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COLEÇÃO PREPARATÓRIO MAGISTÉRIO – PROF.

ANA VITAL

Filosofia e Educação

A educação dentro de uma sociedade não se manifesta como um fim em se


mesma, mas si como um instrumento de manutenção ou transformação social.
Necessita de pressuposto, de conceitos que fundamentem e oriente os seus
caminhos.
As relações entre Educação e Filosofia parecem ser quase “naturais”.
Enquanto a educação trabalha com o desenvolvimento dos jovens e das novas
gerações de uma sociedade, a filosofia é a reflexão sobre o que e como devem ser
ou desenvolver estes jovens e esta sociedade. Os pré-socráticos , dedicavam-se a
entender a origem do cosmos e a criar uma compreensão para a educação moral e
espiritual dos homens. Os sofistas foram educadores. Foram, inclusive, no Ocidente
os primeiros a receberem pagamento para ensinar. Sócrates foi o homem que
morreu em função de seu ideal de educar os jovens e estabelecer uma moralização
do ambiente grego ateniense. Platão foi o que pretendeu dar ao filósofo o posto de
rei, a fim de que este tivesse a possibilidade de imprimir na juventude as idéias do
bem, da justiça, da honestidade.
A filosofia fornece à educação uma reflexão sobre a sociedade na qual está
situada, sobre o educando, o educador e para onde esses elementos podem
caminhar. A educação é responsável pela direção da sociedade, na medida em que
ela é capaz de direcionar a vida social, salvando-a da situação em que se encontra;
grupo entende que a educação reproduz a sociedade como ela está; há um terceiro
grupo de pedagogos e teóricos da educação que compreendem a educação como
uma instância mediadora de uma forma de entender e viver a sociedade.

Educação como redação da sociedade

A tendência redentora a sociedade está “naturalmente” composta com todos


os seus elementos; o que importa é integrar em sua estrutura tanto os novos
elementos (novas gerações), quanto os que, por qualquer motivo, se encontram à
sua margem. Importa, pois, manter e conservar a sociedade, integrando os
indivíduos no todo social.
A educação formação da personalidade dos indivíduos, para o

desenvolvimentos de suas habilidades e para a veiculação dos valores éticos

necessários à convivência social, nada mais tem que fazer do que se estabelecer

como redentora da sociedade, integrando harmonicamente os individuas no todo

social já existente. A educação, nesse sentido, tem por significado e finalidade a

adaptação do indivíduo à sociedade. Deve “reforçar os laços sociais, promover a

coesão social e garantir a integração de todos os indivíduos no corpo social”.

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Curando-o de suas mazelas. Este é um modo ingênuo de compreender a relação

entre educação e sociedade. Comênio², Didática Magna: Ensinar tudo a todos.

Parte da compreensão de que o mundo foi criado bom e harmônico por Deus.

Pela desobediência, o ser humano introduziu o desequilíbrio, o pecado! Deus

mandou Cristo para trazer a salvação para os seres humanos e oferecer-lhes a

oportunidade de retornar ao equilíbrio e à harmonia. À educação cabe a

recuperação dessa harmonia perdida.

E Comênio completa essa consideração, identificando os desvios do ser

humano e da sociedade da sua época no que se refere à inteligência, à prudência, à

sabedoria, ao amor próprio, à justiça, à castidade, à simplicidade etc. Ele é o meio

mais eficaz de redimir essa sociedade.

Os enciclopedistas da Revolução Francesa (pedagogia tradicional) e os

pedagogos do final do século passado (pedagogia nova) continuaram com essa

mesma compreensão. Tanto Comênio, como os enciclopedistas e pedagogos

renovados, todos consideram a sociedade como um todos orgânico que deve ser

mantido e restaurado através da educação. Dermeval Saviani dá a denominação de

“teoria não crítica da educação”.

A segunda tendência de interpretação do papel da educação na sociedade é

a que afirma que a educação faz, integralmente, parte da sociedade e a reproduz

dentro da sociedade e exclusivamente ao seu serviço, mas a reprodução no seu

modelo vigente, perpetuando-a, se for possível da sociedade implica entendê-la

como um elemento da própria sociedade, determinadas por seus condicionantes

econômicos, sociais e políticos — portanto, a serviço dessa mesma sociedade e de

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seus condicionantes visão da educação é “não crítica”. Aqui, ela é “crítica”, porém

além de ser crítica, é reprodutivista, desde que a vê somente como elemento

destinado a reproduzir seus próprios condicionantes. Dermeval Saviani denomina

esta tendência de “teoria crítico-reprodutivista” da educação. Louis Althusser,

Ideologia e aparelhos de ideológicos de Estados. A tendência “crítico-

reprodutivista” não propõe uma prática pedagógica, mas analisa a existência,

projetando essa análise para o futuro. Ideologia a aparelhos ideológicos de Estado,

pressupostos marxistas, necessária a “reprodução cultural” da sociedade. A força

de trabalho possui duas vertentes que servem diretamente ao sistema produtivo:

uma vertente biológica e outra cultural. O termo “proletário” tem seu sentido

primitivo em “prole”, que significa exatamente a multiplicação biológica dos

homens. O sistema de produção capitalista sustenta a reprodução biológica pelo

salário. Do ponto de vista cultural, a força de trabalho deve manifestar

competência no exercício das atividades que garantem a produção. “Não basta

assegurar à força de trabalho. A força de trabalho deveria ser competente, isto é,

apta a ser posta a funcionar no sistema complexo do processo de produção”.

Deve-se, pois, não só reproduzir a mão-de-obra do ponto de vista

quantitativo (biológico), mas também qualitativo (cultural), necessária a formação

profissional do ponto de vista qualitativo. Foi delegada a uma instituição social

específica: a escola. A escola principal instrumento para a reprodução qualitativo

da força de trabalho de que necessitava a sociedade capitalista, dois sentidos

diversos. Aprender-se, portanto, saberes práticos e ao mesmo tempo que ensina

estas técnicas e estes conhecimentos, a escola ensina também “as regras” dos bons

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costumes, isto é, o comportamento que todo agente da divisão do trabalho deve

observar, uma reprodução da submissão desta à ideologia dominante, para os

operários, e uma reprodução da capacidade para manejar bem a ideologia

dominante, para os agentes da exploração e da repressão, a fim de que possam

assegurar, também “pela palavras”, a dominação da classe dominante. Saberes

práticos torna-se básico que essa reprodução se dê sob a égide da sujeição à

ideologia dominante. Ao “saber fazer” acrescente-se o “saber comportar-se”.

A escola, segundo a análise de Althusser, é o instrumento criado para

otimizar o sistema produtivo e a sociedade a que ele serve, pois ela não só qualifica

para o trabalho, socialmente definido, mas também introjeta valores, que

garantem a reprodução comportamental compatível com a ideologia dominante. O

Estado, com seus aparelhos, é o fator fundamental de manutenção e reprodução da

sociedade. Aparelhos repressivos que se manifestam pelo exercício da violência e

de seus aparelhos ideológicos – que veiculam e inculcam valores da sociedade

vigente, tendo em vista sua manutenção e reprodução. Aparelhos ideológicos:

religioso, escolar, familiar, jurídico, sindical, da informação, cultural (letras, artes,

etc). “prima-dona”: a Escola substituiu a Igreja no esquema da reprodução através

da veiculação de valores e garantem a hegemonia política, sustentadora do poder,

pelo processo de reprodução das relações de produção vigentes na sociedade.

Convém ao papel que ela deve desempenhar na sociedade de classes:

 Papel de explorado

 Papel de agente da exploração

 De agente de repressão

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 Ou (de) profissionais da ideologia

Não é a escola que institui a sociedade, mas, é, ao contrário, a sociedade

que institui a escola para o seu serviço, é o instrumento de reprodução e, por isso

mesmo, de manutenção do sistema social vigente que não há possibilidade

nenhuma para a escola de trabalhar pela sua transformação. Uma perspectiva

reprodutivista, chegando ao pessimismo derrotista que pode ser visto, perspectiva

compreender e educação como mediação de um projeto social. Serve de meio para

realizar um trajeto de sociedade; projeto que pode ser conservador ou

transformador. Possível compreender a educação dentro da sociedade, com os seus

determinantes e condicionantes, mas com a possibilidade de trabalhar pela sua

democratização.

A tendência redentora é otimista em relação ao poder da educação sobre a

sociedade, a tendência reprodutivista é pessimista, no sentido de que sempre será

uma instancia a serviço do modelo dominante de sociedade. A tendência redentora

pretende “curar” a sociedade de suas mazelas, adaptando os indivíduos ao modelo

ideal de sociedade. A tendência reprodutivista afirma que a educação não é senão

uma instância de reprodução do modelo de sociedade ao qual serve. Uma

reconhece que a educação é a instância que corrige desvio do modelo social; outra

reconhece que a educação reproduz o modelo social. Organização da sociedade é

tida como “natural” e a-histórica, otimismo de um lado, pessimismo de outro.

Os teóricos da terceira tendência, nem negam que a educação tem papel

ativo na sociedade, nem recusam reconhecer os seus condicionantes dos próprios

condicionantes históricos. Denominada de “crítica” não cede ao ilusório otimismo,

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pode ser uma instância social, entre outras, na luta pela transformação da

sociedade, na perspectiva de sua democratização efetiva e concreta, atingindo os

aspectos não só políticos, mas também sociais e econômicos. Trabalha para realizar

esse projeto na prática. Se o projeto for conservador, medeia a conservação;

projeto for transformador, medeia a transformação; se o projeto for democrático,

medeia a realização da democracia. Ela poderá ser reprodutora, mas não

necessariamente; desde que poderá ser criticizadora. Libertação das maiorias

dentro da sociedade.

A tendência redentora propõe uma ação pedagógica otimista, do ponto

de vista político, acreditando que a educação tem poderes quase que absolutos

sobre a sociedade. A tendência reprodutivista é crítica em relação à compreensão

da educação na sociedade, porém pessimista, não vendo qualquer saída para ela, a

não se submeter-se aos seus condicionantes. Tendência transformadora, que é

crítica, recusa-se tanto ao otimismo ilusório, quanto ao pessimismo imobilizador.

Propõe-se compreender a educação dentro de seus condicionantes e agir

estrategicamente para a sua transformação. Propõe-se desvendar e utilizar-se das

próprias contradições da sociedade, para trabalhar realisticamente (criticamente)

pela sua transformação.

O termo liberal não tem o sentido de “avançado”, “democrático”, “aberto”,

como costuma ser usado, justificação do sistema capitalista, interesses individuais

da sociedade, propriedade privada, sociedade de classe, tendências liberais, formas

ora conservadora, ora renovada.

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A pedagogia liberal sustenta a idéia de que a escola tem por função preparar

os indivíduos para o desempenho de papéis sociais, as aptidões individuais, adaptas

os valores e as normas vigentes na sociedade de classe do desenvolvimento da

cultura individuais, esconde a realidade das diferenças de classe, não leva em

conta a desigualdade de condicional e evoluiu a pedagogia renovada. Tendência

tradicional, ensino humanístico, de cultura geral, aluno é educado para agir, pelo

próprio esforço, sua plena realização como pessoa, predominância da palavra do

professor, postas, do cultivo exclusivamente intelectual. Tendência liberal

renovada acentua, o sentido da cultura como desenvolvimento das aptidões

individuais, é um processo interno, partes das necessidades e interesses individuais

necessárias para a adaptação ao meio. Valorize a auto-educação, a experiência

direta sobre o meio pela atividade centrada no aluno e no grupo. Duas versões

distintas: renovada progressivista, ou pragmatista, pelos pioneiros da educação.

Anísio Teixeira, Montessori, Decroly e, de certa forma, Piaget. Não-diretiva auto-

realização as relações interpessoais, psicólogo Carl Rogers.

Tendência liberal tecnicista subordina a educação à sociedade, preparação

de “recursos humanos” A sociedade industrial e tecnológica estabelece as metas

econômicas, sociais e políticas, a educação treina (também cientificamente) nos

alunos os comportamentos de ajustamento e essas metas maximização da produção

e garantir um ótimo funcionamento da sociedade; qualificação da mão-de-obra,

pela redistribuição da renda, pela maximização da produção. Manutenção do Ensino

autoritário, tecnologia educacional, análise experimental do comportamento.

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Leis 5.540/68 e 5.692/71, que reorganizam o ensino superior e o ensino de 1º

e 2º graus.

O termo “progressista”, emprestado de Snyders, análise, crítica das

realidades, sustentam implicitamente as finalidades sociopolíticas da educação a

pedagogia progressista não tem como institucionalizar-se numa sociedade

capitalista; daí ser ela um instrumento de luta dos professores ao lado de outras

práticas sociais. Autogestão, primazia dos conteúdos no seu confronto com as

realidades sociais, prática social, junto ao povo, educação popular “não-formal”.

Crítico-social dos conteúdos síntese superadora, inserida na prática social concreta,

mediação entre o individual e o social, saber criticamente reelaborando.

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