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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PIAUÍ

CAMPUS ARISTON DIAS LIMA

LICENCIATURA PLENA EM HISTÓRIA

FLORENTINO MACÁRIO DE MACEDO NETO

CULTURA POLITICA NO BRASIL DO PERIODO REGENCIAL: OS LIBERAIS


EXALTADOS DE PERNAMBUCO E SUAS VOZES NO PERIÓDICO A BUSSOLA
DA LIBERDADE

São Raimundo Nonato – PÍ Agosto de 2019


FLORENTINO MACÁRIO DE MACEDO NETO

CULTURA POLITICA NO BRASIL DO PERIODO REGENCIAL: OS LIBERAIS


EXALTADOS DE PERNAMBUCO E SUAS VOZES NO PERIÓDICO A BÚSSOLA DA
LIBERDADE

Trabalho produzido como requisito básico


para obtenção de nota parcial na Disciplina de
Brasil Monárquico ministrada pela professora
Dª Cristiane Maria Marcelo.

São Raimundo Nonato - PÍ Fevereiro de 2019


ENSAIO1

Florentino Macário de Macedo Neto

1INTRODUÇÃO

Esse breve ensaio tem como eixo temático a Cultura Política no Brasil do Período
Regencial: os liberais exaltados de Pernambuco e suas vozes no Periódico a Bússola da
Liberdade. Para entendermos um pouco mais sobre o quadro político de Pernambuco, é
preciso dialogar acerca da memória em relação à confederação pernambucana de 1824, onde
dois grupos políticos lutavam pelo poder. O primeiro era dos defensores de dom Pedro I e que
se articulava com o projeto pensado no Rio de Janeiro “centralista” e o segundo grupo era dos
federalistas, interessados na autonomia provincial contra o imperador e o poder central como
define Marcos Carvalho. Com a derrota do movimento de 1824, os “centralistas” ganharam o
apoio de Dom Pedro, que por sua vez perseguiu os federalistas, assim, com sua abdicação em
1831, houve uma reviravolta política especialmente em Pernambuco, em que os federalistas,
agora divididos entre exaltados e chimangos, lutavam contra os restauradores (grupo que
defendia a volta de Dom Pedro I).

O objetivo dessa proposta é discutir e refletir sobre a atuação do grupo político


(liberais exaltados), a ascensão dos princípios liberais, as alianças e contradições no núcleo
desse grupo, a dinâmica política e a constituição/consolidação da imprensa como um meio de
divulgar e “alertar” a população sobre os movimentos políticos desse período. Utiliza-se como
fontes, o Periódico a Bússola da Liberdade, 1º, 2º e 3º número extraordinário (1835), a
proclamação de Manuel Carvalho Paes de Andrade de 25 de março de 1835, a proclamação
de Francisco de lima e Silva Brigadeiro General sobre o fim da confederação do equador e o
livro de Luiz do Nascimento, História da Imprensa Pernambucana (1821 – 1954). Justifica-
se tal proposta, levando em conta a importância de estudar o período regencial para além da
abordagem tradicional, em que este período é visto sob perspectiva negativa, época anárquica
e de grande instabilidade, como empecilho à formação e a preservação da nação brasileira.

O periódico a Bússola da Liberdade que será usado como fonte documental principal
para produção desse ensaio, pode ser colocado como o “porta voz” dos liberais exaltados em
Pernambuco, cabe ressaltar que esses, se distinguia dos chimangos que também defendiam

1
Ensaio produzido como requisito básico para obtenção de nota parcial na disciplina de Brasil monárquico
ministrada pela professora Cristiane Maria Marcelo.
princípios federalistas, pois os primeiros eram defensores da República e se alto intitulavam
“os patriotas”. Considerando a importância da imagem para a circulação de ideias, os
redatores do periódico a Bussola da liberdade, colocaram como marca da primeira folha do
jornal a imagem de uma coluna partida em alusão à queda de Dom Pedro I, além de uma
corrente com as algemas abertas e uma bússola cuja agulha aponta para símbolos da
revolução francesa – um maço de lanças coroado por um boné frígio. Portanto, essas imagens
foram elaboradas para melhor caracterizar a ideologia dos periódicos e reforçar as críticas a
um governo acusado de ser despótico e antinacionalista.

Portanto, a proposta central desse breve ensaio procura discutir os embates acirrados
entre os grupos políticos de Pernambuco, bem como a tentativa de traduzir a partir da leitura
das manifestações de João Barbosa Cordeiro um dos líderes dos exaltados, como estava
representado o projeto político desse grupo. Sendo assim, serão evitadas afirmações e
conclusões que não puderem ser fundamentadas a partir da documentação analisada. A
metodologia adotada foi às análises dos documentos citados acima, fundamentando-se em
autores estudiosos do tema como: Marcello Basile, Marcus Carvalho e Manoel Nunes
Cavalcanti Júnior.

2-A DINÂMICA POLITICA E OS GRUPOS POLITICOS EM PERNAMBUCO NO


PERIODO REGENCIAL.

A historiografia tradicional ou clássica buscou narrar o período regencial apenas como


um momento marcado por grande instabilidade política, inúmeras revoltas provinciais e
marco histórico da transição do primeiro para o segundo reinado, como discute Marcello
Basile (2009), todavia, o mesmo autor em uma proposta de revisão historiográfica, lança
várias possibilidades de estudo acerca do período regencial, entre estas, os diversos embates
políticos e suas particularidades de acordo com a realidade de cada província. Em
Pernambuco, para que possamos entender um pouco mais dessas disputas, torna-se
importante, analisar o processo de construção de memórias em torno da confederação do
equador (1824) ao longo do período regencial (1831-1840). Tal processo foi levado a efeito,
sobretudo através da imprensa periódica daquele período.

A política regencial tradicionalmente se caracteriza pelo embate entre três grupos


políticos que encarnavam projetos distintos de nação: os moderados (também conhecidos
como chimangos), os restauradores (ou caramurus) e os exaltados (que se auto intitulavam “os
patriotas”). Segundo Marcello Basile os moderados almejavam (e conseguiram) promover
reformas político-institucionais como forma de reduzir os poderes do imperador, todavia,
eram partidários de uma “liberdade moderada” que não ameaçasse a ordem imperial. Os
exaltados, adeptos do radicalismo jacobinista, buscavam conjugar princípios liberais clássicos
com ideais democráticos e reivindicavam profundas reformas políticas e sociais bem como o
projeto de adoção da república, entretanto, afirma Basile, que o ponto central defendido por
esse grupo no que diz respeito à forma de governo era a implantação do federalismo – de
preferência republicano, mas, se necessário monárquico. Os caramurus ou restauradores, eram
contrários a qualquer mudança na constituição de 1824, defendia um estado centralizador e a
soberania monárquica diante das noções de soberania nacional ou popular.

Portanto os projetos políticos, elencados acima, denotam as concepções e propostas


distintas acerca da nação, que esses grupos cada qual a sua maneira, buscaram construir,
assim, segundo Marcello Basile, se inseriram em uma cultura política híbrida, em um jogo
imbricado de ideias mais avançadas do liberalismo com resquícios absolutistas do antigo
regime. Em 1824 o movimento separatista e de caráter republicano conhecido como a
confederação do equador, foi proclamada pelo então presidente da província Manuel Carvalho
Paes de Andrade em uma resposta a constituição outorgada por dom Pedro I naquele mesmo
ano, neste contexto, acirraram-se as disputas políticas, assim, segundo Manoel Nunes
Cavalcanti Júnior (2016), a confederação representou a disputa pelo poder entre dois grupos,
o primeiro que Manoel Nunes (2016) parafraseando Marcus Carvalho chama de “centralistas”
e partidários de Pedro I e o segundo os federalistas, interessados, principalmente, em manter a
autonomia provincial conquistada após a revolução do Porto, em 1821. Um dos nomes
importantes que despontou como um dos líderes desse grupo foi Manuel Carvalho Paes de
Andrade, que foi o presidente da Confederação do Equador.

A proposta de revisitar o passado e traduzir as memórias enquanto manifestações


culturalmente mediadas nos deslocam para a reflexão acerca do dinamismo da política. Dito
isso, torna-se importante problematizar e discutir o processo histórico após a derrocada da
confederação do equador, em que os grupos políticos partidários de Dom Pedro I saíram
muito fortalecidos (os centralistas e os Cavalcanti), os Cavalcanti formavam um grupo
político a parte, no entanto, muito forte no jogo político. Os federalistas foram fortemente
reprimidos pelo imperador, mesmo depois do fim do movimento separatista, assim, com a
intensificação das tensões políticas, esse grupo se dividiu entre os moderados ou chimangos e
os exaltados como descreve Marcello Basile (2009). Neste contexto, podemos refletir acerca
da dinâmica política referenciada acima, em que João Barbosa Cordeiro, braço direito de
Manuel Carvalho Paes de Andrade na confederação do equador acusa o mesmo em seu
retorno a presidência da província de Pernambuco (1835) após o período que ficou exilado, de
ser um governo despótico, falso liberal, um “velhaco de fabrica coberta”, assim, Barbosa
Cordeiro argumenta:

[...] julgo do meu dever romper o silencio, e escrever contra os factos do meu
supposto heroe de 24, e de sua actual e despresivel facção. Desculpe-me o Grande
Mestre da Confederação do Equador, por cuja causa suffri 3 annos e meio de
rigorosa prisão, e outros tantos de assustada fuga por evitar uma sentença de longo
degredo, que tive por haver sido seu partidista, desculpe-me, digo, que eu me
envergonhe dessa loucura, e que hoje faça ver ao publico que ainda sou o mesmo, e
que velhaco de fabrica coberta tem sido elle, por haver illudido a tantos
Pernambucanos sinceros. A minha reputação atacada por seus vis aduladores não me
dispensa de assim o fazer. (CORDEIRO, 1835, p. 1).

João Barbosa Cordeiro foi deputado e Redator do periódico a Bússola da liberdade,


sendo ele uma das vozes mais ativas dos liberais exaltados em Pernambuco, fez uso do
periódico para atacar o governo provincial e o regime monárquico. Entretanto, levando em
consideração os cuidados teóricos metodológicos, que devemos empregar na análise
documental, cabe ressaltar o contexto histórico em que esse número extraordinário do
periódico foi redigido - ano de 1835, em que as tropas de repressão enviadas por Carvalho e o
governo imperial encaminhavam a vitória sobre a Cabanada e o levante liderado pelos irmãos
Antônio e Francisco Carneiro (a Carneirada), a primeira uma revolta ligada aos caramurus e a
segunda de tendência exaltada como afirma Marcello Basile (2009). Joaquim Barbosa
Cordeiro acusa o governo de Manuel Carvalho de ser uma “facção desacreditada, [...]
composta de monstros assalariados para assassinarem a cidadãos pacíficos, para atterarem a
sociedade com prisões illegais, [...] provocarem os deputados da opposiçao com injurias...”
(1835, p. 1).

Logo, podemos interpretar a fala de João Barbosa Cordeiro no periódico a Bússola da


liberdade, como uma indicação de como se dava os embates políticos no período regencial,
em que a maior autonomia provincial resultou no agravamento das tensões e disputas políticas
pelo poder local. Manuel Carvalho Paes de Andrade, que durante muito tempo foi visto como
herói da confederação, em seu retorno a presidência da província de Pernambuco em 1834 foi
pejorativamente acusado por Barbosa Cordeiro de ser um “velhaco de fabrica coberta”, assim,
em um sentido semântico da expressão, o mesmo passou a ser visto pelos exaltados, como um
traidor dos princípios liberais e democráticos o que reforça o quão é dinâmico e jogo político,
sendo constante as trocas de lados, novas alianças e acordos.

3-OS EXALTADOS DE PERNAMBUCO NO GOVERNO DE MANUEL CARVALHO


PAES DE ANDRADE

Segundo Marcus Carvalho (2009) a abdicação de dom Pedro I possibilitou a volta dos
“liberais pernambucanos” ao jogo político, entre estes, nomes importantes como Manuel
Carvalho Paes de Andrade, presidente da confederação do equador, todavia, esse entusiasmo,
foi acompanhado de grandes insatisfações e ameaças de levantes por parte dos oficiais, neste
ponto, o autor destaca a dificuldade de Francisco de Carvalho Paes de Andrade de controlar o
exército, milícias províncias e mesmo os caudilhos do interior. Ficou cada vez mais claro para
o governo provincial, que os desdobramentos políticos resultantes da abdicação de dom Pedro
poderiam tomar caminhos imprescindíveis.

Fazia parte do projeto dos liberais exaltados o ideal republicano e a defesa do direito
“maior” do homem (a liberdade). Barbosa cordeiro, argumenta sobre Manuel Carvalho, “o
que espanta é que esse homem, logo que teve occasião de governar seguro em Pernambuco, se
portasse por um modo tão insólito, e offensivo à liberdade” e continua “[...] a maioria dos
liberais de bom senso, queria, e esperava que elle governasse constitucionalmente [...] para
que não fosse prea dos chimangos do rio de janeiro”, neste último trecho da fala de Barbosa
Cordeiro, percebe-se portanto a insatisfação deste com a ligação de Manuel Carvalho Paes de
Andrade com o governo central, que na época pertencia a Diogo Antônio Feijó, um dos
principais nomes dos moderados.

Segundo Marcus Carvalho e Marcello Basile (2009), fazia parte Também do projeto
dos liberais exaltados, a extensão da cidadania política e civil a todos os segmentos da
sociedade, o fim gradual da escravidão, a liberdade de imprensa, o federalismo de preferência
republicano. Todos esses aspectos ficaram evidenciados na fala de Barbosa Cordeiro no
periódico A Bússola da Liberdade, em sua defesa dos “cidadãos” pernambucanos contra o Sr.
Manuel Carvalho que “[...] faz crua guerra à liberdade, apunhalando mortalmente esta
constituição, como se mostra servo humilhissimo de um governo sem comparação peior que o
de pedro I”. Barbosa Cordeiro afirma que o governo regencial era “peior” que Dom Pedro I.
Seria nesta lógica possível afirmar que entre alguns exaltados o retorno do antigo imperador
era melhor do que do que a permanência dos moderados no poder? Ao levantar essa
possibilidade, torna-se possível defender a ideia de que os exaltados de Pernambuco estariam
mais inclinados a construírem alianças com os restauradores do que com os moderados do
governo provincial e central?

João Barbosa Cordeiro continua os ataques ao governo provincial, “em defesa dos
cidadãos pernambucanos”, ele argumenta sobre o governo de Manuel Carvalho, “só consiste
em defender sua pessoa, e vingar-se de seus inimigos; não todos, que é impossível, mas dos
fracos, para ver si açoitando os macacos, espanta os tigres”, essa fala pode ser interpretada
como símbolo da repressão de Manuel Carvalho as revoltas da Cabanada e Carneirada, sendo
que em ambas participaram índios, posseiros, quilombos, pequenos comerciantes etc. Barbosa
cordeiro prossegue as acusações, “prende-se sem ser flagrante, [...] tomão-se depoimentos
sem assistência das partes accusadas; [...] nega-se liberdade a cidadãos absolvidos em juízo;
[...] recrutão se empregados públicos para marinha; [...]”. Vale lembrar que essas
perseguições, contribuíram para um acirramento cada vez mais evidente entre os diferentes
grupos políticos na província de Pernambuco, que veio corroborar o declínio do poder
moderado e o emergir do movimento regressista como aponta Marcus Carvalho.

Em 25 de março de 1835 Manuel Carvalho Paes de Andrade escreve uma


Proclamação sobre a Carneirada, em que diz:

Pernambucanos! Os inimigos do nosso repouso, os perturbadores da ordem publica


[...] perseguidos pela força do governo, em vergonhosa fuga, abandonaram os
arrebaldes desta capital, mas levando com sigo o gênio do mal, poderão seduzir
incautos, e desapercebidos camponeses [...] o governo levado pelo nobre empenho
de manter a tranqüilidade publica. [...] huma forte expedição composta por bravos,
tirados destas linhas, já tão amestradas em impor silencio á anarchia [...] Embora
seja o manto da minha presidência manchado com tristes salpicos de sangue (já que
a providencia assim o quer) ao menos que quando eu tenha de entregallo possa
assim dizer “eu deixo restabelecida a ordem”. (ANDRADE, 1835).

Em suma, coube a Manuel Carvalho Paes de Andrade, reprimir a Carneirada para que
não recaíssem sobre ele as mesmas críticas feita a Antônio Feijó, de que não conseguia
manter a ordem, por não ser capaz de conter seus aliados mais radicais, no caso de Carvalho
eram os irmãos Francisco e Antônio Carneiro, antigos aliados, insatisfeitos com o governo
moderado. Em nota João Barbosa Cordeiro contesta as expressões “anarchia” e “ordem”
usadas por Carvalho. Ele diz: “A palavra anarchia de que os chimangos, uzão introduzida em
língua vulgar quer dizer liberdade: é a esta que o Heroe de 24 pertende impor silencio por
meio de sua tão amestrada tropa” (CORDEIRO, JOÃO, p. 9). Do mesmo modo o que
Carvalho chama de restabelecer a ordem, Barbosa Cordeiro afirma ser a extinção dos liberaes.
Portanto, uma reflexão acerca do sentido semântico dos conceitos, ajuda-nos a pensar as
diferenças nos projetos políticos dos moderados e exaltados.

4-ALIANÇAS POLÍTICAS DOS LIBERAIS EXALTADOS DE PERNAMBUCO E A


CARNEIRADA

5-AS DISPUTAS POLITICAS E A CONSOLIDAÇÃO DA IMPRENSA COMO UM


IMPORTANTE MEIO DE DIFUSÃO DA CULTURA POLITÍCA

Em 1808 as tipografias são liberadas no Brasil com a vinda da família real para o
Brasil. Em 1822 Dom Pedro I torna-se imperador, mostrando-se excessivamente autoritário,
entrando em conflitos constantes com os liberais, em 1824 dissolve a assembleia constituinte
e outorga a primeira constituição do Brasil, o que provoca a revolta conhecida como
confederação do equador, com sua abdicação em 1831 a imprensa liberal, buscou reforçar
uma imagem negativa do antigo imperador, entre esses periódicos encontra-se a Bússola da
liberdade que traz na primeira folha: uma corrente com as algemas abertas e uma bússola cuja
agulha aponta para símbolos da Revolução Francesa – um maço de lanças coroado por um
boné frígio.

A bússola da Liberdade em Pernambuco teve seu primeiro redator João Barbosa


Cordeiro – número extraordinário – circulou a partir de Terça Feira dia 31 de Março de 1835,
tinha oito páginas e foi impresso por Pinheiro e Faria. No primeiro número extraordinário,
ocupou-se o redator em atacar a administração “despótica” de Manuel de Carvalho Paes de
Andrade e o periódico o Velho Pernambuco dirigido por cansanção sinimbú “criado para
sustentar o Sr. Carvalho e decompor os liberais”. O segundo número extraordinário de 7 de
Abril, foi dedicado à data do quarto aniversário de abdicação de Dom Pedro I, lê-se no início
do periódico, em resumo “o Brasil expulsou o seu tirano para segurar a liberdade, e ainda está
sem ela” conclui com novos ataques ao governo provincial, aludindo à “imoralidade plantada
pelo próprio presidente, escandalosamente amancebado e até introduzindo em palácio sua
manceba”[...] continuou a sequência de ataques no 3º número extraordinário, o último dessa
série, datado de 14 de Abril, contendo oito páginas, formando um total de 20, e termina com
uma nota de despedida do redator.

6-CONCLUSÃO

João Barbosa Cordeiro criador do periódico a Bússola da liberdade foi segundo


Manuel Nunes Cavalcanti Júnior (2016) um dos principais nomes do federalismo
Pernambuco. Foi literato, poeta, dramaturgo, professor de filosofia e retórica. Lutou na
confederação do equador, foi preso pelas tropas imperiais, ao sair da prisão ajudou a fundar a
sociedade federal de Pernambuco além de ter sido eleito deputado geral para a 3ª legislatura
(1834-1837).

7-REFERÊNCIAS

REFERÊNCIA BIBLIOGRAFICA

CARVALHO, Marcus J. M. movimentos sociais: Pernambuco (1831-1848). In:


GRINBERG, Keila; SALLES, Ricardo. O Brasil Imperial. Vol II: 1831-1870. Rio de
Janeiro: civilização brasileira, 2009, p.121-183.

BASILE, Marcello. O laboratório da nação: a era regencial (1831-1840). In: GRINBERG,


Keila; SALLES, Ricardo. O Brasil Imperial. Vol II: 1831-1870. Rio de Janeiro: Civilização
Brasileira, 2009, p. 53-119.

MELLO, Evaldo Cabral De. A outra independência: Federalismo Pernambucano de 1817 e


1824. In: RIGHB, 168 (436), p. 93-107, mai/jun. 2007.
JÚNIOR, Manuel Nunes Cavalcanti. Cultura Política no Brasil Império: os liberais exaltados
pernambucanos (1831-1840). In: VIII Encontro Estadual de História, ANPUH BA, Feira
de Santana. 2016.

SILVA, Luiz Geraldo Santos Da. FELDMAN, Ariel. Revisitando o Passado em tempos de
crise: Federalismo e memória no período regencial (1831-1840). TOPOI, v. 11, n. 21, jul.
–dez. 2010, p. 143-163. Disponivel em > https://brasilindependente. Weebly.com/uploads.
Acesso em < 08 de julho de 2019.

RAMOS, Everardo. Origens da imprensa ilustrada brasileira (1820-1850) imagens


esquecidas, imagens desprezadas. ESCRITOS III. Disponível em > HTTP://www.
Casaruibarbosa. gov. BR/ escritos// numero 03/FCRB_Escritos _3_14. Acesso em < 08 de
julho de 2019.

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