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Bom estamos entrando no capítulo 18 e neste momento entraremos numa parte muito
interessante. A antropologia, vocês viram que os nossos estudos têm uma sequência lógica,
ou seja, Começamos em Deus, “O que é teologia, ou seja o que é o estudo sobre Deus
passando pelas doutrinas das revelações (Geral e especial), atributos de Deus, entrando
agora em Antropologia. Palavra de origem grega: ANTHROPOS (Homem) & Logia
(Estudo, Saber).
O estudo da antropologia é uma assunto super extenso, um tema muito extenso para
ser abordado muito em apenas uma aula e eu tomei como base os livros do Sproul, obvio e
também o Livro do teólogo brasileiro Paulo Anglada IMAGO DEI, ele trata de assuntos
como: O homem no seu estado natural; Pacto das obras; o homem no estado de pecado; o
pacto da redenção; o livre arbítrio; o homem no estado de graça- Ordos Salutis e Restauração
da IMAGO DEI. Logo eu tive que escolher algumas partes que achei mais interessantes. E
o que eu achei interessante a gente abordar é a questão do homem no seu estado original a
Imago Dei, o homem no seu estado de pecado, o livre arbítrio e o homem no seu estado
de graça.
Sproul inicia esse capítulo falando sobre como a visão materialista do mundo tem
alterado nossa percepção sobre a valor do homem. Que visão materialista é essa? A visão
de que o homem é fruto de um acidente cósmico, do acaso e é isso que nos é repassado todos
os dias nas escolas. No intuito de demostrar a mentalidade que impera no secularismo Sproul
cita o filosofo existencialista e esquerdista Jean Paul Sartre que definiu o homem como “uma
paixão inútil” e utilizou a palavra “Náusea” para se referir a importância final da
humanidade. Sproul nota que ao mesmo tempo em que isso é afirmado e nós somos
bombardeados desde cedo a este tipo de inculcação em nossas mentes. Ou seja, primeiro
que nossa origem não tem causa nenhuma a não ser o acaso e depois que nós somos
descendentes de seres inferiores que foram evoluindo até chegarmos até aqui. E que isso
leva a uma conclusão final lógica que é a que literalmente nós não temos valor. Só que ao
mesmo tempo em que nós somos alimentados com este tipo de mensagem. Surge
estranhamente no mundo todo uma forma de humanismo que celebram a dignidade do ser
humano, protestando ao redor do mundo em favor dos direitos humanos.
Sua visão superficial da dignidade do ser humano se baseia, em última análise, em recursos
emprestados sem perceberem essas pessoas que na maioria das vezes têm dentro de si um
atitude anticristã estão tomando emprestado e por que não dizer roubando do judaísmo e do
cristianismo, a concepção de que a dignidade da espécie humana é estabelecida por Deus no
ato da criação. A sacralidade da vida humana não é inerente nem intrínseca; em vez disso,
é derivada de Deus atribuir-lhe valor, o que pode ser visto no relato de criação em Gênesis.
A ciência materialista moderna tem procurado, sem sucesso, explicar a origem do homem
por meio da teoria da evolução e da existência eterna da matéria. Para ela, como sabemos,
o homem descende de animais inferiores, através de seleção natural ou de mutações
genéticas.4
Evolução se tornou é a palavra mágica nos nossos dias para se fugir de Deus principalmente
no debate público e na ciência só que ao mesmo tempo o mundo numa incoerência cega,
não consegue levar suas ideias até as ultimas consequências e se desapegar da ideia de que
o homem tem valor ou dingnidade.
Depois de haver feito as outras criaturas, Deus criou o homem, macho e fêmea, com
alma racional e imortal, e dotou-os de inteligência, retidão e perfeita santidade,
segundo a sua própria imagem, tendo a lei de Deus escrita no seu coração e o poder de
cumpri-la, mas com a possibilidade de transgredi-la, (posse non peccare et posse
peccare) e sendo deixados à liberdade de sua própria vontade, que era mutável. Além dessa
lei escrita no coração, receberam o preceito de não comerem da árvore da ciência do bem e
do mal; enquanto obedeceram a este preceito, foram felizes em sua comunhão com Deus e
tiveram domínio sobre as criaturas.2
A ciência materialista moderna explica a origem do homem por meio da teoria da evolução
e da existência eterna da matéria. Para ela, como sabemos, o homem descende de animais
inferiores, através de seleção natural ou de mutações genéticas. E por quê que é importante
a gente entender isso ou saber esse outro lado da história? Por causa das implicações obvias
ao se adotar este tipo pressuposição! E quais são essas implicações? Uma delas por exemplo
é de que o pecado( ou o mal) não existe, a valor da vida humana não existe, a vida humana
se totalmente equivalente ao valor da vida de um esquilo! Porque não já que somos todos
produtos do acaso e da seleção natural.
Olha que interessante (muitas coisas podem passar desapercebidas por nós ao ler as
escrituras) notar do que no dia da criação houve uma espécie de Conselho Divino
Com relação à luz, aos astros celestes, ao firmamento, aos vegetais e aos animais, lemos
simplesmente que Deus ordenou: “haja”, “produza”, “povoem-se”. Com relação ao homem,
entretanto, a Bíblia sublinha que foi necessário um conselho divino: “façamos”. “Até aqui,”(
sobre o restante da Criação) Calvino observa, “Deus é introduzido simplesmente como
ordenando; agora, quando ele vai realizar a mais excelente de todas as suas obras, ele faz
uma reunião”.
Argumentos Tricotomistas
Dois argumentos relacionados são geralmente apresentados a favor da concepção
tricotômica da natureza humana.
1. Primeiro, as Escrituras frequentemente empregariam termos diferentes
para designar o elemento imaterial do homem: alma e espírito.
2. Segundo, nas seguintes passagens bíblicas, esses termos são utilizados juntos,
supostamente indicando a natureza tricotômica do homem:
“O mesmo Deus da paz vos santifique em tudo; e o vosso espírito, alma e corpo, sejam
conservados íntegros e irrepreensíveis na vinda de nosso Senhor Jesus Cristo (1 T s 5:23).”
“Porque a palavra de Deus é viva, e eficaz, e mais cortante do que qualquer espada de
dois gumes, e penetra até ao ponto de dividir alma e espírito, juntas e medulas, e é apta para
discernir os pensamentos e propósitos do coração (Hb 4:12).”
“Ora, o homem natural não aceita as coisas do Espírito de Deus, porque lhe são
loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente. Porém o homem
espiritual julga todas as coisas, mas ele mesmo não é julgado por ninguém. (1 Co 2:14-15).”
Argumentos Dicotomistas
Isso se prova pelo uso intercambiável dessas duas palavras nas Escrituras. Tanto o termo
alma pode denotar o elemento racional e imortal do homem, como o termo espírito pode
significar a vida “animal” (do corpo).
As Escrituras empregam geralmente apenas dois termos para designar a pessoa humana:
corpo e alma (Sl 31:9; 44:25; 63:1; Pv 16:24; Mt 6:25; 10:28) ou corpo e espírito (Ec 12:7;
Rm 8:10; 1 Co 5:3,5; 7:34; Cl 2:5; Tg 2:26).
Exemplos:
Não temais os que matam o corpo e não podem matar a alma; temei, antes, aquele
que pode fazer perecer no inferno tanto a alma como o corpo (Mt 10:28).
Porque assim como o corpo sem o espírito é morto, assim também a fé sem obras é
morta (T g 2:26).
A salvação se refere tanto à alma (Tg 1:21; 5:20; 1 Pe 1:9) como ao espírito (1 Co 5:5).
Exemplos:
Acolhei com mansidão, a palavra em vós implantada, a qual é poderosa para salvar
a vossa alma (T g 1:21).
Seja... entregue a Satanás para a destruição da carne, a fim de que o espírito seja
salvo no Dia do Senhor Jesus (1 Co 5:5).
IMAGO DEI
Uma das verdades bíblicas mais sublimes a respeito do homem consiste em ter sido ele
criado imago Dei, isto é, à imagem e semelhança de Deus.
É verdade que toda a criação revela a Deus e espelha os seus atributos e perfeições.
Como exclama o salmista, “os céus proclamam a glória de Deus, e o firmamento anuncia as
obras das suas mãos” (Sl 19:1). Entretanto, entre todas as criaturas, somente o ser humano
foi criado
conforme o arquétipo divino (representações do que seria o modelo ideal de algo que já faz
parte do nosso inconsciente).
Antes da reforma protestante, a maioria dos teólogos defendiam a tese de que havia uma
clara distinção entre Imagem e Semelhança. Vários pais da igreja defenderam que imagem
se refere à natureza essencial e imperdível do ser humano (qualidades tais como a
razão e a liberdade); enquanto semelhança se refere às suas qualidades não essenciais,
e, portanto, perdíveis (as quais só são restauradas através da obra da redenção). Para
Agostinho, imagem diz respeito às faculdades intelectuais, ao passo que semelhança diz
respeito às qualidades morais. Daí você tem vários conceitos errôneos em relação a essa
doutrina. Falemos apenas do ponto que nós protestantes consideramos correto. Foi um
conceito adotado pelos reformados logo é o conceito reformado.
Diferente dos outros conceitos equivocados que falei, o conceito reformado rejeita a
distinção Imagem e semelhança.
Evidentemente, a imago Dei não é essencial, no sentido de que Deus tenha comunicado ao
homem a sua essência divina. A natureza humana é distinta da natureza divina. Ela também
não é corpórea, no sentido de que o homem tenha sido criado com um corpo semelhante ao
de Deus, visto que Deus é espírito puro, incorpóreo
Base Bíblica
Esse aspecto funcional da imago Dei é enfatizado no primeiro capítulo de Gênesis e no
Salmo de número oito:
Disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; tenha
ele domínio sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus, sobre os animais domésticos,
sobre toda a terra e sobre todos os répteis que rastejam sobre a terra.
“Criou Deus, pois, o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou... (Gn 1:26-
27; cf. também o v. 29).”
“Quando contemplo os teus céus, obra dos teus dedos, e a lua e as estrelas que
estabeleceste, que é o homem, que dele te lembres? E o filho do homem, que o visites?
Fizeste-o, no entanto, por um pouco, menor do que Deus e de glória e de honra o coroaste.
Deste-lhe domínio sobre as obras da tua mão e sob seus pés tudo lhe puseste: ovelhas e bois,
todos, e também os animais do campo; as aves do céu, e os peixes do mar, e tudo o que
percorre as sendas dos mares. (Sl 8:3-8).”
Então pessoal, qual a importância dessa doutrina para nós hoje?
Eu creio que ela tem uma importância no sentido contemplativo, de nós percebemos a
sublimidade da criação de Deus e nós como sendo peça central dentro dessa criação e
também tem uma importância de que essa doutrina bíblica teve uma importância e tem de
moldar a nossa civilização. Como assim? Todo o nosso sistema de lei, pessoal, está
predicada justamente nessa ideia de que o homem carrega em si uma centelha divina. E por
isso ele carrega uma coisa chamada “Dignidade da Pessoa humana”. Gente isso é herança
crista. Adote uma visão de mundo darwinista e isso desaparece.
Sabe para o que mais que ela foi relevante? Ainda dentro deste aspecto. Essa foi a ideia que
matou a escravidão.
“A Ciência não consegue provar a igualdade humana”
Tim Keller nos conta em seu Deus na era secular, de uma chinesa que fazia pós f=graduação
em teorias políticas e que começou a frequentar a igreja dele, por curiosidade, disse que foi
para os EUA entender a opinião crescente entre os sociólogos chineses de que essa ideia
Cristã de transcendência é a base histórica para os conceitos de direitos humanos e
igualdade.