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A Eletrônica e os OVNIs

por Newton C. Braga

Sumário
Apresentação
Introdução da Edição Original
Capítulo 1 - A Origem do OVNI
Os Fenômenos
a) Efeitos Luminosos
b) Efeitos Elétricos
c) Fenômenos Magnéticos
Raios
Fenômenos Radioativos
Fenômenos Térmicos
Efeitos Gravitacionais
Capítulo 2 - Projetos Para Montar
Projeto 1 - Detector de Pulsos de Luz
Como Funciona
Montagem
Prova e Uso
Projeto 2 - Detector de Campos Elétricos
Como Funciona
Montagem
Prova e Uso
Projeto 3 - Detector de Campos Magnéticos
Como Funciona
Montagem
Prova e Uso
Projeto 4 - Relé de Luz Detector de OVNIs
Como Funciona
Montagem
Prova e Uso
Projeto 5 - Detector de Calor
Como Funciona
Montagem
Prova e Uso
Projeto 6 - Pesquisador Sonoro de Campos Magnéticos
Como Funciona
Montagem
Prova e Uso
Projeto 7 - Pêndulo Eletrônico
Como Funciona
Montagem
Prova e Uso
Apresentação
Mais um livro que levamos gratuitamente aos nossos
leitores sob o patrocínio da MOUSER ELECTRONICS. Trata-
se de um livro publicado em 1997, mas que aborda um
assunto que pode ser importante para muitos de nossos
leitores. De fato, trata-se de tema muito controvertido e que
na época estava em alta e que ainda hoje pode despertar a
curiosidade de muitos de nossos leitores. Tratamos dos
chamados “discos voadores” que seriam naves de
extraterrestres que visitam nosso mundo e com os quais
muitos pretender ter contato. O assunto tem diversas
abordagens, inclusive em programas de TV mais sérios que
apenas relatam os casos. Nossa abordagem neste livro foi
bastante semelhante. Não pretendemos dar explicações
sobre os fenômenos, sua origem e eventuais tecnologias
usadas pelos supostos extraterrestres. Apenas descrevemos
circuitos que podem ser usados numa pesquisadas, baseados
em efeitos que foram relatados em muitos casos e que
podem ter origem elétrica ou eletromagnética. Estes projetos
práticos final que usam componentes que ainda podem ser
obtidos, por exemplo, na Mouser Electronics
(www.mouser.com) são de fácil execução e até utilizados
com outras finalidades . Enfim, mais um presente que damos
aos nossos leitores que desejam enriquecer sua biblioteca
técnica e aprender muito, e sem gastos.
Newton C. Braga (*)
(*) Na época, por ter publicado o livro por uma segunda
editora, diferente daquela em que trabalhava, o autor usou
pseudônimo.
Introdução da Edição Original

Eles estão aí! Não sabemos quais são suas intenções, sua
origem e até mesmo se têm mais de uma origem. As obras
de pesquisadores de todas as correntes se multiplicam
relatando avistamentos, contatos e muitos outros fenômenos
relativos aos OVNI (Objetos Voadores Não Identificados).
Nossa ideia ao escrever este livro não é apoiar qualquer
teoria já existente sobre a origem de tais objetos ou mesmo
lançar alguma outra que pretenda explicá-la, à luz da ciência
moderna ou qualquer outro tipo de fundamento.
Nossa ideia é diferente: analisar os tipos de fenômenos que
são associados ao aparecimento destes objetos e citar
possíveis formas de se fazer sua detecção por meio
eletrônicos, ao nosso alcance. Trata-se, pois de um
interessante manual técnico para o pesquisador de campo
que pretende sair em busca de OVNl, armado de algo mais
que um binóculo e uma máquina fotográfica. Certamente, o
recurso mais importante que descreveremos neste trabalho é
detector de campos magnéticos. Sabendo que uma boa parte
dos aparecimentos destes objetos têm sido acompanhados
de distúrbios de natureza magnética, afetando aparelhos
construídos pelo homem, descrevemos um interessante
equipamento para pesquisa de campo que detecta estes
campos. Além dele, destacamos o detector de campos
elétricos e os detectores de radiação atômica, que permitem
identificar locais de pouso, já que em muitos casos, estes
estão associados à radiação remanescente de natureza
desconhecida e até mesmo dispositivos que disparam
alarmes quando são atingidos por luzes vindas do céu. Todos
os equipamentos são de construção simples, de baixo custo e
usam componentes que podem até serem aproveitados de
aparelhos fora de uso. Isso significa que, mesmo que o leitor
não seja um “expert” em eletrônica, entregando os
diagramas que daremos neste livro a qualquer técnico, ele
não terá dificuldades em fazer sua montagem. Enfim, além
dos projetos práticos que permitem realizar uma pesquisa
mais produtiva, procuraremos analisar alguns fenômenos
com explicações técnicas que podem ser muito interessantes.
O conhecimento da manifestação dos fenômenos pode ser
muito interessante para ajudar o pesquisador a separar
eventuais fenômenos naturais de qualquer fenômeno
associado a OVNI, o que é muito importante numa pesquisa
séria. Enfim, nossa finalidade é dotar o leitor interessado de
recursos técnicos avançados que lhe ajudem a realizar uma
pesquisa séria.

O Autor (1997)
Capítulo 1 - A Origem do OVNI

O avistamento de objetos voadores não identificados;


(OVNI) tem sido registrado desde os tempos dos homens das
cavernas. Registros na forma de pinturas rupestres ou ainda
em documentos muito antigos têm reveleado o aparecimento
de luzes no céu, objetos de formas estranhas voando e até
mesmo contacto de “entidades” devidamente endeusadas,
com seres humanos.
Para explicar a origem de tais objetos ou mesmo dos seres,
o homem tem sempre feito valer teorias que estejam de
acordo com o grau de conhecimento de sua época.
Nos tempos atuais, entretanto, dada a diversidade do
níveis culturais, as teorias que procuram explicar as origens
do OVNI podem ter as mais diversas características, indo do
absurdo improvável ao correto altamente provável.
Para o pesquisador sério é muito difícil poder dizer que
uma teoria qualquer seja válida, pois, ao nosso ver todas
elas têm suas talhas, devidamente creditadas ao fato de que
não temos suficiente quantidade de dados para poder fazer
uma análise segura. Assim, partimos do fato de que os
pesquisadores sérios ainda não têm a resposta definitiva, se
bem que tenham em sua posse uma grande quantidade de
dados.
Por este motivo, acreditamos que qualquer recurso que
lhes permita colher mais dados será extremamente valioso.
O importante para nós neste livro é aceitar que existem
fatos relativos ao aparecimento de OVNIs e correlatos que
são suficientemente consistentes para não serem negados e
suficientemente estranhos para não poderem ser explicados
pela ciência oficial.
Como colher estes fatos é de vital importância para o
pesquisador, será interessante saber como podemos contar
com mais recursos do que um simples binóculo, luneta ou
telescópio na parte óptica, uma máquina fotográfica e
finalmente a própria presença num local, o que reduz as
probabilidades de se ter êxito,.num avistamento ou registro
de um fenômeno a índices mínimos.
Contando com recursos eletrônicos podemos multiplicar a
probabilidade de êxito na constatação de um fenômeno e
com isso enriquecer o material de pesquisa.
Assim, nosso começo consiste em aceitar que os
fenômenos existem e que podem ser detectados.
Os Fenômenos
O aparecimento dos objetos voadores não identificados
(OVNI) está relacionado não só com a presença de uma
imagem real (luminosa ou não) como também a diversas
outras manifestações de natureza física.
Não podemos dizer, a partir disso, que tais objetos tenham
uma natureza física, pois isso iria além de nossa finalidade,
que não é explicar o fenômeno, pois pode ser perfeitamente
possível que estas manifestações sejam consequências de
fatos que não conhecemos. O importante para nós é analisar
os fenômenos físicos relacionados com os aparecimentos e de
que modo podemos usá-los para a detecção do OVNI.
Dizemos que os fenômenos são físicos quando eles não
alteram a natureza da matéria, envolvendo energias
conhecidas como, por exemplo, a luminosa, radiante de outra
faixa do espectro eletromagnético não visível, térmica, etc.
Por outro lado, existem os fenômenos de natureza química
que afetam a natureza da matéria como, por exemplo, a
queima de rochas num eventual pouso ou ainda a alteração
das características de um curso de água ou coisa parecida.
O grande número de relatos pesquisados em livros nos
mostra que basicamente temos os seguintes tipos de
manifestações quando do aparecimento de OVNI, ou mesmo
relacionadas com estes aparecimentos em locais suspeitos:

a) Efeitos Luminosos
Na maioria dos avistamentos noturnos os OVNI são
dotados de luz. Emitem fortes luzes de colorações diferentes
que parecem estar associadas ao próprio meio de propulsão
usado.
Não podemos dizer se estas luzes são produzidas por
ionização do ar em torno do objeto ou por qualquer outro
fenômeno, no entanto seria interessante contar com a
possibilidade de se fazer uma análise espectral da luz emitida
por um OVNI de modo a se determinar a sua natureza.
Isso, em princípio, pode ser feito com um espectrógrafo
acoplado a uma luneta, conforme mostra a figura 1.

Os diversos comprimentos de onda da luz emitida seriam


retratados de formas diferentes por um prisma de cristal,
impressionando o filme em locais diferentes. Como cada
comprimento de onda, e portanto cada cor, está associado a
um elemento químico, seria possível obter uma “ficha”
completa da composição do corpo que está emitindo luz,
inclusive sendo possível saber se este corpo é o ar ambiente
que cerca o objeto ou se é o próprio objeto, a partir de algum
processo de natureza desconhecida.
A ionização a partir de fenômenos elétricos têm sido
bastante explorada na explicação do avistamento de luzes
em locais ermos, associadas a OVNI.
Será interessante analisar este fenômeno para que o leitor
saiba em que condições ele pode se manifestar e assim ficar
mais fácil saber quando podemos associá-lo a uma
ocorrência natural e quando não.
Quando as cargas elétricas acumuladas num corpo
aumentam em quantidade, o corpo não pode mais retê-las. O
resultado é que estas cargas tendem a escapar,
principalmente pelas regiões do corpo que tenham pontas.
O escape destas cargas sob alta tensão é acompanhado de
uma ionização do ar a sua volta, o que causa a emissão de
uma luz branco-azulada, que em alguns casos pode também
tender ao verde ou alaranjado, conforme mostra a figura 2.
Nos dias de tempestade, a indução de cargas em objetos
pelas nuvens carregadas pode provocar a manifestação de
um fenômeno bastante conhecido dos navegadores.
A estrutura do navio adquire uma carga elétrica e nos
mastros ou outros pontos começam a ocorrerem escapes
destas cargas com a produção de uma luminescência.
Este fenômeno, denominado “fogo de Santelmo” é relatado
muitas vezes, tendo sido associado em muitos casos a
fenômenos não naturais.
Veja então que sua manifestação em condições de “ar
carregado” é perfeitamente natural, se bem que nas
condições de ar seco, sem vento ou sem nuvens, seja difícil
explicar como o aparecimento deste tipo de emissão possa
ocorrer.
Assim, em muitos relatos de aparecimento de luzes
estranhas em florestas, regiões desabitadas, a produção da
luz por fenômenos naturais de natureza elétrica deve ser
investigada, sendo importante estabelecer as condições
climáticas do local no momento em que foi feito o
avistamento.
No entanto, podemos facilmente observar que em muitos
casos em que estas luzes foram observadas as condições
para a ocorrência de forma natural não eram satisfeitas.
Outro caso que deve ser levado em conta é que um objeto
material se deslocando em grande velocidade na atmosfera
aquece, e com isso pode haver a emissão de luz.
A entrada na atmosfera de um pequeno meteorito pode
fazer com que um traço luminoso seja produzido no céu. O
objeto, entrando na atmosfera em velocidades que variam
entre 40 000 e 80 000 quilômetros por hora aquece-se pelo
atrito a ponto de se queimar, produzindo um traço luminoso
no céu, conforme mostra a figura 3.
No entanto, está claro que este traço dura poucos
segundos, e é quase que perfeitamente reto, diferentemente
de um objeto controlado que pode fazer curvas, voltar ou
mesmo parar.
Assim, é extremamente fácil para o observador distinguir a
entrada de um meteorito na atmosfera de qualquer outra
manifestação luminosa ligada a OVNI.
Outro motivo de confusão, comum em observadores
inexperientes, é aquela em que visualizamos um satélite
artificial.
Os satélites que orbitam entre 300 e 600 km de altura
podem ser vistos a olho nu em condições favoráveis. O que
ocorre é que, normalmente logo após o crepúsculo, eles se
encontram em altura suficientemente elevada para
permanecerem iluminados pelo sol.
Desta forma, para um observador terrestre eles aparecem
como um ponto luminoso, que tem alguma cintilação ou
variação de brilho pelo fato de poder estar girando em torno
de si mesmo, deslocando-se vagarosamente pelo céu,
conforme mostra a figura 4.

Quando eles se deslocam em direção oposta àquela em


que está o Sol, eles acabam por penetrar na sombra da
Terra, caso em que desparecem. O tempo de deslocamento
médio de horizonte & horizonte é da ordem de alguns
minutos, mas é bem mais lento do que o movimento de um
meteoro.

Nota: aplicativos para celular dizem exatamente quando é


possível fazer um avistamento de satélite em determinados
locais da terra.

Evidentemente não incluímos nestas observações objetos


de fabricação terrestre, como balões e aviões, e nem alguns
astros de maior brilho, como o planeta Vênus, que podem ser
confundidos pelos menos habituados à observação.

b) Efeitos Elétricos
Se bem que o fogo de Santelmo seja uma manifestação
elétrica que pode causar confusões, existem outros tipos de
fenômenos elétricos importantes, estes sim, associados ao
aparecimento de objetos voadores não identificados.
Em certos casos, a eletrificação de objetos tem sido
relatada, caso em que as pessoas tomam choques ao
tocarem em objetos de grande porte quando um OVNI se
aproxima muito deles.
O que pode ocorrer nestes casos é a indução de cargas
elétricas causadas por motivos que não conhecemos (mas
que seria muito interessante analisar).
A indução ocorre quando um objeto carregado de
eletricidade se aproxima de outro, conforme mostra afigura
5.
Neste caso, cargas elétricas de um dos objetos se
deslocam de modo a criar uma elevada tensão elétrica que
pode causar choques.
Um exemplo de indução pode ser dado durante as próprias
tempestades em que as cargas das nuvens induzem em
objetos metálicos ou condutores de grande porte, cargas
elétricas com tal intensidade que sua fuga provoca a
ionização.
Esta ionização do ar ambiente gera então uma
luminosidade de que já falamos anteriormente. De qualquer
maneira, a manifestação deste fenômeno associado ao
aparecimento de OVNI é um indicativo de que processos
elétricos estão ocorrendo, o que pode ser muito interessante
para o pesquisador.
Por este motivo, a inclusão de dispositivos de detecção de
campos elétricos pode ser muito interessante para o
pesquisador sério.
Outro fato importante que deve ser levado em conta é que
muitos aparelhos eletrônicos de uso pessoal são
extremamente sensíveis a cargas elétricas de natureza
estática.
Assim, a presença de campos elétricos associados ao
aparecimento de OVNI pode perfeitamente causar danos a
relógios de pulso eletrônicos, calculadoras, computadores,
equipamentos de vídeo cassete etc..
Os circuitos eletrônicos denominados CMOS são
especialmente sensíveis descargas estáticas, podendo ser
afetados até mesmo pelo toque dos dedos se estivermos
“carregados” de eletricidade, o que ocorre com muito mais
facilidade do que se pensa.
O simples caminhar de uma pessoa sobre um tapete é
suficiente para gerar cargas elétricas que atinge milhares de
volts, conforme mostra a figura 6.
Isso significa que objetos de maior porte que se atritem
com o ar, como um carro, um avião (e eventualmente um
OVNI), podem adquirir cargas elétricas muito maiores e que
poderiam causar problemas na sua aproximação, ou servir
para fazer sua detecção.
No caso específico dos carros e aviões, temos fitas e
pontas de descarga por onde as cargas acumuladas podem
escoar, conforme mostra a figura 7.
No caso específico do OVNI não sabemos se existem (ou se
precisam) meios semelhantes, mas o fato de que fenômenos
elétricos têm sido associados à sua presença pode indicar
que as cargas realmente se acumulam ou se manifestam em
suas proximidades, e isso é importante para o pesquisador.

c) Fenômenos Magnéticos
Os fenômenos magnéticos não devem ser confundidos com
os fenômenos de natureza elétrica.
Cargas elétricas acumuladas num corpo produzem um
campo elétrico, ou seja, uma “influência” a sua volta,
normalmente invariável (estática). .Já as correntes elétricas,
que resultam de um fenômeno dinâmico, criam em seu
trajeto uma perturbação magnética no espaço, conforme
mostra a figura 8.
Temos a produção de campos magnéticos pelos ímãs.
Estes campos são associados ao movimento dos elétrons nas
órbitas em torno dos núcleos dos átomos.
Quando todos os movimentos estão organizados o campo
produzido se orienta e o corpo se magnetiza, conforme
mostra a figura 9.
Este corpo adquire então a propriedade de atrair objetos
de metais ferrosos.
As correntes elétricas que passam pelas instalações
elétricas e pelos circuitos elétricos e eletrônicos criam
campos magnéticos e também são influenciadas por eles.
Neste ponto é importante que o pesquisador diferencie os
fenômenos causados por eletricidade estática dos produzidos
por eletricidade em movimento, ou seja, magnéticos.
Os fenômenos magnéticos estão associados às cargas
elétricas em movimento, ou seja, devido à presença de
correntes elétricas ou materiais com propriedades
magnéticas.
Têm sido notados diversos fenômenos de natureza
magnética relacionados ao aparecimento de OVNI. Na
verdade, os fenômenos magnéticos têm sido os mais
acentuados, o que parece indicar que seu sistema de
propulsão ou sua própria presença tem algo a ver com
campos de natureza magnética.
Evidentemente não cabe a nós elaborar teorias a este
respeito mas sim indicar ao leitor os possíveis métodos de
sua investigação.
A manifestação de campos magnéticos pode causar
diversos tipos de fenômenos que podemos observar,
principalmente a partir de dispositivos que tenham principio
de funcionamento semelhante.
Uma manifestação interessante é a que ocorre quando a
presença de um OVNI causa o desvio da agulha de uma
bússola. De fato, a bússola opera baseada no campo
magnético da Terra. Uma agulha imantada tende a se
orientar do modo a ficar paralela às linhas do campo
magnético da Terra, conforme mostra a figura 10.

É evidente que a presença de qualquer campo magnético


“estranho" causa um desvio nesta orientação. Aproxime um
pequeno imã de uma agulha de bússola e o leitor verá o que
estamos dizendo.
Pela distância que um pequeno imã pode influir na
orientação de uma bússola, pode-se ter uma ideia de que
intensidade deve ter o campo produzido por um OVNI para
poder causar influências a muitos metros (ou centenas de
metros de distância).
Uma bússola consiste, portanto, num excelente detector de
fenômenos magnéticos causados pela presença de OVNI. No
entanto, a principal dificuldade no seu uso está na
necessidade de precisarmos ficar constantemente
observando-a.
Soluções eletrônicas para a detecção de campos e suas
variações podem ser muito interessantes para um
pesquisador e veremos mais adiante como fazer isso.
Outra manifestação de natureza magnética que pode
ocorrer na presença de OVNI é a relacionada com a
alteração na tensão da rede de energia.
A aproximação de um OVNI de uma linha de alta tensão
pode ter efeitos tanto de natureza elétrica como de natureza
magnética, conforme mostra a figura 11.
Estes efeitos podem se manifestarem como uma
diminuição da tensão elétrica, caso em que os aparelhos
elétricos e eletrônicos podem sofrer alterações de
funcionamento ou pararem de funcionar, ou ainda as
lâmpadas podem diminuir de brilho.
Dispositivos cujo princípio de funcionamento se baseia em
indução eletromagnética, tais como motores elétricos e
dínamos, podem parar completamente em alguns casos. Isso
explica a paralisação dos motores dos carros na presença de
OVNI, citada em muitos relatos.
Os carros usam dínamos para gerar a tensão que carrega a
bateria e ajuda no funcionamento do sistema elétrico, e
também possuem a bobina de ignição, que consiste num
autotransformador cujo principio de funcionamento é
totalmente magnético.
Evidentemente. um campo magnético suficientemente
forte pode afetar o funciona mento destes dispositivos,
paralisando um carro.
Alguns equipamentos que operam com ondas
eletromagnéticas como, por exemplo, rádios, televisores e
equipamentos de telecomunicações, podem sofrer alterações
de funcionamento mais drásticas com o corte do sinal (nos
televisores podem aparecer chuviscos com a diminuição do
sinal), ou mesmo uma alteração de sua intensidade.
Têm sido relatados casos em que imagens dos televisores
(analógicos) sofrem diminuição do quadro quando OVNI são
avistados nas proximidades, conforme mostra a figura 12.
Deve-se observar que a imagem de um televisor é
controlada por bobinas em torno do Cinescópio responsáveis
pela deflexão dos elétrons. Um campo magnético forte no
Cinescópio afeta a deflexão, podendo com isso deformar a
imagem.
Evidentemente, a manifestação dos fenômenos da forma
indicada não é uma regra. O importante para o pesquisador e
saber que campos magnéticos parecem estar intimamente
associados à presença de OVNI, e não são poucos os
pesquisadores que trabalham com detectores de campos
magnéticos permanentemente ligados.
E claro que devemos também levar em conta a produção
de campos magnéticos a partir de fenômenos naturais.
Os principais fenômenos naturais que podem causar
perturbações de natureza magnética são:

Raios
Descargas elétricas atmosféricas e, portanto,
perfeitamente naturais, produzem fortes perturbações de
natureza magnética e também eletromagnética, ou seja,
causam emissões de ondas de rádio.
Basta ligar um rádio de ondas médias (AM) fora de estação
durante a aproximação de uma tempestade para se perceber
que a cada descarga visível (relâmpago) temos a produção
de um ruído devido à captação dos sinais elétricos gerados.
Pode-se detectar a aproximação de tempestades
justamente utilizando-se um rádio de ondas médias.
Evidentemente, este fato é importante para se poder saber
quando um detector dispara pela presença de um OVNI ou
pela simples descarga atmosférica de uma tempestade
próxima.
Assim, o uso do detector fica limitado a dias limpos e sem
nuvens, ou seja, quando não ocorra ameaça de chuva com
descargas estáticas fortes.
Dispositivos construídos pelo homem
Diversos são os aparelhos comuns que podem gerar fortes
perturbações de natureza magnética e eletromagnética e que
podem ser confundidas pelos detectores ou pelos efeitos que
causam.
Motores elétricos e circuitos indutivos quando acionados
produzem perturbações que se propagam pelas linhas de
energia, conforme mostra a figura 13.
Estas perturbações podem afetar aparelhos sensíveis como
receptores de rádio e TV, aparecendo então ruídos ou
interferências na imagem. Estas perturbações também
podem causar o disparo de detectores.
Por exemplo, a ligação de um motor elétrico nas
proximidades de um detector pode causar o seu disparo, com
a indicação de que uma perturbação de natureza magnética
ou eletromagnética ocorreu.
Os motores dos automóveis pela presença de circuitos
comutadores e geradores de altas tensões para as velas
também podem causar interferências magnéticas, disparando
detectores, daí ser preciso estar atento para não fazer
confusões.
Um rádio de AM ligado fora de estação nas proximidades
de um carro com o motor ligado mostra que tipo de
interferência os motores podem causar, e estas interferências
podem afetar os detectores.
Todos estes fatos mostram que é preciso estar atento a
falsos alarmes quando se usa um detector de campos
magnéticos.

Fenômenos Radioativos
Certo nível de radioatividade tem sido observado nos locais
em que OVNI pousam.
Diversos pesquisadores que utilizam detectores de radiação
relataram que locais com marcas de queimado que
determinados tipos de objetos deixam, apresentam certo
nível de radiação atômica.
Para que o leitor entenda como a radiação atômica pode
ser detectada será importante conhecer sua origem.
Os átomos da maioria das substâncias são estáveis, ou
seja, permanecem como estão durante milhões ou mesmo
bilhões de anos.
No entanto, existem substâncias cujos átomos são
instáveis, e por isso se desintegram gradualmente de uma
forma totalmente aleatória.
Como não sabemos qual átomo de um determinado bloco
de material vai se desintegrar num determinado instante,
trabalhamos com estatísticas.
Assim, se sabemos que metade dos átomos de uma
determinada substância se desintegra em mil anos, por
exemplo, dizemos que a “meia vida” dessa substância é de
mil anos.
Conhecemos substâncias cujas meias vidas variam de
alguns segundos a bilhões de anos.
O importante é que, quando um átomo se desintegra, ele
emite uma grande quantidade de partículas cujas
propriedades caracterizam a radioatividade.
Assim, os núcleos dos átomos na forma de dois prótons e
dois nêutrons formam as partículas alfa. Como estes núcleos
são densos e pesados eles possuem pouca penetração, e
normalmente são bloqueados até mesmo por uma folha de
papel.
Os elétrons que são expelidos em alta velocidade na
desintegração formam as partículas beta que possuem um
pouco mais de penetração, conseguindo atravessar uma
folha de alumínio.
Finalmente, temos os raios gama, que são radiações
eletromagnéticas de grande energia e com grande poder de
penetração, capazes de atravessar grossos obstáculos, como
por exemplo paredes de concreto ou mesmo chumbo.
Na figura 14 temos os principais tipos de partículas
emitidas pelos materiais que chamamos de radioativos.

Veja o leitor, entretanto, que os materiais radioativos não


são somente os que naturalmente adquiriram esta
propriedade quando formados.
Quando submetemos um material comum a uma dose
muito grande de radiação, seus átomos podem absorver
parte desta radiação e instabilizarem-se tornando o material
também radioativo. Formam-se os chamados isótopos, que
são substâncias radioativas.
Um exemplo comum de isótopo é o carbono 14. O carbono
comum tem peso atômico 12 e não é radioativo. No entanto,
quando submetido à radiação o carbono 12 absorve
partículas e torna-se carbono 14, que e radioativo.
Pela presença deste material pode-se determinar a idade
de objetos antigos com boa precisão.
O importante é que, se o local do pouso de um OVNI se
torna radioativo, isso pode ser devido tanto a eventuais
resíduos de materiais que ele deixa, como a própria
influência de algum processo desconhecido que ele usa sobre
o terreno que o torna radioativo.
Um fato importante que deve ser levado em conta ao se
tratar com materiais radioativos é que as partículas emitidas
por estes materiais são altamente perigosas podendo afetar
as pessoas.
Estas partículas podem destruir células de nosso corpo,
resultando em doenças graves como o câncer podendo até
causarem queimaduras e a morte se sua intensidade for
muito grande.
A possibilidade de se contar com um detector de radiação
nas pesquisas de campo não é apenas uma comodidade, mas
uma questão se segurança, evitando que o pesquisador tome
contacto com materiais que sejam potencialmente perigosos.
No entanto, a montagem prática de um detector tem alguns
problemas, já que os sensores usados, além de caros, não
são encontrados facilmente e exigem extremo cuidado no
manuseio.
Por este motivo, para este tipo de detector recomendamos
que o leitor utilize os modelos comprados prontos.
De qualquer maneira é preciso ter em mente que as
substâncias que encontramos na natureza raramente têm
níveis de radioatividade perigosos. Os maiores níveis
ocorrem nas regiões em que temos jazidas de materiais
radioativos, mas normalmente estes materiais estão tão
diluídos que sua presença mal é notada pelos detectores.
Isso significa que a detecção de materiais radioativos em
níveis elevados só pode ter duas origens:
a) Materiais radioativos produzidos pelo homem e que podem
ser abandonados em condições irregulares, como ocorreu em
Goiânia há alguns anos.
Como existem muitos equipamentos médicos que fazem
uso de materiais radioativos e preciso estar atento à sua
presença.
Quando um objeto suspeito qualquer for encontrado as
autoridades devem ser alertadas. Não toque no material!
O símbolo da presença de radioatividade normalmente está
gravado nestes objetos.
b) Materiais radioativos de origem desconhecida, e neste
caso está incluída a possível “pegada” de um OVNI.

Fenômenos Térmicos
Um relato importante de um pesquisador de OVNI de
renome fala do fato da água de uma pequena lagoa ferver a
ponto de secá-la quando um OVNI pairou algum tempo sobre
sua superfície, conforme sugere a figura 15.
Trata-se evidentemente de uma manifestação térmica da
presença dos objetos voadores não identificados.
Mais uma vez não nos cabe dar explicações sobre o modo
como a água poderia ter sido aquecida de forma indireta, se
bem que basta lembrar que os fornos de microondas fazem
isso com certa facilidade. Cabe-nos explicar algo sobre a
manifestação da energia térmica e como ela pode ser
detectada à distância.
A temperatura nada mais é do que o grau de agitação das
partículas ou átomos de um corpo. Quando entregamos
energia a este corpo, ou seja, energia térmica, suas
partículas passam a agitar-se mais rapidamente e esse grau
de agitação denominamos temperatura.
Está claro que se a temperatura é o movimento, não existe
temperatura mais baixa do que a que corresponde à ausência
do movimento.
Isso ocorre numa temperatura denominada “zero absoluto”
que corresponde a 273 graus Celsius abaixo de zero.
Veja então que para elevar a temperatura de um corpo
basta lhe entregar energia, e para esfriá-lo, basta retirar esta
energia.
Quando atritamos as mãos rapidamente uma na outra
produzimos energia, que as aquece. Quando
descomprimimos rapidamente o gás de um pistão ele esfria.
A expansão dos gases é usada nas geladeiras para “retirar”
calor dos corpos e assim produzir as baixas temperaturas.
Um fato importante relacionado com a temperatura é que
os corpos acima do zero absoluto emitem ondas
eletromagnéticas.
Estas ondas aumentam em quantidade e frequência à
medida que a temperatura do corpo se eleva.
Nas temperaturas ambientes a maior parte das emissões
está na faixa do infravermelho, que não podemos perceber.
No entanto, existem sensores eletrônicos que podem
perceber a presença de um corpo aquecido pela radiação
infravermelha que emite.
Não há dúvida que um sensor deste tipo seria muito
interessante para um pesquisador de OVNI. A presença de
um objeto com certa temperatura poderia ser detectada
mesmo que ele se encontrasse escondido por trás de
arbustos ou árvores, conforme mostra a figura 16.
Quando a temperatura de qualquer corpo se eleva muito, a
radiação pode ter uma componente maior na faixa visível do
espectro. Neste caso poderemos ver o corpo com uma
coloração inicialmente avermelhada, passando ao laranja
para depois, com temperaturas muito altas, ir ao branco e
finalmente ao azulado. E o que ocorre com um ferro em
brasa.
E neste ponto que devemos distinguir a luz fria como sendo
a causada por fenômenos de ionização elétrica, e que vimos
nas manifestações dos fenômenos elétricos às quais não
estão associadas a elevação da temperatura, da luz que é
obtida quando um corpo é aquecido.
Evidentemente, também devemos falar dos vestígios da
presença de OVNI que podem ser deixados nos locais de
pouso na forma de um aquecimento residual do solo.
O solo é, em alguns casos, um bom isolante térmico e,
uma vez que seja aquecido profundamente, pode manter
uma temperatura elevada por intervalos de tempos
relativamente grandes.

Efeitos Gravitacionais
Alterações na gravidade de um local podem indicar a
preferência de OVNI para um eventual pouso. Da mesma
forma, a própria presença de um OVNI pode causar
alterações locais na gravidade.
Uma alteração importante que é usada na pesquisa
científica é a causada por grandes massas de minérios
subterrâneos capazes de modificar levemente a influência da
gravidade no local.
Na verdade, equipamentos sensíveis têm sido justamente
usados com a finalidade de detectar jazidas pela alteração da
gravidade que provocam.
Muitos pesquisadores têm associado a presença de OVNI às
alterações locais da gravidade. A detecção por meios
eletrônicos desta alteração é possível e será descrita na
prática neste livro.
A eletrônica pode contar com muitos tipos de dispositivos
detectores das formas de energia que vimos, assim como
suas derivadas. Tais detectores podem ser usados na
elaboração de sensíveis equipamentos de pesquisa.

Nota: hoje podemos contar com acelerômetros até mesmo


nos celulares, os quais, através de aplicativos poderiam ser
usados neste tipo de pesquisa, o que não ocorria na época
em que o livro foi escrito.
Antes de passarmos aos projetos de tais equipamentos
será muito importante analisar como cada detector funciona
e suas principais características. Em alguns casos o leitor
poderá constatar que a sensibilidade dos detectores é até
maior do que a dos equivalentes “humanos”. Por exemplo,
um foto-sensor pode ser mais sensível que o olho humano e
inclusive detectar formas de radiação que para nós são
invisíveis.
Tecnicamente os detectores são transdutores, ou seja, são
dispositivos que convertem uma forma de energia em
eletricidade, de modo que essa eletricidade possa ser
utilizada pelos circuitos de processamento.
São os seguintes os principais tipos de sensores:

a) Sensores de luz
Podemos contar com diversos tipos de sensores de luz,
denominados popularmente de “olhos eletrônicos”. Estes
sensores são dispositivos que apresentam alguma
característica elétrica que muda com a incidência de luz.
O primeiro dispositivo que analisaremos será o LDR ou
foto-resistor.
Na figura 17 temos o símbolo e o aspecto deste importante
detector de luz.
Quando luz incide em sua superfície sensível o LDR muda
sua resistência, deixando passar mais corrente. No escuro
sua resistência é muito alta, caindo de valor com a claridade.
Em circuitos apropriados o LDR pode ser usado para
detectar fontes de luz muito fracas. Com uma lente em sua
parte frontal que concentre a luz é possível detectar a luz de
uma vela a dezenas de metros de distância, obtendo-se com
recursos ópticos apropriados sensibilidade maior do que a do
olho humano.
Uma característica importante do LDR, entretanto, é sua
velocidade de resposta.
O LDR não responde às variações muito rápidas de
intensidade de luz, o que limita sua aplicação a fontes
pulsantes de velocidade em torno de 10000 por segundo. No
entanto, este valor é 1000 vezes maior do que à velocidade
qual o olho humano consegue responder.
Em outras palavras, mesmo sendo lento em termos
eletrônicos, o LDR é ainda 1000 vezes mais rápido que o olho
humano.
Os LDRs são dispositivos muito baratos, já que são usados
em muitos tipos de alarmes, e até mesmo nos sistemas de
acendimento de luzes ao anoitecer.
Outro dispositivo importante usado como sensor de luz é o
foto-diodo.
Trata-se de um dispositivo que consiste numa pastilha de
silício semicondutor que é polarizada no sentido inverso. Na
figura 18 temos o seu símbolo e aspecto.

Quando incide luz nesta pastilha sua resistência também se


altera e pode circular uma corrente elétrica.
A sensibilidade depende do tamanho da pastilha, mas sua
velocidade de resposta é muito grande. Variações de luz de
frequências até algumas dezenas de megahertz (dezenas de
milhões de vezes por segundo) podem ser detectadas.
Com recursos ópticos apropriados os foto-diodos podem
ser muito mais sensíveis que o olho humano com uma
grande vantagem: eles podem detectar formas de energia
que nosso olho não vê. Os foto-diodos podem detectar
radiação infravermelha com boa sensibilidade.
Com o mesmo princípio de funcionamento dos foto-diodos
temos os foto-transistores.
Na figura 19 temos o símbolo e aspecto deste tipo de
sensor.

Os foto-transistores possuem características gerais de


sensibilidade e resposta de frequência semelhantes a dos
foto-diodos. A diferença está no fato de que eles podem ser
ligados de modo a proporcionarem uma pequena
amplificação na luz que recebem.

b) Sensores de calor
Os sensores de calor podem ser de diversos tipos e
segundo o princípio de funcionamento podem ser usados em
aplicações diferentes.
Um dos mais simples é o NTC, ou resistor com coeficiente
negativo de temperatura, que tem seu símbolo e aspecto
mostrado na figura 20.
Este dispositivo tem sua resistência dependente da
temperatura. Assim, quando o aquecemos sua resistência
diminui, e isso pode ser usado para ativar circuitos de
medição ou de alarme.
Observe então que se trata de um sensor de contacto, pois
ele deve ser colocado em contacto com o corpo do qual se
deseja medir a temperatura, para que ele mude sua própria
temperatura e com isso seja feita a medida.
Os NTCs são componentes muito baratos e podem ser
usados em circuitos detectores simples.
Os diodos e os transistores comuns também podem ser
usados como sensores de temperatura, pois sua resistência
quando polarizados inversamente diminui quando a
temperatura se eleva.
O que ocorre é a liberação de portadores de cargas das
junções com a elevação da temperatura, causando assim
uma diminuição da resistência.
Os diodos comuns e os transistores, pela linearidade com
que o fenômeno se manifesta, podem ser usados como
excelentes sensores para a medição de temperatura.
Termômetros digitais, como o mostrado na figura 21, usa
como sensores transistores ou diodos comuns.

Um tipo de sensor muito interessante, e que pode ser


usado em detectores de OVNI, e o sensor piroelétrico.
Este sensor consiste num material plástico que apresenta
propriedades semelhantes a dos eletretos. Este material tem
cargas elétricas naturais nas suas faces e sua quantidade
depende da temperatura.
E um material tão sensível que a simples incidência de
radiação infravermelha altera estas cargas.
Isso significa que este tipo de sensor pode detectar objetos
quentes à distância pela radiação infravermelha que emitem.
Em alarmes residenciais e nas portas automáticas
encontramos sensores deste tipo, conforme mostra a figura
22.

Estes sensores podem então ativar os circuitos pelo calor


do corpo das pessoas que se aproximam, e isso com enorme
sensibilidade.
Circuitos sensores deste tipo podem ser adaptados para
detectar corpos aquecidos ou que emitam infravermelho a
uma boa distância. Um detector de OVNI com este tipo de
sensor seria algo interessante de se pensar.

c) Sensores de campos magnéticos


Para as aplicações práticas podemos usar dois tipos de
sensores de campos magnéticos.
O mais simples é uma bobina, conforme mostra a figura
23.
Quando as linhas de força de um campo magnético cortam
as espiras de uma bobina e induzida uma tensão que pode
atuar sobre um circuito eletrônico.
Tanto mais sensível será o dispositivo na detecção quanto
maior for o número de voltas de fio da bobina, e também se
for usado um núcleo que concentre essas linhas de força.
Um bastão de ferrite, como os encontrados nas antenas de
rádios de ondas médias, consiste num excelente recurso para
concentrar as linhas de força de um campo magnético e
assim aumentar a sensibilidade.
É preciso alertar o leitor, no entanto, que a indução de
tensões numa bobina é um fenômeno dinâmico. Ela só ocorre
com o movimento das linhas de força do campo, o que pode
ocorrer em duas condições:
A bobina se move em relação ao campo ou o campo se
move em relação a bobina. O campo é variável, ou seja,
produzido por uma corrente elétrica que varia de intensidade.
Isso significa que se colocarmos a bobina perto de um ímã
ela não o detectará. No entanto, se movimentarmos a bobina
perto do imã ou 0 imã perto da bobina, ocorre detecção.
Um outro tipo de sensor de campos magnéticos é o sensor
de Efeito Hall, que consiste num dispositivo semicondutor
cuja aparência é mostrada na figura 24.

Neste dispositivo, a resistência apresentada depende da


intensidade do campo magnético que o atravessa. Este tipo
de sensor é usado em alarmes, em sistemas de ignição de
carros, etc.
No entanto, sua eficiência maior é na detecção de campos
magnéticos fortes ou próximos não sendo, portanto, uma
solução interessante para a construção de detectores de
OVNI.
Nota: atualmente já existem sensores deste tipo muito
sensíveis.

d) Sensores de campos elétricos


Os sensores de campos elétricos nada mais são do que
condutores isolados. A presença de um campo elétrico induz
nestes corpos cargas elétricas que podem atuar sobre
dispositivos semicondutores, como transistores de efeito de
campo, e assim acionar circuitos.

Uma placa de metal isolada ou ainda uma esfera de metal,


conforme mostra a figura 25, consiste num detector de
cargas estáticas.

Lembramos que antigamente eram utilizados detectores


denominados eletroscópios, no entanto para se obter a
sensibilidade desejada no caso de OVNI é interessante se
partir para a versão eletrônica.

e) Sensores de radiação
As radiações mais penetrantes são ionizantes, ou seja,
deixam um rastro na sua passagem por um meio material,
que é formado por íons, e assim pode conduzir a corrente
elétrica.
Este fato é usado para a elaboração dos sensores do tipo
Geiger-Muller, que têm a estrutura mostrada na figura 26.
Este tipo de sensor consiste num tubo com uma janela de
mica (que é um material quase que transparente à maioria
das radiações ionizantes).
No interior existe um eletrodo em forma de fio e em torno do
tubo um eletrodo cilíndrico.
O gás no interior do tubo é em condições normais um
isolante. Aplicando alta tensão entre os eletrodos não há a
passagem de corrente.
No entanto, quando uma partícula penetra no gás ela o
ioniza, e um pulso de corrente pode passar pelos eletrodos.
Este pulso pode ser amplificado por circuitos apropriados e
servir para acionar alarmes ou indicadores.
Os tubos Geiger operam com tensões elevadas, na faixa
dos 400 a 800 volts, exigindo-se circuitos especiais para sua
operação.
Existem circuitos detectores que podem obter estas
tensões a partir de pilhas comuns. No entanto, conforme
explicamos, a montagem deste tipo de sensor, por algumas
dificuldades técnicas apresentadas, não é recomendada.
Outro tipo de sensor é o diodo de grande superfície.
Exatamente como um foto-diodo, este componente tem
sua resistência alterada quando incide radiação. A corrente
resultante pode se rusada para acionar os circuitos de alarme
ou indicadores.

f) Sensores de gravidade
Um sensor de gravidade nada mais é do que uma balança.
O peso de um corpo é a força que a massa terrestre faz
sobre este corpo num determinado local. Se existe alguma
anormalidade num local o peso de um corpo neste local se
altera.
Outra alteração importante ocorre com o tempo de
oscilação de um pêndulo, já que ele depende da gravidade
local e de seu comprimento (não depende da massa).
Assim, o uso de pêndulos pode ser muito interessante para
se detectar estas alterações.
Se acoplarmos a um pêndulo um imã de modo que, na sua
oscilação, este imã possa atuar sobre uma bobina captadora,
temos um pêndulo eletrônico ou um sensor de gravidade
bastante sensível.
Este tipo de sensor será justamente explorado na nossa
parte prática.
Nota: existem hoje acelerômetros extremamente sensíveis e
pequenos até mesmo incorporados a celulares, e que podem
ser usados para pesquisas com a ajuda de aplicativos.
Capítulo 2 - Projetos Para Montar

Damos a seguir certa quantidade de detectores e


dispositivos úteis para o pesquisador de OVNI. Todos os
circuitos são simples e usam componentes comuns.
Se o leitor não tem conhecimentos técnicos para realizar as
montagens pode simplesmente entregá-las a qualquer
técnico, que não terá dificuldades com sua realização.
O custo total do material empregado na maioria dos casos
é inferior ao de um rádio AM pequeno, o que as torna
bastante acessíveis.
Por outro lado, o desempenho dos circuitos nada deixa a
desejar a detectores equivalentes que são encontrados em
anúncios de revistas estrangeiras, a cujo acesso existe uma
certa dificuldade.
Projeto 1 - Detector de Pulsos de Luz
Nosso primeiro detector é do tipo luminoso, usando como
sensor um foto-transistor. Com ele é possível detectar o
aparecimento momentâneo de luzes distantes, variações de
luzes distantes e até mesmo a emissão de radiação
infravermelha.
Sua sensibilidade é bastante grande e convenientemente
ajustado, apontando para um fundo totalmente escuro, ele
pode detectar o acender de um isqueiro a centenas de
metros.
Uma possibilidade de uso para o pesquisador de campo é
manter o aparelho ligado apontado para o local em que
existe a probabilidade de ocorrer o aparecimento de luzes.
Quando isso ocorrer o aparelho vai disparar emitindo um
som contínuo por alguns instantes, o que serve de alarme,
Desta forma, numa pesquisa feita num local à noite, o
pesquisador não precisa ficar permanentemente acordado.
Basta deixar o aparelho ligado para monitorar os
acontecimentos, conforme sugere a figura 27.
Evidentemente, devemos considerar o disparo por outras
fontes de luz que não sejam as visadas como, por exemplo,
relâmpagos ou mesmo faróis de carro de uma estrada
próxima.
Para se obter uma cobertura num ângulo maior, vigiando-
se assim uma porção do céu ou ainda uma parte mais ampla
de uma mata, o sensor pode ser mantido sozinho. No
entanto, pode-se obter maior sensibilidade concentrando-se
a luz que venha de um ângulo menor com uma lente,
conforme mostra a figura 28.
Esta lente deve ser do tipo convergente, uma lente de
lupa, por exemplo, e o sensor deve ser posicionado de modo
a ficar no seu foco.
O consumo de energia do aparelho na condição de espera é
muito baixo, o que significa que um jogo de pilhas usado na
alimentação não vai se esgotar mesmo que ele fique a noite
inteira ligado.
Evidentemente, para pesquisas constantes devem ser
usadas pilhas grandes, caso em que elas poderão alimentar
o aparelho por diversas noites seguidas. O consumo maior
ocorre quando o aparelho dispara, já que na produção de
som temos a necessidade de maior quantidade de energia.
Na figura 29 damos uma ideia de como o aparelho pode
ser montado numa pequena caixa plástica e mantido em
posição de vigia, de modo a detectar qualquer pequeno foco
de luz que apareça num determinado local, disparando o
alarme.
O único ajuste que o circuito possui é um potenciômetro de
sensibilidade, de modo a compensar a influência da luz
ambiente no caso de haver luar ou outra fonte próxima que
possa causar o seu disparo errático.
O sensor usado tem características impressionantes, já que
sua sensibilidade é maior do que a do olho humano e, além
disso, ele pode “ver” radiações fora do espectro visível, ou
seja, apresenta uma sensibilidade razoável ao infravermelho,
radiação emitida por corpos quentes.

Como Funciona
Nos projetos descritos sempre teremos a análise do
princípio de funcionamento do circuito, o que é interessante
tanto para os montadores como para os leitores que desejam
fazer alterações no projeto original.
Na figura 30 temos o diagrama completo do detector.

Neste caso, o que temos é um foto-transistor ligado à base


de um transistor que serve de amplificador para a pequena
corrente resultante dos pulsos de luz detectados.
O coletor do transistor está ligado por meio de um
capacitor ao terminal de disparo de um circuito integrado
555, que está ligado como um multivibrador monoestável.
A constante de tempo deste multivibrador é determinada
por C2 e R4.
Quando um pulso de luz de certa intensidade incide no
foto-transistor FT1 ele conduz certa corrente que é
amplificada por Qt. Como resultado, a tensão no coletor de
Q1 cai por um instante, o suficiente para provocar o disparo
do monoestável.
Com o disparo, a saída do GH vai ao nível alto (pino 2) por
um tempo que depende justamente de R4 e C2. Este será o
tempo de disparo do alarme e pode ser alterado, bastando
escolher um novo valor de C2 ou R4.
Com a ida da saída do GI-1 ao nível alto, o Cl-2 que
funciona como oscilador entra em ação.
É gerado então um sinal cuja frequência depende de R5,
R6, e C3. Este sinal é então aplicado ao alto-falante FTE
gerando um apito continuo.
Podemos alterar este som pela troca de C5 ou de R5 e R6
desde que os resistores não sejam menores que 1 k ohms.
Uma alteração possível para o projeto, de modo a
aumentar sua sensibilidade, seria a troca de Q1 por um
transistor Darlington. Os leitores que tenham conhecimento
técnico podem fazer isso, caso em que R2 pode até ser
aumentado para valores tão grandes como 1 M ohm.
Outra alteração possível que leva o aparelho a apresentar
um consumo menor no toque e a utilização de transdutor
cerâmico em lugar do alto-falante, caso em que R7 pode ser
eliminado. Finalmente temos uma redução considerável no
consumo em repouso do aparelho se em lugar do circuito
integrado 555 bipolar for usada a versão C-MOS, que é o
TLC7555 ou qualquer equivalente.

Montagem
Na figura 31 temos a disposição dos componentes numa
placa de circuito impresso.
Se o leitor não tem muita experiência na montagem de
projetos com circuitos integrados será interessante usar
soquetes para sua instalação.
Os resistores são todos de 1/8 W ou maiores e os
capacitores eletrolíticos devem ter uma tensão de trabalho de
6 V ou mais.
O foto-transistor pode ser de qualquer tipo, inclusive
podendo ser usado um foto-diodo. O leitor deve tomar
cuidado apenas para não ligar este componente invertido,
caso em que o aparelho não funcionará.
O transistor Q1 também admite equivalente e o
potenciômetro de ajuste não é crítico. Este potenciômetro
pode ainda incluir a chave geral 81 que liga e desliga o
aparelho.
O alto-falante usado é do tipo pequeno de 2,5 a 5 cm,
podendo até ser aproveitado de algum velho rádio
transistorizado fora de uso;
Para as pilhas deve ser usado um suporte apropriado e a
polaridade dos fios de ligação deve ser observada.
O foto-transistor pode ser instalado num tubinho com a
lente caso se deseje propriedades direcionais mais
acentuadas para o aparelho.

Prova e Uso
Para provar o aparelho ligue-o com o foto-sensor apontado
para um local escuro. Depois abra o controle de sensibilidade
até o momento em que o disparo é obtido.
Quando isso ocorrer volte o ajuste um pouco e espere o
toque do alarme parar.
Acendendo um isqueiro na frente do sensor, mesmo a uma
boa distância consegue-se o disparo. Retocando-se o ajuste
de sensibilidade consegue-se o disparo a distâncias cada vez
maiores.
Na pesquisa de campo evite a presença de luz nas
proximidades, pois ela reduz a sensibilidade. Ajuste a
sensibilidade para o máximo, se possível usando o “flash” de
um isqueiro para testes.
Depois é só deixar o aparelho ligado. Qualquer toque indica
que um pulso de luz incidiu no sensor.
E interessante observar que uma transição muito suave de
luz como a que ocorre ao amanhecer não atua sobre o
circuito.

Lista de Material
Semicondutores
CI-1 e Cl-2 - 555 - circuito integrado, timer
Q1 - BC547 ou equivalente – transistor NPN de uso geral
FT-1 - foto-transistor de qualquer tipo ver texto

Resistores (1/8 W, 5%)


R1 - 1 k ohms - (marrom, preto, vermelho)
R2 - 47 k ohms - (amarelo, violeta, laranja)
R3 e R4 - 100 k ohms - (marrom, preto, amarelo)
R5 e R6 - 10 k ohms - (marrom, preto, laranja)
R7 - 100 ohms - (marrom, preto, marrom)
P1 - 2,2 M ohms ou 4,7 M ohms potenciômetro

Capacitores
C1i e C2 - 10 uF/6V - eletrolíticos
C3 - 47 nF - cerâmico ou poliéster
C4 - 100 uF/6V – eletrolítico

Diversos
FTE - 8 ohms - alto-falante pequeno
S1 - Interruptor simples
B1 - 6 Volts - 4 pilhas pequenas ou grandes.
Placa de circuito impresso, soquetes para os integrados,
caixa para montagem, suporte de pilhas, lente para FT1,
fios, solda, etc.
Projeto 2 - Detector de Campos Elétricos
Este detector acusa a presença de cargas elétricas
induzidas com grande sensibilidade. A simples passagem de
uma nuvem “carregada” pode provocar seu disparo.
Deixado ao ar livre ou ligado a uma “antena” ele pode
acusar fenômenos eletrostáticos com enorme sensibilidade,
monitorando o ambiente de pesquisa com grande eficiência.
Como o detector anterior, basta deixá-lo ligado e ficar
atento a um eventual toque do alarme. Alimentado por pilha
e apresentando baixo consumo ele pode ficar ligado
permanentemente.
O detector pode ser usado com o sensor original, que
consiste numa chapa de metal que funciona como “antena”,
ou pode ser ligado a uma antena externa como, por exemplo,
uma antena de TV ou uma placa isolada colocada ao ar livre.
Na figura 32 damos um exemplo de como pode ser
montada uma antena externa para funcionar com este
detector.
Evidentemente, a detecção deve ser feita à longa distância,
o que significa que durante tempestades o aparelho deve ser
mantido desligado, pois uma descarga muito próxima pode
causar sua queima. Também não e' conveniente manter
ligado qualquer tipo de dispositivo externo numa residência
durante uma tempestade, pois ele funcionaria como um
para-raios.

Como Funciona
Na figura 33 temos o diagrama completo do detector de
cargas estáticas.
O sensor é uma placa de metal que funciona como a
armadura de um capacitor.
Assim qualquer corpo carregado que se aproxime desta
placa vai induzir cargas elétricas que se escoam lentamente
através da rede de resistores.
Esta rede, entretanto, está ligada à entrada de uma porta
inversora de um circuito integrado 4093.
Assim, quando a carga induzida for negativa, já que será
esta a polaridade detectada, o que ocorre quando uma carga
positiva se manifesta num corpo próximo, conforme mostra a
figura 34, a entrada da porta vai ao nível baixo.
Com a entrada da porta indo ao nível baixo, sua saída vai
ao nível alto, o que habilita o oscilador formado pela outra
porta. Esta habilitação ocorre através do diodo D1 e a
frequência do oscilador é determinada por R6 e C2.
O leitor pode alterar estes componentes para modificar o
tom do alarme, desde que R6 não tenha valores menores que
10 k ohms.
As outras duas portas disponíveis no circuito integrado
4093 são usadas como amplificadoras digitais, de modo a
excitar o transdutor final. Este transdutor é um pequeno
buzzer cerâmico que pode ser visto em alguns chaveiros e
brinquedos para a produção de som.,Seu rendimento é
razoável neste circuito, mas se o leitor quiser mais barulho
pode alterar o circuito de modo a usar um alto-falante.
No entanto, dada a alta impedância de saída do circuito
integrado, para usar um alto-falante pequeno deve ser
acrescentado um transistor amplificador, conforme mostrado
na figura 35.
O consumo do aparelho é extremamente baixo na condição
de espera, o que significa que as pilhas podem durar
semanas mesmo que ele fique ligado permanentemente. O
consumo maior ocorre quando o alarme toca.
Veja que este circuito não tem ajuste de sensibilidade. Este
ajuste na verdade é determinado pelos resistores R2, R3 e
R4.
Assim, se houver tendência a um disparo errático pelo fato
de se usar um sensor muito grande, por exemplo, podemos
usar apenas dois resistors em lugar de três.

Montagem
A disposição dos componentes numa placa de circuito
impresso é mostrada na figura 36.
Para os leitores menos experientes recomenda-se usar um
soquete para o circuito integrado.
Os resistores são de 1/8 W ou maiores e os capacitores
menores são cerâmicos ou de poliéster.
O capacitor C3 é um eletrolítico com uma tensão de
trabalho de pelo menos 6 V.
O transdutor é do tipo piezoelétrico, mas na sua falta pode
ser usada uma cápsula de microfone ou de fone, desde que
seja de alta impedância. Não use alto-falante pois sua baixa
impedância pode carregar o circuito integrado, causando sua
queima.
O diodo é de uso geral e admite equivalentes.
Como sensor pode ser usada uma chapa de metal de um
uns 20 x 20 cm, mas uma alternativa interessante consiste
em se usar uma antena, inclusive do tipo interno vertical,
conforme mostra a figura 37.

Esta antena deve ser ligada ao aparelho por meio de fio


curto, pois o próprio fio funciona também como antena. Uma
antena muito longa pode tornar o aparelho tão sensível que
seu disparo se torna errático. A própria presença de pessoas
que tenham alguma carga acumulada no corpo ou de objetos
carregados pode fazer o alarme disparar indevidamente.
Todo o conjunto pode ser montado numa pequena caixa
plástica, conforme mostra a figura 38.

Prova e Uso
Não existem ajustes a fazer para este detector. Para se
provar o aparelho basta acionar a chave que liga sua
alimentação. Atritando-se uma régua de plástico num pedaço
de tecido obtemos uma boa carga estática para teste.
O aparelho pode ficar permanentemente ligado. O toque do
alarme indica a presença de cargas estáticas nas
proximidades do sensor.
Não toque no sensor com objetos carregados, pois isso
pode causar a indução de uma tensão suficientemente
elevada para causar a queima do circuito integrado.
Não deixe o aparelho exposto nem ligado em dias de
tempestades.
Aproximando esta régua do sensor (sem encostar) e
movimentando-a devemos obter o disparo do alarme com a
emissão de sons.
Para usar o aparelho basta deixá-lo ligado com o sensor ou
a antena posicionados apropriadamente.

Lista de Material
Semicondutores
CI-1 – 4093B - circuito integrado CMOS
D1 - 1N4148 ou equivalente diodo de silício
Resistores (1/8 W, 5%)
R1 - 4,7 M ohms - (amarelo, violeta, verde)
R2, R3, R4 - 22 M ohms - (vermelho, vermelho, azul)
R5 - 1 M ohms - (marrom, preto, verde)
R6 - 47 k ohms - (amarelo, violeta, laranja)
Capacitores
C1 - 10 pF - cerâmico
C2 - 47 nF - cerâmico ou poliéster
CS - 10 uF/6 V - eletrolítico
Diversos
Xl - sensor - ver texto
S1 - interruptor simples
X2 - transdutor piezoelétrico cerâmico - ver texto
B1 – 6 V - 4 pilhas pequenas
Placa de circuito impresso, suporte para 4 pilhas, soquete
para o circuito integrado, caixa para montagem, fios, solda,
etc.
Projeto 3 - Detector de Campos
Magnéticos
Este, sem dúvida é o projeto mais importante deste livro,
dada a frequência muito grande de relatos de aparecimentos
de OVNI relacionados com distúrbios de natureza magnética
em aparelhos comuns, como sistemas elétricos de carros,
televisores, relógios, etc.
O que descrevemos é um ultra sensível detector de
perturbações magnéticas que pode acusar uma descarga
elétrica a distâncias de dezenas de quilômetros e até mesmo
surtos de uma rede de energia de origem natural, artificial ou
desconhecida.
Trata-se de um equipamento de grande utilidade para o
pesquisador de campo, pois dispara um alarme quando
qualquer perturbação magnética (que possa estar associada
ao aparecimento de OVNI) atinge seu sensor.
O aparelho é alimentado por pilhas comuns e é muito
sensível. O sensor pode ser conseguido com facilidade, o que
torna a montagem da unidade bastante acessível e barata.
No uso normal o detector deve ser deixado ligado longe de
linhas de transmissão de energia ou qualquer equipamento
que possa causar o disparo errático do alarme, conforme
mostra a figura 39.
Ao captar qualquer distúrbio de natureza magnética o
aparelho emitirá um toque sonoro intermitente, semelhante a
um bip-bip, o que serve para alertar o pesquisador de que
naquele local pode existir algo estranho e que algum tipo de
fenômeno ocorreu nas proximidades.
A passagem próxima de um OVNI é uma possibilidade que
não deve ser descartada.
Como o consumo do aparelho é muito baixo, mesmo sendo
alimentado por pilhas, ele pode ser mantido ligado por longos
intervalos, monitorando eventos em locais suspeitos.
O consumo maior só ocorre durante os toques, mas
mesmo assim, um jogo de pilhas em funcionamento
ininterrupto deve durar vários dias.
Outra característica importante do detector é que ele não
possui ajustes, o que facilita bastante seu uso.
Como Funciona
Começamos por mostrar aos leitores o diagrama completo
do detector na figura 40.

O sensor consiste numa bobina que deve ter o maior


número de espiras possível para se obter uma grande
sensibilidade. Nossa sugestão é aproveitar uma bobina de
transformador fora de uso, que pode ter mais de 10 000
espiras no enrolamento primário, o que proporciona uma
excelente sensibilidade.
Para aumentar ainda a mais esta sensibilidade vamos
colocar no interior dessa bobina um bastão de ferrite,
conforme mostra a figura 41.
A finalidade deste bastão de ferrite é concentrar as linhas
de força de um campo magnético que deva ser detectado.
Quando um campo magnético variável corta as espiras da
bobina uma tensão é induzida, sendo amplificada por um
amplificador operacional do tipo LM339. Este amplificador
possui um ganho elevadíssimo, aumentando em milhares de
vezes a tensão induzida, a ponto de comutar.
Com esta comutação, que leva sua saída a ter por um
instante uma tensão positiva, o diodo D1 conduz e com isso
o capacitor C1 carrega-se.
A carga do capacitor faz com que os dois osciladores
formados pelas portas NAND de um circuito integrado 4093
disparem.
O primeiro oscilador gera um tom de áudio determinado
em frequência pelos componentes R5 e C2, enquanto que o
segundo oscilador gera pulsos de intermitência determinados
por C3 e R6. Os leitores podem alterar estes componentes de
modo a obterem tom e intermitência do sinal de alarme da
forma desejada.
Tom e intermitência são combinados nas outras duas
portas do circuito integrado, de modo a se obter um sinal que
possa ser reproduzido por um transdutor. Este sinal, que
consiste em bip-bips, é reproduzido no transdutor cerâmico
X2.
Na figura 42 damos uma ideia de como o aparelho ficará
depois de pronto.

Montagem
A disposição dos componentes numa placa de circuito
impresso para esta montagem é dada na figura 43.

Será conveniente montar os circuitos integrados em


soquetes, principalmente se o leitor for pouco experiente no
trato desses componentes.
Os resistores são de 1/8 W e os capacitores eletrolíticos
devem ter tensões de trabalho de pelo menos 6V, se esta for
a tensão usada na alimentação. Se for usada bateria de 9 V a
tensão de trabalho dos capacitores deve ser de pelo menos
12 V.
Os demais capacitores são cerâmicos ou de poliéster e o
diodo é de uso geral, admitindo equivalentes.
O transdutor X2 pode ser qualquer um do tipo cerâmico de
alta impedância, inclusive uma cápsula de microfone. Veja
que transdutores de baixa impedância não podem ser usados
nesta aplicação.
A bobina sensora X1 pode ser aproveitada de um
transformador de alimentação com enrolamento primário de
110 V ou 220 V e qualquer secundário de 5 a 12 volts com
correntes de 50 mA a 500 mA.
Desmontando este transformador, conforme mostra a
figura 44, podemos retirar o carretel, e com isso fixar no seu
interior o bastão de ferrite (use cola para esta finalidade).
Os terminais do enrolamento que devem ser usados são os
de alta tensão que correspondem aos fios de capa plástica e
não aos fios esmaltados.
Esta bobina deve ser fixada preferencialmente de modo
que as pontas do bastão fiquem para fora da caixa, captando
melhor os campos magnéticos.
Veja que é importante não usar transdutores magnéticos
como um alto-falante neste tipo de circuito, pois dada sua
sensibilidade ele pode provocar uma realimentação causando
o disparo errático.

Prova e Uso
Para provar o aparelho basta ligar sua alimentação. Se
houver o disparo errático e ele não parar, afaste-o de
qualquer equipamento eletrônico ligado ou de linhas de
fornecimento de energia. Se mesmo assim o disparo
persistir, leve-o para longe de casa. Se o aparelho parar,
então estará caracterizado um excesso de sensibilidade que
pode ser diminuído pela redução de valor do R3.
Para testar o funcionamento, caso não ocorra o disparo nas
condições indicadas, pegue um pequeno ímã e movimente-o
rapidamente nas proximidades da bobina sensora. Deve
haver o toque do alarme.
Aproximando o detector de aparelhos eletrônicos que
operem com campos magnéticos intensos, como televisores,
motores e outros, deve haver o disparo. Em alguns casos até
a simples aproximação do aparelho de fios de uma instalação
elétrica pode provocar o disparo.
Leve em conta tudo isso ao usar o aparelho. Ele deve ficar
longe de dispositivos que possam causar um falso alarme
como, por exemplo, linhas de transmissão de energia,
aparelhos eletrônicos, ímãs que possam ser movimentados
inadvertidamente, etc.
O leitor também vai perceber que uma descarga
atmosférica forte pode causar o disparo do aparelho,
principalmente na condição de máxima sensibilidade.
Se o leitor desejar acrescentar um controle de sensibilidade
pode substituir o resistor R3 por um potenciômetro de 10 M
ohms em série com um resistor de 1 M ohms.
Para alterar a duração do toque do alarme, basta alterar o
valor de C1 , que pode ter valores entre 1 uF e 100 uF.
Para usar, procure a posição da bobina (vertical ou
horizontal) que resulte na melhor sensibilidade sem que, no
entanto, ocorra o disparo com fontes de interferência
magnética que sejam identificadas.
O aparelho pode ser mantido ligado por longos intervalos.

Lista de Material
Semicondutores
CI-1 - LM339 ou equivalente – comparador de tensão
quádruplo
CI-2 - 40938 - circuito integrado C-MOS
D1 - 1N4148 - diodo de silício

Resistores (1/8 W, 5%)


R1 e R2 - 10 k ohms - (marrom, preto, laranja)
R3 - 22 M ohms ou 20 M ohms - (vermelho, vermelho, azul)
R4 - 100 k ohms - (marrom, preto, amarelo)
R5 - 47 k ohms - (amarelo, violeta, laranja)
R6 - 1 M ohms - (marrom, preto, verde)

Capacitores
C1 - 10 uF/6 V - eletrolítico
C2 - 47 nF - cerâmico ou poliéster
C3 – 1 uF/ 6 V - eletrolítico
C4 - 10 uF/6V – eletrolítico

Diversos
X1 - bobina sensora - ver texto
X2 - transdutor cerâmico - ver texto
S1 - interruptor simples
B1 – 6 V - 4 pilhas pequenas (ou bateria de 9 V)
Placa de circuito impresso, transformador para retirar a
bobina do sensor, etc.
Projeto 4 - Relé de Luz Detector de OVNIs
Este projeto é importante pois pode disparar um sistema
de alarme, acionar uma câmera de vídeo ou mesmo disparar
uma máquina fotográfica quando um pulso de luz incidir no
sensor. O tempo de acionamento do dispositivo controlado
depende do valor de R3 e C2, podendo ser ajustado desde
alguns segundos até mais de 15 minutos.
Deixando o sensor apontado para o céu ou ainda para um
local suspeito, quando houver a manifestação de algum
fenômeno luminoso ocorrerá o seu disparo com o
acionamento de um dos sistemas indicados.
O circuito na condição de espera tem um consumo muito
baixo, podendo ficar ligado a noite inteira. No entanto, nada
impede que ele seja alimentado a partir da rede de energia
com uma fonte apropriada.
O relé usado pode controlar cargas de até 10 ampères, o
que significa automatismos de alta potência ligados
diretamente na rede de energia.
Na figura 45 mostramos como o aparelho pode ser ligado a
uma câmera de vídeo, de modo a registrar automaticamente
imagens num local a partir do momento em que ocorra o
acionamento pelo foco de luz detectado.
Outra possibilidade interessante é acoplar a saída do
circuito a uma lâmpada potente, que piscaria em resposta a
eventuais sinais enviados por uma fonte distante.
Isso pode ser feito com as ligações mostradas na figura 46.
Trata-se de uma possibilidade interessante para se tentar
um contacto com os OVNI.

Como Funciona
Na figura 47 damos o diagrama completo do detector.
O sensor deste aparelho é um LDR (foto-resistor) cuja
resistência diminui com a luz incidente. O sensor usado
possui excelente sensibilidade, mesmo sem a utilização de
recursos ópticos.
No entanto, sua sensibilidade pode ser aumentada
colocando-o num tubo com uma lente convergente, ou ainda
num refletor parabólico posicionado de forma apropriada.
O ajuste da sensibilidade é feito pelo potenciômetro P1, de
modo a compensar a luz de fundo ou eventuais interferências
luminosas que possam estar presentes e que possam causar
um disparo errático.
Quando um pulso de luz incide no LDR sua resistência
diminui e o transistor Q1 conduz, fazendo com a tensão em
seu coletor abaixe.
A redução da tensão faz com que a entrada de disparo do
circuito integrado 555 mantida no nível alto pelo resistor R2,
caia a um valor suficientemente baixo para que ele comute.
Nestas condições a saída do circuito integrado vai ao nível
alto por um intervalo de tempo que depende de R3 e C2. O
tempo máximo recomendado se obtém com um capacitor de
1 500 uF e um resistor de 22 Mohms caso em que nos
aproximamos de meia hora.
Com a saída do circuito integrado indo ao nível alto, o
transistor Q2 satura e com isso energiza a bobina do relé,
que fecha seus contatos.
A carga do relé pode ser qualquer aparelho ligado inclusive
na rede de energia, já que estes contatos são isolados.
Na condição de contatos fechados o consumo do aparelho
sobe para algo em torno de 100 mA o que significa um
desgaste algo rápido das pilhas. Assim, para um
funcionamento em que os tempos de acionamento sejam
maiores, será interessante usar fonte de alimentação em
lugar de pilhas.
Na figura 48 damos uma sugestão de fonte de alimentação
que pode ser usada neste aparelho.
O transformador para a fonte tem enrolamento primário de
acordo com a rede de energia e secundário de 9 + 9 V com
300 a 500 mA. O regulador de tensão deve ser dotado de um
pequeno radiador de calor.

Montagem
A disposição dos componentes numa placa de circuito
impresso é mostrada na figura 49.
Para os leitores menos habilidosos recomendamos a
utilização de soquete para o circuito integrado. O relé pode
ser de qualquer tipo para 6 volts com corrente máxima de
disparo de 100 mA. Se for usado um relé com base diferente
da indicada a placa de circuito impresso deve ser modificada.
O LDR é do tipo redondo comum e eventualmente pode ser
montado num tubinho com uma lente convergente, de modo
a se obter maior diretividade e sensibilidade.
A montagem num tubo também impede que fontes
espúrias de luz incidam lateralmente afetando tanto a
sensibilidade como podendo provocar o disparo errático.
P1 é um potenciômetro comum de ajuste e seu valor não é
crítico. Valores maiores proporcionam um ajuste mais fácil
nas condições de menor iluminação, quando então temos
mais sensibilidade.
Os capacitores eletrolíticos devem ter tensões mínimas de
trabalho de 6 V e C2 pode ser alterado em função do tempo
de disparo desejado.
O diodo é de uso geral e admite equivalentes. Para as
pilhas recomendamos o uso de tipos médios ou grandes,
dado o consumo maior na condição de disparo do relé.
Deve ser usado um suporte apropriado e a polaridade na
ligação deve ser observada, pois se for feita a inversão, o
aparelho não funcionará.
O conjunto pode ser montado numa pequena caixa plástica
com o LDR do lado externo. Para a ligação do aparelho
controlado pode ser usada uma ponte de terminais com
parafusos.
Na figura 50 mostramos como deve ser feita a ligação de
um aparelho controlado por este dispositivo.
Prova e Uso
Para provar o aparelho ligue nos contatos do relé qualquer
aparelho que possa ser controlado, por exemplo, uma
lâmpada comum ou mesmo um eletrodoméstico.
Depois coloque P1 na posição de menor sensibilidade (com
menor resistência) e ligue a unidade acionando 81. Não deve
ocorrer o disparo. Se ocorrer, aguarde, pois no final do
tempo programado o relé deve desligar. O LDR deve estar no
escuro, coberto por algum tipo de objeto que não deixe luz
incidir em sua superfície.
Depois disso, abra gradualmente o controle de
sensibilidade até ser obtido o disparo. Quando isso ocorrer,
volte ligeiramente o ajuste e espere até que o relé desligue.
Será interessante fazer os testes com um valor de C2 baixo
para que os tempos de espera sejam menores.
Descobrindo o LDR de modo a incidir luz, deve haver o
disparo do relé pelo tempo esperado.
Para usar proceda da seguinte forma:
a) Leve o aparelho até o local em que deve monitorar
eventuais pulsos de luz;
b) Nas condições de luz em que ele vai funcionar ligue a
unidade e ajuste P1 para que o circuito permaneça no limiar
do disparo. Isso é obtido abrindo-se P1 até o disparo e
depois voltando-se um pouco até que ele não dispare mais;
c) Deixe o aparelho nestas condições monitorando a luz do
ambiente desejado.

Lista de Material
Semicondutores
Cl-1 - 555 - circuito integrado timer
Q1, Q2 - BC547 - transistores NPN de uso geral
D1 - 1N4148 - diodo de uso geral

Resistores (1/8 W, 5%)


R1 - 22 k ohms - (vermelho, vermelho, laranja)
R2 - 47 k ohms - (amarelo, violeta, laranja)
R3 - 1 M ohms - (marrom, preto, verde)
R4 - 1,5 k ohms - (marrom, verde, vermelho)
P1 - 1 M ohms – potenciômetro
LDR - loto-resistor redondo de 1 ou 2,5 cm - ver texto

Capacitores
C1 - 10 uF/6V - eletrolítico
C2 - 100 uF/6V - eletrolítico
C3 - 470 uF/6V – eletrolítico

Diversos
K1 - interruptor simples
B1 – 6 V - 4 pilhas médias ou grandes
Placa de circuito impresso, soquete para o circuito integrado,
suporte para pilhas, caixa para montagem, botão para o
potenciômetro, fios, solda, etc.
Projeto 5 - Detector de Calor
O projeto que descrevemos & seguir não é um
termômetro, mas sim um dispositivo que pode detectar leves
aquecimentos de objetos ou locais, numa escala que não
pode ser obtida pelos nossos sentidos. Em suma, este
circuito permite detectar se um objeto está ou não levemente
aquecido, o que pode indicar, por exemplo, um local de
pouso de um OVNI ou alguma manifestação de fenômeno
associado.
O que temos é um indicador de variação térmica bastante
sensível e que pode ser usado em pesquisa de campo.
Na figura 51 temos o modo de se usar o sensor na
verificação de um aquecimento (talvez pela presença de
material radioativo) num local de pouso de um OVNI.

O circuito funciona com pilhas e sua durabilidade é muito


longa, já que o consumo é muito baixo.
Outra possibilidade de uso para este aparelho consiste na
verificação de variações de temperatura em objetos ou
aparelhos que tenham sofrido influências desconhecidas da
passagem de um OVNI e que apresentem algum tipo de
comportamento suspeito.

Como Funciona
Na figura 52 temos o diagrama completo do detector de
variação de temperatura.

O circuito consiste basicamente numa ponte de


Wheatstone em que num dos ramos colocamos um sensor e
no meio um instrumento indicador.
Zerando o instrumento na temperatura ambiente, quando
ocorrer uma variação de temperatura no sensor o
instrumento indicador vai demonstrar isso com o movimento
de sua agulha.
O deslocamento do ponteiro para a direita indique um
aumento da temperatura no local em relação à ambiente e
um deslocamento para a esquerda indique uma queda de
temperatura.
Quanto maior for o desvio da agulha do instrumento, maior
será a variação da temperatura.
Um ponto importante a ser considerado neste tipo de
aparelho é a chamada prontidão do sensor. Demora algum
tempo até que o sensor atinja a temperatura do local, o que
significa que o pesquisador deve esperar um pouco para
verificar se o ponteiro se move ou não.
Este tempo de espera vai depender do tamanho do sensor,
podendo variar entre 30 segundos e alguns minutos,
tipicamente.

Montagem
Na figura 53 temos o aspecto da montagem. Como se trata
de circuito muito simples não será necessário usar placa de
circuito impresso. Os componentes principais são soldados
numa ponte de terminais.
O instrumento indicador pode ser tanto um
miliamperímetro de O a 1 mA como um microamperímetro
sensível de zero no centro, como os usados para indicar o
estado da bateria em muitos aparelhos eletrônicos.
Na verdade, o leitor pode economizar muito se aproveitar
este instrumento de algum aparelho fora de uso.
Os resistores são de 1/8 W ou maiores e para as pilhas
deve ser usado um suporte apropriado.
O NTC pode ser de qualquer tipo com valores entre 5 k
ohms e 100 k ohms. O importante é que o potenciômetro de
ajuste tenha a mesma ordem de valor da resistência do NTC
na temperatura ambiente.
Muitos televisores antigos usam NTCs para controlar os
seus circuitos em função da temperatura. Com sorte, o leitor
pode obter um NTC de graça num desses aparelhos que
esteja fora de uso.
Outra possibilidade para os que desejam ter um circuito
extremamente sensível na detecção de variações de
temperatura consiste em se usar um NTC termométrico, que
tem a aparência mostrada na figura 54.

Este sensor tem uma prontidão muito grande e sua


capacidade térmica, sendo muito pequena, permite detectar
variações de temperatura em objetos muito pequenos pelo
simples contacto.

Prova e Uso
Para provar o aparelho basta ligar sua alimentação em S1
e ajustar P1 até que a agulha do instrumento indicador vá
até o centro da escala.
Depois, segurando entre os dedos o sensor, a agulha deve
movimentar-se, indicando uma elevação da temperatura.
Se não for conseguido o ajuste de nulo, ou seja, a agulha
não for ao centro da escala, ou você troca o potenciômetro
por um de maior valor ou troca R3 por um resistor de maior
valor.
Para usar, o procedimento é o seguinte:
a) Ligue a alimentação do aparelho acionando S1
b) Ajuste P1 até que a emitia do instrumento vá ao centro da
escala:
c) Encoste o sensor no local em que se deseja verificar a
temperatura em relação ao ambiente;
d) Observe a movimentação do ponteiro indicador.
Numa pesquisa de campo tenha em mente que o leve
aquecimento de um local pode ser indicativo da presença de
radioatividade. Evite permanecer no local por muito tempo se
ocorrer este tipo de indicação, até que seja possível
comprovar o fato com um medidor de radiação.

Lista de Material
Resistores (1/8 W, 5%)
R1, R2 e R3 - 1 k ohms - (marrom, preto, vermelho)
P1 - 10 k ohms - potenciômetro
NTC - termistor ou resistor com coeficiente negativo de
temperatura de 5 k ohms a 100 k ohms - ver texto

Diversos
M1 - 1 mA - miliamperímetro - ver texto
S1 - interruptor simples
B1 - 6 V - 4 pilhas pequenas
Caixa para montagem, suporte para as pilhas, ponte de
terminais, fios, solda, etc.
Projeto 6 - Pesquisador Sonoro de
Campos Magnéticos
O aparelho que descrevemos possibilita a audição de
campos magnéticos variáveis que são transformados em som
num fone de ouvido.
Assim, quando aproximamos a bobina exploradora de
qualquer dispositivo que produza campos magnéticos
variáveis, podemos “ouvir” estes campos na forma de sons, o
que facilita sua identificação e até uma eventual gravação.
De fato, numa pesquisa de campo pode-se ligar a saída de
fone do aparelho na entrada de um gravador para se
registrar os sinais captados. Com isso, a fita pode ser
posteriormente analisada com mais tempo para se
determinar a origem dos sinais gravados.
Um ponto importante deste aparelho é que ele pode servir
para se identificar e diferenciar os campos de origem natural
ou produzidos pelo homem, como os das linhas de energia,
de eventuais campos de causas desconhecidas,
eventualmente associados ao aparecimento de OVNI.
O aparelho é alimentado por pilhas comuns e tem
excelente rendimento. As pilhas têm boa durabilidade, o que
significa que um jogo delas pode durar vários dias em um
trabalho de pesquisa mais intenso.
Na figura 55 mostramos como o aparelho pode ser usado
para se detectar eventuais campos, já que ele possui
características direcionais.
As linhas do campo de origem desconhecida, ao cortar as
espiras da bobina exploradora, geram sinais que se
transformam em sons no fone de ouvido.
Se o leitor quiser pode usar um alto-falante pequeno em
lugar do fone, caso em que os sons reproduzidos podem ser
ouvidos por diversas pessoas no mesmo tempo.

Como Funciona
Na figura 56 temos o diagrama completo do pesquisador
de campos magnéticos.

Quando as linhas de força do campo magnético que se


deseja explorar cortam as espiras da bobina X1, é induzida
uma tensão elétrica ou sinal que passa por um controle de
sensibilidade (P1) antes de entrar num amplificador.
O amplificador tem por base um circuito integrado LM386
que, nesta configuração, tem um fator de amplificação de
200 vezes, dado pelo capacitor C1.
O sinal amplificado aparece no pino 5 do circuito integrado,
sendo entregue na saída via CB. Como a saída é de baixa
impedância deve ser usado um fone de 8 a 50 ohms, do tipo
encontrado em walkmans o rádios portáteis.
O capacitor C2, em conjunto com R1, forma uma rede cuja
finalidade é manter baixa a impedância com sinais de alta
frequência, de modo a não instabilizar o circuito.
O capacitor C4 desacopla a fonte de alimentação de modo
a não ocorrerem problemas de instabilidades.
O sensor X1 é o mesmo do nosso primeiro detector de
campos magnéticos consistindo numa bobina que deve ter a
maior quantidade possível de espiras. Um núcleo de ferrite
no seu interior ajuda a concentrar as linhas de força dos
campos magnéticos proporcionando assim maior
sensibilidade.
O núcleo usado pode ser um bastão de ferrite do tipo
encontrado nas antenas internas de rádios de ondas médias.
Será fácil encontrar um rádio fora de uso, de onde este
núcleo poderá ser retirado.

Montagem
A disposição dos componentes numa placa de circuito
impresso é mostrada na figura 57.
Se o leitor não tem muita experiência com montagens que
fazem uso de circuitos integrados será interessante usar um
soquete para este componente.
Os resistores são todos de 1/8 W ou maiores e os
capacitores eletrolíticos devem ter tensão mínima de trabalho
de 6 V.
O capacitor C2 tanto pode ser cerâmico como de poliéster
e o interruptor geral poderá estar incorporado ao controle de
sensibilidade, que é um potenciômetro comum linear ou log.
Para o fone deve ser usado um jaque compatível ao tipo
que você tem. Setor do tipo estéreo deve ser usado um
jaque estéreo com os dois fones ligados em série de modo a
se obter uma impedância maior.
Para o sensor, se ele estiver muito longe da entrada da
placa, deve ser usado um cabo blindado para que não ocorra
a captação de sinais indesejáveis.
Todo o conjunto cabe facilmente numa pequena caixa
plástica. O tamanho desta caixa deve ser previsto, de tal
forma que o suporte de pilhas e a placa sejam alojados com
facilidade.
A bobina exploradora pode ficar do lado externo.
Esta bobina pode ser o enrolamento primário de um
transformador de alimentação de 110 V ou 220 V e qualquer
secundário (que não será usado). Desmonta-se com cuidado
o transformador, retirando-se seu núcleo e colocando-se em
seu lugar o bastão de ferrite. Este bastão, mesmo que mais
fino que o núcleo original, pode ser fixado com qualquer cola.

Prova e Uso
Para provar a unidade basta ligar o fone na saída, ligar a
alimentação e abrir o volume. Aproximando a bobina
exploradora de fios da instalação elétrica ou de qualquer
aparelho elétrico ou eletrônico em funcionamento devemos
ouvir no fone o ronco da rede de energia.
Para usar o aparelho, fique longe de qualquer aparelho que
produza os roncos e preste atenção nos sinais captados, que
podem ir de estalos a sinais sonoros estranhos.
Numa pesquisa de campo os sinais estranhos podem servir
de base para a localização de OVNI.
Os estalos que se ouve quando na produção de faíscas
elétricas (raios) têm origem natural, conforme explicamos na
primeira parte deste livro.

Lista de Material
Semicondutores
Cl-1 - LM386 - circuito integrado, amplificador

Resistores (1/8 W, 5%)


R1 - 10 ohms - (marrom, preto, preto)
P1 - 10 k ohms – potenciômetro

Capacitores
C1 - 10 uF/6 V - eletrolítico
C2 - 47 nF - cerâmico ou poliéster
C3 - 220 uF/6 V - eletrolítico
C4 - 100 uF/6 V – eletrolítico

Diversos
X1 - sensor - ver texto
J1 - jaque para fone de ouvido
S1 - interruptor simples - ver texto
B1 - 4 pilhas pequenas ou médias
Placa de circuito impresso, caixa para montagem, suporte de
pilhas, botão para o potenciômetro, material para o sensor,
fios, solda, etc.
Projeto 7 - Pêndulo Eletrônico
Conforme analisamos na primeira parte, distúrbios de
natureza gravitacional têm sido analisados por muitos
pesquisadores a partir do movimento dos pêndulos.
A frequência e a direção dos movimentos do pêndulo
podem indicar anomalias locais na ação da gravidade, o que
pode ser muito interessante na verificação das alterações
produzidas num pouso de OVNI.
Uma versão eletrônica do pêndulo pode ser usada pelo
pesquisador, com a vantagem de que suas oscilações podem
disparar um sistema de aviso e até podem ser usadas para a
detecção de um OVNI no momento exato em que ele se
aproximar.
O circuito que descrevemos é extremamente sensível,
devendo fazer parte obrigatória do equipamento do
pesquisador de campo.
Na figura 58 mostramos o aparelho sendo usado numa
pesquisa de campo no sentido de se detectar eventuais
modificações do campo gravitacional do local em que um
OVNI desceu.
Deixado ligado ao ar livre, ele pode também ser usado
para se verificar eventuais alterações da gravidade local pela
aproximação de um OVNI.

Como Funciona
Na figura 59 temos o diagrama completo do sensor de
gravidade, utilizando um amplificador operacional de
altíssimo ganho.
O sensor é um pêndulo magnético, ou seja, um pêndulo
que possui um pequeno imã. Qualquer oscilação do pêndulo
faz com que 0 imã induza sinais elétricos que serão aplicados
na entrada de um amplificados operacional com ganho muito
alto.
Os sinais são amplificador e aplicados a um instrumento
indicador de tal forma que oscilações impossíveis de serem
percebidas visualmente no pêndulo se traduzem em fortes
movimentos do ponteiro indicador.
O circuito é alimentado por 4 pilhas pequenas e seu
consumo é extremamente baixo. Isso significa que ele pode
ficar permanentemente ligado sem que isso provoque um
desgaste rápido das pilhas, que devem durar semanas.
O ganho do circuito e determinado por R1. Este
componente poderá eventualmente ser trocado por um
potenciômetro de mesmo valor, o que possibilitará um ajuste
do modo a se evitar que vibrações naturais do ambiente
causem instabilidades no circuito.
A parte mais crítica deste projeto é a montagem do sensor,
já que se trata de dispositivo mecânico. Assim, do cuidado
com que este sensor for montado dependerá a sensibilidade
do aparelho. No entanto, até os passos de uma pessoa a
diversos metros de distância podem causar movimentos
perceptíveis do ponteiro do sensor.
Observamos ainda que este circuito detecta variações da
gravidade ou oscilações muito pequenas do solo, funcionando
também como um sensível sismógrafo.
A montagem do pêndulo em posição vertical, por outro
lado, permitirá que oscilações no sentido horizontal sejam
detectadas.
Uma possibilidade interessante consiste em se trabalhar
com dois sensores, sendo um montado horizontalmente e
outro verticalmente.

Montagem
A disposição dos componentes numa placa de circuito
impresso é mostrada na figura 60.
Sugerimos que o circuito integrado, dada sua sensibilidade
à descargas estáticas, seja montado num soquete.
O instrumento indicador pode ser um miliamperímetro
comum de 0 a 1 mA ou qualquer microamperímetro de maior
sensibilidade, como os aproveitados de amplificadores que
funcionam como VU-meters.
Os resistores são de 1/8 W ou maiores e o único capacitor
é um eletrolítico, para 6 V ou mais de tensão de trabalho.
Os dois potenciômetros de ajustes são comuns.
Pormenores da construção do sensor são mostrados na
figura 61.

A bobina é o enrolamento primário de um transformador


comum de alimentação com primário de 110 V ou 220 V e
qualquer secundário. Este transformador foi desmontado e
seu núcleo retirado.
Montado numa base de madeira o carretel do enrolamento
é atravessado por uma haste em que existe um pequeno imã
permanente preso. Este imã pode ser obtido de chaveiros,
enfeites de geladeiras ou qualquer outro tipo de objeto que o
possua.
A haste que atravessa o enrolamento é de metal, como por
exemplo o aço, e tem um peso numa extremidade, de modo
a facilitar suas oscilações.
Desta forma, qualquer vibração leve ou ação sobre o peso
deve fazer com que a haste oscile e, consequentemente, 0
imã, de modo a haver indução de sinais no sensor.
A montagem mostrada é para que as oscilações detectadas
sejam principalmente as que ocorrem no sentido vertical. No
entanto, alterações podem ser feitas no sentido de se obter a
detecção de oscilações no sentido vertical.

Prova e Uso
Para provar o aparelho, ligue a sua alimentação depois de
colocar as pilhas no suporte e ajuste P2 para que o
instrumento indicador fique com a agulha no ponto central da
escala. Se isso não for conseguido, blinde os fios da bobina
sensora, pois pode estar havendo a captação de zumbidos da
rede de energia.
Depois, batendo levemente no sensor, a agulha deve saltar
para a esquerda ou para a direita, conforme o movimento
realizado pelo pêndulo.
Ajuste P1 para que a agulha não bata com força no final da
escala num movimento mais forte do sensor, o que poderia
danificar o instrumento.
Comprovado o funcionamento é só usar o aparelho,
deixando no local que se deseja monitorar vibrações do
sensor. Lembre-se que estas vibrações imperceptíveis para
nós podem indicar fenômenos ligados ao aparecimento de
OVNI.

Lista de Material
Semicondutores
Cl-1 - CA3140 ou equivalente - amplificador operacional com
FET

Resistores (1/8 W, 5%)


R1 - 10 M ohms - (marrom, preto, azul)
R2 - 100 k ohms - (marrom, preto, amarelo)
R3, R4 - 1 k ohms - (marrom, preto, vermelho)
P1 e P2 - 10 k ohms – potenciômetros

Capacitor
C1 - 10 uF/6 V - eletrolítico

Diversos
X1 - sensor - ver texto
S1 - interruptor simples
M1 - miliamperímetro - ver texto
B1 – 6 V - 4 pilhas pequenas
Placa de circuito impresso, suporte de pilhas, caixa para
montagem, botões para os potenciômetros, fios, solda,
material para o sensor, etc.

2017

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