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RESPOSTA
O conceito de identidade nacional no Brasil está ligado à expansão e
dominação territorial de Portugal sobre o novo território, seguindo as necessidades
econômicas, no primeiro momento mercantilista e mais tarde capitalista industrial.
Por ser um país de formação colonial, tal processo se desenvolve em uma
sociedade que se expande implicando na apropriação da terra e submissão de
outras sociedades, como a manutenção do escravismo como principal elemento de
continuidade na vida social e econômica do novo país, porém a escravidão não é a
única herança da colônia que qualifica a condição de desenvolvimento desigual.
Sendo assim, o escravismo e o domínio sobre o território brasileiro, são elementos
agregadores para se compreender as formações regionais do país. Apesar do
conceito de identidade ter ganhado força após a Proclamação da República, em
1889, o processo de constituição da identidade nacional ganhou um impulso maior
após a década de 1930, quando Getúlio Vargas chegou ao poder. A partir disso,
pôde-se perceber que a construção da identidade, para além de um processo
cultural, era também um processo político, isso se deu pela substituição da noção
de raça por cultura e a valorização da miscigenação do povo brasileiro. O Estado
teve seu papel como ativo neste processo de construção da identidade recorrendo a
aspectos da cultura popular, como por exemplo, o rádio, o futebol e o samba, para
criar o sentimento de unidade nacional. A partir de 1980, período conturbado, o país
herdou os elevados índices de endividamento ocasionados por planos econômicos
de anos anteriores, o Brasil passou a conviver com uma nova forma de exclusão
social, associada ao desemprego alto, a violência, que atingia principalmente os
jovens. Nos anos 60 e 70, foram corriqueiros, no Brasil, estudos sobre a
marginalidade e a desigualdade social, os efeitos do chamado “milagre econômico”,
já haviam passado e os anos 80 chegaram conduzindo a nossa economia para a
estagnação, pois ela não conseguia se adaptar ao processo de mundialização
econômica, marcado pelo fim da bipolaridade EUA versus URSS e o
desenvolvimento de novas tecnologias e aceleração da comunicação.
Na sociedade contemporânea, inserida na globalização, foi intensificada a
centralização de renda, sendo que o Brasil é visto globalmente, como um país
gerador de riquezas imensas, porém aparecemos nos últimos lugares, nas
estatísticas sobre qualidade de vida da população. A miséria, a violência o
desemprego confirmam essa deprimente realidade de exclusão para com os negros
e trabalhadores. A globalização econômica causou uma relação na qual o Estado
fica atrelado às relações de interesses econômicos internacionais.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
MORAES, Antonio Carlos Robert. Ideologias Geográficas. 4ª. ed. São Paulo:
Hucitec/Annablume, 2002. V. 1. 156p.