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ATIVIDADE DISCURSIVA

“[...] os indivíduos compartilham os mesmos anseios quando têm algum


elemento de identificação entre si, ou algum fator objetivo que fundamente a
expressão de sentimentos idênticos. E, na história moderna, esse elemento tem
sido o Estado, na medida em que este, ainda hoje, ostenta as condições mais
concretas de realização do sentimento nacional. Contudo, [...], extinguindo-se a
figura do Estado como elemento promotor de uma identidade entre indivíduos, não
se deve suprimir necessariamente o sentimento nacional, passando este, talvez, a
expressar-se de outras formas”.
(RACY, Joaquim Carlos). Globalização e Identidade Nacional.
Revista de Economia Mackenzie. v. 10, n. 1, Edição especial, p.
113-120. Disponível em . Acesso em: 1º fev. 2016. p. 118)
A globalização tem por fundamento a redução do poder dos Estados
nacionais e fortalecimento dos órgãos supranacionais, entre os quais estão os
mercados comuns continentais e organismos como Fundo Monetário Internacional,
Banco Mundial e Organização das Nações Unidas. No entanto, o Estado é
importante instrumento na produção e manutenção das identidades nacionais, que
são fundamentais para a promoção da integração interna dos países.
Compreendendo esse cenário, discuta a relação entre globalização, Estado e
identidade nacional, refletindo sobre como essa relação acontece no Brasil e de que
forma a globalização afetou a produção da identidade nacional brasileira

RESPOSTA
O conceito de identidade nacional no Brasil está ligado à expansão e
dominação territorial de Portugal sobre o novo território, seguindo as necessidades
econômicas, no primeiro momento mercantilista e mais tarde capitalista industrial.
Por ser um país de formação colonial, tal processo se desenvolve em uma
sociedade que se expande implicando na apropriação da terra e submissão de
outras sociedades, como a manutenção do escravismo como principal elemento de
continuidade na vida social e econômica do novo país, porém a escravidão não é a
única herança da colônia que qualifica a condição de desenvolvimento desigual.
Sendo assim, o escravismo e o domínio sobre o território brasileiro, são elementos
agregadores para se compreender as formações regionais do país. Apesar do
conceito de identidade ter ganhado força após a Proclamação da República, em
1889, o processo de constituição da identidade nacional ganhou um impulso maior
após a década de 1930, quando Getúlio Vargas chegou ao poder. A partir disso,
pôde-se perceber que a construção da identidade, para além de um processo
cultural, era também um processo político, isso se deu pela substituição da noção
de raça por cultura e a valorização da miscigenação do povo brasileiro. O Estado
teve seu papel como ativo neste processo de construção da identidade recorrendo a
aspectos da cultura popular, como por exemplo, o rádio, o futebol e o samba, para
criar o sentimento de unidade nacional. A partir de 1980, período conturbado, o país
herdou os elevados índices de endividamento ocasionados por planos econômicos
de anos anteriores, o Brasil passou a conviver com uma nova forma de exclusão
social, associada ao desemprego alto, a violência, que atingia principalmente os
jovens. Nos anos 60 e 70, foram corriqueiros, no Brasil, estudos sobre a
marginalidade e a desigualdade social, os efeitos do chamado “milagre econômico”,
já haviam passado e os anos 80 chegaram conduzindo a nossa economia para a
estagnação, pois ela não conseguia se adaptar ao processo de mundialização
econômica, marcado pelo fim da bipolaridade EUA versus URSS e o
desenvolvimento de novas tecnologias e aceleração da comunicação.
Na sociedade contemporânea, inserida na globalização, foi intensificada a
centralização de renda, sendo que o Brasil é visto globalmente, como um país
gerador de riquezas imensas, porém aparecemos nos últimos lugares, nas
estatísticas sobre qualidade de vida da população. A miséria, a violência o
desemprego confirmam essa deprimente realidade de exclusão para com os negros
e trabalhadores. A globalização econômica causou uma relação na qual o Estado
fica atrelado às relações de interesses econômicos internacionais.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

MORAES, Antonio Carlos Robert. Ideologias Geográficas. 4ª. ed. São Paulo:
Hucitec/Annablume, 2002. V. 1. 156p.

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