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Movimento BATEKOO
“Eu queria que os pretos ocupassem e que a festa fosse feita por um preto,
então aproveitei que não tinha festas alternativas voltadas ao público jovem e
negra/periférica/LGBTT (...)”, disse Maurício Sacramento em entrevista ao jornal
Estadão, evidenciando a necessidade de criação de espaços de lazer mais seguros
e acolhedores para o público negro e LGBT.
O produtor Wesley Miranda diz que "Pessoas históricas como Martin Luther
King, Malcom X, Zumbi dos Palmares, Dandara, e o pessoal mais contemporâneo
como Angela Davis, Suely Carneiro e Djamila Ribeiro” foram pessoas que o
inspiraram muito em toda essa jornada, evidenciando a importância de referências
históricas na construção e no desenvolvimento da seriedade do projeto. O lema do
Batekoo é a oposição ao racismo e a via do embranquecimento, o que nos lembra
ao movimento literário négritude dos anos 1940 e 1950 constituído por intelectuais
negros . E de acordo com o antropólogo Kabengele Munanga (2009):
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Para que isso ocorra, gerando uma verdadeira mudança nas questões
sociais, é necessário que as movimentações e discussões se estendam a questões
humanitárias. O foco deve voltar-se à busca da desmarginalização do povo negro,
possibilitando que todos tenham acesso a uma vida digna, com educação, saúde,
alimentação, moradia e mobilidade de qualidade. Enquanto boa parte da população
afrodescendente continuar tendo o acesso a direitos básicos negados, a tomada de
poder será superficial e sem esperanças para o futuro.
REFERÊNCIAS
HALL, Stuart. Da diáspora – identidades e mediações. Belo Horizonte: Editora UFMG,
2002.
MUNANGA, Kabengele. Negritude: usos e sentidos. São Paulo, Editora Autêntica, 2009.
PAIVA, Raquel; BARBALHO, Alexandre (Orgs.). Comunicação e cultura das minorias. São
Paulo: Paulus, 2005.
SODRÉ, Muniz. Por um conceito de minoria. In: PAIVA, Raquel; BARBALHO, Alexandre.
(Orgs.).Comunicação e cultura das minorias. São Paulo: Paulus, 2005.
SOVIK, Liv (Org.). Da diáspora: identidades e mediações culturais. 1. ed. atual. Belo
Horizonte: Ed. da UFMG, 2009.