total. Dependendo da gravidade deste tipo de mordida
cruzada, o caso poderá ser tratado somente ortodonticamente ou com o auxílio de cirurgia ortognática.
Está indicado para tratamento das mordidas cruzadas posteriores, o uso dos seguintes aparelhos:
Quadriélice utilizado juntamente com os aparelhos removíveis, sendo confeccionados com fio
ortodôntico 0,8 ou 0,9mm, colocados nos segundos molares decíduos ou nos primeiros molares
permanentes. Este aparelho fixo recebe ativação a cada 3 ou 4 semanas, diferentemente dos
removíveis, em que recebe ativação semanalmente. A ativação do aparelho fixo ocorre de forma que
se expanda bilateralmente, retirando qualquer báscula existente. Sua ativação quando é voltada para
uma expansão maior na porção posterior, os helicóides anteriores recebem uma abertura 2 vezes
maiores que os helicóides posteriores; o mesmo se aplica quando deseja-se uma expansão maior na
porção anterior, invertendo-se as aberturas dos helicóides. Para se avaliar a quantidade correta da
abertura dos helicóides, após realizar a expansão do loop, a banda fixa de um lado do aparelho, após
fixada, seu lado oposto deve se apresentar na região do sulco central dos molares opostos
(posterior), quando observado a expansão anterior, deve-se tangenciar a vestibular dos anteriores.
As ativações se encerram quando a cúspide do molar superior, apresentar uma distância de meia
cúspide a mais de extensão, quando comparada à posição inicial, esta expansão, tem valores em média de 2
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a 3 mm, se apresentando quase que ao topo da palatina superior com a vestibular inferior. Isto se dá pela
rigidez do aparelho fixo, o qual promove uma inclinação vestibular dos dentes posteriores, os quais voltarão
ao eixo correto e desejado no planejamento, eu se retirar o aparelho fixo. Neste motivo, se o profissional
expandir a quantidade exata, corre-se o risco de ao se retirar o aparelho fixo, o dente voltar da inclinação
aplicada pelo aparelho, perdendo a posição exata, desejada no planejamento.
Após a retirada do aparelho expansor fixo, é confeccionada uma contenção, permanecendo por 4
meses (120 dias), ou de acordo com a cooperatividade do paciente, pode-se utilizar uma placa removível.
Para instalação de aparelhos quadriélice, segue-se algumas informações:
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
YAÑEZ E. E. R; ARAUJO R. C.; NATERA A. C. M. 1.001 Tips En Ortodoncia Y Sus Secretos. Capítulo 6, pág 185-
235. Editora Amolca, 2007.
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Eduvaldo C. S. Júnior
EXTRAÇÕES SERIADAS
SISTEMA ESQUELÉTICO
O osso do esqueleto humano, além de responsável pela forma, também suporta o
sistema muscular e protege os órgãos vitais. No entanto, deve ser avaliado o tamanho das
estruturas basas dos maxilares e suas relações entre si e com respeito à anatomia do crânio,
para se avaliar a necessidade ou não de realização das extrações seriadas.
SISTEMA MUSCULAR
iniciar o tratamento, deve fazer um estudo minucioso do sistema muscular para que não tenha
fracassos futuros.
RELAÇÃO DISTAL DOS SEGUNDOS MOLARES DECÍDUOS Baume afirma que as faces distais
dos segundos molares decíduos, superiores e inferiores, é que guiam a erupção dos primeiros
molares permanentes. Assim sendo, os segundos molares decíduos podem apresentar três
tipos de relação distal: terminação em plano; degrau mesial para a mandíbula e degrau distal
para a mandíbula. Quando não hover a presença do espaço primata na mandíbula, os
primeiros molares permanentes, ao erupcionarem, mantêm sua relação de oclusão topo-a-
topo que, em condições favoráveis, tendem a uma relação de oclusão normal durante a
substituição dos dentes decíduos pelos permanentes. A presença do espaço primata, o arranjo
da oclusão entre os primeiros molares peranentes inferiores e superiores se processa mais
rapidamente, pois o 1° molar inferior, irrompendo antes do 1° molar superior, fecha o espaço
primata devido à sua componente mesial de forças. Por outro lado, se o superior irromper
antes do inferior, este, através de sua componente mésio-axial de forças, fecha o espaço
primata superior. Assim sendo, quando irromper o primeiro molar inferior, provocará uma
relação de disto-oclusão.
provavelmente provocará uma Além disso,prolongada
retenção o fechamento do permanentes
dos laterais espaço primata superior,
superiores, ou
então estes erupcionarão por lingual ou em giroversão.
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MUDANÇAS DO PERÍMETRO DO ARCO existem medidas que pode-se realizar tanto nos
segmentos anteriores como posteriores, em ambos os arcos que facilitam um programa de
extração seriada em casos de discrepância.
comprimento,
muitas vezes a eerupção
os incisivos permanentes
do incisivo são grandes
lateral causa paradosecanino
esfoliação acomodarem
decíduo no arco,
e, como
consequência, a linguoversão dos incisivos fechando o espaço. Não se deve extrair os
incisivos laterais decíduos para a acomodação dos incisivos permanentes, nem os
caninos decíduos para a acomodação dos incisivos laterais permanentes, sem antes
fazer um estudo minucioso, atraves de medidas de modelos e avaliação radiográfica.
Segmentos posteriores nos segmentos posteriores também existe uma diferença
de tamanho dos dentes decíduos e permanentes que Nance denominou de “espaço
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adicional” ou “espaço livre”. Este espaço mede 1,7 mm no arco inferior e 0,9 mm no
arco superior. A relação distal dos segundos molares decíduos, na sua grande maioria,
encontra-se em plano. É ela que orienta a erupção dos 1°s molares permanentes,
portanto estes erupcionam em um contato cúspide a cúspide ou de topo. Quando se
troca dos decíduos pelos permanentes, no entanto, como o espaço livre é inferior é
maior que o superior, os molares mesializam, criando uma intercuspidação adequado.
Com isto temos uma diminuição do perímetro do arco no segmento posterior
principalmente no arco inferior, e este “espaço adicional” não soluciona, portanto, o
problema dos apinhamentos anteriores.
Tanto nas(Nance),
individualmente análisesnoque
finalusam tabelas
temos (Moyers), como
3 possibilidades, nas que
com suas usam medidas obtidas
variações:
Para indicação de extração seriada é necessário que exista uma discrepância negativa
de pelo menos 5 mm em cada hemiarco.
EXAME E DIAGNÓSTICO
Ela diminuirá o tempo do uso dos aparelhos fixos e eliminará sequelas inconvenientes, tais
como reabsorção de raízes, descalcificação e problemas com o tecido mole.
1. Remoção de caninos decíduos (entre 8 e 9 anos) que tem como finalidade permitir a
erupção e alinhamento dos laterais.
2. Remoção dos primeiros molares decíduos (entre 9 e 10 anos). Com este procedimento,
o ortodontista pretende acelerar a erupção dos primeiros pré-molares inferiores, para
que estes erupcionem antes dos caninos inferiores, ou seja, que haja uma intervensão
na sequência normal de erupção. Os 1°s molares decíduos, portanto, devem ser
extraídos após os 1°s pré-molares terem ultrapassado o estágio 6 de Nolla, para que
sua erupção seja acelerada.
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3. Remoção dos 1°s pré-molares erupcionados. Só deverá ser realizada quando todos os
critérios de diagnóstico forem novamente avaliados. A finalidade deste passo é
permitir ao canino irromper distalmente no espaço criado pela extração. Quando, no
entanto, os caninos erupcionam antes dos pré-molres no arco mandibular, a forma
coronária convexa dos 2°s molares decíduos pode interferir na erupção do 1° pré-
molar. Em tais casos é necessário remover ou desgastar a mesial dos 2°s molares
decíduos. Esse passo obriga a utilização de um aparelho de manutenção do arco para
prevenir a perda indevida de espaço e excessiva inclinação mesial do 1° molar
permanente.
Eduvaldo C. S. Júnior
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
VELLINI. Ortodontia Diagnóstico e Planejamento Clínico. Extrações Seriadas. Cap. 09. Pág 171-
185. Ed. Artes Médicas. 2007.
Eduvaldo C. S. Júnior
SEPARAÇÃO DENTÁRIA
Boa eficácia.
Apresentar boa visibilidade e radiopacidez, afim de se evitar acidentes.
Fio Cordonê (Fio de algodão) deve-se passar o fio com auxílio de um fio dental,
abaixo do ponto de contato, apresentando como desvantagem, o acúmulo de placa.
Após sua instalação, deve-se esperar 3 dias antes de se realizar a bandagem.
Fio de Latão apresenta uma separação imediata, é utilizado para uma separação
por longos períodos; sua polidez evita o acúmulo de placa; porém, como aspecto
negativo, é uma técnica bastante dolorosa, sendo instalado com uma pinça.
Mola de Begg é feito com um fio ortodôntico de 0,6 mm de diâmetro, e passado
com auxílio de um alicate 139. É desconfortável e apresenta um grande acúmulo de
placa.
Separador de Borracha um dispositivo feito de borracha siliconada, técnica muito
utilizada nas restaurações MOD da dentística.
Elástico de Separação utiliza-sa um anel de silicone, e com auxílio de 2 fios dentais,
passa-se por cada lado deste anel, esticando-o, e inserindo no ponto de contato. Pode-
se também utilizar um alicate de separação ou pinça hemostática para inseri-lo,
porém, é muito doloroso ao paciente.
Eduvaldo C. S. Júnior
BANDAGEM
Atraumática.
Exposição das cúspides dos dentes bandados (não interferindo na oclusão).
Boa adaptação (não há espaços entre dente e banda).
Paralela à superfície oclusal.
Bandagem a nível gengival.
Contornos interproximais preservados.
As bandagens quando não bem realizadas apresentam algumas desvantagens:
Banda Confeccionada.
Utilizada apenas para dentes com morfologia anômala.
Necessidade de materiais específicos.
Maior conforto.
Maior tempo clínico.
Menor qualidade.
Banda Pré-Fabricada.
Necessidade de estoque.
Não necessita de máquina de solda.
Melhor adaptação.
Menor desconforto.
Materiais Necessários
Bandas pré-fabricadas.
Mordedor (cabeça triangular).
Instrumental de inserção (calcador, brunidor com extremidade de unha de gato, cabo
de plástico).
Alicate removedor de bandas com ponta de silicone.
Peça reta e ponta de óxido de alumínio.
Eduvaldo C. S. Júnior
Cimentação
Finalidade da Cimentação
Moldagem da Bandagem
Preparo do material
Registro da mordida.
Preparo do paciente.
Seleção e preparo da moldeira.
Manipulação do material.
Moldagem.
Preenchimento do espaço da língua.
Desinfecção dos moldes (solução de hipoclorito de sódio).
Registro da mordida se necessário, moldar o antagonista.
Técnica de Moldagem